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Propomos o seguinte: uso da Cromatografia para quantificar a


dopamina, combinado com a Cintilografia MIBG para verificar a presença ou
ausência de uma desenervação cardíaca, juntamente com o Ultrassom
Transcraniano para avaliar a hiperecogenicidade característica da substancia
negra.

2.2.1- CROMATOGRAFIA
O procedimento usado para separar os componentes de uma amostra é
a aplicação da Cromatografia Líquida / HPLC que consiste na separação em
duas fases, uma estacionária e a outra móvel. A fase estacionária pode ser um
sólido, um líquido retido sobre um sólido, ou um gel. A fase móvel pode ser
líquida ou gasosa. A proposta da cromatografia é isolar os diferentes
elementos de uma composição de substâncias com o propósito de
identificação, quantificação ou para purificação da substancia para as mais
diversas finalidades1.
A morte neurônios dopaminérgicos está relacionada a Doença de
Parkinson que é uma doença degenerativa cujas as alterações levam a perda
gradual da Dopamina que é um neurotransmissor atinente à família das
catecolaminas é possível a determinação de catecolaminas (noradrenalina,
adrenalina e dopamina) em plasma a partir das análises feitas por
cromatografia líquida de alta eficiência com detecção UV (Ultravioleta-Visível
(UV-VIS).
O método abarca a injeção direta da amostra de plasma em uma coluna
cromatográfica com superfície interna de fase reversa (HSA-C18) e a fase
móvel composta por solução de fosfato diácido de sódio 0,05mol.L-1 (pH=6,0)
e acetonitrila (97,5:2,5 v/v), contendo 0,01g de ácido heptanossulfônico. Torna-
se possível a identificação das substâncias (Análitos) componente da amostra,
que é alvo de análise no ensaio. baseado nos tempos de fixação de cada
catecolamina e a quantificação feita pela determinação da área do pico do
analito. Os valores de recuperação das catecolaminas são de 57% para
noradreanlina, 71% para adrenalina e 85% para dopamina. Sendo o limite de
quantificação igual a 0,156mg.mL12.
1
COLLINS; BRAGA; BONATO - Introdução a Métodos Cromatográficos, 7ª edição (1997) P.165
2
SANCHEZ, Andrea et al. Determinacão de catecolaminas em amostras de plasma injeção
direta usando clae. Salusvita, Bauru, v. 20, n. 2, p. 69- 77, 2001.
2

Esse procedimento cromatográfico proposto possibilita apropriada


separação das catecolaminas plasmáticas. Ressaltamos ainda que o método
desenvolvido é bastante simples e proporciona várias vantagens devido à boa
precisão e seletividade.

2.2.2- CINTILOGRAFIA MIBG


A doença de Parkinson é crônica, progressiva e neurodegenerativa,
está associada principalmente a uma disfunção do movimento. Distingue-se
por uma perda seletiva de neurónios dopaminérgicos na substantia nigra e pela
apresentação de corpos de Lewy – agregados, maioritariamente compostos
pelas proteínas alfa-sinucleína e ubiquitina. A alta expressão da proteína alfa-
sinucleína está relacionada ao desenvolvimento do parkinsonismo associado à
desnervação cardíaca simpática. Os resultados que dizem respeito a uma
desnervação cardíaca produzida pela Doença de Parkinson foram constatados
por técnicas de imaginologia como a cintilografia. 3.
O exame que faz parte da Medicina Nuclear que utiliza compostos
levemente radioativos injetados em veias e órgãos por cateteres recebeu o
nome de cintilografia. Onde os compostos radioativos se movimentam
possibilitando a obtenção de imagens precisas para um diagnóstico. Para a
identificação de uma disautonomia cardíaca presente em pacientes com
Doença de Parkinson, que além dos problemas motores constata-se um
controle inadequado do Sistema Nervoso Autônomo sobre as propriedades
inotrópicas, cronotrópicas e dromotrópicas do coração e do tônus vascular,
que causam respostas funcionais cardíacas e da pressão arterial sistêmica
insuficientes ou inapropriadas para a regulação da homeostasia é utilizado a
técnica da MIBG que é capaz de identificar alteração da neurotransmissão
simpática cardíaca nesses doentes que apresentam disautonomia cardíaca .
Na Cintilografia com Mibg (Metaiodobenzilguanidina), o exame é feito
com medicamento composto por uma combinação de elementos químicos
radioativos que avaliam os terminais pós-ganglionares simpáticos, auxiliando
da diferenciação de doença de Parkinson contra controles saudáveis e outras

