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Índice
Introdução........................................................................................................................................2
Objetivos..........................................................................................................................................2
Geral.............................................................................................................................................2
Especifico.....................................................................................................................................2
Metodologia.....................................................................................................................................2
Educação decolonial........................................................................................................................3
Fundamentação Teórica...................................................................................................................3
Decolonialização epistémica...........................................................................................................3
Pensamento Decolonial...................................................................................................................4
Considerações Finais.....................................................................................................................10
Referências Bibliográficas.............................................................................................................11
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Introdução
A decolonialidade é considerado como caminho para resistir e desconstruir padrões, conceitos e
perspectivas impostos aos povos subalternizados durante todos esses anos, sendo também uma
crítica direta à modernidade e ao capitalismo.
Neste contexto, o presente trabalho debruça acerca da educação decolonial, onde vamos encontar
ao longo do seu desenvolvimento aspectos referentes ao seu surgimento de um modo geral, onde
vamos gradualmente apresentar como este foi evoluindo com o passar do tempo.
Objetivos
Geral
Analisar a educação decolonial
Especifico
Definir conceitos relacionados com a educação decolonial;
Retratar o historial do surgimento da decolonialidade;
Metodologia
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Educação decolonial
Fundamentação Teórica
Decolonialidade
Colonialidade
A colonialidade pode ser entendida como uma dominação colonial que ainda perdura por meio
da dominação de alguns setores, como o social, o material, o epistêmico e o intersubjetivo
(SOUZA, 2012, p. 4)
Decolonialização epistémica
Decolonialização epistémica significa sair do espaço constituído por conceitos e promover um
espaço de outras formas de ser e saber (FERNANDES, 2016).
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Pensamento Decolonial
O Pensamento Decolonial surgiu a partir das lutas históricas dos povos indígenas e
afrodescendentes que foram colonizados e não se viam representados na História e na Ciência
produzidas na Europa como um modelo universal. Desta forma, um grupo de intelectuais
militantes latino-americanos sentiu a necessidade identitária de se contraporem
epistemologicamente à hegemonia eurocêntrica do conhecimento, defendendo o protagonismo de
outros modos de saber, de ser e do poder. Críticos da história única, esses pensadores
elaboraram, a partir de meados da década passada, um conjunto de categorias que constituem o
Pensamento Decolonial.
O Pensamento Decolonial construiu um espaço para que outros modos de saber, de ser e de viver
sejam conhecidos e reconhecidos em sua originalidade como expressões fundamentais da
humanidade.
A colonialidade pode ser entendida como uma dominação colonial que ainda perdura por meio
da dominação de alguns setores, como o social, o material, o epistêmico e o intersubjetivo
(SOUZA, 2012, p. 4).
oferecer respostas concretas à sociedade. Não é acreditando que a escola é uma empresa, que o
aluno é o cliente e que o conhecimento é a mercadoria, que chegaremos lá.
O grande desafio é incluir nos padrões de vida digna os milhões de indivíduos excluídos e sem
condições básicas para se constituírem cidadãos participantes de uma sociedade em permanente
mutação. Para isso, nós professores e interessados por uma educação pública de qualidade, justa,
crítica, humanista e decolonial, temos que assumir como sujeitos de história, condicionados, mas
não determinados, o leme do nosso futuro.
SOUZA afirma que a reexistência demanda um processo que envolve negociação, reinvenção e
subversão de relações assimétricas de poder” (SOUZA, 2009, p. 57).
Tendo como pano de fundo tanto a luta travada pelas populações indígenas para garantir seus
direitos quanto a experiência vivenciada nessa escola, acreditamos que um dos caminhos mais
promissores para alcançar esse objetivo é o de uma educação decolonizadora; ou seja, uma
educação pautada no reconhecimento e na valorização dos conhecimentos e no modo de ensinar
e aprender indígena. Nesse sentido, partilhamos da posição da mestre em Antropologia Social,
Sandra Benites, indígena Guarani, quando está afirma:
Em relação às populações indígenas, o legado de perdas que hoje temos foi resultado de uma
destituição violenta de tudo que elas produziam em termos de conhecimentos. É importante
destacar que a usurpação dos conhecimentos locais como base para o conhecimento científico
(TERENA, 2000) tornou os indígenas mais subordinados e dependentes do sistema opressor,
haja vista que os conhecimentos indígenas só teriam valor se fossem entregues nas mãos
daqueles que detinham o poder, no caso dos não indígenas e, portanto, poderiam dizer quais
saberes seriam aceitos como ciência ou não.
Houve, pois, uma negação tanto do conhecimento que é produzido nesses contextos considerados
inferiores como também dos sujeitos que os produziam. Consequentemente, a perda de uma
autorreferência genuína não foi apenas uma perda gnoseológica foi também, e sobretudo, uma
perda ontológica: saberes inferiores próprios de seres inferiores” (MENESES & SANTOS, 2010,
p.19).
