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2022

Sejam bem-vindos!

Este é o resumo da primeira edição de 2022


do Encontro com Gestores, realizado pela
Icatu, nos dias 19 e 20 de julho.

Aqui você poderá conferir os pontos


altos das palestras das gestoras de fundos
e especialistas em planejamento
financeiro e investimentos.

Aproveite suas dicas financeiras e confira


as análises do cenário econômico, dos
investimentos e suas expectativas num
ambiente de inflação global e alta de juros.
1º DIA
19/07/2022

PAINEL 1

Previdência - Acumulação e Planejamento


Financeiro | Flavio Leoni

PAINEL 2

Cenário Econômico | Daniel Leichsenring

2º DIA
20/07/2022

PAINEL 1

Como a inflação e os juros altos impactam os fundos de


Renda Fixa, Crédito Privado e Multimercado?
Bocom BBM, Genoa e Opportunity

PAINEL 2

Perspectivas para os fundos de ações no cenário atual.


ARX, Icatu Vanguarda e Leblon
1º DIA
19/07/2022

O primeiro dia do Encontro com Gestores 2022 contou com


a presença de Flavio Leoni, sócio-fundador da Leoni Siqueira
Advogados; e de Daniel Leichsenring, economista-chefe
da gestora Verde Asset. Flavio falou sobre planejamento
patrimonial e sucessório de clientes de alta renda, e Daniel,
sobre o cenário econômico.

Confira agora os pontos altos do evento. A live completa, que


foi mediada por Talita Raupp, da nossa equipe de Previdência,
está no canal da Icatu no YouTube.

Na abertura do Encontro, Luciano Snel, CEO da Icatu, lembrou


que hoje a seguradora conta com 139 gestoras de recursos
em seu marketplace de previdência — aumento de 70% em
comparação com as opções existentes em 2019, o que o torna
o maior e mais completo do país.

PAINEL 1

Previdência - Acumulação e Planejamento Financeiro | Flavio Leoni

No começo da conversa, um dos mais respeitados especialistas em


planejamento sucessório e patrimonial do país, o advogado Flavio Leoni,
explicou que a estratégia deve ser feita com o cliente ainda vivo.

“Gosto sempre de lembrar dos problemas que eu vejo no meu escritório


quando chegam clientes que não fizeram planejamento patrimonial.
A melhor forma de entender as vantagens é a gente conhecer os
problemas que aparecem quando a gente não tem.”
Litígio entre herdeiros, parentes e companheiros são talvez os mais
conhecidos. Mas há outros, como a lentidão no processo de inventário,
divisão desigual do patrimônio entre herdeiros, custos com inventários,
taxas e impostos; falta de proteção do patrimônio familiar e até prejuízos
em empresas familiares.

“Mais de 80% das empresas brasileiras são familiares. De 10 a 20%


conseguem chegar à segunda geração, e menos de 5% dessas empresas
conseguem sobreviver à terceira.”

Ele contou que não há uma solução única, “de prateleira”.


As respostas são personalizadas.

“É possível encontrar uma solução para os imóveis, outra para bens


no exterior. Para cada tipo de ativo, a gente pode oferecer uma opção
eficiente do ponto de vista econômico e sucessório.”

A previdência privada é uma dessas opções, por causa de algumas


vantagens. A primeira é a escolha dos beneficiários,
que podem até mesmo não ser os herdeiros legais. Outra vantagem é a
possibilidade de escolher a forma como os beneficiários vão receber: de
uma só vez ou aos poucos, no formato de renda mensal.

O VGBL não entra em inventário e, além disso, oferece vantagens fiscais,


como a ausência de come-cotas (imposto que incide semestralmente em
alguns tipos de fundo de investimento) e a possibilidade de pagar menos
Imposto de Renda ou adiar o pagamento do tributo.

“Acho difícil que uma pessoa não precise ter parte do seu patrimônio em
previdência. Um assalariado por exemplo, CLT, será que não vale a pena
colocar um percentual até os 12% da renda bruta tributável em um PGBL?
Hoje, o produto de previdência, para acumulação de patrimônio, faz muito
sentido”, destacou Talita.

Muitos brasileiros já aderiram: hoje, estão aplicados em planos de


previdência em todo o mercado mais de R$ 1 trilhão. Só a Icatu faz a
gestão de R$ 48 bilhões.
Hora de tirar dúvidas
Pelo chat do canal da Icatu no YouTube, vários
assinantes enviaram perguntas. Confira na live a
resposta para cada uma delas.

Será que planejamento sucessório é só para famílias ricas?

O PGBL entra em inventário?

A partilha na separação se aplica apenas nos aportes e rendimentos


auferidos na vigência da união?

Pessoas portadoras de deficiência podem ser isentas de Imposto de


Renda na previdência privada?

Se uma pessoa tiver feito um plano de previdência para seu filho ou filha
menor de idade, mas em seu CPF, é possível que seja feito bloqueio
judicial em caso de morte?

