Você está na página 1de 9

Coronavírus: como crescer diante da adversidade

Vídeo 0 – A crise: um caminho ao interior


Por Enric Corbera – Chefe de estudos Enric Corbera Institute

Olá a todos, sejam bem-vindos, como vocês podem ver estamos aqui gravando
em uma situação bastante precária, mas como equipe, no Enric Corbera
Institute conversamos e me disseram Enric precisamos fazer uma conferência
para tomar consciência de tudo o que já temos explicado durante todos esses
anos em nossos vídeos, seminário e conferências, porque agora é o momento
adequado para colocar em prática.
Lembrem-se, somos energia, informação e vibramos, portanto tudo o que nos
rodeia e que tem a ver conosco, nós somos a causa.
Por isso, como disse Einstein, as crises são grandes oportunidades para fazer
mudanças muito importantes. Por nós aqui no Instituto estamos renovando e
gravando este seminário cada um em sua própria casa e tem dado certo. Por
isso queremos lhe transmitir uma mensagem de mudança e de mudança
profunda, não uma pintura, mas alguma coisa realmente poderosa. E vamos
ver um pouco mais sobre o poder que todos nós temos para realizar essas
mudanças.
Para que ao interior? Porque o exterior, lembre-se, é um reflexo daquilo que
somos. Então se queremos mudar esse reflexo que vemos diante de nós
deixemos de buscar a causa do lado de fora e percebamos que a causa está
em nós mesmos. E isso requer uma inversão de pensamento.
Estamos vivendo uma situação extraordinária, e podemos viver isso de duas
maneiras: a partir do vitimismo ou da maestria. Nossa proposta como sempre é
buscar essa inversão de pensamento quando vamos perceber que os efeitos
que sofremos, a causa somos nós mesmos. Vamos tomar consciência desse
poder que nós temos em nós mesmos.
Antes de começar vamos fazer algumas reflexões essenciais. Sendo que as
casualidades não existem, qual é o significado da situação atual? Quais
mudanças a vida nos exige? O que devemos aprender de tudo isso?
Em bioneuroemoção, trabalhamos a consciência onde mais se demonstra que
a separação é uma equação. Existe o masculino e o feminino, e as duas
coexistem, uma não pode existir sem a outra. Os opostos, os contrastes, os
complementos dão sentido a nossa vida. Não podemos eliminar um dos
opostos sem desaparecer nós mesmos.
A natureza onde vivemos é um sistema maior, e nós somos um sistema dentro
de um sistema. O problema é que não percebemos que nossa forma de atuar
está impactando ao sistema maior, e esse sistema maior está buscando seu
equilíbrio constantemente. Está buscando sua homeostase e nos dá sua
resposta.
Até agora nós vivemos de uma maneira totalmente egoísta, como se o que
fazemos ou deixamos de fazer não fosse repercutir em nós mesmos. A
natureza está se queixando, está enviando uma mensagem muito importante.
Precisamos mudar porque senão o sistema maior tomará suas decisões e nós
não vamos gostar como o que está acontecendo agora, não é mesmo?
Umas das coisas que essa crise está produzindo em nós é que essa crise não
tem fronteiras, não tem raças ou culturas, a crise é para todos os seres
humanos, indiferentemente de nossa crença ou cor da pele, essa crise está
nos isolando, está nos levando a nós mesmos. E isso é um reflexo do que
realmente nós somos. Nós vivemos isolados da natureza, fazemos coisas
achando que não estamos afetando a este mundo.
Precisamos entender que a pandemia somos nós para o sistema maior. Para a
natureza nós somos o vírus, e o que ela faz é isolar-se de nós. Precisamos
tomar consciência de que o que está acontecendo foi criado por nós mesmos.
Hoje vendo um programa de história, me fez refletir... se chama “A inteligência
artificial”, e fiquei impressionado com o que foi mostrado dos últimos avanços,
e agora eu quero lhes fazer uma pergunta: o que é a consciência, o que é a
inteligência, onde está essa consciência e essa inteligência? Não podemos
tocar e nem medir, mas elas estão aqui.
Vou colocar dois exemplos de arrepiar: Facebook, desenvolveram dois
computadores que podiam se comunicar entre eles, recebiam informação,
elaboravam essa informação e se comunicavam entre eles. E perceberam que
os computadores se comunicavam entre eles com uma linguagem que eles
inventaram. Os profissionais de Facebook ficaram assustados, desligaram os
computadores e os reprogramaram pedindo que por favor se comunicassem
em inglês.
