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Karin Slaughter - Wíll Trent 05 - Pecado original
SINOPSE
uma mensagem.
para lhe dizer que tinha saído. Sua mãe tinha estado de
guarda a maior parte de sua vida, e não ia ao quarto de
banho sem dizer-lhe a alguém. Faith e seu irmão maior,
era.
que lhe dizia, ou melhor dizendo, que lhe gritava, que devia
ver sua mãe o antes possível.
John Trail.
de sua mãe.
-Código trinta.
perigo de morte.
urgentemente.
-Recebido.
-Polícia!
Suas palavras ressonaram em toda a casa como um
relâmpago. Saíram-lhe do mais profundo, de algum lugar
escuro de suas vísceras, de um sítio que procurava ignorar
Estava vazio.
Pessoas e portas.
chão.
-Tira a arma.
-me diga onde está minha mãe ou te juro Por Deus que lhe
Mato antes de que cheguem.
-Não me jodas.
-Onde está?
do prisioneiro.
-Como diz?
-Não!
-Agente!
-me solte!
-Por favor, diga-me isso lhe rogou, sabendo que já era muito
tarde-. Por favor.
-Faith?
Faith olhou detrás dele. Havia policiais por todos lados. Via
uniformize de cor azul percorrer a casa e o jardim. Através
das janelas viu como seguiam as táticas
-Assim que lhe disse: “Olhe, amigo, sou médico. Não estou
aqui para te julgar. Assim pode ser honesto sobre…”.
-Pois vá queda.
Ela assentiu.
gato que preferiu que ficasse a viver com seus pais. Seu
marido tinha sido assassinado quatro anos antes.
Normalmente, quando dizia isso, a conversação se
interrompia, mas lhe Dê o tinha tomado como um detalhe
sem importância. Sara lhe deu alguns pontos por não lhe
perguntar
jaqueta e gravata.
Sara tinha que aceitar que isso das entrevistas lhe dava
mau, muito mal. De fato, não tinha tido muito tempo para
praticar. Da puberdade tinha sido monógama. Seu
-Parece interessante.
-De acordo.
-acertaste.
Sara os apresentou.
-lhe dê, já sei que tem que partir ao hospital. Obrigado pela
comida.
-A ti -respondeu. aproximou-se e a beijou diretamente na
boca-. Te chamarei.
em um parque de cães.
-De verdade?
Sara insistiu.
-Sim, é-o.
-Médico, verdade?
-Sim.
-Muito beijoqueiro.
Sara sorriu.
Sara se deteve.
-Separaste-lhes?
-Não.
-desapareceu?
-Não exatamente.
-E aonde vai?
-Não.
Sara não simulou entendê-lo.
-É complicado.
-explique-me isso.
-Sobe!
-Importaria-te…?
-Wíll!
de causar Amanda.
Sorriu ao ver pela primeira vez onde vivia. Era uma casa de
tijolo vermelho com uma garagem encostada. A porta
principal estava grafite de negro. As molduras eram
por isso lhe tinha contado Wíll, não parecia o tipo de pessoa
que pudesse ocupar-se dessas coisas. Sara não sabia o que
pensar a esse respeito, nem se podia entendê-lo,
-encontra-se bem?
e retornou.
-me diga.
-Poderei encontrá-la.
-Sim.
De acordo?
-Sim.
Pendurou o telefone e empurrou a gaveta com ambas as
mãos para fechá-lo. Betty estava de novo deitada sobre o
travesseiro. Sara a voltou a agarrar. dirigiu-se à
-Eu, eu…
-Sim.
-“Meu” perrita?
Sara ouviu o grunhido que emitia Betty.
-Não me diga.
-Me imagino.
-Seu marido, que morreu, era poli, não é certo? Isso fica
brincalhona? -Angie soltou uma gargalhada irônica e
zombadora-. Carinho, ele nunca me deixará, assim melhor
-Os médicos disseram que o corte foi tão profundo que lhe
chegou ao osso. -Sorriu como se fosse uma bonita
lembrança-. E o fez por “mim”, sou zorra. Crie que faria
estado lhe haveria dito que não era uma idéia muito
aconselhável. Amanda tinha começado a chiar para
impressionar, pois não era uma pessoa que gritasse quando
se
Leão continuou.
-Não o é.
-Toma pastilhas?
-Não te o.
Wíll não desperdiçou as palavras. A Leão ficava muito pouco
tempo de andar colocando os narizes. Assim que o chefe de
polícia de Atlanta chegasse à cena do crime,
-Perfeitamente.
Wíll, por sua parte, solo sabia duas coisas: que não sabia o
que tinha ocorrido na casa, e que Faith fazia o devido.
Leão se Rio.
-E os outros dois?
-Estão nisso.
Wíll. Todos sabiam que ele tinha sido a causa de que Evelyn
Mitchell forçasse sua aposentadoria. Um dos trabalhos mais
odiosos que tinha desempenhado no GBI era
-lhe diga à garota que lhe dou dez minutos como muito,
mas logo tem que deixar de tolices e falar comigo -disse
Leão aproximando-se-. ouvi a chamada que fez ao centro.
-É Faith.
-excedeu-se?
nas costas.
-Sim, mas…
-E você quem é?
-Espere.
-Obrigado.
Uma vez mais, ela se separou dele enquanto subiam pela
entrada da casa. Quando chegaram ao alpendre dianteiro,
estava a uns quantos metros de distância, embora parecia
a carteira e o relógio.
-Levei-a a médico.
-levaste a Emma? -perguntou Sara enquanto lhe sustentava
o rosto com a mão-. O que te há dito?
-Não sei.
-Pode me olhar?
-Não.
-Aparta.
-Não, doutora, mas meu marido sim. Faleceu faz quase vinte
anos. Que Deus lhe benza.
-encontra-se bem?
Repetiu a pergunta.
-ficará bem?
-Saberemos imediatamente.
-Tenho-o na bolsa.
