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Os Ensinamentos de Jesus
O Sermão da Montanha e
As bem-aventuranças
1) Bem-aventurado os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus.
2) Bem-aventurado os que choram, porque serão
consolados.
3) Bem-aventurado os mansos, porque possuirão a
Terra.
4) Bem-aventurado os que têm fome e sede de
justiça, porque serão saciados.
5) Bem-aventurado os misericordiosos, porque
alcançarão a misericórdia.
6) Bem-aventurado os puros de coração, porque
eles verão a Deus.
7) Bem-aventurado os pacíficos, porque serão
chamados filhos de Deus.
8) Bem-aventurado os que sofrem perseguição por
causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
9) Bem-aventurado sereis quando vos insultarem e
perseguirem, mentindo, disserem todo o gênero
de calúnias contra vós, por minha causa.
A Sabedoria e os Ensinamentos de
Jesus
—Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Marcos
12:31)
— Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
(João 13:34 e 15:12)
— Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem (Mateus 5:44)
— Sereis medidos com a medida que empregardes
para medir (Marcos 4:24)
— Não julgueis e não sereis julgados. Não
condeneis e não sereis condenados. Perdoai e
sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado (Lucas
6:37-38)
— Se alguém te bater najace direita, oferece a
outra face (Mateus 5:40)
— Se alguém te pedir para acompanhá-lo por uma
milha, acompanha-o por duas (Mateus 5:41)
— Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta
que conduz ao caminho da perdição (Mateus 7:13)
— Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará
(João 8:32)
— Quem exaltar a si mesmo será humilhado. E
quem for humilde será exaltado (Mateus 23:12)
— Guardai-vos de Jazer as vossas obras diante dos
homens para vos tornardes notados por eles.
(Mateus 6:1)
— Quando orardes, não sejais como os hipócritas
que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nas
ruas para serem vistos pelos homens (Mateus 6:5)
— Quando deres esmola, não permitais que
toquem trombetas por ti, como jazem os hipócritas
nas sinagogas e nas ruas (Mateus 6:2)
— Quando deres esmola, que a tua mão esquerda
não saiba o quejez a direita, afim de que tua
esmola permaneça em segredo (Mateus 6:3-4)
— Buscai primeiramente o reino de Deus e sua
justiça e todas as coisas materiais vos serão
acrescentadas (Mateus 6:33)
— Na casa de Meu Pai há muitas moradas (João
14:2)
— Pelo fruto se conhece a árvore (Mateus 12:33)
— Não é o que entra pela boca que torna o homem
impuro, mas o que saí pela boca (Mateus 15:11)
— Pelas tuas palavras serás condenado (Mateus
12:37)
— Os últimos serão os primeiros, e os primeiros
serão os últimos (Mateus 20:16)
— Muitos são os chamados, mas poucos serão os
escolhidos (Mateus 20:16)
— A quem muito joi dado, muito mais será exigido
(Lucas 12:48)
— Por que reparas no cisco do olho de teu irmão,
se não reparas no tronco que está no seu olho?
(Mateus 7:3)
— Dá a quem te pede e não voltes as costas a
quem te pedir emprestado (Mateus 5:42)
— Orai e vigiai, para não cairdes em tentação
(Mateus 26:41)
— A carne é fraca. O espírito está pronto, mas a
carne é fraca (Mateus 26:41)
— Nem só de pão vive o homem (Lucas 4:4)
— Tudo quanto ligares na Terra ficará ligado no
Céu, e tudo que desligares na Terra será desligado
no Céu (Mateus 16:19)
— Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores
(Marcos 2:17)
— Meu reino nao é deste mundo (João 18:36)
— O céu e a Terra passarão, mas as minhas
palavras não passarão (Mateus 24:35)
— Minha paz vos deixo, minha paz vos dou (João
14:27)
— Onde estiverem reunidos, em Meu nome, dois
ou três, lá estarei no meio deles (Mateus 18:20)
— Ninguém pode servir a dois senhores, pois há de
amar a um e odiar o outro (Mateus 6:24)
— Vinde a mim ejarei de vós pescadores de
homens (Marcos 1:17)
— Deixai vir a mim as criancinhas, pois é delas o
reino dos céus (Marcos 10:14 e Mateus 19:14)
— Ninguém deita remendo de pano novo em
vestido velho, pois o remendo novo arranca parte
do velho e o rasgão fica maior (Marcos 2:21)
— O sábado foi feito por causa do homem e não o
homem por causa do sábado (Marcos 2:27)
— Afasta de mim este cálice (Mateus 26:39)
— Não permitais que vos tratem por doutores
(Mateus 23:10)
— Quem não é contra nós, é por nós (Marcos 9:40)
Para maior compreensão dos ensinamentos de
Jesus, é recomendável que sejam lidas as
parábolas, em especial a do convite à humildade
(Lucas 14:7-11), a do semeador (Mateus 13:3-9), a
do joio e do trigo (Mateus 13:24-30) e a do grão de
mostarda (Mateus 13:31-32).
