Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TIANGUÁ 2021
2
TIANGUÁ
2021
CIP - Catalogação na Publicação
BANCA EXAMINADORA
_ _ _
Prof. Esp. Gustavo Judhar Ferreira Ribeiro
Faculdade Ieducare- FIED/UNINTA (orientador)
_ _ _
Prof. Esp. Anderson Conceição Rodrigues (examinador 1)
Faculdade Ieducare - FIED/UNINTA
_ _ _
Prof. Esp. Francisco Maxwânio Parente de Vasconcelos
(examinador 2)
Faculdade Ieducare - FIED/UNINTA
_ _ _
Coordenadora do Curso
Profª. Ma. Jéssica Teles de Almeida
FIED BOLcare
OOutros. Especificar_
TERMO DE AUTORIZAÇÃO
Na qualidade de titular dos direitos de autor da obra, autorizo a FIED a disponibilizar, o texto integral do trabalho citado,
conforme permissão abaixo por mim assinada, para fins de leitura, impressão e/ou download, a partir desta data.
A partir de qual data o documento poderáser disponibilizado no Repositório Institucional da FIED? 2/o8 l2o2 2
A obra continua protegida por Direito Autoral elou por outras leis aplicáveis. E proibido qualquer uso daobraque_
não o autorizado pela legislação autoral.
Este formulário deve ser encaminhado à biblioteca que atende o curso e/ou unidade acadêmica do depositante,
junto coma versão digital do documento.
Tianguá, CE
Local e data
IC8 12022
ezitn kgn_de4
Agsinatura do Autor efóu Detentor dos Direitos do Autor
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho as pessoas mais importantes da minha vida, que são minha base e
que tenho como exemplo: meu pai Raimundo Alexandre de Oliveira e minha mãe Maria
Iran Rego de Oliveira que sempre estiveram comigo me dando corragem e orientando-me,
para nunca dexistir dos meus objetivos.
4
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus por me dar força interior e coragem para concluir este trabalho, a todos
os meus familiares e amigos pelo o incentivo de não desistir nunca. A todos professores
que estiveram presentes em minha vida acadêmica.
5
EPÍGRAFE
RESUMO
Este trabalho monográfico traz como tema A Desmilitarização da Polícia Militar e sua problemática tange do
porquê uma polícia deve ter a mesma estruturação de uma instituição que é treinada para batalhas externas. A
justificativa dedilha acerca de que não se justifica uma polícia militarizada, em que esta é submetida a um
regimento interno voltado ao cárcere do militarismo em um país democrático de direito. Um grande exemplo é
o fato de países mais desenvolvidos onde não existe esse tipo de policiamento militarizado, pois é um exagero
o PM ser submetido a treinamentos baseados em estado de guerra. E tem como objetivo geral mostrar que a
desmilitarização é a melhor opção para uma polícia mais humanizada para uma sociedade de paz, bem como,
assegurar o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana aos policiais que são tratados de forma desigual por uma
constituição que preze pelo Princípio da Igualdade. Este estudo é de cunho qualitativo, baseado em livros,
revistas e outro artigos que tratam sobre o assunto. Finalizando esta monografia notou-se como em país
democrático de direitos ainda possa existir uma polícia na qual ainda esta enraizado e incumbida a personalidade
de uma defesa arcaica em que o treinamento é voltado para o confronto contra o inimigo.
ABSTRACT
This monographic work has as its theme The Demilitarization of the Military Police and its problematic
concerns why a police force should have the same structure as an institution that is trained for external battles.
The justification plays on the fact that a militarized police is not justified, in which it is subjected to an internal
regiment aimed at the prison of militarism in a democratic country under the law. A great example is the fact
that more developed countries do not have this type of militarized policing, as it is an exaggeration for the PM
to be subjected to training based on a state of war. And its general objective is to show that demilitarization is
the best option for a more humanized police for a society of peace, as well as to ensure the principle of human
dignity to police officers who are treated unequally by a constitution that values the principle of equality. This
study is qualitative, based on books, magazines and other articles dealing with the subject. At the end of this
monograph, it was noted how in a democratic country of rights there may still be a police in which the
personality of an archaic defense is still rooted and incumbent on it, in which training is aimed at confronting
the enemy.
