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PSICANÁLISE
DO TARÔ E A
JORNADA DO
HERÓI
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INTRODUÇÃO
A jornada do herói é uma forma de entender a trajetória das pessoas. Ela é um padrão.
Quem identificou esse padrão foi Joseph Campbell, um estudioso de mitologia e religião
comparada.
O diálogo construído em torno das significações que o jogo de tarô pode nos trazer,
discutindo, por exemplo, afetos e desejos, enriquecem e guiam o debate ocorrido em cada
sessão. Isto é, cada jogo reconhece uma tendência de sujeito, capturada em sua
universalidade. Isso permite reconhecer narrativas universais, naturais a toda pessoa, e
propor novas narrativas, mais próprias a nossa particular existência com maior chance de
bem estar e sucesso.
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INTRODUÇÃO AO TARÔ E A JORNADA DO HERÓI
Uma viagem pelas cartas do Tarô, primeiro de tudo é uma viagem às nossas próprias
profundezas. O que quer que encontremos ao longo do caminho é um aspecto do nosso
mais profundo e elevado eu. Pois as cartas do Tarô, nasceram num tempo em que o
misterioso e o irracional tinham mais realidade do que hoje, trazem-nos uma ponte efetiva
para a sabedoria ancestral do nosso eu mais íntimo. E uma nova sabedoria é a grande
necessidade do nosso tempo – sabedoria para resolver nossos problemas pessoais e a
sabedoria para encontrar respostas criativas às perguntas universais que a todos
confrontam.
De fato, pouquíssimo se sabe a respeito das cartas do Tarô ou a respeito da sua origem
e da evolução das designações de naipe e do simbolismo dos vinte e dois Triunfos.
As figuras nos Triunfos do Tarô contam uma história simbólica. À semelhança de nossos
sonhos, elas não vêm de um nível que a consciência não alcança, e muito distante da
nossa compreensão intelectual.
Podemos fazer melhor a conexão com seu significado através da analogia com mitos,
contos de fadas, dramas, quadros, acontecimentos históricos, ou qualquer outro material
com motivos similares que evocam universalmente grupos de sentimentos, intuições,
pensamentos ou sensações.
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características, potencialidades e deficiências que, na verdade, são nossas. Povoamos o
mundo exterior de feiticeiras e princesas, diabos e heróis do drama sepultado em nossas
profundezas.
A projeção que fazemos do nosso mundo interior para o exterior não é coisa que fazemos
de propósito. É simplesmente a maneira como funciona a psiquê. Na verdade, a projeção
acontece de forma tão contínua e inconsciente que acostumamos não dar tento de que
ela está acontecendo. Estas projeções são instrumentos úteis à conquista do
autoconhecimento. Contemplando as imagens que atiramos na realidade exterior, como
reflexos de espelho da realidade interior, chegamos a conhecer-nos.
Em nossa viagem através dos Trunfos do Tarô utilizaremos as cartas como detentores da
projeção. São ideais para esse propósito porque representam as forças instintuais que
operam de modo autônomo nas profundezas da psique humana e que Jung denominou
de arquétipos.
Tais arquétipos funcionam na psique de maneira muito parecida com a que os instintos
funcionam no corpo.
Em nosso mapa, os Trunfos, desde o número 1 até o 21, dispostos em sequência, formam
três fileiras horizontais de settingtingtingtinge cartas cada uma. O LOUCO é o número 0,
não tem posição fixa. É o viajante. O Louco, está livre para espiar os demais personagens
e seguir a jornada.
É aqui que entra a JORNADA DO HERÓI. A jornada do herói é uma forma de entender
a trajetória das pessoas. Ela é um padrão. Quem identificou esse padrão foi Joseph
Campbell, um estudioso de mitologia e religião comparada.
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Campbell estudou várias culturas antigas, religiões, crenças e lendas populares pelo
mundo. Ao contrário da maioria das pessoas, que buscavam as diferenças entre culturas,
ele abriu seus olhos para as semelhanças. Assim, conseguiu traçar um caminho em
comum, que aparece nas principais narrativas mitológicas e religiosas da humanidade.
De acordo com a visão de Campbell, Jesus Cristo, Buda e Krishna têm várias coisas em
comum. Além de serem figuras muito conhecidas e acumularem seguidores cheios de fé
pelo mundo, eles possuem uma trajetória, uma história de vida, pontuada por
acontecimentos que, se não são idênticos, carregam uma simbologia muito parecida.
