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Curso de produção de soja – Modulo I

03 a 07 de junho de 2019

Fundamentos de conservação do solo e da


água

Eng. Agr. Dr. Julio Franchini


Eng. Agr. Dr. Henrique Debiasi
Eng. Agr. Dr. Alvadi A. Balbinot Jr.
Eng. Agr. Dr. Osmar Conte
Erosão Hídrica
R = EROSIVIDADE DA CHUVA

K = ERODIBILIDADE DO
SOLO

C = MANEJO E USO DA TERRA


TOPOGRAFIA
rugosidade

L = COMPRIMENTO DE
cobertura do
EROSÃO BRUTA

S = DECLIVIDADE
solo pela
vegetação

RAMPA
uso
prévio R*K*L*S*P*C
cobertura do
solo pelos
resíduos
vegetais P = PRATICA DE CONSERVAÇÃO

Semeadura
Terraço
em nível
Prejuízos econômicos da erosão

1) Desvalorização da terra, patrimônio do PRODUTOR e da SOCIEDADE

2) Perdas de fertilizantes e corretivos (produtos e serviços associados)

3) Perdas de matéria orgânica do solo

4) Perdas de água por escoamento (menos água disponível)

5) Necessidade de ressemeadura (sementes, custo da operação)

6) Re-sistematização da áreas com aumento do risco de erosão

7) Perdas de produtividade (curto e longo prazo)


Prejuízos econômicos da erosão

Perdas anuais de fertilizantes e respectivos custos, em


função do manejo do solo adotado (médias de 10 anos).
IAC, Campinas, SP
Perdas anuais Custos
Manejo
SS KCl Calc SS KCl Calc TOTAL
------- kg alq-1 ano-1 ----- ----------- R$ alq-1 ano-1 -----------

SPD (bom) 15,2 4,0 75 18,24 7,20 9,78 35,22

SPD (ruim) 51,0 19,3 220 61,20 34,74 28,60 124,54

Diferença 35,80 15,30 145 42,96 27,54 18,82 89,32


SS = superfosfato simples KCl = cloreto de potássio Calc = calcário dolomítico

Adaptado de Dechen et al. (2015)


Prejuízos econômicos da erosão
Produtividade, kg ha-1 3500 2,5 scs ha-1 ano-1 cm-1

3000
1,5 scs ha-1 ano-1 cm-1
2500
2000
1500
y = 6.0458x2 - 188.8x + 3213
1000 R² = 0.995
500 Gaertner et al., 2003
0
0 3 6 9 12 15
Camada de solo perdida (cm)
Produtividade da soja (94/95) em função da espessura da camada de solo
removida em experimento de quantificação das perdas de água e solo por
erosão em chuva natural, de 1977 a 1984. Ponta Grossa/PR, Iapar.
SPD x erosão hídrica

Foto: Joaquim M. da Costa (Coamo – Campo Mourão)


SPD x erosão hídrica
Impacto da gota da chuva sobre o Formação de selamento e
solo descoberto e desagregado crostas superficiais

Dissipação do impacto da gota de chuva

- 100% de - 60% de Perda de solo Perda de água


cobertura/dissipação do Sistema de preparo
cobertura/dissipação do (t/ha/ano) (%)1
impacto da gota da chuva impacto da gota da chuva
Convencional 20 80
Direto (pouca cobertura) 6 40
Direto (boa cobertura) 1 5
1 Chuva de 60 mm/h (Roth et al., 1988) Foto: Joaquim Mariano
Manejo do solo x Erosão hídrica

Monocultura + gradagens SPD


sucessivas
Manejo do solo x Erosão hídrica
Distância horizontal (cm)
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
0
10
20
30
Profundidade (cm)

40
50
60
Milho 2ª safra Aveia + Nabo
0
10 5.5

20 4.5

30 3.5

40 2.5
50 1.5

60 0.5
Urochloa ruziziensis Milho 2ª safra + U. ruziziensis

Perfis de resistência do solo à penetração (MPa) em função de diferentes


10
culturas de outono-inverno. Maringá/PR, 2008.
52
49

12 11

Compactado Não compactado Compactado Não compactado


Infiltração (mm/h) Lâmina de água perdida (mm)
Adaptado de Volk (2006)