— "A paz esteja convosco." (João 20:19)
Os Essênios
O maior pesquisador e historiador judeu de todos
os tempos, autor de "Antigüidades Judaicas",
Flávio Josefo, com toda a autoridade que lhe é
conferida mundialmente afirma que: "Existem,
com efeito, entre os judeus, três escolas
filosóficas: os adeptos da primeira são os fariseus;
os da segunda, os saduceus; os da terceira, que
apreciam justamente praticar uma vida venerável,
são denominados essênios: são judeus pela raça,
mas, além disso, estão unidos entre si por uma
afeição mútua, maior que a dos outros"
A origem dos essênios é bastante discutível e
improvável. Alguns acreditam que, por volta do
ano 170 a.C., os primeiros judeus que fugiram do
Egito com a finalidade de estabelecer uma
civilização própria, rumou para o deserto na Judéia
e passou a viver às margens do Mar Morto, criando
os primeiros grupos de essênios. E, por isso,
sofreram forte influência religiosa dos egípcios,
durante o período de dominação. (Os
"Rosacruzes", por exemplo, defendem a origem
dos essênios ligada a uma ramificação da Grande
Fraternidade Branca, fundada no Egito, no tempo
do faraó Akenaton). Outros, no entanto, crêem que
a titulação "Essênio" deriva de "Essen", filho
adotivo de Moisés, a quem foi confiada a
incumbência de dar continuidade na tarefa de
manter pura as tradições religiosas dos
ensinamentos bíblicos do povo hebreu. Isto
porque, os hebreus começaram a dividir-se tanto
em relação aos conceitos religiosos, formando
grupos distintos, e proliferava tanto a corrupção
religiosa em seu meio, comandada por um
mercantilismo em nome da religião e de Deus, que
Moisés teria atribuído ao seu filho adotivo Essen a
incumbência de conservar as tradições hebraicas e
os segredos da doutrina pura.
De certo, somente a comprovação histórica de que
os essênios, já por volta de 150 a.C. encontravam-
se nos arredores de Jerusalém e Belém (em
Qunram), e viviam isolados da opulência e
corrupção de costumes em que Jerusalém estava
mergulhada.
Independentemente de sua origem e do silêncio
em que viviam, a marca da passagem dos
essênios pelo mundo é uma das mais significativas
da história da humanidade. No ano 70 d.C.,
quando houve a diáspora (dispersão do povo
hebreu (judeus) por motivos políticos e religiosos),
e a destruição de Jerusalém pelas legiões
romanas, a maior das perseguições foi
empreendida, contra os essênios, não só pelos
romanos, mas principalmente pelos próprios ju-
deus (saduceus e fariseus), onde quase todos os
essênios foram mortos e os que escaparam jamais
puderam retornar às suas comunidades de
trabalho e oração. Mas, no entanto, antes de
fugirem, deixaram o maior legado que o cristia-
nismo e a arqueologia poderia encontrar: "Os
Manuscritos do Mar Morto".
Em 1947 (historicamente bastante recente), nas
cavernas em Khirbet Qunram, guardados em
urnas, potes e vasos, hermeticamente lacrados por
quase dois mil anos, foram descobertos os
"Manuscritos do Mar Morto" ou os "Manuscritos de
Qunram". E, diferentemente dos evangelhos, que
são traduções do grego e não do aramaico, de
autenticidade e idade nem sempre comprovadas,
agora havia uma quantidade imensa de
manuscritos, de idade e autenticidade
comprovada, que viria jogar nova luz sobre a his-
tória das religiões, principalmente sobre o
cristianismo.
A descoberta de Qunram se tornou a maior prova
e o maior marco histórico palpável do cristianismo.
As ruínas de cinco mosteiros no deserto da Judéia
são o marco da existência dos essênios em
passado distante, além de outros mosteiros
dispersos por diversas regiões na Samaria e na
Galiléia.
Antes de Qunram, ou dos "Manuscritos do Mar
Morto", a maior crítica e acusação que se fazia — e
com justiça — era que os documentos
(manuscritos em grego e não em aramaico) que
formavam o Novo Testamento eram inconfiáveis,
sem autoria certa e definida, e de autenticidade
questionável. No entanto, após a descoberta dos
manuscritos de Qunram, não só novas informações
surgiram como revalidaram, fortificaram e
consolidaram algumas já existentes.