Sara partiu sem olhar ao Wíll. Suas costas era como uma
muralha de gelo. Ele não sabia o que fazer a respeito, assim
optou por ignorá-la e se sentou sobre a mesa
-Onde está?
-Estão-a procurando.
-E as pequenas?
mencionado a Emma.
-Sinto muito.
-É possível.
Assentiu.
Resultava estranho.
Faith se centrou.
-Sim.
-Sim.
contra sua mãe, mas sabia que Faith pensava que eram os
inspetores da brigada e não a capitã que estava ao mando
quem o tinha organizado tudo. Por muito inteligente
de amparo.
-Não.
-Viu algo?
a cena.
-Wíll…
Faith assentiu.
-E o do dormitório?
-E o do jardim?
-Não cria que não vou averiguar por que me tem feito
perder o tempo.
-Obrigado.
Faith assentiu.
casa.
-Obrigado.
Ao Faith nunca lhe tinha dado bem dar as obrigado, mas Wíll
jamais a tinha visto as expressar com tanta sinceridade.
Sara partiu sem dizer nada mais, e sem tão sequer olhar ao
Wíll.
Wíll não tinha sido tão atrevido, mas tomou como um sim.
-E recentemente?
A anciã lhe piscou os olhos um olho.
-Há quanto?
por semana, mas nos últimos dez dias se viram com mais
freqüência. Deixei de contar os dias quando me aposentei,
mas a semana passada Evelyn me pediu que cuidasse
Wíll sorriu.
-Ao não ter cabelo resulta difícil dizê-lo. Mas diria que a
mesma idade que Evelyn.
-Uns sessenta anos.
-Eu não lhe vi nenhum gesto desse tipo. Nem tão sequer lhe
conheci. Evelyn me deixava à menina, retornava a sua casa
e esperava.
tocavam a buzina.
Wíll.
Wíll apoiou a cria sobre seu ombro e lhe deu uns golpecitos
nas costas. A menina soltou um te gratifiquem arroto.
-Obrigado.
o advogado.
os fraldas.
-O que acontece?
A mulher sorriu.
-Não sei o que posso lhes dizer, mas irei por diante e lhes
oferecerei umas massas recém feitas em caso de que
venham por aqui.
-Obrigado, filho.
Sua voz tinha perdido esse tom amável próprio das anciãs
mas, de todas formas, guardou-se o cartão no avental.
Wíll recordou.
-Isso é certo.
ocasião era ainda pior, pois não só estava jogando com ele,
mas sim estava encobrindo a sua velha amiga.
-Há dito que provavelmente chamaram o tipo da camisa
hawaiana para fazer este trabalho. A que trabalho te refere?
Seqüestrá-la ou encontrar o que Evelyn tinha escondido
em sua casa?
-Contra o guarda?
-E Evelyn?
-Sim.
-Com massas?
seus propósitos.
-De verdade?
Mittal continuou:
tal teoria.
Amanda assentiu.
-Está poda. Deveu levá-la com a mão que não tinha ferida.
Há um rastro de sangue que percorre toda a garagem e
chega até o abrigo onde ocultou a Emma. É sangue da
móvel.
-Mas…
-Que mais?
Mittal assentiu.
-Eu diria que três ou quatro homens.
a si mesmo.
no sistema.
-Nada de importância.
conta do que fazia seu pé. Lhe fez um gesto com a cabeça,
lhe indicando que não devia mencionar o que acabava de
encontrar. Wíll olhou ao Chárlie. Os três tinham
por cima das bandas sonoras, cuja função era impedir que
os condutores se saíssem do meio-fio. Wíll, com o ruído e as
vibrações, tentou rebater uma inesperada sensação
de enjôo.
mais pronunciadas.
o seja.
-Enviou-o a prisão.
ele que sua amiga era tão culpado como outros. Evelyn não
tinha vivido muito bem, mas ao igual a Spivey se comportou
como uma estúpida.
Não havia dúvida de que era uma conta tela, do tipo que os
fiscais chamam “uma prova irrefutável”. Ao estar Bill morto,
Evelyn era a única titular. tirou-se e depositado
Por isso Wíll sabia, jamais lhe tinha perguntado sobre essa
conta a Evelyn Mitchell. Pensou que o fariam durante o
julgamento, mas jamais se celebrou. Em seu lugar
até agora.
-Que flecha?
com tempo de sobra para espiar. Por outro lado, Wíll não
podia imaginar à mãe do Faith com uma pá e uma lanterna
em plena noite. Mas tampouco podia colocá-lo no
banco.
Amanda assentiu.
grave.
-Continua.
um pouco de peso.
-O que pensa?
-É possível.
-Como é a estrutura?
-Várias vezes quando era mais jovem, mas por coisas sem
importância.
-Então a banda segue acontecendo desapercebida.
Amanda assentiu.
sua história.
-E o que passa?
-Bom, é óbvio. Retornar e vestir de negro. gravou-se depois
de que o cantor original muriese por ingerir uma mescla de
drogas e álcool.
carro.
-Sim, mas…
Amanda o interrompeu.
-Tenho eleição?
-Em realidade, não. Mas te estou dando a oportunidade de
me devolver o benefício da dúvida que eu depositei em ti
durante muitos anos.
-Somos amigos.
-Parece-me bem.
metálico por todos lados: nas janelas, nas portas, nas luzes
do teto e nos interruptores.
-Ele sabe?
-Terei que ser mais rápida que ele. -Lhe piscou os olhos um
olho, como se fosse uma espécie de festa fraternal em que
os meninos podiam ficar um pouco briguentos-.
ao chão.
-estive ocupada.
-Com o que?
Amanda se Rio.
-Estou segura de que sabia que viria antes que eu. Este
lugar é como a CNN.
Boyd se encolheu de ombros, como se não dependesse
dele.
-De maravilha.
bem?
Olhou-a envergonhado.
Boyd se Rio.
-Vejo que não foi uma época muito boa para nenhum dos
dois.
ficou calado.
Boyd assentiu.