Em caso de inventário, metade do valor investido em previdência deve


ser reservado aos herdeiros legais?

Como é a cobrança do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e


Doação)? É considerado o endereço do titular ou do beneficiário?

A representatividade percentual da previdência para herdeiros é


recebida no momento da morte do titular?

Qual o custo médio para planejamento tributário?

Em quantos dias os herdeiros recebem o valor de um plano de


previdência após o falecimento do titular?
PAINEL 2

Cenário Econômico | Daniel Leichsenring


O segundo convidado do primeiro dia do Encontro com Gestores é
economista-chefe de uma conhecida gestora: a Verde Asset. Confira o
resumo da conversa com Daniel Leichsenring.

Daniel conversou com a gente a respeito do cenário econômico — e,


sobretudo, sobre a inflação, tema que tem preocupado muita gente.
Confira os principais trechos da live com o economista.

Inflação

“Não dá para ser muito otimista no curto prazo com a dinâmica econômica. O
Brasil já vinha com uma dinâmica acentuada de aceleração de preços. E vemos
também uma aceleração e surpresas recorrentes na inflação nos Estados
Unidos, na Europa, em grande parte dos países do mundo. Acho que nos
últimos 12 meses talvez a gente já tenha tido umas 11 surpresas inflacionárias
significativamente altas nos Estados Unidos.”

Juros no mundo

“Ao longo do tempo, vimos uma mudança de postura da política monetária de


todos os países. Fora Japão e China, que são as grandes exceções, a maior parte
dos países teve uma mudança brusca na política monetária. E obviamente isso vai
impactar muito o crescimento da economia nos próximos meses e semestres.”

Juros no Brasil

“O Brasil enfrentou todos os processos de inflação com uma certa antecipação


em relação ao mundo. No começo do ano passado, já estava claro que a
dinâmica inflacionária aqui era mais perversa. O Banco Central começou a subir
juros ainda no começo do ano passado, e eu diria que nós estamos
bem na frente do mundo nesse processo de aperto de juros. Então,
você tem um certo benefício por estar na frente, mas tem também
um malefício porque a gente acabou ‘apertando’ muito a taxa de
juros, desde o ano passado, mas a inflação mundial permanece alta,
também afetando a inflação brasileira.”

Hora de tirar dúvidas


A economista Talita Raupp, da nossa equipe de
Previdência, fez algumas perguntas para Daniel.
Confira a resposta para cada uma delas.

Como podemos ser afetados em uma futura recessão mundial?

Para o Brasil, a notícia que temos é: o mundo vai crescer menos.


Talvez não tenhamos uma queda abrupta, é possível que essa
queda aconteça com maior intensidade na Europa por conta de uma
eventual mudança na oferta de gás russo. Para nós, isso não tem
nada de positivo, porque usualmente a gente se beneficia quando o
mundo cresce: o Brasil tipicamente é um produtor de commodities.
A gente tem um fluxo de renda que vem do exterior para cá que
historicamente sempre se relacionou com nossa taxa de crescimento,
e não vamos poder contar com essa transferência de renda do
mundo. Vamos precisar contar com a nossa própria capacidade de
produtividade, de fazer a economia crescer.
O fato de a China estar neste momento em desaceleração é bastante
preocupante para a gente?
É bastante preocupante para o Brasil, que se beneficiou de maneira muito
importante do crescimento chinês nos últimos 20 anos. A China ingressou
na Organização Mundial do Comércio em 2001 e vinha desde os anos 90 se
integrando às cadeias de comércio mundiais. Mas desde que efetivamente
ingressou na OMC é que passou a ser parte do motor do mundo: muitas
empresas foram transferindo sua cadeia de produção para a China, que foi
ficando cada vez mais integrada, importando commodities e exportando
para todo o mundo.

Até que ponto dados positivos que tivemos ultimamente no Brasil,


como queda do desemprego e o aumento da produção industrial,
podem retardar nosso processo desinflacionário?
Curiosamente, apesar da melhora importante dos indicadores de
desemprego e da geração de vagas, nós não estamos vendo um aumento
substancial dos salários reais. Pelo contrário, os salários reais estão em
ligeira queda. A dinâmica inflacionária brasileira hoje tem menos a ver com
o mercado de trabalho do que em situações semelhantes do passado,
quando a gente estava com o mesmo tipo de geração de vagas. O nosso
processo inflacionário vem de outros pontos, muito mais ligados ao
mercado internacional, questão fiscal, desvalorização do câmbio etc.