Enquanto o Antigo Testamento, em especial o
Pentateuco, ou os cinco livros de Moisés, o Deus
ali descrito era um Deus quase humano e um Deus
tribal, muito particular do povo hebreu, só dos
judeus (O tal Deus velho, barbudo, sentado numa
nuvem) após as revelações dos manuscritos de
Qunram — surpreendentemente — aparece, pela
primeira vez para os judeus (no caso, essênios),
um Deus universal (e não tribal) que iria enviar um
messias, que não seria rei, mas um salvador, e
que viria para redimir, não só o povo judeu, mas
toda a humanidade.
Está certo que as bases de expansão do
cristianismo estão bastante ligadas à peregrinação
de Paulo (Saulo) Apóstolo. No entanto, a expansão
empreendida por Paulo também esteve ligada a
uma propagação errada, torta e destorcida do que
foi Jesus. Principalmente quando se valorizava o
Jesus curandeiro, arrogante e presunçoso e um
Jesus sofredor pregado na cruz, em detrimento do
Jesus humanitário, doutrinador, pregador da paz,
mensageiro da boa palavra e dos ensinamentos de
Deus.
De fato, a importância do surgimento dos
documentos dos essênios conhecidos como "Os
manuscritos do Mar Morto" foi corretamente
retratada pelo jornalista do New York Times,
Edmund Wilson, numa série de reportagens
históricas sobre os documentos de Qunram,
encontrados em 1947, que sem paixão, sem
fanatismo, escreveu: "O convento, esse prédio de
pedras, junto às águas amargas do Mar Morto,
com seus fornos, tinteiros e piscinas sacras,
túmulos, é mais do que Belém e Nazaré, é o berço
do cristianismo".
Em 1951, quatro anos apenas após a descoberta
dos manuscritos de Qunram, Hempel escreveu:
"Verdadeiramente esclarecida a origem dos
cristãos. O cristianismo é apenas essênio. Essênio
ou cristão, dá no mesmo."
No ano de 1923, cerca de quarenta anos antes dos
manuscritos de Qunram serem descobertos, o
teólogo e pesquisador religioso húngaro, Edmond
Szekely, obteve permissão do Papa para pesquisar
os arquivos da biblioteca do Vaticano, e qual não
foi sua surpresa ao traduzir uma obra antiquíssima
(originária do primeiro século d.C.), ocultada dos
meios religiosos, principalmente católicos, cha-
mada de "O evangelho essênio da paz", que falava
sobre os essênios e suas características (mas que
a igreja não gostaria que fosse divulgado, ou pelo
menos de conhecimento do grande público, de
modo a não causar controvérsia com o que até
então era dito e tido como verdade).
Antes mesmo disso acontecer, já em 1880, o
reverendo inglês Gideon Jasper Ouseley traduziu
do aramaico (língua que Jesus falava, que é a
maior garantia de autenticidade que um
documento em princípio possa ter — e não o grego
como nos evangelhos), um manuscrito essênio
chamado "O Evangelho dos doze santos", que
também foi ocultado do grande público, pois
representava a versão mais autêntica do Novo
Testamento de Jesus, e conflitava terrivelmente
com as "versões" dos quatro evangelistas que a
igreja reescreveu ou "refundiu".
Neste evangelho essênio, Jesus aparece como uma
figura que veio inspirar um segmento religioso
muito forte. Segmento este de grande humildade,
extrema devoção a Deus e imensurável piedade
pelos seres humanos e pelos animais, que de fato
orientou a ordem franciscana de São Francisco de
Assis. Jesus é apresentado neste evangelho como
um vegetariano parcial (no máximo comia peixe e
gafanhotos) e sua mansidão e paz são descritos
assim: "As aves se reuniam ao seu redor e lhes
davam boas-vindas com seu canto e outras
criaturas vivas se postavam à seus pés e ele as
alimentava com suas mãos."
Claro que não interessava à igreja, impregnada
pelo Deus velho do Antigo Testamento, que fosse
divulgado um Jesus simbolizado pelo peixe (ao
invés da cruz), humilde, manso, humanitário e
pacifista (sem grandes apelos de mídia e de
marketing) ao invés do carismático curandeiro pre-
sunçoso e arrogante, conforme descrito nos quatro
evangelhos, principalmente caracterizado pelo
impacto da emoção e piedade causados pelo
sofrimento que a cruz representava. Tudo isso, um
revisionismo religioso, poderia causar um cisma e
uma tremenda divisão entre e dentro das igrejas
cristãs. E de fato, para a maioria que tomou
conhecimento da realidade, criou-se este
divisionismo, vez que um segmento religioso
esclarecido, fiel à verdade, desejava trazer à baila
a verdadeira história de Jesus, humilde, manso,
humanitário e pacifista. Entretanto, o tradicio-
nalismo religioso, receoso em mexer no sucesso
de marketing do Jesus sofredor, pregado na cruz,
era tão imenso, tão maior, que a própria igreja
desencorajou-se em alterar algo tão
fantasticamente carismático e tão
mercadologicamente vitorioso.