-E Demarcus?
-Acredito que está tão limpo como se pode estar com uma
acusação grave sobre as costas.
na prisão da Valdosta.
-Deveria fazê-lo?
-Sobre o que?
-Would I lê to you?
-Não.
-Às vezes.
Boyd teve que esclarecê-la voz uma vez mais antes de falar.
-Algo mais?
-O que?
-te cuide, Mandy. E faz o que possa para que Evelyn retorne
com sua família.
Amanda podia ser uma puta, mas era sua puta. Abriu a
porta e se encontrou com ela no corredor. As câmaras não
lhe tinham enfocado o rosto, mas Wíll viu que tinha
-Obrigado.
a falar.
-Assim é -respondeu.
-Quem é Ling-Ling?
em um completo vazio.
a sua mãe. Evelyn tinha sido polícia. Faith era polícia. Evelyn
tinha disparado e tinha matado a um homem. Faith tinha
matado a dois homens, duas possíveis testemunhas,
com ela sobre o dia tão horrível que tinha passado, e que a
aconselhasse sobre se devia confiar em seu representante
sindical quando lhe dizia que não necessitava
por isso lhe resultaria difícil falar com ele essa noite. A
relação entre eles nunca tinha sido muito boa. Felizmente,
Amanda se tinha encarregado de fazer as chamadas
telefônicas, já que de não ser assim ela teria passado a
maior parte da tarde brigando com o Zeke em lugar de falar
com a polícia de Atlanta. Notou um ligeiro alívio
-Como há…?
-É óbvio.
-Víctor quer que lhe chame -disse Zeke-. Suponho que sabe
a quem me refiro, verdade?
Víctor Martínez era a última pessoa com a que desejava
falar nesse momento.
-Vamos, venha.
-Eu não…
pus a pegar tiros a todo quisqui. Não tenho por que escutar
essa mesma mierda de meu irmão.
-Não, senhora.
-Alguma novidade?
-Na Florida?
-Onde estava?
Zeke repetiu.
de formação.
-Chegou tarde.
fazia as coisas.
-Já sei.
de ter um bebê.
Faith se sentou.
-Não sei.
-Estava ferida?
-Não tenho nem idéia de quem pode estar envolto nem por
que.
-Já vejo que não pode fazer nada. Estamos indefesos. Igual
a mamãe.
respeito a ela.
-O que acontece?
Faith se engasgou.
-esteve aqui? Na casa?
-Você não estava aqui, Faith. Alguém tinha que ficar com o
Jeremy até que eu chegasse.
-Ao Jeremy.
-Sempre vais ser igual? Acaso quer ser uma mãe solteira?
Por muito duro que tivesse resultado para seu pai, a quem
lhe pediram que deixasse de assistir a seus estudos da
Bíblia, e para sua mãe, a que quase todas as mulheres
ou forzosamente.
Jeremy tinha oito anos a primeira vez que viu seu tio Zeke.
evitaram-se mutuamente como gatos até que um partido de
basquete suavizou a situação. Não obstante, Faith
-fomos ao DeC.
com ela que Bill Mitchell lhe sugeriu que procurasse outro
lugar onde passar os fins de semana.
-Posso imaginá-lo.
Obrigado.
-por que?
-Por estar a meu lado. Por chamar a Sara. Por me dizer o
que… -Recordou que o telefone estava intervindo-. Por me
dizer que tudo ia sair bem.
-me diga.
-De acordo.
-O mesmo.
sua carreira. Não teve que lhe dizer que queria sair-se da
polícia de Atlanta porque a aposentadoria obrigada da
Evelyn se considerava uma bênção ou um delito,
dependendo
Faith sorriu.
-Estou aqui.
-Sim.
-É um gilipollas.
-A que te refere?
Típico do Zeke.
Jeremy assentiu.
-Algo mais?
sua cara.
-Já sei que está preocupado pela avó, e não posso te dizer
nada para que se sinta melhor.
macarrão e queijo.
Faith assentiu, o que provocou que risse ainda mais alto. Ela
deixou que desfrutasse de sua humilhação durante um
momento antes de lhe dar um golpecito no ombro
e lhe dizer:
menos preocupado.
Almeja.
Dinheiro.
-Jeremy?
nascido em 1992.
Jeremy era seu único amigo. Seu instinto policiaco lhe disse
que algo estava passando, mas lhe devolveu o telefone
como se não tivesse importância.
Jeremy assentiu.
-O que ocorre?
-Mamãe?
-Encontra-te…?
-De acordo.
deixado atrás essa fase de sua vida, por que seguia com
essa mulher tão detestável? E é mais, se ela tinha decidido
que não haveria nada entre eles, por que seguia
ao Wíll em uniforme.
estava suando.
para ler. Deveria ter uma cozinha com uma pia grande e
uma agradável vista ao jardim traseiro. Em definitiva, teria
que viver em uma casa parecida com a do Wíll.
-Quem é?
lhe diria é que tinha sido um prazer lhe conhecer e que lhe
desejava sorte em sua vida com sua esposa.
Se é que conseguia chegar. O elevador estava demorando
mais da conta. Na tela digital viu que estava baixando
desde o quarta andar até a entrada. Demorou um tempo
-Sinto vir tão tarde -disse dando-a volta para que Bob não
lhe tombasse.
começou a desmoronar-se.
-Esteve ali.
-Não pude fazer nada por ele. Pode que você… -Lhe quebrou
a voz-. O médico da prisão disse que foi uma ferida mortal.
Havia muito sangue. -Pôs a mão ao redor da
-Necessita ajuda?
-Vá.
Muito tempo.
que.
-Não. Wíll…
-De acordo.
-Acredito que tem o telefone da Amanda. Chama-a se
souber algo. Ou se não sabe. Está impaciente.
-E o que significa?
-Filha de puta.
-Como sabe?
-me acredite, não é fácil lhes seguir a pista. Além disso, não
estou seguro de que nenhum deles seja a causa real do
acontecido.
