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Filho, a maldade que foi feita com Jesus, pelos

escribas, após a sua "morte", assemelha-se com


toda a maldade que os saduceus e fariseus
fizeram com Ele em vida, levando-O à crucificação.
Se em certos momentos não for pior.
Veja, por exemplo, que existiam dois grandes
homens, pertencentes à Sociedade Secreta dos
Essênios, que (inclusive nasceram com diferença
de seis meses entre um e outro) vieram para
mudar o mundo, e que eram muito amigos e
quase irmãos: Jesus e João Batista. Inclusive, havia
uma grande dúvida, na época, até mesmo dentro
da Sociedade Secreta dos Essênios, se o messias
era Jesus ou se o messias era João Batista.
E, no entanto, o que fizeram os escribas saduceus
e fariseus para se vingar, ao mesmo tempo,
desses dois amigos, quase irmãos, para toda a
posteridade? Simplesmente jogam um contra o
outro e apresentam um Jesus pequeno, vaidoso,
mesquinho, preocupado com a rivalidade mes-
quinha e pequena com João Batista. Veja:
— (Marcos 7:22-23) — "(Jesus) Tomando a palavra
disse aos enviados: ‘lde contar a João o que vistes
e ouvistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os
leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos
ressuscitam, a boa nova é anunciada dos pobres,
e feliz de quem não tiver em Mim ocasião de
queda’".
É esse o messias-curandeiro cuja "grande obra"
são somente curas? É esse o messias esperado,
pintado pelos escribas como um curandeiro? É
esse o messias que em Sua enorme vaidade
disputa e rivaliza com João Batista a preferência
em ser o primeiro ou "o maior"? É uma maldade
terrível dos escribas atribuírem tamanha pequenez
e vaidade a Jesus.
Mas, as vinganças contra João Batista e contra
Jesus não param por aí. Vejamos (Marcos 11:12).
Jesus procura uma figueira para comer uns figos e
não acha os frutos. Irritado com a falta de frutos
na árvore Ele amaldiçoa a figueira. No dia seguinte
— (Marcos 11:20) — a figueira secou e morreu.
É esse o "Jesus superstar", irritadiço,
temperamental e vaidoso messias que o mundo
tanto esperou? Um sujeito que fica irritadinho
porque a árvore não tem frutos para alimentá-lo e
com isso amaldiçoa-a secando-lhe até a morte?
Que exemplo de vida é esse? Esse não é Jesus...
Essa é mais uma lasca de pedra a ser retirada do
bloco, pois esse não é Jesus.
(João 2:18:20) — Exibindo-se para os religiosos
que o questionavam por haver expulso os
vendilhões do templo, Jesus garante que se quiser
poderá destruir o templo dos judeus e que mesmo
sem ajuda poderá reerguer, sozinho, em apenas
três dias, o templo que levou 46 anos para ser
construído.
É esse fanfarrão e exibido o messias que
esperavam? Que destrói e constrói quando quiser?
É essa a imagem que esperam poder passar?
É esse o messias que sai por aí fanfarronando e
dizendo que é o tal, é o maior, e que se quiser
destrói e constrói quando quiser, como fez com a
pobre figueira...???
Esse não é o Jesus dos sonhos de ninguém!
Esse é um retrato mal acabado de um messias
pintado pelos escribas saduceus e fariseus, que
por não ser o messias que eles esperavam,
vingativamente, pelos escritos que deixaram,
agora querem enterrá-Lo, mesmo depois de "mor-
to" e "ressuscitado".
Mas, o mais lamentável nesta história toda de
textos irreais e inadmissíveis é que embora um
grupo de religiosos cristãos, ao invés de enxergar
fatos como estes como sendo erro dos escribas,
prefere inventar e criar interpretações
mirabolantes e fantasiosas, levando o sentido do
texto para longe, muito longe, do sentido do que
realmente está escrito.
Este segmento de igreja, por falta de coragem em
apontar os erros dos escribas saduceus e fariseus,
e incapaz de reconhecer seus próprios erros na
montagem da "salada de frutas" das folhas soltas
que viriam a compor os evangelhos, prefere
inventar interpretações fantasiosas e mirabolantes
através de exegetas (pessoas que fazem exegese
= interpretação de palavras ou textos) para
montar explicações sobre o inexplicável. Ou seja,
ao invés de reconhecerem o erro dos saduceus,
fariseus e da própria igreja, no que está escrito,
como está escrito, a igreja inventa e cria uma
história tão fantasiosa que às vezes até acaba
dizendo coisa muito pior do que o que está escrito,
quando não troca seis por meia dúzia e diz a
mesma coisa com uma interpretação diferente.
São os exegetas de bicicleta."
—"Exegeta de bicicleta? O que é isso, pai?"
—"O exegeta de bicicleta é aquele que interpreta
qualquer texto, não importando o que esteja
escrito, levando o sentido das palavras sempre
para o mesmo local ou conclusão, no interesse do
que ele quer como resultado.
Por exemplo, se alguém diz: "Deus mata as
pessoas". Qualquer pessoa interpreta que Deus
mata as pessoas. Pura e simplesmente. Mas se for
colocado na Bíblia a mesma expressão: "Deus
mata as pessoas", o exegeta de bicicleta dirá que
a frase é igual bicicleta, mas só que completamen-
te diferente. Ou seja, é isso que está escrito, mas
não é isso que se quer dizer. Que nem bicicleta, só
que completamente diferente.
Para o exegeta de bicicleta, tudo que ele não sabe
explicar fica sendo igual a bicicleta, só que
completamente diferente. Por exemplo: Um carro
é que nem bicicleta (tem roda, direção, se
movimenta, mas...), só que completamente
diferente. Ou seja, interpreta, explica, mas não
quer dizer absolutamente nada.
Pergunte ao exegeta de bicicleta sobre o que é o
amor. Ele dirá que o amor é que nem bicicleta (dá
prazer, mas...), só que completamente diferente.
Pergunte ao exegeta de bicicleta sobre o que é o
ódio. Ele dirá que o ódio é que nem bicicleta (às
vezes machuca, mas...), só que completamente
diferente.
Pois é, religiosos "exegetas de bicicleta" criaram
uma "versão" fantasiosa e mirabolante para este
caso da destruição do templo e reconstrução em
três dias, dizendo que o que Jesus quis dizer é que
Ele, Jesus, se quisesse, poderia destruir o templo
dos judeus (não fisicamente, mas pela comoção
pela sua morte), e que com a sua ressurreição,
após três dias, ele reconstruiria o templo (ou
construiria outro).
Pura exegese de bicicleta. É que nem bicicleta (a
gente desmonta e monta, mas...), só que
completamente diferente.
Primeiro: Em que, isso muda a história? Jesus
continua sendo apresentado como o mesmo
arrogante e prepotente, conforme descrito no
versículo, dizendo que é o tal, o poderoso, que
destrói e constrói quando quiser. (Isso não muda
nada a história).
Segundo: Jesus colocava as suas pregações de
duas maneiras bem distintas: 1) Quando Ele queria
que as pessoas pensassem sobre o que Ele estava
falando, ele falava por parábolas para que as
pessoas pensassem, raciocinassem, interpre-
tassem, e chegassem a uma conclusão. 2) Quando
Jesus não queria que distorcessem o que Ele
estava dizendo, Jesus falava diretamente, (para
evitar os exegetas de bicicleta) como é o caso das
bem-aventuranças; amai-vos uns aos outros;
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará;
buscai primeiramente o reino de Deus e sua
justiça e todas as coisas materiais vos serão
acrescentadas; sereis medidos com a medida que
empregardes para medir, etc. E, no caso da
citação do templo e dos três dias, mesmo que
fosse parábola, ainda assim, a explicação é tão
ruim quanto a citação do texto original.
É mais fácil, simples e honesto, reconhecer que os
versículos do caso são obra da "criatividade" dos
escribas saduceus e fariseus, e da "refundição"
dos textos pela igreja que não foi bem isso que
Jesus disse, do que tentar inventar uma história de
exegese de bicicleta para melhorar a infelicidade
que foi colocada como um texto evangélico de
Jesus.

Mas, continuemos com os exemplos... — (João


10:9) "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim
salvar-se-á."
Mesmo interpretando-se o texto como sendo um
indicativo de que Jesus é o caminho, a verdade e a
vida, aqui Jesus aparece como um messias auto-
proclamado. Ou seja, um messias vaidoso
proclamado por Ele mesmo (e não por terceiros)
como a salvação do mundo. "Eu sou. Eu posso. Eu
faço... Eu, eu, eu... irritante "Eu". Essa falta de
humildade não é de Jesus.

— (João 10:11) "Eu sou o bom pastor"


Aqui, novamente, Jesus aparece como um messias
auto-proclamado, tipo: "Eu... Eu... Eu... Eu sou o
bom. Eu sou o máximo. Eu sou o bom pastor. Eu,
eu, eu... irritante Eu". Essa falta de humildade não
é de Jesus.

— (João 10:18) "Ninguém me tira a vida. Sou eu


que a dou a Mim mesmo". Tenho o poder para dá-
la e tornar a tomá-la."
Eu, eu, eu... irritante "Eu". E Deus? Onde Deus fica
nisso? Deus é mero coadjuvante? Isso é um
absurdo total e completo. Como Jesus poderia ter
dito isso dessa forma arrogante, presunçoso,
pretensioso? Justo Ele que sabia de Sua sina e que
até havia prevenido os discípulos em relação ao
cálice amargo (sacrifício e morte) que Ele iria ter
que tomar, segundo os planos de Deus. É
inconcebível esta descrição feita pelos escribas, da
arrogância de Jesus, supondo-se Ele como o todo
poderoso. Jesus, jamais falaria isso. Inclusive, este
texto choca-se total e violentamente com a Sua
confissão aos discípulos de que Ele nada podia
fazer por Ele mesmo, conforme (João 5:30) "Eu
nada posso Jazer por mim mesmo".
Resta a você, filho, retirar do bloco de pedra tudo
que não é escultura, retirar dos textos evangélicos
tudo que não for de Jesus, pois como ele mesmo
ensinou: "Se a vossa virtude não superar a dos
escribas e fariseus, não entrareis no reino dos
céus." (Mateus 5:20). Ou seja, não seja refém dos
escribas. Não adianta nada ler o texto do
evangelho, se você não puder perceber com o
coração o que Jesus realmente disse e fez, e o que
os escribas escreveram distorcendo a Sua vida,
sua obra e suas palavras."
— "Mas pai, Jesus não poderia estar dizendo uma
coisa querendo dizer outra?"
— "De maneira alguma. Jesus sabia exatamente o
valor de cada palavra. Tanto que quando Ele dizia
uma frase ou um pensamento, Ele sabia
exatamente o sentido e o significado de cada
palavra e do que Ele estava dizendo. Jesus era
essênio, sabia a força e o poder das palavras e as
usava como um mantra, como uma reza, como
uma oração. As palavras eram para ser entendidas
exatamente como Ele as havia dito, sem
interpretações mirabolantes e fantasiosas. Pois
quando Ele queria que o que Ele estivesse dizendo
fosse fruto de reflexão, de meditação, de interpre-
tação Ele falava por parábolas. (E por isso ele
deixou um número enorme de parábolas para
serem interpretadas, meditadas, refletidas).
A frase: "Ninguém me tira a vida. Sou eu que a
dou a Mim mesmo" não tem nada de parábola, é
uma frase, somente uma frase, medíocre, ufanista,
arrogante, prepotente. E que jamais teria sido dita
por Jesus que sabia da Sua morte e da Sua
submissão a Deus. Quer dizer, uma frase como
esta jamais seria dita pelo Jesus que nós
conhecemos.
Bom, mas voltemos aos exemplos das
barbaridades bíblicas dos textos dos escribas
saduceus e fariseus:

— (João 15:5) "... porque sem mim nada podeis


fazer."
Aqui, Jesus é retratado como um arrogante e
fundamentalista. Sempre focado no próprio
umbigo do Eu, eu, eu... irritante "Eu".

— (João 8:12) "... já não vos chamo servos."


Quer dizer que já não chama mais os discípulos de
servos, mas antes chamava? Só interessava ter
discípulos se fossem servos? De maneira alguma
isso é verdade. Jesus era um humilde sábio
essênio, chamava os discípulos de discípulos e os
discípulos chamavam-no de rabi (mestre). Jamais
um humilde-humanitário como Jesus pregaria a es-
cravidão, a servidão.
— (João 15:6) "Se alguém não estiver em Mim,
será lançado jora como uma vara e secará; lança-
lo-ão ao jogo e arderá."
Aqui dá para perceber, claramente, o terrorismo e
fundamentalismo que nortearam a maior parte do
Antigo Testamento escrito pelos escribas saduceus
e fariseus. Aqui está, por inteiro, a caligrafia dos
saduceus e dos fariseus. Algo do tipo: "Eu faço e
aconteço, e quem não estiver comigo vai arder no
inferno". Terrorismo puro.

— (João 15:14) "Vós sereis Meus amigos se


fizerdes o que eu vos mando."
O mínimo que se pode dizer desta infeliz frase
medíocre dos escribas saduceus, atribuída a Jesus,
é que trata-se de uma chantagem. Pretendem
apresentar Jesus como um chantagista? Querem
os escribas que ele condicione a amizade à
obediência?

— (João 8:12) "Eu sou a luz do mundo"


Eu, eu, eu... irritante "Eu". Vejam a mediocridade
dos escribas saduceus. Aqui pretendem apresentar
Jesus como um presunçoso, arrogante. Mas, no
entanto, em outra passagem colocam a coisa da
maneira correta. Ou seja, ao dizer que: "Vós sois a
luz do mundo... vós sois o sal da terra..." (Esse
sim, é Jesus. Esse é o Jesus que humildemente
reconhece o valor do ser humano e que vê além
do próprio umbigo, não o que se acha o máximo, o
tal, o poderoso, e que se titula como a luz do
mundo e o sal da terra).
Portanto, é preciso ter discernimento, a mente
bastante livre e aberta, para separar a lasca de
pedra da estátua. Separar o texto que é de Jesus
do texto saduceu, fariseu ou "refundido" pela
igreja imperial do segundo e terceiro séculos.
Ao se ler o Novo Testamento tem-se que ter o
cuidado permanente, permanente, permanente,
de que TODOS os textos foram escritos em folhas
soltas, e por isso mesmo, muitas outras folhas
soltas foram acrescentadas por escribas saduceus
e fariseus, misturadas e incorporadas às dos
verdadeiros evangelistas e depois "refundidos"
pela igreja. Portanto, as autorias dos textos pelos
quatro evangelistas são presumidas e não
necessariamente verdadeiras, geradas pela co-
autoria, pela pasteurização e uniformização dos
textos pela igreja.