LISTA DE SIGLAS
CF - Consttituição Federal
COTER – Comando de Operações Terrestres CORE – Coordenadoria de Recursos
EspeciaisCV – Comando Vermelho
DF - Distrito Federal
DNA – Ácido Desoxirribosenucleico FFAA – Forças Armadas
IGPM – Inspetoria Geral das Polícias Militares IPEA – Instituto de Pesquisas Econômica
Aplicada LOB – Lei Organização Básica
MJ – Misnistério da Justiça MT – Mato Grosso
PCC - Primeiro Comando da Capital
PEC – Posposta de Emenda à ConstituiçãoPM – Polícia Militar
PMCE – Polícia Militar do Ceará
PNRH – Pacto Nacional pela Redução de HomicídiosRO - Rondônia
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 11
2.1 As Polícias Militares no Brasil ............................................................................... 11
2.2 Origem e Estrutura da Polícia Militar Brasileira. ............................................... 12
2.3 As Polícias Militares na Constituição De 1988 na
Atualidade ......................................................................................................................... 14
2.4 Histórico da Polícia Militar do Ceará. .................................................................. 16
3 SEGURANÇA PUBLÍCA NOS ESTADOS ............................................................ 17
3.1 Conceito de Segurança Pública. .............................................................................17
3.2 Segurança Pública na Atualidade ..........................................................................22
3.3 Soluções para Diminuir a Criminalidade...... ......................................................... 27
4 A DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR ............................................32
4.1 A Proposta de Desmilitarização. ............................................................................ 32
4.2 Os Fatos Negativos da Polícia Militarizada. .......................................................... 37
4.3 Fatores Positivos da Polícia Desmilitarizada. ...................................................... 42
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................43
10
1 INTRODUÇÃO
Vale ressaltar que este estudo está fundamentado em questões da atualidade e nas
implicações de uma visão mais ética que os governantes deveriam ter para a sociedade como
um todo.
No embasamento teórico foram utilizados livros, artigos acadêmicos, legislações
pertinentes e publicações na internet, procurando trazer para este trabalho as discussões mais
recentes sobre o tema.
Esta monografia está estruturada em três capítulos, em que o primeiro traz o contexto
histórico das polícias militares no Brasil, neste ponto ressalta-se como se deu o início da
organização de uma guarda especial em tempos tão remotos, assim também como a origem
e estrutura da polícia militar brasileira, que teve início ainda quando o país era governado
pela família real portuguesa. E mesmo com o passar dos anos a polícia brasileira ainda tem
muito do modo arcaíco como foi estruturada há tempos atrás, pois a polícia militar na
atualidade, na sua forma de abordagem ainda causa certo medo no cidadão. Já no último
tópico deste capítulo fala-se um pouco do histórico da polícia militar do Ceará, como se deu
sua estruturação e como vem se modificando com o passar dos anos.
O segundo capítulo relata sobre a segurança pública nos estados, seu intuito em
relação a garantir de fato os direitos do cidadão, além de esclarecer como essa segurança está
sendo feita na atualidade, assim como traz algumas sugestões para possíveis soluções
objetivando diminuir a criminalidade no país.
O terceiro capítulo aborda sobre a desmilitarização da polícia militar na pespectiva
de uma melhoria no trato com os indivíduos, expõe os fatos negativos da polícia militarizada,
e traz ainda alguns fatores posititivos, em que esta seria ostensiva e preventiva ao mesmo
tempo.
Ao finalizar este estudo notou-se que a desmilitarização é necessária, mas requerpor
parte do Estado um estudo minucioso a respeito, pois não pode ser feito de qualquerforma,
visto que a população brasileira é bem diferente da população de países mais desenvolvindos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
praticamente nunhum conhecimento específico, mas pela segurança da Família Real que
passará a viver no Brasil. Também ressalta mudanças que foram sendo feitas com o passar
dos anos por meio do que foi instítuido na constituição, mostra também como foi o início
da Polícia Militar no Estado do Ceará.
Eram ordenados a manter a ordem, na maioria das vezes e até domesticar animais
vadios e educar a população, que naquela época era constituída praticamente de escravos e
mestiços. Todavia, a dificuldade da construção do estado brasileiro e da expansão da nação,
num contexto de particularidade escravista, naquele momento do século XX tinha uma
complexidade de organização das forças policiais.
Provavelmente, representantes oficiais de um Estado que até então não estava
presente, passaram a agrupar instituições policiais numa tentativa de irem refletindo e se
integrando às práticas do mando local, criando versões distintas da luta pelomonopólio da
força, mas, neste caso, com o uso da força física fora de qualquer controle.
No ano de 1830, transfere-se a submissão da Guarda Real, que deixou de ser ligada
ao Ministério da Guerra e passou a ser vinculada ao Ministério da Justiça, assim houve uma
constante troca entre os oficiais do exército e os membros da Guarda, uma vez que, em
consequência das guerras ou de revoltas, externas ou internas, como foi o caso da guerra
contra o Paraguai, os membros da Guarda Real serviam de infantaria para o Exército, pois
disponibilizava oficiais para a polícia. Sendo assim, ressalta Sócrates Mezzomo:
MORAIS, 2011), que até o fim do período monárquico nunca havia atingido um alto nívelde
treinamento, disciplina e eficiência (DALLARI, 1977).
