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Os casos de violência

sexual passaram dos


66 mil casos em 2018
(Atlas da violência
2018) e os casos de
importunação passam
de 50 por mês.

Assédio
sexual e
suas
vertentes
DEFESA
PESSOAL
PARA MULHERES:

Manoel Gomes de Oliveira


Prevenir e confrontar
Junior (79) 98863-0425
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Agradecimentos,

À minha esposa Andréa,


por ser uma guerreira incrível
e partilhar integralmente sua vida comigo,
pessoal, marcial, profissional. E aos nossos
bichinhos tanto aos que permanecem conosco
quanto aos que já partiram.

Ao Mestre Wesley,
Por dividir seus conhecimentos e estar aberto a aceitar novidades.

MANOEL GOMES DE OLIVEIRA JUNIOR (79)


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APRESENTAÇÃO
Depois de mais de 40 anos sem entender como no Brasil ainda temos
certos entendimentos preconceituosos tanto dos que praticam assédio quanto
de alguns que se dizem defensores das mulheres, resolvi criar um livro para
auxiliar aos cursos que anualmente costumo fazer para mulheres no qual
abordamos diversas situações de assédio e técnicas variadas para prevenir,
combater e evadir.

Comecei meu estudo na área de


segurança em 2011 e até lá me
tornei instrutor em 3 escolas
diferentes de Krav Maga, porém
a única que ministrei aulas foi o
KRAV MAGA CAVEIRA do
Mestre Wesley Gimenez, por ser
uma das únicas a me convencer
da efetividade ou da busca por
essa.

Fiz vários cursos como: segurança para vulneráveis, segurança


pública, curso de agente penitenciário, agente de segurança, segurança de
eventos, etc. Também costumo ir para cursos de defesa pessoal de outras
artes marciais. Apreciador do caminho marcial e de Bruce Lee resolvi focar a
minha jornada nessa área de segurança pessoal e ciência de proteção, onde
infelizmente notei vários incompetentes, charlatães e aproveitadores
(principalmente no que tangem a políticos e segurança pública).

Este livro é um guia para quem pretende prevenir ou se defender de


casos de assédio bem como aos meus colegas instrutores para que conheçam
as características desse crime e possam ajudar melhor seus alunos. Todo
conhecimento aqui vem por ótimos materiais de leitura e referências postos
de forma simples e didática para compreensão de todos.

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Manoel Gomes – Instrutor de Defesa Pessoal Krav Maga Caveira, Defesa


Pessoal Little Dragon e um verdadeiro nerd marcial.

Introdução

No Atlas da violência 2018 temos dados que indicam mais de 66 mil


casos de violência sexual, mais de 50 casos de importunação sexual por mês,
64% dos casos de estupro são em menores de idade e a subnotificação de
mulheres que sofreram assédio e não denunciaram chegam aos 73%. Todas
as vítimas sofrem de algum tipo de transtorno pós-traumático, seja síndrome
do pânico, depressão ou outro que afete a qualidade de vida da vítima por
anos ou para sempre.

O grande problema desse tipo de crime não está em sua quantidade


assombrosa, afinal temos mais de 200 milhões de habitantes se apenas 1%
dos habitantes passarem por isso seriam já 20 mil casos anuais. Mas em seu
índice de “conversão” em outros crimes como agressão física ou estupro e o
fato de 100% das vítimas que tiveram acompanhamento demonstrarem
transtornos pós-traumáticos e piora na qualidade de vida de no mínimo muitos
meses.

Nosso curso de defesa pessoal – Little Dragon do Instrutor Manoel


Gomes – visa combater esse problema, primeiro ensinando medidas de
segurança de prevenção os quais ajudam a diminuir esses números
grandiosos evitando o assédio. E depois ensinando formas de confronto
quando a situação acontecer, já é plenamente comprovado que as vítimas que
tem uma atitude ativa passam menos tempo com os pós-traumas (Claro, que
cada caso é um caso).

O Livro foi organizado de forma a ser de fácil entendimento e servir de


base para incitar novas pesquisas e descobertas. Todos os conceitos,
legislação, métodos de segurança são reconhecidos e cientificamente
comprovados, como quase tudo trazido nesse livro. As opiniões pessoais do
autor sempre são expostas de forma separada do restante do estudo.

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Durante a história das relações humanas sempre haverá o crime,


“paraíso” como em vários interpostos religiosos é algo para pós vida.
Reconhecer essa realidade é de vital importância o conhecimento preventivo
e reativo as mais diversas ameaças e situações de risco.

Nunca vamos chegar ao ponto onde um simples conhecer algo por


parte de toda a população irá evitá-lo, ou não teríamos mais assassinatos já
que só da parte bíblica tem mais de 2 mil anos que todos sabem que “não
matarás” é uma lei e um mandamento. Por mais pessimista que possa parecer
não se combate nem se evita um crime só com “educação”.

Ao final desse curso é esperado que a aluna possa reconhecer formas


de assédio e importunação sexual sabendo como dificultá-las, juntar provas e
reagir utilizando para isso técnicas de segurança pessoal (Conhecimento
acadêmico) e defesa pessoal (técnicas corporais de luta).

Divididos em parte teórica, exercícios físicos e treino de técnicas de


defesa pessoal, o curso tem 3 versões:

Versão completa: 16 horas (1 ou 2 meses) com todo conteúdo e técnicas


vistos em sua integralidade e com dinâmicas próprias e com o recebimento
do e-book.

Versão curta: 4 a 8 horas (2 ou 3 dias) mais direcionado para uma


situação específica, visto apenas parte das técnicas.

Palestra de apresentação: Feito ainda de forma mais generalizada,


apenas com alguns pontos e inteiramente focado em prevenção.

Little Dragon
Diretor Executivo
Manoel Gomes
Aracaju (SE)
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E-mail: dpessoalinteligente@gmail.com
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Um breve contato histórico

A lei da natureza é simples e cruel: O mais adaptado sobrevive e o mais


forte manda e faz o que bem entende. Ao contrário do que os naturalistas
pregam de paraíso na natureza, se fossemos reviver o bucólico paraíso na
natureza estaríamos comendo o resto dos outros animais e fugindo dos leões
e onças.