— (João 14:6) "Ninguém vai ao Pai senão por mim"


Arrogante, presunçoso e fundamentalista. Nada é
mais arrogante, presunçoso e fundamentalista do
que esta frase. Pois encerra como ensinamento
que na humanidade inteira, antes de Jesus,
ninguém ia a Deus e depois de Jesus somente
quem fosse cristão iria a Deus. (Esta frase é de
uma imbecilidade fundamentalista a toda prova)
Jesus, por ser um humilde pacifista humanitário,
um manso ao extremo, pertencente à Sociedade
Secreta dos Essênios (o que irritava
profundamente aos saduceus e aos fariseus), e
sendo Ele um profundo conhecedor das escrituras,
um rabi, um mestre, jamais seria portador de
tamanha arrogância e vaidade pintada pelos
escribas saduceus e fariseus.
Exatamente porque Jesus era essênio e conhecia
muito bem as escrituras e os ensinamentos
essênios, jamais se enredaria na arrogância e na
vaidade, pois um dos primeiros ensinamentos dos
essênios era a humildade. E o contrário da
humildade, é a vaidade, que está claramente con-
denada no ensinamento essênio, retratada
inclusive em Eclesiastes, ao qual Jesus jamais
desobedeceria.

(Eclesiates 1:2 "Vaidade das vaidades, dizia o


pregador, vaidade das vaidades, tudo é vaidade"
("Vanitas vanitatum, eclesiastes dixit, vanitas
vanitam, omnia vanitas")

Para melhor compreender a luta surda que existia


entre os diversos grupos de hebreus (saduceus,
fariseus, essênios, zelotes), simplificadamente
chamados de judeus, vejamos algumas das
principais características de cada grupo:

— Saduceus — Eram a elite religiosa, sacerdotal e


aristocrática de Jerusalém. Dominavam tudo. Eram
ricos, em geral sabiam ler e escrever (o que era
raro na época); tinham o poder, juntamente com
os romanos, que dominavam os povos daquela
região. Eram conservadores. Só admitiam o
Pentateuco (os cinco livros de Moisés), não
aceitavam nem mesmos os outros livros de
sabedoria, salmos e ensinamentos. Não aceitavam
a ressurreição. Não acreditavam em vida após a
morte. Não acreditavam na imortalidade da alma.
Só existia um Deus: o Deus tribal de Israel. Os
saduceus foram os responsáveis diretos pela
crucificação de Jesus.
— Fariseus — Fariseu quer dizer "o que está
separado". Eram parecidos com os saduceus,
também pertenciam a uma elite (mas não tão
importante ou com tanto poder quanto os
saduceus). Eram extremamente racistas e radi-
cais. Não aceitavam os Gentios (os não judeus).
Diferenciavam-se dos saduceus por acreditarem
na ressurreição (No caso a ressurreição final, só no
fim dos tempos).
— Essênios — Sociedade secreta a que Jesus e
João Batista pertenciam. Os essênios eram
parcialmente vegetarianos (Não comiam carne
"vermelha", mas comiam peixe e gafanhotos).
Viviam separados dos demais judeus. Eram doutos
e sábios. Tinham sólidos conhecimentos religiosos
e doutrinários. Eram essencialmente
espiritualistas, acreditavam na imortalidade da
alma, na ressurreição, na reencarnação e na vida
eterna. Pregavam o batismo como o renascimento
para uma nova vida ainda nesta vida terrena.
Adotavam a liturgia da ceia de pão e vinho como a
celebração de irmandade e união. A direção da
seita era composta por 12 "homens da santidade".
Eram adeptos da humildade como norma de vida.
Pregavam a não-violência. Praticavam a imposição
de mãos. Faziam curas gratuitas aos doentes
através da emanação de energia corporal. Eram
odiados por saduceus, fariseus e zelotes. Os
essênios adoravam mais a Jesus e a João Batista
do que a Moisés. E por isso eram odiados pelos
demais judeus, e por este motivo, principalmente
os essênios, foram dizimados pelos outros grupos
de judeus na diáspora de 70.
— Zelotes — Grupo radical, ultranacionalista.
Odiavam os romanos dominadores. Promoviam
protestos e constantes rebeliões, embora quase
nunca tivessem muito sucesso nestes atos de
insubordinação, pois os zelotes eram minoria, um
grupo, embora barulhento, era muito pequeno. Os
zelotes achavam que Jesus era um pacifista
traidor, que não tinha coragem de enfrentar Roma.
(Jesus bar Abas - Jesus filho de Abas — mais
conhecido como Barrabás, foi o zelote mais
conhecido, citado pelos textos bíblicos) — Gentios
— Os não-judeus.

Erros e contradições do Novo


Testamento
Não contentes em apresentar Jesus como um
curandeiro, vaidoso, arrogante e presunçoso, até
porque esta era a convicção do símbolo de poder
de um Deus dos saduceus da época, haja vista a
forma como atribuíam o "poder" de Deus no Antigo
Testamento, os escribas saduceus e fariseus,
misturando seus escritos aos dos evangelistas,
ainda cometeram um número enorme de erros e
contradições em seus relatos. Senão vejamos:
Confronto entre espírito e matéria
(Lucas 20:38) "Ora, Deus não é Deus dos mortos,
mas dos vivos, pois, para Ele, todos estão vivos."
(João 11:25) "Eu sou a ressurreição e a vida; quem
crê em mim, ainda que esteja morto, viverá."
Viverá... sim... mas... como espírito ou como
matéria?
Existe um conceito básico, universalmente aceito,
de que matéria é matéria (concreto) e que espírito
é espírito (imaterial), e a evolução deste raciocínio
é que nós, seres humanos, enquanto estivéssemos
vivendo a nossa vida material, aqui na Terra,
seríamos espíritos (imateriais), energia imaterial,
fundido (aprisionado) dentro de um corpo físico
(material) e usando o corpo temporariamente e
meramente como meio de locomoção e não como
um fim. Entretanto, como nem sempre este
conceito foi assim. Ou melhor, o conceito entre
matéria e espírito, dois mil anos atrás, era bem
diferente disso, os escribas do Novo Testamento
acabaram provocando uma confusão terrível sobre
o assunto, principalmente em duas situações. A
primeira na ressurreição de Lázaro e a segunda na
ressurreição de Jesus.
Na ressurreição de Lázaro, depois de quatro dias
morto, após o espírito já ter abandonado o corpo
físico, com a sepultura fétida de carne podre,
conforme relatado na própria Bíblia, Jesus faz
Lázaro voltar à vida e retomar o seu corpo podre.
(Afinal... A vida eterna não é espiritual? Então,
para que ressuscitar Lázaro e fazer sua carne
podre voltar à vida? Isso contradiz todo o conceito
entre carne e espírito. Contradiz, destrói e aniquila
com o conceito e a valorização da vida espiritual,
para supervalorizar o apego à vida material e
física).
Na ressurreição de Jesus, num primeiro momento,
nenhum dos discípulos reconhece Jesus (Nem
Maria Madalena, nem as outras mulheres, nem os
discípulos no caminho de Emaús, nem os
discípulos no outeiro santo). Sinal de que a
materialização do espírito de Jesus era bem
diferente do corpo físico original de Jesus, pois
nem as pessoas mais íntimas O reconheceram.
Mas o mais espantoso é que o "espírito" de Jesus
ressuscitado é material. Isso mesmo: espírito
material. Ou seja, Jesus sente sede, sente fome,
conversa com os discípulos e pede para que
toquem nele (espírito), na sua carne/espírito, e
para que tirem a dúvida Ele pede a Tomé que
toque nas chagas, nas mãos e nos pés, onde os
cravos haviam feito as perfurações na cruz. Um
absurdo total, somente imaginável no conceito dos
saduceus que não tinham o conceito de vida
eterna e não acreditavam em reencarnação. E por
isso, está mais do que claro que este texto é de
um judeu saduceu e não de um essênio. (A não ser
que Jesus não tenha morrido na cruz e a
"ressurreição" não seja verdadeiramente uma
ressurreição. Será?)
Aparição para Maria Madalena (João 20:4) "Dito
isto, (Maria Madalena) voltou-se para trás e viu
Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus."
Sinal de que a aparição estava diferente do corpo
original de Jesus
Aparição para dois discípulos no caminho de
Emaús, sem reconhecerem Jesus (Marcos 16:12)
"Depois disso, apareceu, com um aspecto
diferente, a dois deles (discípulos) que iam a
andar a caminho do campo (Emaús)."
Sinal de que a aparição estava diferente do corpo
original de Jesus.
Aparição, novamente, para os discípulos, sem
reconhecerem Jesus (Marcos 16:14) "Apareceu aos
próprios onze, quando estavam à mesa, e
censurou-lhes a incredulidade e a obstinação em
não acreditarem naqueles que O tinham visto
ressuscitado (Lucas 24:36-39) "Jesus apresentou-
se no meio deles e disse-lhes: ‘A paz esteja
convosco’... Vede minhas mãos e meus pés, sou
eu mesmo. Apalpai-me e olhai que o espírito não
tem carne nem ossos, mas verificais que Eu
tenho."
Sinal de que a aparição não só estava diferente do
corpo original de Jesus, como a aparição era física
a ponto de Jesus pedir para que o tocassem, que o
apalpassem.
Com fome após ter morrido e ressuscitado, Jesus
pede comida: (Lucas 24:41-42) "Ele perguntou-
lhes: ‘Tendes aí alguma coisa que se coma?’.
Então deram-Lhe uma posta de peixe assado; e
tomando-a, comeu diante deles."
Como assim? Fome física (material)? Um espírito,
imaterial, que acabara de ressuscitar estava com
fome? Morrer dá fome? Que tipo de mensagem
esperavam os escribas saduceus e os
"evangelistas", os pregadores e a igreja com esse
tipo de relato? (A não ser que Jesus não tenha
morrido na cruz e a "ressurreição" não seja
verdadeiramente uma ressurreição. Será?)
Não há como atribuir ao leitor uma outra
interpretação ou a falta de compreensão do texto.
Não há como imputar culpa do texto ao leitor por
falta de fé. Não há como solicitar profunda
ignorância do leitor para se poder fazer um texto
como esses ser digerível e compreensível. Decidi-
damente, a própria falta de conhecimento dos
escribas sobre o que era físico e imaterial, carne e
espírito e de como seria ou deveria ser o processo
de reencarnação, é que provocam erros grosseiros
e absurdos como estes. (A não ser que Jesus não
tivesse morrido na cruz. Ou melhor, não tivesse
morrido na crucificação, e antes de morrer na cruz,
houvesse sido salvo da morte e posteriormente, já
curado, apareceu como corpo material. Será?)
Esta questão, no mínimo confusa, sobre
reencarnação, material e imaterial, somente se
torna compreensível a partir do ponto em que
você assume que Jesus era um sábio essênio,
pertencente à Sociedade Secreta dos Essênios
(odiada pelos saduceus, fariseus e zelotes, e que
foi dizimada por eles na diáspora de 70), e que
tinha convicções muito próprias sobre
ressurreição, reencarnação, incorporação, e
materialização, como sendo quatro coisas distintas
e bem diferentes, e que o espírito e a
materialização de Jesus ocorreram de acordo com
a crença daquela sociedade. Ou seja, ressurreição
(ressurgir dos mortos, como Jesus, indicando a
existência de vida eterna); reencarnação (como
Lázaro que reencarnou no próprio corpo);
incorporação (no corpo alheio, como o possesso,
cujos "demônios" ou espíritos ruins incorporaram-
se nele e depois transferiram-se para os porcos, ou
como em (Marcos 6:14) quando Herodes diz que
Jesus estava incorporado por João Batista); e
materialização (que é transformar algo imaterial
em matéria, como o espírito — imaterial — de
Jesus que se materializa para Paulo/Saulo, no
caminho de Damasco, ou quando aparece aos
discípulos).
Mas, continuando sobre os erros e contradições do
Novo Testamento:
A terra perecerá? (Como no Novo Testamento)
(II Pedro 3:10) "Os céus passarão com um grande
estrondo... a Terra e todas as obras que nela há
serão consumidas."
(Hebreus 1:10-11). "Tu, Senhor, no princípio
fundaste a Terra e os céus, são obras das Tuas
mãos. Elas perecerão, mas Tu permanecerás."
Ou a terra vai durar para sempre? (Como no
Antigo Testamento)
(Salmos 104:5) "Fundastes a Terra sobre bases
sólidas, inabaláveis para sempre."
(Eclesiastes 1:4)...mas a Terra subsiste sempre."
Afinal, a Terra vai acabar ou vai durar para
sempre?

O reino dos céus está próximo?


(Mateus 4:17) "Arrependei-vos, porque está
próximo o reino dos céus."
Ou já chegou?
(Lucas 17:20-21) "O reino dos céus já chegou. Ele
está dentro de vós."
Afinal, o reino dos céus chegou ou não chegou?
O testemunho de Jesus é verdadeiro?
(João 8:14) "Ainda que Eu dê testemunho de Mim
mesmo, é verídico o Meu testemunho, porque sei
de onde vim e para onde vou."
Ou Jesus era contraditório e o Seu
testemunho é falso?
(João 5:31) "Se Eu dou testemunho a respeito de
Mim mesmo, o Meu testemunho não é
verdadeiro."
Afinal, o testemunho de Jesus é falso ou
verdadeiro?

Jesus pregava a paz e o amor?


(João 13:34 e 15:12) "Amai-vos uns aos outros
como eu vos amei."
(Mateus 5:44) Eu, porém, vos digo: "Amai a vossos
inimigos e orai pelos que vos perseguem."

