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ELETRÔNICA DIGITAL I 1
ELETRÔNICA DIGITAL I
Xavier, Milton D.
ELETRÔNICA DIGITAL I
Xavier, Milton D.
“ Se alguém lhe disser que voce nunca vai conseguir, apenas diga:
5 - Se eu errar, aprendo, mas se eu acertar, te ensino ” 5
Parte 3 – Fundamentos
Níveis Lógicos 23
Bit e Byte 25
Tabela Verdade 29
Introdução
Exemplo 1: 4316(8)
4316 = 4 x 103 + 3 x 102 + 1 x 101 + 6 x 100
4316 = 4 x 1.000 + 3 x 100 + 1 x 10 + 6 x 1 = 4316(8)
1.4 Sistema Hexadecimal:
Conjunto de algarismos: { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F }
Base = 16
8 Exemplo: 89CE(16)
89CE = 8 x 103 + 9 x 102 + C x 101 + E x 100
89CE = 8 x 1000 + 9 x 100 + C x 10 + E x 1
89CE = 8000 + 900 + 10C + E = 89CE(16)
Exemplo:
0 1 0 1
23 22 21 20 0101 (binario) = 4 +1 = 5 (decimal)
10000/2=5000(0)
5000/2=2500(0)
2500/2=1250(0)
1250/2=625(0)
625/2=312(1)
312/2=156(0)
156/2=78(0)
78/2=39(0)
39/2=19(1)
19/2=9(1)
9/2=4(1)
4/2=2(0)
2/2=1(0)
1/2= 0(1)
Resultado: 104(10) = 10.000(10) = 10011100010000(2)
1110.1101(2) = 011.101.101(2)
011(2) = 3
101(2) = 5
101(2) = 5 Resultado: ED(16)= 355(8)
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Exercícios Propostos
Esses exercícios fazem parte da didática de ensino. Cabe ao aluno resolvê-los para aprimorar o seu conhecimento,
de modo que não tenha duvidas quando realizar qualquer avaliação futura referente a este assunto.
O aluno deve desenvolver os exercícios em questão, e somente utilizar a calculadora em caso de contas extensas.
O resultado de cada conversão está indicado à direita.
Conversões de Base
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Símbolos – Definição:
A B A B
DIAGRAMAS DE VENN
u A
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PROPRIEDADES:
a) Comutativa
1. A ∪ B = B ∪ A
2. A ∩ B = B ∩ A
b) Associativa
3. A ∪ ( B ∪ C ) = ( A ∪ B ) ∪ C
4. A ∩ ( B ∩ C ) = ( A ∩ B ) ∩ C
c) Distributiva
5. A ∪ ( B ∩ C ) = ( A ∪ B ) ∩ ( A ∪ C )
6. A ∩ ( B ∪ C ) = ( A ∩ B ) ∪ ( A ∩ C )
Obs: A ∪ ( B ∩ C ) ≠ ( A ∪ B ) ∩ C
AMOSTRAS
Vamos representar o conjunto universo por 1, e o conjunto
vazio por 0 (zero):
u=1
u A B { } = 0 ou ø
Demais propriedades:
Por exemplo: voce faz uma
compra na internet, cancela a
compra, mas resolve desfazer o
7. A ∪ =1 13. =A cancelamento da compra...
8. A ∩ =0 14. =1
9. A ∪ 1 = 1 15. =0
10. A ∩ 1 = A 16. = ∩
11. A ∪ 0 = A 17. = ∪
12. A ∩ 0 = 0 18. ∩ = 1 – (A ∩ B )
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17
Aplicação:
Numa batalha, ao menos 70% dos combatentes perderam 1 olho; ao menos 75%
perderam 1 orelha; ao menos 80% perderam 1 braço, e ao menos 85% perderam 1 perna.
Qual o número mínimo de combatentes (em %) que perderam as quatro partes do corpo ?
Solução:
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Logo, podemos concluir que a diferença básica entre os dois tipos de eletrônica está associada 19
ao tipo de sinal com que elas trabalham e no que elas fazem com os sinais.
Eletrônica Analógica sinais podem assumir infinitos valores entre dois limites
Uma outra maneira bem simples para se entender o conceito das palavras Analógico e Digital, é
compararmos uma rampa com uma escada. Ao analisarmos a rampa, percebemos que uma pessoa
poderá ocupar cada uma das infinitas posições existentes entre o início e o fim. No caso da escada, a
pessoa poderá estar em apenas um dos seus degraus. Sendo assim, podemos dizer que a rampa pode
representar um sistema analógico, enquanto que a escada pode representar um sistema digital.
Enquanto no voltímetro analógico o ponteiro pode ocupar infinitas posições entre o maior e
menor valor da escala, no voltímetro digital os valores mostrados no display são discretos, isto
é, existe um número finito de valores entre o maior e o menor valor da escala. Outro exemplo
pode ser encontrado no ajuste de volume de um televisor. Ajustando o volume do televisor
através de um botão conectado a um potenciômetro, teremos infinitas posições para escolher
dentro da escala permitida. Porém, no controle remoto observamos que a intensidade do som
muda em pequenos saltos e, em alguns modelos, aparece no vídeo o valor selecionado em uma
escala previamente definida. Podemos dizer então que o "botão de volume" do televisor é uma
entrada analógica, e que o ajuste de volume no controle remoto representa uma entrada digital.
Podemos concluir que a Eletrônica Analógica processa sinais com funções contínuas e a
Eletrônica Digital processa sinais com funções discretas.
Está Acender a
chovendo lampada
Está Acender a
escuro lampada
É claro que os fatos acima são simples e servem tão somente para exemplificar como a lógica
funciona.
Na eletrônica dos computadores o que temos é a aplicação da lógica digital, ou seja, de
circuitos que operam tomando decisões em função de coisas que acontecem no seu próprio
interior.
Os computadores e seus circuitos lógicos não conseguem entender coisas como “está escuro”
ou “está chovendo” e tomar decisões com base nestas observações. Os circuitos lógicos digitais
trabalham com sinais elétricos.
Assim, os circuitos lógicos digitais nada mais fazem do que receber sinais com determinadas
características e, em função destes, tomar decisões que nada mais são do que a produção de
um outro sinal elétrico.
Mas, se os sinais elétricos são digitais que representam quantidades discretas e se a lógica é
baseada em tomadas de decisões, o próximo passo no entendimento da Eletrônica Digital é
partir para o modo como as quantidades discretas são representadas e entendidas pelos
circuitos eletrônicos.
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Assim, uma lâmpada só pode estar acesa ou apagada, uma torneira só pode estar aberta ou
fechada, uma fonte só pode ter ou não ter tensão na sua saída, uma pergunta só pode ter como
resposta verdadeira ou falsa.
Na álgebra de Boole, as variáveis lógicas só podem adquirir dois estados:
0 ou 1
Verdadeiro ou Falso
Aberto ou Fechado
Alto ou Baixo (HIGH ou LOW), ou simplesmente HI ou LO.
Ligado ou Desligado
Na eletrônica digital partimos justamente do fato de que um circuito só pode trabalhar com
dois estados possíveis, ou seja, encontraremos presença do sinal ou a ausência do sinal, o que
se adapta perfeitamente aos princípios da álgebra de Boole.
Tudo que um circuito lógico digital pode fazer está previsto pela álgebra de Boole. Desde as
mais simples operações ou decisões, como acender um LED quando dois sensores são ativados
de uma determinada maneira ou quando uma tecla é pressionada, até girar no espaço uma
imagem tridimensional.
Partimos então do fato de que nos circuitos digitais só encontraremos duas condições possíveis:
presença ou ausência de sinal, para definir alguns pontos importantes para o nosso
entendimento.
A fig. 4 mostra que nos circuitos digitais, a presença de uma tensão (Vcc) será indicada como 1
ou HI (de High ou Alto) enquanto que a ausência de uma tensão (0 V) será indicada por 0
(zero) ou LO (de Low ou Baixo). O 0 (zero) ou LO será sempre uma tensão nula ou ausência
de sinal num ponto do circuito, mas o nível lógico 1 ou HI pode variar de acordo com o
circuito ou componente considerado.
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No Desk Top (PC de mesa) a tensão usada para a alimentação de todos os circuitos lógicos, por
exemplo, é de 5 V. Assim, o nível 1 ou HI de seus circuitos será sempre uma tensão de 5 V,
conforme mostra a fig. 5.
No Lap Top é usada uma tensão de alimentação menor, da ordem de 3,2 V portanto, nestes
circuitos um nível 1 ou HI sempre corresponderá a uma tensão deste valor, conforme a fig. 6.
Existem ainda circuitos digitais que empregam componentes de tecnologia CMOS e que são
alimentados tipicamente por tensões entre 3 e 15 V. Nestes casos, conforme vemos na fig. 7,
um nível lógico 1 ou HI poderá ser qualquer tensão entre 3 e 15 V, dependendo apenas da
tensão de alimentação usada.
Se associarmos o nível baixo (0) a presença de tensão e o nível alto (1) a ausência de tensão,
estaremos falando de uma “lógica negativa”, conforme ilustra a fig. 8.
0V
Falso
Valor 0
Desligado
Nível Baixo ou LO
5 V (ou outra tensão positiva, conforme o circuito)
Verdadeiro
Valor 1
Ligado
Nível Alto ou HI
Por exemplo, para transmitir a palavra Bom dia, em sua programação, podemos estabelecer a
seguinte lógica para que o computador possa reconhecer esta mensagem:
Vogais = NL1
Consoantes = NL0.
Desta forma, o computador codificaria esta palavra da seguinte forma binária: 010011
Para entender melhor os sinais digitais, imagine que você deseje enviar dados, por exemplo
uma palavra via email: o computador “entende” esta palavra somente após convertê-la para um
número binário (por exemplo: 1011001001101), e em seguida, ela será enviada pela rede da
internet. Depois disso, o seu computador converte o número binário em um sinal digital.
A figura anterior mostra como é o sinal digital de 1011001001101. Este sinal codificado em
dígitos binários de zeros e uns, trafega pelos meios da rede até o seu destino.
Em eletrônica digital costumamos dizer que o último dígito à direita, por representar a menor
potência ou ter menor peso, é o dígito ou BIT menos significativo (dms), enquanto que o
primeiro à esquerda é o mais significativo (dMs).
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A figura acima mostra como o número binário 10100110 é transmitido do computador para a
impressora usando uma transmissão paralela. Cada bit do número binário é representado por
uma das saídas do computador e é conectado à correspondente entrada da impressora, de modo
que os 8 bits sejam transmitidos simultaneamente (paralelamente).
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27
S A B
Onde o valor que vamos encontrar para S depende dos valores atribuídos às letras A e B.
Dizemos que temos, neste caso, uma função algébrica e que o valor S é a variável dependente,
pois seu valor dependerá justamente dos valores de A e B, que são variáveis independentes.
Na eletrônica digital, entretanto, existem operações mais simples do que a soma, e que podem
ser perfeitamente implementadas levando em conta a utilização da álgebra booleana.
É interessante observar que com um pequeno número destas operações conseguimos chegar a
uma infinidade de operações mais complexas como as utilizadas nos computadores e que,
repetidas em grande quantidade ou levadas a um grau de complexidade muito grande, nos
fazem até acreditar que a máquina seja “inteligente”!
Na verdade, é a associação de determinada forma das operações simples que nos leva ao portamento
muito complexo de muitos circuitos digitais, conforme fica demonstrado na figura 8:
Entrada 1
O peração
1 O peração
Entrada 2
3
Entrada 3
Entrada 4 O peração
O peração Resultado
2 5
Entrada 5
O peração
4
Fig. 8 - Circuitos sim ples que se associam para realizar Funções Lógicas Com plexas
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Fig 9 - Funções ou Portas L ógicas
Isso significa que para entender como o computador realiza as mais complexas operações,
teremos que entender como ele faz as operações mais simples com as denominadas portas
lógicas, e quais são elas.