-A que te refere?
Wíll assentiu.
-Sente-se.
-Quatro donuts.
-Eu não hei dito tal coisa. Solo acredito que há algo mais. -
Observou como Sara rompia os ovos em um bol-. Não
acredito que partisse voluntariamente. Não lhe faria
-Como?
levantou-se e foi para a mesa do comilão para agarrar um
punhado de pastas amarelas de uma das caixas. Agarrou a
bolsa de donuts antes de voltar a sentar-se à barra
da cozinha.
-Ben Humphrey.
-Outro policial?
-Todos policiais?
-Quanto?
-É óbvio.
-Como é Evelyn?
-Como Amanda?
-Joder.
-Pensei que Amanda não fingia quando disse que não sabia
do que estava falando.
-Vá. Sinto muito. Não tem por que lhe comer isso Quer que
volte a agarrar os perritos quentes do lixo?
-Não se eu te ajudo.
ensaboou-se as mãos.
Sara sorriu.
condicional.
-Desculpa.
-Não passa nada. -Sara não fingiu que não tinha estado
escutando-. Vejo que não chamaste a Amanda.
-Quero fazê-lo.
Não o disse porque pretendesse ser amável, nem porque
desejasse passar mais tempo com ele, mas sim porque
queria saber o que tinha feito que Boyd Spivey caísse tão
baixo.
se os reduje a sentença.
-delataram-se mutuamente?
-Muita influência?
-Não qua
-Não acredito.
-por que?
-Segue.
-Sim, assim é.
-Ignatio Ortiz.
Wíll grunhiu.
-Não acredito. Sem sua placa não tinha poder nenhum. Não
posso imaginar a como chefa a menos que seja uma
sociópata. Abuelita de dia e traficante de drogas de noite.
-Pode que este seja seu irmão. -Sara abriu a outra pasta-.
Héctor Ortiz. Por seu expediente, não parece um
delinqüente, mas seu nome também figura na lista de
testemunhas
Logo lhe romperam uma perna. Não foi uma ruptura limpa,
a não ser o resultado de golpear a repetidas vezes com a
barra de metal até que ouviram o rangido do osso
E depois o que?
Héctor.
Faith.
dela tudo o que pôde. Perdeu a seu filho, e isso lhe rompeu
o coração.
Não pôde suportar seguir pensando em todo isso.
Tão bárbaros.
espreitando-os.
Mas o que passaria se lhes dissesse a verdade?
para que Deus lhe tivesse tirado a fala o dia que faleceu seu
marido.
algo passava.
das quais as mães devem lhes mentir a seus filhos: sua vida
amorosa, o que acontecia no trabalho, sua saúde. Evelyn a
tinha enganado quando não lhe disse que Zeke
Não, não podia ser. Evelyn sabia que seus filhos não
ficariam com nenhum dinheiro ilícito, por muito que lhes
fizesse a vida mais fácil. As hipotecas, as letras
algo assim.
E lhe tinha ensinado a ser uma boa polícia, não dessas que
se passam a noite com os braços cruzados esperando a que
saia o sol.
com ele. Mas o que lhe diria? “Necessito sua ajuda, mas não
o diga a Amanda. Pode que incumplamos a lei, mas, por
favor, não faça perguntas.” Isso era impossível.
No dia anterior já se saiu das normas por ela, mas não podia
lhe pedir que as incumpliese. Não havia ninguém em quem
pudesse confiar tanto para lhe proteger, mas
ligeiro.
Nada.
Valentín.
pequeno anjo?
Nada.
Assentiu.
-Obrigado.
-Não, senhora.
-Onde está?
-Sim, era-o.
mas teria jurado sobre a Bíblia que logo os fazia sujeito com
a gomilla vermelha do brócolis que tinha comprado no
supermercado aquele mesmo dia.
bem.
inferior da bolsa.
-Sim.
era algo que tinha em comum com seu pai. Levada por um
arrebatamento de ostentação, tinha pedido que lhe
fizessem umas prateleiras especiais para as bolas, e tinha
Por volta das onze, queria voltar para a cama e dar o dia por
finalizado.
Grady sabendo e de bom grau, pois não queria ter uma vida
própria depois de que seu marido faleceu. Durante o último
ano, entretanto, tinha estado reduzindo seu
É um tio guay.
-Disse que foi fascinante, que lhes passaram isso muito bem
e que lhes deram um beijo.
-Está-lhe escrevendo?
-Fantástico.
a comer.
Em lugar de ir à cafeteria, dobrou à esquerda, para os
elevadores. Quase a derrubaram com uma maca que
passou a toda pressa pelo corredor. Apuñalamiento. A faca
-George.
-perdeu-se?
Sara sorriu.
-Qual?
Larry assentiu.
-De heroína?
-Dip Stick?
-Não.
-É chocolate?
Sara interveio.
-Pixie Stix?
-Refere-te ao asiático?
Larry se Rio.
Frieda”. Palavrório.
-Trent.
-me diga?
-O que averiguaste?
de heroína.
Sabia que não podia falar diante da Amanda, mas ela não
queria deixar de falar com ele.
-dormiste algo?
Sara.
no bolso da jaqueta.
E não podia nem queria fazê-lo. Isso não era próprio dela.
Pelo general, era uma pessoa honesta e sincera. Se queria
saber algo sobre seu intento de suicídio, ou
a respeito de qualquer outro aspecto de sua infância, devia
lhe perguntar, não fazer as coisas a suas costas e olhar seu
histórico médico.
A mulher retornou.
-Está segura?
Sara assentiu. Fazia tempo que não se havia sentido tão
mal. Inclusive seu encontro com o Angie Trent não a tinha
feito sentir tão culpado.
-Desculpe as moléstias.
-Olhe isso.
costurado sua bonita boca com uma sutura que não tinha
completo os requisitos mais básicos para ser passada pelo
Governo.
-É você médica?
-Escute. Estou tentando fazer o que devo. Não tem por que
me falar com esse ar de superioridade.