Ou pregava a desunião e a guerra?


(Mateus 10:34-36) "Não penseis que vim trazer
paz à Terra. Não vim trazer a paz, mas a espada.
Porque eu vim separar, o filho do seu pai, e a filha
da sua mãe, e a nora da sua sogra. (36) de tal
modo que os inimigos de um homem serão seus
próprios familiares."
(Lucas 22:36) "...e quem não tem espada, venda
sua capa e compre uma."
Afinal, Jesus pregava a paz ou a guerra?
À bem da verdade, isso já foi abordado antes. É
claro que Jesus era essênio, humanitário, pacifista,
pregador da não violência. Atribuir a Jesus a
pregação da guerra é mais uma das tantas
violências cometidas contra Ele pelos escribas
saduceus e deve ser retirada do contexto assim
como o escultor retira da pedra bruta o que não é
escultura.

Quem foi o pai de José, e avô de Jesus: Jacó


ou Heli?
(Mateus 1:16) "E Jacó gerou a José, marido de
Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo."
(Lucas 3:23) "Ao iniciar o Seu ministério Jesus
tinha cerca de trinta anos, sendo filho, como se
supunha, de José, filho de Heli"
Afinal, quem era o avô de Jesus? Jacó ou Heli?
Aqui está uma daquelas situações que havíamos
comentado antes. Quando a igreja revisou e
"refundiu" os textos dos quatro evangelhos,
tentando harmonizar ao máximo os escritos entre
si, em diversas situações deparou-se com a dúvida
atroz: "Diante de relatos conflitantes e
contradissentes dos evangelistas, a quem dar
maior credibilidade?" "Qual texto deve ser
considerado o correto?"
Ante a este impasse, a igreja preferiu deixar os
dois textos, contraditoriamente, exatamente como
estavam, pois se escolhesse uma das versões
poderia estar fazendo a escolha errada, e com isso
destruindo uma possível versão correta. Razão
pela qual diversas contradições bíblicas como esta
passaram a fazer parte da Bíblia, sem qualquer
constrangimento ou justificativa maior.
E assim, na mesma situação de dúvida histórica e
genealógica da igreja, ficamos sem saber: Afinal,
quem era o avô de Jesus? Jacó ou Heli?
Deus confiou o julgamento a Jesus?
(João 5:22) "O Pai não julga ninguém, mas
entregou ao Filho o poder de tudo julgar"
(João 5:27) "... e deu-lhe o poder de julgar por ser
Filho do homem"
(João 5:30) "Eu nada posso jazer por mim mesmo;
conforme ouço é que julgo, e o Meu juízo é justo,
porque não busco a Minha vontade, mas a
vontade Daquele que a Mim enviou".
(João 8:26) "Tenho a vosso respeito, muito o que
dizer e que julgar"
(II Corintos 5:10) "Porque todos havemos de
comparecer perante o tribunal de Cristo, para que
cada um receba o que mereceu, conforme o bem
ou o mal que tiver jeito, enquanto estava no
corpo."
Jesus, porém, disse que não julga ninguém.
(João 8:15) "Vós julgais segundo a carne, Eu não
julgo ninguém"
(João 12:47) "... não sou Eu que condeno, porque
não vim para condenar o mundo, mas para o
salvar."
Os santos é que irão julgar o mundo?
(I Corintos 6:2) "Por ventura não sabeis que os
santos hão de julgar o mundo?"
Aqui repete-se a mesma situação de dubiedade de
narração dos evangelistas, sendo que no caso, o
próprio João Evangelista, o vaidoso e pernóstico
João, que se definia como: "o discípulo a quem
Jesus amava" — é quem mais se contradiz.
Para os cristãos, a última ceia foi na quinta-
feira, a prisão de Jesus foi na madrugada de
quinta para sexta-feira, a morte de Jesus foi
na sexta feira, e a ressurreição foi no
domingo (páscoa cristã).
Há que se considerar inicialmente duas coisas bem
distintas: A páscoa judaica, não é um único dia,
mas uma semana, e se inicia com a festa dos
ázimos (comida de pães não fermentados), por
isso mesmo, pode começar em qualquer dia da
semana, dependendo da fase da lua e termina
uma semana após em qualquer dia da semana; e a
páscoa dos cristãos, que é celebrada sempre,
sempre, sempre aos domingos. Ou seja, os sete
dias de semana da páscoa judaica (que começa e
termina em qualquer dia da semana) não têm
necessariamente correlação com o domingo da
páscoa cristã.
A páscoa judaica inicia-se com os ázimos (pães
não fermentados) para celebrar a fuga dos judeus
escravos do Egito, onde os judeus fugiram com
sacos de farinha nas costas, e que em razão do
suor do corpo molhando e secando a farinha nas
costas, fabricavam, espontaneamente, pães não
fermentados (ázimos) que serviam de alimento
para os judeus em fuga. E este ato —
extremamente simbólico para os judeus — passou
a ser o início da celebração pascal, preconizada
por um grande jejum semanal, cujo início era a
festa dos ázimos e terminava com a fartura da
morte do cordeiro pascal (churrasco de cordeiro).
Onde se pode constatar que as páscoas judaicas e
cristãs são completamente diferentes, sendo a
judaica regida pelas fases da lua enquanto que a
cristã é regida pelo calendário solar.

A santa (última) ceia foi na quinta-feira?


(João 13:1-2) "Antes da festa da páscoa, sabendo
Jesus que chegara Sua hora de passar deste
mundo para o Pai... E no decorrer da ceia..."
Ou seja, a última ceia podia ser qualquer dia da
semana antes da festa da páscoa judaica. Supor
que a última ceia tenha ocorrido na quinta-feira é
absolutamente falta de qualquer fundamento
histórico, concreto.

Ou a santa (última) ceia foi na terça-feira?


(Mateus 26:17) "No primeiro dia dos ázimos, os
discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe:
‘Onde queres que façamos os preparativos para
comer a páscoa?’."
João diz que a ceia foi antes da páscoa e Mateus
diz que a ceia foi no primeiro dia da páscoa (no
primeiro dia dos ázimos, quando não se comia
fermento, para celebrar a páscoa judaica, que era
a celebração da libertação do povo Judeu do
Egito). Mas, independentemente de ter sido antes
da páscoa (como quer João) ou no seu primeiro dia
(como quer Mateus) não se sabe qual foi o dia da
semana em que isto ocorreu, porque a páscoa
judaica poderia iniciar-se em qualquer dia da
semana.
Flávio Josefo, o maior historiador judaico
conhecido, afirma que a morte de Cristo ocorreu
no 14° dia de Nissan (o dia de preparação da
Páscoa dos Judeus), que naquele ano havia caído
numa sexta-feira (nossa sexta-feira santa).
Diversos outros registros religiosos também
indicam que a morte de Jesus ocorreu numa sexta-
feira.
Entretanto, não se pode concluir de imediato que
se Jesus morreu numa sexta-feira (véspera do
sagrado sábado judaico), sua prisão foi feita no
mesmo dia (nossa madrugada de quinta para
sexta-feira) e que a última (santa) ceia foi feita no
dia anterior (quinta-feira). Isto porque, após Jesus
ter sido preso, Ele foi levado até Anás no Sinédrio
(Anás era membro dirigente do Sinédrio), e ali
Jesus foi interrogado. Posteriormente saiu dali e foi
enviado a Caifás (sumo sacerdote) no templo, e
Jesus foi novamente interrogado. Depois foi
enviado ao palácio de Pôncio Pilatos, e foi
novamente interrogado. Reconhecendo Pilatos que
Jesus era galileu, foi encaminhado ao palácio de
Herodes, e foi mais uma vez interrogado (Aqui
uma observação: No primeiro interrogatório de
Pilatos, Jesus declarou-se galileu de nascimento —
Galiléia, no norte — e como Pilatos tinha poderes
somente na Judéia — no sul — não poderia
interferir na jurisdição de Herodes (no norte). Daí o
motivo de Jesus ter sido enviado a Herodes).
Absolvido por Herodes, Jesus retorna a Pilatos,
agora com a autorização para julgar sobre crimes
locais, pois nenhum crime contra Roma havia sido
encontrado por Herodes. Pilatos, interroga
novamente Jesus e Ele é levado para terrível
castigo físico de chicoteamento na masmorra do
palácio, para ver se esse castigo aplacaria a ira
dos saduceus contra Jesus. No dia seguinte, os
saduceus inconformados com a simples prisão e
chicoteamento de Jesus, exigem de Pilatos um jul-
gamento público para a crucificação de Jesus.
Finalmente, Jesus volta da masmorra (chicoteado e
sangrando) para um julgamento público de Pilatos,
exigido pelos saduceus, onde Jesus é confrontado
com Barrabás (Jesus bar Abas). Depois segue-se o
coroamento de espinhos, a "via crucis" até o
Gólgota, e a crucificação na terceira hora (nove
horas da manhã) (Marcos 15:25) "Era a hora
terceira quando o crucificaram. "
Logicamente, é física e humanamente impossível
acontecer tudo isso num espaço de tempo tão
curto entre o nascer do sol até as nove horas da
manhã. Isso é física e praticamente impossível.
(Prisão, Anás, Caifás, Pilatos, Herodes, Pilatos e
chicoteamento, Pilatos novamente no dia seguinte
em julgamento público, coroação de espinhos, via
crucis, e crucificação às nove da manhã)
Assim, a data da morte de Jesus (sexta-feira) não
tem relação automática com o dia da Sua prisão.
Que, por sua vez, não tem relação automática com
a data da última (santa) ceia.
Os escritos tidos como "apócrifos" e os
manuscritos do Mar Morto (Qunram) desmentem
estas datas bíblicas confusas dos evangélicos. A
própria Bíblia católica reconhece o crasso erro
entre João e os outros três evangelistas,
mostrando ser impossível determinar estas datas,
senão vejamos:
"Bíblia Sagrada — Nova Edição Papal — Traduzida
dos "originais" pelos missionários capuchinhos de
Lisboa — Pág. 1004 — Nota sobre Mateus 26:17 —
"É difícil harmonizar o texto de João 19:31, para
quem o primeiro dia dos ázimos cairia numa
sexta-feira santa à tarde, com esta data dos
sinóticos. Descobertas recentes dão ensejo à
possibilidade de haver discrepância a cerca dos
calendários. Qunram e outros seguiriam o
calendário solar, indicando a celebração da páscoa
na terça-feira, ao passo que, oficialmente, no
templo, a páscoa teria sido celebrada na sexta-
feira."
Aqui um caso raro. Pela primeira vez a Igreja
Católica Apostólica Romana cita nominalmente e
admite (num comentário — bula — da própria
Bíblia) o que não mais pode ser escondido: a
importância dos Manuscritos do Mar Morto e dos
evangelhos raivosamente alcunhados de apócrifos
("Qunram e outros seguiriam o calendário solar"),
posto que os manuscritos de Qunram são os
únicos documentos historicamente autênticos,
verdadeiros e irrepreensíveis sobre os
acontecimentos envolvendo a vida de Jesus. E os
documentos de Qunram desmentem
categoricamente muitas fantasias, erros e
contradições dos quatro evangelhos "refundidos"
pela igreja.
Em outras palavras, a data da última (santa) ceia,
assim como a data da Sua prisão, pode ter
acontecido em qualquer dia da semana —
presumivelmente segunda e terça-feira.
De comum acordo, em toda esta história, somente
o fato da morte ter sido na sexta-feira, véspera do
sábado sagrado dos judeus. E a "ressurreição" ter
ocorrido no domingo, que acabou se
transformando na data da páscoa cristã. Mas daí a
dizer que de sexta-feira a domingo passaram-se
três dias para fazer coincidir com as profecias do
Antigo Testamento, "ao terceiro dia ressurgiu dos
mortos", a distância é grande, pois de sexta para
sábado é um dia, e de sábado para domingo é um
segundo dia e não terceiro.
O terceiro dia cairia na segunda-feira. Em número
de horas é pior ainda. Pois se Jesus morreu na
tarde de sexta-feira e ressuscitou na manhã de
domingo, não havia se passado sequer 48 horas.
Essa história de ressurgir dos mortos depois de
três dias, é para fazer coincidir a "profecia
retroativa" de Mateus (escrita mais de 70 anos
depois da data do nascimento de Jesus) com a
profecia bíblica de Jonas (da baleia) e o relatado
pelo próprio Mateus como tendo acontecido
semelhantemente com Jesus:
(Mateus 12:40) "Assim como Jonas esteve no
ventre da baleia por três dias e três noites, assim
o Filho do Homem estará no seio da Terra três dias
e três noites."
Especializando-se em "profecias retroativas",
Mateus cria, inventa "profecias" sobre fatos que
ele mesmo irá relatar como se tivessem
acontecidos como profecia. Isto porque, Mateus
estava escrevendo o evangelho mais de 70 anos
depois da data do nascimento de Jesus, e mais de
40 anos depois da "morte" de Jesus. E com isso, já
que Mateus não podia reescrever o Antigo
Testamento, Mateus "previu" (posteriormente ao
ocorrido) que Jesus ressuscitaria dos mortos ao
terceiro dia, conforme a previsão que ele mesmo
inventou em 20:19: "Entregá-lo-ão aos pagãos,
para o encarnecerem, açoitarem e crucificarem.
Mas ele ressuscitará ao terceiro dia."
Conforme dito anteriormente, da morte de Jesus,
na sexta-feira à tarde até a Sua "ressurreição" no
domingo de manhã, não são três dias e três noites.
Sequer chegam a 48 horas. E quanto a Jonas ter
sido engolido por uma baleia (na realidade "grande
peixe"), a impossibilidade resulta do lato da baleia
ser um animal que não se alimenta de carne
humana, e que biologicamente, em razão do
tamanho do esôfago de uma baleia, alimenta-se
basicamente de pequenos peixes, crios (uma
espécie de camarões) e plancton. Seria um caso
único, na humanidade, de uma impossibilidade
biológica, tão irreal quanto ressurgir intacto do
estômago da baleia após três dias e três noites,
sendo bombardeado por poderosos sucos
estomacais que destroem ossos, espinhas e
couraças de crustáceos. Mas, como na Bíblia,
morcego é ave e insetos têm quatro patas... pode
ser que o caso de Jonas com a baleia seja mais um
caso bíblico zoológicamente raro e impossível.

