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UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE

AGRONOMIA – NOTAS DE AULA


Av. Av. Castelo Branco, 82 - Chácara das Rosas
Três Corações – MG - Tel.: (35) 3239-1000

EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLO (RUSLE)

1) Introdução
A erosão do solo tem duas causas principais: a água e o vento. Em regiões
úmidas a água é o fator mais importante na erosão. Nos Estados Unidos a média
de erosão é de 14 ton/ha/ano sendo 8ton/ha/ano devida a água e 6 ton/ha/ano
devido ao vento. A Figura 1 mostra como a energia da gota de água desloca a
partícula de solo, havendo o transporte e a deposição.

Figura 1 - Modelo conceitual de Erosão (Dane County, USA, 2003)

Em geral, nos Estados Unidos admite-se, como tolerável, o limite de 12,5


ton/ha/ano. No Brasil a erosão atinge a média de 25 ton/ha/ano. O Quadro 1 ilustra
os níveis máximos de perda de solo e sua classificação.
Quadro 1 - Limites de perda de solo em razão da erosão
CLASSE NÍVEL DA EROSÃO POTENCIAL DE PERDA DE SOLO
(ton/ha/ano)
1 Muito baixo <6
2 Baixo 6 – 11
3 Moderado 11 – 22
4 Alto 22 – 33
5 Severo >33
Fonte: Wall, 1997

A Figura 2 mostra as soluções para o combate a erosão as quais não


trataremos aqui sobre o assunto. As Figuras 3 e 4 mostram as voçorocas em Bauru,
interior de São Paulo. Na Figura 5 podemos ver o assoreamento de rio causado pelos
sedimentos transportados das voçorocas.

Figura 2 - Soluções para o combate a erosão (Dane County, USA, 2003)


Figura 3 - Voçoroca em Bauru (IPT - São Paulo, 2014)

Figura 4 - Voçoroca em Bauru (IPT - São Paulo, 2014)


Figura 5 - Assoreamento de rios (IPT- São Paulo, 2021)

No processo de erosão é importante a equação universal de perda de solo


chamada de RUSLE (Revised Universal Soil Loss Equation), cujo modelo foi
desenvolvido por Wischmeier e Smith em 1965. Conforme Paiva, 2001 o maior
propósito da Equação RUSLE é servir como guia sistemático no planejamento da
conservação do solo.

A Equação RUSLE é:

A= R × K × LS × C × P
onde:
 R = fator anual de erosividade (MJ ha-1 ano-1 ou MJ mm h-1 ha-1 ano-1)
 K = fator de erodibilidade (tabelado)
 LS = fator de declividade e comprimento de encosta (adimensional)
 C = fator de prática de cultura variando de 0,001 a 1,0 (tabelado)
 P = fator de pratica de cultura contra erosão (tabelado)
 A= perda anual de solo do solo (ton/ha/ano ou ton/ha/mês)
2) Fator de erosividade R
O fator de erosividade da chuva (R) é um índice numérico que representa o
potencial de chuva e enxurrada para provocar erosão em uma área sem proteção. O
valor R pode ser calculado de dados de pluviômetros, segundo modelo proposto
por Lombardi Neto & Moldehauer (1992). A equação desenvolvida para estimar a
energia cinética da chuva com o uso de pluviômetros é:

0,85
(𝑃𝑚)2
𝐸𝐶 = 6,886 × ( )
𝑃
onde:
 P = precipitação média anual (mm)
 Pm = precipitação média mensal (mm)
 EC = energia cinética (MJ mm h-1 ha-1 ano-1)

Existem outros índices que podem ser utilizados para estimar a erosividade da
chuva. O problema é escolher qual o mais adequado, uma vez que cada ambiente e
evento são únicos na escala temporal e espacial e, conseqüentemente, a erosão
varia de diferentes maneiras.
 Para as regiões de clima temperado a variável que tem fornecido melhores
resultados para avaliar a erosividade da chuva é o produto da energia
cinética da chuva (EC) pela sua intensidade máxima em 30 minutos (i30),
sendo expressa como EI30 (Wischmeier e Smith, 1958), isto é a perda de
solo provocada por chuvas numa área cultivada é diretamente proporcional
ao produto da energia cinética da chuva pela sua intensidade máxima em
30 minutos.
 Para as regiões de clima tropical, como o Brasil e outros países, Hudson
(1973), no entanto, verificou que o EI30 não apresenta boa correlação com
as perdas de solo, propondo uma metodologia alternativa para essas
regiões chamada de KE>25, que é a soma da energia cinética das chuvas
com intensidade superior a 25 mm h-1. Desde então, o valor de KE>25 tem
sido utilizado como método de determinação do R.
Para a cidade de Três Corações-MG, os dados podem ser obtidos a partir do
software netErosividade MG, conforme a Tabela 1 abaixo. É importante notar que,
além de Wagner & Massambani, outros autores como Foster et al. (1981) também
propuseram índices de erosividade.