Taxa de infiltração e perda total de água em função da


condição física da superfície do solo (0-10 cm), em teste com
simulador de chuva (64 mm/h).
Falta de critérios atualizados para manutenção, reforma
e dimensionamento de terraços
Sensoriamento remoto
Sensoriamento remoto é termo utilizado para se referir à
obtenção de imagens à distancia sobre a superfície
terrestre utilizando sensores embarcados (aeronaves ou
satélites)
Veículo aéreo não tripulado (VANT)
A estimativa de parâmetros biofísicos e bioquímicos com
alta acurácia e baixo custo é importante para a evolução
das práticas de manejo e do potencial produtivo de
sistemas de produção dentro dos preceitos da agricultura
de precisão
Modelo digital de elevação

Informação importante para analises geoespaciais e geração


de orto-imagens
Gerado a partir de estereopares de imagens de sensores
remotos com atuação no espectro ótico
Baseia-se nos modelos matemáticos da aerofotogrametria
tradicional
A elevação de qualquer ponto numa mesma imagem é
proporcional a paralaxe
Ambientes x culturas
Milho 2017 Soja 2017/2018

13
13
12
12
11
11
10
10
95
90
170 130 85
80
120 75
153 110 70
65
136 100 60

119 90 55
50
80 45
102 40
70 35
85 60 30
25
68 50 20

51 40 15
10
30
34 20
17 10

Mapa da variabilidade espacial da produtividade do milho 2ª safra e da soja


(sacas/ha) na área experimental “Talhão 3” da Fazenda Indaiá. Embrapa/Coamo,
2018.
0.93 NDVI
0.91

0.89

0.87 y = 0.0046x + 0.8802


R² = 0.1628
0.85
2 3 4 5 6 7 8

10
9
8
7
6
5
4 NDRE
3
2
1

0.70

0.65

0.60

0.55

0.50
y = 0.0261x + 0.475
0.45
R² = 0.4479
0.40
2 3 4 5 6 7 8
Ambientes x culturas
0-30 cm 0-90 cm Argila (g/kg)

700

650

600

550

500

450

Mapas da variabilidade espacial da Condutividade Elétrica do Solo (mS/m) nas camadas de


0-30 cm e 0-90 cm e do teor de argila na camada de 0-40 cm de profundidade, na área
experimental “Talhão 3” da Fazenda Indaiá. Embrapa/Coamo, 2018.
Ambientes x culturas

Mapas de variabilidade da produtividade e do MPRI em diferentes


estádios de desenvolvimento da cultura da Soja na safra 2017/2018.
Fazenda Indaiá, Campo Mourão, 2018.
K
cmolc/dm3

0.35

0.3

0.25

0.2

0.15
V%

45

43

41

39

37

35

33

31
P
mg/dm3

31

27

23

19

15

11
14/03/2019 01/04/2019 16/04/2019 23/04/2019
NDVI

NDRE
Perfil físico x produtividade

PD15 AR25 AR25 PD25


PD15 PD25 AR25 AR15
PD15 PD25

22/01/2018

Imagem aérea de alta resolução da cultura da soja obtida durante a safra 2017/2018 em
experimento de manejo do solo de longa duração. Embrapa Soja, Londrina/PR, 2018.
Perfil físico x produtividade

PD15 AR25 AR25 PD25


PD15 PD25 AR25 AR15
PD15 PD25

12/02/2018

Imagem aérea de alta resolução da cultura da soja obtida durante a safra 2017/2018 em
experimento de manejo do solo de longa duração. Embrapa Soja, Londrina/PR, 2018.
Perfil físico x produtividade

0,5
Plantio Convencional
0,4 Plantio Direto

0,3

0,2

0,1

0,0

-0,1

-0,2
08-dez 22-jan 31-jan 12-fev

MPRI da cultura da soja em sistemas de manejo do solo durante a safra


2017/2018. Embrapa Soja, Londrina, 2018.
Qualidade estrutural x produtividade
Distância horizontal, cm
Perfil físico x 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
0
produtividade MPa
4.5 20

4404 4.0

Profundidade, cm
40 SPD
3.5
3.0 60
2.5 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
0
2998 2.0
1.5 20
1.0
0.5 40 SPC
0.0 60

RP (MPa)
0 1 2 3 4
0 Resistência mecânica do
Profundidade, cm

SPC SPD 10 * solo à penetração em função


*
Produtividade (kg/ha) da soja 20 do sistema de manejo, safra
(BRS 1010) em função do 30 2017/2018. Embrapa Soja,
sistema de manejo, safra * Londrina/PR, 2018.
40
2017/2018. Embrapa Soja, *
50
Londrina/PR, 2018. SPC SPD
Sistemas de Manejo do solo