Vamos pensar, de onde sai essa inteligência que permite que eles possam
gerar uma nova linguagem?
Outro exemplo que estava no documentário: Há um jogo que é mais
complicado que o xadrez, que se joga no Japão que se chama Go, e o
campeão do mundo foi vencido por uma máquina que ia aprendendo
constantemente. E o que mais surpreendeu é que para jogar esse jogo é
necessário muitíssima criatividade e inspiração.
Isso nos faz refletir sobre a inteligência. De fato naquele programa diziam que
tudo, tudo tem consciência, e quando diziam tudo, estavam se referindo a
nosso computador, nosso celular, ou seja, todas as coisas têm algo como uma
alma. Essa consciência demostrada pela inteligência artificial demonstra que o
mundo em que vivemos não deixa de ser uma ressonância de como nós
somos.
Então, desenvolvendo essa consciência desse poder, de que tudo está
interrelacionado, interconectado. Deixemos de lado o egoísmo e veremos como
essas mudanças vão se produzindo em nossas vidas. Isso não quer dizer que
não temos que fazer nada, mas fazer as coisas com consciência.
Em bioneuroemoção, nós trabalhamos esse conceito de isolamento como
quando estamos em um stress profundo porque quando realmente você se
isola, isso é como dizer, vou me recolher, vou me centrar em mim mesmo. Vou
deixar de buscar a causa lá fora e vou perceber que se eu quero uma mudança
essa mudança deve estar em mim.
Viver em casa esse confinamento se pode viver de muitíssimas maneiras, e ver
formas, graças ao sistema on-line, estamos interconectados, seguimos
conectados, podemos continuar nos comunicando, com outra postura e isso
está nos ensinando uma mensagem muito clara. Porque agora nossos
deslocamentos devem ser muito bem pensados, devemos pensar antes de
realizar certas coisas e assim percebemos que não podemos continuar vivendo
como estávamos antes de tudo isso.
Estive olhando alguns mapas da China, de quase 1 ano atrás, a concentração
de contaminação por gás carbônico que tinham e o que têm agora é uma coisa
realmente incrível. Eu vi um vídeo onde havia um cervo passeando pela praia,
ou nós que estamos em casa podemos ouvir os pássaros cantando do outro
lado da rua, em Veneza as águas estão clareando os peixes estão nadando
pelas escadas. Isso demonstra como a Terra tem uma capacidade de
regeneração brutal e se a Terra tem essa capacidade isso também está em
nós.
Nós somos a causa, e tudo o que nos rodeia é o efeito, tudo está
interconectado. Vou colocar outro exemplo para que você veja até que ponto
estávamos alienados: por exemplo o uso dos pesticidas e como eles afetam as
abelhas, há muitos estudos sobre isso. Nem preciso dizer quão importantes
são as abelhas para nosso alimento e como elas morrem aos milhares porque
nós usamos pesticidas para nos proteger de não sei o que.
Vou ler textualmente: No jornal Vanguardia de 03/02/2017 diz: mais de 2
milhões de abelhas morrem pelos pesticidas em Murcia, (vocês sabem que ali
existem muitos cultivos assim como em Valenica) a União Européia relaciona
os pesticidas com a morte massiva das abelhas, a revista The Science
proporciona finalmente provas sólidas que os pesticidas populares chamados
neonecotinóides são mortais para as abelhas polinizadoras que são as que
mantém nosso sistema de produção de alimentos. Esse é um exemplo
claríssimo de que não podemos continuar vivendo assim.
O que dizer das mudanças climáticas, há discussões sobre o que fazemos se
afeta ou não o clima, mas está claro, os glaciais, o clima, e eu costumo dizer
que se continuamos assim a Terra um dia vai dar uma balançadinha e vai
dizer: Até logo, foi um prazer conhecer vocês!
Esse é o universo que nos envolve, mas sendo assim, vejamos qual é o nosso
universo interior, vamos trazer essa informação para nós mesmos. Lembre-se
que a parte contém o todo e o todo contém a parte. Nossas células, para elas
nós somos um universo, há milhões de células, e o que nós pensamos, a forma
como vivemos ressoará em todo nosso corpo. Portanto a ressonância é uma
particularidade dos universos pequenos e dos universos grandes.
Então vamos levar isso a nossa vida particular, a nosso universo particular.
Vejamos quão importante é curar nossas relações interpessoais, se queremos
uma mudança significativa no universo, no mundo ao nosso redor isso deve
começar em nós, em nosso coração. Se não estamos em paz conosco
mesmos não podemos estar em paz com ninguém.
