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Dando continuidade na nossa EBD, iniciamos a quarta grande parte da carta aos Romanos, a

primeira parte vai do capitulo 1 à metade do capitulo 3, onde Paulo expões a perdição da
humanidade, tanto Gentil quanto Judeu. A segunda grande parte vai do capitulo 3 ao capitulo
5 onde o Apostolo escreve sobre a justificação mediante a obra de Cristo na Cruz. A terceira
parte vai do 6 ao 8 onde ele aborda a maneira que temos que viver e a quarta parte vai falar à
respeito do povo de Israel.

Após Paulo escrever do capitulo 1 ao 8, certamente surgiriam perguntas daquela igreja que em
relação aos Judeus, pois a igreja de Roma em sua maioria era formada por judeus convertidos.

E seriam perguntas como: E as promessas feitas a Abraão? As promessas feita à Israel? Não há
salvação ao povo Judeu? E outras perguntas referentes ao povo de Israel.

Então Paulo inicia o capitulo 9 mostrando a igreja de Roma sua profunda tristeza com a
situação do seu povo, tamanha era a tristeza que Paulo, se possível, tomaria o lugar na
condenação pelo seu povo.

E diz pelo menos 9 privilégios que o povo de Israel recebeu e mesmo assim negaram a Deus, e
são:

1. Ser o povo de Israel

2. Deles é a adoção

3. Deles são as Glórias de Deus

4. Deles são as alianças

5. Deles são as leis

7. Deles são o culto

8. Deles são os Patriarcas

9. Deles descende o Cristo segundo a carne

Por isso a profunda tristeza de Paulo, pois os Judeus tinham tudo e negaram a Cristo.

ROMANOS 9. 6-13

No capitulo 9, Paulo fala sobre predestinação e eleição.

Nesse capitulo Paulo vai abordar a 3 perguntas, que são?

1. Será que a palavra de Deus falhou, já que a maioria dos judeus não creu em Jesus
Cristo? Resposta de Paulo: não falhou, cumpriu-se naqueles que Deus elegeu entre a
nação judaica para serem seus filhos (9. 6-13)
2. Se Deus elegeu alguns, isso não torna injusto, uma vez que elege uns para a salvação e
deixa outros sem serem escolhidos? Resposta de Paulo: não, porque Deus faz o que
ele quer (9. 14-18)
3. Se Deus faz o que quer, por que ele reclama que o judeu não aceitou Jesus Cristo?
Resposta: quem é você para discutir com Deus?

“Não é o caso de a palavra de Deus ter falhado. Porque nem todos os que são de Israel são
israelitas” (V 6).

O termo israelita aqui é usado no sentido espiritual e não étnico, nem todos de Israel são de
fatos israelitas, do mesmo modo ele fala também no versículo 7

“... nem por serem descendência de Abraão são todos seus filhos”.

Nesse versículo a palavra filho tem o sentido espiritual.

Paulo já havia adiantado esse assunto em Romanos (2. 28, 29). Nesses versículos, Paulo
redefine o conceito de Judeu, o verdadeiro judeu é aquele que o é por dentro, cuja a
circuncisão é a circuncisão do Espírito, e não da carne, ou seja, a pessoa pode ser descendente
de Abraão e ainda sim não ser um verdadeiro judeu, um verdadeiro israelita, um verdadeiro
filho de Abraão, porque essa é uma categoria espiritual.

. Basta olhar a história do Antigo Testamento e veremos que é verdade

. Qual profeta do SENHOR não foi perseguido?

. Quais juízes eles não queriam matar?

. Quais ídolos não adoraram?

. Reclamaram do maná, quiseram voltar ao Egito.

Todos eram descendentes de Abraão. Contudo, dentre esse povo infiel, Deus sempre teve um
remanescente fiel, aquele povo que Deus mencionou a Elias. (1Rs 19.14) e (1Rs 19.18).

Então esse conceito é que nos da a base da nossa doutrina da Aliança, que é um só povo,
sempre foi um só, no Antigo Testamento é chamado povo de Israel, e agora de Igreja do
Senhor, nós brasileiros, que cremos em cristo, assim como Abraão, podemos ser chamados de
filhos de Abraão. Antes era o sábado, páscoa e circuncisão, hoje é Domingo, Ceia do Senhor e
Batismo. Apenas mudou a forma, mas sempre foi a mesma aliança, o mesmo povo, o mesmo
culto.

Resumindo, a palavra de Deus não falhou, porque o compromisso de Deus era com esse povo
que ele havia escolhido dentre a nação de Israel.

OS ARGUMENTOS DE PAULO PARA PROVAR ISSO

Paulo cita dois episódios para provar que o compromisso de Deus era com quem ele escolheu
e não a descendência biológica de Abraão.

O primeiro episódio é de Isaque e Ismael, onde mesmo Ismael sendo o mais velho, Isaque era a
criança da promessa.
O segundo episódio é Jacó e Esaú, onde Deus já havia escolhido e eles ainda nem tinham
nascido.

Isaque e Isamael

(Rm 7,8), Paulo cita aqui Gênesis 21.12. A primeira prova que Paulo dá aos seus leitores é o
episódio em que Deus manda Abraão se despedir de Agar e seu filho Ismael.

Jacó e Esaú

Alguém poderia dizer que a escolha entre Isaque e Ismael era óbvia, Ismael filho de uma serva
e por iniciativa humana, escolhas carnais, e Isaque um milagre, filho da esposa legítima, para
não ter essa dúvida, Paulo cita o episódio de Rebeca grávida de gêmeos (Gn 25.23).

Por fim, Paulo cita (Ml 1. 2,3)

CONCLUSÃO

O primeiro ponto é que a palavra de Deus não falhou, as promessas são dirigidas a esse Israel,
a Israel Espiritual, aqueles que Deus escolheu.

O segundo ponto é que esses filhos de Deus não foram só eleitos dentro da nação de Israel,
mas fora dela também. Veremos isso a partir de Romanos 9.24.

O terceiro ponto, como a palavra de Deus não falhou, portanto, nada poderá nos separar do
amor de Deus, das suas promessas. Ele haverá de cumprir tudo que prometeu. Por isso Paulo
se refere a Igreja no fim de Galatas, como sendo o Israel de Deus (Gl 6.16).

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