Um filhote de cervo com a pata machucada tenta acompanhar seus pais


e é cercado por um grupo de leoas (as quais certamente não serão tomadas
por questões éticas em atacar uma criatura indefesa e machucada). Uma
manada de elefantes decide passar por a beira de um lago cheio de ovos de
crocodilo, nada pode ser feito igualmente e nenhum elefante soltará uma
lágrima pelos ovos quebrados.

Numa selva, em um grupo de primatas, o macho alpha tem em suas


mãos uma vida muito simples, ele quer uma fêmea ele a tem, nem que seja
depois de um combate mortal. No meio do grupo existem tanto as fêmeas que
irão se sentir realizadas em serem escolhidas pelo macho alpha, as que são
conformadas por questão social a isso e as que irão tentar lutar contra e ou
serão mortas ou submetidas.

Vindos do mesmo grupo, os seres humanos também eram assim no


começo o ALPHA tendo todas as regalias. Mudamos, ampliamos nosso
conceito de família, depois de tribo, de grupo, de nação e mesmo assim a
segurança das mulheres não tinha crescido no mesmo ritmo. Até meados da
idade média e depois ainda eram comuns pais deflorando filhas, casamentos
entre irmãos forçados, oferecer a filha em troca de favores ou ter o direito de
deflorar qualquer mulher que more em suas terras. Ou seja, aquele senso de
proteção de grupo se estendeu, porém, não alcançou as mulheres nesse
assunto. Uma família se protegia de outras famílias, as tribos se protegiam de

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outras tribos, nações de nações, contudo as mulheres dentro desses círculos


e principalmente as de fora eram submetidas a todo tipo de assédio,
importunação sexual, estupro, etc.

Evoluímos nossos mitos religiosos e conceituais, dentre eles o direito,


a noção de certo e errado e de tempos em tempos temos alterações das
“regras básicas de convivência e não genocídio”. Como assim? Em termos
simples não há nada que impeça alguém de matar outro ou cometer um
estupro a não ser a legitima defesa, medo de ser preso ou regra de
convivência (“eu não mato ninguém, para que não me matem”).

Quando se fala em independência da mulher, particularmente eu sempre penso


nas questões de libertação como: elas definirem as próprias vidas dentro das
obrigações que todo ser humano deve cumprir. Exemplo: todos devem ter
direito a voto, ninguém pode ser escravo, tanto homens como mulheres, todos
devem ser respeitados, sim, que nenhuma lei seja desnecessariamente sexista,
logo sou a favor que toda mulher também seja obrigada a fazer alistamento
militar.

Pontos que geram disputas como aborto não podem ser tratados como
mera questão de ganhar votos, raro encontrar quem lide com a questão
eticamente e não de forma eleitoreira. Mas não é essa a nossa discussão. Aqui
vimos que apesar de leis, educações, polícia, o predador ainda segue a lei da
selva “O mais forte faz o que bem entende”.

Todavia inúmeras vezes o comportamento criminoso ainda é justificado


culturalmente como bem visto em países mulçumanos, na Índia, na China, e
ainda bem em poucos pontos no Brasil.

No Brasil tivemos um evento muito comum o uso da escravidão para fins


sexuais, vistas como propriedade, não era incomum senhores e empregados
usarem as escravas para fins sexuais. E essa era uma das justificativas
culturais e econômicas para o crime: A Propriedade (isso valia tanto para
escrava como para a senhora que era vista como propriedade do marido).
Essas justificativas são um dos absurdos culturalmente ainda aceitos para o
qual exemplificamos: “também estava provocando”. Essa frase até foi usada

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por um padre que estuprava crianças em uma entrevista com o Pedro Bial. É
como tivesse uma justificativa aceitável para o crime cometido.

Então qual o objetivo dessa viagem histórica? Veremos nos próximos


capítulos.

ESTÓRIAS DE MARIAS
Assédio em construção

Maria de Lourdes sempre desceu no mesmo ponto de ônibus e ia


para o trabalho, ela tem feito isso por 5 anos. Só que agora tem uma obra
no caminho e os trabalhadores vivem gritando gracinhas para ela. Como
as outras ruas são mais perigosas, ela prefere passar por esse tipo de
assédio todos os dias.

Maria tem muita vergonha de tudo que está acontecendo e não tem
coragem de denunciar seja no 180 ou para o dono da obra o ocorrido. Ela
se culpa pelo fato e procura resposta para o acontecido, seriam suas
roupas? Seu jeito de andar?

Apesar de não suportar aquele assédio Maria começa a justificar


no seu íntimo o ocorrido: “Eles só estão brincando”. “Melhor tê-los aqui
que a rua está cheia e não vai ter assaltos”, etc.

Por que ela faz isso? Como pode Maria se culpar? Maria ter medo? Ou até
mesmo chegar ao cúmulo de arrumar uma desculpa de conformidade?

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Assédio chegando...

Maria Lara não vê necessidade de ter um carro próprio, ela é bem-


sucedida e independente. Ama seu estilo de vida, ele vai ao escritório de
metrô, hábito o qual adquirira quando estivera em Londres. Infelizmente,
devido a um curto circuito, as linhas atrasaram e o horário de Maria Lara
hoje estava cheio de gente.

No vagão das mulheres não havia mais vaga, então ela decidiu ir
assim mesmo em um vagão normal. Lembrava sempre de Londres.

Ela sente uma mão passando pelas suas nádegas seguida de uma
coxa. Maria Lara é estudada, capaz, independente e mesmo assim ela se
envergonha, se cala, depois de um curto tempo consegue sair daquele
local, se sente usada, suja, mas sai do vagão sem denunciar seu
assediador.

Novamente, por quê?

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Assédio Cyber

Maria Augusta se divorciara tem pouco tempo e logo depois de um


tempo reclusa, decide cuidar de si mesma, malha 3 vezes na semana, se
maquia melhor, veste-se melhor, conseguira com o tempo e amigos
recuperar o belo sorriso.

Seu chefe resolve então enviar algumas mensagens “elogiosas” na


cabeça dele. Depois de meses e sem que Maria nunca reclamasse, ele a
envia um “nude”.

Maria Augusta acha aquilo um absurdo, vai logo pela manhã no outro
dia confrontar seu chefe. Ele pede desculpas, implora para ela não contar
nada a ninguém e que apagasse as mensagens e a foto.

