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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

VITOR SIMÕES DOS SANTOS SILVA

ATIVIDADE DE
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL

Campinas
2020
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

VITOR SIMÕES DOS SANTOS SILVA

ATIVIDADE DE
HISTÓRIA DA FILOSOFIA MEDIEVAL

Trabalho de aproveitamento
apresentado à disciplina História da
Filosofia Medieval do Curso de
Filosofia da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas, sob orientação
do Prof. Dr.Newton Aquiles Von Zuben,
para obtenção de créditos.

Campinas
2020
As Relações Do Cristianismo Com a Filosofia
Para se entender as relações entre filosofia e o cristianismo, devemos nos
voltar para o inicio do cristianismo, pois em quase todo os pensadores da idade
média se encontra o discurso da fé.
O cristianismo se deparou diversas vezes, com grandes desafios como: as
primeiras heresias, os ataques por parte dos filósofos pagãos e pela persegção
dos romanos. E em frente a todas essas dificuldades o cristianismo
apresentava seus ensinamentos não com o carater de uma nova filosofia,mas,
com uma carater religioso, uma religião revelada pelo propio Deus, ou seja,
uma forma de vida nova.
O pensamento cristão se apresenta ao mundo como, uma nova forma de
judaismo, pois toda a revelação desde os patriarcas até os profetas se
resumem ao evangelho de Cristo. Os pensadores cristãos veem o evangelho
de Jesus como a sabedoria revelada pelo divino, que se dirige a fé, e o
helenismo como uma forma de uma sabedoria humana que fala à rasão. Com
ja dito o cristianismo não nasce e nem se declara como filosofia. O cristianismo
nasce como religião, a filosofia nasce do homem, ultilizando apenas de seu
intelecto, trata apenas as noções e problemas puramente naturais. A religião
parte de Deus e de sua revelação. A filosofia apena sapresenta uma
interpretação racional do mundo.
O cristianismo desenvolve um pensamento de fraternidadeunivesal que
valorisa a todos e a cada um. Esse pensamento dava a pessoa humana, não
distinguindo a classe ou condição social. Esta idéia adentrou o mundo filosofio-
religioso se apresentou cumo uma sollução para as inquietações fiolosóficas. A
ideia cristã não encontrou dificuldades em frente as religiões pagãs da época,
pois elas viviam uma grande crise. O cristianismo porsi exigia uma adesão
verdadeira e radical, pois o apresentava Jesus como personagem histórico,
cuja divindade éra provavel, apartir do anuncio profético do antigo testamento
judeu. De modo especial a sua ressureição.
A Doutrina cristã atendeu, não só as necessidades religiosas, mais também,
exigencias éticas e morais sendidas pela sociedade, de modo especial pelo
estoicismo. O cristianismo diferente do judaismo atravessou as fronteiras da
Palestina com São Paulo, que teve contado com a cultura helenica. São Paulo
define a posição do cristianismo frente a duas culturas varias vezes seculares
como: o judaismo e o helenismo. Em quanto os gregos buscavam o divino pela
ração, os judeus se sentiam em posse da revelação divina.
Assim São Paulo os confronta, dizendo que a vrdadeira sabedoria é
proporcionada pela fé. Em lugar de oferecer provas evidentes, baseadas em
fundamentos puramente racionais, Paulo coloca os gregos em frante ao
absurdo de um Deus morto, ressucitado e elevado a glória do céu. Com isso
reconhece o papel da razão humana para descobrir o verdadeiro Deus.