-Tire-se de no meio.
-E o que?
-De verdade?
Ela se Rio.
hoje em dia.
-Julia Ling.
-Uma mulher?
-Sim.
-E?
-Da Suécia.
-Sim.
-Não o perguntaste?
-O que crie que nos dirá Roger? -Wíll se deu um golpe com a
palma da mão na cabeça-. Já vejo. Crie que está envolto no
seqüestro da Evelyn.
se abrisse a porta.
ao tato.
até onde podia lhe espremer. Era seu esporte favorito: até
que ponto tinha que ser malote com ele para que a
abandonasse como tinham feito todas as pessoas de sua
vida?
lhe ia beijar.
Wíll se perguntou por que Sara não lhe tinha chamado para
dizer-lhe Pode que se partiu do trabalho, ou pode que seu
trabalho não consistisse em lhe manter informado.
-Disse algo?
Amanda acelerou.
-Sim. E seus rastros eram umas das oito que encontraram
em casa da Evelyn.
-Que tratamento?
classes.
-A maioria o são.
um lado-. O sinto.
-Não.
deteve-se diante de um armazém comercial muito grande
com seis plataformas de carga. Não se via nenhum
caminhão, mas havia alguns veículos estacionados diante
de
Era feito de metal, e era mais largo que comprido, com uma
extensão aproximada da metade de um campo de rugby. O
edifício se apoiava sobre uns alicerces de concreto
ou te cairá ao chão. -Teve que ficar nas pontas dos pés para
fechar o porta-malas-. Não sei por que leva o cinturão tão
frouxo. Não tem sentido ficar uma correia
se não for utilizar.
práticas.
Real na capa?
-Claro, terá que lhe tirar a pelusilla do percussor.
-Betty.
-É um encanto.
Julia se Rio.
-Sim.
-Sei que Evelyn e você estavam muito unidas.
-E ainda o estamos.
ao chão.
-Rendo-me! Rendo-me!
-Deram-lhe?
Wíll preferiu não discutir com ela, embora poderia lhe haver
mencionado que deixar as pistolas no mostrador tinha sido
uma má idéia, por não falar de quão estúpido
-Sim, senhora.
no Stone Mountain.
-Nada.
-Só estou dizendo que faz falta os ter muito bem postos, ou
ser muito estúpido, para tentar tirar de no meio de alguém
como Julia. Seu irmão não vai se ficar com
melhoraram.
referia-se aos rastros que tinham encontrado em casa da
Evelyn.
-São três.
-Ainda não…
-Feriu-te.
deu-se a volta para partir, mas Amanda não fez gesto de lhe
seguir.
-Estou…
-Seguro?
-Sim, seguro.
-Como quais?
-Como Ricardo.
-Fazer o que?
-Não.
inimaginável.
-Não hei…
-O que acontece?
um policial.
-A que se refere?
um retrato robô.
a proa de um navio.
filha de seis anos que vive com uma tia no Snellville. A mãe
da menina está na prisão do condado por furtos em lojas e
uma bolsa de metanfetaminas que lhe encontraram
-Obrigado.
não toda.
-Poderia haver-se levantado e ter fugido por si só com essas
feridas?
músculos que têm que trabalhar tão solo para que alguém
se levante.
uma mosca.
-Cheira a diesel.
-Eu diria que, fosse o trabalho que fosse, levava nele dois ou
três anos.
Sara não teve que olhar o arquivo. Não lhe tinham feito
radiografa. O homem tinha morrido antes de lhe poder fazer
alguma prova. Em lugar de continuar com o exame,
mesmo dia.
Que fazia ali de pé? por que vinha correndo até ela para
logo não fazer nada?
-Pode que descubramos…
-Não me importa.
-Sinto-o -disse Sara-. Isso não esteve bem. foi um dia muito
comprido.
-Olá, mamãe.
-Mamãe?
Apertou-lhe o braço.
-Igual a você.
-me diga?
-Faith.
-Olá.
-Olá.
-Não, nada.
-Sim. Obrigado por lhe trazer para casa ontem. E por ficar
com ele. Por certo, não viu nada estranho quando esteve
aqui? Ninguém rondando pela casa?
-O que diz?
-Ouve-me?
avó.
-Jeremy?
de seu corpo.
-por que deixou que meu filho saia sozinho à rua quando se
supõe que devem cuidar dele? esteve isso bem? -Empurrou-
o de novo-. O que fazem você e seu companheiro
-me dê o iPhone.
-por que?
-dêem-me isso.
-Tenho todos meus jogos aí.
-Dá-me igual.
-Entendeste-me?
-Faith. -Seu tom lhe indicava que não era a primeira vez que
Zeke a chamava-. O que te acontece?
-No Dobbins.
-Qual?
-por que?
-Espera.
pelo que lhe tinha feito. Nunca tinha sido uma pessoa
rancorosa, mas agora desejava lhe fazer todo o dano
possível.
-Não sei o que lhe haverão dito, mas zangar-se não é uma
qualidade muito atrativa em um homem.
nas celas.
-Importaria-te te calar?
-Como diz?
-Quem? Eu?
-Chamou à a prisão?
salvo Roger.
-A que gente?
que eles a mim não. Não têm nem a mais puñetera idéia de
quem sou, e passei toda minha vida procurando que assim
seja.
oportunidade.
-Crie que Chuck Finn deduziu pelo que lhe disse Sara que
Marcellus Estévez poderia viver e por isso enviou ao Franklin
Heeney para lhe matar?
-me deveria haver isso dito. -Ouviu uma voz ao longe lhe
gritando que se calasse, mas não podia fazê-lo-. Não tinha
nenhum direito a me fazer isso.
-Não, acredito que Ricardo foi por sua conta. Parece-me que
convenceu aos mais jovens e lhes fez pensar que podiam
tirar o negócio ao Ling-Ling. Decidiu ir a Suécia.
-Evelyn.