1. O mundo comum
A história começa apresentando o protagonista em seu status quo, sua vida cotidiana.
2. O chamado à aventura
Então, o protagonista recebe um chamado à aventura, que pode ser um convite externo
ou uma situação em que ele mesmo se coloca.
3. Recusa do chamado
Geralmente, depois de receber o convite, o protagonista reluta em aceitar, porque ele não
quer sair de seu mundo comum.
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Dentro do novo mundo, o personagem principal irá fazer amigos, inimigos e enfrentará os
seus primeiros testes. Essa etapa é de bastante aprendizado.
8. A provação
Aqui é quando de fato acontece o encontro com o chefão. Ou seja, esse é o maior desafio
que o herói precisa enfrentar, até o momento, em sua jornada. Geralmente, a provação é
uma experiência de (quase) morte, onde o protagonista vai usar tudo o que aprendeu
como o mentor e nas etapas anteriores para ressurgir glorioso.
9. A recompensa
Após passar pela experiência de quase morte (seja física ou mental), o herói ressurge
como um novo homem. E recebe uma recompensa que pode ser um prêmio, título, objeto
precioso ou nova habilidade.
11. A ressurreição
Mas, se você achava que a jornada do herói já tinha chegado ao seu fim, está muito
enganado. Aqui surge um momento decisivo na vida do personagem, onde ele precisa
provar que realmente aprendeu lições valiosas durante sua aventura.
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JORNADA DO HERÓI
Começando com o Arcano O Louco, único trunfo não numerado, mostra um jovem
despreocupado em busca de aventura, que em determinado momento de sua existência
percebe que possui todos os instrumentos para compor a própria história.
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A JORNADA DO LOUCO NO TARÔ
II –A Papisa – Busca uma introversão espiritual, estudando nos livros sagrados a verdade
da vida
III –A Imperatriz – nos remete aos mistérios da natureza feminina e nos convida a sermos
receptivos
VI –Os Enamorados – Avisa dos perigos dos afetos exagerados que poderiam nos fazer
dependentes da família ou das paixões. Um momento na vida do herói em que está sujeito
a perder o passo de aprendizagem caso “escolha” o outro em detrimento de si mesmo
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VII –O Carro – Nos lembra que precisamos continuar na jornada do herói e tocar a nossa
vida para a frente. Momento de triunfo, em que o herói desenvolveu autoestima e já tem
um objetivo a alcançar
VIII –A Justiça – Enfatiza que precisamos ter ética e distinguir o certo do errado para
seguirmos com firmeza e constância
X – A Roda da Fortuna– Momento crítico, onde temos que entrar em contato com nossos
padrões de comportamentos repetitivos. Outra carta onde o herói pode perder o passo de
aprendizagem caso não saia da eterna roda da repetição
XIII – A Morte – Carta de transformação pela dor. O herói ficou vaidoso por ter vencido
os padrões pela força de vontade (XI), e agora tem que passar pela morte e sepultamento
XV – O Diabo–Depois de construir sua história no mundo, o herói tem que se voltar para
a própria sombra, e, enfrentar seus desejos e fraquezas mais profundos, alguns dos quais
ele nem imagina que tem
XVI – A Casa de Deus – Vemos um raio vindo do alto e destruindo a torre, onde os
gêmeos do tarô estavam aprisionados pelo diabo, libertando-os e jogando-os de volta ao
mundo. Perda do lugar de repouso e ampliação de consciência simultaneamente
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da vida) e inicia uma nova fonte que se transforma em rio. É abençoado pela estrela
matutina, não devendo perder a ética adquirida desde o Arcano VIII
XVIII – A Lua – O trabalho ainda não terminou, e o herói deve vencer os medos da noite
escura, deve ter confiança em seu próprio inconsciente que não vai surtar, enfrentar os
lobos e ir em direção da cidade prometida, isto é, da integração do consciente com o
inconsciente
XIX – O Sol– Aqui o herói encontra a comunhão das forças contrárias, união do masculino
e feminino, consciente e inconsciente. No mundo externo encontra um companheiro (ou
amigos, ou iguais) que lhe corresponde. Sob o Sol benfazejo ele reencontra a inocência
perdida do paraíso. Sua jornada termina aqui. Daqui pra frente ele colhe os frutos do que
plantou
XX – O Julgamento – Nesse Mistério, vemos o herói sendo ressuscitado por um anjo que
toca sua trombeta e reconhece seu valor. Já não depende de esforço e sim da Graça, já
pode adentrar novos níveis de consciência. É chamado para a Maestria, conquistou um
“eu” integrado, achou seu lugar no mundo e venceu as sombras do inconsciente
XXI – O Mundo – Esse trunfo mostra o resultado da Opus Alquímica. A Roda da Fortuna
(X) da eterna repetição se transformou na guirlanda de louros, símbolo da vitória, onde o
herói unificado conquistou os quatro elementos: o ar, a agua, a terra e a intuição, isto é,
integrou as quatro funções da psique: pensamento, sentimento, sensação e intuição.