Sem compactação
Com compactação
Com compactação + Escarificação
30/01/2019

18/02/2019

25/02/2019

07/03/2019

12/04/2019
NDRE

12/04/2019

NDVI
0.15
0.10
0.05
Índice de Vegetação

0.00
-0.05
-0.10
-0.15
-0.20 Não compactado
-0.25 Compactado
-0.30
Compactado+Escarificado
-0.35
-0.40
25/1 4/2 14/2 24/2 6/3 16/3 26/3 5/4 15/4 25/4
Data
Rally Cocamar da produtividade
Metodologia
- Avaliações em 24 glebas agrícolas, 8 pontos por gleba
● Norte alto, Norte baixo, Maringá e Noroeste
● 22/10 a 29/11/2018

Ângulo
Floraí
Mandaguaçu São Sebastião Amoreira
SJ Ivaí

Jussara Santa Cecília Pavão

Iporã
Rally Cocamar da produtividade
Metodologia
- Indicadores de fertilidade do solo avaliados

Índice de qualidade estrutural do solo (IQes) - DRES


Físicos Taxa de infiltração estável de água no solo
Textura e argila dispersa (0-20 cm)

Teor de matéria orgânica do solo


Químicos
Teores de P, K, Ca, Mg e Al
(0-20 cm)
pH CaCl2; H+Al; CTC; saturação por bases (V%)

- Cobertura do solo (massa e porcentagem)


- Determinação de índices de vegetação por imagens aéreas
Rally Cocamar da produtividade

Muito Alto Alto Regular Ruim Muito Ruim

Gleba A V% (58%)

Primeiro de Maio/PR Cob ton K (0,61 cmolc dm-3)


(3,4 t)
Soja/Milho 2ª safra

13 ha Cob% P (26 mg dm-3)


(38%)
Textura
Argila = 77% MO TIE
Silte = 9% (2,8%) (48,4 mm/h)
Areia = 14% DRES
(IQes = 2,4)

V% (saturação por bases); Cob ton (massa de palhada);


MO (matéria orgânica); Cob % (porcentagem de cobertura do solo);
K (potássio); DRES (diagnóstico rápido da estrutura do solo);
P (fósforo); TIE (taxa de infiltração estável de água no solo).
Rally Cocamar da produtividade
Gleba A Primeiro de Maio/PR Soja/Milho 2ª safra

13-12-2018 27-12-2018
MPRI

Gleba A Primeiro de Maio/PR Soja/Milho 2ª safra

13-12-2018 27-12-2018
%
13/12/2018
27/12/2018
58
47
38

24
15 18

Baixo Médio Alto

Distribuição do índice de vigor da cultura da soja na gleba A em Primeiro


de Maio/PR. Embrapa Soja/Cocamar, 2018
Rally Cocamar da produtividade

Muito Alto Alto Regular Ruim Muito Ruim

V% (49%)
Gleba C
Cob ton K (0,51 cmolc dm-3)
Primeiro de Maio/PR
(5,0 t)
Soja/Milho + braquiária
(2º ano) Cob% P (9 mg dm-3)
54 ha (63%)

Textura
Argila = 72% MO TIE
Silte = 13% (3,6%) (111,6 mm/h)
DRES
Areia = 15%
(IQes = 4,8)

V% (saturação por bases); Cob ton (massa de palhada);


MO (matéria orgânica); Cob % (porcentagem de cobertura do solo);
K (potássio); DRES (diagnóstico rápido da estrutura do solo);
P (fósforo); TIE (taxa de infiltração estável de água no solo).
Rally Cocamar da produtividade
Gleba C
Primeiro de Maio/PR

13/12/2018

Soja/Milho + braquiária (2º ano)

27/12/2018
Rally Cocamar da produtividade
Gleba C Primeiro de Maio/PR

13/12/2018

Soja/Milho + braquiária (2º ano)

27/12/2018
Rally Cocamar da produtividade
%
13/12/2018
56
27/12/2018
48

36
32

16
12

Baixo Médio Alto

Distribuição do índice de vigor da cultura da soja na gleba C em Primeiro


de Maio/PR. Embrapa Soja/Cocamar, 2018
Rally Cocamar da produtividade
Gleba G Ângulo/PR Soja/Milho 2ª safra 61 ha

