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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - CAMPUS

ALFENAS

Curso Letras - Língua Portuguesa e suas Literaturas

WESLEY JÚNIO TEODORO DE MATOS

RESUMO DO ARTIGO "A CONTRIBUIÇÃO DA LINGUÍSTICA


NO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL".

MUZAMBINHO
2021
Antes da chegada da linguística ao Brasil, a língua era estudada conforme normas
estabelecidas, cujo ensino baseava-se na memorização mecânica, acarretando, nos últimos
anos, problemas quanto à prática de leitura e produção textual. Atualmente, com a ciência da
linguagem, o ensino busca ser menos rígido e há uma maior aproximação com a realidade do
aluno, contudo ainda enfrenta obstáculos, tais como o despreparo do docente, falta de
estruturas físicas e materiais, etc.

Até o século XIX, a gramática normativa era o foco do ensino, restringindo-se a elite do
Brasil, embora já houvessem obras acerca dos estudos linguísticos. Em 1961, a linguística foi
introduzida nos cursos de letras, mas com adversidades naquele contexto, como a falta de
professores para a disciplina.

A primeira tentativa reguladora sobre o ensino da língua portuguesa estabeleceu uma


padronização nas referências descritivas sobre a língua, porém não resolveu os problemas
relacionados ao ensino. Ademais, surge uma nova tentativa em forma de lei, instituindo a
educação como um direito de todos, sendo que a melhoria do ensino ficou pautado pelos
grupos sociais de cada região. Em 1971, é sancionada outra lei que determina a língua como
instrumento de comunicação, tendo em vista a democratização do ensino na década anterior.
Há, então, uma ênfase nos elementos de comunicação, em detrimento das regras gramaticais,
mas sem a devida sustentação e conhecimento teórico aos professores. Após a defesa de
pesquisadores em relação ao ensino de uma gramática menos opressora, ficou estabelecido a
heterogeneidade da língua, cujas ideias são reforçadas pelos PCNs, que, por sua vez, são
influenciados por diversas teorias do campo da linguística e da psicologia.

Além disso, houve influências de correntes pedagógicas, que propunham uma reformulação
do modo de ensinar, mas que não levaram em conta o conteúdo da disciplina. Ao longo dos
tempos, mídia, livros didáticos e vestibulares reforçaram valores linguísticos equivocados,
que interferiram no processo de ensino feito pelo professor, que era despreparado, com uma
formação linguística precária, fazendo-o ficar desacreditado quanto à atuação de ensinar.

Por fim, o aluno depende da direção metodológica usada pelo professor, e tais metodologias,
segundo os PNCs, devem enfocar num ensino com a discursividade, gêneros textuais e
oralidade, além de estimular a leitura e escrita. Ainda há o estímulo para a realização de
projetos aos discentes, sendo o papel de mediador do conhecimento destinado ao docente.
Assim, há um progresso quanto ao ensino da língua, embora seja lento, tendo em vista que
nem todos os locais possuem condições para a prática pedagógica.

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