Essa paz que tenhamos em nosso coração será refletida em nossas mentes e
nossa consciência, e assim em nosso mundo.
Farei três perguntas de reflexão sobre nosso universo particular:
1. Como nos tratamos a nós mesmos e como tratamos aos demais? Que no
final das contas é a mesma coisa.
2. Até que ponto somos conscientes de que nos deixamos ser invadidos pelos
chamados seres queridos? Até que ponto você deixa de fazer aquilo que
realmente sabe que deve fazer, mas por algum tipo de lealdade familiar você
deixa de fazer? Nunca se esqueça que ninguém, ninguém nesse mundo pode
lhe dizer o que você deve fazer. Tudo o que você fizer deve ser de forma
consciente de que você é parte de um sistema muito maior.
3. Até que ponto estamos nos justificando para não mudar? Até que ponto
vamos nos justificar para continuar do mesmo jeito?
Uma das chaves mais importantes que devemos saber é o medo. O medo é
sempre uma opção, é uma possibilidade de pensar. O medo se alimenta da
crença e do isolamento. Se alimenta da crença de que se você tem eu não
tenho e não percebemos que essa consciência de isolamento nos isola mais. E
portanto quanto mais medo tenhamos mais egoístas seremos. Está mais que
demonstrado que quando temos esse stress do medo nosso sistema
imunológico cai.
Farei uma reflexão de Miguel Delibes que é muito adequada para o contexto:
Por que quando alguém sabe nadar boia sem se mover e quando não sabe se
afunda? É o medo.
Então o que eu proponho nesta aula é que tenhamos consciência de que nós já
somos grandes nadadores, mas se nós temos medo, nossas capacidades
ficarão bloqueadas. Nossos medos nos afundam, altera nosso sistema
imunológico. Os sintomas mais comuns do medo são: a solidão, a incerteza, o
querer controlar tudo, acreditar no contágio, é claro que realmente existe o
contágio, mas já existiram muitas pandemias no mundo, mas sempre houve
pessoas que as superaram.
Então eu pergunto, que tipo de consciência tinham essas pessoas, elas tinham
o vírus em seu sangue, foram contagiadas, mas não desenvolveram a doença.
Há estudos científicos que demonstram que se eu percebo o stress como algo
positivo, isso beneficia a minha saúde, há experiências que demonstram isso.
E se eu percebo o stress como algo negativo isso afeta meu sistema. Estamos
vivendo um momento de muito stress é um fato mas no fundo do meu coração
tenho uma faísca, porque sinto nisso tudo uma grande oportunidade. Então não
vamos desistir.
Façamos o que seja necessário, cuidar dos doentes, tomar medidas de higiene
para evitar o contágio, mas façamos tudo isso com uma nova consciência de
que esta é uma maravilhosa oportunidade para produzir as mudanças
necessárias. Essa pandemia nos deixou trancados em casa com nossos
familiares e nos abre oportunidades de realmente mudar nosso universo
particular.
Façamos alguns momentos introspectivos... o universo todo é vibração. O
campo científico da neurobiologia tem sido capaz de demonstrar que a
consciência das plantas, mas que se manifesta de diferentes maneiras. Toda
matéria vem de uma mesma matriz, portanto está constituído dos mesmos
blocos de construção, ou seja, como aparece no livro “A vida secreta das
plantas” tem a ver com aquilo que expliquei antes sobre os robôs do Facebook
ou o jogo Japonês Go, e das máquinas que vão aprendendo com a
experiência.
As coisas mais simples que pedimos às máquinas que façam elas fazem e tem
gente que tem medo de seguir por esse caminho, mas por outro lado há
pessoas que dizem que esse é o caminho porque os robôs inteligentes
poderão chegar a lugares onde o ser humano não pode chegar. E se nós
estamos criando esses robôs com toda essa informação, ela também está em
nós, porque nós não podemos fazer nada que não esteja em nós. A internet é
um exemplo disso, estamos todos conectados através de uma nuvem, mas
onde está essa nuvem, não sei, mas o fato é que estamos todos conectados.
Há estudos que dizem que há mais celulares que pessoas, toda essa
informação que está envolvendo a Terra, você acha que não está afetando a
todos e a cada um? Reflitamos no poder que nós temos e com que
inconsciência nós o estamos utilizando.