O Brasil fez sua lição de casa, começando antes a alta de juros para
tentar conter a inflação. Mas até que ponto essa vantagem acaba se
perdendo à medida em que temos uma política fiscal expansionista?
Eu não acho que a partir de agora é possível dizer que o fiscal do Brasil
está irremediavelmente atrapalhado. Temos uma dinâmica de dívida que,
embora muito pior do que nós gostaríamos, nos últimos anos de fato a
gente teve melhoras. Olhando o pior momento do coronavírus, chegamos
a 96%, 97% de relação dívida-PIB, e hoje estamos ligeiramente abaixo de
80%. Então, não se pode dizer que o Brasil enveredou por um caminho de
perda de controle da dívida. Mas a gente tem uma clara falta de um marco
institucional crível que vai dar conta de resolver essas incertezas. Enquanto
não tivermos uma melhora disso, é difícil contar com uma melhora
significativa da parte de juros.
2º DIA
20/07/2022

No segundo dia do Encontro com Gestores 2022 alguns dos mais


renomados especialistas do mercado falaram sobre suas visões e
expectativas sobre o atual cenário global de inflação global e alta de juros.

O evento foi dividido em dois painéis. No primeiro, o foco foram os fundos


de Crédito Privado, Multimercado e Renda Fixa. Foram três convidados:
Leandro Nogueira, gestor de fundos de crédito do Bocom BBM; Marcos
Mollica, gestor de fundos multimercado do Opportunity; e André Raduan,
gestor do fundo multimercado Genoa Capital.

No segundo painel, o tema girou em torno das expectativas para os ativos


de risco e de renda variável. Participaram Rogério Poppe, Diretor-executivo
da ARX; Luiz Fernando Missagia, da Icatu Vanguarda; e Marcelo Mesquita,
sócio-fundador da Leblon Equities.

Confira agora os pontos altos do evento. A live completa, que foi mediada
por Talita Raupp, da nossa equipe de Previdência, está no canal da Icatu
no YouTube.

PAINEL 1

Como o ambiente de inflação e juros altos impacta nos fundos de


Crédito Privado, Multimercado e Renda Fixa?

Gestor do Banco Bocom BBM e um dos mais renomados especialistas em


crédito privado no país, Leandro Nogueira iniciou o encontro falando sobre
a dificuldade de fazer previsões em termos de inflação e juros, e fez uma
avaliação com base nos dados do mercado.
Crédito Privado
Leandro Nogueira, gestor de fundos de crédito do Bocom BBM

“Parece que o momento inflacionário mais agudo está ficando para trás. No
Brasil, estamos chegando no final do ciclo de aperto monetário e devemos
permanecer nesse patamar por algum tempo. Nos EUA, os juros estão se
equilibrando ao redor de 3%.”

Os anos de 2022 e 2023 serão de juros altos. Talvez no ano que vem seja
possível ver o início da normalização dos juros. Nos EUA, esse ciclo também
deve perdurar por dois anos.

Para os gestores de fundos de crédito, a ideia é procurar setores que estejam


protegidos nesse ambiente de inflação e juros mais altos. Buscar empresas com
balanços mais fortes e naturalmente menos alavancadas. E, eventualmente, em
companhias com balanços mais fracos, operar em prazos mais curtos e com
boas garantias.

“Os fundos de crédito, a renda fixa, são a grande atração do mercado hoje,
porque a taxa livre de risco se encontra em patamar muito alto. A Selic hoje está
em 13,65%, e tende a subir. Os fundos de crédito devem ter um retorno esperado
em torno de 15% a 16%, ao ano, nos próximos anos.”

Leandro falou também sobre como o juro alto compromete de forma instantânea
o custo financeiro das companhias.

“Por um lado, enquanto o juro alto traz um retorno esperado positivo e atrativo
para o produto, esse juro alto, esse ambiente de risco de recessão e inflação
alta permanente vai machucar as companhias – aumenta a despesa financeira
e dificulta o repasse de custo para o produto final, comprometendo a receita e a
margem das empresas.”

Segundo o especialista, toda operação nos fundos de crédito da gestora passa


por uma análise de crédito criteriosa, baseada nos seguintes elementos: análise
das demonstrações financeiras, estrutura de capital e perfil de endividamento,
riscos setoriais, estrutura acionária e governança corporativa.
“A gente faz uma avaliação muito densa e se pergunta: a empresa está pronta
para atravessar esse período mais nebuloso da economia, com juro mais alto, com
uma inflação mais permanente, com uma perspectiva de crescimento um pouco
mais baixa, com risco de recessão à frente? Todas essas questões têm que ser
consideradas na hora de montar o portfólio.”

Sobre a capacidade de os fundos de crédito trazerem bons resultados num


ambiente de inflação e juros altos, ele foi otimista.

“Sim, os fundos de crédito conseguem atravessar este momento. É um trabalho


de gestão, de conseguir selecionar o melhor portfólio para trazer o melhor retorno.
Hoje temos um mercado com muitas opções, com diversos produtos, o que faz
com que a gente consiga navegar nos mais diversos cenários.”