Só após a proclamação da República em 1889, é que foi acrescentado a designação
“MILITAR”, e passaram a ser conhecidos como CORPOS MILITARES DE POLÍCIA. Com
a divulgação da constituição republicana, os estados, então antigas províncias, passaram a
deter uma maior autonomia e puderam organizar melhor seus efetivos, foi quando passou a
surgir várias denominações como; Batalhão de Polícia, Regimento de Segurança e Brigada
Militar. O nome Polícia Militar foi padronizado em 1946, com a Constituição, após a criação
do Estado Novo, e todos os Estados adotaram o termo, exceto o do Rio Grande do Sul que
até os dias de hoje mantem o nome de Brigada Militar em sua força policial.
Durante o regime militar (1964-1985) a polícia sofreu uma restruturação. Polícia
Militar passou a ser guiada por uma classificação hierárquica única, foram extintas as guardas
civis e organizações similares, e em 1967 foi criada a Inspetoria Geral das Policias Militares
(IGPM), subordinada ao Exército. Lembrando que sob o regime militar as Policias Militares
passaram a ser comandadas por oficiais de Exércitoe serviram de instrumento de combate aos
opositores do regime.
A herança da época do regime militar fica notória quando se observa que essa
transição do período do regime para a democracia se deu ainda com os militares no poder,
ou seja, tal mudança se deu sob forte influência daqueles que detinham o poder durante esse
período obscuro da história. Generais de Exército, mesmo não estando mais no poder, ainda
exerciam uma forte influência, assim se criou um modelo de policiamento militarizado, como
é até os dias de hoje.
É possível comparar como uma via de mão dupla, com o intuito de o legislador ao
elaborar uma Constituição, atentar quanto a flexibilização do texto constitucional, a fim de
atender a evolução do seu povo, porém, deve se atentar também a segurança jurídica
objetivando não banalizar o instituto, mas buscar um equilíbrio. Pois essa flexibilização na
Constituição deverá ser utilizada para atender aos anseios da sociedade, e assim buscar ir ao
encontro de uma Polícia mais humanizada e em conformidade com o Estado Democrático
de Direito, utilizando-se do poder reformador que pode ser observado pela própria
constituição federal.
De acordo com a história, foi o Padre Senador José Martiniano de Alencar, nascido
no dia 16 de outubro de 1794, natural da cidade de Missão Velha-Ce, sendo essefilho de José
Gonçalves dos Santos e Bárbara Pereira de Alencar e irmão de Tristão Gonçalves, fundador
da Gloriosa e Heráldica Policia Militar do Ceará, na sua primeira gestão como Presidente da
Província (1834 a 1837), sob a Resolução nº 13, no ano de 1835, dia 24 de Maio.
Quando se fala em Polícia Militar do Ceará, entende-se como uma instituição que
se confunde com a história do Estado Brasileiro. Falar desta Corporação é fazer um passeio
pelos seus anos de existência e reencontrar personagens e fatos que marcaram a história do
Brasil, com a Guerra do Paraguai, a Sedição de Juazeiro, Revolução de 1930 no Ceará,
Combate ao Cangaço, Caldeirão, Revoluções de 1932 e Constitucionalista de São Paulo de
1964.
Foi em maio de 1835 que o Presidente (Governador), da Província do Ceará, Padre,
Senador vitalício e Orador sacro, José Martiniano de Alencar, preocupado com a segurança e
o bem-estar dos habitantes da Província do Ceará, assinou a Resolução Provincial nº13,
criando a Força Pública do Ceará, embrião da valorosa Polícia Militar do Ceará. A partir de 4
de janeiro de 1947, passou então a denominação que tem até os dias
atuais, a partir da entrada em vigor da Constituição de 1946. A Polícia Militar do
Ceará (PMCE) tem por missão constitucional o policiamento ostensivo e a manutenção da
ordem do Estado. E, ocupou o cargo de primeiro Comandante, o Tenente do Exército
Brasileiro Tomaz Lourenço da Silva Castro, que comandou de 24 de maio de 1835 a 19 de
janeiro de 1839.
17
Com um passado de bases sólidas, a Polícia Militar tem na sintonia com o presente
e com o futuro, um de seus grandes méritos. Ao longo de sua existência, a PM cearense
trocou catorze vezes de nome, mas nunca de ideal, qual seja: a manutenção da ordem e do
bem social, tranquilidade das famílias e segurança dos cidadãos.
Com seu policiamento ostensivo, agindo na proteção da população, a instituiçãoestá
presente em todo o Estado com suas diversas unidades e subunidades operacionais,
distribuídas de forma estratégica. Os mais de quinze mil homens e mulheres do efetivo estão
distribuídos por todos os municípios cearenses para servir e proteger ao cidadão.
No organograma, a Polícia Militar é comandada por um oficial superior do postode
Coronel e é denominado Comandante-Geral.