A Tabela Verdade (T.V.) mostra o valor de uma função para todas as possíveis combinações
que as variáveis de entrada podem assumir.
As figuras (a) e (b) abaixo mostram exemplos de T.V. para circuitos lógicos de duas e três
entradas, respectivamente. Veja que cada tabela relaciona no lado esquerdo todas as
combinações para os níveis lógicos de entrada, e na última coluna (lado direito), os níveis
lógicos resultantes para a saída X. É evidente que o valor atual na saída X depende do tipo do
circuito lógico. Observe que há quatro linhas para a T.V. de duas entradas, e oito linhas para a
T.V. de três entradas.
Observe ainda que a lista de todas as combinações possíveis é uma sequência de contagem
binária, por isso, é muito fácil preencher uma T.V. sem esquecer nenhuma combinação.
Assim, podemos por exemplo representar a função abaixo:
S A B
O valor que vamos encontrar para S dependerá dos valores atribuídos às variáveis de entrada
A e B. Conseqüentemente, para n variáveis de entrada, o número possível de combinações é
finito e pode ser calculado por:
5. Funções Lógicas
Portas lógicas, são dispositivos que operam um ou mais sinais lógicos de entrada para produzir
uma saída que dependente de uma função implementada no circuito.
Um circuito combinacional é aquele em que a saída depende única e exclusivamente das
combinações entre as variáveis de entrada.
Função:
Lógica:
A = 1 : Chave A Fechada
S = 1 : Lâmpada S Acesa
Lê-se: “ S igual a não A”
ou “A barra”
A 1 S A 0
Para escrever as conclusões em uma Tabela Verdade, deve-se calcular o número de linhas que a
tabela deve ter observando-se que temos apenas uma variável de entrada, isto é, 1 sinal de
n
entrada, então o cálculo será feito de acordo com: 2 onde n = 1, portanto 21 = 2 linhas
A Tabela Verdade da Função Lógica NÃO é:
30 A S
0 1
1 0
Função:
Lógica:
Lê-se: A = 1 : Chave A Fechada
“S igual a A e B” B = 1 : Chave B Fechada
S = 1 : Lâmpada S Acesa
Utilizando as mesmas convenções da Função NÃO, vamos analisar o circuito da fig. acima:
a) com a Chave A aberta (0) e a Chave B aberta (0), não circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece apagada (0):
A 0, B 0 S A B 0
b) com a Chave A aberta (0) e a Chave B fechada (1), não circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece apagada (0):
A 0, B 1 S A B 0
c) com a Chave A fechada (1) e a Chave B aberta (0), não circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece apagada (0):
A 1, B 0 S A B 0
d) com a Chave A fechada (1) e a Chave B fechada (1), circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece acesa (1):
A 1, B 1 S A B 1
Analisando as situações acima, concluímos que a Lâmpada só permanece acesa quando as
Chaves A e B estiverem fechadas.
Para escrever as conclusões em uma Tabela Verdade, deve-se calcular o número de linhas que a
tabela deve ter observando-se que existem duas variáveis de entrada, isto é, 2 sinais de entrada,
então o cálculo será feito de acordo com:
2n onde n = 2, portanto 22 = 4 linhas
A Tabela Verdade da Função Lógica E (AND) fica:
A B S
0 0 0
31 0 1 0
31
1 0 0
1 1 1
Função:
Lê-se: Lógica:
“S igual a A e B A = 1 : Chave A Fechada
invertido” ou B = 1 : Chave B Fechada
“ Não (A e B) ” S = 1 : Lâmpada S Acesa
Para escrever as conclusões em uma Tabela Verdade, deve-se calcular o número de linhas que a
tabela deve ter observando-se que existem duas variáveis de entrada, isto é, 2 sinais de entrada,
então o cálculo será feito de acordo com:
2n onde n = 2, portanto 22 = 4 linhas
A Tabela Verdade da Função Lógica NÃO E (NAND) fica:
A B S
0 0 1
32 0 1 1
1 0 1
1 1 0
Função:
Lógica:
Utilizando as mesmas convenções da Função NÃO, vamos analisar o circuito da fig. acima:
a) com a Chave A aberta (0) e a Chave B aberta (0), não circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece apagada (0):
A 0, B 0 S A B 0
b) com a Chave A aberta (0) e a Chave B fechada (1), circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece acesa (1):
A 0, B 1 S A B 1
c) com a Chave A fechada (1) e a Chave B aberta (0), circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece acesa (1):
A 1, B 0 S A B 1
d) com a Chave A fechada (1) e a Chave B fechada (1), circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece acesa (1):
A 1, B 1 S A B 1
Analisando as situações acima, concluímos que a Lâmpada permanece apagada quando as
Chaves A ou B estiverem abertas.
Para escrever as conclusões em uma Tabela Verdade, deve-se calcular o número de linhas que a
tabela deve ter observando-se que existem duas variáveis de entrada, isto é, 2 sinais de entrada,
então o cálculo será feito de acordo com:
2n onde n = 2, portanto 22 = 4 linhas
A B S
0 0 0
0 1 1
33 1 0 1 33
1 1 1
Função:
Lógica:
Lê-se:
S igual a A ou B invertido A = 1 : Chave A Fechada
ou B = 1 : Chave B Fechada
Não (A ou B) S = 1 : Lâmpada S Acesa
a) com a Chave A aberta (0) e a Chave B aberta (0), circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece acesa (1):
A 0, B 0 S ( A B ) 1
b) com a Chave A aberta (0) e a Chave B fechada (1), não circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece apagada (0):
A 0, B 1 S ( A B ) 0
c) com a Chave A fechada (1) e a Chave B aberta (0), não circula corrente pela Lâmpada e esta
permanece apagada (0):
A 1, B 0 S ( A B ) 0
d) com a Chave A fechada (1) e a Chave B fechada (1), não circula corrente pela Lâmpada e
esta permanece apagada (0):
A 1, B 1 S ( A B ) 0
Analisando as situações acima, concluímos que a Lâmpada permanece acesa quando as Chaves
A ou B estiverem abertas.
Para escrever as conclusões em uma Tabela Verdade, deve-se calcular o número de linhas que a
tabela deve ter observando-se que existem duas variáveis de entrada, isto é, 2 sinais de entrada,
então o cálculo será feito de acordo com:
2n onde n = 2, portanto 22 = 4 linhas
A Tabela Verdade da Função Lógica NÃO OU (NOR) fica:
A B S
0 0 1
0 1 0
34
1 0 0
1 1 0
Embora sejam blocos básicos, pode-se considera-los também como circuitos combinacionais
pois sua obtenção provém de uma tabela verdade que gera uma expressão característica de onde
esquematizamos o circuito.
Função:
Lógica:
A = 1 : Chave A Fechada
B = 1 : Chave B Fechada
S = 1 : Lâmpada S Acesa
B
A
S S
B
Fig 28 - D iagram a Representativo da função Fig 29 - Função Lógica O U -EX CLU SIV O
O U -EX C LU SIV O (EX C LU SIV E O R ) (EX C LU SIV E O R)
Ao contrário dos demais blocos lógicos, o circuito OU-EXCLUSIVO só pode ter 2 variáveis de
entrada, conforme se pode observar da sua própria definição.
35
35
Função:
Lógica:
A = 1 : Chave A Fechada
B = 1 : Chave B Fechada
S = 1 : Lâmpada S Acesa
B
A
S S
B
Ao contrário dos demais blocos lógicos, o circuito NÃO OU-EXCLUSIVO só pode ter 2
variáveis de entrada, conforme se pode observar da sua própria definição.
Exercicio Proposto 1
Exercicio Proposto 2
36 Exercicio Proposto 3
Atenção especial deve ser dada a circuitos lógicos acionados por chaves na entrada de portas
lógicas:
- Na figura (a), a chave S2 quando acionada, tem a função de aplicar NL1 (+12V) à entrada da
porta inversora.
- Na figura (b), a chave S3 quando acionada, tem a função de aplicar NL0 (0V) à entrada da
porta inversora.
Porém, note que quando a chave está aberta, a entrada da porta inversora (em ambos os casos),
não terá nenhum potencial aplicado. Isto significa que o led na saida poderá acender ou apagar
(de forma imprevisível), devido ao estado de instabilidade instaurado na entrada, ou seja, um
simples ruído poderá fazer com que o circuito funcione erroneamente.
Para garantir que a entrada da porta do circuito da fig (a) assuma NL0 quando a chave S2 estiver
aberta, deverá ser utilizado um resistor Pull-Down (ligado ao GND).
Para garantir que a entrada da porta do circuito da fig (b) assuma NL1 quando a chave S3 estiver
aberta, deverá ser utilizado um resistor Pull-Up (ligado ao +Vcc).
37
37
38
39
39
A
S S
A
Fig 32 - Inversor com porta NÃO E Fig 33 - Inversor com porta NÃO E
A A
S S
(0)
Fig 34 - Inversor com porta NÃO OU Fig 35 - Inversor com porta NÃO OU
A A
S S
B B
A B A B A B
0 0 1 1 Note a
0 1 0 0 equivalência das
duas últimas
1 0 0 0
colunas
1 1 0 0
Colocando um Inversor na saída de cada bloco da fig. 36, obtemos uma nova equivalência entre
uma porta OU e uma porta NAND com dois inversores na entrada., conforme mostra a fig.37:
A A
S S
B B
A equivalência entre uma porta NAND e uma porta OR com Inversores nas entradas pode ser
demonstrada na fig. 38:
A A
S S
B B
A B A B A B
0 0 1 1
0 1 1 1
1 0 1 1
1 1 0 0
Colocando um Inversor na saída de cada bloco da fig. 38, obtemos uma nova equivalência entre
uma porta E e uma porta NOR com dois inversores na entrada., conforme mostra a fig.39:
A A
S S
B B
A B A B A B As equivalências
0 0 1 1 podem ser estendidas
0 1 0 0 para portas com mais
1 0 0 0 de 2 variáveis.
1 1 0 0
42
43
43
Até agora todas as funções lógicas foram descritas para apenas 2 variáveis. O mesmo conceito
pode ser estendido para qualquer número de variáveis em qualquer das portas lógicas.
Exemplificando o conceito, representaremos uma porta lógica com a função E com 3 variáveis
de entrada.
Para escrever a Tabela Verdade, deve-se calcular o número de linhas que a tabela deve ter
observando-se que existem, agora, 3 variáveis de entrada portanto, o cálculo será feito de
acordo com:
S A BC
O símbolo para representar esta função é mostrado na fig. 20 enquanto a Tabela Verdade
mostra as 8 possíveis combinações das variáveis de entrada e seus respectivos resultados na
saída:
A B C S
0 0 0 0
A
B S 0 0 1 0
C 0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
Fig 20 - Função E (AND) com 1 1 0 0
3 Variáveis 1 1 1 1
Tabela Verdade
Observação importante:
Uma porta com entrada tripla é equivalente à composição de duas portas de mesmo tipo com
entrada dupla, conforme a figura acima ilustra.
44
A álgebra Booleana é uma ferramenta matemática relativamente simples que nos permite
descrever as relações entre as saídas dos circuitos lógicos e suas entradas como uma expressão
Booleana.