Este último opera privilegiando as políticas identitárias (identity politics) dos brancos ocidentais,
ou seja, a tradição de pensamento e pensadores dos homens ocidentais (que quase nunca inclui as
mulheres) é considerada como a única legítima para a produção de conhecimentos e como a
única com capacidade de acesso à - universidade e à verdade. O racismo epistêmico considera os
conhecimentos não-ocidentais como inferiores aos conhecimentos ocidentais (GROSFOGUEL,
2007, p. 32).
Foi, portanto, por meio da colonialidade do poder e do saber que o racismo epistêmico invalidou
toda a forma de produzir e disseminar conhecimento próprios dos indígenas.
É preciso lembrar que, assinala BENITES (2018), as populações indígenas possuem uma forma
distinta de ensinar e aprender, pois muito antes de as escolas serem implantadas nas Terras
Indígenas, eles já haviam desenvolvido seu próprio sistema de ensino.
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Diferentemente dos não indigenas, a aprendizagem indígena não está restrita ao espaço escolar e
tão pouco é responsabilidade somente do professor. Ela acontece em todos os espaços da Terra
Indígena e é reponsabilidade de todos pais, mães, e também dos professores.
A aprendizagem é alternada com espaços formais (escola) e informais (casa de reza, mata), o
qual inclui ritos religiosos, cantos indígenas, relação com a natureza, lenda e mitos, dentre outros
(KONDO, 2013). Essas diferenças nos modos de ensinar e aprender geram conflitos, também
porque o conhecimento não indígena é imposto como único conhecimento verdadeiro.
Ela tem como objetivo o controle em várias dimensões, é por isso que MIGNOLO (2010, p. 12)
a define como “a matriz colonial de poder”, visando o controle do poder, do ser e do saber.
Observando sob este prisma, podemos entender que, a partir do momento que o Estado implanta
a escola na Terra Indígena do Pinhalzinho, acentua-se o processo de destituição e marginalização
cultural indígena, bem como o domínio de seus territórios, sua língua, sua religião e seus
conhecimentos, pois a colonialidade do poder, segundo QUIJANO (1992), atua na dominação do
pensamento dos governados, o que inclui sua forma de pensar e agir.
Há, portanto, primeiramente, uma inferiorização, uma desumanização e negação de tudo que
destoa da cultura dominante. Para o pensamento decolonial, foi sob essa descaracterização que
os colonizadores justificaram a violência (física e psicológica), bem como a apropriação e a
subtração ilegal dos bens materiais e imateriais nos territórios indígenas, pois, para os
humanistas dos séculos XV e XVII, os indígenas eram selvagens, portanto, sub-humanos
(SANTOS, 2010).
Por isso os teóricos do M/C afirmam possível com a ajuda da exploração e opressão de povos
(PENNA, 2014). Nesse sentido, entende-se que a ciência moderna nada tem de universal, pois
desde o seu nascimento exclui e omite conhecimentos dos povos que foram colonizados.
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Considerações Finais
Findo o trabalho, pudemos constatar que os objectivos perspectivados foram alcançados com
eficácia, pois pudemos através das pesquisas fazer uma análise aprofundada sobre a educação
decolonial. Deste modo constatamos que a educação decolonial é um movimento cujo objectivo
é reevendicar a colonialidade, onde a colonialidade é uma forma de através de métodos
modernos, trazer aspectos coloniais, inferiorizando os povos considerados subalternos ou
inferiores, como o exemplo da declaração da língua portuguesa como a língua exclusiva de
ensino, sendo que como povo temos a própria língua, o que originou o problema que fez com
que se trouxesse o ensino bilingue.
A decolonialidade traz uma visão onde pretende-se valorizar os povos inferiorizados, suas ideias,
cultura e valores, etc, com isso aos poucos tem se voltado aos costumes tradicionais, como ir a
escola de trancas com cabelo natural, a criação de material didactico em línguas locais, embora
ainda não seja por valorizar a cultura mas sim pelo dinamismo mesmo, temos também a televisão
de Mocambique como exemplo de decolonialidade, pois passa conteúdos meramente nacionais e
na maior parte em línguas nacionais.
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Referências Bibliográficas
ALCANTRA; SERRA & MIRANDA. O que eu falo, o que eu faço, o que eu sou, 2017.
BELLO, Enzo. O pesamento descolonial e o modelo de cidadania no novo constitucionalismo
latino-americano. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito
(RECHTD), v.7, n.1, 2015, p.49-61.
BENITES, S. Viver na língua Guarani Hhandewa (mulher falando). Rio de Janeiro: UFRJ,
2018. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) do Programa de Pós-Graduação em
Antropologia Social, Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro, 2018.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia decolonial e
educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista. Belo Horizonte, 2010, pp.
15-40.
PENNA, Camila. Paulo Freire no pensamento decolonial: um olhar pedagógico sobre a teoria
póscolonial latino-americana. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v.8, 2014,
p.181-199.