Tabela 1 - Média mensal de energia de erosão KE>25 da cidade de Formiga.


MÊS KE>25 (W & M)
Janeiro 12,25
Fevereiro 10,54
Março 7,12
Abril 3,37
Maio 1,45
Junho 0,01
Julho 0,00
Agosto 0,01
Setembro 1,52
Outubro 4,80
Novembro 7,31
Dezembro 13,15
ANUAL 61,54
Fonte: netErosividade MG, 2022.

3) Fator de erodibilidade do solo K


Conforme Righetto (1998), o fator de erodibilidade do solo K é a taxa de perda
do solo por unidade de erosividade da chuva para um local utilizado como referência
(área de encosta de comprimento igual a 22,1m e declive uniforme de 9%) .
Há vários métodos para se achar o valor de K. Um deles é consultar a Tabela
2, na qual se determina, por meio de análises, a percentagem de areia e
percentagem de silte e de matéria orgânica para se achar o valor de erodibilidade K.
Observa-se que que com o aumento da matéria orgânica diminui o fator de
erodibilidade do solo. Não se recomenda a extrapolação para valores da quantidade
de matéria orgânica maior que 4%.
Tabela 2 - Fator de erodibilidade K do solo (ton/MJ/ha)/(mm/h)

Quantidade de matéria orgânica


Ordem Classe de textura
< 0,5% 0,51 a 2,0% > 4%
1 Solo arenoso 0,0 0,04 0,03
2 Solo arenoso fino 7
0,2 0,18 0,13
3 Solo arenoso muito fino 1
0,5 0,48 0,37
4 Franco arenoso 5
0,1 0,13 0,11
5 Franco fino arenoso 6
0,3 0,26 0,21
6 Franco muito fino arenoso 2
0,5 0,50 0,40
7 Franco arenoso 8
0,3 0,32 0,25
8 Franco arenoso fino 6
0,4 0,40 0,32
9 Franco arenoso muito fino 6
0,6 0,54 0,44
10 Franco 2
0,5 0,45 0,38
11 Franco siltoso 0
0,6 0,55 0,44
12 Silte 3
0,7 0,69 0,55
13 Franco argilosa arenosa 9
0,3 0,33 0,28
14 Franco argiloso 6
0,3 0,33 0,28
15 Franco argiloso siltoso 7
0,4 0,42 0,34
16 Areia argilosa 9
0,2 0,17 0,34
17 Silte argiloso 0
0,3 0,30 0,25
18 Argila 3 0,17 a 0,38
Fonte: Wanielista, 1978

O método mais utilizado para áreas agrícolas, porém, é aquele que associa o
valor de K com a quantidade de runoff (enxurrada), conforme a Tabela 3. A textura
do solo, a matéria orgânica, a estrutura e a permeabilidade determinam a
erodibilidade de um solo em particular.

Tabela 3 - Valores de K de acordo com o tipo de solo


TIPO DE SOLO ERODIBILIDADE VALOR DE K
Solo com textura fina (solo argiloso) Baixa 0,05 a 0,15

Solo com textura média (solo arenoso) Baixa 0,905 a 0,20

Solo com textura média (solo franco) Moderada 0,25 a 0,45

Solo com alto teor de silte (solo siltoso) Alta 0,45 a 0,65
Fonte: Righeto, 1998
Um terceiro método é usar o Nomograma de Wischmeier, não apresentado
aqui. Neste método, o valor de K é obtido a partir da distribuição granulométrica do
solo onde consta a quantidade de areia, silte e argila e da matéria orgânica.

