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Faculdade Presbiteriana de Teologia FATESUL

DIEGO FERREIRA HELEODORO

EXEGESE ANTIGO TESTAMENTO

PROVÉRBIOS 8:22-24

Curitiba 2018
DIEGO FERREIRA HELEODORO
FATESUL

EXEGESE ANTIGO TESTAMENTO

PROVÉRBIOS 8:22-24

Trabalho, apresentado a Faculdade


Presbiteriana Fatesul, como parte
das exigências para a conclusão da
disciplina de Exegese do A.T
ministrada pela Prof. Cristina Mattos

Curitiba, 20 de Junho de 2018.


1. Busca de orientação divina
A súplica pela ação iluminadora do Espírito Santo e o estudo diligente do
texto e dos contextos são requisitos indispensáveis à interpretação das
Escrituras. A Busca de orientação divina e o esforço intelectual são, portanto,
indispensável na interpretação e apreensão do ensino das Escrituras e ainda
indispensável para a preservação da sã doutrina.
Um erudito, por mais bem equipado que esteja exegeticamente,
desprovido, porém, da ação regeneradora e iluminadora do Espírito,
possivelmente não alcançará o sentido preciso da Escritura tanto quanto um
crente simples e fiel, mesmo que indouto em métodos e técnicas de
interpretação.
Não devemos isolar os estudos da oração: – “A espiritualidade deve estar
totalmente integrada na educação teológica, porque o nosso ideal deve ser "a
transformação de nossas vidas espirituais através do Espírito Santo." (Bruce K.
Waltke)

2. Delimitação da Perícope
O texto de Provérbios 8.22-31 pertence ao bloco dos primeiros capítulos do livro
(1.9). Nesse bloco se destacam dois temas: a educação do povo orientado pelo
temor de Yave (1.7) e a sabedoria personificada. Neste trabalho vamos nos
concentrar principalmente nos versículos de 22 a 24 onde Salomão compõe
interessante alegoria para descrever a excelência da sabedoria. Em linguagem
figurada, descreve o surgimento da sabedoria, sua antigüidade inescrutável, sua
participação na criação e seu valor inapreciável.
3. Tradução

Provérbios 08:22 Gramática Tradução

D¡ED¥I Nome próprio Yavé Senhor

I¦P¡P¡W ql cp 3m sg+sf 1 cm sg me possuía,

ZI¦[@¤X s f sg ct no princípio de

]m¥X¢f s cm sg+sf 3m sg o caminho dele

M£C£W s m sg ct antes de

EI¡L¡R¥T¦N s m pl ct+sf 3m sg suas obras

:F¡@¤N pp+adv mais antigas

23

M¡L]R¤N pp+s m sg de longo tempo

I¦x¥K¢q¦P nif cp 1cm sg fui estabelecida

[@«X¤N pp+s m sg de início

-I¤N¥C¢u¦N pp+s m pl ct de antes de

:U£X¡@ s f sg a terra

24

-OI¤@¥d pp+adv antes de haver

Z]N«D¥x s m pl abismos

I¦x¥L¡L]G polal cp 1cm sg eu fui gerado em dores

OI¤@¥d pp+adv antes de haver

Z]P¡I¥R¢N s m pl fontes

-I¤f¢d¥K¦P nif pt m pl ct as que são carregadas de

:M¦I¡N s m pl águas
4. Tradução literal do texto
Senhor me possuía, no princípio do caminho dele antes de suas obras mais
antigas de longo tempo fui estabelecida de início de antes de a terra antes de
haver abismos eu fui gerado em dores antes de haver fontes as que são
carregadas de águas Provérbios 8:22-24

5. Tradução melhorada do texto


O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de
suas obras. Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo
da terra. Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia
fontes carregadas de águas. Provérbios 8:22-24

6. Comparação entre versões

Almeida Revista e Atualizada Tradução do Novo Mundo


22 O SENHOR me possuía no 22 Jeová me produziu como
início de sua obra, antes de o princípio do seu caminho,
suas obras mais antigas. A primeira das suas
realizações mais antigas.
23 Desde a eternidade fui
estabelecida, desde o 23 Fui estabelecida nos
princípio, antes do começo da tempos antigos, No começo,
terra. antes de existir a terra
24 Antes de haver abismos, eu 24 Quando não havia águas
nasci, e antes ainda de haver profundas, fui produzida,
fontes carregadas de águas. Quando não havia
mananciais transbordando
de água.