A Polícia Militar do Ceará, ao longo de sua existência, sofreu mudanças, adaptousua
estrutura com o tempo, sendo que a mais recente reestrutura ocorreu em 05 de setembro de
2012, através da Lei nº 15.217, que dispõe sobre a Nova Organização Básica da Polícia
Militar do Ceará ( LOB/PMCE)
Quando se fala em segurança pública vem muitas coisas em mente, mas na verdade
trata-se de um processo feito de maneira sistêmica e otimizada, que tem comoobjetivo não
apenas a conservação da ordem pública, mas também busca proteger do perigo o patrimônio
e os indivíduos que compõem a sociedade. Desse modo, as pessoasainda podem usufruir dos
seus direitos e cumprir com os seus deveres, tudo isso sem que causem a perturbação para as
outras pessoas.
Para que tudo isso possa acontecer, é preciso que existam ações Federais, assim
como Estaduais e municipais. Entretanto, compete dizer que a segurança pública é algo que
vai muito além, pois ela também contempla ações de prevenção como: saúde, emprego,
educação, etc., fiscalização e repressão, o que envolve a atuação dos órgãos policiais e do
Ministério Público, entre outros aspectos.
18
Essa temática é de suma relevância social e vem sendo falada em várias parcelasda
sociedade moderna. Inúmeras instituições e pessoas vem criticando o cenário atual da
segurança pública do país, sendo um dos países com uma das mais altas taxas de homicídios
no mundo. Diante desta situação, colocam a responsabilidade deste caos na polícia,
principalmente na polícia militar, alegando ser uma polícia agressiva, atirando primeiro e
perguntando depois.
No contexto da sociedade e seus problemas contemporâneos, a segurançapública é
um assunto em permanente discussão, sendo um desafio para a AdministraçãoPública, com
o intuíto de promover a garantia e proteção dos direitos de cada indivíduo,além de assegurar
o exercício da cidadania. Então, a segurança pública engloba diversasinstituições e políticas,
assim como, as contribuições da sociedade de forma minuciosa, para que tenha eficiência e
eficácia em busca do objetivo maior, a concordância social.
A política de segurança pública é um processo sistêmico e otimizado que engloba
um conjunto de ações públicas e comunitárias, que tem como meta proteger o indivíduo e a
coletividade, ampliando a justiça da punição, tratamento e recuperação dos que violam a lei,
assegurando os direitos e cidadania a todos.
Segundo BENGOCHEA:
Dessa forma, vê-se que a Constituição leva duas concepções de segurança pública
que terminam por competir, uma direcionada ao combate e a outra direcionada a prestação de
serviço público. Nas declarações e concepções presentes na visão de Souza Neto (2008, p.
04), são duas concepções para que o Estado preserve a ordem pública:
A primeira concebe a missão institucional das polícias em termos bélicos: seu papel
é combater os criminosos, que são convertidos em inimigos internos. As favelas são
territórios hostis, que precisam ser ocupados através da utilização do poder militar.
A política de segurança de formulada como estratégia de guerra. E, na guerra,
medidas se justificam. Instaura-se, então, uma política de segurança de emergência
e um direito penal do inimigo. O inimigo interno anterior – o comunista – é
substituído pelo traficante, como elemento de justificação do recrudescimento das
estratégias bélicas de controle social. O modelo remanescente do regime militar, e,
há décadas, tem sido naturalizado como o único que se encontra à disposição dos
governos, não obstante sua incompatibilidade com a ordem constitucional
brasileira. O modelo tem resistido pela via da impermeabilidade das corporações
policiais, do populismo autoritário de sucessivos governos e do discurso
hegemônico dos meios de comunicação social. A segunda concepção está centrada
na idéia de que a segurança é um serviço público a ser prestado pelo Estado. O
cidadão é o destinatário desse serviço. Não há mais inimigo a combater, mas
cidadão paraservir. A polícia democrática, prestadora que é de um serviço público,
em regra, é uma polícia civil, embora possa atuar uniformizada, sobretudo no
policiamento ostensivo. A polícia democrática não discrimina, não faz distinções
arbitrárias: trata os barracos nas favelas como domicílios invioláveis., respeita os
direitos individuais, independentemente de classe, etnia e orientação sexual: não
só se atém aos limites inerentes ao Estado democrático de direito, como entende
que seu principal papel é promovê-lo. A concepção democrática estimula a
participação popular na gestão da segurança pública; valoriza arranjos
participativos e incrementa a transparência das instituições policiais. Para ela, a
função da atividade policial é geral coesão social, não pronunciar antagonismos; é
propiciar um contexto adequado à cooperação entre cidadãos livres e iguais. O
combate militar é substituído pelaprevenção, pela integração com políticas sociais,
por medidas administrativas de redução dos riscos e pala ênfase na investigação
criminal. A decisão de usar a força passa a considerar não apenas os objetivos
específicos a serem alcançados pelas ações policiais, mas também, e
fundamentalmente, a segurança e o bem-estar da população envolvida.