“Estamos focando nossa alocação no setor bancário, uma vez que os bancos são
mais dinâmicos e conseguem se ajustar aos mais diversos cenários, e nos setores
de energia elétrica e saneamento, que são setores que conseguem repassar o
aumento do custo financeiro para o seu produto final - as primeiras contas que são
pagas pelos indivíduos são as contas de luz e de água - e, portanto, são setores
mais resilientes. Estamos mais cautelosos com os setores de construção civil e
varejo, que são mais vulneráveis ao cenário de juros altos e inflação alta.”

OBJETIVO DE RETORNO DO FUNDO ICATU PARA ESTE ANO


Segundo Leandro, a expectativa de retorno do fundo Bocom BBM Prev Icatu é
de CDI + 1,5 ou 2%, o que vai trazer um retorno absoluto entre 15 e 15,5%, a
depender do CDI.

Multimercado
Marcos Mollica, gestor de fundos multimercado do Opportunity

Em seguida, Marcos Mollica, renomado especialista em multimercado, contou quais


foram as ações do Opportunity ao ver a inflação se descolar do padrão histórico,
sair de controle e adquirir contornos não transitórios. “Em meados do ano passado,
concentramos as posições em bancos centrais emergentes, apostando na alta de juros
na América Latina, no leste europeu... Isso foi bastante positivo para o fundo. No final
do ano, começamos a partir para países desenvolvidos, com concentração nos EUA.”
“Vejo o mercado com uma visão extremamente otimista, acreditando que
a recessão vai resolver rápido o problema da inflação e que teremos cortes
precificados na curva juros já a partir de março ou abril do ano que vem. Acho isso
precipitado. Minha opinião é de que a inflação vai demorar a cair e o Fed vai ter que
subir os juros mais do que está na curva, e precisar mantê-los elevados por mais
tempo. O mercado ainda vai ter um choque de realidade.”

“Neste momento, continuamos com um viés negativo para ativos de risco em geral
– Bolsas, até commodities, com exceção de petróleo. Enquanto o Fed for o banco
central que vai conseguir entregar essas altas de juros agressivas, o dólar vai
continuar forte.”

Ele disse que o cenário é de bastante cautela, não só por conta da inflação, mas
também das contas públicas e eleições. “Aqui vivemos esse processo de inflação
mas com um problema adicional: a deterioração fiscal acentuada, num momento
de incerteza muito grande, que é o início da campanha eleitoral. O mercado não
enxerga ainda qual será o arcabouço fiscal que vai prevalecer depois das eleições.”

“Para o investidor de longo prazo, a NTN-B é um ativo interessante. O único risco é


uma deterioração fiscal aguda, mas achamos que isso não vai acontecer. O Brasil é
um país que gosta de ficar perto do precipício mas nunca pula.”

“Para o multimercado vemos oportunidades. Temos usado da flexibilidade


regional do multimercado para concentrar as posições em outros mercados. Neste
momento, em que o Brasil está sem visibilidade, estamos meio zerados em renda
fixa no Brasil, operando mais taticamente, e de olho nas informações que vão
chegando. Se notarmos uma melhora no cenário, podemos atuar rapidamente.”

Renda Fixa e câmbio


André Raduan, gestor do fundo multimercado Genoa Capital

O terceiro convidado, André Raduan, gestor do fundo multimercado Genoa


Capital, falou sobre as diferenças entre essa crise e as anteriores. “Antes,
eram crises de fim de ciclo. Tinha um excesso da própria economia. Dessa
vez a recessão veio por conta de um fator externo, que foi a Covid, e as
respostas do bancos centrais, que foram bastante sincronizadas, não só no
monetário como principalmente no fiscal.”
E disse que o processo inflacionário vai perdurar, pois a confiança
está sendo impactada pela própria alta de inflação, pela perda do
poder de compra. Segundo ele, algo que aprendemos no Brasil é que
inflação passada gera inflação futura. Sobre a inflação americana, o
gestor acredita que:

“Acho que a inflação será persistente. O trabalho ainda não foi feito
por completo. Você teve uma inflação que está se deslocando em
torno de 6%. Ela viveu muitos anos perto de 2%. São os núcleos
de inflação. Uma inflação superdisseminada. Apesar de todas as
incertezas, neste momento, que estamos saindo de uma crise única,
parece pouco provável que a gente vai ter esse novo equilíbrio com
uma taxa de juros perto de 3%. Acho que o banco central vai ter que
puxar as taxas de juros para perto de 4%, para aí sim desaquecer a
economia.”

Segundo Raduan, para fazer o mercado de trabalho norte-americano


desaquecer e a inflação ceder, o Fed terá um longo trabalho pela
frente. Para ele, a chance de recessão global no curto prazo é baixa,
embora seja gigante no longo. Já no Brasil, a inflação é inercial,
de difícil combate, e vai precisar dos juros na casa dos 14% por
um bom tempo.