7. Análise Histórica
Tradicionalmente Salomão foi o autor ou compilador dos capítulos de um a vinte
e quatro e autor dos capítulos de vinte e cinco a vinte e nove, compilados pelos
homens de Ezequias. A data provável de compilação do livro está entre 950 a
700 a.C. Embora críticos liberais achem que o livro de Provérbios foi compilado
após o exílio, e atribuam a coleção a outras pessoas, não há motivo para rejeitar
o ponto de vista tradicional de que foi Salomão quem reuniu ou escreveu os
capítulos 1-24. Nesse caso na metade do seu reinado aproximadamente 950
a.C, e aproximadamente 725-700 a.C para os últimos capítulos, 25-31.
Esse tipo de literatura era comum na maioria das nações antigas, como
Babilônia, o Egito Edom e a Fenícia. Todas tínhamos seus “homens sábios”. O
homem sábio de Israel, Salomão, foi o mais sábio de todos, conforme
reconhecimento da Rainha de Sabá (1 Reis 4:34, 10:6-7), e pessoas de todas
as nações vinham abeberar-se nos seus ensinos. Diz-se que Salomão proferiu
3000 provérbios em muitos campos de ciência, muito mais do que os 800
incluídos no Livro de Provérbios
Os nomes de Salomão e Ezequias, como compiladores sugerem que os
provérbios surgiram em época de reavivamento e interesse espiritual. O início
do reinado de Salomão foi caracterizado pela dedicação espiritual e os dias de
Ezequias por uma época de novo despertamento religioso em Judá depois de
grande idolatria. Os provérbios não eram apenas reflexões práticas para fruir boa
vida, mas sabedoria pra viver no “temor do Senhor”. Os termos “justo” e “justiça”
são usados mais de quarenta vezes no livro de Provérbios, mais do que em
qualquer outro livro, com exceção de Salmos. É possível que Ezequias tenha
enfatizado para o povo o seguinte provérbio: “ A justiça exalta as nações, mas o
pecado é o opróbio dos povos” (14:34)

8. Análise do contexto Literário

Os provérbios são uma espécie de literatura de sabedoria de Israel, que podem


estar na forma de poesia (o livro de Provérbios) ou de prosa (o livro de
Eclesiastes), ou ambas (livro de Jó).
O Livro de Provérbios utiliza vários mecanismos literários a fim de apresentar
máximas práticas para a vida através de figuras criativas, analogias e contrastes,
trata de assuntos relacionados ao cotidiano, inclusive as relações e padrões de
conduta própria. A unidade poética básica empregada no provérbio 8 é um
monólogo dramático, um objeto inanimados ou ideia abstrata que é personificada
para admoestar ou enfatizar sua natureza ou objetivo que nesse provérbio é a
sabedoria

