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GOIÂNIA
2023
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[1] Neste caso o documento será embargado por até um ano a partir da data de
defesa. Após esse período, a possível disponibilização ocorrerá apenas mediante:
a) consulta ao(à)(s) autor(a)(es)(as) e ao(à) orientador(a); b) novo Termo de
Ciência e de Autorização (TECA) assinado e inserido no arquivo do TCCG. O
documento não será disponibilizado durante o período de embargo.
Casos de embargo:
- Solicitação de registro de patente;
- Submissão de artigo em revista científica;
- Publicação como capítulo de livro.
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Obs.: Este termo deve ser assinado no SEI pelo orientador e pelo autor.
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
This course completion work aims to discuss and explore the theories of
Historical-Cultural Psychology on the relevance of the symbolic mediation process
for the development of thought and language, as these two elements are of great
importance for the construction of the human psyche. For this purpose,
bibliographical research was chosen as a methodology, in which an interpretative
and critical reading of Vygotsky's works was carried out, in particular, the books
Formação Social da Mente (1991) and A Construção do Pensamento e Linguagem
(2001), moreover, a study of the author's commentators was also carried out. In the
research, the concepts of mediation through signs were investigated and analyzed in
order to understand the development of thought and language in human history
(phylogenesis) and in individual history (ontogenesis). In view of this, we point out
that symbolic mediation is what enables interaction with the sociocultural
environment, in such a way that psychological development is the result, above all,
of cultural forms internalized through the appropriation of symbolic elements. At the
end of this work, it was concluded that language as the main symbolic system is
essential for the development of thought and human subjectivity.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................12
2 CAPÍTULO I - O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO: CONCEITOS
INICIAIS……………….……………………………...………………….…………..15
2.1 O contexto da abordagem de Vygotsky…………………………………………..15
2.2 O processo de humanização: mediação por instrumentos e signos……...…..20
3 CAPÍTULO II - AS RELAÇÕES ENTRE PENSAMENTO E
LINGUAGEM………………………………….………………………….………….29
3.1 Histórico das pesquisas sobre Pensamento e Linguagem……..….…..….……29
3.2 Origem do Pensamento e da Linguagem……………………………..………….32
3.3 A mediação simbólica no processo de associação entre pensamento e
linguagem……………………………………………………………………..…..…38
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................46
REFERÊNCIAS………………………………………………………….………….48
12
1 INTRODUÇÃO
constitui-se como tal na sua relação com o outro social” (LA TAILLE et al, 1992, p.
24).
Para Vygotsky, o desenvolvimento psicológico é resultado da maturação
biológica também, mas mais do que isso é consequência da assimilação da cultura
ocorrida no processo de intercâmbio de conhecimentos que continuamente existe
entre indivíduos desde o primeiro ano de vida. Desta maneira, o autor compreende
que o comportamento humano tem origem na história e cultura e nos processos
elementares biológicos, segundo Rego (1995):
externa do homem, foram evoluindo ao longo da história humana e sendo cada vez
mais aprimorados.
Os animais também produzem instrumentos, todavia, os instrumentos humanos
se distinguem pelo fato de serem elaborados para um objetivo específico,
carregando consigo a função para a qual foram feitos, além do modo de utilização
desenvolvido durante a história do trabalho, sendo, portanto, um objeto social e
mediador da relação entre o indivíduo e o mundo (M. K. OLIVEIRA,1993).
Vygotsky (1991) entende que o uso de instrumento especificamente humano
compreende ação e reflexão, a ideia e a materialidade, como elementos dialéticos,
por isso, o trabalho produtivo se dá no uso de instrumento de forma especificamente
humana, que difere dos animais, pois o ser humano controla e modifica o meio ao
seu redor mediante o uso de instrumentos e símbolos. Este trabalho produtivo se dá
a cada momento em que o ser humano intervém nos objetos e ambientes em sua
volta, é uma intervenção totalmente diferente da dos animais, pois possui um
elemento significativo que é a reflexão.
Já os signos são elementos mediadores pelos quais os homens formam suas
ideias e comportamentos, são usados para a compreensão do mundo, estão
orientados para o mundo psicológico humano, portanto é por estes meios que o ser
humano amplia sua compreensão do mundo e transmite a cultura humana aos
outros, os signos possibilitam ao homem realizar compreensão, comparação,
representações entre outras atividades psicológicas.
Assim, M. K. Oliveira (1993) exemplifica a respeito dos signos:
São inúmeras as formas de utilizar signos como instrumentos que
auxiliam no desempenho de atividades psicológicas. Fazer uma lista
de compras por escrito, utilizar um mapa para encontrar determinado
local, fazer um diagrama para orientar a construção de um objeto,
dar um nó num lenço para não esquecer um compromisso são
apenas exemplos de como constantemente recorremos à mediação
de vários tipos de signos para melhorar nossas possibilidades de
armazenamento de informações e de controle da ação psicológica.
(M. K. OLIVEIRA, 1993, p. 31)
É nesta interação mediada por meio dos signos que o homem se apropria do
saber humano produzido historicamente e este saber forma o homem e seu
comportamento. Desta forma, segundo Joenk (2007): “Inicialmente os signos
aparecem como marcas externas, que fornecem um suporte concreto para a ação
do homem no mundo. Aos poucos, a utilização de marcas externas vai se
transformando em processos internos de mediação.” Portanto, por meio dos signos
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Por meio da interação com os outros seres humanos, portanto, o ser humano
se modifica, porque quando compreende um signo passa a agir no meio cultural e
social por meio deles. Desse modo, a formação das funções superiores se dá no
processo de internalização, da interiorização das marcas externas que são signos, o
ser humano internaliza as ideias e comportamentos propriamente humanos imersos
no ambiente cultural, desta internalização surgem as funções psicológicas
superiores, quando há transformação da atividade externa do ser humano em
atividade interna:
como um campo disciplinar e que conecta as duas áreas com o fim de explicar a
aquisição da linguagem.
Em geral pode-se dizer que as diversas pesquisas de teóricos da psicologia,
da filosofia e da biologia postulavam uma relação entre linguagem e pensamento,
ora os entendendo como duas realidades, ora como totalmente separadas em todo
o processo de desenvolvimento, conforme explica Vygotsky:
Nesse sentido, de acordo com Souza e Andrada (2013, p. 358) a fala social
“[...] inicialmente, exerce a função de comunicação entre a criança e o meio e, nesse
processo, vai construindo as condições para que se transforme em fala interna,
quando exercerá a função de organizar o pensamento.”
Já a fala egocêntrica é, segundo Rego (1995):
Foi Stern quem pela primeira vez e da melhor forma nos deu uma
descrição deste momento do acontecimento. Ele mostrou como a
vontade de dominar a linguagem se segue à primeira compreensão
difusa dos propósitos desta, quando a criança “faz a maior
descoberta da sua vida”, a de que “todas as coisas têm um nome"
(VYGOTSKY, 2002, p. 40)
que faz com que o ser humano seja considerado um animal social e racional. Assim,
a realização do processo dinâmico e complexo da psicologia humana se concretiza
pela internalização da linguagem pelos indivíduos que ocorre através da interação
com o meio sociocultural.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. (1979) Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
SOUZA, Vera Lucia Trevisan de; ANDRADA, Paula Costa de. Contribuições de
Vigotski para a compreensão do psiquismo. Estudos de Psicologia (PUCCAMP.
Impresso) , v. 30, p. 355-365, 2013.