Com a conclusão vitoriosa da jornada do herói, retomamos o Arcano d’O Louco, não mais
como o jovem aventureiro, mas como o Mestre, que encontrou seu caminho e por ele
segue seguro. Busca não lógica da espiritualidade e autorrealização.
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A IMPORTÂNCIA DOS ARQUÉTIPOS NESTE TRABALHO
O arquétipo, à grosso modo, possui algumas funções, e dentre outras podemos enumerar:
• Self
• Sombra
• Sabedoria
• Pai
• Mãe
• Criança
• Persona / herói
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que ocorrem na adolescência. É a contraparte feminina do homem ou a contraparte
masculina da mulher. A sombra é responsável por aquilo que o Ego não aceita,
mantendo assim esse conteúdo em um lugar do inconsciente, mas que há a possibilidade
de se tornarem conscientes.
Aqueles traços que nós não gostamos, ou preferimos ignorar, se juntam para formar o
que Jung chamou de Sombra. Essa parte da psique, que também é fortemente
influenciada pelo inconsciente coletivo, é uma forma complexa e geralmente é o complexo
mais acessível pela mente consciente.
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O arquétipo da grande mãe é visto como um dos mais primordiais na relação humana,
pois mesmo com indivíduos “desenvolvidos” tende-se a imitar a relação primeira.
Contempla a relação mãe e filho como uma das mais profundas na psique de um
indivíduo.
Neumann (1995) aponta o arquétipo da grande mãe como uma das fases no
desenvolvimento progressivo do ego, no qual o estágio da uroboros maternal se
caracteriza pela relação entre a criança pequena e a mãe que alimenta. Esse estágio
enfatiza a natureza carente e indefesa da criança e o lado protetor da mãe, necessária ao
desenvolvimento da consciência que a partir dessa simbiose se distinguirá.
O símbolo do uroboros pode ser traduzido como um dos primeiros estados na evolução
da consciência, em que o ego ainda não apareceu como um complexo consciente, não
havendo assim tensão entre o ego e o inconsciente, já que um permanece contido no
outro.
Quando o ego está sob o domínio da grande mãe, ou seja, do inconsciente, ele é possuído
tanto pela mãe devoradora quanto pela mãe doadora e bondosa.
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O Arquétipo Persona dá ao sujeito a possibilidade de criar um personagem que pode
não ser de fato ele mesmo. Dentro de cada persona existe um conjunto de ideias que se
originam da sociedade, no qual denominamos regras sociais. A Persona é muito
importante para a sobrevivência humana. Através dela, nos tornamos capazes de
conviver com o outro, inclusive nos ajuda a conviver com aquelas pessoas que nos são
desagradáveis de maneira saudável e equilibrada.
O arquétipo não fornece a fórmula, mas a estrutura, sempre variando pois o ser
humano é um ser cultural em sua essência. Esses símbolos universais, apesar de não
compreendidos em toda a sua profundidade, devemos ter claro o aspecto que quanto
mais o compreendemos mais compreenderemos a nós mesmos. E compreender a nós
mesmos é um dos pilares do humano.
O VAGABUNDO ARQUETÍPICO, com sua trouxa e seu cajado, está muito em evidência
em nossa cultura atual. Mas, mundo mecanizado, prefere viajar sentado a caminhar.
podemos ver-lhe o equivalente atual de pé à beira do caminho, de barba e mochila,
estendendo um Sorriso esperançoso e um polegar em nossa direção.
Pode acontecer, todavia, que outra pessoa tenha uma reação negativa em relação ao
jovem uma reação tão instantânea e violenta que o fará, de repente, tremer literalmente
de raiva. Nesse caso, o motorista apertará o acelerador, os dentes, E fugirá literalmente
da vista daquele espectador inocente, murmurando palavras contra os seus “modos
sujos”.