9. Analise teológica

A teologia dos Provérbios reflete um longo período de desenvolvimento. Entre


os valores duradouros inculcados pelos materiais mais primitivos estão os ideais
da vida familiar e do dever filial e o lugar absoluto da justiça na sociedade. A
honestidade, a veracidade, acima de tudo, a integridade, são ensinadas em
dezenas de formas diferentes. A preocupação pelos pobres e desvalidos e o
valor do trabalho árduo são ambos apresentados ao leitor como bons. O
autodomínio e o controle dos desejos e das paixões são um tema comum. Além
disso, o contraste entre o justo o ímpio é analisado repetidas vezes. Há a
constante convicção de que o mal não fica sem castigo na ordem divina das
coisas. Provérbios estão em harmonia com a teologia do Deuteronômio, que
promete bênçãos pela fidelidade ao SENHOR, mas maldição pela infidelidade.
De muitas maneiras, esse nível mais antigo de ensinamentos proverbiais pode
ser resumido como manual para o sucesso na vida, considerada bênção divina.
Com o tempo os mestres de sabedoria de Israel levaram suas lições para ainda
mais perto das tradições específicas nacionais de sua fé e grande parte dos ca-
pítulos 1-9 reflete a tentativa de identificar a sabedoria com a autoridade divina
do SENHOR Deus.

A sabedoria de Deus é manifesta na criação. “Em sabedoria os fizeste todos”.


Olhamos o céu estrelado e vemos uma maravilhosa exposição de sabedoria. O
homem, após séculos de observações das estrelas a olhos nus, e após décadas
de estudos telescópicos, é ainda um calouro na astronomia. Olhamos os céus
donde vêm as chuvas e as neves e vemos que Deus sabiamente distribuiu na
terra. Sobre toda a terra vemos sinais que testificam do saber de Deus: gado
sobre mil montes, pastos cheios de rebanhos, vales vestidos de ervas para as
bestas e os homens. Olhamos as entranhas da terra e vemos carvão de pedra,
petróleo, ouro, todos distribuídos para o uso dos homens. Verdadeiramente
todas as Suas obras O louvam! Isso nos leva a igualar a sabedoria ao temor do
SENHOR Criador (cumprimento fiel do dever religioso) em 1,7.29; 2,5; 9,10;
31,30 e afirmar a origem divina da sabedoria antes do princípio do mundo (8,1-
36).

A sabedoria tem diversas formas. O Livro de Provérbios usa três termos para
distingui-las, embora deixe bem claro que elas se relacionam entre si: a.
"Sabedoria" (Chokhmah). Usado quarenta e sete vezes: 1:2, 7, 20 etc. Esse
termo expressa um discernimento moral entre o bem e o mal, entre o certo e o
errado. Aplica-se também à prudência secular em negócios. "Entendimento"
(Binah). Usado cinqüenta e três vezes em diversas formas: 1:2, 5; 2:2, 3 etc.
Significa uma habilidade para discernir entre a verdade e o erro ou entre a
realidade e a ficção. É a faculdade de perceber com objetividade valores de
longo alcance contra os interesses momentâneos de pôr a vida em ordem.
"Verdadeira Sabedoria" (Tushiyyah). Usado apenas três vezes: 2:7; 3:21; 8:14.
Significa um discernimento espiritual ou divino da verdade, desenvolvido por um
longo conhecimento da Palavra de Deus. É a habilidade de considerar a vida a
partir da perspectiva divina ou colocar princípios divinos nos hábitos diários.
O poema, 8.22-31, apresenta a sabedoria associada ao Senhor como Criador e
Sustentador do mundo; porém, em vez de ser o instrumento que realizou essa
criação, a sabedoria é personificada como companheira do Senhor ao longo de
todo o seu processo criador. A literatura sapiencial está unida ao restante do
cânon do Antigo Testamento pela ênfase na criação. Como Zimmerli propôs na
sua frase clássica e frequentemente citada: “A sabedoria pensa resolutamente
dentro da estrutura da teologia da criação”. Vemos esta relação de vários modos.
Primeiro, a sabedoria, está envolvida na busca do homem por ordem (ou
regularidade e propósito) no reino natural e na experiência humana. Ser bem-
sucedido em enfrentar a realidade (ou seja, ser sábio) envolve (1) ver o desígnio
que Deus colocou no reino criado e (2) viver de acordo com esse desígnio. Por
exemplo, muitos provérbios estão baseados em observações dos fenômenos
múltiplos da natureza e nas complexidades da experiência humana. Esses
provérbios enunciam verdades gerais baseadas nessas observações. Notar os
padrões na criação de Deus tornou possível a formulação de provérbios.
Segundo, o mundo veio à existência pela sabedoria de Deus. “O Senhor, com
sabedoria, fundou a terra; preparou os céus com inteligência. Pelo seu
conhecimento, se fenderam os abismos, e as nuvens destilam o orvalho” (Pv
3.19,20). (Cf. SI 104.24: “O Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as
coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas”). Em
Provérbios 8, a sabedoria é personificada como estando com Deus na hora da
cria Esse poema acerca da criação visa mostrar a autoridade da sabedoria que
Salomão recebeu de Deus.