“A diferença entre os EUA e o Brasil é o risco fiscal, que tem crescido


bastante aqui. Estamos em período eleitoral, quando os candidatos
tendem mais ao populismo. Ambos candidatos dizem que vão
manter o Auxílio Brasil, que saiu de R$ 400 para R$ 600. Não sou
contra o programa, mas ele não cabe no teto de gastos, a conta não
fecha. Sem falar no risco recente de algum problema na transição de
governos se a oposição vencer.”

“Estamos com um cenário de risco mais elevado. Estamos


pessimistas em relação a inflação, juros e moedas. É um ambiente de
dólar forte, de aversão a risco. A probabilidade de recessão no curto
prazo é baixa mas é gigante no médio. Estamos nos preparando para
um cenário bastante adverso.”
Fundo Espelho
Marcos Mollica, gestor de fundos multimercado do Opportunity

“A legislação está evoluindo na direção de tornar o fundo espelho tão flexível


quanto o original. Ainda existem algumas limitações, de alavancagem, uma
rigidez em relação a operações no mesmo dia, o que a gente não costuma fazer
mesmo... A questão da alavancagem é o que explica a diferença de retorno.”

“A gente tenta espelhar perfeitamente um fundo no outro. A estratégia é


exatamente a mesma, a princípio o ‘timing’ é o mesmo, o tamanho das posições é
o mesmo, até bater na restrição do fundo de previdência. No geral, o retorno tende
a ser muito parecido.”

Cenário Político e Eleições


André Raduan, Genoa Capital

“Até agora, de forma macro, os dois principais candidatos apresentaram


propostas semelhantes: baixo investimento público, ampliação do teto de
gastos... Por isso hoje temos mais dificuldade de saber a reação do mercado
diante do resultado das urnas, diferentemente do que foi em 2014.”

“Temos uma balança de pagamento super saudável, reservas elevadas, nossa


balança comercial está super forte, nossa dívida externa é baixa... O grande
problema do Brasil é a dívida interna, fiscal, uma dívida pública muito elevada.
E, pelas nossas contas, nas duas propostas que estão na mesa, a conta não
fecha. As duas políticas vão gerar uma deterioração da expectativa fiscal do país.”

“Nessa eleição, vencendo o candidato A ou B, acho que não haverá impactos


imediatos no mercado, de forma geral. A novidade é esse aumento do risco de
transição de governo. De qualquer forma, achamos que o perigo de uma ruptura
institucional é baixo.”

“Há algum tempo, este ano com mais intensidade, temos migrado um
pouco a alocação de risco do fundo para o exterior, em mercados emergentes.
No Brasil nosso posicionamento tem sido mais pessimista, não necessariamente
por conta do risco da eleição, que é difícil de projetar,
mas pelo cenário econômico global.”
PAINEL 2

Principais perspectivas para os ativos de risco e de renda variável

Rogério Poppe - Diretor-executivo da ARX


Luiz Fernando Missagia – Icatu Vanguarda
Marcelo Mesquita – Sócio-fundador da Leblon Equities

No último painel do Encontro com Gestores 2022, a Icatu reuniu três convidados
especiais para falar sobre as perspectivas para os fundos de ação.

Participaram Rogério Poppe, Diretor-executivo da ARX; Luiz Fernando Missagia,


da Icatu Vanguarda; e Marcelo Mesquita, sócio-fundador da Leblon Equities.

A live completa você asiste no canal da Icatu no YouTube.

Rogério Poppe
Diretor-executivo da ARX

Poppe abriu o painel falando que os próximos 12 meses tendem a ser bastante
difíceis. Segundo ele, estamos num processo de ajustes econômicos diante do
comportamento mundial da inflação e dos juros. A incerteza sobre o futuro é maior
do que estávamos acostumados, num ambiente de juros baixos.

“Para a Bolsa, na parte de renda variável, olhamos sempre duas coisas: cenário e
preço. O cenário para se trabalhar ainda não é o trivial, vamos ter que nos adaptar
a ele ao longo dos próximos trimestres. Numa semana temos um alto grau de
pessimismo, com a inflação, a alta de juros, a perspectiva de uma recessão global.
Na outra semana, vemos o mercado se acalmar, os preços das commodities caindo
dando algum alívio na capacidade de consumo das pessoas.”

“Em relação a preços, a gente começa a ver números bastante interessantes na


Bolsa brasileira, como não víamos há tempos. Já vivemos ciclos como esse no
Brasil, há duas décadas pelo menos. Esses movimentos sempre acabam trazendo
oportunidades para aumentar a exposição em Bolsa. É claro que é um momento
de muita volatilidade. E a eleição vai trazer mais incerteza nos próximos meses,
principalmente em termos fiscais.”
“Essa mudança que está acontecendo no mundo, que entra pela próxima
década, com inflação mais alta e eventualmente uma desglobalização,
causada pela pandemia e a guerra, pode se traduzir em níveis de
preços mais altos. Como somos um país muito mais dependente de
commodities, acho que isso pode trazer um impacto positivo. O Brasil
pode sair vencedor no final do processo. Mas é um caminho longo e
difícil. Hoje ainda estamos num momento de aversão a risco. Os preços
estão muito atrativos mas a gente ainda não tem essa convicção de que
chegou no fundo do poço.”