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As reações ao Louco serão, naturalmente tantas e tão variadas quantas forem as
personalidades e experiências de vida dos que se defrontarem com ele. Mas o ponto está
em que o ser tocado por um arquétipo sempre evocará uma reação emocional de alguma
espécie. Explorando essas reações inconscientes, podemos descobrir o arquétipo que
nos está nos manipulando e livrar-nos até certo ponto da sua compulsão.
Em resultado disso, da próxima vez que encontrarmos essa figura aqui típica na realidade
externa, a nossa resposta não precisará ser tão irracional quanto a acima descrita. Da
próxima vez que passar por um vagabundo feliz na estrada sentirá mais empatia por ele.
Tendo agora escolhido sua própria vida, estará mais disposto a deixar que os outros
escolham a sua. E, tendo chegado a um acordo com o regenerado na realidade interior,
não se sentirá tão hostil e defensivo quando uma figura assim lhe deparar na realidade
exterior. Mais importante de tudo, porém, é que terá experimentado o poder de um
arquétipo.
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INTERPRETANDO OS ARQUÉTIPOS NO TARÔ ANALITICO
O Tarô analítico é utilizado na prática psicanalista para reflexão sobre quem somos e
como podemos agir para tomar decisões favoráveis ao nosso desenvolvimento. A partir
das figuras nas cartas somos chamados a refletir sobre arquétipos que estão mais
presentes em nossas vidas e a influência da presença mais expressiva deste arquétipo
em nosso modo de pensar e agir.
A projeção
Um breve esquema de arquétipos como são utilizados dentro da comunicação visual, e em áreas do conhecimento relativas
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A projeção é o nome que se dá também para um mecanismo de defesa no qual aquilo
que não é aceito em si mesmo é jogado para o inconsciente e projetado no outro. A não
aceitação e a repressão de comportamentos, desejos, pensamentos ou sentimentos que
estão confinados no inconsciente de uma pessoa podem ser projetados no ambiente
exterior sem que a pessoa saiba. Isso favorece a confusão na percepção dos
comportamentos alheios pois é possível que os reais comportamentos do outro sejam
cobertos e confundidos com os nossos comportamentos rejeitados e projetados sobre
eles.
Cada um vê o mundo através das suas próprias lentes de valores. A experiência pessoal,
a cultura, a memória, os valores, o conhecimento são projetados fora da pessoa. Assim,
vemos no mundo exterior o que há no nosso mundo interior.
A sincronicidade
Sincronicidade é um conceito criado por Carl Gustav Jung que defende a ideia de que os
acontecimentos se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado.
Essa ligação entre o mundo exterior e o interior se trata de uma conexão mental bem
ampla. Ela pode ser encontrada em qualquer lugar, como numa livraria, por exemplo.
Imagine que você deseja ler sobre determinado tema.
Então, começa a circular pelas estantes e corredores, e o livro que busca, se encontra
caído no chão do local. A resposta que você estava procurando chega até você de uma
maneira surpreendente, inusitada. Ou seja, o desejo de entender sobre um assunto
(realidade interior) se encontra com um evento exterior.
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Nesse tipo de situação, existe uma conexão entre os envolvidos, uma ligação que
não pode ser vista, mas que está ali. Esse elo é o que chamamos de sincronicidade:
quando não há uma simples casualidade, mas sim uma força do universo atuando para
que as pontas soltas se juntem.
A intuição e a Inspiração
A associação
Mas que tipo de garrafa você mentaliza? uma garrafa grande, redonda, longa e estreita,
baixa, d vidro, cerâmica, colorida, estampada? Cada um de nós tem uma percepção
diferente da palavra garrafa apesar de ser uma palavra comum. Desta forma, é importante
trabalhar os símbolos desta forma também.
O ato de associar significa juntar, reunir uma coisa à outra. A mente associa as imagens
a um significado. Essa associação pode ser aprendida da mesma forma como
aprendemos que o sinal vermelho, num semáforo de rua, significa “pare” e o sinal verde
significa “siga”. A associação pode se dar por proximidade temporal dos eventos,
coincidência, raciocínio etc.
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A mente reunirá as informações de que dispõe para dar significado ao mundo à sua volta.
