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Polarização e desinformação: responsabilidade das redes sociais ou dos indivíduos?

O desenvolvimento tecnológico do final do século XX, com a criação da internet e das


redes sociais, moldou um novo modo de vida do ser humano capitalista a qual está voltado
diretamente para essas novas tecnologias. Em meio a liberdade e a facilidade do
desenvolvimento de informação na internet, as Fake News e outros meios de desinformação
estão cada vez mais presentes nas redes e influenciando nos ideais de milhares de
internautas, gerando uma grande polarização ideológica e política, sendo os grandes
responsáveis por esse ambiente, os próprios usuários dessas mídias.
As redes sociais deram aos usuários uma grande liberdade ideológica em suas
comunidades, sendo essa atitude de cunho completamente democrática e ligada ao sistema
político em vigor na grande maioria das nações contemporâneas, como por exemplo, mostra o
artigo 5 da constituição brasileira, mostrando que todos os cidadãos brasileiros têm o direito à
liberdade de pensamento e de expressão. Entretanto, mesmo o direito de expressão sendo um
direito constitucional, este ocasionou na criação de informações falsas ou equivocadas,
resultando em uma grande cresça por parte da população nas Fake News, como mostra
pesquisa do Fantástico, 70% dos brasileiros já acreditaram em alguma notícia falsa na internet.
Ademais, com o aumento de ideologias conservadoras e de extrema direita por todo o
mundo, as mídias sociais foram usadas como meio de propagação desses ideais, com o intuito
de chamar atenção de usuários com o mesmo pensamento e princípios, sendo as redes sociais
inocentes em relação ao ambiente que se tornaram. Como demonstra o filósofo Pierre Lévy,
comparando a propagação de ideologias atual com a dos anos 1930, e demonstrando que o
homem e suas ideias são os principais culpados: “Nós devemos analisar as coisas no plano
político. Se eu disser que o fascismo surgiu por causa do rádio, sim, realmente havia rádio na
Alemanha e na Rússia de Stálin, mas também havia rádio na Inglaterra”.
Logo, as redes sociais na atualidade estão cheias de informações falsas e de cunhos
extremistas, principalmente por serem os meios de divulgação dessas ideologias por conta da
liberdade que apresentam e incentivam. Contudo, os principais culpados pela propagação da
desinformação são os internautas, que utilizam da liberdade para espalhar informações
errôneas para ganho próprio ou das próprias convicções que defendem.

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