Maria Augusta resolve fazer um hábito muito comum entre os


brasileiros: O “deixa-disso”, esse empurrãozinho para impunidade.

Nesse caso é até simples descobrir os motivos para Maria não


denunciar: Talvez ela não acredite na empresa, o Chefe seja o dono da
empresa, ela não quer ficar desempregada. Entretanto seria apenas isso?

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Assédio caseiro

Maria Cecília tem apenas 14 anos e adora Anita, veste-se como a


cantora, dança como a cantora, está descobrindo seu corpo e o efeito que
ele causa nos meninos de como atrai olhares.

Durante a semana seu Tio veio em casa enquanto ela estava


sozinha, perguntou sobre escola e a puxou pela cintura a colocando no
colo de um jeito estranho. Ele é irmão da sua mãe, seu Tio e obviamente
nunca faria nada de errado, deve ser só uma impressão – pensa Maria
Cecília.

Ele aproveita para voltar outras vezes pede para sobrinha dançar
para ele, pede para ela se vestir para ele e a presenteou com vários
shortinhos e lingerie dizendo para ser um segredo só deles.

E agora?

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Assédio no varejo

Maria Amélia tem um hábito para ajudar no desestresse da


semana: Ir fazer compras no supermercado. Naqueles grandes, com
roupas, eletrônicos, panelas, passando por todas as sessões e no fim
escolhendo ingredientes para o prato do fim de semana e sua segunda
terapia: Cozinhar.

Oito da noite e se podia ouvir ainda fogos comemorativos pelo fim


do campeonato de futebol. Dois homens com o carrinho cheio de bebidas
(e eles também) se aproximam pelo corredor. Aquele era na mente de
Maria Amélia um ambiente seguro, ela entra na mesma sessão dos
jovens.

Subitamente um deles a puxa pelo braço e a beija demoradamente,


ela tenta se libertar o empurrando, todavia sem sucesso. Após o ocorrido
os jovens se dirigem ao caixa rindo, quem viu a cena alguns também
riram, outros acharam que Maria deveria ter se esquivado da sessão. Já
Maria Amélia continuou as compras, voltou para casa e chorou
compulsivamente.

Como conseguir uma ação? Como não ser uma vítima?

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Legislação e Conceitos

Existem 3 leis principais quando se fala em assédio: CLT, Código penal


e a Lei de importunação sexual. Cada uma assume um aspecto desse crime e
suas consequências como veremos logo abaixo:

 CLT (Decreto-Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943) – Artigo 483 – O


qual respectivamente define (por jurisprudências) assédio
sexual (aquele praticado por superior ou igual por intimidação
com a finalidade de obter favores sexuais) e o assédio moral
aquele no qual superior ou igual por meio de intimidação e
humilhação procura com finalidade de denegrir outro. Como
podemos inferir a CLT abordará o tema no ambiente do trabalho
e com o uso de intimidação e força, seja financeira, hierárquica
ou mesmo física.

 Código Penal (Decreto-Lei nº 2848 de 7 de dezembro de 1940) –


Artigo 216 – Que define o assédio sexual e suas punições.
Obviamente aborda o assédio ocorrido tanto dentro como fora
do ambiente trabalhista. Convém mencionar que sempre vai
estar atrelado ao uso de força (Física ou outra), da intimidação,
do medo ou engano para conseguir favores sexuais de alguém.

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 Lei de importunação sexual (Lei 13718/18) – Veio definir: Beijo


roubado ou forçado, cantada indecente entre outras condutas
imorais que não eram previstas como assédio ou como crime
com uma lei própria.

Primeiro, precisamos entender a definição e a situação de assédio para


depois podermos ter ações preventivas e reações adequadas de segurança.
Como por exemplo, evitar andar por aquela rua onde sempre tem um bar
cheio de bêbados prevenindo um assédio ou saber como se esconder, fugir
ou em qual local buscar abrigo contra um assediador que lhe persegue pelas
ruas.

Por fim, saber que a legislação brasileira obteve avanços e que


precisamos denunciar situações que ocorram conosco ou com outras pessoas,
não podemos ser omissos ao sofrimento alheio.
Conceito de assédio:

 Assédio é todo o comportamento indesejado, nomeadamente o


baseado em fator de discriminação, praticado aquando do acesso
ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação
profissional, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou
constranger a pessoa, afetar a sua dignidade, ou de lhe criar um
ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou
desestabilizador.

 Conceito de assédio sexual:

 Assédio sexual é todo o comportamento indesejado de caráter


sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou
o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua
dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil,
degradante, humilhante ou desestabilizador.

 Conceito de Importunação sexual

 Importunação sexual são condutas que não se encaixam no


assédio sexual legalmente e que encontraram abrigo em uma
nova lei: Beijo roubado ou forçado, cantada intrusiva, atos
libidinosos, “encoxadas” e passadas de mão. Vejam que todos

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esses itens situados podem ser feitos sem uso de força ou


intimidação (fato que os tornaria assédio).

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 Denúncia
 Todos esses casos devem ser denunciados em 3 lugares
preferenciais:
 Delegacia da mulher,
 Disque-denúncia 180 e
 Polícia 190.

 Delegacia da Mulher para quem não tem receio de se


identificar ou a vítima para receber proteção. Disque-
denúncia 180 para quem preferir manter o anonimato.
Polícia 190 para casos em flagrante delito, ou seja,
acontecerá em breve (casal discutido agressivamente por

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exemplo), está acontecendo no momento ou aconteceu


(com menos de 24 horas).
Resumos de fixação:

O caso da cantadas dos trabalhadores da obra, o caso do metrô e o beijo


forçado entram na lei de importunação sexual, pois a referida lei trata dos
beijos forçados, das cantadas indecentes e “encoxadas”.

O caso do trabalho se encaixa em várias leis, contudo iremos simplificar a


CLT.

O Caso do familiar é outro que encaixa em várias leis, novamente simplificado


é um caso de código penal e agravando pelo fato de ser familiar e a vítima ser
vulnerável.

Todos os casos contatos foram de assédio sexual que é o nosso assunto


principal do livro e esse tipo de assédio pode ou não vir vinculado de assédio
moral o qual chamam também de agressão psicológica é verbal com objetivo
de diminuir e humilhar a vítima.

