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LÍNGUA PORTUGUESA
Caderno de Referência de Conteúdo
Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
469 Z29l
Zamproneo, Silvana
Língua portuguesa / Silvana Zamproneo, Felipe Aleixo – Batatais, SP :
Claretiano, 2013.
208 p.
ISBN: 978-85-67425-82-5
CDD 469
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
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web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Conteúdo––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Comunicação e linguagem. Texto: conceito, tipologia e estruturação. Fatores de
textualidade: coerência e coesão. Aspectos gramaticais relevantes à produção
textual. Dissertação, resumo e resenha. Leitura crítica, interpretativa e analítica.
Produção de textos.
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1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo de Língua Portuguesa. Neste Ca-
derno de Referência de Conteúdo, você encontrará o conteúdo bá-
sico das seis unidades.
Esperamos que você amplie seus conhecimentos de língua
portuguesa e aperfeiçoe sua habilidade de comunicação oral e es-
crita, de forma a dominar as condições de recepção e produção
textual. Além disso, tomará contato com teorias sobre os gêneros
e as estruturas de discurso que lhe auxiliarão a produzir diferen-
10 © Comunicação e Linguagem
É por ser tão complexa que, para este estudo, a vírgula foi
eleita, dentre os sinais de pontuação, para ser estudada e bem
compreendida.
Encerrando os estudos de subsídios gramaticais, apresenta-
dos na Unidade 3, apresentaremos a você a relação de concordân-
cia estabelecida entre sujeito e verbo e entre dois nomes. Estamos
falando, respectivamente, de concordância verbal e de concor-
dância nominal. Utilizar-se desses conhecimentos na hora de pro-
duzir um texto escrito é de fundamental importância.
Segundo Abreu (2003, p. 157), a concordância:
[...] é um processo pelo qual as marcas de número e pessoa de
substantivos ou pronomes são assumidas por verbos e as marcas
de gênero e número de substantivos são assumidas por adjetivos,
artigos, pronomes e alguns numerais (grifo do autor).
Cobertura:
• 1/2 lata de leite condensado;
• 1/2 xícara de leite;
• 1 colher de manteiga;
• 5 colheres de achocolatado em pó.
Modo de Preparo
Massa:
1. Em um recipiente misture todos os ingredientes, menos a água
fervente e o fermento.
2. Quando essa mistura estiver homogênea, adicione os outros
ingredientes.
3. Despeje em uma forma untada, e leve ao forno médio por 30
minutos aproximadamente.
© Caderno de Referência de Conteúdo 25
Cobertura:
1. Derreta a manteiga na panela e adicione o leite condensado, a
manteiga e o achocolatado.
2. Mexa até desgrudar do fundo da panela (ponto de brigadeiro).
3. Cubra e recheie o bolo depois de assado (TUDO GOSTOSO.
Nega Maluca. Disponível em: <http://tudogostoso.uol.com.br/
receita/19132-bolo-nega-maluca.html>. Acesso em: 28 jun. 2010).
Como você pode perceber, nesse texto, que é a receita de
um bolo, indicam-se os procedimentos para realizar uma tarefa.
Outros exemplos de textos que se utilizam de estruturas proce-
durais são: manuais em geral (de carro, de eletrodoméstico etc.),
bulas de medicamento, receitas culinárias, regras de jogo etc.
Por fim, na última unidade, você aperfeiçoará o seu racio-
cínio lógico e a sua capacidade de abstração e de articulação do
pensamento. Mas como vai fazer isso? Ora, com a leitura, inter-
pretação, análise e discussão de textos. É nessa unidade que você
treinará, ainda, a sua capacidade de síntese, aprendendo a elabo-
rar resumos. Finalmente, estudará a dissertação, que é o tipo de
texto mais utilizado nos meios acadêmicos.
É importante que você se atente bem a essa seção sobre os
textos dissertativos, uma vez que é por meio desse gênero discursi-
vo que você deverá elaborar o seu Trabalho de Conclusão de Curso.
Esperamos que, com o estudo de Língua Portuguesa, você
consiga aperfeiçoar as suas habilidades relacionadas à língua escri-
ta e, assim, obtenha sucesso em sua vida acadêmica e profissional.
Lembre-se de que manter contato contínuo com o texto é uma das
melhores alternativas para compreendê-lo; para isso, basta que
você leia constantemente!
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi-
da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhe-
cimento dos temas tratados em Língua Portuguesa. Veja, a seguir, a
definição de seus principais conceitos:
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles
que exigem uma resposta determinada, inalterada.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com o estudo de Língua Portuguesa pode ser uma
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além
disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhe-
cimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profis-
sional.
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões
autoavaliativas (as de múltipla escolha e as abertas objetivas).