Desse modo, segundo Adorno (1996, p.233) “os avanços e conquistas obtidos nos
últimos anos, conservam traços do passado autoritário e revelam-se resistentes às mudanças
em direção ao Estado democrático de direito de modo mais efetivo”. Tais traços do passado
são verdadeiras barreiras para que as políticas públicas de segurança consigam avançar
seguindo o conceito do Estado democrático assegurador do direito, modificando a cultura de
segurança no país. Nesse atual cenário mundial, a globalização tem acarretado alterações na
estrutura do Estado e no setor econômico, redirecionando-se enquanto organização política.
O Estado neoliberal tem diminuído o controle na esfera econômica e social, apesar
disso o controle tem expandido no setor da segurança pública, com o aumento de
instrumentos para o controle da sociedade, organizando o Estado Penal com medidas que
consolidem a separação econômica e social. Segundo Passetti (2003, p.170), a respeito do
Estado penalizador “os estudos e pesquisas procuram mostrar as dimensões atuais dosefeitos
da globalização nas segregações, confinamentos e extermínios de populações pobres, adulta,
juvenil e infantil”. Este procedimento que criminaliza a pobreza gera insegurança social e
promove o Estado Penal.
Neste sentido salienta o autor WACQUANT:
O planejamento que toda política pública tem que seguir, tanto no âmbito federal
como estadual, sequer de longe é feito quando o que está em discursão é segurança pública,
e termina por limitar-se a intervenções pontuais, assim ressalta Sapori (2007, p.109). Deste
modo, como esclarece o autor, “Planejamento, monitoramento, avaliação de resultados, gastos
eficiente dos recursos financeiros não têm sido procedimentos usuaisnas ações de combate à
criminalidade, seja no executivo federal, seja nos executivos
estaduais”. Diante desse ponto de vista, a história das políticas de segurança pública na
sociedade brasileira nos últimos 20 anos resume-se a uma série de intervenções governamentais
dolorosas, meramente retornadas, voltadas a solução rápidas de crises que arrasam a ordem pública.
A modificação para o novo período democrático constitucional surgido após 1988 não levou
as alterações no modelo policial assumido pelo Estado brasileiro. Apesar de algumas transições
pontuais, os corpos policiais ainda militarizados repetiam as mesmas práticas dolorosas e autoritárias
à dignidade da pessoa humana e aos direitos humanos que aumentavam no período ditatorial
22
A ideia formada por décadas, com grande influência da mídia, ver a questão da
segurança pública como uma dificuldade para ser resolvida pela polícia. Essa maneira
equivocada é que justifica o uso da força e da violência excessiva, mesmo que vá de encontro
ao Estado Democrático de Direito. Os pontos negativos da militarização, de acordo com
entendimento do emprego de uma doutrina, modelos métodos e conceito, que modelam a
maneira de agir dos militares em atividades de natureza policial, dão um caráter militar as
questões de segurança pública. Para projetar uma esfera na qual os direitos humanos e
cidadania sejam mantidos, é necessário analisar os principais aspectos que caracterizam o
contexto atual.
Nos ensinamentos de SOUZA:
Um dos fatores importantes que dificulta a segurança pública no Brasil é o uso das
Forças Armadas na atividade de cunho policial. Nota-se que o art. 142 da ConstituiçãoFederal
e a Lei Complementar nº 69/1991, permite o uso das Forças Armadas para garantiada lei e
ordem pública, com as diretrizes da Presidência da República, após esgotado o rol do art.144
da CF. Dessa forma, o uso de militares na segurança pública fazendo o serviço destinado aos
policiais é admitido na Constituição.
E isso está virando rotina, devido ao estresse de uma crise na segurança pública,com
o crescimento nos números de homicídios, a falta de confiança das comunidades nasPMs,
Operações de Garantia da Lei e da Ordem, utilizadas ao extremo nos mega eventos,como a
Copa do Mundo 2014, nas invasões das favelas sob argumento de combate ao tráfico, a
advertência aos movimentos sociais, como nos protestos de junho de 2013.
Nota-se uma completa mudança dos corpos policiais e militares, com as Forças
Armadas sendo mobilizada para servirem como uma espécie de polícia nacional de reserva,
ao arbítrio do Executivo. Vê-se ainda que no ano de 2010, a Lei Complementar nº 136 atribui
poder de polícia as Forças Armadas nas missões oficiais, para segurança deautoridades e em
todas as regiões de fronteiras.
O risco da policialização das Forças Armadas é excepcionamente detalhado pelo
penalista e criminologista fluminense Nilo Batista:
(...) O núcleo desse equívoco provém da confusão, comum nas ciências sociais
– veja-se, por exemplo, Elias – entre poder militar e poder punitivo. No Estado
de direito, esses dois poderes não podem se aproximar sem riscos gravíssimos.
