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OS TIPOS DE CONHECIMENTO: UMA ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES E


FINALIDADES DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO, FILOSÓFICO, TEOLÓGICO
E SENSO COMUM

Renato Ramos de Almeida1

RESUMO:
Este artigo apresente uma análise das concepções, características e finalidades dos seguintes
tipos de conhecimentos: científico, filosófico, teológico e senso comum. A pesquisa teve como
objetivo geral analisar os conceitos e características e finalidades dos tipos de conhecimentos.
E como objetivos específicos: identificar os conceitos sobre os tipos de conhecimento
científico, filosófico, teológico e senso comum; analisar as características dos tipos de
conhecimentos científico, filosófico, teológico e senso comum; avaliar as finalidades dos tipos
de conhecimentos científico, filosófico, teológico e senso comum. O percurso metodológico foi
realizado através das técnicas da pesquisa de revisão bibliográfica, utilização das plataformas
de buscas científicas Scielo, Google Acadêmico, assim, como livros e e-books sobre a temática.
O resultado identificado foi de natureza satisfatória, demonstrou que todos os tipos de
conhecimentos são significativos e valorosos para o ser humano.

Palavras-chaves: Conhecimento. Ciência. Filosofia. Senso Comum. Teologia.

ABSTRACT:
This article presents an analysis of the conceptions, characteristics and purposes of the
following types of knowledge: scientific, philosophical, theological and common sense. The
research had as general objective to analyze the concepts and characteristics and purposes of
the types of knowledge. And as specific objectives: to identify the concepts about the types of
scientific, philosophical, theological and common sense knowledge; analyze the characteristics
of the types of scientific, philosophical, theological and common sense knowledge; evaluate
the purposes of the types of scientific, philosophical, theological and common sense knowledge.
The methodological path was carried out through the techniques of bibliographic review
research, use of scientific search platforms Scielo, Google Scholar, as well as books and e-
books on the subject. The result identified was satisfactory in nature, demonstrated that all types
of knowledge are significant and valuable to the human being.

Keywords: Knowledge. Science. Philosophy. Common sense. Theology.

INTRODUÇÃO

1 Graduando do Curso de Licenciatura em História – Universidade Federal do Piauí/UFPI. E-mail:


renatoramosdealmeida@gmail.com.
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O presente trabalho tem como tema a análise dos seguintes Tipos de Conhecimentos:
científico, filosófico, teológico e senso comum (empirismo). Para compreender e entender
como o pensamento crítico é formulado, ensinado e aplicado no dia a dia faz-se necessário
realizar estudos e pesquisas sobre a Epistemologia.
A partir dessa premissa, surgiu a necessidade de compreender sobre os conceitos,
características e finalidades de alguns dos tipos de conhecimentos. A problemática do presente
estudo está fundamentada no seguinte questionamento: Como o processo de entendimento dos
conceitos, características e finalidades dos tipos de conhecimentos podem auxiliar o
desenvolvimento do pensamento crítico?
Nessa perspectiva o presente trabalho teve como objetivo geral: objetivo geral analisar
os conceitos e características e finalidades dos tipos de conhecimentos. E como objetivos
específicos: identificar os conceitos sobre os tipos de conhecimento científico, filosófico,
teológico e senso comum; analisar as características dos tipos de conhecimentos científico,
filosófico, teológico e senso comum; avaliar as finalidades dos tipos de conhecimentos
científico, filosófico, teológico e senso comum.
A finalidade do trabalho é contribuir para o processo de entendimento, compreensão e
aplicabilidade dos conceitos e concepções dos tipos de conhecimentos: científico, filosófico,
teológico e senso comum e como os mesmos podem auxiliar os indivíduos a construir uma
prática do pensamento crítico.
O presente artigo está organizado e estrutura no seguinte formato, dividido em 04 partes:
Introdução (apresentação da pesquisa); Aporte Teórico (desenvolvimento da produção textual
que versa sobre os conceitos de conhecimento, origem do conhecimento, tipos de
conhecimentos); Análises e Discussão e Conclusão.