E, entre manter o sucesso secular do Jesus
sofredor, pregado na cruz, simbolizando o
cristianismo ou ter que colocar em risco todo este
sucesso de marketing, admitindo os erros e as
mentiras, revendo os conceitos errados emanados
pelos evangelhos, assumindo o símbolo do
cristianismo como o peixe e restituindo a Jesus a
imagem de humilde, manso, humanitário e
pacifista, a igreja mais uma vez optou pelo
vencedor sucesso de marketing ao invés da
verdade. (Foi uma opção de marketing, comercial,
de mercado)
Talvez o Papa ainda leve mais mil ou mil e
quinhentos anos para novamente pedir desculpas
pelas mentiras e atrocidades praticadas pela igreja
católica, conforme recentemente o Papa fez ao
admitir, pela primeira vez, e pedir perdão pelo o
que a igreja fez durante as chacinas de caças às
bruxas e as mortandades das "santas" cruzadas,
libertações do "santo" sepulcro e "santas"
inquisições. Talvez daqui a mil anos um novo Papa
venha nos pedir desculpas pelas ocultações de
verdades, pela ocultação de documentos e pelas
mentiras e perseguições contra os evangelhos
tidos como apócrifos, os evangelhos gnósticos e os
Manuscritos do Mar Morto.
Mas, voltando aos essênios. Sobre esta
extraordinária vida comunitária dos essênios, diz
Flávio Josefo (a maior autoridade histórica e o
maior pesquisador de antiqüidades judaicas) que
entre os essênios todos partilhavam igualmente de
todos os bens pertencentes à comunidade. Quan-
do um novo membro entrava para a sociedade os
seus bens eram igualmente divididos entre todos,
evitando, com isso, que houvesse pobres e ricos
na sociedade essênia.
Com efeito, esta prática essênia era uma lei.
Aqueles que entravam para o grupo entregavam
seus bens à comunidade para serem partilhados
por todos, de tal forma que entre eles não se visse
absolutamente nem a humilhação da pobreza nem
o orgulho da riqueza. As posses eram comuns e
encontravam-se disponíveis a todos, não existindo
senão um único haver, comunitário, como ocorre
entre irmãos. (Comparativamente, foi exatamente
isso que Jesus propôs àquele jovem rico que queria
seguí-lo com os discípulos. Ou seja: (Mateus
19:21) — "Se queres ser perfeito, disse-lhe Jesus,
vai, vende tudo que possuíres, dá o dinheiro aos
pobres e terás um tesouro nos céus; depois vem e
segue-Me").
Esclarecendo melhor esta questão. Na citação
anterior, Jesus não pregava contra a prosperidade,
mas sim contra o acúmulo desnecessário e
desmedido de riqueza e não diz a todas as pessoas
que façam o abandono das coisas materiais, mas
sim somente àqueles que querem se tornar
discípulos e seguí-lo numa vida de simplicidade,
humildade e de desapego material. Isto porque,
Jesus, não como mestre da humanidade, mas
como um discípulo de Deus, no caso, observava
um princípio essênio que afirma que a maior
abundância é ter poucos desejos e fáceis de serem
satisfeitos.
Esta simplicidade essênia, muito rara entre os
religiosos de uma maneira geral e principalmente
entre as pessoas comuns, mesmo
comparativamente com outras épocas e com
vários costumes e culturas, assemelhava-se — em
simplicidade, mansidão e humildade — aos
conhecidos monges tibetanos, e foram fortemente
exemplo e inspiração para a vida de Jesus e dos
frades franciscanos. E a vida comunitária essênia
era de tal forma igualitária, que em suas reuniões
a cadeira principal era deixada sempre vazia,
como uma forma de demonstrar que não havia lí-
der, não havia chefia e não havia alguém que
pudesse se violentar a ponto de abrir mão da
humildade para vestir a arrogância de ser melhor
ou mais importante do que os demais "irmãos".
(Comparativamente, esta humildade é exatamente
o que Jesus propõe no convite à humildade (Lucas
14:7-11) e na citação — "Quem exaltar a si mesmo
será humilhado. E quem for humilde será
exaltado" (Mateus 23:12).
A aversão dos essênios pela empáfia e pela
arrogância ia muito além dos homens comuns,
atingia diretamente quem mais deveria prezar a
humildade ao invés de valorizar a arrogância,
como os sacerdotes, oradores e escribas, que com
as pomposas vestimentas dos doutores das leis,
lideravam seus templos com presunção, soberba e
arrogância. Desnecessário dizer o quanto Jesus se
indispôs com sacerdotes e escribas,
principalmente pela soberba deles, pela arrogância
deles, até mesmo pelas vestimentas pomposas e
pelos títulos que "se" auto-concediam de "douto-
res". — "Não permitais que vos tratem por
doutores" (Mateus 23:10). Logicamente, o Jesus
arrogante, presunçoso, vaidoso, e curandeiro,
equivocadamente apresentado nos quatro
evangelhos "refundidos" pela igreja, não
representa e não pode retratar e representar o
que foi e o que é Jesus. Razão pela qual sugerimos
retirar estes textos dos evangelhos como as lascas
que são retiradas do bloco de pedra para dar lugar
a uma irretocável estátua.