Jesus foi crucificado na hora terceira, sexta


ou nona?
(Marcos 15:25) "Era a hora terceira quando o
crucificaram."
(João 19:14) "Era a parasceve pascal (dia da
preparação da páscoa judaica), e quase na sexta
hora. Pilatos disse aos judeus: "Eis aqui vosso rei".
Marcos garante que Jesus foi crucificado na hora
terceira, ou seja, nove horas da manhã. Mas
segundo João, foi bem depois da hora sexta (meio-
dia). Ou seja, algum tempo após Pilatos ter
apresentado Jesus aos judeus/saduceus e fariseus,
condenado, na hora sexta (meio dia).
Já para Mateus, a crucificação foi próximo da hora
nona (três horas da tarde).
Decididamente, não há como harmonizar estes
horários. E, como a igreja, ao "refundir"
(reescrever) os textos das folhas soltas que viriam
a ser os evangelhos, recusou-se a eleger um
horário como o definitivo, fica a critério de cada
um admitir o horário que melhor aprouver.
Para melhor compreensão da contagem do tempo
naquela época, o dia não se iniciava à meia-noite,
iniciava-se ao anoitecer, às seis horas da tarde e
terminava às seis horas da tarde do dia seguinte,
quando só a partir daí eram iniciadas as horas. Ou
seja, o dia iniciava-se pelo anoitecer e terminava
com o fim da luz do dia seguinte e neste período
as horas não eram contadas. As horas só eram
contadas com a luz do dia.
A nossa zero hora coincide com a meia noite, e daí
segue-se pela madrugada: 1 da manhã, 2 da
manhã, 3 da manhã etc. A zero hora judaica
iniciava-se às seis horas da manhã e a primeira
hora era às 7h, a segunda hora era às 8h, a
terceira hora era às 9h, a quarta hora era às 10h, a
quinta hora era às 11h, a sexta hora era às 12h, a
sétima hora era às 13h, a oitava hora era às 14h, a
nona hora era às 15h, a décima hora era às 16h, a
décima primeira ou undécima hora era às 17h, a
décima segunda hora era às 18h.
Quantas mulheres foram ao sepulcro?
Uma mulher foi ao sepulcro?
(João 20:1) "Na madrugada do primeiro dia da
semana, sendo ainda escuro, Maria Madalena foi
as sepulcro, e viu que a pedra fora revolvida da
entrada. Correu ela e foi ter com Simão Pedro e
com o outro discípulo, a quem Jesus amava..."
Duas mulheres foram ao sepulcro?
(Mateus 28:1) "Passado o sábado, ao alvorecer do
primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra
Maria foram visitar o sepulcro."
Três mulheres foram ao sepulcro?
(Marcos 16:1-2) "Passado o sábado, Maria
Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé
compraram aromas para irem embalsamar o corpo
de Jesus. Muito cedo, no primeiro dia da semana,
logo depois do nascer do sol, foram ao sepulcro."
Várias mulheres foram ao sepulcro?
(Lucas 23:54-55; 24:1; 24:10) "Era o dia da
preparação e ia começar o sábado. As mulheres
que tinham vindo com Ele da Galiléia, seguiram a
José e viram o sepulcro, e como o corpo fora ali
depositado (...) No primeiro dia da semana bem
cedo, elas foram ao sepulcro, levando os perfumes
que tinham preparado (...) Voltando do sepulcro,
foram contar tudo aos onze e a todos os restantes.
Eram elas Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de
Tiago e as outras que com elas estavam..."

Quais foram as últimas palavras de Jesus?


Mateus (27:46) "E por volta da hora nona
exclamou Jesus em alta voz: "Elli, Elli, lema
sabacthani?." (Deus, Deus, por que me
abandonaste?) e que alguns até pensaram que Ele
estava chamando por Elias.
Marcos (15:34) "Eloí, lama sabachthni" (Deus, por
que me abandonaste?)
Lucas (23:46) "... Jesus clamou com grande voz-
‘Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito’.
Havendo dito isto, expirou".
João (19:30) Quando Jesus recebeu o vinagre
oferecido por um soldado, embebido em uma
esponja, disse: ‘Tudo está consumado!’ E
inclinando a cabeça, entregou o seu espírito.

Jesus profetizou que Pedro o negaria antes


do galo cantar uma vez.
(Mateus 26:34) "Jesus retorquiu-lhe: "Em verdade
te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo
cante, três vezes me negarás.
Ou duas vezes?
(Marcos 14:30) "Jesus disse-lhe: "Em verdade te
digo que hoje, esta noite, antes que o galo cante
duas vezes, três vezes me negarás"."

Pedro negou conhecer Jesus...


... três vezes, antes do galo cantar uma vez...
(Mateus 26:74-75) Então começou ele a praguejar
e a jurar, dizendo: "Não conheço esse homem." E
imediatamente o galo cantou. Então Pedro se
lembrou das palavras que Jesus lhe dissera: "Antes
que o galo cante, três vezes me negarás."
(Lucas 22:60) "...e Pedro lembrou-se da palavra
que o Senhor lhe havia dito: Hoje, antes que o galo
cante, três vezes me negarás."
... três vezes, antes do galo cantar duas
vezes...
(Marcos 14:70-72) "Mas ele negou a segunda vez,
(e pela terceira vez Pedro nega a Jesus) "Não
conheço esse homem que dizeis". E,
imediatamente o galo cantou pela segunda vez.
Pedro lembrou-se então do que Jesus havia dito:
"Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me
negarás." E desatou a chorar"
... duas vezes, antes do galo cantar uma
vez...
(João 18:27) "Pedro negou novamente (a Jesus), e
naquele momento um galo começou a cantar."
... ou três vezes, sem que o galo cantasse
uma única vez?
(João 13:38) Disse-lhe Jesus: "Tu darás a tua vida
por mim? Em verdade, em verdade te digo: Não
cantará o galo antes que tu Me negues três
vezes."

Será que dá para perceber algum tipo de


contradição, nisso?

Judas beijou Jesus durante a traição?


(Lucas 22:48) — "Judas é com um beijo que
entregas o Filho do Homem?" (Porém, segundo
Mateus, Jesus teria dito: "Amigo, a que vieste?" ou
também "Amigo, foi para isso que vieste?")
Ou não?
Em João 18:1-11, numa longa narrativa, Jesus
sequer fala com Judas, e aparece como um
valentão apresentando-se aos guardas. "A quem
buscais?", "A Jesus, O Nazareno?", "Sou eu". "Já
vos disse que sou eu". "Se é a Mim que buscais,
deixai partir os demais (discípulos)".

— O anjo que anunciou a virgindade de Maria


apareceu para José?
(Mateus 1:19-21) — "José, seu marido, que era um
homem justo e não queria difamá-la, resolveu
deixá-la secretamente. Andando ele a pensar
nisto, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em
sonhos e lhe disse: ‘José, da casa de David, não
temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela
foi fecundado é obra do Espírito Santo. Ela dará a
luz a um filho e por-lhe-ás o nome de Jesus’."
Ou para Maria?
(Lucas 1:28-31) — "Ao entrar na casa dela, o anjo
disse-lhe:’Salve Maria, cheia de graça, o Senhor
está contigo... Hás de conceber em teu seio e dar
à luz a um filho, ao qual porás o nome de Jesus’."

Os três reis magos eram três? Eram reis?


Eram magos?
(Mateus 2:1-3) — "Tendo Jesus nascido em Belém,
na Judéia, no tempo do rei Herodes, chegaram a
Jerusalém uns magos vindos do oriente. ‘Onde
está o rei dos judeus que acaba de nascer? —
perguntavam. Vimos sua estrela no oriente e
viemos adorá-lo’."
Um pequeno trecho e um amontoado de erros.
Primeiro, Jesus, de Nazaré, não nasceu em Belém,
conforme iremos verificar em outra oportunidade.
Segundo, a Bíblia não fala em reis e não existe o
registro de três reis vindos do oriente. Aliás, a
Bíblia não fala em reis e sim em magos e não em
três, mas sim em "uns" magos. Muito menos diz
que estes "reis" se chamam Gaspar, Baltazar e
Belquior (ou Melchior). Estes registros da visita dos
"três reis magos" estão em trechos aleatórios nos
evangelhos proibidos pela igreja e que a própria
igreja rejeita.
Terceiro, não existe qualquer registro histórico que
dê veracidade a que algum dia tenha existido no
oriente, em qualquer país, três reis com os nomes
de Gaspar, Baltazar e Belquior (ou Melchior).
Em quarto, registre-se que a expressão "magos"
está traduzida errada, pois na realidade a
expressão original refere-se a "magi" como
sacerdotes mitrais (usando mitra, chapéus
pontudos), confundido assim estas figuras de sa-
cerdotes mitrais com mágicos ou magos.
E finalmente, em quinto, a coisa mais patética:
Estavam seguindo uma estrela? Como alguém
segue uma estrela? Como alguém acha o fim de
um arco íris? Uma estrela somente é seguida para
orientar uma direção, e não um lugar, como no
caso das navegações, em que ao seguir-se numa
direção baseado num ponto fixo de uma estrela
segue-se sempre para o norte, ou para o sul, ou
para o leste ou para oeste. É como orientar-se pelo
sol. Mas seguir uma estrela, igual a uma placa
luminosa, indicando: "É aqui, chegaram", é abusar
demais da paciência, da credulidade e da
ignorância de quem lê.
Existe ainda um outro erro geográfico terrível.
Segundo Mateus, os tais "reis" foram visitar
Herodes, o Grande, em Belém/Jerusalém (na
Judeia, no sul), quando Herodes, O grande,
naquela época estava situado na Galileia, no
norte. Um erro de cerca de 150km de distância.

"Será chamado Nazareno?"


(Mateus 2:23) — "... assim se cumpriu o que foi
anunciado pelos profetas: ‘Ele será chamado
Nazareno’."
Aqui, num pequenino trecho, não só um
amontoado de erros, como muita mentira e má fé
de Mateus (ou do escriba que fez o texto e atribuiu
a ele a autoria do versículo). Mateus especializou-
se em inventar "profecias retroativas" que
aconteciam muitos anos (pelo menos 40 anos)
depois dos fatos terem sido relatados como
acontecido. Como também Mateus inventava
muitas profecias do Antigo Testamento, sem que
as citadas profecias realmente estivessem no
Antigo Testamento. Isto porque, não existe um
único registro no Antigo Testamento a respeito de
Nazaré ou Nazareno. Trata-se de invencionice de
Mateus (ou do escriba que escreveu por ele),
escrevendo sobre a vida de Jesus mais de 70 anos
após o seu nascimento e após a destruição de
Jerusalém no ano 70, e tentando fazer coincidir, no
ano 70, "profecias retroativas", como se elas
tivessem realmente se realizado. Aliás, Nazaré
sequer existia como cidade quando Jesus nasceu.
Existia, sim, o lago de Genesaré (Mar de
Tiberíades), mas não a cidade de Nazaré, que
somente veio a existir alguns anos (cerca de
quinze anos) após Jesus ter nascido.
Vejamos a má fé de Mateus (ou do escriba que
escreveu por ele). Ele afirma, após o ano 70,
época da destruição de Jerusalém e da diáspora e
extermínio dos essênios, portanto 70 anos depois
de Jesus já ter nascido, que 70 anos antes iria se
realizar uma "profecia retroativa" e que Jesus iria
ser chamado de Nazareno.
Uma profecia ao contrário, relatada depois do fato
ter acontecido, passados mais de 70 anos. Porém,
o mais gritante é que além de Nazaré sequer
existir quando Jesus nasceu, sendo impossível,
dessa forma, tal registro, Mateus ainda confunde
Nazireu com Nazareno, que são coisas
completamente diferentes.
Para efeito de argumentação, vamos conceder o
benefício da dúvida e admitir que Mateus
estivesse com falhas mentais (pois ele era
contemporâneo de Jesus e que quando
teoricamente escreveu o seu evangelho,
logicamente já tinha mais de 80 anos) e com isso
não se lembrou ou "confundiu" que Nazaré (a
cidade) não existia quando Jesus nasceu, mas tão
somente o lago de Genesaré.
Entretanto, como Mateus pode ter "confundido",
novamente, Nazareno (nascido em Nazaré) com
Nazireu (de Nazir), que é um judeu que tomou os
votos de sacrifícios especiais, de não beber vinho,
não comer uvas e não cortar os cabelos, que não
era o caso de Jesus, pois Jesus era essênio, e como
tal era adepto da eucaristia, do ritual do pão e do
vinho, e comia uvas. Não podendo, por isso mes-
mo, ser um Nazireu.
A profecia do Antigo Testamento a respeito do
Nazireu, refere-se a Sansão e não a Jesus. Dessa
forma, Mateus ao "confundir" a profecia do Antigo
Testamento sobre Sansão, que era Nazireu, que
não bebia vinho, não comia uvas e não cortava os
cabelos, com Jesus, chamando-o de Nazareno, não
é o que se pode dizer como um caso do acaso,
quando a má fé e má intenção estão bastante
claras. Mas o pior de tudo é dizer que cumpriu-se a
profecia do Antigo Testamento afirmando que o
messias se chamaria Jesus, quando os nomes de
"Jesus", assim como Nazaré, sequer são citados no
Antigo Testamento. Muito pelo contrário, o
messias, segundo o Antigo Testamento, não viria
de Nazaré e sim de Belém e deveria chamar-se
Emannuel, conforme:
Isaias (7:14) "Por isso mesmo, o Senhor, por Sua
conta e risco, vos dará um sinal: Olhai: A jovem
(palavra correta) mulher está grávida e dará a luz
a um filho, por-lhe-á o nome de Emmanuel".
Portanto, a mãe de Jesus, Maria, era uma jovem
mulher ("almah", que não quer dizer virgem), e
não uma virgem ("bethulah"), e Jesus de Nazaré,
não era de Nazaré (e nem de Belém) e não se
chama Emmanuel conforme previsto pelas
profecias de Isaias no Antigo Testamento. Ou seja,
as profecias alegadas por Mateus como tendo sido
cumpridas, jamais se realizaram (mesmo ele
"prevendo" isso 70 anos depois do
acontecimento). As profecias de Isaias, no Antigo
Testamento também não se realizaram, pois Jesus
chama-se Jesus e não Emmanuel.