Mas essa aproximação foi muito dinamizada por um projeto, gestado no
hemisfério norte, de converter as Forças Armadas latino-americanas em
grandes milícias, a perder sua higidez e sua orientação estratégica no
incontestável fracasso da “guerra contra as drogas”. Onde há guerra não pode
haver direito. O militar é adestrado para o inimigo, o policial para o cidadão.
Na estrutura militar, a obediência integra a legalidade; na policial, a legalidade
é condição prévia da obediência. São formações distintas, dirigidas a
realidades também distintas. O sistema de responsabilização é também
diferente: não há ordens vinculantes para um policial, adstrito a aferir a
legalidade de todas elas (num teatro de guerra, iniciativa similar significaria
derrota certa). (...)
Certas funções policiais são brutalizantes e produzem efeitos deteriorantes
sobre aqueles que as realizam. Trata-se do fenômeno denominado
“policização”, que pode acontecer também com outros operadores do sistema
penal, carcereiros, advogados, promotores de Justiça e magistrados. Quem não
conhece a policização passará o resto da vida reclamando do pouco rigor na
admissão e adestramento dos policiais, quando o problema não está na seleção
e sim na prática. Quem está disposto a correr o risco de policização de algumas
unidades de nossas Forças Armadas?
Guerra é uma coisa muito séria, como o é a soberania e a integridade do
território nacional. Precisamos de Forças Armadas bem adestradas para
aquelas tarefas constitucionais, em que elas são únicas e insubstituíveis. Já
passou da hora de brincar de guerra nas ruas da cidade (BATISTA, 2014: p.
2).
25
É necessário considerar que soluções encontradas para qualquer problema, devem ter a
constatação, e que várias áreas devem ser analisadas e estudadas profundamente, visando cada aspecto
que contribuie para o nascimento da dificuldade.
27
Dessa forma, com a segurança pública não é diferente, principalmente pelo fato de
que ela tem como base a presença social, na qual eleva-se a diversidade de personalidades e
de ambientes que favorecem ou não o crime.
Dessa maneira, é fundamental examinar em três pontos indispensáveis para uma
melhoria na segurança pública e a decorrente redução da criminalidade, quais sejam:
Monitoramento de Crianças e Adolescentes; Sistema Penitenciário; e Valorização da Polícia
Judiciária e Científica.
Este estudo não busca tratar os erros das políticas sociais realizadas pelos diversos
governantes, pois é sabido que a falta de educação, urbanismo, saneamento básico, dentre
outros elementos, são terrenos propícios para o aparecimento do crime, onde jovens são
aliciados e carregados por influência do dinheiro fácil e prazeroso, mas às vezes pela
circunstância da total ausência estatal. Maior exemplo disso são as favelas, locais
abandonados há tempos pelos governantes e que foram totalmente dominados pelo crime
organizado e milícias, além de tudo, seus moradores à mercê de regras paralelas, sob pena
de morte.
Alguns estudos realizados pelo IPEA, com a intenção de desenhar as condições
educacionais nos territórios preferenciais, no âmbito do Pacto Nacional pela Redução de
Homicídios (PNRH), apurou que para cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17 anos nas
escolas, há uma redução de 2% na taxa de homicídios, ou seja, o investimento em educação
é responsável pela atenuante da criminalidade, sendo indispensável para a eficácia da
segurança pública, pois assim os jovens ou adolescentes não ficam desocupados no seu
cotidiano.
Ademais, relatório do Banco Mundial apurou que 52% da população jovem no
Brasil, que representa quase 25 milhões de pessoas, não está realizando nenhuma atividade,
juntando nesta conta, são 11 milhões de jovens que nem estudam, nem trabalham, tornando-
se alvos fáceis para a entrada no crime. Este estudo também relatou que não só a moradia,
mas também a renda, influenciam na redução dos homicídios, condições que confirmam a
constatação de que o imenso problema da criminalidade é a ausência do Estado. Mas, cabe
ao Estado, por meio de seus diversos órgãos, acompanhar de perto o comportamento escolar
e social dos jovens e adolescentes, procurando intervir o mais cedo possível nas suas ações,
buscando em tempo integral distanciar o jovem das muitas investidas do crime.
28
Inicialmente, frisa-se que prende-se mal. Tem-se no país uma cultura da detenção,
na qual tudo deve ser resolvido por intermédio da prisão, convertendo as prisõescautelares,
preventiva e temporária, como regra, ao invés de exceção, da última razão, colocando
elementos de alta periculosidade juntos com indivíduos investigados, réus, condenados,
primários ou que tenham praticado pequeno delitos. Um grande exemplo é a convivência
de presos enquadrados na lei Maria da Penha com autores de latrocínios, homicídios e
estrupadores, situação que oportuniza a corrupção daquele condenado a pena, visto que, na
maioria das vezes, estão em situação delicada dentro do sistema prisional, sendo forçado a
ter conduta ilícita por forte influência emocional, as vezes até sob ameaça de morte.