4) Solo
O solo é formado por partículas sólidas (minerais e orgânicas), água e ar e
constitui o substrato de água e nutrientes para as raízes das plantas.
A textura ou composição granulométrica de um solo é um termo usado para
caracterizar a distribuição das partículas no solo quanto as suas dimensões. De
acordo com a proporção de argila, silte e areia na composição do solo, a textura se
divide em várias classes, determinadas através conforme proposto pelo
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ou Embrapa, disponível
para download como aplicativo “Triângulo Textural” (disponível somente na versão
Android).
A estrutura de um solo caracteriza a forma de arranjo de suas partículas.
Solos de texturas iguais podem possuir estruturas diferentes que apresentam
maiores ou menores dificuldades à penetração ou circulação da água, do ar e das
raízes das plantas. A estrutura do solo ao contrário do que ocorre com a textura, é
difícil de quantificar e também de catalogar.
Os solos de texturas médias (ou textura franca) que possuem proporções
equilibradas de areia, silte e argila, em geral, são os mais adequados para o
desenvolvimento de raízes das plantas, já que apresentam condições bastante
satisfatórias de drenagem, aeração e retenção de água.

5) Fator topográfico (LS)


O fator topográfico (LS) combina dois fatores: L função do comprimento da
rampa e S função da declividade média. O produto (LS), conforme Righetto, 1998 é
fornecido pela Equação de Bertoni:

𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 𝑆1,18 ∙ 𝐿𝑥 0,63


Onde:
 LS = fator topográfico
 S= declividade média da encosta (%) sendo: S ≤ 40%
 Lx = comprimento da rampa (m) sendo: 10m ≤ L≤ 180m

Não há precisão nos cálculos quando a rampa tiver mais que 180 m ou
quando a declividade da rampa for maior que 40%.

6) Fator de práticas de cultura (C)


Quando foi feito o RUSLE foi somente para culturas de plantações. Depois foi
expandido para outras áreas como de mineração. Acha-se “C” usando a Tabela 4.

Tabela 4 - Fator de práticas do uso da terra


USO GERAL DA TERRA C
Plantações 0,0800
Florestas virgens (C tende a 0,001) 0,0001
Pastagens 0,0100
Vegetação natural 0,0100
Florestas 0,0050
Agricultura de café 0,2000
Terras urbanas 0,0100
Área desnuda (C tende 1,00) e outros 1,0000
Áreas urbanas 0,0300
Gramados 0,0010
Fonte: Righeto, 1998

Observar que quando temos solo gramado, o valor da C da prática de cultura


é 0,001, que é um valor baixo o que mostra que os gramados funcionam muito bem
contra a erosão dos solos.

7) Fator de prática contra a erosão (P)


As práticas de conservação do solo podem reduzir enormemente a perdas do
solo: técnicas de construção de curvas-de-nivel, terraceamento e cordões de
vegetação permanente devem ser utilizados no manejo dos solos sujeitos a fortes
erosões. As Tabelas 5 e 6 mostram os valores de P em função do uso da terra ou
tipo de manejo associado a inclinação do terreno. No caso do terreno possuir
inclinação superior a 25%, emprega-se a Tabela 5.
Tabela 5 - Fator de práticas contra erosão (P) – declividade superior a 25%
USO GERAL DA TERRA P
Plantações 0,5
Pastagens 1,0
Florestas / vegetação natural 1,0
Terras urbanas 1,0
Outros 1,3
Fonte: Wanielista, 1978

Tabela 6 - Fator de práticas contra erosão (P) para alguns tipos de manejo do solo
INCLINAÇÃO DO TERRENO (%)
TIPO DE MANEJO
2a7 8 a 12 13 a 18 19 a 25
Plantio morro abaixo 1,0 1,0 1,0 1,0
Curvas-de-nível 0,50 0,60 0,80 0,90
Cordões de vegetação permanente 0,25 0,30 0,40 0,45
Terraceamento 0,10 0,12 0,16 0,18
Fonte: Righeto, 1998

8) Considerações sobre o RUSLE


É importante saber que o RUSLE foi feito para o controle da erosão em áreas
de plantações, mas nos últimos anos tem sido usado para outros tipos de erosão
como áreas de florestas, mineração de superfície em estudos de bacias
hidrográficas. Ele prevê uma média de perda de solo.
Não calcula a deposição de sedimentos, mas avalia o potencial de perda de
solo de uma da área ou bacia, mas a deposição de solo não é levada em conta.
Mesmo assim usamos o RUSLE para estimar a deposição de solo. Relembrando, os
fenômenos da erosão temos os sulcos, ravinas e voçorocas. O grande exemplo de
voçorocas ocorre na cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, que atingem 13 m
de profundidade e largura de 30m. Os sulcos desencadeados pelo pisoteio de gado,
causam também grande erosão bem como as ravinas.
O RUSLE foi testado em inúmeros países para declividades de 1% até 40%,
mas para áreas com declividades superiores a 40%, onde é maior a energia da
chuva e é significante o movimento de massa de solo, não se aplica o RUSLE.
Uma outra observação do RUSLE é que se precisa de um mínimo de 20 anos
de dados de chuvas e não uma única tormenta.
9) Exemplos