Jesus nasceu em Nazaré, na Galiléia (Norte)?


(João 7:41) "O Cristo virá da Galileia?"
Ou em Belém, na Judeia (Sul)?
(João 7:42) "Não diz a escritura que é da
descendência de David e do povoado de Belém,
de onde vem David, que vem o messias?"
(João 7:52) "Investiga e verás que projeta algum
surgiu na Galiléia"
Vezes há em que a Bíblia afirma que Jesus é de
Nazaré, na Galileia, no norte. Outras vezes a Bíblia
afirma que Jesus é de Belém, na Judéia, no sul. E
na maioria das vezes refere-se a Jesus como o
Nazareno, como se fosse nascido em Nazaré, na
Galiléia, no norte. Mas, percebendo que messias
algum nasceu na Galiléia e isso seria "menos
nobre" para o messias, os escribas mantêm a
confusão bíblica em relação ao local de
nascimento de Jesus e transferem o Seu nasci-
mento para a Judéia (Belém), no sul, para que
Jesus pudesse ter como local de nascimento o
mesmo local nobre e santificado do nascimento de
David, o mais famoso dos hebreus, o grande
expoente do povo hebreu,.
Por mais contraditório que possa parecer, Jesus
não nasceu em Nazaré pelo fato de Nazaré sequer
existir como cidade à época do nascimento de
Jesus (existia, sim o Lago de Genesaré ou Mar de
Tiberíades). Assim como Jesus também não nasceu
em Belém (na Judéia), pelo fato de Jesus ser
galileu, natural da Galileia (mas não da cidade de
Nazaré), e isto é sobejamente comprovado no
julgamento de Jesus. Pois, quando Pôncio Pilatos
(na Judéia, no sul) pretendeu julgar Jesus (na
Judéia, no sul, sob o domínio de Arquelau), foi
constatado um erro de jurisdição, vez que Jesus
era galileu e confessava-se galileu de nascimento
(da Galileia, no norte, sob o domínio de Herodes),
por isso Jesus teve que ser enviado primeiro para
Herodes (que tinha a Galiléia como sua jurisdição),
para só depois, somente após a recusa de Herodes
em condenar Jesus e ter aberto mão de sua
jurisdição é que Jesus retornou (mais uma vez)
para ser julgado por Pilatos, na jurisdição de
Arquelau, a Judéia, no sul.
Portanto, é assustador a quantidade de erros
bíblicos, que vão desde um aparente erro de "má
tradução" da palavra "virgem", atribuída a Maria,
Mãe de Jesus, até este falso, contraditório e
confuso local de nascimento de Jesus, passando
pelas contradições, já citadas ao longo deste
relato, onde a cada hora aparece um fato
contradizendo outro, ou as mais puras e simples
invencionices dos escribas que redigiram os
evangelhos, sejam estes escribas quais forem.
Sejam eles os quatro evangelistas apontados pela
igreja: Mateus, Marcos, Lucas e João. Sejam eles
saduceus e fariseus. Sejam eles religiosos da
própria igreja, os que "refundiram" as folhas soltas
dos manuscritos no que ora conhecemos como os
quatro evangelhos.
Mas o mais estarrecedor são as ofensas à
inteligência do leitor do evangelho, com as
afrontosas falsificações de profecias, na realidade
"profecias retroativas", feitas após o ano 70 da
nossa era. Ou seja, muito tempo depois dos fatos
terem ocorrido (no mínimo quarenta anos após a
morte de Jesus e dos fatos já terem acontecido).
Assim como é de todo lamentável que os escribas
tenham aberto mão de priorizar a vida de
ensinamentos de Jesus, para dar prioridade ao
enfoque de Jesus como um simples curandeiro
exibicionista, e com isso interferindo e
desacreditando o texto bíblico, pintando Jesus
como um arrogante, vaidoso e presunçoso,
obrigando as pessoas de bom senso a separar o
verdadeiro Jesus, grandioso e humanitário, com
profundos e definitivos ensinamentos, do rascunho
mal desenhado criado pelos escribas, autores e co-
autores, do evangelho de Jesus.
Tentando minimizar os enormes danos causados
pelos escribas bíblicos, a igreja adota uma postura
evangélica (priorizando o evangelho em
detrimento do Antigo Testamento) e praticamente
finge que o Antigo Testamento não existe (é até
compreensível que a igreja abandone a parte de
historinhas mitológicas do Antigo Testamento e
valorize somente os ensinamentos, salmos,
provérbios e sabedorias) e em relação ao Novo
Testamento (apesar de tentar fugir do Deus
mitológico sentado numa nuvem) a igreja tenta
minimizar o impacto dos erros e contradições
bíblicas, hipocritamente, como tendo sido erros
menores, oriundos de relatos despretensiosos de
seguidores de Jesus, transmitidos originalmente
pela tradição oral, sem que os quatro evangelistas
tivessem a preocupação em registrar
detalhadamente a "vida de Jesus" como se eles,
evangelistas, fossem repórteres apurando cada
fato e cada detalhe da vida de Jesus.
Ora! Se não era para relatar fiel e historicamente a
vida de Jesus, a Sua vivência, a Sua experiência,
com precisão e exatidão, então por que o
detalhamento de árvore genealógica completa de
Jesus desde Adão e Eva? Por que a precisão de
locais, datas e até mesmo de horas? Por que
esconder a Sua vida do nascimento até os 30
anos? Por que a censura e o banimento dos outros
evangelhos chamando-os de gnósticos e de
apócrifos? Por que, hipocritamente, tentar
esconder e minimizar o relacionamento e envolvi-
mento de Jesus com mulheres, com vagabundos e
com prostitutas? Se Ele mesmo disse que não
tinha que se preocupar com os que já estão salvos,
mas sim com os que precisavam de salvação..
E assim, manquitolando, a igreja tenta fugir de um
Deus mitológico do Antigo Testamento, velho,
barbudo, sentado numa nuvem, e cai na
invencionice dos escribas (uma mistura de folhas
soltas de quatro evangelistas, mais manuscritos de
escribas saduceus e fariseus, "refundidos" pela
própria igreja) que pintam Jesus como um Deus de
carne e osso, preocupado com o curandeirismo,
arrogante, vaidoso, presunçoso, que chega a ficar
difícil enxergar, nos mal escritos e mal orientados
textos bíblicos, a grandiosidade da maior figura
humana que o mundo já viu: Jesus.
Felizmente, o próprio Jesus, com sua inspiração
divina, nos alerta — sistematicamente —
justamente para o perigo dos escribas e do quanto
de mal eles podem produzir para a humanidade,
por toda a eternidade, com seus textos dúbios,
confusos, muitas vezes mentirosos e de con-
traditórias informações, levando-nos a refletir
sobre a veracidade do que está escrito e atribuído
a ele, Jesus, como se o que está relatado fosse
realmente verdade.
"Se a vossa virtude não superar a dos escribas e
fariseus, não entrareis no reino dos céus." (Mateus
5:20)
"Vós, portanto, acautelai-vos, pois de tudo vos
preveni." (Marcos 13:23)
Estes "proféticos" versículos de citações de Jesus,
atribuídos a Mateus e a Marcos, incitam
claramente ao questionamento sobre o que os
escribas escreveram, e dizem claramente — os
versículos — que se a virtude de sua/nossa
inteligência não enxergar além do que foi escrito
pelos escribas, nada do que foi lido teve valia. Em
verdade, em verdade, vos digo: Questione. Quem
tiver olhos que veja. Quem tiver ouvidos que ouça.
Quem tiver cérebro que use.

Os Ensinamentos de Jesus

O verdadeiro Jesus, humilde, humanitário,


pacifista, pregador da não-violência, está
presente, e de corpo inteiro, em sua grande obra,
que são os seus sábios ensinamentos que
modificaram o mundo.
O mundo todo se modificou, parou e começou uma
nova era e até uma nova contagem de tempo a
partir do nascimento de Jesus. O mundo passou a
ter seu tempo cronometrado antes de Jesus Cristo
e depois de Jesus Cristo, em função de sua gloriosa
vida de sabedoria e ensinamento.
O mundo não se modificou pela dor e sofrimento
na cruz, pois muitos seres humanos sofreram e
sofrem, ainda hoje, dores iguais ou piores do que
as sofridas por Jesus. O mundo não se modificou
pelas suas curas, pois Deus cura pessoas todos os
dias. O mundo não se modificou pela dor da cruz,
símbolo do sofrimento, mas pelas palavras, pelos
ensinamentos e exemplos que Ele nos deixou.

O Sermão da Montanha e
As bem-aventuranças
1) Bem-aventurado os pobres de espírito, porque
deles é o reino dos céus.
2) Bem-aventurado os que choram, porque serão
consolados.
3) Bem-aventurado os mansos, porque possuirão a
Terra.
4) Bem-aventurado os que têm fome e sede de
justiça, porque serão saciados.
5) Bem-aventurado os misericordiosos, porque
alcançarão a misericórdia.
6) Bem-aventurado os puros de coração, porque
eles verão a Deus.
7) Bem-aventurado os pacíficos, porque serão
chamados filhos de Deus.
8) Bem-aventurado os que sofrem perseguição por
causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
9) Bem-aventurado sereis quando vos insultarem e
perseguirem, mentindo, disserem todo o gênero
de calúnias contra vós, por minha causa.

A Sabedoria e os Ensinamentos de
Jesus
—Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Marcos
12:31)
— Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
(João 13:34 e 15:12)
— Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos
perseguem (Mateus 5:44)
— Sereis medidos com a medida que empregardes
para medir (Marcos 4:24)
— Não julgueis e não sereis julgados. Não
condeneis e não sereis condenados. Perdoai e
sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado (Lucas
6:37-38)
— Se alguém te bater najace direita, oferece a
outra face (Mateus 5:40)
— Se alguém te pedir para acompanhá-lo por uma
milha, acompanha-o por duas (Mateus 5:41)
— Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta
que conduz ao caminho da perdição (Mateus 7:13)
— Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará
(João 8:32)
— Quem exaltar a si mesmo será humilhado. E
quem for humilde será exaltado (Mateus 23:12)
— Guardai-vos de Jazer as vossas obras diante dos
homens para vos tornardes notados por eles.
(Mateus 6:1)
— Quando orardes, não sejais como os hipócritas
que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nas
ruas para serem vistos pelos homens (Mateus 6:5)
— Quando deres esmola, não permitais que
toquem trombetas por ti, como jazem os hipócritas
nas sinagogas e nas ruas (Mateus 6:2)
— Quando deres esmola, que a tua mão esquerda
não saiba o quejez a direita, afim de que tua
esmola permaneça em segredo (Mateus 6:3-4)
— Buscai primeiramente o reino de Deus e sua
justiça e todas as coisas materiais vos serão
acrescentadas (Mateus 6:33)
— Na casa de Meu Pai há muitas moradas (João
14:2)
— Pelo fruto se conhece a árvore (Mateus 12:33)
— Não é o que entra pela boca que torna o homem
impuro, mas o que saí pela boca (Mateus 15:11)
— Pelas tuas palavras serás condenado (Mateus
12:37)
— Os últimos serão os primeiros, e os primeiros
serão os últimos (Mateus 20:16)
— Muitos são os chamados, mas poucos serão os
escolhidos (Mateus 20:16)
— A quem muito joi dado, muito mais será exigido
(Lucas 12:48)
— Por que reparas no cisco do olho de teu irmão,
se não reparas no tronco que está no seu olho?
(Mateus 7:3)
— Dá a quem te pede e não voltes as costas a
quem te pedir emprestado (Mateus 5:42)
— Orai e vigiai, para não cairdes em tentação
(Mateus 26:41)
— A carne é fraca. O espírito está pronto, mas a
carne é fraca (Mateus 26:41)
— Nem só de pão vive o homem (Lucas 4:4)
— Tudo quanto ligares na Terra ficará ligado no
Céu, e tudo que desligares na Terra será desligado
no Céu (Mateus 16:19)
— Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores
(Marcos 2:17)
— Meu reino nao é deste mundo (João 18:36)
— O céu e a Terra passarão, mas as minhas
palavras não passarão (Mateus 24:35)
— Minha paz vos deixo, minha paz vos dou (João
14:27)
— Onde estiverem reunidos, em Meu nome, dois
ou três, lá estarei no meio deles (Mateus 18:20)
— Ninguém pode servir a dois senhores, pois há de
amar a um e odiar o outro (Mateus 6:24)
— Vinde a mim ejarei de vós pescadores de
homens (Marcos 1:17)
— Deixai vir a mim as criancinhas, pois é delas o
reino dos céus (Marcos 10:14 e Mateus 19:14)
— Ninguém deita remendo de pano novo em
vestido velho, pois o remendo novo arranca parte
do velho e o rasgão fica maior (Marcos 2:21)
— O sábado foi feito por causa do homem e não o
homem por causa do sábado (Marcos 2:27)
— Afasta de mim este cálice (Mateus 26:39)
— Não permitais que vos tratem por doutores
(Mateus 23:10)
— Quem não é contra nós, é por nós (Marcos 9:40)
Para maior compreensão dos ensinamentos de
Jesus, é recomendável que sejam lidas as
parábolas, em especial a do convite à humildade
(Lucas 14:7-11), a do semeador (Mateus 13:3-9), a
do joio e do trigo (Mateus 13:24-30) e a do grão de
mostarda (Mateus 13:31-32).
— "A paz esteja convosco." (João 20:19)