Luiz Fernando Missagia


Icatu Vanguarda

Para Fernando Missagia, da Icatu Vanguarda, já estamos em algum nível


de recessão. Tendo em vista a forte queda dos ativos, já estamos com uma
boa assimetria para investir em ativos de risco.

“O que há de diferente entre essa recessão e as outras é que temos um


paradoxo, o mercado de trabalho norte-americano está superforte. São
fatores que em geral não coexistem: a economia desacelerando fortemente
e um mercado de trabalho superforte. As explicações são duas: a primeira
seria uma coisa estrutural, os ‘baby boomers’ estão se aposentando, a
massa de trabalhadores está reduzindo e aumentam as vagas disponíveis.
A segunda é a pandemia, os vouchers. As famílias receberam renda e
diminuíram a procura de trabalho, o que reduz a disposição ao trabalho.
Tenho a impressão que isso vai começar a mudar agora.”

“Existe uma situação saudável no tecido econômico corporativo global,


também no Brasil, como nos EUA, até nos bancos. Isso leva a crer que
estamos num ponto bom para começar a adquirir dívidas e ações de boas
empresas. Existe, claro, o risco de a guerra prosseguir e a inflação seguir
descontrolada. Mas dado que as commodities se acomodaram, o que é
positivo, tendo a achar que o mercado de trabalho também vai começar a
dar sinais de acomodação. Eu tenho essa visão otimista.”
Marcelo Mesquita
Sócio-fundador da Leblon Equities
Sócio-fundador do maior fundo de ações da Icatu – Leblon 49

Para Marcelo Mesquita, gestor do maior fundo de ações da Icatu, o Leblon 49,
o investidor deve definir com um especialista qual o nível estrutural de risco
de seus investimentos – quanto de ações e quanto de renda fixa terá sua
carteira. E investir sempre dentro do percentual que faça sentido para ele.

“No longo prazo, as ações sempre dão retorno maior do que a renda fixa.
A questão é o horizonte de investimento, o prazo... e ter estômago para não
se preocupar quando a Bolsa cai 20, 30%.”

“O investidor deve sempre ter ações. E na hora que essas ações caem, é hora
de aumentar um pouquinho as apostas. Porque, em teoria, você ficou um
pouco sub alocado.”

“Em relação aos riscos eleitorais no Brasil, já vimos isso antes. Depois que
o Lula foi eleito pela primeira vez, por exemplo, a Bolsa disparou. Depois do
impeachment da Dilma, a Bolsa disparou. O mercado antecipa muito esses
fenômenos: sobe no boato e baixa no fato.”

“O Congresso não permite muito que o presidente faça loucuras. Ele funciona
como uma âncora, para o bem e para o mal. O Congresso não deixa quebrar
contratos, assim como não deixa fazer grandes reformas estruturais. No
médio/longo prazo continuamos muito otimistas com a nossa carteira.”

“A gente tenta ter uma carteira diversificada, que vai ganhar nuns casos
e perder em outros. Na média estamos protegidos e ganhando, porque
compramos barato. A ideia é ir devagar e sempre, aos poucos, ganhando 4 a
6% ao ano acima da NTN. No longo prazo, isso faz uma diferença brutal.
É assim que você acumula riqueza.”
Diversificação
Rogério Poppe, Diretor-executivo da ARX

“Às vezes a palavra diversificação é mal interpretada. O que é importante


é procurar descorrelacionar os investimentos da carteira. Ou seja, ter
investimentos interessantes com uma correlação baixa com o restante da
carteira – por exemplo, exportadoras com relação a empresas de consumo
local. Com isso você consegue identificar boas empresas em determinados
setores, onde consegue ter uma posição maior porque ela agrega bastante
em termos de risco e retorno para a sua carteira.”

“De 2019 para cá, tivemos performances positivas com a Bradespar, cujo
principal investimento é a Vale. Houve uma reprecificação das ações da
empresa, o que permitiu que ela subisse mais do que a Vale, que também
foi um bom investimento. Isso contribuiu bastante para a carteira.”

“Investimos também em empresas com predisposição global, em mercados


externos. Tivemos uma contribuição bastante positiva de Marfrig e Gerdau.
Também nos beneficiamos pelo fato de que os preços dessas commodities
estavam num patamar muito baixo há alguns anos atrás.”

“Fora de commodities tivemos impacto positivo de empresas do setor


elétrico, como Copel. Cabe mencionar também a Santos Brasil, operadora
de terminais, que teve uma performance muito boa nos últimos anos.”

“Neste ano ainda não fizemos grandes movimentações na carteira.