Embora hebreus (judeus), os essênios não comiam
carne vermelha, principalmente cordeiro, pelo
aspecto de paz e mansidão do animal. Eram
parcialmente vegetarianos (mas comiam peixe e
eventualmente gafanhotos), e em razão disso
desligaram-se das festas tradicionais do judaísmo,
inclusive a da Páscoa, dos tabernáculos e outras
mais, mormente quando nelas envolvia matança e
holocausto de animais (em especial o cordeiro).
Comparativamente, Jesus insurge-se contra a
matança de animais, ao expulsar os vendilhões do
templo que vendiam cordeiros, cabras, pombos e
outros animais para serem sacrificados "no altar
de Deus". Desnecessário dizer que os essênios
praticavam a liturgia da eucaristia — a celebração
do pão e do vinho — exatamente a liturgia que
Jesus passou aos seus discípulos como um dos
principais sacramentos.
Se as semelhanças dos usos e costumes e dos
ensinamentos dos essênios com os ensinamentos
de Jesus podem parecer poucas, vejamos algumas
práticas, usos e costumes, e ensinamentos dos
essênios: 1) Os essênios ensinavam o amor ao
próximo mais do que a si mesmo, que é
exatamente o foco central dos ensinamentos que
Jesus pregava; 2) Pregavam a busca da verdade
como a maior fonte do conhecimento e uma das
suas maiores diretrizes religiosas. Que é o
ensinamento de Jesus, muito pouco valorizado
pelas igrejas cristãs: "Conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará"; 3) Acreditavam na
ressurreição, reencarnação, na imortalidade da
alma e na vida eterna (Exatamente o que Jesus
ensinava, contrariando saduceus e fariseus); 4) O
conselho que dirigia a entidade essênia era
composto por doze membros, exatamente como
Jesus instituiu os doze apóstolos para criar a base
de sua pregação. 5) O nascimento do essênio
dava-se pelo batismo, que foi um dos principais
sacramentos que Jesus incorporou à sua pregação;
6) Eram humildes, humanitários e pregadores da
paz, que é o perfil mais exato de Jesus; 7) Mas o
mais surpreendente: os essênios possuíam como
seu mantra (reza) principal, um hino sobre as bem-
aventuranças, cuja idéia central é o "Sermão da
Montanha" de Jesus.
Vivendo em comunidades distantes, os essênios
sempre procuravam encontrar na solidão do
deserto (o lugar de reflexão escolhido por Jesus) o
lugar ideal para desenvolverem a sua
espiritualidade. Prezavam o silêncio como um
instrumento de disciplina e norma de conduta.
Sabiam guardá-lo como uma jóia preciosa ("O falar
é de prata, mas o silêncio é de ouro"). A voz era
usada como um instrumento e tinha um grande
poder, não podendo jamais ser desperdiçada.
Através da voz, dependendo do ritmo, da
freqüência e da intensidade podia ser estabelecido
um contato com Deus e até ser objeto de
transmissão de energia (boas e más) entre
pessoas. Por isso, evitavam falar alto, jamais
discutiam em público, jamais gritavam, e sempre
ouviam em silêncio a argumentação de seu
interlocutor, respeitando o direito de palavra de
cada um.
Diferentemente de outros religiosos que também
se abstiveram de bens materiais (como os monges
budistas), os essênios trabalhavam a terra
(plantavam, irrigavam, colhiam) e em seus
cuidados com a terra mantinham hortas e
pomares irrigados com a captação de água das
chuvas guardadas em cisternas. Estudavam,
escreviam e dedicavam-se às artes. Entretanto, o
que obtinham pelo fruto de seus trabalhos era o
necessário para a manutenção e sustento da
comunidade. Viviam pelo necessário para a vida.
Apenas o necessário.
Não era possível encontrar entre eles açougueiros
ou fabricantes de armas, mas sim grande
quantidade de mestres, pesquisadores,
instrutores, que .através do ensino passavam, de
forma sutil, os pensamentos da ordem religiosa
aos leigos.
Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela
alimentação, pelo físico e pela higiene pessoal.
Antes e após as refeições — realizadas em
completo silêncio — oravam e agradeciam a Deus
pelo alimento vindo da terra, o qual consideravam
como algo vivo e sagrado.