Os Essênios
O maior pesquisador e historiador judeu de todos
os tempos, autor de "Antigüidades Judaicas",
Flávio Josefo, com toda a autoridade que lhe é
conferida mundialmente afirma que: "Existem,
com efeito, entre os judeus, três escolas
filosóficas: os adeptos da primeira são os fariseus;
os da segunda, os saduceus; os da terceira, que
apreciam justamente praticar uma vida venerável,
são denominados essênios: são judeus pela raça,
mas, além disso, estão unidos entre si por uma
afeição mútua, maior que a dos outros"
A origem dos essênios é bastante discutível e
improvável. Alguns acreditam que, por volta do
ano 170 a.C., os primeiros judeus que fugiram do
Egito com a finalidade de estabelecer uma
civilização própria, rumou para o deserto na Judéia
e passou a viver às margens do Mar Morto, criando
os primeiros grupos de essênios. E, por isso,
sofreram forte influência religiosa dos egípcios,
durante o período de dominação. (Os
"Rosacruzes", por exemplo, defendem a origem
dos essênios ligada a uma ramificação da Grande
Fraternidade Branca, fundada no Egito, no tempo
do faraó Akenaton). Outros, no entanto, crêem que
a titulação "Essênio" deriva de "Essen", filho
adotivo de Moisés, a quem foi confiada a
incumbência de dar continuidade na tarefa de
manter pura as tradições religiosas dos
ensinamentos bíblicos do povo hebreu. Isto
porque, os hebreus começaram a dividir-se tanto
em relação aos conceitos religiosos, formando
grupos distintos, e proliferava tanto a corrupção
religiosa em seu meio, comandada por um
mercantilismo em nome da religião e de Deus, que
Moisés teria atribuído ao seu filho adotivo Essen a
incumbência de conservar as tradições hebraicas e
os segredos da doutrina pura.
De certo, somente a comprovação histórica de que
os essênios, já por volta de 150 a.C. encontravam-
se nos arredores de Jerusalém e Belém (em
Qunram), e viviam isolados da opulência e
corrupção de costumes em que Jerusalém estava
mergulhada.
Independentemente de sua origem e do silêncio
em que viviam, a marca da passagem dos
essênios pelo mundo é uma das mais significativas
da história da humanidade. No ano 70 d.C.,
quando houve a diáspora (dispersão do povo
hebreu (judeus) por motivos políticos e religiosos),
e a destruição de Jerusalém pelas legiões
romanas, a maior das perseguições foi
empreendida, contra os essênios, não só pelos
romanos, mas principalmente pelos próprios ju-
deus (saduceus e fariseus), onde quase todos os
essênios foram mortos e os que escaparam jamais
puderam retornar às suas comunidades de
trabalho e oração. Mas, no entanto, antes de
fugirem, deixaram o maior legado que o cristia-
nismo e a arqueologia poderia encontrar: "Os
Manuscritos do Mar Morto".
Em 1947 (historicamente bastante recente), nas
cavernas em Khirbet Qunram, guardados em
urnas, potes e vasos, hermeticamente lacrados por
quase dois mil anos, foram descobertos os
"Manuscritos do Mar Morto" ou os "Manuscritos de
Qunram". E, diferentemente dos evangelhos, que
são traduções do grego e não do aramaico, de
autenticidade e idade nem sempre comprovadas,
agora havia uma quantidade imensa de
manuscritos, de idade e autenticidade
comprovada, que viria jogar nova luz sobre a his-
tória das religiões, principalmente sobre o
cristianismo.
A descoberta de Qunram se tornou a maior prova
e o maior marco histórico palpável do cristianismo.
As ruínas de cinco mosteiros no deserto da Judéia
são o marco da existência dos essênios em
passado distante, além de outros mosteiros
dispersos por diversas regiões na Samaria e na
Galiléia.
Antes de Qunram, ou dos "Manuscritos do Mar
Morto", a maior crítica e acusação que se fazia — e
com justiça — era que os documentos
(manuscritos em grego e não em aramaico) que
formavam o Novo Testamento eram inconfiáveis,
sem autoria certa e definida, e de autenticidade
questionável. No entanto, após a descoberta dos
manuscritos de Qunram, não só novas informações
surgiram como revalidaram, fortificaram e
consolidaram algumas já existentes.
Enquanto o Antigo Testamento, em especial o
Pentateuco, ou os cinco livros de Moisés, o Deus
ali descrito era um Deus quase humano e um Deus
tribal, muito particular do povo hebreu, só dos
judeus (O tal Deus velho, barbudo, sentado numa
nuvem) após as revelações dos manuscritos de
Qunram — surpreendentemente — aparece, pela
primeira vez para os judeus (no caso, essênios),
um Deus universal (e não tribal) que iria enviar um
messias, que não seria rei, mas um salvador, e
que viria para redimir, não só o povo judeu, mas
toda a humanidade.
Está certo que as bases de expansão do
cristianismo estão bastante ligadas à peregrinação
de Paulo (Saulo) Apóstolo. No entanto, a expansão
empreendida por Paulo também esteve ligada a
uma propagação errada, torta e destorcida do que
foi Jesus. Principalmente quando se valorizava o
Jesus curandeiro, arrogante e presunçoso e um
Jesus sofredor pregado na cruz, em detrimento do
Jesus humanitário, doutrinador, pregador da paz,
mensageiro da boa palavra e dos ensinamentos de
Deus.
De fato, a importância do surgimento dos
documentos dos essênios conhecidos como "Os
manuscritos do Mar Morto" foi corretamente
retratada pelo jornalista do New York Times,
Edmund Wilson, numa série de reportagens
históricas sobre os documentos de Qunram,
encontrados em 1947, que sem paixão, sem
fanatismo, escreveu: "O convento, esse prédio de
pedras, junto às águas amargas do Mar Morto,
com seus fornos, tinteiros e piscinas sacras,
túmulos, é mais do que Belém e Nazaré, é o berço
do cristianismo".
Em 1951, quatro anos apenas após a descoberta
dos manuscritos de Qunram, Hempel escreveu:
"Verdadeiramente esclarecida a origem dos
cristãos. O cristianismo é apenas essênio. Essênio
ou cristão, dá no mesmo."
No ano de 1923, cerca de quarenta anos antes dos
manuscritos de Qunram serem descobertos, o
teólogo e pesquisador religioso húngaro, Edmond
Szekely, obteve permissão do Papa para pesquisar
os arquivos da biblioteca do Vaticano, e qual não
foi sua surpresa ao traduzir uma obra antiquíssima
(originária do primeiro século d.C.), ocultada dos
meios religiosos, principalmente católicos, cha-
mada de "O evangelho essênio da paz", que falava
sobre os essênios e suas características (mas que
a igreja não gostaria que fosse divulgado, ou pelo
menos de conhecimento do grande público, de
modo a não causar controvérsia com o que até
então era dito e tido como verdade).
Antes mesmo disso acontecer, já em 1880, o
reverendo inglês Gideon Jasper Ouseley traduziu
do aramaico (língua que Jesus falava, que é a
maior garantia de autenticidade que um
documento em princípio possa ter — e não o grego
como nos evangelhos), um manuscrito essênio
chamado "O Evangelho dos doze santos", que
também foi ocultado do grande público, pois
representava a versão mais autêntica do Novo
Testamento de Jesus, e conflitava terrivelmente
com as "versões" dos quatro evangelistas que a
igreja reescreveu ou "refundiu".
Neste evangelho essênio, Jesus aparece como uma
figura que veio inspirar um segmento religioso
muito forte. Segmento este de grande humildade,
extrema devoção a Deus e imensurável piedade
pelos seres humanos e pelos animais, que de fato
orientou a ordem franciscana de São Francisco de
Assis. Jesus é apresentado neste evangelho como
um vegetariano parcial (no máximo comia peixe e
gafanhotos) e sua mansidão e paz são descritos
assim: "As aves se reuniam ao seu redor e lhes
davam boas-vindas com seu canto e outras
criaturas vivas se postavam à seus pés e ele as
alimentava com suas mãos."
Claro que não interessava à igreja, impregnada
pelo Deus velho do Antigo Testamento, que fosse
divulgado um Jesus simbolizado pelo peixe (ao
invés da cruz), humilde, manso, humanitário e
pacifista (sem grandes apelos de mídia e de
marketing) ao invés do carismático curandeiro pre-
sunçoso e arrogante, conforme descrito nos quatro
evangelhos, principalmente caracterizado pelo
impacto da emoção e piedade causados pelo
sofrimento que a cruz representava. Tudo isso, um
revisionismo religioso, poderia causar um cisma e
uma tremenda divisão entre e dentro das igrejas
cristãs. E de fato, para a maioria que tomou
conhecimento da realidade, criou-se este
divisionismo, vez que um segmento religioso
esclarecido, fiel à verdade, desejava trazer à baila
a verdadeira história de Jesus, humilde, manso,
humanitário e pacifista. Entretanto, o tradicio-
nalismo religioso, receoso em mexer no sucesso
de marketing do Jesus sofredor, pregado na cruz,
era tão imenso, tão maior, que a própria igreja
desencorajou-se em alterar algo tão
fantasticamente carismático e tão
mercadologicamente vitorioso.
E, entre manter o sucesso secular do Jesus
sofredor, pregado na cruz, simbolizando o
cristianismo ou ter que colocar em risco todo este
sucesso de marketing, admitindo os erros e as
mentiras, revendo os conceitos errados emanados
pelos evangelhos, assumindo o símbolo do
cristianismo como o peixe e restituindo a Jesus a
imagem de humilde, manso, humanitário e
pacifista, a igreja mais uma vez optou pelo
vencedor sucesso de marketing ao invés da
verdade. (Foi uma opção de marketing, comercial,
de mercado)
Talvez o Papa ainda leve mais mil ou mil e
quinhentos anos para novamente pedir desculpas
pelas mentiras e atrocidades praticadas pela igreja
católica, conforme recentemente o Papa fez ao
admitir, pela primeira vez, e pedir perdão pelo o
que a igreja fez durante as chacinas de caças às
bruxas e as mortandades das "santas" cruzadas,
libertações do "santo" sepulcro e "santas"
inquisições. Talvez daqui a mil anos um novo Papa
venha nos pedir desculpas pelas ocultações de
verdades, pela ocultação de documentos e pelas
mentiras e perseguições contra os evangelhos
tidos como apócrifos, os evangelhos gnósticos e os
Manuscritos do Mar Morto.
Mas, voltando aos essênios. Sobre esta
extraordinária vida comunitária dos essênios, diz
Flávio Josefo (a maior autoridade histórica e o
maior pesquisador de antiqüidades judaicas) que
entre os essênios todos partilhavam igualmente de
todos os bens pertencentes à comunidade. Quan-
do um novo membro entrava para a sociedade os
seus bens eram igualmente divididos entre todos,
evitando, com isso, que houvesse pobres e ricos
na sociedade essênia.
Com efeito, esta prática essênia era uma lei.
Aqueles que entravam para o grupo entregavam
seus bens à comunidade para serem partilhados
por todos, de tal forma que entre eles não se visse
absolutamente nem a humilhação da pobreza nem
o orgulho da riqueza. As posses eram comuns e
encontravam-se disponíveis a todos, não existindo
senão um único haver, comunitário, como ocorre
entre irmãos. (Comparativamente, foi exatamente
isso que Jesus propôs àquele jovem rico que queria
seguí-lo com os discípulos. Ou seja: (Mateus
19:21) — "Se queres ser perfeito, disse-lhe Jesus,
vai, vende tudo que possuíres, dá o dinheiro aos
pobres e terás um tesouro nos céus; depois vem e
segue-Me").
Esclarecendo melhor esta questão. Na citação
anterior, Jesus não pregava contra a prosperidade,
mas sim contra o acúmulo desnecessário e
desmedido de riqueza e não diz a todas as pessoas
que façam o abandono das coisas materiais, mas
sim somente àqueles que querem se tornar
discípulos e seguí-lo numa vida de simplicidade,
humildade e de desapego material. Isto porque,
Jesus, não como mestre da humanidade, mas
como um discípulo de Deus, no caso, observava
um princípio essênio que afirma que a maior
abundância é ter poucos desejos e fáceis de serem
satisfeitos.
Esta simplicidade essênia, muito rara entre os
religiosos de uma maneira geral e principalmente
entre as pessoas comuns, mesmo
comparativamente com outras épocas e com
vários costumes e culturas, assemelhava-se — em
simplicidade, mansidão e humildade — aos
conhecidos monges tibetanos, e foram fortemente
exemplo e inspiração para a vida de Jesus e dos
frades franciscanos. E a vida comunitária essênia
era de tal forma igualitária, que em suas reuniões
a cadeira principal era deixada sempre vazia,
como uma forma de demonstrar que não havia lí-
der, não havia chefia e não havia alguém que
pudesse se violentar a ponto de abrir mão da
humildade para vestir a arrogância de ser melhor
ou mais importante do que os demais "irmãos".
(Comparativamente, esta humildade é exatamente
o que Jesus propõe no convite à humildade (Lucas
14:7-11) e na citação — "Quem exaltar a si mesmo
será humilhado. E quem for humilde será
exaltado" (Mateus 23:12).
A aversão dos essênios pela empáfia e pela
arrogância ia muito além dos homens comuns,
atingia diretamente quem mais deveria prezar a
humildade ao invés de valorizar a arrogância,
como os sacerdotes, oradores e escribas, que com
as pomposas vestimentas dos doutores das leis,
lideravam seus templos com presunção, soberba e
arrogância. Desnecessário dizer o quanto Jesus se
indispôs com sacerdotes e escribas,
principalmente pela soberba deles, pela arrogância
deles, até mesmo pelas vestimentas pomposas e
pelos títulos que "se" auto-concediam de "douto-
res". — "Não permitais que vos tratem por
doutores" (Mateus 23:10). Logicamente, o Jesus
arrogante, presunçoso, vaidoso, e curandeiro,
equivocadamente apresentado nos quatro
evangelhos "refundidos" pela igreja, não
representa e não pode retratar e representar o
que foi e o que é Jesus. Razão pela qual sugerimos
retirar estes textos dos evangelhos como as lascas
que são retiradas do bloco de pedra para dar lugar
a uma irretocável estátua.
Embora hebreus (judeus), os essênios não comiam
carne vermelha, principalmente cordeiro, pelo
aspecto de paz e mansidão do animal. Eram
parcialmente vegetarianos (mas comiam peixe e
eventualmente gafanhotos), e em razão disso
desligaram-se das festas tradicionais do judaísmo,
inclusive a da Páscoa, dos tabernáculos e outras
mais, mormente quando nelas envolvia matança e
holocausto de animais (em especial o cordeiro).
Comparativamente, Jesus insurge-se contra a
matança de animais, ao expulsar os vendilhões do
templo que vendiam cordeiros, cabras, pombos e
outros animais para serem sacrificados "no altar
de Deus". Desnecessário dizer que os essênios
praticavam a liturgia da eucaristia — a celebração
do pão e do vinho — exatamente a liturgia que
Jesus passou aos seus discípulos como um dos
principais sacramentos.
Se as semelhanças dos usos e costumes e dos
ensinamentos dos essênios com os ensinamentos
de Jesus podem parecer poucas, vejamos algumas
práticas, usos e costumes, e ensinamentos dos
essênios: 1) Os essênios ensinavam o amor ao
próximo mais do que a si mesmo, que é
exatamente o foco central dos ensinamentos que
Jesus pregava; 2) Pregavam a busca da verdade
como a maior fonte do conhecimento e uma das
suas maiores diretrizes religiosas. Que é o
ensinamento de Jesus, muito pouco valorizado
pelas igrejas cristãs: "Conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará"; 3) Acreditavam na
ressurreição, reencarnação, na imortalidade da
alma e na vida eterna (Exatamente o que Jesus
ensinava, contrariando saduceus e fariseus); 4) O
conselho que dirigia a entidade essênia era
composto por doze membros, exatamente como
Jesus instituiu os doze apóstolos para criar a base
de sua pregação. 5) O nascimento do essênio
dava-se pelo batismo, que foi um dos principais
sacramentos que Jesus incorporou à sua pregação;
6) Eram humildes, humanitários e pregadores da
paz, que é o perfil mais exato de Jesus; 7) Mas o
mais surpreendente: os essênios possuíam como
seu mantra (reza) principal, um hino sobre as bem-
aventuranças, cuja idéia central é o "Sermão da
Montanha" de Jesus.
Vivendo em comunidades distantes, os essênios