Portanto, as alterações trazidas pela Lei nº 12.403/11 devem ser aplicadas
veementemente pelos órgãos judiciários, deixando as prisões cautelares não apenas como
última razão, mas sim como meio para coibir apenas crimes considerados violentos e aqueles
que mais causam danos a sociedade, ao invés do que vem acontecendo nos dias atuais, em
que o autor de um furto é comparado a traficantes de drogas e homicidas.
Outra pesquisa feita pelo Ipea, realizada no ano de 2015, apontou que a cada quatro
ex-presidiários, um deles volta a criminalidade no período de cinco anos, com isso pode-se
constatar que cerca de 25% do total dos presos são reincidentes. Portanto, se houvesse um
controle no retorno a sociedade de tais indivíduos, esta taxa tenderia a cair, reduzindo assim,
o número de delitos.
29
Neste caminho, nota-se que a maior dificuldade nas investigações criminais no país
é resultado da carência de recursos para o bom desenvolvimento das diligências e não de
quem realiza tal função.
Ratificando esse pensamento, nota-se que praticamente não existe a prática de
polícias científicas na atuação policial, sendo hábito enraizado no país, de Norte a Sul, as
alterações no local do crime não apenas por policiais, mas também por passantes, que resulta
em consequências na qualidade dos procedimentos policiais e judiciais, já que a investigação
lança no processo penal precisamente dito.
É dever dos governantes propiciar uma renovação no país tratando-se de segurança
pública, com inovações objetivando monitorar e controlar a criminalidade por meio dos
novos recursos tecnológicos, dentre eles, mapeamento do DNA, uso de câmeras,
reconhecimento facial e de voz, dentre outros mecanismos.
Os infratores estão cada dia mais ousados, não respeitam as forças policiais, sabem
que podem se escorar em legislações fracas e protecionistas, possuem armas de última
geração, importadas, de grosso calibre, não possuem limites, estão cada vez mais se
organizando contra o Estado, cita-se como exemplo as facções criminosas, Primeiro
Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV) e outras mais, ou seja, os delinquentes
estão cada vez mais impondo o terror nas famílias e colocando em xeque a credibilidade da
segurança estatal, formando um Estado Paralelo. Nos ensinamentos de ROCHA:
aplaudidos, o policial é visto como “criminoso”, sem falar que um assassino pode
ou não ser um criminoso de acordo com sua faixa etária (ROCHA, 2014).
justiça comum, para processar e julgar os militares estaduais em todos os casos, mesmo nos
crimes propriamente militares.
Os partidários da desmilitarização anuciam que nos países europeus, como
Inglaterra e País de Gales, a polícia não adota o militarismo, entretanto são de natureza civil
e realizam suas vigilâncias completamente desarmados, com foco somente na interação
polícia e comunidade. Segundo consta, a polícia destes dois países citados atirou somente
duas vezes em um ano completo, pois a política em razão do desarmamento é forte, logo a
polícia sabe que o infrator da lei também estará desarmado, enquanto no Brasil, mas
especificamente a polícia militar do Estado do Rio de Janeiro, atirou 85 mil vezes em 2015,
que em uma operação fatídica, foram disparados 111 tiros, mantando nessa ação 5 jovens
negros que foram confundidos pela polícia, porque as características do veículo em que os
jovens estavam eram as mesmas de um veículo que havia sido roubado por traficantes.
Os adeptos a extinção das forças militares estudais insinuam ainda que seja adotado
no Brasil, a longo prazo, o modelo de policiamento europeu, ou seja, polícia desarmada.
Porém, o que muitos não enxergam é que o Brasil é um país totalmente diferente, com uma
cultura diversificada, no qual as pessoas lembram de seus direitos e esquecem seus deveres
como cidadão.
No Brasil foi criada a política do desarmamento, com o advento da Lei nº
10.826/2006 (Estatuto do Desarmamento), porém o efeito colateral desta lei foi enorme e
continua ocorrendo reflexos negativos até hoje, pois o cidadão de bem foi desarmado e o
infrator da lei, principalmente os traficantes de facções criminosas, continuam armados e
com um poderio bélico desmedido, enfrentam o Estado e colocam em risco a integridade
física das pessoas.
O interesse deste conteúdo recai sobre o militarismo, visto como desprezível e que
promove o crescimento da violência policial contra o cidadão, porém basta lembrar que a
polícia americana não é militarizada, pois o emprego de militares como forças de ordem
pública é proibido desde 1878, porém, mesmo sendo uma polícia de caráter eminentemente
civil não a impede de ser uma das polícias que mais mata no mundo e uma das mais
preconceituosa e racista, logo é uma ilusão dizer que o militarismo é o causador de tanta
violência no seio da sociedade brasileira e que no Brasil seria diferente.