Faziam manipulações com ervas, eram profundos
conhecedores das propriedades curativas das
ervas e eram excelentes médicos, praticando uma
medicina estritamente natural. Faziam visitas
constantes a pessoas enfermas, por entenderem
como obrigação dos sãos o permanente cuidado
pelos doentes, assim como respeitavam — e quase
que idolatravam — os velhos, cuidando deles com
as próprias mãos, como filhos gratos. E estendiam
esse cuidado e atenção, dispensados aos velhos,
também aos antepassados, cultuando-os e
respeitando-os.
Contrastando com esta vida de absoluta
simplicidade, preocupavam-se com questões de
física, astronomia e ciências em geral, buscando,
inclusive, a harmonia das ciências com a
existência de Deus e a origem do universo.
Um assunto, entretanto, causava repulsa,
indignação e até mesmo intolerância aos essênios:
a escravidão. Consideravam a escravidão um
ultraje, uma violação à vida, à missão do homem
dada por Deus. Não só porque destruía a
igualdade entre os seres humanos, como atentava
ao mais elementar princípio da irmandade e
fraternidade que torna os seres humanos iguais e
irmãos.
Por mais estranho que possa parecer, um essênio
jamais jurava. Para eles a jura era um sacrilégio
tão grande quanto a mentira. Isto porque tinham
na palavra dita a sustentação da honra, e somente
o mentiroso, que não honra o que fala, é que
precisava jurar para tornar verdadeiro o que disse
ou que tenha soado como falso. Aliás, este pre-
ceito está muito bem definido nos relatos do
evangelho atribuído a Mateus (5:33-37) em que
Jesus prega que não se deve jurar em hipótese
alguma.
Conforme dito, os essênios eram humanitários,
pacifistas, e não toleravam a guerra sob hipótese
alguma. Mas, no entanto, falavam constantemente
de uma espécie de guerra: a dos filhos da luz
contra os filhos das trevas, uma luta constante que
se trava principalmente no interior de cada
criatura.
Para os essênios não existia nem a personificação
(imagem) do bem e nem a personificação
(imagem) do mal. Toda a essência do bem era
uma dádiva de Deus e toda a raiz do mal era fruto
do livre arbítrio do próprio homem. E ambos, o
bem e o mal residiam dentro de cada ser humano,
cumprindo a cada um domar o seu mal interior e
fazer florescer o bem.
A principal razão de viver dos essênios consistia
em aperfeiçoar-se como ser humano, buscando a
Deus como amor e perdão, e buscando
eternamente o bem dentro de si mesmo,
sufocando toda e qualquer forma do mal.
De costumes irrepreensíveis, moralidade
exemplar, de extrema boa fé, dedicavam-se aos
estudos espiritualistas, à contemplação e à
caridade, longe do materialismo avassalador que
imperava entre os saduceus e fariseus. Os
essênios suportavam com admirável estoicismo os
maiores sacrifícios para não violar o menor
preceito religioso. Procuravam servir à Deus,
auxiliando o próximo, sem imolações no altar e
sem cultuar imagens.
Embora os essênios fossem judeus,
diferentemente dos saduceus e dos fariseus, não
consideravam Israel como o centro de todas as
coisas, nem como o grande bem a ser preservado,
mas sim o mundo. O Deus dos essênios não era
tribal, personificado, e a promessa de uma "Nova
Jerusalém", por ser uma idéia, tribal, dos
saduceus, de visão estreita e limitada, era
inconcebível para os essênios. Entretanto, um
novo mundo, um novo porvir, como uma nova
visão de esperança, adequava-se perfeitamente à
filosofia essênia. Até porque os essênios
acreditavam que Deus é a causa de todo o bem e
de nenhum mal. O ser humano, sim, que tendo
recebido a bondade como herança divina e usando
o livre arbítrio concedido por Deus é quem cria as
possibilidades do mal.
Para ser um essênio, o pretendente a discípulo era
preparado desde a infância na vida comunitária de
suas aldeias isoladas. Em geral, os essênios
recebiam esses futuros adeptos ainda muito
jovens, em geral crianças, para serem educadas, e
tratavam-nos como se fossem realmente filhos.
Já adulto, o adepto, após cumprir várias etapas de
aprendizado, recebia uma missão definida que ele
deveria cumprir até o fim da vida.
Vestidos sempre com roupas brancas, muito alvas,
o que era muito raro para a época e para a região,
pois o traje comum era o tecido cru (bege);
ficaram conhecidos em sua época como aqueles
de branco que "são do caminho".
Os essênios eram como santos que habitavam
muitas aldeias e vilas ao sul da Palestina. Não se
uniam por clã lamiliar ou por raça, mas sim por
meio de associações voluntárias, formadas com o
intuito de melhor praticar a virtude e o amor entre
as criaturas humanas.
O celibato era um dos raros assuntos bastante
contraditórios, vez que mesmo não sendo
obrigatório o celibato, muitos não se casavam
porque acreditavam que matrimônio era
impedimento à vida simples do sacerdócio. Outros,
no entanto, afirmavam que os que não se casavam
recusavam a melhor parte da vida doada por
Deus, que é a propagação da espécie.