sempre procuravam encontrar na solidão do
deserto (o lugar de reflexão escolhido por Jesus) o
lugar ideal para desenvolverem a sua
espiritualidade. Prezavam o silêncio como um
instrumento de disciplina e norma de conduta.
Sabiam guardá-lo como uma jóia preciosa ("O falar
é de prata, mas o silêncio é de ouro"). A voz era
usada como um instrumento e tinha um grande
poder, não podendo jamais ser desperdiçada.
Através da voz, dependendo do ritmo, da
freqüência e da intensidade podia ser estabelecido
um contato com Deus e até ser objeto de
transmissão de energia (boas e más) entre
pessoas. Por isso, evitavam falar alto, jamais
discutiam em público, jamais gritavam, e sempre
ouviam em silêncio a argumentação de seu
interlocutor, respeitando o direito de palavra de
cada um.
Diferentemente de outros religiosos que também
se abstiveram de bens materiais (como os monges
budistas), os essênios trabalhavam a terra
(plantavam, irrigavam, colhiam) e em seus
cuidados com a terra mantinham hortas e
pomares irrigados com a captação de água das
chuvas guardadas em cisternas. Estudavam,
escreviam e dedicavam-se às artes. Entretanto, o
que obtinham pelo fruto de seus trabalhos era o
necessário para a manutenção e sustento da
comunidade. Viviam pelo necessário para a vida.
Apenas o necessário.
Não era possível encontrar entre eles açougueiros
ou fabricantes de armas, mas sim grande
quantidade de mestres, pesquisadores,
instrutores, que .através do ensino passavam, de
forma sutil, os pensamentos da ordem religiosa
aos leigos.
Cultivavam hábitos saudáveis, zelando pela
alimentação, pelo físico e pela higiene pessoal.
Antes e após as refeições — realizadas em
completo silêncio — oravam e agradeciam a Deus
pelo alimento vindo da terra, o qual consideravam
como algo vivo e sagrado.
Faziam manipulações com ervas, eram profundos
conhecedores das propriedades curativas das
ervas e eram excelentes médicos, praticando uma
medicina estritamente natural. Faziam visitas
constantes a pessoas enfermas, por entenderem
como obrigação dos sãos o permanente cuidado
pelos doentes, assim como respeitavam — e quase
que idolatravam — os velhos, cuidando deles com
as próprias mãos, como filhos gratos. E estendiam
esse cuidado e atenção, dispensados aos velhos,
também aos antepassados, cultuando-os e
respeitando-os.
Contrastando com esta vida de absoluta
simplicidade, preocupavam-se com questões de
física, astronomia e ciências em geral, buscando,
inclusive, a harmonia das ciências com a
existência de Deus e a origem do universo.
Um assunto, entretanto, causava repulsa,
indignação e até mesmo intolerância aos essênios:
a escravidão. Consideravam a escravidão um
ultraje, uma violação à vida, à missão do homem
dada por Deus. Não só porque destruía a
igualdade entre os seres humanos, como atentava
ao mais elementar princípio da irmandade e
fraternidade que torna os seres humanos iguais e
irmãos.
Por mais estranho que possa parecer, um essênio
jamais jurava. Para eles a jura era um sacrilégio
tão grande quanto a mentira. Isto porque tinham
na palavra dita a sustentação da honra, e somente
o mentiroso, que não honra o que fala, é que
precisava jurar para tornar verdadeiro o que disse
ou que tenha soado como falso. Aliás, este pre-
ceito está muito bem definido nos relatos do
evangelho atribuído a Mateus (5:33-37) em que
Jesus prega que não se deve jurar em hipótese
alguma.
Conforme dito, os essênios eram humanitários,
pacifistas, e não toleravam a guerra sob hipótese
alguma. Mas, no entanto, falavam constantemente
de uma espécie de guerra: a dos filhos da luz
contra os filhos das trevas, uma luta constante que
se trava principalmente no interior de cada
criatura.
Para os essênios não existia nem a personificação
(imagem) do bem e nem a personificação
(imagem) do mal. Toda a essência do bem era
uma dádiva de Deus e toda a raiz do mal era fruto
do livre arbítrio do próprio homem. E ambos, o
bem e o mal residiam dentro de cada ser humano,
cumprindo a cada um domar o seu mal interior e
fazer florescer o bem.
A principal razão de viver dos essênios consistia
em aperfeiçoar-se como ser humano, buscando a
Deus como amor e perdão, e buscando
eternamente o bem dentro de si mesmo,
sufocando toda e qualquer forma do mal.
De costumes irrepreensíveis, moralidade
exemplar, de extrema boa fé, dedicavam-se aos
estudos espiritualistas, à contemplação e à
caridade, longe do materialismo avassalador que
imperava entre os saduceus e fariseus. Os
essênios suportavam com admirável estoicismo os
maiores sacrifícios para não violar o menor
preceito religioso. Procuravam servir à Deus,
auxiliando o próximo, sem imolações no altar e
sem cultuar imagens.
Embora os essênios fossem judeus,
diferentemente dos saduceus e dos fariseus, não
consideravam Israel como o centro de todas as
coisas, nem como o grande bem a ser preservado,
mas sim o mundo. O Deus dos essênios não era
tribal, personificado, e a promessa de uma "Nova
Jerusalém", por ser uma idéia, tribal, dos
saduceus, de visão estreita e limitada, era
inconcebível para os essênios. Entretanto, um
novo mundo, um novo porvir, como uma nova
visão de esperança, adequava-se perfeitamente à
filosofia essênia. Até porque os essênios
acreditavam que Deus é a causa de todo o bem e
de nenhum mal. O ser humano, sim, que tendo
recebido a bondade como herança divina e usando
o livre arbítrio concedido por Deus é quem cria as
possibilidades do mal.
Para ser um essênio, o pretendente a discípulo era
preparado desde a infância na vida comunitária de
suas aldeias isoladas. Em geral, os essênios
recebiam esses futuros adeptos ainda muito
jovens, em geral crianças, para serem educadas, e
tratavam-nos como se fossem realmente filhos.
Já adulto, o adepto, após cumprir várias etapas de
aprendizado, recebia uma missão definida que ele
deveria cumprir até o fim da vida.
Vestidos sempre com roupas brancas, muito alvas,
o que era muito raro para a época e para a região,
pois o traje comum era o tecido cru (bege);
ficaram conhecidos em sua época como aqueles
de branco que "são do caminho".
Os essênios eram como santos que habitavam
muitas aldeias e vilas ao sul da Palestina. Não se
uniam por clã lamiliar ou por raça, mas sim por
meio de associações voluntárias, formadas com o
intuito de melhor praticar a virtude e o amor entre
as criaturas humanas.
O celibato era um dos raros assuntos bastante
contraditórios, vez que mesmo não sendo
obrigatório o celibato, muitos não se casavam
porque acreditavam que matrimônio era
impedimento à vida simples do sacerdócio. Outros,
no entanto, afirmavam que os que não se casavam
recusavam a melhor parte da vida doada por
Deus, que é a propagação da espécie.
Havia uma forte preparação religiosa ao iniciado
na comunidade essênia. Liam muito, debatiam
muitas questões religiosas, e principalmente
recebiam muitos ensinamentos através de
parábolas, que acabavam fazendo parte de suas
bases religiosas.
Os mais velhos e mais preparados explicavam aos
mais novos a simbologia usada nos ensinamentos.
Entretanto, não necessariamente os graus mais
elevados eram ocupados pelos mais velhos, pois o
grau de cada um dependia mais de sua
capacidade prática em ensinar e passar as men-
sagens e ensinamentos do que da idade e do nível
de cultura geral de cada um. Isto porque o mais
importante era que as mensagens pudessem
chegar com clareza ao maior número de pessoas.
Os essênios formavam uma ordem religiosa
extremamente devotada, muito diferente da dos
saduceus materialistas, e completamente oposta à
dos hipócritas e vaidosos fariseus. Evitavam a
vaidade, o egoísmo, o individualismo e toda
menção de si próprios, tendo na vaidade um dos
piores males corruptores do caráter. (Razão pela
qual são irreais e inimagináveis as citações
imputadas a Jesus nos quatro evangelhos,
retratando-O como vaidoso, presunçoso e
arrogante)
Ainda hoje em dia, alguns conceitos e práticas
essênios são considerados como absolutamente
revolucionários. E para a época, então, eram
inimagináveis e incompreensíveis para a maioria
das pessoas. Como, por exemplo, o fato dos
essênios praticarem a imposição de mãos (como
Jesus), tendo como premissa que todo ser humano
emana energias, boas e ruins, e que toda
negatividade provém da desarmonia e do
desequilíbrio entre as energias boas e ruins de
cada um, como uma doença. Baseado nisso,
aprendiam a reconhecer as diferentes vibrações
da matéria, bem como manter todas estas
vibrações sob controle, para atingir a harmonia do
corpo e da mente.
O conceito de tempo e espaço era outro conceito
ex-I ternamente revolucionário para a época. O
pensamento dos essênios não estava voltado
apenas para sua vida atual. A vida era vista como
um eterno presente. O passado, o presente e o
futuro se tornavam uma unidade na grande
harmonia divina. Para os essênios tudo sempre
estava interrelacionado, ligado com tudo e com
todos. E como numa ciranda ou numa mandala, a
vida conduzia à morte. A morte conduzia à vida, e
o nascimento ou renascimento era sempre um
retorno à condição material e primitiva do ser hu-
mano.
Embora os hábitos e práticas dos essênios possam
ser provados e documentados (mais seriamente
do que em qualquer outra religião) é certo que
nenhum dos Manuscritos do Mar Morto comprova
nominalmente a vivência essênia de Jesus (pois os
essênios, sabendo das perseguições que sofriam,
não citavam nomes e até mudavam seus nomes
após o batismo), tanto quanto é certo que
historicamente há muita contestação quanto a
comprovação documentalmente séria da própria
existência real de Jesus. No entanto, os
documentos de Qunram, que registram e
comprovam a vida essênia, que são documentos
verdadeiros, sérios e incontestáveis, demonstram
que todos os atos (sérios) relatados a respeito de
Jesus em "versões" evangélicas indicam a
educação de Jesus como tendo sido, inega-
velmente, essênia.
O mais espantoso entre todos os ramos judeus, é
que, ao contrário dos demais ramos judaicos, os
essênios não aguardavam um só messias, e sim,
dois. Um messias era esperado para preparar a
vinda do segundo messias. Nasceria e seguiria a
tradição da linhagem sacerdotal dos grandes
mártires. Sua morte representaria o sofrimento e
humilhação por que teria que passar, em vida, por
destino previamente traçado por Deus.
Para muitos, a figura do pregador João Batista se
encaixa perfeitamente no perfil deste messias
preparador do messias salvador.
Um segundo e definitivo messias, salvador, que
viria para legislar e estabelecer a justiça restituiria
ao povo a sua soberania, restauraria a dignidade e
semearia a esperança, instaurando um novo
período de paz social e de prosperidade, que não
ficaria restrito às tribos de Israel, mas resta-
beleceria uma nova ordem para o mundo inteiro.
Jesus foi recebido por muitos como a encarnação
deste messias salvador.
Muito se tem dito a respeito de Jesus e de João
Batista, sobre a importância de cada um,
dependendo da linha religiosa que se adote, mas o
que surpreende é a indicação de forma alternada
de que ora Jesus é considerado como o messias,
ora João Batista é esse messias. Para a maioria dos
cristãos, Jesus é o messias. Já para alguns batistas,
João Batista é o messias.
Até os nossos dias, no sul do Irã, os mandeanos,
sustentam ser João Batista o verdadeiro messias
essênio. O rei da Prússia, escrevendo a Voltaire,
afirma: "Jesus foi o messias essênio". Gratz, em
sua obra, afirma: "João Batista, era o messias
essênio". Entretanto, para os essênios, nunca
houve esta dúvida se eles eram de fato o messias,
pois eles esperavam, de fato, a vinda de dois
messias, que mais tarde viria a se materializar nas
figuras de João Batista e de Jesus. (Os essênios só
não sabiam qual dos dois teria a missão prepa-
ratória que antecederia o derradeiro messias e
qual teria a missão de reformar a humanidade)
Harvey Spencer Lewis, assim como muitos
teólogos e estudiosos do assunto, afirma que Jesus
recebeu desde o início, na infância e na
adolescência, educação conforme os preceitos
essênios. Inclusive, foi previamente preparado
num mosteiro localizado no Monte Carmelo, na
Palestina para se tornar o Cristo, o Messias, o
Salvador. (A bem da verdade, João Batista também
recebeu, juntamente com Jesus, este tratamento
por parte dos essênios, uma vez que (Jes — os
essênios — tinham nos dois a imagem dos dois
messias que estavam por vir e por isso não sabiam
qual seria o messias preparador da vinda do
messias salvador e qual seria o derradeiro messias
salvador)
Posteriormente à essa iniciação e preparação
essênia, os jovens João Batista e Jesus levaram o
pânico à comunidade essênia ao abandonarem
temporariamente a vida essênia de preparação
para a vida messiânica e começam então a
estudar profundamente as antigas religiões
egípcias, algumas religiões orientais (Índia, Nepal
e China) e diversas seitas que influenciaram o
desenvolvimento da civilização mundial. Para isso
teriam feito diversas viagens pelo mundo antigo,
indo para a Índia e o Nepal, onde conviveram
durante alguns anos com os principais sábios
budistas. Ao deixarem a índia, viajaram para a
Pérsia (atual Irã), onde estiveram com os religiosos
eruditos do país, aprenderam também com os
sábios da Assíria e já nessa época atraíam
multidões à sua volta, por seus poderes de imposi-
ção de mãos e por suas palavras.
Em seguida, atravessaram a Babilónia, estiveram
na Grécia e por fim voltaram ao Egito, onde teriam
sido iniciados nos mistérios da Grande
Fraternidade Branca.
Terminada toda essa preparação, João Batista e
Jesus voltaram a Qunram e aos essênios, onde
reiniciaram suas vidas de pregação e seus
ministérios.
Foi somente no momento do batismo de Jesus, por
João Batista, que foi decidido quem batizaria
quem. Isto porque, até aquele momento, não
existia, por parte dos essênios, uma definição de
quem batizaria quem. Se Jesus batizaria João
Batista. Ou se João Batista batizaria Jesus.
Inclusive este momento é descrito figurativamente
nos evangelhos como tendo sido o momento em
que o Espírito Santo faz a escolha entre os dois e
desce sobre Ele, Jesus, em forma de uma pomba
branca, transformando-o no Cristo, no Messias, no
Salvador.
Segundo alguns estudiosos, foi com base na
cultura essênia de Jesus, aliada aos conhecimentos
adquiridos durante estas viagens aos diversos
países pelos quais passou, que Jesus adquiriu
maturidade e conhecimento que o levaram à vida
apostólica relatada pela Bíblia, infelizmente res-
trita somente à idade de 30 anos.
A igreja, de uma maneira geral, procura ocultar a
prática e os hábitos de Jesus como judeu (e
principalmente como essênio). Tanto que quando
a igreja admite ser Jesus um judeu, não O
enquadra como saduceu (que Jesus chamava de
hipócritas e víboras); como fariseu (que Jesus nem
podia se imaginar como um arrogante e
presunçoso fariseu); ou como um louco,
destemperado e revolucionário zelote (que Jesus
sequer podia ser enquadrado como tal, uma vez
que os zelotes tinham Jesus como um covarde
pacifista e um traidor, por ser um manso e
humilde). Em outras palavras, a igreja admite que
Jesus era judeu, mas nega que Jesus tenha sido
saduceu, fariseu ou zelote. E hipocritamente furta-
se em admitir ter sido Jesus um essênio.
Não obstante esta omissão hipócrita, a igreja lança
um silêncio sepulcral sobre a infância de Jesus,
sobre Suas viagens pelo oriente (seguindo a rota
da seda) e sobre Sua vida entre os 13 e 30 anos, e
principalmente oculta, de todas as maneiras, a
formação religiosa de Jesus como um mestre
religioso (rabi) essênio, apesar de tratá-lo na Bíblia
como "rabi" essênio (mesmo sem ser saduceu,
fariseu ou zelote).