Em 1854, o matemático inglês George Boole (1815 – 1864), através da obra intitulada “An
Investigation of the Laws of Thougth” (Uma Investigação das Leis do Pensamento) apresentou
um sistema matemático de análise lógica conhecido como Álgebra de Boole. Suas idéias
inovadoras eram vistas com ironia pela sociedade da época, e sua produção literária não teve
sucesso. Setenta e quatro anos após a sua morte, em 1938, o engenheiro americano Claude
Elwood Shannon utilizou as teorias da álgebra de Boole para a solução de problemas de
circuitos de telefonia com relés, publicando um trabalho denominado “Symbolic Analysis of
Relay and Switching” (Análise Simbólica de Relés e Comutação), reintroduzindo a lógica de
Boole no campo da eletrônica digital. Desde então, a lógica de Boole passou a ser amplamente
utilizada na indústria, para minimização de processos e de custos, e até hoje vem sendo
empregada no setor industrial, em larga escala.
A teoria proposta por Boole consistia em uma série de postulados e operações simples para
resolver uma infinidade de problemas, isto é, no Universo só existem duas condições possíveis
(ou estados) para qualquer coisa que se deseje analisar, e estes dois estados são opostos.
8.1.1 Complementação
Este postulado determina as regras de complementação na álgebra de Boole.
Chamando de A o complemento de A , podemos escrever que:
Se A 0 A 1
Se A 1 A 0
Através deste postulado da complementação podemos estabelecer a seguinte identidade:
A A
00 0
11 1
8.2.2 Associativa
Esta propriedade também é válida tanto na adição quanto na subtração:
Adição A ( B C ) ( A B) C
Multiplicação A ( B C ) ( A B ) C
8.2.3 Distributiva
Esta propriedade pode ser observada em dois sentidos nas eq. algébricas:
A (B C) A B A C
A B A C A (B C)
8.2.4 Dualidade
= A+A.B = A.(1+B) = A
= A.A + A.B = A.(1+B) = A
8.2.5 Adjacência
8.2.6 Absorção
Variável isolada +
variável que só
aparece uma vez
Comprovação:
A B
0 0 1 0 0 Observe que os resultados das
0 1 1 0 0 duas últimas colunas são
iguais !!
1 0 0 0 0
1 1 1 1 1
8.2.7 De Morgan
Os teoremas de DeMorgan são muito empregados na prática em simplificações de expressões
booleanas e, ainda, no desenvolvimento de circuitos digitais, como será visto adiante.
47
47
(um “raio” atinge a barra e parte-a em 2, mudando o sinal)
Exercicios de fixação:
1.
Em eletrônica digital não é diferente: devemos sempre ter em mente como objetivo utilizar o
menor número de portas lógicas, para minimizar o preço de custo do produto.
Perceba que ambos os circuitos executam a mesma tabela verdade (saídas iguais), porém, o não
simplificado utiliza maior número de portas lógicas para obter os mesmos resultados na saída.
Portanto, será necessário utilizar maior número de circuitos integrados para construí-lo, o que
indesejavelmente eleva o custo do produto, tornando-o inviável financeira e tecnicamente pois
49 para um número maior de portas lógicas, a taxa de possíveis falhas eletrônicas aumentará. 49
2)
50
Absorção:
Exemplo 3-12a
Roteiro:
Solução:
Exemplo 3-12b
51
Determine o nível lógico da expressão a seguir para A = B = 0 e C = D = 1
51
Exemplo 3-12c
Solução:
Exemplo 3-12d
Determine o nível lógico da expressão a seguir para A = 0 e B = C = D = 1
Solução:
52
(Absorção !)
53
53
54
55
55
56
57
57
58
g)
Solução:
h)
Solução:
59
59
i)
Solução:
j)
Solução:
k)
Solução:
l)
Solução:
60
n)
Solução:
o)
Solução:
p)
Solução:
61
61
q)
Solução:
r)
Solução:
62
63
63
1)
2)
Resposta:
64
II) Você foi encarregado da criação de um sistema de segurança para uma agência
bancária. A agência possui um cofre dotado de uma sirene de segurança, que sempre é
ativada quando o cofre é aberto fora do horário de expediente do banco.
Durante o expediente, um interruptor situado na mesa do gerente deve estar desligado
para que o cofre possa ser aberto sem a ativação da sirene. Este sistema possui os
seguintes sinais de entrada:
- Um sensor na porta do cofre ( C ) sinalizando: 0 porta fechada, 1 porta aberta.
- Um relógio eletrônico ( R ) sinalizando : 0 fora do expediente, 1 horário de expediente.
- Um interruptor na mesa do gerente ( I ) sinalizando: 0 sirene desativada, 1 ativada.
E um único sinal de saída:
- Uma sirene ( S ) representada: 0 silenciosa, 1 gerando sinal sonoro.
a) Determine a Tabela Verdade para a situação proposta.
b) A expressão simplificada na saída correspondente à sirene ativada.
c) Projete um circuito SIMPLIFICADO controlado por botões, de forma que quando a sirene
for ativada, acenda um LED.
I) Resposta:
66
Circuito lógico:
67
67
68
Todo circuito lógico executa uma expressão booleana e, por mais complexo que seja, é formado
pela interligação das portas lógicas básicas. Podemos obter a expressão booleana que é
executada por um circuito lógico qualquer.
Para mostrar o procedimento, vamos obter a expressão que o circuito da fig. 21 executa:
A S1
B S
Para facilitar, vamos dividir o circuito em 2 partes, conforme mostra a fig. 22:
A S1
B
1
C 2
Na primeira parte do circuito, a Saída S1 é o produto A B , pois sendo este bloco uma porta E
sua expressão de saída será S1 A B . Como S1 é uma das entradas da porta OU pertencente à
segunda parte do circuito e na outra entrada está a variável C, a expressão de saída será
S S1 C . Para determinarmos a expressão final, basta substituirmos S1 na expressão acima
obtendo a expressão que o circuito da fig. 21 executa:
Outra maneira mais simples para resolver o problema é a de escrever nas saídas dos diversos
blocos básicos do circuito as expressões executadas por estes blocos, conforme mostra a fig. 23:
69
69
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3:
70
71
71
A B
S1 S2
B D
(A+B)=S1 (B+D)=S2
A seguir temos uma multiplicação booleana dos dois parênteses juntamente com a variável C
através de uma porta E que executa esta operação:
S1
C S
S2
C S
72
Solução:
Exercícios propostos:
1) Implemente o circuito da função abaixo utilizando qualquer porta lógica de no máximo 2
entradas.
73
73
S A B C A D A B D
A B C D ( A B C ) ( A D) ( A B D) S
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 1 1
0 1 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 1 1
1 0 0 0 0 1 0 1
1 0 0 1 0 0 0 0
1 0 1 0 1 1 0 1
1 0 1 1 1 0 0 1
1 1 0 0 0 1 0 1
1 1 0 1 0 0 0 0
1 1 1 0 0 1 0 1
1 1 1 1 0 0 0 0
S A B A BC
Primeiramente, montar o quadro de possibilidade para as 3 variáveis da expressão:
A B C S
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
Preencher a tabela utilizando os casos notáveis que permitem a conclusão do resultado final
imediato:
1- Nos casos onde A 0 ( A 1) temos S 1 pois, sendo A 1 a expressão
S 1 B A B C 1 quaisquer que sejam os valores assumidos pela variável
B ou pelo termo A B C .
Portanto, a tabela verdade apresenta o seguinte resultado com todos os casos preenchidos e
assinalados conforme a análise efetuada:
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
75 1 0 1 0
1 1 0 1 75
1 1 1 1
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 1
1 1 1
Para obter a expressão, basta montar os termos relativos aos casos onde a expressão for
verdadeira e soma-los:
Caso 00: S 1 quando A 0 e B 0 ( A 1 e B 1) A B
S ( A B) ( A B) ( A B)
Notamos que o método permite obter, qualquer que seja a tabela, uma expressão padrão
formada sempre pela soma dos produtos.
Da expressão acima podemos desenhar o circuito lógico conforme mostra a fig. 27:
A B
76
Fig 27 - Solução de Expressão obtida de Tabela Verdade
SITUAÇÃO-PROBLEMA
Deseja-se instalar no painel de um automóvel um sistema visual e sonoro de alarme (como por exemplo, um LED vermelho e
um BIP), para alertar o usuário quando se verificar uma das seguintes situações:
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
1) Determine as variáveis de entrada e saída (nomear com letras cada variável de entrada e saída).
2) Defina os estados lógicos para cada uma das variáveis de entrada e saída.
Para as entradas: M = 1 (motor ligado); P =1 (porta fechada); C = 1 (cinto colocado); F = 1 (farol aceso)
6) Implemente o circuito lógico usando as portas disponíveis. Utilize um único LED para visualizar o nível lógico
7) Comprove o funcionamento do circuito obtido: monte o circuito e aplique níveis lógicos às entradas para
simular as variáveis do sistema. Para cada combinação dos níveis lógicos aplicados às entradas, verificar se o
estado lógico de saída corresponde ao resultado esperado, ou seja, igual ao da tabela verdade.
ATIVIDADES DE FINALIZAÇÃO
8) Sugerir outras variáveis de entrada que poderiam ser utilizadas para incrementar (sofisticar) o projeto.
9) DESENHE o circuito do projeto utilizando APENAS portas NAND. (aplicar DE-MORGAN).
Portanto, para dimensionar o resistor a ser conectado em série com o LED de 5mm de
diâmetro, considere ILed = 10mA, e VLed = 2V.
79
79
80
EXERCICIO PROPOSTO
81
81
EXERCICIOS RESOLVIDOS
E1. Expressão Booleana obtida por Circuito Lógico
E1.1 Escreva a expressão booleana executada pelo circuito da fig. 7.1.1.1:
A
Fig. 7.1.1.1
A A B
B
( A B) (C D)
C CD
D
F ig . 7 .1 .1 .2
Encontramos a solução: S ( A B ) (C D )
C S
Fig. 7.1.2.1
A ( A B)
B
C ( A B ) C (C D )
C S
(C D )
82 Fig. 7.1.2.2
Encontramos a solução S ( A B ) C (C D )
S
C
D
Fig. 7.1.3.1
83 Fig. 7.1.4.1
83
A ( A B)
B
( A B) ( A B) C
(A B)
S
C
[ ( A B ) ( A B ) C ] (C D )
(C D )
D
Fig
Encontramos a expressão S [( A B) ( A B) C ] (C D)
Assim temos:
1) porta E com A, B e C
2) porta OU com A e B
3) porta E com (2) e C
4) porta OU com (1) e (3)
Para facilitar as ligações, pode-se utilizar uma rede ou barra de variáveis de entrada.
A fig. 7.2.1 mostra o circuito final:
A B C
(1)
(4)
S
(2)
(3)
84
Fig. 7.2.1
(1)
(3 )
(2) (4)
S
F ig . 7 .2 .2
S [( A B) (C D)] E A ( A D E C D E )
A B C D E
(1)
(5) (7)
(2)
(9)
S
(3)
(6)
(8)
(4)
F ig.7.2.3
85
85
a) A B A B
b) A B A B
c) A B A B
c) A B A B
A B A B A B A B A B
0 0 1 1 1 1
0 1 0 1 1 0
1 0 0 1 1 0
1 1 0 0 0 0
S ( A B) ( B C )
86
Montando a tabela com todas as possibilidades para três variáveis de entrada conforme análise:
A B C S Análise
0 0 0 0 (1)
0 0 1 0 (1)
0 1 0 1 (2)
0 1 1 0 (3)
1 0 0 1 (2)
1 0 1 1 (2)
1 1 0 1 (2)
1 1 1 0 (3)
S ( A B) C D ( B C ) 1 D ( B C ) 1 .
S ( A B ) C D ( B C ) ( A 1) C D (1 C ) 0 0 0 .
S ( A B ) C D ( B C ) (0 1) C D (1 C ) 0 0 0 .