30-11-2018
Rally Cocamar da produtividade
Gleba A Ângulo/PR Soja/Milho 2ª safra

MPRI
Rally Cocamar da produtividade

Gleba A

Ângulo/PR

Soja/Milho 2ª safra

MPRI
Rally Cocamar da produtividade

2,0 V% K P MOS
1,5
1,0
0,5
Índice

0,0
-0,5
-1,0
-1,5
-2,0
2,0 Cob% Cob ton TIE DRES
1,5
1,0
0,5
Índice

0,0
-0,5
-1,0
-1,5
-2,0
A B C D E F G H I A B C D E F G H I A B C D E F G H I A B C D E F G H I

Índices de qualidade de manejo e fertilidade do solo em nove glebas


agrícolas avaliadas a região de Maringá/PR. Embrapa Soja/Cocamar, 2018.
Rally Cocamar da produtividade
Considerações gerais
- Desuniformidade no estabelecimento das lavouras

- Teores de P altos/muito altos;

- Teores de K variáveis, baixos em algumas áreas;

- Saturação de bases limitante;

- Baixa MOS;

- Baixa cobertura e degradação estrutural do solo, em virtude da utilização de


sistemas de produção pouco diversificados.

Anos com disponibilidade hídrica adequada


Produtividade pode até ser alta, mas abaixo do potencial genético

Anos com estresses hídricos (excesso ou falta de chuva)


Grandes quebras de produtividade
Falta de critérios atualizados para manutenção, reforma
e dimensionamento de terraços
Configuração dos terraços após a manutenção no talhão avaliado, Bela
Vista do Paraíso-PR, 2016.
Projetos de planejamento do sistema de conservação de água do Talhão
17 obtidos por simulação com o programa Terraço 4.1

Taxa de infiltração estável Taxa de infiltração estável Taxa de infiltração estável Taxa de infiltração estável
60 mm/h 50 mm/h 40 mm/h 30 mm/h

15 mm/h 19 mm/h 25 mm/h 32 mm/h

Lamina escoamento superficial


Área = 36 ha
Declividade média = 8 %
Terraço de Base Larga = 50 cm
Comparação de adequação do projeto original com o projeto de
planejamento do sistema de conservação de água do Talhão 17
obtido por simulação com o programa Terraço 4.1

7 Curvas atuais 6 Curvas


Uma sim outra não Base larga
Altura 60 cm
Taxa de infiltração 40 mm/h
Variabilidade espacial da taxa de infiltração no talhão avaliado, Bela Vista
do Paraíso-PR, 2016.

65

55

45

35

25

mm/h
65

55

45

35

25

mm/h
65

55

45

35

25

mm/h
Relações entre a taxa de infiltração, lamina de escoamento
superficial, espaçamento vertical e altura do terraço
0.63
0.57 0.57
0.51 0.51
0.49
0.46 0.45 0.44
0.40 0.40
0.36

25 19 13 10 25 19 13 10 25 19 13 10
ES (mm) ES (mm) ES (mm)

30 40 50 60 30 40 50 60 30 40 50 60
TIE(mm/h) TIE (mm/h) TIE (mm/h)

EV 3 m EV 4 m EV 5 m
16 terraços 12 terraços 10 terraços
Manejo do solo x Conservação do Solo
Rolândia/PR, 30/03/2018

375 ha

Chuva (mm)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1/3/18 8/3/18 15/3/18 22/3/18 29/3/18 5/4/18 12/4/18 19/4/18
Manejo do solo x Conservação do Solo
Manejo do solo x Conservação do Solo
Manejo do solo x Conservação do Solo
Manejo do solo x Conservação do Solo

1
2 4

2200 ha

Rolândia 26-03-2019
Manejo do solo x Conservação do Solo

Rolândia 26-03-2019
Ponto 1
Manejo do solo x Conservação do Solo

Rolândia 26-03-2019
Ponto 2
Manejo do solo x Conservação do Solo

Rolândia 26-03-2019
Ponto 3
Manejo do solo x Conservação do Solo

Rolândia 26-03-2019
Ponto 4
15-02-2019 Ton/ha
Operacional 1

x 4
7

Conservação do Solo 10
13

18-02-2019

Distribuição de palha após


colheita da soja em área
de produção comercial de
grãos, Cambé/PR.
Embrapa Soja, 2019.
18-03-2019
Manejo do solo x Conservação do Solo