Para contribuir com este pensamento, o TEZA ressalta:
Nos dias vivenciados, a formação policial militar vem sendo trabalhada para a
preservação de direitos humanos no convívio com o cidadão, sendo bem diferente da
formação que era oferecida na década de 60, pois a realidade era outra, sendo que a sociedade
sofre várias transformações ao longo do tempo com o avanço de tecnologias, estudos
avançados e outros, logo a polícia deve acompanhar estes avanços que ocorrem naturalmente
e deve estar preparada para desempenhar seu papel constitucional, assegurando e
preservando os direitos e garantias constitucionais das pessoas. Hoje existem em todas as
polícias as corregedorias que apuram transgressões e crimes militares praticados por policiais
36
militares que praticam desencaminhamento em sua conduta, os quais são punidos de acordo
com os regulamentos disciplinares.
Nos casos de desvios de conduta, estes acontecem de forma isolada nas corporações
militares, assim também como ocorrem nas polícias civis e em outros segmentos laborais,
portanto, dizer que a polícia militar deve acabar é dessarazoado, pois a polícia não fica nos
quartéis, ela está na rua buscando a interação com as pessoas, cumpre a lei pois foram os
legisladores que a criaram, procura ser mais democrática possível, busca entender as mazelas
sociais existentes em vários locais pelo Brasil, deixa família em casa sem saber se irá vê-la
novamente, é duramente criticada pela população e por pessoas que se intitulam estudiosos
e entendedores do militarismo, mas que não conhecem a diferença entre os postos de Tenente
e Tenente-Coronel.
De acordo com alguns estudos, a polícia militarizada age de acordo com seu
treinamento em sua base militar, isso é um fato que desagrada a população, o autor
SILVEIRA fala sobre a desmilitarização da seguinte forma:
do que se utiliza nas forças armadas em que se confronta com o inimigo, tentando exercer o
poder de um país e, consequentemente seu povo. Pedro Lenza explana sobre as atribuições
das Polícias Estaduais;
A Carta Magna pecou em não propor uma melhor organização na segurança pública
e deixar a cargo apenas dos Estados, é notório observar o aumento da criminalidade nas
grandes metrópoles, onde não se encontra solução para reverter esse quadro alarmante, é de
fácil percepção que a polícia no modelo que se encontra precisa ser urgentemente restaurada,
pois ainda está voltada no sistema antidemocrático ao qual o país viveu antes da Constituição
de 1988.
É pertinente a crítica do autor DALMO DALLARI quando fala que:
O militarismo ainda traz uma consequência ruim, pois o policial militar tem que
tratar o cidadão da forma que ele não é tratado em sua casa, pois o PM vive um regimento
interno específico, diferenciado de qualquer outra classe das pessoas civis. Essa legislação
mostra-se obsoleta e beneficia apenas os detentores de grau hierárquico superior, tanto como
método de intimidação, pelo fato de existir a possibilidade de o agente militar ficar preso no
quartel pelo simples cometimento de atrasos ou falta no serviço, bem como, um simples
cochilo no serviço já caracteriza crime militar. A coação moral a quem é submetido ao regime
39
próprio de militar é tão grande que até a forma de falar com o seu superior hierárquico deve
ser em tom mais baixo que o superior, e só após ser dada a permissão para dirigir-lhe a
palavra. Essa pressão interna no policial poderá acarretar consequências em sua vida
psíquica, bem como trazer consequências ruins no trato com a sociedade. Uma diferença de
tratamento grande entre o policial militar e as pessoas comuns é um flagrante da violação ao
princípio constitucional da Dignidade da Pessoa Humana, o qual é princípio constitucional
tão exigido ao policial para que respeite e defenda.
Deste modo assevera a autora FLÁVIA PIOVERA :
Vê-se por muitos o ofício militar não sendo considerado uma atividade laboral, mas
sim como uma filosofia de vida, mesmo se tratando de uma profissão totalmente diferente
de qualquer outra. O dever militar deve ser seguido rigorosamente, o perfil do homem deve
se encaixar perfeitamente com a vida castrense, deve ser abnegado, possuir espírito de
cooperação, manter seu porte físico em boas condições e manter seu fardamento
imprescidível.
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: nos assegura que.
Assim, a população almeja que o policial militar trabalhe com rigorosa vigilância as
leis e que em nenhum momento desvie sua conduta, visando o benefício individual. Aspessoas
desejam ver no militar um sustento, um amigo, um exemplo a ser imitado, principalmente as
crianças que veem no policial um herói, um defensor dos oprimidos, brilham os olhos quando
veem a viatura e o militar fardado.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS