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A Importância Da Afetividade Do Educador No Processo de Desenvolvimento Sócio-Emocional Da Criança Na Educação Infantil
A Importância Da Afetividade Do Educador No Processo de Desenvolvimento Sócio-Emocional Da Criança Na Educação Infantil
RESUMO
ABSTRACT
This paper deals with the importance of affectivity in the learning process in early childhood
education. Affectivity is the fundamental purpose for the construction of affective cognitive
information in children and, consequently, in the relationships that must be established
between teachers and students. Thinking about this relationship, it is coherent to say that the
school is the place of socialization and enables the student to participate in projects and
choices that will contribute to their future and growth as a citizen. It is essential that the
school, a space that maintains a deep relationship with the students, is able to develop an
education that leads to reflection and the emergence of critical and conscious thinking. In
addition to assisting the process of absorption of intellectual knowledge, the school is
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responsible for providing affective development among individuals. Hence the relevance of
addressing the theme of teacher affection, as it understands that caring is a conscious act. This
article is the result of a bibliographic and documentary research, with a qualitative approach
in which we dialogue with theorists of the area and with official documents whose main
objective is to produce reflections on the influence of affectivity on learning and the benefits
that the affective bond between teacher and teacher. student produces to the learner in the
teaching process. For this, students should be evaluated from their experiences and the teacher
needs to look at the student as a social being, subject of his own development where the
reconstruction of learning happens through a continuous practice that goes beyond the school
space.
INTRODUÇÃO
A afetividade é importante para que através dos resultados, traga para o ambiente
escolar uma relação boa entre todos e assim, contribuir para um desenvolvimento melhor e
para melhor da criança. Não há como negar que a afetividade está ligada ao ensino-
aprendizagem, sendo importante este tema ser abordado e discutido na ação pedagógica da
escola.
É imprescindível que o interesse dos profissionais da educação seja de fato com o foco
nas reais necessidades, como expectativas da educação na formação de indivíduos críticos-
reflexivos. É necessário haver mudanças não apenas nas palavras, mas nas atitudes. É preciso
estar comprometido com o aluno, com a escola, com a sociedade e com os professores
promovendo uma educação de qualidade, vendo o aluno como indivíduo ativo do processo
ensino aprendizagem. Só assim os docentes cumprirão com o papel de orientador realizando
mais que o simples papel de ensinar.
A metodologia deste trabalho foi de cunho qualitativo e quantitativo, uma vez que
buscou-se a aproximação do corpo teórico da temática, qual seja, a afetividade e a prática
docente. O objetivo geral do projeto, e analisar a afetividade do professor como contribuição
para o desenvolvimento sócio-emocional da criança na educação infantil. Relatar a fundo,
como a afetividade é essencial na vida de cada um, começando desde a infância.
Conforme Argyle (1974, p.163), “Se os pais dizem ao filho que ele é inteligente ou o
tratam como indigno de confiança, esses atributos podem integrar-se em sua ego-identidade”.
Sob este enfoque, a maneira como a criança percebe essas avaliações feitas pelo adulto,
influencia o modo como vêem a si próprios e como forma sua auto-imagem.
Existem diversas formas de conhecer e aprender, as quais são construídas nas trocas
com o objeto de estudo, são organizadas em momentos sucessos de adaptação ao objeto.
novos, a criança ouve emite respostas acomodando os sons, e com o passar do tempo começa
a falar de forma compreensível.
Conforme Magrit Krueger (2003), a escola, por ser o primeiro agente socializador fora
do círculo familiar da criança, torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições
necessárias para que ela se sinta segura e protegida. Nesse ambiente e nas ações estabelecidas,
a criança potencializa e se reafirma na relação eu e o outro, nessa interação afetiva com outro
sujeito, cada sujeito intensifica sua relação consigo mesmo, observa seus limites e, ao mesmo
tempo, aprende a respeitar os limites do outro. A afetividade é necessária na formação de
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pessoas felizes, sensiveis, éticas, seguras e capazes de conviver com o mundo que a cerca.
Em consonância, Freire (1999), define a prática educativa como “afetividade, alegria,
capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da
permanência do hoje.” (p.161). Em ambas citações teóricas observamos claramente o quanto
os professores e as instituições escolares são imprescindíveis na contínua formação dos
sujeitos e na transformação do hoje e amanhã. Assim, não nos restam dúvidas de que se torna
indispensável a presença de um educador que tenha consciência de sua importância não
apenas como um mero reprodutor da realidade vigente, mas sim como um agente
transformador com uma visão sócio crítica da realidade.
Segundo La Taille (1992), Jean Piaget (1896-1980) foi um dos primeiros autores que
questionou as teorias sobre a afetividade e a cognição como aspectos funcionais separados.