87
87
Montando a tabela com todas as possibilidades para três variáveis de entrada conforme análise:
A B C D S Análise
0 0 0 0 1 (1)
0 0 0 1 1 (1)
0 0 1 0 1 (2)
0 0 1 1 1 (4)
0 1 0 0 1 (1)
0 1 0 1 1 (1)
0 1 1 0 1 (1)
0 1 1 1 0 (3)
1 0 0 0 1 (1)
1 0 0 1 1 (1)
1 0 1 0 1 (2)
1 0 1 1 0 (5)
1 1 0 0 1 (1)
1 1 0 1 1 (1)
1 1 1 0 1 (2)
1 1 1 1 0 (3)
E3.4 Analise o portamento do circuito da fig. 7.3.4 abaixo:
A B C D
Fig. 7.3.4
AC
[( A C ) D B ]
[(AC D B] C (AC D)
( A C D)
S
C ( A C D)
88
Fig. 7.3.4.1
S [( A C ) D B ] C ( A C D )
Nesta expressão, para facilitar a obtenção do resultado final, vamos utilizar colunas auxiliares
para obter os resultados relativos ao primeiro e segundo termos. A tabela abaixo apresenta a
conclusão dos resultados:
A B C D [( A C ) B D ] C ( A C D ) S
0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0
0 0 1 0 0 1 1
0 0 1 1 0 1 1
0 1 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0
0 1 1 0 0 1 1
0 1 1 1 0 1 1
1 0 0 0 0 0 0
1 0 0 1 0 0 0
1 0 1 0 1 1 1
1 0 1 1 0 0 0
1 1 0 0 0 0 0
1 1 0 1 0 0 0
1 1 1 0 0 1 1
1 1 1 1 0 0 0
89
89
Alguns exemplos:
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 1
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
Exemplo 2
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
Exemplo 3
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
90
Exercício
Desenhe o circuito lógico para a expressão simplificada da saida S.
c) Circuito Lógico:
91
91
Resp.:
26 PROBLEMAS PROPOSTOS
1) Determine a expressão característica do circuito da fig. 8.1:
C S
Fig. 8.1
Fig. 8.2
A B C D
92 Fig. 8.3
S A [ B C A (C D) B C D] B D
S C [ A B B ( A C )]
C S
Fig. 8.7
S [( B C D ) ( A B C ) C ] A B C B ( A C )
S ( B D)[ A B (C D) A B C ]
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
93 1 1 1 1 93
A B C D S
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1
0 0 1 0 1
0 0 1 1 0
0 1 0 0 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 0
0 1 1 1 1
1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0
1 0 1 1 0
1 1 0 0 1
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1
B S
C
A
B
C
Fig. 8.13
94 B
Fig. 8.14
16) Levante a tabela verdade e esquematize o circuito que executa a seguinte expressão:
S A [ B C A (C D) B C D] B D
21) Desenhe o circuito da expressão abaixo somente com portas NÃO OU (NOR):
22) Refazer o circuito da fig. 8.22 somente com portas NÃO OU (NOR):
A B C D
95
95
Fig. 8.22
b)
24) Determine as condições de entrada necessárias para que a saída da figura abaixo seja “1”.
25) Determine qual a porta lógica que, ao inserirmos as formas de onda A e B em suas entradas,
fornece em sua saída a forma de onda S abaixo.
26) Projete um circuito lógico com duas entradas A e B, duas pré-saídas X e Y, e uma saída geral
S, devendo operar da seguinte forma:
Curiosidade
Os diagramas foram originalmente criados por Edward Veitch (1952) e aperfeiçoados pelo
engenheiro de telecomunicações Maurice Karnaugh.
O método utiliza a tabela verdade de uma função booleana como base para as
simplificações. O mapa de Karnaugh é uma excelente ferramenta para simplificação de
funções booleanas que tenham até 6 variáveis.
Para funções com mais de 6 variáveis, a simplificação é mais complexa, pois torna-se uma
tarefa árdua identificar as células adjacentes no mapa.
Para funções com mais de 6 variáveis, devem ser utilizadas soluções algorítmicas
computacionais.
Ao fundo, temos a ilustração do matemático Inglês George Boole (1815 – 1864).
97
97
Introdução
O método de Karnaugh foi inicialmente proposto por Edward Veitch (1952) e posteriormente
aperfeiçoado pelo engenheiro de telecomunicações Maurice Karnaugh.
Karnaugh utilizou os diagramas para simplificar circuitos utilizados em telefonia. O método
ficou conhecido como Veitch-Karnaugh, em homenagem aos seus dois precursores, mas ficou
conhecido simplesmente como Mapa de Karnaugh (ou ainda Mapa K).
O Mapa K é uma tabela montada de forma a facilitar o processo de minimização das
expressões lógicas. Ele é formado por 2n células onde n é o número de variáveis de entrada.
Portanto, o Mapa K tem uma quantidade de células igual ao número de linhas da Tabela
Verdade. É uma ajuda excelente para a simplificação de funções de até 6 variáveis.
Para funções com mais de 6 variáveis, a simplificação é mais complexa, pois torna-se uma
tarefa árdua identificar as células adjacentes no mapa. Para funções com mais de 6 variáveis,
devem ser utilizadas soluções algorítmicas computacionais.
No Mapa K :
Adjacência
Duas células são adjacentes entre si quando APENAS uma de suas variáveis de entrada
muda de valor, ou seja, de nível lógico.
98
A expressão de um enlace depende das saídas consideradas e das variáveis de entrada que
NÃO MUDAM DE VALOR nas células, ou seja:
Saídas = 1
Cada enlace é um PRODUTO (AND) entre as variáveis que não mudam de valor (ou
seja, permanecem constantes).
A operação entre enlaces é uma SOMA (OR).
Exemplo:
A B C D S
0 0 0 0 1
0 0 0 1 1
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 0 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 0
0 1 1 1 0
1 0 0 0 0 Perceba que todas as saídas da T.V. estão dentro do Mapa K.
1 0 0 1 0 Obs: A sequência para AB e CD 00-01-11-10 não pode ser alterada..
1 0 1 0 1 Neste exemplo, temos 2 enlaces (ou agrupamentos):
1 0 1 1 1
Agrupamento X:
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0 De linha para linha, a variável A = 0 se manteve constante, e
1 1 1 0 1 De coluna para coluna, a variável C = 0 se manteve constante
1 1 1 1 1
Agrupamento Y:
Esta expressão de saída diz que a saída S será 1 (S sem barra), quando
a variável de entrada A coincidir com a variável de entrada C.
Agrupamentos possiveis
Após o mapa de Karnaugh ter sido construído a próxima tarefa é encontrar os termos mínimos a
usar na expressão final. Estes termos são encontrados agrupando conjuntos de 1’s adjacentes no
mapa.
O agrupamento deve ser retangular e deve ter uma área igual a uma potência de 2 (1, 2, 4, 8...).
Os retângulos devem ser os maiores possíveis, sem conter nenhum 0.
a) Quadra (S = 1)
b) Par
c) Termo isolado
a) Oitava (S = 1)
b) Quadra
c) Par
d) Termo isolado
a) Grupo de 16 uns (S = 1)
b) Oitava
c) Quadra
d) Par
e) Termo isolado
a) Grupo de 32 uns (S = 1)
b) Grupo de 16
c) Oitava
d) Quadra
100 e) Par
f) Termo isolado
R5. Para obter a expressão minimizada, encontre as variáveis que NÃO MUDAM de valor
dentro do agrupamento. As variáveis que NÃO MUDAM de valor entre duas células,
linhas ou colunas agrupadas, permanecem na expressão final; as variáveis que MUDAM de
valor NÃO aparecerão na expressão final.
Boole x Karnaugh :
Veja o exemplo abaixo, simplificado pela álgebra de Boole, e pelo Mapa K :
Veja como fica muito mais simples a minimização quando aplicamos o Mapa de Karnaugh:
L = 1 se :
A = 1 , B = 0 e C = 0 ou
A = 0 , B = 0 e C = 1 ou
A = 1 , B = 0 e C = 1 ou
Portanto:
A B S1 S2 S3 S4 S5
0 0 0 1 1 0 1
0 1 1 1 1 1 0
1 0 0 0 1 0 1
1 1 1 0 1 0 1
Solução: c)
a)
Colunas: B = 1
Linhas: A Alterou desprezar S3 = 1
S1 = B d)
Linha: A = 0
b) Coluna: B = 1
Linhas: A = 0
Colunas: B Alterou desprezar
e)
Agrup1: B = 0 (coluna)
Agrup2: A = 1 (linha)
Coluna: B=C=1.
Entre Linhas:
muda de valor.
Linha: A=1
Entre Colunas:
B =1 constante
A sequencia 0-1 não pode ser alterada para a variável A. Da mesma forma, a
sequencia 00-01-11-10 não pode ser alterada para as variáveis B e C.
S6
Minima
Não mínima
Neste caso, a saída correspondente à condição (X) pode assumir os valores 0 ou 1 e é dita
irrelevante qual ela seja, visto que nunca vai ocorrer, ou não importa.
Para a minimização dessa saída, podemos assumi-la como 0 ou 1 (o que melhor favorecer o
agrupamento).
Importante frizar que dentro do mesmo papa de Karnaugh, poderemos ter situações em que
X = 1 , e X = 0.
Exemplo:
x=1
x=0
A B C D S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1
0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1
0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1
0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1
0 1 0 0 1 0 0 0 X 1 1 0 1
0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1
0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0
1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 1 1
1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1
1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1
1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1
1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1
1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0
1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1
1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 0
Solução:
Para cada um dos grupos, encontramos as variáveis que não mudam de valor dentro do
agrupamento. Para o grupo AZUL encontramos que:
A variável A mantém o mesmo valor (1) em todo o agrupamento, então ela deve ser
incluída n termo correspondente ao grupo AZUL.
A variável B não mantém o mesmo estado (altera de 1 para 0), então deve ser excluída.
A variável C não muda de valor (1).
A variável D muda de valor.
Então um dos termos da expressão booleana é A .C.
No grupo VERMELHO, A e B mantêm o mesmo estado, mas C e D mudam de valor.
A variável B é 0 (zero) e deve ser incluída com barra. Então o outro termo é .
.
105
105
A função inversa ( ) pode ser resolvida da mesma forma, agrupando os zeros em vez de 1’s.
106
107
107
Observação importante:
Suponha a seguinte Tabela Verdade a seguir, já com as saídas S.
Obtenha a expressão minimizada da saída S, utilizando o Mapa K.
A B C D S
0 0 0 1 1
0 0 0 0 0
0 0 1 1 1
0 0 1 0 0
0 1 0 1 1
0 1 0 0 1
0 1 1 1 1
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
1 0 0 0 0
1 0 1 1 0
1 0 1 0 1
1 1 0 1 1
1 1 0 0 1
1 1 1 1 0
1 1 1 0 0
b) Solução minimizada:
O gerente de RH, lendo a tais requisitos, observou que eles estavam confusos. Usando seus
conhecimentos de lógica, resolveu simplificá-los, considerando cada característica como uma
variável lógica:
a) Com estes dados descubra a expressão lógica que ele utilizou para resolver o problema.
b) A que conclusão ele chegou?
Solução:
109
109
Atenção:
1. A sequência 000; 001; 011; 010; 110; 111; 101; 100 não pode ser alterada.
Para fins de memorização, observe que esta sequência é obtida com o espelhamento:
Variáveis em azul:
000; 001; 011; 010; 110; 111; 101; 100 espelhadas
110
T.V
.
T.V a partir da
expressão confere
com o Mapa K ?
( )S ( )N
111
111
Exemplo 2: Exemplo 3:
T.V T.V
. .
112
T.V T.V
. .
113
113
Exemplo 6: Exemplo 7:
T.V T.V
. .