Dissecando o assédio

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Resumindo de forma grosseira assédio é o uso de intimidação para


usar o medo de outrem para conseguir favores sexuais de forma criminosa.
De forma simplista temos dois termos: FORÇA ou INTIMIDAÇÃO E MEDO.

MEDO

Quem na vida não tem medo de algo? Como dizia uma frase clichê de
filmes: “Não podemos deixar de sentir medo, mas podemos controlar o que
fazer com ele”. Principais tipos:

 Medo de se machucar,
 Medo de outros se machucarem,
 Medo de machucar outro,
 Medo de que uma situação vire outra pior (estupro, sequestro,
fome, etc.),
 Medo/Culpa do que as outras pessoas vão pensar,
 Medo/vergonha da situação em si,
 Medo/Problemas de saúde (Síndromes de pânico, ansiedade,
fobia, etc.).

Todos esses medos para serem superados devem ser reconhecidos e


treinados, seja por meio de defesa pessoal, psicólogos, dança, yoga,
etc. Eles são a causa para paralisia e não denuncia das vítimas.

Medo de se machucar

Medo de se machucar ou de combater ou de lutar é comum até entre


os praticantes de artes marciais e é algo natural, afinal um combate sempre
termina com algum tipo de dano que pode até ser a morte. Esse medo
remonta a época que nossos ancestrais combatiam as feras predadoras da
natureza e sabiam que cada combate seria de vida ou morte.

A consequência principal desse medo é o travamento mental que


impede o corpo de reagir completamente ou da forma correta, pode ser
acompanhado do suar frio ou de outros sintomas. Sabe quando tem duas
pessoas brigando na rua uma dela mal chega a esticar os braços e pernas para
desferir golpes e toda hora recua, medo.

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Por causa desse medo conectados com outros que a vítima permite ao
agressor agir, vem junto com pensamentos como: “E se ele me bater”, “E se
ele resolver se vingar”, “E se eu não conseguir”, etc.

Medo de outros se machucarem

Normalmente ligada a proteção familiar ou de amigos. A vítima pensa


que o agressor pode descontar sua ira em outro, seja um filho, uma amiga, no
marido, etc.

A principal consequência desse medo é a conformidade, do


pensamento: “É melhor assim! ”. Traz um sentimento de passividade para
vítima que é muito ruim.

Medo de machucar outro

Lido muito com isso durante o curso, a ilusão de quando precisar usar
a violência se usar sem machucar outro ou pior se achar o errado ao se
defender da agressão de alguém.

“Como assim eu vou quebrar os ligamentos do joelho desse sujeito?


Não é desnecessário”? Dá vontade de responder cada coisa que você nem
imaginam. Quando ensinado por um profissional competente a defesa pessoal
estabelece o limite correto da reação que é aniquilar a ameaça e só parar
quando não tiver mais risco. Ao romper os ligamentos do joelho do agressor
teremos a vantagem que precisamos para fugir de um agressor desarmado.

Medo que a situação vire algo pior

Aqui novamente entra o pensamento de conformidade e passividade:


“É melhor assim”. É melhor que ele me “encoxe” do que me bata, é melhor
que ele me estupre que ele me mate, ou ainda que é melhor que ele faça tudo

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comigo do que volte depois para se vingar caso eu faça algo (aqui temos uma
submissão de prazo indefinido).

Em nenhum momento dizemos que é para se reagir fisicamente em


todos os casos de assédio ou agressão sexual, deve sim, analisar o caso e
manter a reação como uma opção. Ao se lidar por exemplo com 2 agressores
armados a melhor opção pode realmente ser ceder aos desejos dos
agressores e se manter vivo.

Já em outra situação quando o agressor estiver em menor número ou


for mais fraco ou estiver desarmado e existe a possibilidade real de usa
reação ser bem-sucedida, tenha em mente que vale a pena a reação,
principalmente se houver uma preparação mental e física para essas
situações.

Medo ou culpa do que as outras pessoas irão pensar

Outro medo bastante comum, nenhuma mulher que ser reconhecida


como vadia ou de baixo valor pela sociedade. Isso vale tanto para ações de
desconhecidos no metrô quanto para parentes dentro de casa. Homens
também tem esse medo e pelo mesmo motivo.

Agora você sabe a razão de alguns livros feministas usarem o termo


“vadia” e afirmar que são “todas vadias”. Os bons livros tentam combater
esse medo social que causa danos terríveis de conformidade e de baixo valor,
ao não reagir a um assédio e imaginar ser a culpada automaticamente a
mulher perde a estima de si mesma.

Esse sentimento tanto acontece no momento do assédio como depois


quando a vítima tenta achar alguma lógica no ocorrido, algum motivo, algum
gatilho, uma causa para ter acontecido aquilo justamente com ela.

Medo ou vergonha da situação em si

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Retorna ao já citado anteriormente: “Por que isso está acontecendo


comigo? ”. A situação é tão traumática para a vítima tão vergonhosa e
embaraçosa que ela se recusa a compartilhar aquilo com outros e prefere
pensar que aquilo não existiu ou que não acontecerá de novo.

Algo próximo disso seria quando alguém cai na rua e todos ao redor
riem dela. Apesar de não ter feito nada de errado a pessoa ainda se sente
envergonhada de ter sido fraca, desastrada, vulnerável, ou seja, de não ser
capaz de lidar com algo “simples” sozinha.

Medo ou problemas de saúde

No Atlas da violência de 2018 traz um dado horrível mais de 10% dos


casos tem como vítimas pessoas com qualquer tipo de dificuldade ou
deficiência. Aproveitam de pessoas com deficiências mentais, deficiências
por idade, etc. Um verdadeiro horror para as pessoas normais.

Além desses casos graves, se juntam com casos de pânico, ansiedade,


pressão baixa, estados alterados da mente (seja por drogas ou não). No qual
a vítima não tem controle completo de si mesma, demorando a entender a
situação ou a efetuar alguma reação.