Para Jean Piaget, “o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois
componentes: o cognitivo e o afetivo”. Paralelo ao desenvolvimento cognitivo está o
desenvolvimento afetivo. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e
emoções em geral. Conforme Piaget (1995) elas são inseparáveis, pois, defende que toda ação
e pensamento comportam um aspecto cognitivo, representado pelas estruturas mentais, e um
aspecto afetivo, representado por uma energética, que é a afetividade. Ou seja, “a afetividade
constitui aspecto indissociável da inteligência, pois ela impulsiona o sujeito a realizar as
atividades propostas”. Segundo La Taille (1992) “os educandos alcançam um rendimento
infinitamente melhor quando se apela para seus interesses e quando os conhecimentos
propostos correspondem às suas necessidades”.
Valorizar a relação entre professor e aluno é vital para que se criem condições de gerar
uma base educacional sólida que seja capaz de atingir o seu objetivo com eficiência.
O diálogo e o respeito ao outro deve ser o alicerce da relação entre professor e aluno.
Dessa forma, tanto um quanto outro cria condições de desenvolvimento e crescimento mútuo.
Conhecer a realidade do educando, suas experiências e seus meios de aprender são
fundamentais para que o professor possa desempenhar bem seu papel de mediador do
conhecimento. Este relacionamento dará suporte à atuação de cada um deles, esse processo de
construção de conhecimento resultará na aprendizagem docente e discente. O professor no
decorrer do processo de ensino pode aprimorar sua prática pedagógica, analisando e refletindo
sobre sua metodologia. Já o educando por sua vez poderá aprender os conteúdos propostos,
sentir-se mais seguro no ambiente escolar, dentre outros fatores decisivos para o seu
desenvolvimento intelectual.
Assim, o problema que norteou este estudo consistiu em discutir de que modo
educadores pensam as atividades lúdicas e qual a contribuição destas para a aprendizagem. É
claro e notório que jogos e brincadeiras são poucos utilizados no ensino fundamental como
recurso didático para o desenvolvimento de um ambiente alfabetizador, já que os alunos e
professores pouco se utilizam desse recurso didático.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
CARACTERIZAÇÕES DE PESQUISA
O RCNEI (BRASIL, 1998 b, p. 23) ao abordar as ideias que envolvem cuidar e educar
na educação Infantil, no que se refere ao ato de educar, o mesmo diz que o educador contribui
para formação de crianças mais seguras e motivadas, através do “[...] desenvolvimento das
capacidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas”. Nesta perspectiva, educar na
Educação Infantil é proporcionar momentos onde as crianças possam desenvolver a
afetividade, as emoções e os sentimentos.
Para Wallon, deveria-se estudar em que a criança vive e se desenvolve. Diz que a
criança é um ser social geneticamente, pois, depende de suas interações para sobreviver e
desenvolver. A sociedade intervém nesse desenvolvimento psíquico, pois, através de suas
experiências sucessivas e dificuldades ou não, a criança depende de adultos para viver e
sobreviver durante muito tempo da sua vida. Sendo assim, a emoção para ele é vista como
algo imprescindível a espécie humana e também a afetividade, onde essas emoções se
manifestam. “Não se pode explicar uma conduta isolando-a do meio em que ela se
desenvolve” (WALLON, 1986:369). Na teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual
de divide em cognitivo e afetivo, sendo que o afeto inclui sentimentos, interesses, desejos,
tendências, valores e emoções em geral. A inteligência se desenvolve através de suas
interações e convivência do meio em que vive. Para Vygotsky, a afetividade se faz presente
no desenvolvimento do indivíduo, pois, através do afeto que se estabelecem as relações
interpessoais. A formação da criança ocorre primeiramente pelo contato com a sociedade. É
neste contato que ocorre o aprendizado, a relação entre indivíduos, promovendo o
desenvolvimento das funções psicológicas. Este desenvolvimento é de suma importância, pois
é por meio dele que a criança aprimora suas habilidades sócio-emocionais.
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A análise dos dados revelou que a afetividade é um fator que pode influenciar a vida
de toda criança em todos os contextos nas quais estão inseridas, na vida familiar, no cotidiano
escolar, nas relações sociais, entre outras. Em relação a afetividade no contexto escolar, a
relação que há entre professores e alunos deve ir além da transferência do saber, é necessário
que haja uma relação de afeto e amizade entre ambos, com o intuito de que a criança expresse
seus sentimentos naturalmente e dessa forma o docente tem a capacidade de conhecer a
realidade de seus alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que é no período escolar que a ampliação dessas relações ganha
maior significatividade por ser um período em que a criança constrói para si a concepção
social do mundo enquanto relações humanas além-familiares.
Em virtude dos argumentos apresentados, espera-se que, este artigo tenha contribuído
de forma a promover reflexões sobre o reconhecimento e importância da afetividade no
processo de ensino aprendizagem, como também favorecer ao alcance de novos caminhos
para a pesquisas na área da afetividade na educação, principalmente quando se restringe a
relação entre professor e aluno.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Ivan Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2003.
VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.