Havia uma forte preparação religiosa ao iniciado
na comunidade essênia. Liam muito, debatiam
muitas questões religiosas, e principalmente
recebiam muitos ensinamentos através de
parábolas, que acabavam fazendo parte de suas
bases religiosas.
Os mais velhos e mais preparados explicavam aos
mais novos a simbologia usada nos ensinamentos.
Entretanto, não necessariamente os graus mais
elevados eram ocupados pelos mais velhos, pois o
grau de cada um dependia mais de sua
capacidade prática em ensinar e passar as men-
sagens e ensinamentos do que da idade e do nível
de cultura geral de cada um. Isto porque o mais
importante era que as mensagens pudessem
chegar com clareza ao maior número de pessoas.
Os essênios formavam uma ordem religiosa
extremamente devotada, muito diferente da dos
saduceus materialistas, e completamente oposta à
dos hipócritas e vaidosos fariseus. Evitavam a
vaidade, o egoísmo, o individualismo e toda
menção de si próprios, tendo na vaidade um dos
piores males corruptores do caráter. (Razão pela
qual são irreais e inimagináveis as citações
imputadas a Jesus nos quatro evangelhos,
retratando-O como vaidoso, presunçoso e
arrogante)
Ainda hoje em dia, alguns conceitos e práticas
essênios são considerados como absolutamente
revolucionários. E para a época, então, eram
inimagináveis e incompreensíveis para a maioria
das pessoas. Como, por exemplo, o fato dos
essênios praticarem a imposição de mãos (como
Jesus), tendo como premissa que todo ser humano
emana energias, boas e ruins, e que toda
negatividade provém da desarmonia e do
desequilíbrio entre as energias boas e ruins de
cada um, como uma doença. Baseado nisso,
aprendiam a reconhecer as diferentes vibrações
da matéria, bem como manter todas estas
vibrações sob controle, para atingir a harmonia do
corpo e da mente.
O conceito de tempo e espaço era outro conceito
ex-I ternamente revolucionário para a época. O
pensamento dos essênios não estava voltado
apenas para sua vida atual. A vida era vista como
um eterno presente. O passado, o presente e o
futuro se tornavam uma unidade na grande
harmonia divina. Para os essênios tudo sempre
estava interrelacionado, ligado com tudo e com
todos. E como numa ciranda ou numa mandala, a
vida conduzia à morte. A morte conduzia à vida, e
o nascimento ou renascimento era sempre um
retorno à condição material e primitiva do ser hu-
mano.
Embora os hábitos e práticas dos essênios possam
ser provados e documentados (mais seriamente
do que em qualquer outra religião) é certo que
nenhum dos Manuscritos do Mar Morto comprova
nominalmente a vivência essênia de Jesus (pois os
essênios, sabendo das perseguições que sofriam,
não citavam nomes e até mudavam seus nomes
após o batismo), tanto quanto é certo que
historicamente há muita contestação quanto a
comprovação documentalmente séria da própria
existência real de Jesus. No entanto, os
documentos de Qunram, que registram e
comprovam a vida essênia, que são documentos
verdadeiros, sérios e incontestáveis, demonstram
que todos os atos (sérios) relatados a respeito de
Jesus em "versões" evangélicas indicam a
educação de Jesus como tendo sido, inega-
velmente, essênia.
O mais espantoso entre todos os ramos judeus, é
que, ao contrário dos demais ramos judaicos, os
essênios não aguardavam um só messias, e sim,
dois. Um messias era esperado para preparar a
vinda do segundo messias. Nasceria e seguiria a
tradição da linhagem sacerdotal dos grandes
mártires. Sua morte representaria o sofrimento e
humilhação por que teria que passar, em vida, por
destino previamente traçado por Deus.
Para muitos, a figura do pregador João Batista se
encaixa perfeitamente no perfil deste messias
preparador do messias salvador.
Um segundo e definitivo messias, salvador, que
viria para legislar e estabelecer a justiça restituiria
ao povo a sua soberania, restauraria a dignidade e
semearia a esperança, instaurando um novo
período de paz social e de prosperidade, que não
ficaria restrito às tribos de Israel, mas resta-
beleceria uma nova ordem para o mundo inteiro.
Jesus foi recebido por muitos como a encarnação
deste messias salvador.
Muito se tem dito a respeito de Jesus e de João
Batista, sobre a importância de cada um,
dependendo da linha religiosa que se adote, mas o
que surpreende é a indicação de forma alternada
de que ora Jesus é considerado como o messias,
ora João Batista é esse messias. Para a maioria dos
cristãos, Jesus é o messias. Já para alguns batistas,
João Batista é o messias.