FORÇA

Como já dito no Atlas da violência 2018 e vários periódicos a maioria


dos assédios acontece por um agressor sozinho e desarmado. O criminoso
conta com sua força física e ameaça psicológica para dominar a vítima.
Principais tipos:

 Força física (músculos, peso, altura),


 Força física armada (pedra, faca, bastão, etc.),
 Força de grupo,
 Ameaças de poder (Financeiro, político, autoridade, etc.),
 Ameaças psicológicas.

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Força física (músculos, peso, altura)

É quando o agressor se vale do seu tamanho (altura, peso, músculos)


do seu físico para intimidar e forçar a vítima a passar por uma situação
desfavorável

Como já citado anteriormente na natureza o forte faz o que bem


entende, sendo assim no início das relações humanas. (Psicologia evolutiva é
o ramo da psicologia que estuda esses fatores).

Força física armada

Seja uma faca, bastão, arma de fogo, etc. Forma mais perigosa, porém
menos comum nos crimes de assédio. O inimigo tem uma arma em mãos ou
algo que assim o valha sendo assim nunca devemos achar que ele não irá usá-
la.

Força de grupo

É relativa tanto ao aspecto de ajuntamento de pessoas (3 abordando 1)


quanto ao aspecto social. Uma adolescente pode se sentir compelida a aceitar
normalmente um assédio para ser aceita no grupo. Um grupo que cerca uma
moça no carnaval está usando a força de grupo tanto quanto pessoas de um
mesmo trabalho/colégio/família que estão juntos e podem usar seu poder de
grupo para influenciar o assédio (“Por que fulana não quer ficar com fulano?
”, “Fulana reclamou de fulano ter passado a mão na bunda dela, ela não sacou
que era brincadeira”).

Ameaças de poder

Poder pode ser definido como autoridade (hierárquica, por idade,


parental, por carisma ou simplesmente formal. Por exemplo, o líder de uma

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seita que assedia suas fiéis.), financeiro (dinheiro, posição social, etc. “quem
tem dinheiro pode tudo”), político (poder de governo, como os vários casos
de deputados e vereadores presos por exploração sexual de menores).

Ameaças psicológicas

Existe uma confusão quando se fala em ameaças psicológicas muitas


vezes confundem com agressão verbal, xingar alguém não é ameaça
psicológica. Ameaça psicológica é lidar com alguém de forma a mudar
pensamento, dominar, influenciar negativamente visando que a vítima ache
uma injustiça algo correto.

Exemplo: ficar dizendo que alguém não vale nada, até que a pessoa
aceite o fato de ser desrespeitada como uma normalidade, afinal, ela não vale
nada. Nesse foco o uso de termos como “estamos fazendo isso de comum
acordo” ou “é só isso que estamos fazendo”, fazendo a vítima se iludir da
normalidade do ato. .

Entram aqui também as ameaças veladas (caras feias, roupas rasgadas,


uso do medo excessivo da vítima), ou seja, o uso intencional de um medo ou
receio da vítima para levá-la a acreditar em algo enganoso.

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Vários órgãos criam materiais educativos contra o assédio.

O Assediador

O assediador é um criminoso que por vontade ou gatilhos se sente


compelido a importunar e assediar outrem. O prêmio ou motivação do
assediador por ser algo físico (corpo da outra pessoa, etc.) ou algo intangível
e emocional (desejo de vingança, prazer me humilhar e dominar, etc.). Por
essa razão como já foi dito é confuso e talvez pouco eficaz trabalhar essa base
do triângulo (Prêmio ou Motivação) do crime apenas como forma principal de
prevenção ou reação.

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Alguém que goste de ver o medo no rosto da vítima pode ou não


escolher continuar o ataque, é muito vago. Já um sujeito que escolhe uma
vítima e depois percebe que ela tem uma pistola carregada em mãos e
totalmente com a atenção voltada nele (Sem oportunidade), irá em grande
parte dos casos desistir do ataque.

Afinal que seria esse tal triângulo do crime? São os fatores básicos que
todo criminoso procura para cometer sua ação:

 Prêmio ou motivação – No caso do assédio pode ser o corpo da


vítima, dominar, humilhar, satisfazer uma compulsão interna do
criminoso. Como já foi dito antes, torna-se complicado trabalhar
esse lado do triângulo, as pessoas fazem coisas por motivos
variados.

 Oportunidade – Ao se evitar lugares de risco e ao se andar


atento aos arredores procura-se agir sobre essa base. É numa
linguagem chula: “O bandido ver o que ele quer de vacilo”.
Alguém na porta de casa distraído no celular e com a motocicleta
ligada na chave.

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 Técnica ou condições – Se o bandido tem condições físicas,


psicológicas, técnicas, se consegue sair sem retaliações e de
forma rápida. Aqui se mostrar capaz de reagir ou intimidar o
agressor tentasse abalar essa base.

Existem outras formas de representações do triangulo do crime

Todas as teorias são as mesmas apenas mudando a forma de escrever


ou arrumando melhor o cenário.

Fator controlável tem muito a ver com o timing o planejamento da ação.


Exemplo: um grupo de bandidos decide se vai agir agora ou apenas a meia-
noite para invadir uma casa. Que irão usar, levar, etc.

Fatores incontroláveis como o próprio nome sugere são coisas


aleatórias que podem ocorrer, como a chegada da polícia, um dos bandidos
ter um infarto, baterem o carro num poste logo após a ação.

No segundo quadro ele tenta deixar mais explícitos os fatores que


levam a escolha do bandido: Alvo desatento e vulnerável, é a preferência.
Contudo não quer dizer que alguém atento ou não tão vulnerável não vá sofrer
uma ação criminosa.

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Vamos usar o modelo simplificado: O que ele quer? (Motivação ou


prêmio) O que ele precisa para ter aquilo? (Técnica). Como e quando ele
pode ter aquilo? (Oportunidade). E usaremos isso como base para nossa
prevenção.

Um reforço antes de falarmos em prevenção:

Bandido não rouba porque quer um celular ou só roubaria uma vez na


vida, ele rouba porque quer uma vida fácil.

Bandido não rouba bens, rouba tempo de vida e saúde da vítima.

A vítima da sociedade é a vítima do assalto, assédio, estupro e não o


bandido

Criminosos assediadores e sexuais veem a vítima como prêmio e não


como pessoa.

Obedecer 100% ou ser passivo 100% não é garantia de vida, existe um


limite dessa passividade e obediência que deve ser sempre o caminho onde não
existe capacidade de resistência.