114
A B C D E S1 S2 Solução:
0 0 0 0 0 1 1
0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 1 0 1 0
0 0 0 1 1 0 0
0 0 1 0 0 1 0
0 0 1 0 1 0 0
0 0 1 1 0 1 1
0 0 1 1 1 0 0
0 1 0 0 0 1 1
0 1 0 0 1 0 0
0 1 0 1 0 1 0
0 1 0 1 1 0 0
0 1 1 0 0 1 0
0 1 1 0 1 0 0
0 1 1 1 0 1 1
0 1 1 1 1 0 0
1 0 0 0 0 1 1
1 0 0 0 1 0 0
1 0 0 1 0 1 0
1 0 0 1 1 0 0
1 0 1 0 0 1 0
1 0 1 0 1 0 0
1 0 1 1 0 1 1
1 0 1 1 1 0 0
1 1 0 0 0 1 1
1 1 0 0 1 0 0
1 1 0 1 0 1 0
1 1 0 1 1 0 0
1 1 1 0 0 1 0
1 1 1 0 1 0 0
1 1 1 1 0 1 1
1 1 1 1 1 0 0
Exemplo 9:
A partir do circuito a seguir, obtenha a expressão minimizada (utilizando o mapa K), que
traduza em quais condições de abertura e fechamento das chaves S1 a S5, a lâmpada L
acenderá.
115
115
Solução:
Lâmpada acesa: L = 1 / Chave fechada: NL1
116
117
117
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
118
A B C F Linha
0 0 0 1 1
0 0 1 0 2
0 1 0 0 3
0 1 1 0 4
1 0 0 1 5
1 0 1 1 6
1 1 0 1 7
1 1 1 1 8
119
119
Observação:
Poderíamos também obter a expressão para , utilizando apenas as saídas onde F = 0, ou seja,
120
Solução:
a) A tabela verdade que representa esta expressão é:
A B C S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 1 I
0 1 1 1 II
1 0 0 1 III
1 0 1 1 IV
1 1 0 0
1 1 1 0
b) Mapa de Karnaugh:
AB
C
00 01 11 10 Agrupar o maior número de “uns” vizinhos, sempre em
0 0 1 0 1 quantidades pares. Para 3 variáveis, agrupar no máximo 4
1 0 1 0 1 uns.
ou seja: S = A B
AB
C
00 01 11 10
0 1 0 0 1
1 1 0 0 1
Adjacência Colunas
AB
C
121 00 01 11 10
0 0 1 1 0 121
1 1 1 1 1 S=B+C
AB
00 01 11 10
CD
00 0 1 1 1
01 0 0 0 1
11 0 0 1 1
10 0 0 1 1
AB
00 01 11 10
CD
00 1 0 1 1
01 1 0 0 0
11 0 0 0 0
10 1 1 1 1
AB
C
00 01 11 10
0 1 1 1 1
1 1 1 1 1
122
Solução:
123
123
O “caminho das pedras” consiste em montar uma longa expressão selecionando somente as saídas 1.
Porém, pegamos um “atalho” se analisamos de forma global a tabela verdade, obtendo a seguinte
expressão simplificada:
S’ = A . B’. C’. D (somente a saída 0)
E que, portanto: ou
Em seguida, utilizando este exemplo, para explicar as vantagens práticas da simplificação, pergunte a
eles quantas portas lógicas e quantos CI’s utilizariam com a expressão não simplificada, e depois que
comparem com a quantidade de portas lógicas e CI’s que utilizariam ao montar o circuito da expressão
simplificada.
Tabela Verdade:
R I P S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
De acordo com o enunciado do problema, haverá emissão de sinal sonoro da sirene (S=1) somente nos
seguintes casos:
a) Se fora do expediente (R=0) a chave da sirene estiver habilitada (I=1) e a porta de entrada for
aberta (P=1), ou
b) Se dentro do expediente (R=1) a chave da sirene estiver habilitada (I=1) e a porta de entrada for
aberta (P=1).
Ou seja: Independentemente se dentro ou fora do expediente, haverá emissão de sinal sonoro da sirene
S=1 se a chave da sirene estiver habilitada (I=1) e a porta da entrada for aberta (P=1), o que pode ser
observado e comprovado na tabela verdade acima.
Mapa de Karnaugh:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
AB
00 01 11 10
CD
00 1 1 1 1
01 1 1 1 1
11 1 1 1 1
10 1 1 1 0
125
125
a) A tabela verdade
b) A equação minimizada utilizando o mapa de karnaugh
c) O circuito lógico correspondente
126
Entradas Saída
P R D L Situação I: se no momento em que eu pressionar o botão,
0 0 0 1 I a cabine do elevador estiver abaixo do andar em que estou
0 0 1 1 II (P=0), e ela estiver descendo (R=0), com chamada de
0 1 0 0 outro usuário abaixo da cabine do elevador (D=0), para que
0 1 1 0 ela retorne ao andar em que estou, necessariamente o
sentido do movimento da cabine terá que alterar, ou seja, L
1 0 0 0
= 1.
1 0 1 0
1 1 0 1 III
L = P’. R’. D’ + P’. R’. D + P. R. D’ + P. R. D
1 1 1 1 IV I II III IV
Exemplo:
127
127
Exercício Resolvido
Mapa de Karnaugh:
A função minimizada ficou muito menor que a original, economizando portas lógicas caso
fosse implementado o circuito digital. Podemos aplicar essa regra para 2, 3, 4, 5, ... variáveis
de entrada.
128
a)
b)
c)
d)
129
129
Circuitos Combinacionais
Para a elaboração desses circuitos a partir de processos reais, normalmente seguimos a seguinte
seqüência de passos:
Em resumo:
Dado uma certa situação lógica, pode-se implementar um circuito que satisfaça tal problema,
seguindo a seguinte seqüência de operação:
- REGRA 1 (R1): Quando houver carros somente em uma das ruas (A ou B) o semáforo
correspondente deverá estar aberto;
- REGRA 2 (R2): Quando houver carros nas duas ruas, o semáforo da rua A deve estar aberto,
pois é preferencial;
SOLUÇÃO:
· Variáveis de entrada:
a) Sensor de presença de carros na rua A (SA);
b) Sensor de presença de carros na rua B (SB);
· Variáveis de saída:
a) Lâmpadas verde e vermelha do S1 (VD1 e VM1);
b) Lâmpadas verde e vermelha do S2 (VD2 e VM2);
131
131
132
Deseja-se utilizar um único amplificador para ligar três aparelhos (toca discos, toca fitas e
rádio FM). Cada aparelho possui uma chave (A, B e C) que informa se este está ligado ou
desligado, e existem 3 saídas (SA, SB e SC) capazes de efetuar a comutação das chaves CH1,
CH2 e CH3.
SOLUÇÃO:
· Variáveis de entrada:
· Variáveis de saída:
134
3a)
3b)
3c)
135
135
a) A função correspondente.
b) A função minimizada por Karnaugh.
c) O circuito minimizado utilizando qualquer porta de no máximo 2 entradas.
5) Você foi encarregado da criação de um sistema de segurança para uma agência bancária.
A agência possui um cofre dotado de uma sirene de segurança, que sempre é ativada quando o
cofre é aberto fora do horário de expediente do banco.
Durante o expediente, um interruptor situado na mesa do gerente deve estar desligado para que
o cofre possa ser aberto sem a ativação da sirene.
6) A bomba d'água B1 leva água de um riacho até o tanque inferior, e a bomba B2 leva água do
tanque inferior para o superior.
A bomba B1 deve ligar com o objetivo de manter a água sempre próxima do nível máximo
(S2), desligando ao atingir S2.
A bomba B2 funciona da mesma forma, baseada nos níveis S3 e S4, mas não poderá funcionar
caso o nível do tanque inferior esteja abaixo de S1.
136
Se qualquer combinação que os sensores enviarem for impossível de ocorrer na prática, as duas
bombas devem ser imediatamente desligadas, independente de qualquer outra situação.
Considere:
137
137
Família TTL
Família CMOS
17. Codificadores
18. Decodificadores
19. Multiplexadores
20. Demultiplexadores
138
Até o presente, foi visto de que modo umas poucas funções simples funcionam e sua
importância na obtenção de funções mais complexas. Mesmo sendo um assunto um pouco
abstrato por envolver princípios matemáticos, pode-se perceber que é possível simular o
funcionamento de algumas funções com circuitos eletrônicos relativamente simples, usando
chaves e lâmpadas.
Os circuitos eletrônicos modernos não usam chaves e lâmpadas mas sim, dispositivos muito
rápidos que podem estabelecer os níveis lógicos nas entradas das funções com velocidades
muito altas e isso lhes permite realizar milhões de operações muito complexas a cada
segundo.
Adiante veremos que tipos de circuitos são usados e como são encontrados na prática em
blocos básicos que unidos podem levar à elaboração de circuitos muito complicados como os
encontrados nos computadores.
Aqui se inicia o contato com componentes práticos das famílias usadas na montagem dos
equipamentos digitais. São estes os componentes básicos que podem ser encontrados em
circuitos digitais, computadores e muitos outros.
5V
R1
S
R2
E Q1
VS
VE
139
139
Conforme observamos na fig. A.2 e A.3, outras funções podem ser conseguidas com
transistores:
5V 5V
R1 R1
S S
R2 R2
E1 Q1 E1 Q1
R3 R3
E2 Q2 E2
Fig A.2 - Função NÃO E (NAND) Fig A.3 - Função NÃO OU (NOR)
Isto significa que a elaboração de um circuito lógico digital capaz de realizar operações
complexas usando transistores é algo que pode ser conseguido com relativa facilidade.
Veja outros exemplos a seguir:
a) INVERTER: b) AND:
140
d) OR:
e) NOR:
Opção 1 Opção 2
141
141
Nos primeiros tempos da eletrônica digital, cada função era montada com seus transistores,
diodos e resistores na sua placa para depois serem todas interligadas.
Seria muito importante estabelecer que todos os circuitos operassem com a mesma tensão de
alimentação e fornecessem sinais que os demais pudessem reconhecer e, ao mesmo tempo,
reconhecessem os sinais gerados pelos outros.
Esta série de circuitos integrados forma as Famílias Lógicas, a partir das quais os projetistas
tiveram facilidade em encontrar todos os blocos para montar seus equipamentos digitais. Logo,
precisando montar um circuito que use uma porta AND, duas portas NOR e Inversores o
projetista tem, à sua disposição, componentes compatíveis entre si contendo estas funções (ver
fig. A4) e de tal forma que podem ser interligados das maneiras desejadas.
5V 5V 5V
A1 A1 A1 S1
S1 S1
B1 B1
A2 S2
A2 A2
S2 S2 A3 S3
B2 B2
A4 S4
NOR NAND
Inversores
O sucesso do advento dessas famílias foi enorme, pois além do menor tamanho dos circuitos e
menor consumo de energia, havia ainda a vantagem do menor custo e obtenção de maior
142 velocidade de operação e confiabilidade.
14 8 16 9 18 10
1 7 1 8 1 9
As funções mais simples das portas disponíveis numa certa quantidade em cada integrado usam
circuitos integrados de poucos pinos.
No entanto, à medida que novas tecnologias foram sendo desenvolvidas permitindo a
integração de uma grande quantidade de componentes, surgiu a possibilidade de colocar num
integrado não apenas umas poucas portas e funções adicionais (flip-flops, decodificadores etc.)
mas também interligá-los de diversas formas e utilizá-los em aplicações especiais.
Diversas etapas no aumento da integração foram obtidas e receberam nomes que hoje são
comuns quando se fala de equipamentos digitais em geral. As seguintes classificações são
utilizadas para os graus de integração dos circuitos digitais:
- SSI – Small Scale Integration (Integração em pequena escala): corresponde à série
normal dos primeiros TTL que contém de 1 a 12 portas ou funções lógicas num mesmo
componente.
- MSI – Médium Scale Integration (Integração em média escala): circuitos integrados
contendo de 13 a 99 portas ou funções lógicas.