A consciência universal não nos premia e nem castiga, ela apenas nos mostra
o nível de consciência que cada um tem. A melhor maneira de ver o que estou
projetando é prestando atenção no que estou recebendo. Darei um exemplo:
Faz algumas semanas que cheguei do Equador, estive em Miami e Bolívia, e
estive no Equador, em Guayaquil. Temos vivido algumas experiências onde
essa consciência nos enviava uma informação. Tudo o que nos acontece não é
por casualidade. Em Bolívia minha mulher e eu ficamos presos durante 2
minutos no elevador, logo se desbloqueou e chegamos a nosso andar. Então
refletimos, o que será que isso quer nos dizer? Bloqueio, isolamento, do que
devemos nos isolar, começamos a fazer essas reflexões. Eu disse à minha
mulher, vamos prestar atenção, o campo quântico, o da nossa consciência,
sempre nos envia a informação antes de que nos aconteça. Devemos estar
alertas. O que eu quero dizer com isso é que não pode nos acontecer nada
sem que antes não tenhamos sido avisados. Prestem atenção a isto, o que
está acontecendo no mundo agora é um aviso. Ou tomamos consciência ou
virá um aviso ainda mais forte. Então conversamos isso e começamos a
prestar mais atenção. Então chegamos no Equador e percebemos que as
coisas haviam ficado em um nível pior, então acordei às 4 e meia da
madrugada pensando em que tínhamos que ir, porque de todo jeito devíamos ir
a Colômbia, a Bogotá. E naquele momento meu filho Davi estava me
escrevendo um WhatsApp, e estava me dizendo a mesma coisa, houve uma
sincronia de comunicação. De fato tomamos uma decisão chave para não
ficarmos isolados no Equador. Tomamos a decisão de que não devíamos ir
para Bogotá, e decidimos que assim que terminássemos as aulas em
Guayaquil iríamos direto a Espanha. E não foi só isso, um dia antes fui
descansar em meu quarto e tive um sonho como uma espécie de aviso que me
dizia que devíamos mudar os horários. Então eu disse a minha mulher que
precisávamos adiantar as aulas e pouco tempo depois chegou o gerente do
hotel e disse: amanhã preciso fechar o hotel até ao meio dia. Vamos dividir a
todos em grupos de 30 pessoas que é o que permite o governo... ou seja
estávamos sendo avisados senão haveríamos ficado presos ali.
Todos recebemos informações antecipadas acontece que nós não escutamos
e precisamos escutar. Vamos escutar esse grande aviso que a mãe natureza,
essa consciência universal que sustenta tudo e aninha tudo está nos enviando.
Ela não quer nos destruir, ela não quer nos fazer mal, somos nós os que
estamos danificando a nós mesmos.
Faremos uma reflexão de Carl Young Jung sobre o que devemos fazer. E ele
chama isso de: A arte de deixar que as coisas aconteçam. A ação através da
não ação. A ação se deve fazer obviamente, mas a ação mais importante que
ele está falando é a ação da nossa mente, da nossa consciência. No mundo do
psiquismo devemos ser capazes de permitir que as coisas aconteçam. Porque
aquilo que tem que acontecer, acontecerá. Mas o que não podemos perder é o
ensinamento. Porque de tudo o que acontece, os chamados problemas são a
oportunidade de tomarmos consciência da capacidade que temos de nos
reinventar, essa capacidade de criar formas de viver onde a saúde e a
enfermidade estejam em um equilíbrio mais tolerável.
Se aumentas a consciência, ou tua vibração, as mudanças na tua vida virão
sozinhos. Como dizia Buda, nem teus piores inimigos podem te causar tanto
dano como teus próprios pensamentos. Somos muito condescendentes com
nossos pensamentos acreditando que eles não são capazes de provocar nada.
Cuidemos dos nossos pensamentos, das nossas críticas, de acreditar que
somos especiais, esta situação está nos igualando a todos, somos um sistema
e somos um sistema chamado ser humano. Somos uma espécie de jardim
onde há diversas plantas de diferentes classes e espécies e nós também, mas
não acreditemos que somos especiais isso é o mais importante.
Algumas reflexões para terminar... pergunta: que benefícios me traz esta
situação? Os grandes gênios dizem que antes de dizer Eureka, eu achei, eles
estavam entediados. Alguns podem dizer que estão entediados agora. É muito
importante deixar a mente divagar, de fato eu pratico isso deixo que a mente
divague e logo vem a inspiração. Suportem o tédio não como uma carga mas
como uma oportunidade para refletir sobre a sua vida.
Com o que estou contribuindo com a sociedade para que seja melhor? Preciso
perceber que sempre estou nos direitos e pouco nos deveres, sempre estou
exigindo coisas. O que podem os outros fazer por mim, mas agora vamos
inverter isso. O que eu posso fazer para que o mundo seja melhor?