Dê limites, não tenha vergonha em não permitir ou parar uma


aproximação, não tenha vergonha de dizer “não” e muito menos de sair de uma
situação desconfortável da forma que for necessária.

Prevenção de situações de
assédio ou de risco
A prioridade da segurança em qualquer nível é a prevenção, ou seja, adquirir
conhecimento para se ter hábitos que dificultem o acontecimento do crime.

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Como exemplo: de se evitar passar por uma rua onde já se sabe ter um bar
que está sempre cheio de bêbados imorais. Uma das importâncias de se
combater o assédio rapidamente é evitar que que ele se transforme em outro
delito.

A prevenção abrange alguns níveis de conhecimento: De lugar,


próprio e do criminoso.

De lugar

Possui 3 aspectos:

 Rota segura – Decidir quais pontos evitar ou se aproximar, quais


ruas ir, por qual rota chegar em um ponto.

 Ponto seguro – É um ponto de apoio, no caso desse curso, um


posto com vigilante, uma guarita, um posto policial, a casa de um
parente ou conhecido, etc.

 Rota de fuga – Um caminho para se ir a um ponto seguro ou


simplesmente se evadir do local da situação perigosa.

Exemplo:

Maria vai comprar pão como sua mãe pediu, ela estava em casa de
shortinho e decide ir assim mesmo. Ela é menor, tem 14 anos e acha mais
seguro seguir como sua mãe mandou ir direto para padaria que fica a duas
esquinas de casa (problema: tem o tal bar que só vive com bêbados no
caminho). Percebam que Maria não pode mudar o caminho indo por outra rua,
contudo ela ainda pode evitar o bar se a rua não for muito movimentada
atravessando para o outro lado da rua e voltando apenas na frente da padaria
(Rota segura). Maria escolheu na rua três pontos seguros: A padaria que
sempre tem um vigilante na porta, a casa do seu tio Alberto que fica ao lado
do bar e sua própria casa. Como é uma rua aberta, a rota de fuga já está
estabelecida é correr pela rua ou calçada até um ponto seguro.

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Obs.: Escolhemos o polêmico “shortinho” de propósito para lembrar


que temos o direito de nos vestirmos como “quisermos” adequadamente para
cada ambiente. E para lembrar também que se a mãe de Maria de forma
preventiva a mandasse usar uma calça, de forma alguma estaria sendo
preconceituosa, estaria sim, tentando garantir a integridade física de sua filha
já que mais de 60% dos estupros são em menores de idade. (Atlas da
violência, 2018).

Aqui vem o ponto chave: O Pai de Maria manda ela usar uma calça
“para não parecer uma puta” – Agora sim, foi estabelecido o preconceito em
chamar a filha de puta, em afirmar que existe roupa de “puta” e em
estabelecer o link “se vestir como puta, deve ser tratada como puta” logo os
caras do bar estão certos.

Não devemos ser levianos e jogar tudo como preconceito, assim como
existe lógica de ao se passar na praça da Sé, esconder celular, correntinhas e
anéis para evitar ser assaltado, também de evitar certas roupas em certas
ocasiões. Deixamos claro novamente que qualquer assediador é o culpado
pelo crime.

Bônus: Uso de obstáculos físicos para interações seguras. Exemplo:


falar com um estranho por interfone, ou através de um vidro à prova de balas,
ou ter um carro entre você e o outro interlocutor, etc. Todas essas formas são
uma prevenção de lugar.

Própria

Coisas que se pode fazer consigo mesmo, por exemplo: Estar atento,
fazer defesa pessoal, usar tênis para poder correr no lugar de um salto alto,
usar capacete ao andar de moto, etc. São escolhas pessoais que somente o
indivíduo pode fazer: andar desatento no celular ou olhando atentamente por
onde anda é uma escolha. Decidir sair com 40 mil reais na mão pela rua ou
fazer uma transferência bancária novamente é por sua conta. Detalhando:

Maria ao receber o pedido da mãe para ir na padaria, pode escolher ir


de shortinho ou não, ir de salto alto ou de tênis, levar uma ferramenta de
proteção ou não, chamar uma amiga ou vizinha para ir com ela, andar atenta
aos arredores ou grudada no celular.

Note que basicamente seria:

 Andar atento aos arredores,

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 Manter-se em forma ou ativo,

 Buscar aliados (Capital social),

 Estar preparado para confronto (usando uma ferramenta de


proteção ou não),

 Reconhecer os riscos de suas escolhas. (Decidir usar um rolex e


um iphone11 enquanto caminha na praça da Sé podem
provavelmente trazer consequências desagradáveis).

Do criminoso

Aqui temos 2 pontos: a percepção antecipada e a tardia.

Na antecipada é mais comum as pessoas tomarem a prevenção de


“lugar” e mudar de caminho, quando isso não é possível se deve passar
focado atentamente para o agressor e a procura de comparsas para se dirigir
ao melhor caminho de saída da situação. Usando assim a prevenção pela
psicologia do criminoso que normalmente prefere vítimas desatentas e que
não conseguem se defender. Adendo, nessa condição de atento é para se ter
a mente de combate, famoso mindset combativo, ter em mãos suas
ferramentas de proteção.

Na tardia, não significa que você foi abordado, mas que de alguma
forma entrou numa situação complicada. Exemplo: Dobrar uma esquina e
ficarmos de frente com um bandido ou suspeito. Ou entrar num
estabelecimento e perceber que tem uma confusão. Ou ainda a situação
chegar até você dentro de um ônibus. Continua-se com a mesma atitude,
normalmente começar por uma prevenção de lugar, como evadir do local, só
que agora provavelmente tomando uma atitude enérgica como empurrar
alguém. O mais rapidamente possível tentar estar pronto para um confronto e
evadir.

A prevenção “do criminoso” leva em conta a psicologia e o modus


operandi do marginal ou agressor. Todo marginal ou assediador quer um
“prêmio” e tem uma linha até onde ele pretende ir para conseguir o prêmio,
essa linha vai depender de cada caso:

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- Cantada tosca de um sujeito bêbado na rua que no máximo quer


provocar a vítima e ter apoio dos amigos. Ou seja, ao sair do local, ele irá
continuar bebendo e não irá perseguir a vítima.