- LSI – Large Scale Integration (Integração em larga escala): circuitos integrados contendo
de 100 a 999 portas ou funções lógicas.
- VLSI – Very Large Scale Integration (Integração em escala muito grande): circuitos
integrados contendo mais de 1000 portas ou funções lógicas.
143 Focaremos as famílias lógicas do tipo TTL e CMOS: elas são as mais empregadas em uma 143
grande quantidade de equipamentos digitais, computadores e periféricos.
5V
R1 R2 R3
Q3
S
A Q1 Q2 D1
B
Q4
R4
Imunidade a Ruídos
Campos elétricos e magnéticos parasitas, podem induzir tensões indesejáveis nos circuitos
lógicos, e interferências nos circuitos externos.
Esses sinais indesejáveis espúrios são chamados de ruídos, que podem levar valores de tensão
para longe dos níveis aceitáveis. A imunidade a ruído de um circuito lógico é a capacidade de
tolerância a ruídos sem alteração dos níveis lógicos de saída.
Margem de imunidade a ruído é o máximo desvio permitido aos níveis tensão na entrada sem
que haja mudança de estado lógico na saída.
A margem de imunidade a ruídos, de maneira geral, para a familia TTL é igual a 0,4V.
144
5V
R1 R2
1 Q1 Q2
0 1,6 mA
R4
Esta corrente de 1,6mA deve ser levada em consideração durante qualquer projeto, pois ela
deverá ser suprida pelo circuito que excitará a porta (eventualmente a saída de outra porta
lógica anterior).
145
Quando a entrada de uma porta lógica TTL está no nível alto (1), circula uma corrente no 145
A, como mostra a fig. A9:
sentido oposto da ordem de 40
5V
R1 R2
40 A
1 Q1 Q2
R4
Esta corrente vai circular quando o nível de tensão na entrada for igual ou maior que 2,0 V.
5V
R3
Q3
16 mA
S
D1
Saída TTL em nível baixo (0) IOL máx = 16mA, ou seja, a saída pode “absorver” uma
corrente máxima desta ordem.
146
Saída TTL em nível alto (1) IOH máx = 400
A, conforme mostra a fig. A11:
R3
Q3
400 A
S
D1
Q4
Podemos obter uma capacidade maior de excitação de saída de uma porta TTL quando
ela é levada ao nível 0 (baixo) do que ao nível 1 (alto). Isto justifica o fato de que em muitas
funções indicadoras em que ligamos um LED na saída fazemos com que ele seja aceso quando
a saída vai ao nível 0 (portanto, com capacidade de fornecer mais corrente) e não ao nível 1,
como mostra a fig. A12:
5V
LED
R1 R1
16 mA
400 A
LED
a) LED acende fraco b) LED acende forte
Entradas
Saída
Para os componentes de uma mesma família TTL (por exemplo, Standard) o fan out pode ter
valor de 10.
Por outro lado, também pode ocorrer que na entrada de uma função lógica TTL seja preciso
ligar mais de uma saída TTL. Considerando novamente que circulam correntes nestas ligações e
que os circuitos tem capacidades limitadas de condução, é preciso saber qual a quantidade de
ligações que podem ser feitas.
Desta forma, o FAN IN indica a quantidade máxima de saídas que podem ser ligadas a uma
entrada, conforme mostra a fig. A14:
Entrada
Saídas
Exercicio resolvido:
Consulte a especificação do CI 7400 NAND e responda: Quantas entradas de portas NAND 7400 podem
ser ligadas à saída de uma porta NAND 7400 ?
148
R1
Cx Cx
A Q1
B
Cx
Da mesma forma, à medida que o sinal vai passando pelas diversas etapas do circuito,temos de
considerar os tempos que os componentes demoram para comutar justamente em função das
capacitância e indutâncias parasitas existentes. O resultado disso é que para os circuitos integrados
TTL existe um retardo entre o instante em que o sinal passa do nível 0 para o nível na entrada, e o
instante em que o sinal na saída responde a esta variação passando do nível 1 para o nível 0, no caso
de um inversor.
Estes dois tempos são mostrados na fig. A16 e são muito importantes nas especificações dos
circuitos TTL, principalmente quando trabalham com dispositivos muito rápidos. Basicamente, se
dois sinais devem chegar ao mesmo tempo a um certo ponto do circuito e tal não aconteceu, isto se
deve ao fato de um sinal se retarda mais que o outro ao passar por determinadas funções, o que pode
gerar interpretações erradas do próprio circuito, que funcionará de modo anormal.
(5 V) 1
(1,5 V) (1,5 V)
(0 V) 0 t
PHL t
(5 V) 1 PLH
(1,5 V) (1,5 V)
(0 V) 0
a) Totem Pole
Os circuitos TTL mais comuns têm a configuração mostrada na fig. A6 e recebem a
denominação de Totem-Pole. Nestes circuitos temos uma configuração em que um ou outro
transistor conduz a corrente, conforme o nível estabelecido na saída seja 0 ou 1.
Este tipo de circuito apresenta um inconveniente se ligarmos duas portas em paralelo, conforme
mostra a fig. A17:
5V
R1 R2 R3
Q3
corrente
intensa
Nível 0
A Q1 Q2 D1
B
Q4 entrada da
porta
R4 seguinte
conduzindo
Nível 1
à saída da outra porta
Se uma das portas tiver sua saída indo ao nível alto (1) ao mesmo tempo que a outra vai ao
nível baixo (0), um curto-circuito é estabelecido na saída e pode causar a queima do
componente. Isso significa que os circuitos integrados TTL com esta configuração nunca
podem ter suas saídas interligadas da forma indicada.
b) Open Colector
Para elaborar circuitos em que as saídas sejam interligadas utiliza-se a configuração Open
Collector, conforme mostra a fig. A18:
5V
R1 R2
coletor
aberto
S
A Q1 Q2
B
Q3
R4
150
Fig. A18 - Porta NAND com saída em coletor aberto
(Open Collector)
5V
Resistor "Pull Up"
2,2k
Componentes
"Open
Collector"
à porta seguinte
Fig. A19 - Resistor "Pull Up" polariza saídas das funções "Open Collector"
A desvantagem está na redução da velocidade de operação do circuito que se torna mais lento
com a presença do resistor, pois ele tem uma certa impedância que afeta o desempenho do
circuito.
c) Tri-state
“Tri-state” significa terceiro estado e é uma configuração que também pode ser encontrada
em alguns circuitos integrados TTL, principalmente os utilizados em informática. Na fig. A20
temos o circuito típico de uma porta NAND tri-state que vai servir como exemplo.
5V
R1 R2 R3
Q3
S
A Q1 Q2 D1
B
EN Q5
Q4
habilitação R4
151
Fig. A20 - Porta NAND TTL Tri-State 151
Podem existir aplicações em que duas portas tenham suas saídas ligadas num mesmo circuito,
como mostra a fig. A21:
Circuito A
Circuito C
Circuito B
Fig. A21 - Quando A estiver enviando sinais para C, B deve estar "desativado"
Uma porta está associada a um primeiro circuito e a outra porta a um segundo circuito. Quando
um circuito envia seus sinais para a porta, o outro deve ficar em espera. Ora, se o circuito que
está em espera ficar no nível 0 ou no nível 1, estes níveis serão interpretados pela porta
seguinte como informação e isso não deve ocorrer.
O que deve ocorrer é que quando uma porta estiver enviando seus sinais, a outra porta deve
estar numa situação em que na sua saída não tenhamos nem 0 e nem 1, ou seja, ela deve ficar
num estado de circuito desligado, circuito aberto ou terceiro estado (como se não existisse). Isso
é conseguido através de uma entrada de controle denominada “habilitação” (enable), abreviada
para EN.
Assim, quando EN está no nível 0 (circuito da fig. A20), o transistor Q5 não conduz e nada
acontece no circuito, que funciona normalmente. No entanto, se EN for levada ao nível 1, o
transistor Q5 satura levando Q3 e Q4 ao corte, ou seja, os dois transistores passam a se portar
como circuitos abertos, independentemente dos sinais de entrada. Na saída S teremos um estado
de alta impedância.
Podemos concluir que a função tri-state apresenta três estados possíveis na sua saída:
Nível Lógico 0
Nível Lógico 1
Alta Impedância
As funções tri-state são muito usadas nos circuitos de computadores, nos denominados “data
bus”, onde diversos circuitos devem aplicar seus sinais ao mesmo ponto ou devem compartilhar
a mesma linha de transferência desses dados. O circuito que está funcionando deve estar
habilitado e os que não estão funcionando, para que suas saídas não influenciem nos demais,
devem ser levados sempre ao terceiro estado (alta impedância).
152
S D
Canal
N N N
Substrato P
Conforme pode ser visto, o eletrodo de controle é a porta ou “gate” (G) onde se aplica o sinal
que dever ser amplificado ou usado para chavear o circuito. O transistor é polarizado de modo a
haver uma tensão entre a fonte ou “source” (S) e o dreno ou “drain” (D). Fazendo uma analogia
com o transistor bipolar, podemos dizer que a porta ou “gate” do MOSFET equivale à base do
transistor, enquanto o dreno ou “drain” equivale ao coletor e a fonte ou “source” ao emissor, de
acordo com a fig. A23:
D C
B
G
S E
Na fig. A22, observar que entre o eletrodo de porta (gate), que consiste numa placa de alumínio
e a parte que forma o substrato ou canal por onde passa o corrente, não existe contato elétrico e
nem junção mas sim, uma finíssima camada de óxido de alumínio ou óxido metálico, que dá o
nome ao dispositivo (metal-oxide).
A polaridade do material semicondutor usado no canal, que é a parte do transistor onde circula
a corrente controlada, determina seu tipo e também a polaridade da tensão que a controla. Na
prática existem transistores de efeito de campo de canal N e transistores de efeito de campo de
canal P (cujos símbolos são mostrados na fig. A24) e que, de maneira geral, são equivalentes
aos tipos NPN e PNP dos transistores bipolares.
D D
G G
S S
Canal P Canal N
A corrente que circula entre a fonte e o dreno, pode ser controlada pela tensão aplicada à porta
(gate). Isso significa que a corrente de dreno depende da tensão de porta, diferente do transistor
bipolar em que a corrente de coletor depende da corrente de base. No tipo P uma tensão positiva
de porta (gate) aumenta a sua condução, ou seja, faz com que sature, e no tipo N uma tensão
negativa de porta (gate) aumenta a condução ou seja, faz com que sature. Com este raciocínio,
os transistores de efeito de campo MOS são típicos amplificadores de tensão.
Da mesma forma que podemos elaborar funções lógicas básicas usando transistores bipolares
comuns, também podemos fazer o mesmo com base nos transistores de efeito de campo MOS.
A tecnologia CMOS permite que os dispositivos tenham características excelentes para
aplicações digitais.
Em cada função temos configurações em que transistores de canal N e de canal P são usados ao
154 mesmo tempo, isto é, usamos pares complementares conforme mostra o diagrama inversor da
fig. A25:
(P) Q1
E S
(N) Q2
A polaridade da tensão que controla a corrente principal nos transistores de efeito de campo
depende justamente do tipo de material usado no canal, que pode ser do tipo P ou do tipo N.
Se levarmos em conta que os circuitos digitais tem dois níveis de sinal possíveis, podemos
perceber que dependendo do nível deste sinal aplicado à porta dos dois transistores ao mesmo
tempo, quando um deles estiver polarizado no sentido de conduzir plenamente a corrente
(saturado), o outro estará obrigatoriamente polarizado no sentido de cortar esta corrente (corte).