A Sociedade Secreta de Jesus

No ano sete a.C., data em que, segundo o


conhecido astrônomo britânico da Universidade de
Cambridge, Colin Humprey, em 1991, e
confirmado por antigos astrônomos chineses, teria
havido um cometa bastante visível, formando um
brilho todo especial no céu, na noite de 08 para 09
de novembro, nas montanhas da tribo de Judá, na
Judeia, nascia o primogênito de Isabel e Zacarias,
um menino que iria mudar o mundo, chamado João
(Batista).
No ano seis a.C., data em que, segundo o
astrônomo alemão Johannes Kepler, houve a
conjunção de Júpiter e Saturno, formando um
brilho todo especial no céu, como se fosse um
cometa ou uma lenta estrela cadente, na noite de
19 para 20 de abril, em Cafarnaum, na Galileia,
nascia o primogênito de Maria e José, um menino
que iria mudar o mundo, chamado Jeshua, e que
para nós é simplesmente: Jesus.

(Notas do autor: 1) O monge Dionísio, o


Pequeno, (500-545 d.C.) cometeu um erro de
cálculo na determinação do ano zero, entre
6 a 8 anos. 2) A igreja, impossibilitada em
determinar com precisão o dia exato do
nascimento de Jesus, e submetida às leis de
Roma, acatou a data de nascimento de Jesus
como 25 de dezembro, fixada entre 525 d.C.
e 533 d.C., para celebrar uma festa pagã de
Roma (e não religiosa) que tinha como
motivo a confraternização da felicidade,
semelhante ao natal de hoje em dia.
Chamava-se "Dies Natalis Invicti".

Primas entre si, Isabel e Maria tiveram uma sina de


vida muito semelhante, isto porque os primos João
(que o mundo viria a conhecer por João Batista) e
Jesus, criados juntos como irmãos, tiveram vidas
bastante próximas e entrelaçadas e que muitas e
muitas vezes e em momentos absolutamente
decisivos para os dois e para toda a humanidade
protagonizaram uma das mais fantásticas
vivências experimentadas pelo ser humano.
Por enorme coincidência, os pais de João Batista
(Zacarias) e de Jesus (José), tiveram sérias e quase
que irreconciliáveis dúvidas a respeito de suas
paternidades e da fidelidade de suas mulheres.
Isto porque Zacarias, pai de João Batista possuía
idade muito avançada para ter filhos, e sua esposa
Isabel era considerada estéril, pois apesar das
inúmeras tentativas, jamais havia engravidado na
juventude e na maturidade, e não era imaginável
que justamente agora, em idade avançada, estar
esperando um filho.
José, por sua vez, tinha semelhantes suspeições a
respeito de Maria, pois sendo ela uma moça muito
jovem, e ele com idade bem superior à dela, não
conseguia entender como após tanto tempo de
casada, Maria ainda permanecia como se fosse
virgem. (E daí a sua dúvida, pois se mesmo depois
de casada ainda aparentava "virgindade"... como
acreditar que quando havia se casado era virgem
de verdade?)
À época, não se conhecia e sequer se falava em
hímen complacente (que não se rompe e retorna
ao seu estado anterior, mesmo após a relação
sexual, mantendo uma impressão de permanente
virgindade). Mas, no entanto, após o parto de
Jesus, constatando José que ainda assim Maria
aparentava virgindade, conforme continuou, ape-
sar dos vários filhos que Maria teve, José passou a
acredi-lar que algo diferente havia com a
"virgindade" de sua esposa, e que a sua aparente
virgindade não deveria ser empecilho para seu
relacionamento com tão devotada esposa.
Com o tempo, as dúvidas sobre possíveis
infidelidades que assombravam Zacarias e José
finalmente foram sanadas e os relacionamentos
com Isabel e com Maria, foram restabelecidos sem
as suspeições de traição que pairavam no ar. E
isso trouxe um grande alívio para ambos, pois
Zacarias era um sacerdote, um fervoroso religioso,
e José, que apesar de um humilde camponês, tinha
profundo respeito e devoção pelas leis religiosas. E
estas leis religiosas eram bem claras em relação
às mulheres infiéis: Deveriam ser apedrejadas e
mortas publicamente. E, logicamente, pelo amor
que devotavam às suas esposas, ambos não
queriam ler que fazer cumprir as leis divinas que
determinavam a morte de ambas por
apedrejamento.
Restabelecer o convívio matrimonial foi mais do
que um alívio imenso para Zacarias e para José,
pois foi também, coincidentemente, um
restabelecimento de suas saúdes. Vez que, por
motivos inexplicáveis, Zacarias havia perdido a
voz e José passara a ter sua saúde bastante
debilitada, sem ânimo sequer para o trabalho. E o
restabelecimento das relações conjugais de ambos
resultou no coincidente restabelecimento da saúde
de ambos. Pois Zacarias recuperou sua voz e José
voltou ao trabalho com o ânimo que antes havia
perdido.
Pela época do nascimento de Jesus, em
Cafarnaum, no norte, na região da Galiléia,
apareceram uns pregadores religiosos, praticando
a catequese e falando de um novo mundo, um
novo porvir. Iam de casa em casa, vestiam seus
paramentos religiosos, suas mitras (chapéus
pontudos semelhantes aos chapéus de magos) e
iniciavam suas pregações. Falavam de um novo
Deus, uma nova consciência, uma nova ordem
religiosa, e como era hábito nas pregações de
nômades vindos do oriente, faziam uma série de
previsões de futuro para os moradores que os
recebiam em troca de abrigo e comida. Até que
deparando-se com o recém nascido, Jesus, foram
tomados por uma intensa energia, um grande
impacto e comoção. E como que inspirados ou
tomados por entidades divinas começaram a falar
torrencialmente e a fazer profecias a respeito do
recém nascido, principalmente em razão de seu
nascimento ter coincidido com a grande
luminosidade do céu causado por uma luz que não
sabiam bem como explicar.
Entre as profecias que faziam para o recém
nascido, uma assustou muito a José e Maria.
Exatamente a que predizia que Jesus viria a ser
um rei, que mudaria o mundo, iria trazer muita
paz, mas que antes disso seria responsável por
muita dor e sofrimento. (As profecias eram muito
comuns na época, e ainda hoje em dia o são —
não sob o nome de profecia, mas como
adivinhações ou "previsões do futuro" — pois
muitas predições ou previsões são feitas
simplesmente por dinheiro ou para angariar
simpatizantes para seitas, ordens e religiões, e em
geral dificilmente qualquer dessas previsões se
concretiza)
José, apesar de camponês, bronco, estava
acostumado com previsões, vez que era muito
comum a prática de adivinhação ou premonição
em troca de alimentos. Entretanto, embora
respeitasse e temesse certas previsões, como a
maioria das pessoas, ficou muito assustado e
situado entre o medo de estar traindo a sua
religião judaica (por estar dando ouvidos à
religiosos de outra agremiação religiosa) e a
possibilidade de seu filho vir a ter um trágico
destino messiânico.
Então, José, usando como pretexto a possibilidade
de poder vir a se concretizar a profecia dos
religiosos, e isso tornar-se um risco para seu filho
e para a sua família, diferentemente das outras
vezes em que José insistentemente tentou mudar-
se para Belém, sua terra natal, José aproveitou
que dentro de alguns meses seria a época de
recenseamento judaico, instituído por Roma para
poder aumentar a coleta de impostos, José passou
a pressionar Maria para que ambos fossem para
Belém.
Após alguns meses, com muita insistência, José
conseguiu convencer Maria de que deveriam
aproveitar a oportunidade do recenseamento e
irem juntos para a sua terra natal, Belém, na
Judéia, afastando-se, desta forma, de Cafarnaum,
na Galileia, e da proximidade de Herodes, o
Grande, que poderia vir à saber da tal profecia
messiânica dos religiosos da nova ordem e
insurgir-se contra seu filho, considerando-o como
uma ameaça ao império de Herodes, o Grande.
Embora Maria não acreditasse piamente que isso
fosse
possível, pois aquela deveria ser mais uma das
tantas profecias que são feitas diariamente, a cada
pessoa, em troca de alimentos ou algum outro
pagamento e que nunca se concretizam, Maria,
entre a dúvida e o medo, concordou com a
mudança para Belém e a longa viagem (cerca de
150 km, ou dois a três dias de viagem).
Das vezes anteriores em que José quis mudar-se
de Cafarnaum para Belém, Maria sempre
demonstrava má vontade com a viagem e
recusava insistentemente alegando,
principalmente, que não podia viajar em razão de
sua gravidez. Mas agora, diante de uma ameaça
de perigo real, e com o filho (Jesus) já com alguns
meses de vida, Maria poderia, finalmente, atender
à vontade de seu marido e ir a Belém, ao menos
por um breve período de tempo.
Procurando pousada em Belém, José e Maria
buscam ajuda com parentes, em especial na casa
da prima Isabel. E ao visitarem a casa de Zacarias
e Isabel algo de inusitado aconteceu. Pois o
primeiro encontro entre João Batista e Jesus foi
arrepiante para os pais de ambos. Isto porque,
Zacarias e Isabel incentivavam a aproximação
entre os primos e tentando ensinar João Batista a
falar corretamente o nome de seu primo Jesus
(Jeshua). Ficavam repetindo: — "Seu primo, Jeshua
(Yeshua), Jeshua (Yeshua), Jeshua (Yeshua)".
Subitamente João Batista balbuciou algo como: —
"lesthus", e abraçou Jesus apertado para só largá-
lo após grande insistência dos pais.
Foi um espanto geral, pois o que João falara
("lesthus") tanto poderia ser "Jeshua" (Yeshua),
como poderia ser "Ichtus", que em grego significa
"Peixe". Ou... o final da palavra "Christus". Foi algo
tão inesperado e surpreendente que ninguém
sabia o que realmente havia sido balbuciado por
João Batista e a estranha razão de tamanha
afinidade assombrosa, repentina e imediata entre
João Batista e Jesus.

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