1 APORTE TEÓRICO
1.1 Aspectos Conceituais: conhecimento

Inicialmente, faz-se necessário aceitar e compreender que o processo de conceituação


(definição) e formulação das concepções sobre “conhecimento” é uma tarefa árdua, complexa,
apesar do mesmo ser a essência do processo de ensino e aprendizagem e desenvolvimento do
ser humano e todas as suas produções.
O questionamento sobre o que é conhecimento vem desde da antiguidade,
principalmente com as teorias (tipos de conhecimentos) dos filósofos da época, por exemplo,
Platão, Aristóteles, perpassando por Descartes, Locke, Kant, assim como os filósofos mais
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atuais e as suas respectivas concepções sobre o “conhecimento”, como as suas características,


a forma como adquiri-lo, aplica-lo e a sua finalidade no contexto epistemológico
(CARVALHO, 2012).
Nessa perspectiva, da complexidade da formulação do conceito sobre “conhecimento”
entende-se que um mecanismo que pode facilitar esse processo é seguir a lógica de como o
mesmo é o elemento fundamental do desenvolvimento humano e do próprio mundo criado pelo
os seres humanos através do ato de conhecer, entender e compreender as coisas. BRAGA
(2015) ressalta que o conhecimento é um elemento sistemático, construtivo, reflexivo e diretivo
que advém da relação direta e indireta do homem com um determinado objeto (coisa).
Segundo Aranha e Martins (2009) o conhecimento é o resultado da interação direta ou
indireta de três elementos de natureza básica (fundamental), o sujeito (cognoscente), o objeto
(cognoscível) e a representação (entendimento e compreensão das coisas que resulta na
formulação de ideias e concepções). Para o autor conhecimento é a capacidade do ser humano
de conhecer e compreender as coisas (objetos, fenômenos e etc.) através de um processo de
interação direta ou indireta, formal ou informal, sistematizada ou empírica que resulta na
aquisição do pensamento crítico.
O conhecimento pode ser considerado uma competência (capacidade) do ser humano de
adquirir o entendimento e compreensão de determinados objetos, fenômenos, assuntos e temas
através do processo de ensino e aprendizagem (CARVALHO, 2012). O mesmo concede ao ser
humano a habilidade de aplica-lo de várias formas e situações, assim como, criar novos através
da análise e experimentações em conformidade com seus objetivos preestabelecidos.
Assim, entende-se que o conhecimento é um elemento de natureza material e imaterial
que auxilia o ser humano a entender a si mesmo e tudo que está presente na natureza e assim
criar e recriar novos conhecimentos a partir de estudos e análises sistematizadas de um
determinado objeto, fenômeno ou comportamento.

1.2 A Origem do Conhecimento

A partir da análise da construção das premissas conceituais/concepções sobre


conhecimento surge a questão de como o mesmo nasce ou surge e as suas particularidades. No
contexto do campo teórico sobre o surgimento do conhecimento existem duas linhas filosóficas
distintas: empirismo e racionalismo.
O empirismo teve a sua origem na Grécia com Aristóteles, porém, John Locke é
considerado o Pai do Empirismo. Para Vaz e Brito (2020) o empirismo determina que o
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conhecimento é adquirido pelo ser humano através das suas experiências, o contato direto e
indireto do homem com o mundo ao qual está inserido. Para Locke o processo de interação
(experiências) do ser humano com as coisas que existem no mundo fornece ao mesmo
informações que resultam na aquisição do conhecimento sobre si e sobre as coisas e concede a
representação das ideias das mesmas.
O racionalismo teve o seu surgimento com o filósofo francês René Descartes, que
lançou a máxima: “penso, logo existo”. Segundo Aranha e Martins (2009) o racionalismo é
uma corrente filosófica pertencente a Epistemologia que defende que o conhecimento é
adquirido através do uso da razão (racionalidade). Para Descartes, o conhecimento é resultado
do ato de pensar, raciocínio, o esforço mental do ser humano que desenvolve inúmeras
habilidades, capacidades e competências. O idealismo foi criado por Kant, este defende que o
conhecimento é adquirido através da fusão da emoção e razão.
As três correntes filosóficas sobre a origem do conhecimento servem de fundamentação
e embasamento para a Epistemologia que estuda de maneira minuciosa sobre o conhecimento
e suas implicações na vida dos seres humanos. Não se pode eleger nenhuma das teorias sobre
o conhecimento como maior ou melhor, pois todo conhecimento é considerado válido.
A partir da compreensão sobre as teorias filosóficas sobre a origem do conhecimento,
principalmente através da análise do empirismo, racionalismo e idealismo constrói-se a
tipologia do conhecimento que versa sobre o conhecimento em contextos especifistas que
variam conforme a sua essência, métodos e objetivos.