- Sujeito que faz uma abordagem libidinosa, dando “encoxadas” e afins


e não pretende ir além se for confrontado. Enquanto a vítima permanecer
amedrontada ele continuará na ação criminosa, contudo ao ser confrontado
irá se afastar.

- Sujeito que persegue a vítima dizendo palavras libidinosas e pretende


ir até onde desconhecemos, mas certamente ele quer saber informações
como onde a vítima vai ou se aproveitar quando ela entrar numa rua ou lugar
deserto. Nesse caso a fuga, parada em lugar seguro podem não gerar a
desistência imediata do indivíduo, prepare-se para o confronto e chame a
polícia. Confronto físico é o último caso.

- Sujeito que já deu várias cantadas, atos libidinosos e nunca encontrou


uma confrontação maior, apenas a rejeição e decidiu que “hoje vai
acontecer”. Ou simplesmente um desconhecido que simplesmente decidiu
que “hoje vai acontecer”. Aqui como não se tomou uma atitude no começo ou
veio de um ato totalmente aleatório é quase inevitável o confronto.

Muitas vezes a falta de uma atitude defensiva como demonstrar que não
é “inofensiva”, afastamento, procura por ajuda, chamar atenção, intimidação
é vista como um “convite” pelo criminoso.

Confronto
Confronto não significa necessariamente ter que combater fisicamente
o assediador: Fugir, chamar a polícia, procurar aliados, negociar ou lutar
fisicamente com o inimigo são tratados como “confronto” nesse material. Ou
seja, confrontar é ir de encontro ao desejo do inimigo e não permitir que
aquilo aconteça.

Fugir, alertar autoridades e procurar aliados já foram abordados


anteriormente e serão melhor explicados no curso. Negociar é exclusivo do
curso presencial. Lutar fisicamente também é algo para ser treinado
presencialmente.

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Toda a parte de luta deve levar em conta as premissas cientificamente


reconhecidas – Agressor sozinho e desarmado (Atlas da violência, 2018) são
a maioria dos casos. Ou seja, desarmado quer dizer que ele contará com a
força física superior. Também levamos em consideração que o ato criminoso
começou intencionalmente como um assédio ou importunação e não foi um
assalto que virou assédio ou abuso.

Assédio pode evoluir para outros crimes como assalto, abuso sexual,
estupro, rapto, agressão física ou homicídio. Dessa forma é importante
preveni-lo e confrontá-lo rapidamente antes que o criminoso se sinta seguro
em continuar o crime ou escalar o crime.

Serão treinadas situações variadas de assédio onde a vítima vai ser


segura, perseguida, ameaçada, importunada, etc.

Qualquer treino de defesa pessoal a aluna deve ter consciência de si


mesma e do que enfrenta. Exemplo:

Maria estava do outro lado da rua onde achava que estava segura
quando o bêbado voltou a incomodá-la e também atravessou a rua
cambaleante. Maria pensou em correr, porém seu medo a paralisou e
permitiu a aproximação do assediador.

Quais as vantagens claras que ele tem: Superioridade física (músculos),


sem freios morais ou psicológicos (bebida) e com a capacidade de impor m

Primeira atitude de Maria teria que ser fugir, correr para um dos pontos
seguros, como ela não se moveu, perdeu a distância para uma fuga eficiente
sem nenhum contato. Ela tenta negociar fala com o sujeito para voltar ao bar
ou ela vai gritar socorro, tentando manter ou aumentar a distância entre eles.
Não havendo a desistência para que se tenha uma fuga segura, ela vai ter que
o atingir com um golpe, resolve empurrá-lo (não recomendado) e consegue
correr chegando na padaria contando o ocorrido e sendo escoltada de volta
para casa pelo vigilante da padaria que também ligara para mãe de Maria
contando o ocorrido.

Ao empurrar o assediado Maria esteve muito perto do inimigo que é


mais forte que ela e a poderia ter agarrado. Sempre para mulheres
recomendo o uso de ferramentas de proteção.

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Mente Combativa
Para se ter uma mente combativa devemos atacar certos pontos:

o Medo de ferir outros,

o Medo de se ferir,

o Medo de transformar a situação em algo pior.

Esses receios não são só das mulheres, mas de todos os seres humanos.
Tornamos parte da educação esses medos, que nossos filhos não
machuquem ninguém e nem se machuquem. E não vai ser por isso que
agora iremos ensiná-los ao contrário.

Porém a mulher deve ter em mente que aquele sujeito que a assedia
não a enxerga com um ser humano, nesse ponto praticamente todos os
treinamentos partem para a prática da desumanização (são práticas do
nosso dia-a-dia ensinadas em cursos como medicina, enfermagem,
bombeiro, policial, até na área gerencial quando se trata de conceder
empréstimos ou financiamentos, etc.).

Pontos:
1) Reconhecer como inimigo – Não importa se um primo, chefe ou
“amigo”, quem te assedia deve ser reconhecido como INIMIGO.
Pense em você como uma espiã caso não consiga afastar o sujeito
de sua vida e sempre procure manter testemunhas e coletar provas
(Celular é algo cheio de recursos, use-o). Caso seja um
desconhecido melhor ainda, antes passar vergonha por ter
chamado a atenção para uma situação que você acredite ser assédio
do que sofrer sozinha. (Obs.: Saia da situação o mais rapidamente
possível).

2) Você não é culpada pelo quanto ele pode ficar ferido – Treine,
tenha um plano, conheça a legislação, use tudo que for possível para

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sair da situação da melhor forma possível. Ter treinamento e


orientação é fundamental nesse aspecto.

3) Instintos são amigos, principalmente o de autopreservação e


sobrevivência – Não se coloque em situação de risco à toa achando
que “ele jamais faria algo...”, se você teve medo, se seu instinto deu
um alerta, vá para um lugar realmente seguro.

4) Quando a situação chega na violência física a resposta deve ser


a violência física – Isso serve para situações críticas já pensou você
entrar num elevador sozinha com um sujeito e ele decide apertar os
seus seios? É uma situação crítica, não se tem para onde correr,
quem ajudar, por aqueles segundos ou minutos que o elevador por
levar para abrir é você contra ele.