2
1

Cambé 24-03-2019 2500 ha


Manejo do solo x Conservação do Solo

Cambé 24-03-2019
Ponto 1
Manejo do solo x Conservação do Solo

Cambé 24-03-2019
Ponto 2
Manejo do solo x Conservação do Solo

Cambé 24-03-2019
Ponto 3
Nova abordagem para dimensionamento de terraços com base na taxa de
infiltração de água no solo, ocorrências de chuvas e uso de imagens aéreas
obtidas por Vants

Data da imagem: 03/07/2018

Área total: 295 ha

Área do talhão: 95 ha

Fazenda Santa Sofia, Maracaju/MS. Projeto


Solo Vivo. Embrapa/Itaipu Binacional
Área total abrangida: 295 ha
Altura de voo: 260 metros de altitude
410 imagens
GSD 7.09 cm/pixel
260 metros
80%

60%
60%
Dimensionamento de terraços
 Como resultado do processamento foi obtido o modelo digital de elevação a partir do qual foram
extraídos os dados de elevação e declividade da área.
 Dados de precipitação para Dourados foram obtidos de Santos et al. (2009) , considerando uma
chuva de projeto com período de retorno de 20 anos; (R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.13,
p.899–905, 2009).
 Chuva de projeto de 156 mm/24 horas
 Com o uso do software Terraço 4.1 (Pruski et al. 2015; Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos –
UFV; Software Terraço 4.1; http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares) foram elaborados projetos
de terraceamento considerando variações na altura dos terraços e na taxa de infiltração estável
de agua no solo (TIE)
7 430

6 420
5
Declividade % Elevação (metros) 410
4
3 400
2 390
1
380
0

Mapas de declividade e elevação de talhão da Fazenda Santa Sofia,


Maracaju/MS. Projeto Solo Vivo. Embrapa e Itaipu Binacional, 2018
Software Terraço 4.1 (PRUSKI, 2015).
Período de retorno da chuva de projeto para Dourados: 20 anos
Base larga 55 cm Taxa de infiltração
30mm/h 40mm/h 52mm/h

Base larga 49 cm Taxa de infiltração


35 mm/h 41 mm/h 52 mm/h 60 mm/h

Projetos de dimensionamento de terraços de talhão da Fazenda Santa Sofia,


Maracaju/MS. Projeto Solo Vivo. Embrapa e Itaipu Binacional, 2018
1

5
6

16
17
18
8
9 19
3 10 11 20
12
13 21
14
7
15
Cotas

Projeto de dimensionamento de terraços de talhão da Fazenda Santa Sofia,


Maracaju/MS. Projeto Solo Vivo. Embrapa e Itaipu Binacional, 2018
Práticas mecânicas de controle da erosão
Ubiratã/PR (Talhão com 93 ha)

08/03/2018 18/04/2018
Práticas mecânicas de controle da erosão

510 9.4
500 9
8.6
490 8.2
7.8
480
7.4
470 7
Altitude (metros) Declividade (%) 6.6
460 6.2
450 5.8
5.4
440 5
4.6
430
4.2
420 3.8
Práticas mecânicas de controle da erosão
Práticas mecânicas de controle da erosão

Toledo/PR (Talhão com 60 ha)


Práticas mecânicas de controle da erosão

Declividade (%) Altitude (metros)


2560BL30

2560BL50

1070BL30

1060BL60

1060BL50
Cambe/PR (Talhão com 120 ha)
Altitude (metros) Declividade (%)
1050BL60 1050BL50

1055BL50 1055BL40
Manejo do solo x Conservação do Solo

 Microbacia hidrográfica de
ordem 1, parte
componente do Sitio Odilis
Foiato, Toledo/PR.
 Propriedade composta pela
associação de vários
talhões ao longo dos anos,
totalizando 115 ha.
 Entre os dias 29 e
30/10/2017 ocorreu um
evento continuo de chuvas
que totalizaram 159,3 mm
no período de 18 horas e
10 minutos e com um
acumulado de 240 mm nos
dez dias antecedentes.
 Período de retorno
estimado para esta chuva
de 500 anos.
Manejo do solo x produção de sementes
Toledo/PR, 31/10/2017
Contexto

 A TIE média da bacia foi de 68


mm/h, com mediana de 53
mm/h e valores máximos e
mínimos de 211 mm/h e 23
mm/h.
 As regiões de menor infiltração
foram associadas com as
menores cotas e maiores
declividades, coincidindo com o
ambiente de transição entre as
classes Latossolo e Nitossolo.
 Apenas 17% dos pontos
amostrados apresentaram TIE
menor do que 30 mm/h,
tornando razoável este valor
como referência para os projetos
de replanejamento de terraços.
Como resultado do processamento foi obtido o modelo digital de elevação a
partir do qual foram extraídos os dados de elevação e declividade da área.

