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Odeio a internet

Boa tarde, o livro que eu li foi odeio a internet de jarett kobek, que é um
escritor turco-americano que mora na Califórnia, porém a história do livro
é passada em são francisco em 2013. Embora nunca tinha ouvido falar do
livro antes de o ler, eu gostei bastante do seu começo, ele começa com
uma mulher chamada Adeline que comete 3 erros, o primeiro é ser uma
mulher em uma cultura que odeia mulheres, o segundo é ser meio famosa
e o terceiro é expressar opiniões não populares publicamente. Eu penso
que este começo é muito interessante pois demostra a realidade, se és
uma mulher e se és meia famosa e expressares opiniões que varias
pessoas não vão gostar de ouvir vais sofrer muito odeio. E esses são os 3
erros dela. O livro é retratado pelo autor como um mau romance, pois é
mais um comentário social do que qualquer coisa, embora adeline seja
tecnicamente a personagem principal a grande maioria do livro é o autor
a falar diretamente connosco sobre politica, economia, odio as mulheres,
sexo, racismo, homofobia, o poder do dinheiro e redes sociais e os seus
lideres. Por exemplo, se usamos Twitter e estamos a julgar pessoas e a
provocar pessoas online, estamos a fazer dinheiro para o Twitter, mas se
somos ativistas e estamos a lutar contra algum tipo de odio ou injustiça,
estamos também a fazer dinheiro para o Twitter, uma organização que foi
designada por homens brancos privilegiados para gerar dinheiro e o autor
também refere que provavelmente estamos a usar um aparelho que foi
construída por trabalho forçado, por outras palavras escravidão. Este livro
é um pouco deprimente pois o autor basicamente só esta a revelar falhas
na nossa sociedade e coisas que nos pensamos que controlamos mas na
verdade são controladas.
Ler pagina 144. O George Bush 2 …
São Francisco, segundo o autor é a cidade mais linda cheia das pessoas
mais chatas. O autor refere que o que antes era uma cidade que era um
paraíso para hippies e artistas agora é uma cidade com o único objetivo de
gerar mais dinheiro. Adeline depara-se com todos os seus amigos a saírem
da cidade porque eles já não conseguem pagar para viver em são
francisco.
Eu recomendo este livro embora não seja um livro para todos, como eu
disse o livro não é um romance tradicional, não apresenta um enredo,
apresenta poucos personagens, mas não existe um desenvolvimento dos
mesmos, o livro basicamente trata-se do autor a partilhar os seus
pensamentos sobre a sociedade moderna. Ele fala por exemplo de Jack
Kirby, descrito como a figura central do livro, “por ser o indivíduo que
mais foi lixado pela indústria dos comics americanos”. Jack kirby foi um
artista que criou muitos dos personagens que conhecemos hoje em dia,
como por exemplo os avengers, mas vendeu os seus direitos à marvel por
muito pouco dinheiro e não ganhou nenhum dinheiro pelo sucesso delas.
Eu senti que o final foi um pouco dececionante, mas o final meio que se
enquadrou com o facto de não existir enredo, este livro não apresenta
inicio meio ou fim. Assim sendo, recomendo o livro a quem está
interessado com os problemas da sociedade em que vivemos mas não
recomendo a quem procura um livro com uma boa historia e um bom
enredo, pois odeio a internet não é um livro desse género.

Como parte criativa eu decidi colocar uma pergunta que eu penso que
resume muito bem o livro . todas estas ferramentas que usamos online
todos os dias, servem para dar asas à liberdade de expressão dos
utilizadores ou é tudo uma perfeita ilusão?
“ Na verdade , tudo o que essas pessoas que exerciam a liberdade de
expressão no Twitter estavam a fazer era pura e simplesmente a criar
conteúdos sobre os quais não possuíam direitos para uma empresa no
qual não tinham qualquer participação”

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