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo convida
você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo
de emancipação do ser humano. É importante que você se atente
às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes
nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas
com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aquilo
que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não conhe-
ce, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido percebido
antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à
maturidade.
Você, como aluno dos cursos de Graduação na modalidade
EAD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu
caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas poderão ser
utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produções científicas.
2. CONTEÚDOS
• Diferenças entre linguagem humana e comunicação animal.
• Esquema da comunicação.
• Funções da linguagem.
• Características da fala e da escrita.
40 © Comunicação e Linguagem
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Iniciaremos nossos estudos em Língua Portuguesa com os
seguintes tópicos:
• Processo de comunicação.
• Funções da linguagem.
• Diferenças entre fala e escrita.
Todo ser que vive em sociedade, seja um animal, seja o ser
humano, tem necessidade de comunicar-se com os outros mem-
bros da comunidade de que faz parte. A comunicação é, pois, um
dos fatores essenciais à vida desses seres.
O ser humano, para comunicar-se, faz uso da linguagem. Em
sentido lato, o termo "linguagem" é utilizado em referência tanto
à comunicação animal como às diferentes formas de comunicação
humana: língua falada, língua escrita, artes em geral (dança, músi-
ca, cinema, teatro, pintura, escultura etc.), mímica, gestos, língua
dos surdos-mudos etc. [...]
Os linguistas, entretanto, têm discutido a seguinte questão:
a comunicação animal pode ser considerada linguagem?
O zoólogo alemão Karl von Frisch (apud Benveniste, 1995)
estudou, durante muitos anos, a comunicação das abelhas. Ele
descobriu que uma abelha operária, após descobrir um local onde
5. ESQUEMA DE COMUNICAÇÃO
O processo de comunicação, estudado pela Teoria da Comu-
nicação e pela Teoria da Informação, compreende seis elementos:
uma pessoa, ou um grupo de pessoas, envia uma mensagem que
remete a um determinado referente a uma outra pessoa, ou um
outro grupo de pessoas, por meio de um canal e de um código
com o qual elabora a mensagem.
Um pequeno diálogo é um ato de comunicação e envolve
os seis elementos mencionados. Vejamos, a seguir, um trecho de
conversa real entre um documentador (Doc.), ou seja, uma pessoa
que instiga e documenta o diálogo, um primeiro locutor (L1) e um
segundo locutor (L2):
6. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Você sabia que o seu sucesso profissional, independente-
mente da área de atuação, depende, entre outros fatores, da boa
leitura e da correta interpretação de diferentes tipos de texto?
Além disso, é importante que você saiba usar a língua portuguesa
com habilidade em diversas situações comunicativas.
Se você tiver de apresentar-se em público, como, por exem-
plo, em um seminário, é importante que saiba expor suas ideias
em um texto falado bem estruturado. Da mesma forma, caso ne-
cessite apresentar suas ideias por escrito, como em uma prova ou
em um concurso, terá de produzir um bom texto.
Relacionadas aos diferentes gêneros de discurso (resumo,
resenha, romance, conto, poema, dissertação científica, piada
etc.) estão as funções da linguagem, por meio das quais, entre ou-
tras atividades, informamos, convencemos, persuadimos, encan-
tamos, divertimos alguém. Vejamos quais são elas.
Função emotiva
A função emotiva ou expressiva está centrada no emissor.
Nas mensagens em que predomina tal função, ele expressa suas
emoções, seus sentimentos, seus julgamentos e suas atitudes em
relação ao que diz e ao contexto. O texto em que é predominante
a função emotiva geralmente é impregnado de subjetividade. Esta
função é típica de poemas, romances, contos, crônicas, cartas pes-
soais, autobiografias, discursos em geral etc.
Observe, a seguir, um poema e trechos de textos em que
está presente a função emotiva.
© U1 - Comunicação Humana: Elementos da Comunicação, Funções da Linguagem, Fala e Escrita 49
Função conativa
A função conativa ou apelativa está centrada no destinatá-
rio. O emissor tenta exercer alguma influência sobre o destinatá-
rio, tenta conduzi-lo a um comportamento específico.
Por meio de apelo, ordem, pedido ou conselho, o emissor
objetiva convencer ou persuadir o receptor. A função conativa nor-
malmente está presente em textos publicitários, discursos políti-
cos, sermões etc.
Preste atenção em propagandas na televisão, na internet e
em revistas. Você verificará que é bastante usual verbo no impe-
rativo ("experimente", "aproveite", "compre", "beba" etc.) e na
segunda pessoa do discurso (“tu” ou “você”). Os textos publicitá-
rios objetivam estabelecer interação com os potenciais consumi-
dores na tentativa de convencê-los de que o produto anunciado
é o melhor.