-Eu não tive eleição -admitiu ele, indicando aos guardas que
abrissem a porta para entrar na prisão. Conduziu-os por um
comprido corredor andando com certa urgência-.
Não vou interromper todo o sistema por muito que fale com
quem quer por telefone. Agente Trent, você terá que
retornar às celas. Ling esteve isolado durante a última
com a mão.
um tornado.
e rebites.
Wíll notou que uma gota de suor lhe corria pelo pescoço.
Roger Ling estava com as costas pega contra a porta. Wíll
viu o lateral de sua nuca, a parte baixa de sua
-Bem.
-Como se chama?
-Betty.
Tinha passado a prova.
-Posso imaginá-lo.
-Faz bem.
Ling se Rio. Wíll escutou o som retumbando na cela. Não
havia alegria em sua risada; era arrepiante, própria de um
maniaco. Wíll se perguntou se suas vítimas tinham
ao Ling.
-O direi.
filhos?
-Não.
-Não, que você saiba. -Se Rio como se isso fosse gracioso-.
Eu tenho três. E dois exmujeres que sempre estão pedindo
dinheiro. Cuidam de meus filhos, e não deixam
que minha filha se vista como uma puta. Procuram que não
se metam em confusões. -encolheu-se de ombros-. Mas o
que lhe vai fazer? Às vezes se leva no sangue. Não
importa as vezes que lhes diga qual é o caminho correto;
quando chegam a uma idade, lhes mete na cabeça.
Acreditam que não vale a pena esforçar-se. Vêem o que
outras
filho.
muito fortes.
Ling se Rio.
-A que se refere?
-Pense-o.
mesma forma que tinha feito sua irmã-. Não, tio. Isto é
trabalho de homens. Como acredita que a pegaram a minha
irmã? As tias não têm cojones para esse tipo de trabalho.
nada mais.
no chão.
-Olá.
Faith examinou instantaneamente ao homem que tinha
diante. De constituição medeia, um pouco mais alto que ela
e de uns oitenta quilogramas. Pele escura, moreno e
embora podia ver sua cara, seu escasso pêlo facial e seu
lunar na bochecha. Teria a idade do Jeremy, mas com um
aspecto que não se parecia em nada a seu dócil filho.
-Está a salvo.
O jovem se Rio.
-O que quer?
-Dinheiro.
-Quanto quer?
-Tudo.
Um montão de insultos lhe passaram pela cabeça.
-Está viva?
Faith notou que uma gota de suor lhe corria pelas costas.
-Antes tenho que saber que está viva. Não vou dar nada até
que não saiba com certeza que se encontra bem.
-Eu não diria que está bem, mas a muito puta ainda
respirava a última vez que a vi.
-Um periódico.
-Isto prova que está viva. Tem que fazer um trato comigo se
quiser que siga assim.
-Crie que sou gilipollas? -disse Faith-. Isso não prova nada.
Minha mãe pode estar morta. Não vou dar um montão de
dinheiro porque me tenha ensinado uma foto de
mierda. Pode que a haja trucado. Nem tão sequer sei se for
ela.
a esse gilipollas com o que trabalha. Não fale com seu irmão
nem com ninguém de sua preciosa família. Com ninguém.
Entende-me?
a pele até que solo veja seus músculos e seus ossos, e lhe
ouça chiar como o menino mimado que é. E logo seguirei
com sua filha. Sua pele será mais fácil de arrancar.
mais apropriada.
-Temos que verificá-lo -disse, embora o que lhe havia dito
Roger Ling não era mais que uma constatação do que se
temia.
-Ali estarei.
-De acordo.
Amanda falava com uma voz tão baixa e cansada que logo
que podia ouvi-la.
para lhe dizer ao Faith que sua mãe estava morta. Queria
lhe descrever como se sentou ao ver a Amanda derrubar-se,
e o muito que se assustou ao vê-la cair de seu
pedestal.
nas axilas.
-me deixe.
Angie se apartou e fez uma careta com a cara.
-Onde estiveste?
-A que te refere?
-Não lhe há isso dito Sara? -Angie se deteve, mas ele não
pôde lhe responder-. Se chama assim, verdade? -Soltou uma
gargalhada entrecortada-. Acredito que é um pouco
insípida para ti, Wíll. Não está mau, mas tem um culo que
não vale nada, e é quase tão alta como você. Pensava que
você gostava das mulheres mais femininas.
-O que o…?
movia.
-Como você.
-Estou tentando que não lhe façam mal. Por isso o faço.
-Deixa-o já, Angie. Embora solo seja por uma vez, deixa-o.
-Porque tem algo que empresta, algo que faz que a um lhe
ponha a pele de galinha, algo que faz que a gente te queira
o mais longe possível de sua vida.
-Que deixe o que? O que é óbvio? Crie que te vais casar, ter
filhos e levar uma vida normal? -Se Rio como se fosse o
mais ridículo que tivesse ouvido em sua vida-.
Wíll não podia suportar que lhe aproximasse tanto. Foi à pia
e encheu um copo de água.
órfão. Você é Helen Keller, e ela era a puta essa que lhe
ensinou a ler. -Agarrou-lhe o queixo e lhe obrigou a observá-
la. Wíll seguia com o olhar apartado-. Quão
-Sempre o faz.
-Não…
a te tirar a vida por mim. Nunca faria isso por ela. Nunca te
cortaria as veias por ninguém, salvo por mim.
-Necessito-te.
Ela não tinha uma resposta para isso, por isso tentou provar
com uma ameaça.
-Annie Sullivan.
-Como diz?
Wíll fechou a porta. Tinha muitas coisas que lhe dizer, mas,
quando quis falar, não lhe saiu nenhuma delas.
Eu nunca quis…
-Respira.
Não sabia quando foi a última vez que tinha desejado ficar
na cama por uma boa razão. Obviamente, isso lhe tinha
acontecido quando Jeffrey estava vivo, mas pela
uma nota na parede, por cima dos recipientes dos cães. Wíll
tinha desenhado um rosto sorridente no centro. Viu outra
nota com o mesmo desenho em cima das correias.
não era sozinho isso. Suas mãos sabiam onde tocá-la, sua
boca tinha um sabor maravilhoso, sua língua… Todo nele
era maravilhoso. Estar com ele tinha sido como
-Faith, sente-se.