https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/salusvita/salusvita_v20_n2_2001_art_04_por.
pdf
3
SciELO - Brasil - Cardiac patients with Parkinson's disease:
//www.scielo.br/j/anp/a/kbJpDdNQ4Z8VVRmkL5mxJFK/abstract/?lang=pt
3

doenças neurodegenerativas, como a atrofia de múltiplos sistemas (AMS). É


um importante diagnóstico diferencial com Doença de Parkinson. 4. Abaixo
temos uma figura de Cintilografia do miocárdio com meta-iodo-benzil-
guanidina: imagens planares da topografia do coração: Precoce (A.1 e A.2 - 20
minutos) e tardia (B.1 e B.2 - quatro horas). H: coração; L: longa Li Fígado M:
mediastino. A: captação cardíaca normal (tremor essencial; B: captação
cardíaca reduzida (doença de Parkinson).

2.2.3- ULTRASSONOGRAFIA TRANSCRANIANA


Na área Medica, designadamente em Neurologia, a (UTC)
ultrassonografia transcraniana refere-se a um método de neuroimagem que
aplica pulsos ultrassônicos para obter imagens em escala de cinza do cérebro
adulto pelo meio dado espaço ósseo do osso temporal. O método revela boa
acurácia para o diagnóstico da doença de Parkinson e no diagnóstico
diferencial de outras doenças do movimento. 5.
A ultrassonografia transcraniana tem como principal virtude no trato de
pacientes com doença de Parkinson o aumento da ecogenicidade, ou
hiperecogenicidade, na região da substância negra mesencefálica, presente
em mais de 90% dos casos, o que atesta a disfunção da via dopaminérgica
nigroestriatal.

4
Cintilografia com Mibg (Metaiodobenzilguanidina), https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-
e-procedimentos/medicina-nuclear/cintilografia-com-mibg-metaiodobenzilguanidina
5
Ultrassonografia transcraniana Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
4

A utilização dessa técnica baseia-se no princípio de que alterações


morfofuncionais e da composição química das estruturas encefálicas
associadas a distúrbios de movimento podem levar a modificações de sua
ecogenicidade. Tal procedimento tem sido avaliado como sensível e confiável
na detecção de anormalidades dos gânglios da base do encéfalo, tais como
degeneração do sistema nervoso na Doença de Parkinson idiopática, lesão do
núcleo lentiforme na distonia idiopática e degenerações do Sistema Nervoso e
do núcleo caudado na doença de Huntington, entre outras. O procedimento é
também utilizado para o diagnóstico diferencial dos distúrbios de movimento e
na explicação de alguns de seus mecanismos fisiopatológicos 6.
Na figura abaixo temos o resultado de uma Ulrassonografia
transcraniana de um paciente com doença de Parkinson. Hiperecogenicidade
intensa pode ser visualizada na região da substância negra do mesencéfalo
bilateralmente (A e B). O mesencéfalo hipoecogênico apresenta forma de
borboleta e é circundado pelas cisternas da base hiperecogênicas (C)

6
Ultrassonografia transcraniana na doença de Parkinson, Einstein (São Paulo) vol.10 no.2 São
Paulo Apr./June 2012 https://doi.org/10.1590/S1679-45082012000200022
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