10. Análise de Significados de palavras e Frases importantes

D¡ED¥I SENHOR. Temos aqui o nome próprio de Deus como o Redentor e o


Autor da aliança. A aliança da redenção de Deus com Israel sublinha seu
compromisso com a criação.

I¦P¡P¡W (qanah) me possuía. Em qanah observa-se uma raiz que denota uma
aquisição comercial e financeira de bens materiais (à exceção de alguns usos
em Provérbios, em que a sabedoria é adquirida: 4.5, 7; etc.) e outra que denota
“criação” por Deus. "A referência aqui não é que a Sabedoria foi o primeiro ser
criado, pois a sabedoria de Deus certamente é inseparável dEle; pelo contrário,
devemos entender por isso que a Sabedoria estava com Ele desde toda a
eternidade". Ela é um atributo de Deus que recebeu expressão tanto na criação
como na redenção. Neste capitulo, a sabedoria foi personificada para conseguir
um efeito poético. Os atributos de Deus são eternos, pelo que a figura da
sabedoria vem desde o "início"

I¦x¥K¢q¦P (nassak) Fui estabelecida. A raiz do original hebraico, nasakh, nos


melhores léxicos hebraicos lhe dão vários sentidos: (1) "derramar", (2) "fazer
libações", (3) "instalar", (4) "tecer', (5) "ungir". Pode referir-se à nomeação da
Sabedoria, por Deus, para Sua tarefa. Essa palavra é usada no sentido de
consagrar.

I¦x¥L¡L]G (chôlalti) eu fui gerado em dores. Sentido de " contorcer-se no


parto ", "agitar", "tremer" incabível dar-lhe sentido de um nascimento físico, pelo
fato de toda a passagem ser uma espécie de parábola. A referência a ter
"nascido" sugere que a sabedoria é, de forma singular, uma filha de Deus, mas
isso é apenas um artifício poético e não se refere a um novo ser divino O sentido
é metafórico, figurativo e isso é importante.
.
11. Comentário explicativo