Observe os enunciados seguintes:
• Feche a porta quando sair. (ordem)
• Você deve agir com ética sempre. (obrigação)
• Você deveria estudar para a prova. (conselho)
Neles, verificamos a tentativa do emissor de influenciar a ati-
tude e o comportamento do destinatário (você).
© U1 - Comunicação Humana: Elementos da Comunicação, Funções da Linguagem, Fala e Escrita 51
Função poética
A função poética centra-se na mensagem. Há a preocupação
com a organização e a elaboração do texto. O emissor elabora a
mensagem de forma peculiar, pois realiza um cuidadoso trabalho
de seleção e combinação de palavras e utiliza a linguagem trópica
(conotativa), com figuras de linguagem (metáforas, sinestesias, an-
títeses etc.), criando, assim, efeitos de sentido e provocando, pela
linguagem inusitada, o estranhamento.
Na poesia, há o predomínio desta função, já que se utilizam
rima, ritmo, sonoridade, aliterações, assonâncias, metáforas etc.
Ela também está presente em letras de música e pode, ainda,
ocorrer na oratória, na publicidade, em textos religiosos, em tex-
tos jornalísticos etc.
Leia atentamente as três primeiras estrofes do Canto I, Infer-
no, de A divina Comédia, de Dante Alighieri:
Da nossa vida, em meio da jornada,
Achei-me numa selva tenebrosa,
Tendo perdido a verdadeira estrada.
Função metalinguística
A função metalinguística está centrada no código. Com ela,
o emissor define, conceitua, caracteriza, detalha, explica ou pre-
o senhor está lidando com gente ignorante de cidade... o senhor falou que
Doc.
enxada é diferente do enxadão por quê
e... porque a enxada ela é:: é mais ( ) na parte que entra na terra... é uma
parte mais larga... e é como vamos dizer um triângulo... enquanto que o
Inf.
enxadão... ele é mais estreito... e é como se fosse um retângulo... (PRETI;
URBANO, 1988, p. 19, linhas 90-96).
Função fática
A função fática está centrada no canal de comunicação.
Com ela, o emissor estabelece, mantém e encerra a interação com
o destinatário. Os cumprimentos iniciais ("oi", "olá", "tudo bem?",
"bom dia") e os cumprimentos finais ("tchau", "adeus", "até logo",
"beijos", "um abraço") são recursos utilizados, respectivamente,
para iniciar e finalizar o contato. Esta função é também utilizada
para testar o canal ("você está me ouvindo?") ou para verificar se
o destinatário está atento ("compreendeu?", "você está entenden-
do?", "não é?"). Tal função aparece com muita frequência em con-
versas face a face, conversas telefônicas, início e fim de encontros
etc.
Leia, a seguir, o pequeno diálogo ao telefone já apresentado
e observe as expressões destacadas, as quais são utilizadas para
iniciar e encerrar a conversa e para testar o canal:
• Alô!
• Alô! Quem fala?
• É o Luís.
• Oi, Luís! Tudo em ordem? É o Pedro da oficina quem está
falando.
• Oi, Pedro! Vamos indo. E você?
• Joia! Luís, seu carro ficou pronto. Está uma beleza!
• Oi? Não entendi. Minha esposa está usando o aspirador
de pó aqui na sala. Está muito barulho.
• Você não está ouvindo? Eu disse que seu carro ficou pron-
to.
• Ah! Agora ouvi. Ela desconfiou e desligou o aparelho. Irei
buscá-lo à tarde.
• Ok. Um abraço.
• Outro.
© U1 - Comunicação Humana: Elementos da Comunicação, Funções da Linguagem, Fala e Escrita 55
Função Referencial
A função referencial (denotativa, informativa ou represen-
tativa) está centrada no referente da mensagem. Segundo Barros
(2003, p. 33), "os textos com função referencial ou informativa são,
portanto, aqueles que têm por fim, na comunicação, a transmissão
objetiva de informação sobre o contexto ou referente [...]".
Trata-se de discursos em que há um distanciamento do su-
jeito enunciador, que é aquele responsável pelo discurso, ou seja,
com o uso da terceira pessoa, o sujeito enunciador apaga suas
marcas, o que produz o efeito de objetividade e de imparcialidade.
Em textos em que predomina esta função, faz-se uso de argumen-
tos e do raciocínio lógico.
Em textos em que é predominante a função referencial, o
emissor apresenta fatos ou transmite informações de maneira
clara e precisa, sem comentários subjetivos. Tal função ocorre em
7. FALA E ESCRITA
Você observou que, nas seções anteriores, utilizamos como
exemplos ilustrativos tanto textos da língua falada como textos da
língua escrita? Por eles, você conseguiu perceber que fala e escrita
têm características próprias? Esperamos que tenha conseguido. É
exatamente a diferença entre essas duas modalidades da língua
que abordaremos agora.