O cristianismo e a filosofia são apresentados em planos distintos, sendo que o


pensamento cristão é uma doutrina de salvação, apoiada na autoridade de
Deus e a filosofia, é o produto da razão, com todas as duvudas e imperfeições
inerentes da propria natureza humana. Por isso Paulo teve dificuldades de
apresentar esta ideia cristã aos estoicos. Pois os filosofos simplismente
achavam inadmissivel a ideia de Homem-Deus (Jesus Cristo), esse sentimento
se reflete em Paulo, “Onde esta o sabio? Onde o erudito? Onde o investigador
deste mundo? Já que o mundo, com sua sabedoria, não chegou a conhecer
Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de
sua menssagem. Os judeus pedem milagres, os gregos reclaam sabedoria,
mas nós pregramos o crucificado, escando pala os judeus e loucura para os
pagãos”.(1 Cor 1,20).
As comunidades cristãs haviam crescido em numero e qualidade. Já não
bastavam mais o heroismo do martirio e sim, a defesa da fé atravez dos
apologetas, que eram escritores cristãos que assumiam a tarefa de defender a
fé dos ataque de seus adversarios, munindo a fé com argumentos racionais.
Este esforço tornou-se uma ameaça à fe cristã, pois desse pensamento surgiu
o gnosticismo que, em vez de procurar compreende a revelação cristã à luz da
fé e de acordo com a regra cristã, pretendiam transformar a fé em “gnose”, em
conhecimento religioso superior, degradando-a a um misticismo.
Quando o cristianismo se voltou às elites culturais, já contava com adeptos
capazes de enfrentar os pagãos com argumentos racionais. Apartir daqui
aparece o problema do relacionamento entre o cristianismo e a filosofia. Como
havia cristãos educados em escolas filosóficas e literárias do paganismo
capazes de criar relações entre as doutrinas e a nova fé. Conseguindo assim
convicções superiores na fé em Cristo e de seu evangelho.
A partir da converção ao cristianismo, esses pensadores cristãos assumiram
varios elementos da filosofia grega para dar sentido a fé e a defende-la contra
pensamentos hereticos e pagãos. Com isso a filosofia tornou-se uma
ferramenta de defesa e anúncio da fé. Podemos reconhecer que, os filósofos
tinham incorrido em muitos erros, mas, também chegaram a muitas verdades
sobre Deus, como a imortalidade da alma e a vida futura de modo proximo ao
pensamento cristão. Por isso não existem motivos para se rejeitar a folosofia.
Santo Agostinho de Hipona(354-430 d.C.) Considera razão e fé como duas
coisas distintas, mais inseparaveis para a pessoa que se converteu a fé cristã,
nela a fé e a razão convivem de maneira harmoniosa. Primeiro segundo ele, a
inteligência prepara o homem para a fé; depois a fé conduz e ilumina a
inteligência humana. Assim a fé, iluminada por essa inteligência, conduz o
homem ao amor. Desta maneira vai do enntendimento à fé e da fé para o
entendimento e de ambos ao amor que é Deus.
Para ele a razão é uma ferramenta poderosa no processo de busca pelo amor.
Mais a razão é limitada, assim não consegue explicar tudo. Agostinho não se
satizfaz com a fé, mas quer chegar à inteligência da mesma. Quando
reconhecemos os limites da nossa razão, que se manifesta na diversidade de
opiniões dos filósofos, concluimos a necessidade da revelação divina e da fé,
para se chegar à inteligência.

Ao deparar-mos com Agostinho, podemos pensar que para todos os


pensadores cristãos a filosofia éra bem vista, mas não era bem assim. Para um
numero significativo de pensadores cristão a filosofia éra perigosa, por ser um
produto especifico de uma cultura pagã. “Pensavam o cristianismo como a
verdade e a filosofia como a mentira”. Para eles a filosofia não passava de um
conjunto de erros e uma gigante fonte de heresias.
Assim de acordo com o príncipio teologico medieval que diz “a graça não
destroi mas aperfeiçoa a natureza” podemos sim concluir que, a influencia dos
metodos filosóficos medievais trata-se de uma influencia indireta exercida
através da pessoa do filósofo. Com isso é da natureza do cristianismo
estiumular e fecundar o pensamento filosófico que reflete sobre os problemas
mais profundos da vida e da ação humana. Então a Filosofia como um saber
humano e a revelação feita por Jesus Cristo, contitui-se, não em uma filosofia
cristã, mais sim em uma teologia escolastica que é formada pelo saber
racional, da dialética e da especulação pura com a revelação e com os
mistérios da fé. A filosofia contribui nesse processo, criando ferramentas para
um aprofundamento na fé cristã.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ZILLES, Urbano. FÉ E RAZÃO NO PENSAMENTO MEDIEVAL. Porto Alegre:


Loyola, 1996.

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