1.3 Os Tipos de Conhecimento: científico, filosófico, senso comum e teológico

O conhecimento é um elemento abrangente, sistemático, construtivo, diretivo e que


pode ser adquirido de inúmeras formas e meios. Porém, o mesmo para ser devidamente
valorado e atestado deve ter na sua essência a capacidade de auxiliar o ser humano a
compreende-lo, aplica-lo e replica-lo em conformidade com as suas necessidades, interesses e
finalidades (KLEINMAN, 2014).
A partir dessa premissa, compreende-se que a existência de alguns tipos de
conhecimento que variam em conformidade com a sua concepção, métodos e objetivos. Entre
os tipos de conhecimentos que existem os mais usuais no campo epistemológico são os
seguintes: científico, filosófico, senso comum (empirismo) e teológico, sendo que cada tipo
possui suas particularidades, características, métodos, finalidades e contribuição para o
desenvolvimento humano (BRAGA, 2015).
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1.3.1 Conhecimento Científico

O conhecimento científico tem a sua referência no processo do uso de métodos, técnicas


e instrumentos especializados que envolvem estudos, análises, observações e experimentações
que são utilizadas como um mecanismo de validação ou não de uma determinada teoria,
pesquisa (PERISSÉ, 2008). A essência do conhecimento científico é o uso metódico da razão
(racionalidade) aliado a lógica no contexto da experimentação científica (BRAGA, 2015).
Através da visão do autor entende-se que o conhecimento científico serve para avaliar de
maneira minuciosa, técnica e metodológica a veracidade ou falsidade das teorias e pesquisas.
Segundo Aranha e Martins (2009) o conhecimento científico possui alguns elementos
compositores na sua essência, mas existem três de natureza básica que contribuem para o seu
devido uso e prática, são eles: sistematização, verificabilidade e falível. Assim, compreende-se
que o conhecimento científico não trabalha com “dogmas” (verdades absolutas), pois, uma
teoria ou pesquisa pode ser refutada, ou até mesmo ser falsa.
O conhecimento científico tem a razão como uma ferramenta fundamental para a sua
materialidade, através da construção dos saberes e fazeres sistematizados, atestados pelas
inúmeras experimentações e análises rígidas, técnicas e metodológicas. Este tipo de
conhecimento vai de encontro com o conhecimento filosófico, pois enquanto o científico busca
a devida comprovação de uma teoria através de experimentos e análises, o filosófico vive no
campo da teorização, divagando em questões sem atribuir uma veracidade material.
Portanto, o conhecimento científico pode ser entendido como uma espécie de avaliador
das teorias e pesquisas, pois tem como finalidade principal avaliar, analisar e comprovar ou não
as concepções que surgem no meio da produção do conhecimento e suas implicações.

1.3.2 Conhecimento Filosófico

Para Kleinman (2014) o conhecimento filosófico é considerado um elemento


intermediário (meio-termo) entre o conhecimento científico e empírico (senso comum), pois
tem o seu surgimento a partir das experiências vivenciadas do ser humano com o mundo (coisas,
pessoas, fenômenos e etc.) que está inserido e a busca pelo entendimento através das questões
filosóficas sobre si e o que está ao seu redor.
A essência do conhecimento filosófico está no ato de questionar e refletir de maneira
lógica e racional, neste aspecto o mesmo se assemelha ao conhecimento científico, porém faz
uso do empirismo quando se utiliza do senso comum como ponto de partida para as suas
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análises filosóficas (BRAGA, 2015). De acordo com a concepção do autor entende-se que o
conhecimento filosófico é uma mistura do conhecimento científico e empirismo, e mesmo tendo
o uso da razão como um fundamento essencial, o ato de filosofar (questionar, refletir) este não
tem como provar as suas teorias de forma material como o conhecimento científico.
Perissé (2008) ressalta que mesmo o conhecimento filosófico não tendo uma
materialidade efetiva como os saberes e fazeres científico, este contribuiu e contribui de
maneira direta e indireta o processo de construção das concepções (ideias) que auxiliam a busca
intensa das argumentações explicativas de natureza racional sobre todos as demandas teóricas
sobre o ser humano, o mundo e a relação entre ambos e suas respectivas implicações.
Desse modo, conclui-se que o conhecimento filosófico mesmo não tendo métodos e
técnicas específicas de natureza científica, o mesmo tem a sua relevância no processo da
construção dos saberes e fazeres (conhecimento) e principalmente na formação e
desenvolvimento da competência do pensamento crítico do ser humano.