-Faith, não vou fazer nada até que não normalize seu nível
de açúcar. De acordo?
de terminar em vírgula.
-Bom…
meninos.
-Parece distinta.
milagres.
-Trinta e cinco.
-Essa cozinha vale mais que toda minha casa -disse Faith
apoiando-se na encimera para vê-la melhor. Sara a fez
sentar-se de novo-. Quanto dinheiro ganha?
-OH.
Ele parecia um pouco envergonhado, igual a Sara. Isso
explicava sua atitude distante. Ambos se sentiam
incômodos, tendo em conta o que lhe tinha acontecido a
Evelyn
Mitchell.
disse:
grão.
-Faith…
-Não, mas…
-Como?
de não ser por ela. Não deixou de me dizer que fosse forte,
que tudo sairia bem.
minutos depois.
disse:
esqueceu…
-Não há dinheiro.
-Não é certo -disse Faith-. Nunca foi. Você não pôde provar
nada. Ela não se deixou corromper. Boyd e outros estavam
implicados, mas minha mãe nunca agarrou nada.
-Quer um café?
-Quando o recebeste?
Faith o leu:
-Roger Ling -disse Amanda com uma voz que denotava uma
raiva contida-. Sabia que esse bode estava mentindo. Não
se pode acreditar nada do que dizem. -Pareceu dar-se
e saem.
Sara notou que seu coração lhe dava um salto e lhe subia à
garganta.
Wíll insistiu.
colaterais.
Amanda a deteve.
cabeça.
-Ricardo Ortiz e Hironobu Kwon se conheciam da
universidade -disse-. Ambos estiveram no Westminster. É
muito provável que trabalhassem na loja de móveis do Ling-
Ling.
-Minha mãe.
Amanda prosseguiu:
-Isso não explica por que Héctor Ortiz estava ali -disse.
mas Sara viu que Amanda não estava disposta a ceder. Wíll
prosseguiu-: Se se tratasse de dinheiro, teriam pedido um
resgate o primeiro dia. Não estariam com este
tira e afrouxa no Facebook, nem se teriam arriscado a
encontrar-se com o Faith cara a cara no supermercado.
Seria um simples transação. Fizessem uma chamada, teriam
foi pequena?
jogo.
-por que não me disse isso Evelyn quando a estava
investigando? -perguntou Wíll.
Amanda sorriu.
deu o sopro.
-Acaso importa?
pirâmide.
-Sua mãe pensava que era autista. Pode que tivesse razão -
continuou Amanda-. Bom, o caso é que se fixou na
pirâmide. Quando retornou ao apartamento, a pirâmide se
Faith, por sua parte, não parecia dar-se conta dos detalhes
que faltavam na história que lhes tinha contado Amanda,
mas, tendo em conta que seus níveis de açúcar
-Onde o tem?
Faith assentiu.
-Tatuagens?
pode lhes jogar uma olhada, aos que lhe ocuparam antes de
que começasse a trabalhar conosco.
-Perguntaste ao Jeremy?
Faith assentiu.
-Seu nível de açúcar foi muito variável -disse Sara-, mas não
assinala nenhum transtorno metabólico. Embora haja
estado submetida a um forte estresse, não está
desidratada.
Amanda suspirou.
-Tome cuidado.
-Doutora Linton.
-Sim, senhora.
-Um mo… -começou Wíll, mas lhe pôs o dedo nos lábios.
Sara.
O pior foi que sentiu que Angie tinha razão em tudo o que
lhe havia dito. Bom, em tudo não: Sara não se tingia o
cabelo.
em voz baixa.
-Sim?
-Amanda?
-por que mentiste ao Faith lhe dizendo que seu pai era
jogador?
-E se não a tiramos?
do jardim traseiro.
-Estou em posição.
Não disse nada, mas ambos sabiam que isso não formava
parte do plano. supunha-se que Faith iria de carro, não
dando um passeio.
mas não podia correr para ficar a salvo, já que tinha uma
entalada das pernas com dois paus de faxineira partidos e
sujeitos com cinta de embalar. Estava gravemente
de homem.
A luz do vestíbulo trocou. O espaço se obscureceu.
Possivelmente correram as cortinas para cobrir as janelas
de diante. Eram de vinil, feitas para filtrar a luz,
mas não para bloqueá-la por completo. Wíll ainda podia ver
claramente às três figuras. Levaram a Evelyn médio a pulso
e médio a empurrões até o salão. Wíll viu a
Não lhe disse que seu plano tinha falhado. Não tinham
levado a Evelyn à habitação traseira. Queriam que estivesse
diante quando Faith entrasse na casa.
tinha sido ser tão boa polícia, tão boa mulher e tão boa mãe
como ela.
Ao final o deixou, já que as probabilidades de que Evelyn
visse o vídeo eram bastante escassas.
Faith solo se deu conta essa manhã, quando, por isso podia
ser a última vez, esteve olhando as coisas do Jeremy.
lhe tinha escrito na carta. Disso estava segura, pois ele era
dos que sabem guardar um segredo.
de lingerie.
Faith se trocou a bolsa de mão quando girou à esquerda e
entrou na rua onde vivia sua mãe. A bolsa de lona e o
dinheiro pesavam ao menos uns sete quilogramas. Estava
tão violenta que tinha tido lugar. Tinha visto cenas criminais
similares, e sabia o aspecto que tinha o lugar onde tinha
tido lugar uma resistência. Embora se tinham
o chão.
de dinheiro.
Assobiou fracamente.
O coração do Faith pulsava com tal força que logo que podia
ouvir sua voz. O revólver escondido que levava na tobillera
lhe ardia, parecia lhe queimar a pele.