Modelo digital de elevação


(Pixel 0.29 m)
Lâmina de escoamento superficial
33.4 mm 30.5 mm 28.1 mm 26.0 mm

25 mm/h 30 mm/h 35 mm/h 40 mm/h


Taxa de infiltração estável

Lâmina de escoamento superficial


22.7 mm 21.1 mm 19.7 mm 18.4 mm

45 mm/h 50 mm/h 55 mm/h 60 mm/h


Taxa de infiltração estável
Contexto

H = 50cm H = 60cm
Projetos de
dimensionamento de
terraços para a
microbacia de primeira
ordem no município
de Toledo/PR.
Parâmetros: tempo de
34 terraços 22 terraços retorno (25 anos);
altura do terraço: 50,
H = 70cm 60 e 70 cm; TIE: 30
mm/h.

17 terraços 44 terraços
04-07-2018
15-03-2018

04-07-2018

06-12-2018
26-09-2018
Manejo do solo x infiltração de água
Relação entre a taxa de infiltração estável (mm/h) e o número de anos de consórcio
Milho+Urochloa ruziziensis em 17 lavouras com diferentes históricos do sistema de
produção na região norte do Paraná. Embrapa Soja/Emater/Cocamar 2017-2018.
Melhoria da fertilidade física do solo

SEM COMPACTAÇÃO COM COMPACTAÇÃO


Sem braquiária Braquiária solteira Sem braquiária Braquiária solteira

Crescimento radicular da soja em função da compactação por 10 tráfegos de


colhedora (12 t) em setembro/2017, e do cultivo de braquiária ruziziensis
(março a setembro/2018). Embrapa Soja/Cocamar, Floresta/PR, 2019.
Melhoria da fertilidade física do solo
Manejo biológico
120
106 Sem braquiária
100
Com braquiária
TIE, mm h-1

80

60 50 50
40
24
20

0
Não compactado Compactado
Medidas realizadas com simulador de chuva (110 mm h-1), em microparcelas ocupadas
por milho 2ª safra semeado em nível, 14 dias após a emergência da cultura.

Taxa de infiltração estável de água no solo (TIE) em função da compactação por 10


tráfegos de colhedora (12 t) em setembro/2017, e do cultivo de braquiária
ruziziensis (março a setembro/2018). Embrapa Soja/Cocamar, Floresta/PR, 2019.
Melhoria da fertilidade física do solo
Sucessão Rotação

Sucessão = trigo/soja
Rotação = aveia/soja – trigo/soja – milho/milho + ruziziensis – trigo/soja

Crescimento radicular da soja em função de modelos de produção de longo


prazo (34 anos). Embrapa Soja/Coamo, Campo Mourão/PR, 2019.
Melhoria da fertilidade física do solo
Manejo biológico
Sucessão = trigo/soja
Rotação = aveia/soja – trigo/soja – milho/milho + ruziziensis – trigo/soja

100 91,4
Desnível
84,0
80 Nível
TIE, mm h-1

60

40 36,8

20
9,4

0
Sucessão Rotação

Medidas realizadas com simulador de chuva (120 mm h-1), em microparcelas


ocupadas por milho 2ª safra, 20 dias após a emergência da cultura.

Taxa de infiltração estável de água no solo (TIE) em função de modelos de produção


de longo prazo (34 anos) e do sentido das linhas de semeadura do milho 2ª safra
Embrapa Soja/Coamo, Campo Mourão/PR, 2019.
Considerações finais

 as imagens aéreas permitem um melhorar o entendimento do


comportamento das culturas em ambientes de produção
 É possível realizar pesquisa em nível de fazenda utilizando toda engenharia
já disponível e atendendo a demanda por parâmetros agronômicos para
referenciar a aplicação de insumos em taxas variáveis
 A estimativa da resposta das culturas com alta definição e baixo custo por
meio de imagens aéreas é importante para a evolução das práticas de
manejo e do potencial produtivo de sistemas de produção dentro dos
preceitos da agricultura de precisão
 As imagens aéreas trazem novas perspectivas para o monitoramento do
manejo de sistemas de produção e para a atualização do planejamento de
sistemas de conservação do solo
Grato pela atenção!
julio.franchini@embrapa.br
(43) 3371 6233

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