1.3.3 Conhecimento Teológico

O conhecimento teológico tem a sua fundamentação nas informações que compõem os


princípios e preceitos das doutrinas sagradas ou divinas referente a fé (credo) religiosa no
contexto de uma determinada religião (VAZ; BRITO, 2020). Este tipo de conhecimento atua
na vida do ser humano de maneira emocional, no campo das sensações e sentimentos que
determina de maneira categórica que os fenômenos ocorrem através da vontade, desejo e plano
divino, e que este nunca deve nunca deve ser questionado, pois, os seres humanos não tem
competência para compreender os desígnios divinos.
A essência do conhecimento teológico (religioso) são os “dogmas”, as chamadas
verdades absolutas, informações de natureza irrefutáveis na perspectiva dos religiosos, e caso
alguém tente refutar os dogmas estará cometendo uma heresia, pecado mortal. Perissé (2008)
ressalta que este tipo de conhecimento não admite uma avaliação de natureza científica em
relação as “verdades absolutas”, pois na ótica religiosa Deus é pleno, sabe o que faz e tudo que
acontece na vida do ser humano é apenas um projeto divino (vontade divina), cabendo aos
homens apenas aceitar a sua incapacidade de compreensão dos desígnios divinos.
Portanto, conclui-se que o conhecimento teológico atua no campo da fé religiosa, em
aspectos emocionais que buscam responder as questões e demandas sobre o ser humano e o
mundo através dos dogmas, as escrituras sagradas e divinas.
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1.3.4 Conhecimento Empírico (Senso Comum)

Segundo Aranha e Martins (2009) o conhecimento senso comum é constituído através


da vivência dos costumes e tradições fruto das experiências vividas no dia a dia do ser humano
em um determinado contexto. É uma espécie de aprendizado através da prática diária sem
nenhum tipo de questionamento sobre como as coisas, fenômenos e atividades realizadas
surgiram, como ocorrem, para que servem e porque devem ser feitas entre outras questões
filosóficas.
O senso comum é um tipo de conhecimento de natureza rasa, superficial, não é
sistematizado como o conhecimento científico, não requer uma análise e avaliação sobre o
mesmo, é transmitido através da tradição oral de uma geração para outra geração. Braga (2015)
diz que este tipo de conhecimento também conhecido como conhecimento empírico é resultado
do acúmulo de informações adquiridas através do exercício e experiências dos costumes,
tradições e crenças que servem de instrumento para a vida cotidiana, que auxiliam de maneira
diretiva e automática as tomadas de decisões sem utilizar a razão e reflexão. O exemplo do
senso comum são os ditos populares, por exemplo, “cortar os cabelos na lua crescente para que
cresçam mais rápido”, “usar cores relacionadas a desejos na passagem do ano novo” entre
outros.
Nessa perspectiva, conclui-se que o senso comum é todo conhecimento adquirido ao
longo das experiências vivenciadas no dia a dia, através das interações do ser humano com o
mundo, e principalmente no exercício de atividades referentes aos costumes e tradição sem o
devido processo avaliativo e crítico dos mesmos.

2 ANÁLISES E DISCUSSÃO

O conhecimento é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do ser humano


em todos os aspectos e âmbitos, principalmente para a devida construção de um mundo melhor,
assertivo e transformador. A contribuição de cada tipo de conhecimento ocorre através das suas
características e objetivos que auxiliam o processo de desenvolvimento do ser humano como
um ser capaz de aprender sobre os conhecimentos e assim produzir novos conhecimentos. No
contexto da análise da concepção e finalidades dos tipos de conhecimentos supracitados no
presente artigo pode-se alcançar as seguintes premissas que seguem dispostas no Quadro 01 –
Características dos tipos de conhecimentos, abaixo:
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CONHECIMENTO CIENTÍFICO CONHECIMENTO FILOSÓFICO


Factual Valorativo
Contingente Racional
Sistemático Sistemático
Verificável Não Verificável
Falível Infalível
Aproximadamente Exato Exato
CONHECIMENTO TEOLÓGICO CONHECIMENTO SENSO COMUM
Valorativo Valorativo
Inspiracional Reflexivo
Sistemático Assistemático
Não Verificável Verificável
Infalível Falível
Exato Inexato
Quadro 01 – Características dos tipos de conhecimentos.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022.