Faith olhou a sua mãe. O suor lhe corria pela frente. O bordo
da cinta adesiva lhe estava separando da bochecha. Não a
tinham pacote. Tinha a perna rota, assim não
Não o fez.
-Tenta-o.
Roz Levy não era quão única estava cheia o saco. Wíll
notava como se o fazia um nó na garganta tratando de
conter-se.
começar a disparar.
com o seqüestrador.
-Vamos, solta-o.
Amanda vaiou.
-por que não usou esse Python o outro dia quando ouviu os
disparos em casa da Evelyn? -perguntou-lhe.
Pombas e azulejos.
manutenção?
Amanda suspirou.
seu filho por que ele não a podia doar. -deu-se a volta para
olhar ao Wíll-. Investigou primeiro aos familiares de seu pai.
Suponho que Sandra pensou que seria mais
Amanda assentiu.
-O que diz?
-Necessitamos um helicóptero.
-O que faz?
-Chamar o Faith.
O móvel do Faith vibrou em seu bolso, mas ela não se
moveu. limitava-se a olhar fixamente a sua mãe. As
lágrimas corriam pelo rosto da Evelyn.
fazia os deveres.
às coisas da Emma.
-Sinto-o muito.
Não pensava lhe dizer a verdade, por isso lhe deu a última
pista que o punha tudo em seu lugar.
-Como te chama?
ficar com seu filho mexicano, mas não te importa cuidar dos
teus.
-E quais são?
-Responde ao telefone e o averiguaremos.
-me diga?
para agarrá-lo.
ficou imóvel.
-Ou o que? -Se Rio-. lhes diga o que quero. Quero que todos
vós me levem ao Disney World.
-Eu…
Este duvidou.
-te cuide -disse ela sem ocultar que estava assustada. Sua
voz tremeu sem que precisasse fazer um esforço-. Já matou
a seu companheiro. Há…
-te cale.
Caleb lhe apontava com a Tec-9. Teve que elevar a voz para
que lhe ouvisse.
de um lado para outro-. E crie que seu papaíto era tão bom?
lhe diga o que te disse, mamãe. lhe diga o que te obrigou a
fazer.
-Seu papaíto lhe disse que tinha que escolher entre ele ou
eu. O que te parece? O melhor agente de seguros do ano
disse a sua mamãe que não podia ficar com seu filho
Faith tentou não lhe mostrar que tinha dado no branco. Ela
tinha adorado a seu pai, tinha-lhe venerado como revestem
fazê-lo-as meninas mimadas, mas agora que era
Olhou ao Caleb.
fazer quão mesmo lhe tinha feito a sua mãe, a sua família e
a sua vida.
Adeus.
-Mamãe…
rota.
-Como se encontra?
Sam.
buquê de flores.
-Sim, sabia.
-Espero que não fora por escrito. Não lhe deu entre
sobrancelha e sobrancelha.
Essa mesma manhã tinha sorrido tanto que logo que pôde
juntar os lábios para lhe dar um beijo de despedida. Wíll
pensava que ria porque tinha uma parte de papel
-E Angie?
-De verdade?
-Obrigado, Wíll.
-É ao Roz Levy a quem tem que lhe dar as obrigado. Foi ela
quem o deduziu tudo.
-É uma bruxa.
Emma soluçou.
sair do hospital.
Zeke demorou para apartar o olhar. O soluço contínuo da
Emma provavelmente tinha algo que ver com a decisão do
Zeke de seguir a seu sobrinho até o vestíbulo.
-Agente Trent.
-Capitão Mitchell.
outro filho.
-Lamento o acontecido.
-Obrigado.
-Os Texicanos.
-A conta bancária.
Evelyn olhou para o teto e, logo, lentamente, fechou os
olhos. Wíll pensou que se ficou dormida, mas ela começou a
falar de novo.
me odiava.
fios, mas ela não quis. Disse que já lhe tinham dado muitas
oportunidades. Mesmo assim, o roguei.
-Heroína?
em reabilitação.
a mãe que nunca lhe quis. Disseme que quão único tinha
herdado de mim era esse coração tão negro.
-Back in black.
se deja engañar.
e vi o Caleb.
me vendo chiar.
-Obrigado.
-Quer descansar?
-Salvo Caleb.
Wíll não confessou que ele havia visto muitas desses filmes.
de evasão.
das últimas coisas que lhe disse antes de que tudo isto
acontecesse era que sentir esse rancor era como tomar um
veneno e esperar que a outra pessoa se muriese.
inteligentes.
-Sim, mas são demônios bons, dos que lhe fazem mais
forte. -Tentou sorrir-. Se me liberasse de meus demônios,
perderia a meus anjos.
-Isso é do Hemingway?
Amanda se Rio.
-Não.
-Volta.
-Estou geada.
inocuamente, “puta”.
-Absolutamente.
-Posso entrar?
-Acredito que podemos fazer uma exceção.
notas.
-Não.
Sara continuou:
Sara esperou para ver se dizia que não era com o Angie
com quem queria estar, a não ser com ela, mas não o fez.
Tentou-o de novo.
Sara olhou aos olhos. O sol que entrava pelas janelas fazia
que suas pestanas adquirissem uma cor branca. Não podia
imaginar o que tinha que ter passado, quão desesperado
-Wíll…
o Angie. Queria que sentisse lástima por ela? Queria que lhe
parecesse romântico o que ele tivesse tentado suicidarse
para resgatá-la?
deu-se conta de que se parecia mais ao Jeffrey do que tinha
querido admitir. Pode que, no fundo, ela sentisse uma
atração especial pelos bombeiros mais que pelos
se tinha cansado.
cadela.
Sara ficou nas pontas dos pés para lhe olhar aos olhos.
-Sim.
-Não entendo.
-funcionou.
-O que funcionou?
-Que encantos?
apoio.
Os pais não têm um papel muito importante neste livro,
mas eu quero lhe dar as graças ao meu por ser um pai tão
maravilhoso. Poderia escrever uma história sobre