No circuito indicado na fig. A25, quando a entrada E estiver no nível baixo (0), o transistor Q1
conduz, enquanto Q2 permanece em corte. Isso significa que Vdd é colocada na saída S,
correspondente ao nível alto (1). Por outro lado, quando na entrada E aplicarmos o nível alto
(1), o transistor Q2 conduz e o transistor Q1 corta e com isso o nível baixo (0) é aplicado na
saída S.
156
a) IOH – corrente fornecida quando no nível alto (1): na fig. A25 corresponde ao transistor
Q1 conduzindo e o transistor Q2 em corte, a corrente circula da fonte (Vdd)
passando pelo pino de alimentação do integrado, pelo pino de saída, em seguida
pela carga ligada à saída e para o negativo da fonte.
b) IOL – corrente drenada quando no nível baixo (0): na fig. A25 corresponde ao transistor
Q1 em corte e o transistor Q2 conduzindo, a corrente circula da fonte (Vdd) pela
carga ligada à saída, pelo pino de saída do integrado, pelo pino de terra e para o
negativo da fonte.
10 V
10 V 10 V
LED
R1 R1
2,5 mA
2,5 mA
LED
Para o nível máximo de tensão de alimentação (18V), cada saída admite o máximo de 10mA,
157 respeitando-se sempre a máxima potência que o integrado pode dissipar. 157
O atraso nada mais é que a diferença de tempo entre o instante em que aplicamos o sinal na
entrada e o instante em que obtemos um sinal de saída. Nos circuitos integrados típicos, para
um inversor, este atraso é da ordem de 3ns (nanosegundos). Pode parecer pequeno, mas
considerando que o sinal deve atravessar centenas de portas para ser utilizado em algum ponto
do circuito, o atraso total pode acarretar diversos problemas de funcionamento.
Entretanto, a carga de um capacitor num circuito de tempo é determinada pelo nível de tensão
de alimentação deste capacitor. Logo, com mais tensão a carga é mais rápida e isso nos leva a
uma característica muito importante dos circuitos CMOS digitais e que deve ser levada em
conta em qualquer aplicação: com maior tensão de alimentação os circuitos integrados
CMOS são mais rápidos.
Enquanto nos manuais de circuito integrados TTL encontramos uma velocidade máxima única
de operação para cada tipo (a tensão de alimentação é sempre 5V), nos manuais CMOS
encontramos velocidades associadas às tensões de alimentação (os CMOS podem ser
alimentados por uma ampla faixa de tensão).
A especificação de velocidade é dada tanto nos termos de freqüência quanto nos termos de
atraso de sinal. Para o caso do atraso do sinal, observamos que ele pode ser especificado para
uma transição do nível alto para o nível baixo, ou vice versa.
158
Codificador é um circuito digital que faz a conversão de um código, para outro código
(normalmente binário), para que seja transmitido ou processado.
M≥N
159
159
Decodificador é um circuito digital que tem função contrária ao codificador: ele converte um
código (normalmente binário) para outro código apropriado para a excitar um display de 7
segmentos. Exemplo: o circuito digital que converte a informação binária para decimal recebe
o nome de DECODIFICADOR binário / decimal.
M≥N
160
Latch
Muitas vezes, é necessário que uma informação aplicada à entrada de um decodificador seja
memorizada, indicando o mesmo número durante um certo período de tempo.
Mesmo que durante esse tempo a entrada receba outras informações, a saída deverá ficar
inalterada. Essa função é realizada pelo “LATCH”, uma memória de biestáveis.
Latch (trinco, em inglês), é um circuito de memória utilizado para armazenar um código digital
através de um sinal habilitador.
O sinal habilitador pode ser 0 ou 1, dependendo do CI utilizado. Alguns CI’s tem um pino
chamado polarity (polaridade), através do qual determinamos se o sinal habilitador será 0 ou 1.
161 Desse modo, dependendo do nível lógico aplicado à entrada habilitadora, os dados aplicados às 161
entradas do Latch são ou não transferidos para o decodificador propriamente dito.
Objetivo: Aplicar o conversor BCD para 7 segmentos e visualizar números decimais em displays
162
O decodificador CD4511 BCD para sete segmentos é construído com transistores MOS (metal-oxide-
silicium) do tipo enriquecimento, em arquitetura de modo par-complementar (C-MOS) e com transistores
bipolares NPN como drivers de saídas, isso tudo em uma única estrutura.
A entrada 3 do CD 4511 (LT - Lamp Test), quando ativada com nivel alto, HABILITA os segmentos do
display.
A entrada 4 do CD 4511 (BL - Blanking): um nivel baixo DESLIGA todos os segmentos do display. Pode
servir também para controle de brilho, se este pino receber tensão variável entre GND e +Vcc.
A entrada 5 do CD4511 (LE - Latch Enable), no exato instante em que é ativada, memoriza ou “congela” o
último valor enviado para o display.
As entradas A0 até A3 são entradas de dados BCD: em muitos datasheets são denominadas A, B, C e D.
· O CI CD 4511 é um CI de tecnologia C-MOS;
• Tensão de alimentação mínima = 3V
• Tensão de alimentação máxima = 15V
• Corrente máxima por saída = 15mA
• Máxima velocidade de operação = 5MHz
Display de 7 segmentos
Cada segmento é composto por um LED (light
emitter diode - diodo emissor de luz). Quando
energizado, emite luz visível. Em geral, os LEDS
operam com nível de tensão de 1,6 a 3,3V
(dependendo do material do cristal e da
dopagem).
A potência necessária para acendimento de um
Tamanho do segmento está na faixa típica de 10 a 150mW,
com vida útil de aproximadamente 100 mil horas
dígito ou mais.
O LED não pode receber tensão diretamente
entre seus terminais, a corrente deve ser limitada
para que a junção não seja danificada. Assim, o
uso de um resistor limitador em série com cada
segmento é comum nos circuitos que o utilizam.
Se o catodo é comum,
os segmentos a até g
deverão receber tensão
positiva via resistor de
limitação de corrente.
Neste caso, pelo menos
um dos pinos 3 ou 8
(comum) do display
163 deverá ser ligado ao 163
TERRA (0V) da fonte de
alimentação.
EXEMPLO 1
Fazer com que os displays de 7 seguimentos exibam os números _4 (dezena apagado e unidade
4), ou 29 através da seleção da chave S1.
Pinos 3 e 4 do CD4511 :
Se Pin3 = NL1: habilita display
Se Pin4 = NL0: Apaga display (Blank)
Diodos:
Os diodos são necessários
pois as ligações anteriores _
entre os pinos dos CI’s não
podem ser mantidas após
a mudança de posição da
chave S1.
Desta forma, evita-se retorno
de sinal.
Exercicios
1) Fazer com que os displays de 7 seguimentos exibam os números 81 ou _4 (dezena apagado),
através da seleção da chave S1.
81 _4
10 18
6_ 5_
CD4511 (CI 1)
S1 posição 6 CI 1 (Unidade): 6 0 1 1 0 1 1 0
169
169
S1 posição 3 CI 1 (Unidade): 3 0 1 1 0 0 1 1
PRÁTICA 2
Fazer com que o display de 7 seguimentos exiba os números 0 ou 2 através da seleção da chave S1.
CD4511 (CI 1)
S1 posição 0 CI 1 (Unidade): 0
170
S1 posição 2 CI 1 (Unidade): 2
CD4511 (CI 1)
S1 posição 4 CI 1 (Unidade): 4
171
171
S1 posição CI 1 (Unidade):
Apagado Blank
PRÁTICA 4
Fazer com que os displays de 7 seguimentos exibam os números 12 ou 03 através da seleção da
chave S1.
12 03
37 _2
PRÁTICA 6
Fazer com que os displays de 7 seguimentos exibam os números 07 ou 30 através da seleção da
chave S1.
07 30
_9 45
PRÁTICA 8
Fazer com que os displays exibam os números 100, 150, ou 200 através da a seleção da chave S1.
CD4511 (CI 1)
Atividades Finais
1. Cite situações de automação industrial em que poderiam ser aplicados os conhecimentos aqui
adquiridos sobre conversores BCD:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
2. Os Displays utilizados foram do tipo Catodo Comum. O que mudaria na ligação dos circuitos
se utilizássemos os do tipo Anodo Comum?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
3. Em que situações é necessário utilizar displays do tipo Catodo Comum, ou Anodo Comum?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
6. Em um dado projeto, por que é importante conhecer o consumo de corrente máximo de cada
display?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
7. PROJETO: Elabore em uma folha a parte um projeto utilizando dois CI’s CD4511 e dois
Display(s) de 7 segmentos, de forma que através de uma chave seletora de 5 posições seja
exibida a sequência dos números 23, 34, _8, 56, ou 67.
178
Um multiplexador (MUX) é um circuito lógico que é utilizado nos casos em que necessitamos
enviar dados contidos em vários canais, para um só canal. Porém, através de um
endereçamento adequado, somente uma das entradas estará conectada à saída.
O roteamento da entrada de dados para a saída é feito através das variáveis de seleção.
Exemplo:
Tela da TV = Saída Z
Entradas I = canais da TV
Um exemplo:
MUX
É um seletor de dados: ele seleciona apenas uma das entradas para ser a saída.
MUX DE 4 CANAIS
Implementação do circuito:
180
MUX combinados
Aplicações de Multiplexadores
Roteamento de Dados
Conversão Paralelo-Série
Sequenciamento de Operações
Geração de funções Lógicas
181
181
Exemplo:
Tabela Verdade:
182
183
183
A UCP executa as operações em linguagem binária, e fornece respostas em binário.
É um circuito combinacional dedicado, que tem a finalidade de selecionar qual saída receberá a
informação presente em sua única entrada.
n = 2m
DEMUX DE 4 CANAIS
Circuito Lógico:
Aplicações de Demultiplexadores
184
Entrada paralela
Na figura acima, vemos que o dado presente na entrada Eo do MUX, deve ser transmitido num
determinado momento pelo canal de comunicação, e conectado à saída So pelo DEMUX, e assim
sucessivamente para as outras entradas.
As variáveis de seleção do MUX e do DEMUX devem estar sincronizadas no tempo, para que a
informação chegue ao destino correto, ou para que a recuperação da informação transmitida
SERIALMENTE seja correta.
A informação é serializada pelo MUX, e recuperada pelo DEMUX na forma original, isto é,
PARALELA.
Fica claro que a variável TEMPO é importante quando se fala em transmissão e recepção de
informações multiplexadas.
185
185
A figura a seguir mostra uma informação de 8 bits serializada por um MUX de 8 canais, com os
valores que as variáveis de seleção devem assumir em cada instante.
186
O Teclado converte o acionamento das teclas para uma informação codificada em 7 bits (ASCII).
Essas informações são transmitidas serialmente por um MUX para um computador, que as
converte novamente no modo paralelo por um DEMUX, para que elas possam ser processadas
internamente pela CPU (Unidade Central de Processamento).
187
187
Implementar funções lógicas de maior complexidade pode não ser uma tarefa fácil, exigindo o
uso de muitas portas lógicas. Para simplificar estes projetos, pode-se utilizar componentes com
um maior grau de integração, como por exemplo MULTIPLEXADORES (ou simplesmente MUX).
Há de se fazer uma análise em termos de custo para ver o que mais vale a pena: dependendo do
número de portas utilizadas, o MUX pode ser uma boa opção.
Vamos ver como é possível um único MUX implementar uma expressão booleana cujo circuito
lógico utiliza de várias portas lógicas.
Exemplo:
Deseja-se implementar o circuito lógico correspondente à expressão booleana a seguir, usando
MUX de 4 canais.
Como esta expressão apresenta apenas 2 variáveis ( X e Y), pode-se implementá-la utilizando um
MUX de 2 variáveis de seleção. Basta associá-las às variáveis de entrada da expressão booleana
e fixar as entradas do MUX de acordo com a saída correspondente a cada combinação de
entrada. Assim, primeiramente, é preciso obter a Tabela Verdade relativa à expressão que se
deseja implementar, relacionando as suas saídas com a entrada do MUX.