As características listadas no quadro acima, dos tipos de conhecimentos mais usuais que
auxiliam o ser humano a desenvolver si e desenvolver a sociedade e o mundo ao qual está
inserido. Essas características fornecem suporte de natureza construtiva, pois todo
conhecimento é valoroso, desde o informal mesmo com as suas limitações e adquirido através
da vivência das experiências diárias, assim como o formal (científico, filosófico, religioso)
adquirido no processo de ensino e aprendizagem nos centros de ensino.
Portanto, entende-se que os quatros tipos de conhecimentos supraditos possuem suas
distinções nos aspectos conceituais, característicos, mas possuem a mesma finalidade, que é
promover o processo de aquisição de conhecimento por parte do ser humano e o mesmo assim,
desenvolver e desenvolver tudo que existe no seu mundo.
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3 CONCLUSÃO

Diante da análise conceitual, características e finalidades dos tipos de conhecimentos


supracitados no presente artigo compreende-se que todos possuem relevância para o processo
de construção dos saberes e fazeres (conhecimento) principalmente para o desenvolvimento do
ser humano como um ser que possui a capacidade de conhecer, aprender, compreender e
produzir novos conhecimentos a partir da capacidade do pensamento crítico em relação a si
mesmo e ao mundo que faz parte e contribui para a sua devida construção e melhoria.
É explícito que todo tipo de conhecimento independente da sua natureza e essência
formal ou informal contribui para o processo de desenvolvimento humano dos sujeitos. Desde
o empirismo (senso comum) que tem a sua base de referência na aplicação e replicação de
conhecimentos baseados em costumes, tradições e experiências práticas do dia a dia. Assim,
como o conhecimento científico que é adquirido de maneira formal em centros de ensino em
um contexto sistematizado, técnico, metodológico com auxílio da razão e experimentações para
a devida comprovação ou não das teorias e pesquisas.
Enquanto o conhecimento filosófico atua de maneira a conceder aos indivíduos a
capacidade de questionar, refletir sobre si mesmo, as coisas e o mundo, criando e fortalecendo
o pensamento crítico dos mesmos, mesmo este não tendo uma materialidade e comprovação
científica. E o conhecimento teológico que reside na construção e fortalecimento do credo
religioso do ser humano, atua no campo da emoção, sentimentos e rejeita a razão
(racionalidade), pois se sustenta da defesa incessante dos “dogmas” e os coloca como
conhecimento irrefutável e infalível.
Desse modo, conclui-se que todo e qualquer tipo de conhecimento é valoroso para o ser
humano e não existe nenhuma hierarquia de relevância (importância) entre os conhecimentos,
e sim que todos se complementam e auxiliam o indivíduo a alcançar o seu desenvolvimento
humano, social, educativo, profissional, político, cultural, religioso entre outros aspectos
significativos para a evolução humana.
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REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda.; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:


Introdução à Filosofia. 4ª. ed. São Paulo: Moderna, 2009.

BRAGA, Romulo Vitor. Filosofia. São José dos Campos: Editora Poliedro, v. único, 2015.

CARVALHO, Fábio. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Editora Pearson, 2012.

KLEINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre FILOSOFIA. São Paulo: Gente
Editora, 2014.

MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. Popularização do Conhecimento Científico. Revista


de Ciência da Informação, Brasília, v. 3, abr. 2002. Disponível em:
https://repositorio.unb.br/handle/10482/990. Acesso em: 28 de agosto de 2022.

PERISSÉ, Gabriel. O que é filosofia da educação? IN: PERISSÉ, Gabriel. Introdução à


filosofia da educação. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2008, p. 7-18.

VAZ, João Carlos.; BRITO, Marcelo Pontes. Ensino de filosofia: As dificuldades do


conhecimento filosófico no mundo repleto de informações. Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 06, Vol. 12, pp. 24-36. Junho de 2020. Disponível
em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/ensino-de-filosofia. Acesso em: 28
de agosto de 2022.

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