Explicando melhor: Imagine um médico que ao chegar uma senhora de


60 anos com a perna apresentando uma fratura exposta, começa a chorar
compulsivamente, ou então decide que deve tirar o sofrimento daquela
senhorinha mesmo que para isso deixe de atender a um jovem que caiu de
moto que está desmaiado com o crânio aberto. Ou um enfermeiro que acabou
de ver um paciente morrer e ficou tão abalado que mal consegue dar uma
injeção no próximo paciente ou prestar atenção nos remédios que está
fornecendo. Esse trabalho que evita esses erros é conhecido como
“desumanização” e serve para impedir que uma forte emoção o impeça de
fazer o que é necessário.

Legítima defesa é repelir ameaça real ou iminente contra você ou


outro utilizando de todos os meios possíveis (violência incluso) de forma
moderada (treino de controle emocional e orientação).

Extra: Quando tiver que entrar num elevador ou já estiver em um e alguém


suspeito entrar e você não decida sair do elevador, observe o andar que ele
apertou – Caso você vá para o 10º e ele para o 5º, ele sabe que tem até o 5º
andar (caso o lugar seja deserto) para fazer o que quiser, olhe para o seu
celular como se lesse uma mensagem e aperte o 4º Andar ou 3º andar, assim
que parar o andar que você apertou, saia, não deixando a porta fechar como
se estivesse esperando alguém e retorne. Caso ele não desça do elevador no
5º andar, saia você do elevador. Agora, e se ele quem apertou o 10º andar

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enquanto você já tinha apertado o 5º andar, nada muda, mesmo


procedimento. Essa dica visa a oportunidade (base do triângulo do crime) se
ele pensava que tinha 4 andares para fazer algo, agora tem 2 andares apenas
e ainda pode realmente achar que você entrou em contato com alguém.

Primeiro eu, toda mulher tem que ter isso em mente, exceto em
raríssimas exceções, quase inexistentes. Ao se ver obrigada a lutar só parar
quando aniquilar toda a ameaça.

Ter uma mente combativa ajuda a autoestima, na confiança, na tomada


de decisões, nos conflitos da vida, etc., contudo essa mente combativa é um
“modo” que precisa ser desligado e ligado. Mente combativa é uma situação
de estresse e como tal nada saudável se manter nele para sempre. Nossos
ancestrais morriam cedo não só pelas condições de higiene, mas também de
ter o estresse de sobrevivência e combativo ligados o tempo todo, em
qualquer momento poderiam ser mortos por outros predadores.

O treino presencial libera a mente combativa da aluna para que ela possa
reagir (fugindo ou lutando) em situações de assédio. Além de dar um
embasamento legal para as reações sugeridas.

Dica 1: No caso das mulheres é perfeitamente legal ao se defender


poder usar uma ferramenta de defesa, uma faca por exemplo, contra um
homem maior.

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Dica 2: Não existe ilegalidade em se afirmar que se está desconfortável


com algo, se não tiver certeza, não acuse ninguém de assédio, porém afirme
categoricamente que você não está confortável com a situação. (Acusar
precisa provas).

Dica 3: Legalmente eu posso atacar de forma moderada caso me sinta


ameaçado, principalmente se eu for mulher. Achou que um cara está
perseguindo ou que vai tentar te beijar a força, uma joelhada na genital é
totalmente compreensível juridicamente, além de não causar maiores danos.

Dica 4: Após um confronto físico, vias de fato, procure uma delegacia e


conte o ocorrido, não deixe para agressor ter a chance de contar a versão
dele primeiro.

Dica 5: Mulheres conseguem ajuda mais rápido que os homens.


Mulheres são subestimadas, use isso, dissimule e ataque seu agressor. Use
isso no tribunal, caso não treine ou treine alguma arte marcial diga que agiu
por instinto e nem se lembra de ter feito nada com sujeito, estava com muito
medo depois de ter recebido a agressão (sempre depois).

Dica 6: Denunciar e participar de toda a parte legal de processo pode


ser extremamente inconveniente, porém é muito melhor que um trauma de
rapto, estupro ou uma vida sendo assediada.

As próximas partes são respectivamente as situações e as técnicas para as


mesmas e são abordadas apenas presencialmente.

Little Dragon Eventos


Instrutor-chefe: Manoel Gomes
Telefone (79) 98863-0425
Aracaju - SE
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Conclusão
Assédio é um crime que sempre deixa um trauma de complexidade
variada para as vítimas. Algo vergonhoso que deve ser combatido tanto pela
parte educacional como repressivamente. Parte desse trabalho educativo e
repressivo está no treinamento das possíveis vítimas, quem não quer
violência e não tem condições de se defender não é pacifista, é indefeso.
Pessoas indefesas dependem da boa vontade de seus algozes, já pacifistas e
precavidos sabem até onde podem ou não aceitar situações até que decidam
reagir ou não, com capacidade para tal.

Relembrando que confronto é impedir que o agressor consiga o seu


objetivo.

Nada melhor para qualquer criminoso que uma vítima indefesa, alguém
incapaz de se defender socialmente, psicologicamente e fisicamente.
Socialmente confronto pedindo ajuda, buscando aliados, interrompendo
abusos, sendo livre da pressão de grupo, etc. Psicologicamente atuando
sobre seus medos, tendo autocontrole, sendo sagaz.etc. Fisicamente tendo
meios e condições de se defender por si. Alguém capaz de se defender
integralmente tem muito mais chances de garantir sua vida que pessoas
indefesas.

Ouça seu instrutor, leia livros, busque informações, busque aliados,


saiba sempre mais sobre como prevenir, denunciar, reagir, mantenha-se
ativa e principalmente viva (em duplo sentido mesmo, estar viva e viver
plenamente). Nunca tenha medo de recomeçar, nunca se ache pior, nunca
ache que merece ser vítima, nunca deixe acontecer e se acontecer nunca
deixe acontecer novamente.

Prevenir mantendo-se longe do radar do assediador e sabendo como


enfrentá-lo é o caminho mais indicado para evitar os traumas psicológicos e

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possíveis agressões advindas desse crime. Este livro é um dos caminhos, o


curso de defesa pessoal é um dos caminhos e não o único caminho para se
enfrentar seus medos e resolver mudar a sua vida. Até a próxima...

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