Voltamos a amentar a participação em bancos. Gostamos bastante
também de algumas empresas de commodities.”

Apostas
Luiz Fernando Missagia, Icatu Vanguarda

“Criamos aqui um mantra: dívida é ruim. Claro que isso varia caso a
caso, mas, nos últimos tempos, temos privilegiado empresas com baixa
alavancagem e baixa necessidade de capital em médio/longo prazo.”
“As commodities tiveram destaque na nossa carteira. Tem empresas também
de muita qualidade, como a Lojas Renner, que tem uma situação de balanço
muito confortável e é bem gerida.”

“Buscamos sair das empresas alavancadas e focamos naquelas que estão


dando retorno de capital um pouco mais alto.”

“Em breve lançaremos com a Icatu um fundo de dividendos, total return, para
bater o custo de capital, seja CDI, seja IMA-B. Procuramos boas empresas
que alocam bem o capital e no momento certo. O fundo terá o alfa em ações.
Será um fundo um pouco mais tático para bater o retorno absoluto, o custo de
capital, usando a renda variável. Isso está por vir.”

Oportunidades
Marcelo Mesquita, sócio-fundador do maior fundo
de ações da Icatu - Leblon 49

“Não acreditamos em ‘market time’. Em geral, quando você consegue ver o momento
de comprar, já não é mais o bom momento de comprar, porque todos já viram. Você
nunca pode atuar no mercado achando que é mais esperto e que vai ver e fazer as
coisas antes das pessoas. Podemos ter sorte de vez em quando. Mas investimos
para ter consistência no longo prazo.”

“Em geral as grandes oportunidades vêm de empresas muito boas, muito bem
geridas, com estratégias muito claras e que têm algum um problema no curto
prazo, muito específico, que faz com que as ações caiam e fiquem muito baratas
momentaneamente.”

“A Lojas Renner é uma empresa fantástica de longo prazo. Toda vez que tem uma
crise as pequenas lojinhas quebram e ela ganha market share. Com isso ela cresce.”

“Outro caso interessante é a Suzano e também a Klabin, de papel e celulose. Todo


mundo tem medo de commodities, só que o preço da celulose continua a subir
em dólar e não está no pico de ciclo. A dinâmica das commodities não é igual. A
Eletrobras, que acabou de ser privatizada, também é uma boa opção. Outro destaque
é a Natura, multinacional brasileira, quarta maior empresa de cosméticos do mundo,
que vem entrando em vários países, mas ainda não está nos EUA e na China.”
Conheça os gestores participantes

André Raduan
Gestor e Sócio-fundador da Genoa Capital

André Raduan é CFA® charterholder desde 2003, mestre em


Economia pelo IBMEC e graduado em Engenharia Civil pela
UFRJ, com Pós-graduação em Risco e Gestão pela Yale School
of Management. Iniciou sua carreira em 1998 no Banco Modal,
passando pelas áreas de controladoria e gestão de renda variável.
Em 2001, transferiu-se para a Nobel Asset Management, onde
tornou-se sócio em 2002 e atuava como gestor com foco em renda
fixa e câmbio. Ingressou no ltaú em janeiro de 2007, onde atuou na
gestão de renda fixa e câmbio dos fundos Itaú Hedge e Itaú Hedge
Plus, em conjunto com Emerson Codogno e Mariano Steinert até o
início de 2020.

Daniel Leichsenring
Economista-chefe Verde Asset

Chefe do departamento de análise econômica, ingressou na


equipe de economistas da CSHG em 2004, depois de ter atuado
no Departamento de Estudos e Pesquisas (DEPEP) e na Gerência
de Relacionamento com Investidores (GERIN) do Banco Central
do Brasil. É formado em Economia pela FEA – USP e possui
mestrado em Teoria Econômica pelo Instituto de Pesquisas
Econômicas – IPE/FEA – USP.
Flavio Leoni
Sócio Fundador da Leoni Siqueira Advogados

Fundador de Leoni Siqueira Advogados. Especialista em


Planejamento Patrimonial e Sucessório, em especial, em
estruturações de planejamentos internacionais e de proteção
patrimonial, assim como em Direito Societário, com ênfase em
operações de fusões e aquisição e de reorganizações societárias.
Atuou no escritório Shearman & Sterling, LLP em Nova York (2006
a 2007), na área de Mercados de Capitais. Antes de fundar a Leoni
Siqueira Advogados, atuou em Ulhôa Canto, Rezende & Guerra
Advogados (1997 a 2004). Mestre em Direito LL.M. (2006) pela
Universidade de Northwestern (EUA) e certificado em Business
(2006) pela Faculdade de Kellogg (EUA).