Até os nossos dias, no sul do Irã, os mandeanos,
sustentam ser João Batista o verdadeiro messias
essênio. O rei da Prússia, escrevendo a Voltaire,
afirma: "Jesus foi o messias essênio". Gratz, em
sua obra, afirma: "João Batista, era o messias
essênio". Entretanto, para os essênios, nunca
houve esta dúvida se eles eram de fato o messias,
pois eles esperavam, de fato, a vinda de dois
messias, que mais tarde viria a se materializar nas
figuras de João Batista e de Jesus. (Os essênios só
não sabiam qual dos dois teria a missão prepa-
ratória que antecederia o derradeiro messias e
qual teria a missão de reformar a humanidade)
Harvey Spencer Lewis, assim como muitos
teólogos e estudiosos do assunto, afirma que Jesus
recebeu desde o início, na infância e na
adolescência, educação conforme os preceitos
essênios. Inclusive, foi previamente preparado
num mosteiro localizado no Monte Carmelo, na
Palestina para se tornar o Cristo, o Messias, o
Salvador. (A bem da verdade, João Batista também
recebeu, juntamente com Jesus, este tratamento
por parte dos essênios, uma vez que (Jes — os
essênios — tinham nos dois a imagem dos dois
messias que estavam por vir e por isso não sabiam
qual seria o messias preparador da vinda do
messias salvador e qual seria o derradeiro messias
salvador)
Posteriormente à essa iniciação e preparação
essênia, os jovens João Batista e Jesus levaram o
pânico à comunidade essênia ao abandonarem
temporariamente a vida essênia de preparação
para a vida messiânica e começam então a
estudar profundamente as antigas religiões
egípcias, algumas religiões orientais (Índia, Nepal
e China) e diversas seitas que influenciaram o
desenvolvimento da civilização mundial. Para isso
teriam feito diversas viagens pelo mundo antigo,
indo para a Índia e o Nepal, onde conviveram
durante alguns anos com os principais sábios
budistas. Ao deixarem a índia, viajaram para a
Pérsia (atual Irã), onde estiveram com os religiosos
eruditos do país, aprenderam também com os
sábios da Assíria e já nessa época atraíam
multidões à sua volta, por seus poderes de imposi-
ção de mãos e por suas palavras.
Em seguida, atravessaram a Babilónia, estiveram
na Grécia e por fim voltaram ao Egito, onde teriam
sido iniciados nos mistérios da Grande
Fraternidade Branca.
Terminada toda essa preparação, João Batista e
Jesus voltaram a Qunram e aos essênios, onde
reiniciaram suas vidas de pregação e seus
ministérios.
Foi somente no momento do batismo de Jesus, por
João Batista, que foi decidido quem batizaria
quem. Isto porque, até aquele momento, não
existia, por parte dos essênios, uma definição de
quem batizaria quem. Se Jesus batizaria João
Batista. Ou se João Batista batizaria Jesus.
Inclusive este momento é descrito figurativamente
nos evangelhos como tendo sido o momento em
que o Espírito Santo faz a escolha entre os dois e
desce sobre Ele, Jesus, em forma de uma pomba
branca, transformando-o no Cristo, no Messias, no
Salvador.
Segundo alguns estudiosos, foi com base na
cultura essênia de Jesus, aliada aos conhecimentos
adquiridos durante estas viagens aos diversos
países pelos quais passou, que Jesus adquiriu
maturidade e conhecimento que o levaram à vida
apostólica relatada pela Bíblia, infelizmente res-
trita somente à idade de 30 anos.
A igreja, de uma maneira geral, procura ocultar a
prática e os hábitos de Jesus como judeu (e
principalmente como essênio). Tanto que quando
a igreja admite ser Jesus um judeu, não O
enquadra como saduceu (que Jesus chamava de
hipócritas e víboras); como fariseu (que Jesus nem
podia se imaginar como um arrogante e
presunçoso fariseu); ou como um louco,
destemperado e revolucionário zelote (que Jesus
sequer podia ser enquadrado como tal, uma vez
que os zelotes tinham Jesus como um covarde
pacifista e um traidor, por ser um manso e
humilde). Em outras palavras, a igreja admite que
Jesus era judeu, mas nega que Jesus tenha sido
saduceu, fariseu ou zelote. E hipocritamente furta-
se em admitir ter sido Jesus um essênio.
Não obstante esta omissão hipócrita, a igreja lança
um silêncio sepulcral sobre a infância de Jesus,
sobre Suas viagens pelo oriente (seguindo a rota
da seda) e sobre Sua vida entre os 13 e 30 anos, e
principalmente oculta, de todas as maneiras, a
formação religiosa de Jesus como um mestre
religioso (rabi) essênio, apesar de tratá-lo na Bíblia
como "rabi" essênio (mesmo sem ser saduceu,
fariseu ou zelote).