Esta seção é um poema e apresenta a sabedoria como a base do projeto do


universo. O enfoque é incomum, mas essa visão sobre a sabedoria não contraria
a teologia da aliança e os atos salvíficos de Deus em Israel. Os sábios também
eram homens da aliança 11.7; 2.20-22 e notas). O método da sabedoria consiste
em enfatizar a teologia bíblica da criação como a base para a compreensão de
nossa vida como o povo remido de Deus.
O sentido dessa passagem é primeiro, a sabedoria é aquilo que Javé, como
Criador, considerava primário e indispensável. Segundo, a sabedoria é mais
antiga do que o universo, e fundamental a ele. Nenhuma partícula de matéria
nenhum traço de ordem veio a existir senão através da sabedoria.
O verbo qãnâ) tem o significado predominante de “obter”, e, daí, “possuir”
(ver,”e.g., 4:5, 7, onde a sabedoria é o objeto, como aqui). Das suas 84
ocorrências no Antigo Testamento, só seis ou sete delas permitiriam o sentido
de “criar” (Gn 14:19, 22; Êx 15:16; Dt 32:6; SI 74:2; 139:13; 8:22), e mesmo estas
não exigem esta tradução. Os substantivos derivados ressaltam ainda mais
fortemente a possessão pois Dizer que Deus não a tinha no princípio, e que tinha
que criá-la ou aprendê-la, é ideia estranha a esta passagem, e absurda.
A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de
meios e fins. Ela indica o fato de que Ele sempre busca os melhores fins
possíveis, e escolhe os melhores meios para a consecução dos Seus propósitos.
A partir dessa afirmação define-se a sabedoria divina como “o atributo de Deus
pelo qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios
possíveis”. Podemos ser um pouco mais específicos e chamar-lhe a perfeição
de Deus pela qual ele aplica o Seu conhecimento à consecução dos Seus fins
de um modo que O glorifica o máximo. Implica um fim último ao qual todos os
fins secundários estão subordinados; e, segundo a Escritura, este fim último é a
glória de Deus. A Escritura se refere à sabedoria de Deus em muitas passagens,
e até a apresenta como personificada em Provérbios 8. Vê-se esta sabedoria
particularmente na criação, Sl 19.1-7; 104.1-34.
A sabedoria parte dEle; a metáfora mais aproximada é a do nascimento (cf. 24,
25). Possuía, porém, é talvez a palavra mais aproveitável, para a tradução neste
ponto representa a origem passiva da sabedoria antes da criação do universo,
mudando da preposição min “de/desde” para outros marcadores de origem, a
saber, “quando não havia” (v. 24) e preposições que significam “antes” (vs.
25,26) anterior ao cosmos inclusive o tempo.

12. Aplicação para a atualidade

Alguns têm buscado aqui nessa passagem apoio para a ideia de que houve um
tempo em que Cristo não existia, e que Ele fora criado, ou gerado pelo Pai como
o princípio de Sua obra em estabelecer um Universo ordenado e habitado. São
incabíveis conclusões dogmáticas extraídas de passagens figurativas e
parabólicas. Mas esse texto faz referência a Cristo apenas de modo indireto. O
objetivo do livro é apresentar a sabedoria e seus grandes benefícios,
apresentação que chega ao seu ponto mais alto nos capítulos 8-9, onde os
benefícios são sintetizados. Em monólogo dramático, a "sabedoria" declara a
sua associação eterna com o Senhor, especialmente na obra da criação. Esse
discurso não é basicamente cristológico, mas demonstra que a sabedoria
exaltada no livro é a mesma pela qual Deus age. Adquirir e aplicar essa
sabedoria pode preparar uma pessoa para ser usada por Deus em grandiosa
obra. O Novo Testamento lembra-nos, porém, que Cristo é a "sabedoria de
Deus" (1 Corintios 1:24, 30; Colossenses 2:3) e aquele "em quem todos os
tesouros da sabedoria e do conhecimento" estão ocultos. Muitas das
caracterizações da sabedoria em Provérbios 8:22-31 têm extraordinárias
semelhanças cristológicas.
Entendemos melhor as palavras de Jesus: “Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e
da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as
revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado”. (Lc 10, 21)
Quando lembramos que conhecimento e sabedoria não são a mesma coisa, Um
cristão sem instrução formal pode ser superior em sabedoria a um erudito. O
conhecimento é adquirido pelo estudo, mas a sabedoria resulta de uma
compreensão coisas espirituais. Aquele é teórico, enquanto que esta é prática,
tornando o conhecimento subserviente a algum propósito específico de assuntos
pertencentes a esta vida, mas no sentido mais elevado, é a aceitação teórica e
prática da revelação divina. Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os
seus discípulos enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram
anunciando o Reino. “Felizes os olhos que veem o que vós vedes!” Quando nos
dispomos a divulgar o Reino dos Céus aqui na terra, é sinal de que ele já está
acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais
nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior. O Pai se dá a
conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus,
mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a
felicidade tão almejada.
“”

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