Leandro Nogueira
Diretor Asset Management Bocom BBM –
Gestor dos Fundos de Crédito

Leandro Nogueira é bacharel em engenharia elétrica pelo IME e


possui mestrado em economia empresarial e finanças pela
FGV-RJ. Iniciou sua carreira como analista de controle de
crédito no Banco BBM, tendo passado por diversas áreas como
tesouraria, Middle-office de fundos, mesa de fundos de mandato,
mesa de câmbio e cupom fiscal. Há 14 anos na instituição,
Leandro é o atual diretor do BOCOM BBM asset management,
responsável pela gestão de fundos de crédito.
Luiz Fernando Missagia
Portfólio Manager - Renda Variável Icatu Vanguarda

Ingressou na Icatu Vanguarda em 2022, como gestor responsável pela


área de Renda Variável. Anteriormente, trabalhou por 3 anos como sócio
fundador e gestor responsável pela gestão de ações na Ace Capital. Entre
2017 e 2019, foi PM responsável pela gestão de equity no Santander
Asset Management. No período de jul/2011 e abr/2016 foi equity trader
na mesa proprietária do Banco Santander. Teve uma passagem pela Kinea
Investimentos, entre mai/2008 e jun/2011, como equity PM das estratégias
Long Short e Long Only. Atuou como PM na Ventor Investimentos (Icatu
Fund), entre 2006 e 2008. No período de 2004 a 2006, foi equity trader da
mesa proprietária do Itaú BBA e anteriormente foi PM de ações no Bank
Boston, entre 2002 e 2004, quando este foi adquirido pelo Itaú BBA. Iniciou
sua carreira no BBA Icatu como equity analyst buy side. Formado em
Engenharia Civil pela PUC-Rio, em 1999, com pós graduação em Engenharia
Financeira pela mesma faculdade, em 2002, e em Direito e Economia de
Empresas pela FGV, em 2006.

Marcelo Mesquita
Sócio-fundador da Leblon Equities

Marcelo tem mais de 30 anos de experiência no mercado acionário


brasileiro, tendo trabalhado 10 anos no UBS Pactual (1998-2008) e 7 anos
no Banco Garantia (1991-1998). No UBS Pactual foi co-responsável pela
área de Mercado de Capitais (07-08), co-responsável pela área de ações
(05-07), responsável pela área de Análise de Empresas e Estrategista
(98-06). No Banco Garantia, foi analista de empresas de commodities
(91-97) e Investment Banker (97-98). Desde 1995 Marcelo foi considerado
por investidores como um dos principais analistas do Brasil segundo
várias pesquisas feitas pela revista Institutional Investor. Foi ranqueado
“#1 Brazil Analyst”, em 2003-2006 (além de #3, em 2002; #2, em 2001; e
#3 em 2000). Marcelo foi também votado “#1 Estrategista de ações no
Brasil” pela “Institutional Investor Magazine Brazil Survey”, em 2005, 2004 e
2003. Marcelo participou de mais de 50 transações no mercado acionário
brasileiro, que somaram mais de US$ 15 bilhões, tanto no Garantia quanto
no UBS Pactual. Marcelo é graduado em Economia pela PUC-RJ, em
Estudos Franceses pela Universidade de Nancy II e OPM por Harvard.
É membro do Conselho de Administração de Petrobras, Tamboro e do
Endowment da PUC-RJ.
Marcos Mollica
Gestor de fundos multimercado do Opportunity

Ingressou no Opportunity em 2018. Ele atua na gestão dos


fundos multimercados. Trabalhou anteriormente, como
gestor, na Rosenberg Investimentos, no BTG Pactual e
na Black Rock, além de ter atuado como economista na
Linear Investimentos no final dos anos 90. Marcos possui
bacharelado e mestrado em Economia pela Universidade
de São Paulo e PhD pela Universidade de Chicago.

Rogério Poppe
CEO e Gestor de Renda Variável ARX

Diretor-executivo da ARX e responsável pela gestão da


estratégia Income. Antes de juntar-se ao grupo em 2006,
trabalhou como gestor na Opus (2004-2005), Banco CR2
(2003-2004), Banco Modal (2002-2003) e Banco Itaú
(2001-2002). Rogério iniciou sua carreira como analista,
tendo trabalhado no Banco BBM (1996-2001) e no Banco
Graphus (1993-1996). Rogério é graduado em Engenharia
Eletrônica pela PUC-Rio (1994) e pós-graduado em
Finanças pelo IBMEC (1996). Obteve o certificado de
Chartered Financial Analyst (CFA) em 2005.
O intuito deste e-book foi oferecer de
forma prática os principais trechos dos
conteúdos passados ao longo dos dois
dias de live para que você possa ter
sempre em mãos as visões e insights
dos gestores convidados¹.

Lembre-se, caso queira assistir às


lives completas, acesse o canal do
Youtube da Icatu e confira esse e
outros conteúdos.

Para entender e conhecer melhor o tipo de


investimento mais alinhado ao seu perfil e objetivo,
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¹As falas e opiniões descritas no material pelos convidados correspondem ao momento na qual a live foi gravada.

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