Você pode ler, escrever, pode acontecer de sair daqui como um escritor
fantástico! Pode estudar um novo idioma ou melhorar um idioma. Pode brincar
com seus filhos, pode se conectar esta sombra, que é a parte de nós mesmos
que nós não reconhecemos. Aquilo que nos faz sentir-nos presos, que nos faz
falar mal do governo, disso e daquilo... é hora de resolver esses conflitos
interpessoais que já estavam presente. E por que não, empreender novos
projetos.
Caiu em minhas mãos uma poesia sobre a peste de 1800, estamos em 2020,
já se passaram mais de 2 séculos, mas não há nada mais atual que essa
poesia.
“E as pessoas ficaram em casa e leram livros
E escutaram e descansaram e se recitaram
Também criaram arte e jogaram jogos
E aprenderam novas formas de ser
E estiveram quietos.
E escutaram mais, alguns meditaram, outros rezaram.
Alguns inclusive dançaram, houve alguns que conheceram suas sombras
E as pessoas começaram a pensar diferente
E as pessoas começaram a sarar
E na ausência de pessoas vivendo de maneiras ignorantes perigosas e
automáticas sem coração, o planeta começou a sarar.
E quando o perigo passou, as pessoas voltaram a se unir
Lamentaram suas perdas e tomaram novas decisões
Sonharam novas imagens, criaram novas maneiras de viver
E curar o planeta completamente
Assim como elas sabiam curá-lo”.
A viagem a teu interior é sem escalas, é uma oportunidade para curar as
nossas mentes e ficarmos em paz.
Cada relação é uma oportunidade, cada conflito guarda um tesouro, a vida é
um espelho, e sempre está refletindo a nós mesmos e teus pensamentos estão
criando aquilo que chamamos de realidade porque não há pensamentos
inúteis.
Paremos de brincar de ser vítimas e culpados. Desenvolvamos nossa
inteligência emocional. Desenvolvamos nossa resiliência. Paremos de querer
que os outros mudem, deixemos que acreditar que sabemos o que é melhor
para os demais, quando na realidade não sabemos nem o que é melhor para
nós mesmos. Deixemos de aprisionar os demais, sejamos promotores da sua
liberdade, sejamos o arqueiro que lança a flecha para a felicidade. Deixemos
de colocar roteiro aos demais, deixemos de querer manipulá-los.
Lembrem-se que nosso corpo dá vida a milhões de células, somos um universo
dentro de um universo. Somos uma gota de oceano que contém todo o oceano.
O responsável pelas nossas raivas, ainda que o outro tenha começado, somos
nós mesmos. Nós temos o poder de escolher como queremos viver cada
situação da nossa vida.
E sobretudo deixemos de acreditar e propagar nossas identificações, os
famosos Eu Sou. Não somos... sempre quando alguém me diz Eu Sou... o que
seja e colocam um adjetivo qualificativo, eu respondo, olha eu sou filho da
Terra ou dessa inteligência universal, não nos diminuamos por favor.
Vamos nos libertar do medo compreendendo que tudo tem a ver conosco.
Portanto, se tudo tem a ver conosco, devemos cuidar de nós mesmos.
Cuidar dos nossos pensamentos, sentimentos e emoções. Nossas relações
interpessoais, vamos ter consciência de que não estamos separados nem
isolados. Que uma coisa externa não pode me fazer mal, e se está me fazendo
mal é porque estou atraindo isso para minha vida.
Vamos aplicar o perdão em nossa vida. Desligar-nos dos preconceitos, porque
aqueles que julgam falam mais deles mesmos do que de nós.
É importante compreender que a solidão é necessária para que possamos nos
compreender melhor.
Parafraseando Antony de Mello que nos fala da mudança diz que: se queres
mudar a ti mesmo, deve ser à base de compreensão, consciência, tolerância e
sem violência.
E parafraseando Santa Tereza, a solidão é uma magnífica oportunidade para
se distanciar de si mesmo.
É importante perceber quando atua essa programação em ti e quando você é
você mesmo.
E para terminar, vamos respeitar essa faísca de vida que há em nosso sistema
solar porque somos praticamente nada, comparado ao que é uma galáxia. E
percebamos o milagre da vida que há aqui, e que esta Terra, essa consciência
nos enviou uma mensagem que é a seguinte:
Cuidem de mim que eu cuido de vocês.
Muito obrigado.

Você também pode gostar