Você deve estar perguntando por que estudar também a fala,
nesta unidade, e não apenas a escrita, já que o objetivo deste Ca-
derno de Referência de Conteúdo deve ser aperfeiçoar a produção
do texto escrito do aluno, vale dizer, a sua competência textual.
Nosso foco, é óbvio, é o estudo da língua escrita. Entretanto,
conhecer as características da língua falada e as diferenças entre
ela e a escrita pode ajudar-nos a evitar transpor para o texto escri-
to as chamadas marcas da oralidade.
Prossigamos, então.
Iniciemos com a leitura de um texto de língua falada e um de
língua escrita.
L1 não é bem comunicação é transporte
L2 pra mim é:: ainda...
L2 você comunica diferentes pontos da cidade quando você::... sabe? Faz com
que pessoas que:: antes teriam acesso ou mais difícil ou não teriam... de
um ponto
L1 para outro
L1 isso aí seria um
L2 é mercúrio ((ri))
L1 é::... diferente... certo?...
L2 mas em suma acho que... sabe está ligado a todo um contexto
de::... que...
é diferente
O colchete indica que os interlocutores falaram ao mesmo
tempo, havendo, pois, sobreposição de vozes.
(mas vem daí)
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
1) Para verificar se você compreendeu o processo de co-
municação, leia atentamente o texto de conversa ao te-
lefone que criamos e, em seguida, identifique e analise
os seis elementos envolvidos neste ato comunicativo:
• Alô!
• Alô! Quem fala?
• É o Luís.
• Oi, Luís! Tudo em ordem? É o Pedro da oficina quem
está falando.
• Oi, Pedro! Vamos indo. E você?
© U1 - Comunicação Humana: Elementos da Comunicação, Funções da Linguagem, Fala e Escrita 61
Gabarito
Depois de responder às questões autoavaliativas, é impor-
tante que você confira o seu desempenho, a fim de que possa sa-
ber se é preciso retomar o estudo desta unidade. Assim, confira, a
seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas pro-
postas anteriormente.
Questão n. 1
Como se trata de um ato de comunicação, estão presentes
os seis elementos. Quando Pedro fala, ele é o emissor e Luís é
o destinatário. Em contrapartida, quando Luís tem a palavra, ele
torna-se o emissor e Pedro, o destinatário. Por ser um diálogo, os
locutores alternam seus papéis.
A mensagem é o conteúdo das informações contidas na con-
versa. Compreende as saudações inicial e final, a informação de
que o carro está pronto e a informação de que Luís irá buscá-lo à
tarde. O diálogo é estruturado em turnos conversacionais, com-
preendidos como os enunciados produzidos pelos falantes no mo-
mento em que eles têm a palavra.
O referente da mensagem é aquilo de que Luís e Pedro fa-
lam: o carro de Luís. Além disso, o referente concerne a todo o
contexto de comunicação no qual os falantes estão inseridos. Ob-
serve que a esposa de Luís também faz parte desse contexto, e
é ela quem provoca o ruído que, em determinado momento do
diálogo, prejudica a boa comunicação.
O código utilizado para elaborar a mensagem é a língua por-
tuguesa falada. O canal de comunicação utilizado para transmitir a
mensagem compreende os aparelhos telefônicos dos dois interlo-
cutores e o fio que liga os dois fones à central telefônica.
Questão n. 2
No poema apresentado, predomina a função poética, já que
há um cuidado especial com a linguagem. O texto estrutura-se
© U1 - Comunicação Humana: Elementos da Comunicação, Funções da Linguagem, Fala e Escrita 63
9. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao fim da primeira unidade. Esperamos que você
tenha compreendido os conteúdos abordados. Caso haja quais-
quer dúvidas, entre em contato conosco. É interessante que você
faça uma leitura dos textos das referências bibliográficas.
Nas unidades seguintes, concentrar-nos-emos no estudo do
texto escrito, o qual deve ser nosso legítimo objeto de análise.
Assim, na Unidade 2, especificamente, estudaremos o con-
ceito de "texto" e os fatores de textualidade, dando especial aten-
ção a dois desses fatores, quais sejam, a coerência e a coesão.
PRETI, D.; URBANO, H. (Org.). A linguagem falada culta na cidade de São Paulo. Entrevistas
(Diálogos entre informante e documentador). São Paulo: T. A. Queiroz/FAPESP, 1988, v. 3.
RODRIGUES, Â. C. S. Língua falada e língua escrita. In: PRETI, D. (Org.). Análise de textos
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Sites
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