Operação:
Se x = 0 e y = 0 S = E0 = 1
Se x = 0 e y = 1 S = E1 = 1
Se x = 1 e y = 0 S = E2 = 0
Se x = 1 e y = 1 S = E3 = 0
188
Exemplo:
Implemente a expressão Booleana a seguir utilizando MUX de 8 canais e no máximo uma porta
inversora.
189
189
1ª e 2ª linhas: Se x = y = z = 0 S = Eo = W
9ª e 10ª linhas: Se x = 1 e y = z = 0 S = E4 = 1
Var. Seleção
3
Solução: A, B e C são as variáveis de seleção, portanto, teremos 2 = 8 variáveis de entrada.
Tabela Verdade:
Implementação:
A B C S Entradas estarão em S
0 0 0 0 Eo = 0
0 0 1 1 E1 = 1
0 1 0 1 E2 = 1
0 1 1 1 E3 = 1
1 0 0 0 E4 = 0
1 0 1 0 E5 = 0
1 1 0 1 E6 = 1
1 1 1 0 E7 = 0
0 0 0 0 Eo = 0
0 0 1 0 E1 = 0
0 1 0 0 E2 = 0
0 1 1 0 E3 = 0
1 0 0 1 E4 = 1
1 0 1 1 E5 = 1
1 1 0 1 E6 = 1
1 1 1 0 E7 = 0
Solução: 0 0 0 1
(S = 1) Eo = 1
0 0 1 1
0 1 0 1
(S = 1) E1 = 1
0 1 1 1
1 0 0 1
(S = 1) E2 = 1
Operação: 1 0 1 1
Ex: 5ª e 6ª linhas da T.V.: 1 1 0 0
Se X=1 e Y=0 S = E2 = 1 (S = Z) E3 = Z
1 1 1 1
Z = Var. Aux.
0 1 0 0
(S = 0) E1 = 0
0 1 1 0
1 0 0 1
Operação: (S = ) E2 =
1 0 1 0
Ex: 3ª e 4ª linhas da T.V.:
Se X=0 e Y=1 S = E1 = 0 1 1 0 0
(S = 0) E3 = 0
1 1 1 0
Z = Var. Aux.
0 1 0 1
(S = ) E1 =
0 1 1 0
1 0 0 1
Operação: (S = 1) E2 = 1
1 0 1 1
Ex: 7ª e 8ª linhas da T.V.:
1 1 0 1
Se X=1 e Y=1 S = E3 = (S = ) E3 =
1 1 1 0
191
Z = Var. Aux. 191
Solução:
a) Tabela Verdade:
b) Implementação:
Operação:
Se X = Y = Z = 0 S = E0 = 0
Se X=0, Y=0 e Z=1 S = E1 = 1
Se X=0, Y=1 e Z=0 S = E2 = 0
Se X=0, Y=1 e Z=1 S = E3 = 1
Se X=1, Y=0 e Z=0 S = E4 =
Se X=1, Y=0 e Z=1 S = E5 = 1
Se X=1, Y=1 e Z=0 S = E6 =
Se X=1, Y=1 e Z=1 S = E7 = 0
192
Uma pesquisa de preços realizada em Junho de 2020 em uma determinada loja distribuidora
de componentes, resultou nos seguintes valores unitários:
(D = DmS)
I) Implemente a função F acima utilizando:
a) 1 MUX 2 x 4
b) 1 MUX 3 x 8 e apenas 1 inversor
II) Baseado somente nos preços dos componentes do circuito digital, faça um estudo
de custos e decida qual das opções (a ou b) será mais viável economicamente.
Solução:
a) Com MUX 2 x 4:
Implementação:
(C e D: variáveis auxiliares)
Operação:
Se A = B = 0 (linhas 1 a 4 da TV) F = E0
193
Se A = 0 e B = 1 (linhas 5 a 8 da TV) F = E1
Se A = 1 e B = 0 (linhas 9 a 12 da TV) F = E2 193
Se A = 1 e B = 1 (linhas 13 a 16 da TV) F = E3
Obs: O CD4051 pode funcionar como MUX, e também como DEMUX, já que as chaves
internas são bilaterais.
Com MUX 2 x 4:
Com MUX 3 x 8:
Conclusão:
Operação:
Se A = B = C = 0 F = E0
Se A = 0, B = 0 e C = 1 F = E1
Se A = 0, B = 1 e C = 0 F = E2
Se A = 0, B = 1 e C = 1 F = E3
Se A = 1, B = 0 e C = 0 F = E4
Se A = 1, B = 0 e C = 1 F = E5
194
Se A = 1, B = 1 e C = 0 F = E6
Se A = 1, B = 1 e C = 1 F = E7
Solução:
a) Tabela Verdade:
b) Implementação:
Operação:
Se X = Y = 0 S1 = E0 = 1
S2 = E0 = 0
Se X = 0 e Y = 1 S1 = E1 = 1
S2 = E1 = 0
Se X = 1 e Y = 0 S1 = E2 = 0
S2 = E2 =
Se X = 1 e Y = 1 S1 = E3 = 1
S2 = E3 = 0
195
195
Todos utilizam uma única impressora para a impressão dos trabalhos realizados.
Observações:
Apenas para efeito didático, supõe-se que a conexão entre o computador e a impressora
seja realizada por um único fio. Belarmino aceitou a idéia, mas teve dificuldades em
pensar num circuito simples e barato que pudesse resolver o problema e incumbiu o
estagiário para a realização deste projeto. Como Rosesberto acabara de estudar este
capítulo, não só aceitou o desafio, como de imediato começou a pensar no projeto:
A = C3 + C4
B = C2 + C4
Observação:
Pelas expressões das saídas, verifica-se que elas não dependem da variável de
entrada C1, ou seja, se nenhuma tecla estiver acionada, as saídas A e B estarão em
NL0, conectando automaticamente o computador I à impressora.
197
197
A tecla C1 tem a função, então, de destravar qualquer outra tecla que estiver acionada.
Com isso, ele montou o circuito lógico correspondente, como mostra a figura a seguir:
198
199
199
24 23 22 21 20
1 0 1 0 1 = (1x24) + (0x23) + (1x22) + (0x21) + (1x20) = 21 Decimal
24 23 22 21 20
1 0 1 1 = (1x23) + (0x22) + (1x21) + (1x20) = 11 Decimal
Portanto:
1 0 0 1 4 Bits
+ 1 0 1 1 4 Bits
?
1 1 1 (Carry)
1 0 0 1 = 9 decimal
1 1 (Soma Parcial)
+ 1 0 1 1 = 11 decimal
1 0 1 0 0 = 20 decimal
1 1 0 1 1 5 Bits
+ 1 0 1 1 1 5 Bits
?
1 1 1 1 1 (Carry)
1 1 0 1 1 = 27 decimal
0 0 1 0 (Soma Parcial)
200 + 1 0 1 1 1 = 23 decimal
1 1 0 0 1 0 = 50 decimal
Exercicio 1
Regra da subtração binária:
0-0=0
1 0 1 0 1 = 21 decimal
0 - 1 = 1 e Empresta Um (Borrow)
- 1 0 1 1 = 11 decimal 1-0=1
1-1=0
?
24 23 22 21 20
1 0 1 0 1 = (1x24) + (0x23) + (1x22) + (0x21) + (1x20) = 21 Decimal
24 23 22 21 20
1 0 1 1 = (1x23) + (0x22) + (1x21) + (1x20) = 11 Decimal
Portanto:
1 1 0 1 = 13 decimal
- 1 0 1 1 = 11 decimal
?
1 1 0 1 = 13 decimal
1 (Borrow)
- 1 0 1 1 = 11 decimal
0 0 1 0 = 2 decimal
1 0 1 1 0 = 22 decimal
- 0 0 1 0 1 = 5 decimal
?
1 0 1 1 0 = 22 decimal
1 (Borrow)
201 - 0 0 1 0 1 = 5 decimal
201
1 0 0 0 1 = 17 decimal
São circuitos que realizam operações aritméticas soma e subtração com números binários.
São utilizados na ULA (Unidade Lógica Aritmética) dos microprocessadores.
A ULA é a parte principal de uma calculadora, ou ainda de um microprocessador, que é o
cérebro de um computador.
A ULA é um circuito combinatório responsável pela execução de somas, subtrações e funções
lógicas em um sistema digital.
Diagrama simplificado da ULA:
Tabela Verdade 1
A B S Co 0+0=0
0 0 0 0 0+1=1
0 1 1 0 1+0=1
1 0 1 0 1 + 1 = 0 e vai 1
1 1 0 1
Tabela Verdade 2
A B S Bo 0-0=0
0 0 0 0 0 - 1 = 1 e empresta 1
0 1 1 1 1-0=1
1 0 1 0 1-1=0
1 1 0 0
A e B = variáveis da subtração
S = Resultado da subtração
Bo = “empresta um” ou “Borrow-Out”
203
203
T.V. 1:
A B S Co 0+0=0
0 0 0 0 0+1=1
0 1 1 0 1+0=1
1 0 1 0 1 + 1 = 0 e vai 1 Co = A . B (vai um)
1 1 0 1
Implementação do Half-Adder:
204
T.V. 2:
A B S Bo 0-0=0
0 0 0 0 0 - 1 = 1 e empresta 1
0 1 1 1 1-0=1
1 0 1 0 1-1=0
1 1 0 0
Implementação do Half-Subtractor:
205
205
Somador Completo:
206
Subtrator Completo:
207
207
26. MICROCONTROLADOR
Um microcontrolador é praticamente um computador em um chip: ele contem todos os itens como
processador, memória ROM, memória RAM, periféricos de entrada / saída, Conversor Analógio/Digital,
etc. O microcontrolador pode ser programado para diversas funções, mas faz apenas aquilo que está
em seu programa, para executar outras funções ele tem que ser reprogramado.
Exemplos de Microcontroladores:
27. MICROPROCESSADOR
O microprocessador não trabalha sozinho e nem pode ser programado, ele apenas executa as
funções que outros componentes externos lhe enviam. Isso quer dizer que para o microprocessador
208 trabalhar ele necessita de outros componentes externos como memória de leitura e escrita para
armazenamento de dados, memória somente de leitura para armazenamento de programas,
dispositivo ou memória para armazenamento permanente de dados, dispositivos periféricos,
conversores, interfaces, etc.
Microprocessador x Microcontrolador
Ambos realizam algumas operações que são, buscar as instruções da memória e executar estas
instruções (operações aritméticas ou lógicas) e o resultado dessas execuções são usados para
servir a dispositivos de saída.
As instruções eletrônicas representados por um grupo de bits são sempre obtido a partir de sua área de
armazenamento, que chamamos de memória. Então recapitulando, o microprocessador é um
circuito integrado responsável pelo processamento de dados, como uma unidade lógica e
aritmética, com diversos registradores especiais, mas precisa receber ordens externas e ter outros
componentes externos para funcionar.
Já o microcontrolador contém um microprocessador, memória RAM, memória ROM,
temporizadores, contadores, porta serial, conversores e portas de I/O em um só circuito
integrado, ou seja, um microcomputador de um só chip.
Com as informações acima podemos ver que internamente, a placa do Arduino contem
um microcontrolador, pois dentro dele já existe as memórias e conversores. Mas muitas vezes o
espaço de memória interno de um microcontrolador é pequeno, então é adicionado uma expansão,
através de um circuito integrado de memória ou um cartão micro SD. Isso não quer dizer que ele
não é mais um microcontrolador, ele apenas recebeu um melhoramento de uma função.
209
209
Referências
Imagens
Bing.com
Eletronicaaqui.com
Vix.com
Computerworld.com.br
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