EXEMPLO 1
Considere uma área sob pastagens de 50 ha localizada em Formiga/MG, sendo
dividida em duas: 1) uma área baixa, com 32 ha e 2) outra área alta, com 18 ha. A
área alta tem comprimento de rampa de 90 m e declividade média de 31% e
apresenta curvas-de-nível, enquanto que a área baixa tem 170 m de comprimento
de rampa e declividade média de 3%, com cordões de vegetação permanentes. A
análise textural revelou as seguintes proporções: areia = 30%, silte = 40% e
argila = 30%. Quais são as relações entre tamanho da área, declividade e perda de
solo por erosão?

RESOLUÇÃO
Obtemos os dados para o cálculo da área baixa:
 O fator de erosividade das chuvas da região de Formiga, conforme o software
netErosividade, no mês de Janeiro, é: KE>25  R = 14,40 MJ ha-1 ano-1.
 O fator de erodibilidade K do solo foi tirado da Tabela 3 (utilizando o software
“Triangulo Textural” = SOLO FRANCO), considerando o valor médio. Então
K = 0,35 (ton.ha.h)/(ha.MJ.mm).
 O fator de prática de cultura, conforme Tabela 4 para PASTAGENS é C= 0,010.
 O fator de manejo contra a erosão, conforme Tabela 6, considerando a
declividade de 3% e o uso de CORDÕES DE VEGETAÇÃO PERMANENTE é
P=0,25.
 Declividade média da encosta (S) = 3% e comprimento da rampa ( Lx) = 170 m.
Então, fazendo os cálculos:
𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 𝑆 1,18 ∙ 𝐿𝑥 0,63
𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 31,18 ∙ 1700,63
𝐿𝑆 = 0,9145
 Assim:
A = R × K × LS × C × P
A = 14,40 × 0,35 × 0,9145 × 0,010 × 0,25
A = 0,0115 ton/ha/mês para a parte baixa
Obtemos os dados para o cálculo da área alta:
 Dados comuns: KE>25  R = 14,40 MJ ha-1 ano-1; K = 0,35 (ton.ha.h) /
(ha.MJ.mm); C= 0,010
 O fator de manejo contra a erosão para PASTAGENS, considerando a alta
declividade do terreno, utiliza a Tabela 5. Portanto, o valor de P = 1,0
 Declividade média da encosta (S) = 31% e comprimento da rampa ( Lx) = 90 m.
Então, fazendo os cálculos:
𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 𝑆 1,18 ∙ 𝐿𝑥 0,63
𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 311,18 ∙ 900,63
𝐿𝑆 = 9,6377
 Assim:
A = R × K × LS × C × P
A = 14,40 × 0,35 × 9,6377 × 0,010 × 1,0
A = 0,4857 ton/ha/mês para a parte alta.

RESPOSTA: A área de 50ha tem uma perda total de 9,1106 ton/mês. Deste total, a
parte baixa, que tem 32 ha, contribui com 0,368 ton/mês, enquanto a parte alta, que
tem 18 ha, contribui com 8,7426 ton/mês, considerando apenas a intensidade
observada no mês de Janeiro. Conclui-se que, numa área com mesma textura, a
declividade é mais importante do que o comprimento de rampa ou o tamanho da área
para a perda de solo.