Quanto maior o conhecimento e a sabedoria de uma pessoa, quanto mais memórias
disponíveis ela tiver armazenado, maior será o leque de associações oferecidas pela
mente dela.
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NO SETTING PSICANALITICO
O que se defende aqui, é a possibiidade de se utilizar mais uma ferramenta que poderá
criar meios para que o psicanalista interaja com pacientes que tem dificuldade em
verbalizar ou expressar suas angustias, inseguranças, confusaão mental causados
muitas vezes pelos diversos mecanismos de defesa que se pode desenvolver durante as
experiencias de vida.
Se faz necessário identificar qual melhor forma de fazer a tiragem das cartas
considerando o propósito do que se está buscando avaliar, identificar ou trabalhar.
O Tarô Terapêutico é uma ótima ferramenta para aqueles que querem compreender
melhor o momento pelo qual estão passando ou estão em dúvida sobre determinado
assunto. Também ajuda a entender por que certos padrões se repetem na nossa vida ou
o que está nos impedindo de alcançar o que desejamos. A leitura terapêutica do Tarô
auxilia no autoconhecimento e na ressignificação dos conteúdos, ajudando a observar as
questões sob outro ângulo e a encontrar formas novas de lidar com elas.
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O PAPEL DO PSICANALISTA
Neste contexto, o psicanalista, além da análise de seu paciente, o que lhe é inerente, terá
também o papel de um facilitador do processo. O psicanalista, pode ajudar o
consulente/paciente, a entender dentro da sua jornada de vida, qual é o desafio, o
chamado que está vivendo no momento, e qual é o arquétipo que vem em resposta àquele
desafio.
Que mudanças no status quo são necessárias? Qual momento da jornada do herói está
sendo vivenciado por ele? Ajudar a entender o que está no inconsciente, nas sombras
que não consegue ver ou entender?
Importante destacar que o tarô não possui aqui uma interpretação adivinhatória e que
para compreender a representação do arquétipo é necessário estarmos dispostos a
assumir que somos protagonistas de nossas próprias vidas. Neste contexto somos
responsáveis de alguma maneira por todas as situações que acontecem, tanto as boas
como as ruins.
O lado bom disso é mostrar que possuímos a capacidade de alterar a maneira como
as coisas acontecem. Isto nos dá um grande poder, mas também é necessário
abandonar o vitimismo, ao colocar a culpa dos acontecimentos sempre em coisas
externas, sejam pessoas ou situações.
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A ABORDAGEM
A prática consiste em primeiro lugar aceitar que a sincronicidade tem uma função. A
função de nos fazer entender de que nada é por acaso. A função de nos fazer pensar nos
sinais que recebemos e seus significados.
Por quê isto aconteceu, ou está acontecendo? Que sinais preciso observar? Prestar
atenção aos sinais.
Observemos que nem sempre todo conteúdo é trabalhado numa única sessão, podendo
o conteúdo levantado ser trabalhado por várias outras sessões.
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Os objetivos dessa abordagem:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
“A caverna que você tem medo de entrar, guarda o tesouro que está a procurar.”
Joseph Campbell
A Ouroboros ou Oroboro é uma criatura mitológica, uma serpente que engole a própria
cauda formando um círculo e que simboliza o ciclo da vida, o infinito, a mudança, o
tempo, a evolução, a fecundação, o nascimento, a morte, a ressurreição, a criação, a
destruição, a renovação. Muitas vezes, esse símbolo antigo está associado à criação do
Universo.
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AGRADECIMENTOS
Aos meus amigos e companheiros de profissão, obrigado por serem sempre uma grande
inspiração.
Minha orientadora, Aguimar Martins, por apoiar esse trabalho, e obrigado a todos os
professores do curso de Psicanálise Integrativa da SBPI que contribuíram para a minha
formação.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô. Tradução: Octavio Mendes. São Paulo, Editora Cultrix,
1988
JUNG, Carl. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Tradução: Maria Luíza Appy e Dora
Mariana R. Ferreira da Silva. Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2000
SITES VISITADOS
http://www.institutonovoser.com.br/tarot-de-marselha-a-jornada-do-heroi/
https://www.psicanaliseclinica.com/arquetipos-significados/#Funcoes_arquetipicas
https://ipacamp.org.br/
https://www.gilistore.com.br/blog/saiba-quais-sao-as-7-leis-da-sincronicidade?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persona_(psicologia)#
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