EXEMPLO 2

Considere uma área de 5 ha, também localizada em Formiga/MG, inicialmente sob


vegetação natural e que, posteriormente, foi cultivada com café. A área tem
comprimento de rampa de 100m e declividade média de 20%. A análise textural
revelou as seguintes proporções: areia = 17%, silte = 18% e argila = 65%.
Comparando-se as perdas de solo antes do cultivo, qual prática é a melhor prática
de conservação a ser adotada: cordão de vegetação, curvas-de-nível ou
terraceamento?
RESOLUÇÃO
Como o mês não foi especificado, deveremos considerar a perda de solo anual.
Devemos, ainda, obter as perdas de solo em 4 situações:

SITUAÇÃO 1: SOLO SOB VEGETAÇÃO NATURAL


 O fator de erosividade anual das chuvas da região de Formiga é, conforme o
software de isoerosividade é R = 66,62 MJ ha-1 ano-1.
 O fator de erodibilidade K do solo foi tirado da Tabela 3 (utilizando o software
“Triangulo Textural” = SOLO ARGILOSO), considerando o valor médio. Então
K = 0,10 (ton.ha.h)/(ha.MJ.mm).
 O fator de prática de cultura, conforme Tabela 4 para VEGETAÇÃO NATURAL é
C= 0,010.
 O fator de manejo contra a erosão, considerando a declividade de 20% e o uso
de CORDÕES DE VEGETAÇÃO PERMANENTE, conforme Tabela 6 é P = 0,45.
 Declividade média da encosta (S) = 20% e comprimento da rampa (Lx) = 100 m.
Então, fazendo os cálculos:
𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 𝑆 1,18 ∙ 𝐿𝑥 0,63
𝐿𝑆 = 0,00984 ∙ 201,18 ∙ 1000,63
𝐿𝑆 = 6,1406
 Assim:
A = R × K × LS × C × P
A = 66,62 × 0,10 × 6,1406 × 0,010 × 0,45
A = 0,1841 ton/ha/ano

SITUAÇÃO 2: SOLO SOB AGRICULTURA DE CAFÉ COM CORDÃO DE


VEGETAÇÃO
 Dados comuns a SITUAÇÃO 1: KE>25 = R = 66,62 MJ ha-1 ano-1; K = 0,10
(ton.ha.h) / (ha.MJ.mm); P = 0,45; 𝐿𝑆 = 6,1406
 O fator de prática de cultura, conforme Tabela 4 para AGRICULTURA DE CAFÉ
é C= 0,200.
 Assim:
A = R × K × LS × C × P
A = 66,62× 0,10 × 6,1406 × 0,200 × 0,45
A = 3,6817 ton/ha/ano
SITUAÇÃO 3: SOLO SOB AGRICULTURA DE CAFÉ COM CURVA-DE-NÍVEL
 Dados comuns a SITUAÇÃO 2: KE>25 = R = 66,62 MJ ha-1 ano-1; K = 0,10
(ton.ha.h) / (ha.MJ.mm); 𝐿𝑆 = 6,1406 ; C = 0,200
 O fator de manejo contra a erosão, conforme Tabela 6, para CURVAS-DE-NÍVEL
é P = 0,90.
 Assim:
A = R × K × LS × C × P
A = 66,62 × 0,10 × 6,1406 × 0,200 × 0,90
A = 7,3635 ton/ha/ano

SITUAÇÃO 4: SOLO SOB AGRICULTURA DE CAFÉ COM TERRACEMENTO


 Dados comuns a SITUAÇÃO 3: KE>25 = R = 66,62 MJ ha-1 ano-1; K = 0,10
(ton.ha.h)/(ha.MJ.mm); 𝐿𝑆 = 6,1406 ; C = 0,200
 O fator de manejo contra a erosão, conforme Tabela 6 para TERRACEAMENTO
é P = 0,18
 Assim:
A = R × K × LS × C × P
A = 66,62 × 0,10 × 6,1406 × 0,200 × 0,18
A = 1,4727 ton/ha/ano

RESPOSTA: Considerando o solo sob vegetação natural e sob cultivo, conclui-se que
a adoção de terraceamento (perda de solo de 1,4727 ton/ha/ano) é melhor para a
conservação do solo do que o uso de cordão de vegetação (perda de solo de 3,6817
ton/ha/ano) ou curvas de nível (perda de solo de 7,3635 ton/ha/ano). Isso se deve ao
fato de que os terraços representam uma das melhores formas de manejo contra a
erosão, pois devem, necessariamente, ser construídos em nível, sem bacias de
retenção, obrigando a infiltração de água ao longo de seu curso. O fator de manejo
contra a erosão atribuído a curvas-de-nível (P=0,90) é alto, pois é considerado uma
“agressão” ao perfil do solo, com chances de provocar erosão, ao invés de combate-
la. Contudo, perdem-se grandes áreas a construção de terraços, principalmente em
declividades superiores a 18%, o que é um fator limitante.

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