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Coisa - Coisa é o que simplesmente existe na natureza, independente da vontade e da intervenção do homem,
como a exemplo da terra, dos rios, das árvores e o ar.
Bem - Para satisfazer suas necessidades, o homem utiliza-se das coisas, transformando-as em bens. As coisas
corpóreas transformam- se em Bens quando recebem destinação útil à satisfação das necessidades humanas. Por
exemplo, o fruto silvestre é Coisa até que o homem o colha, transformando-o em utilidade, para satisfazer uma de
suas necessidades essenciais, a de alimentar; o rio transforma-se em Bem quando o homem o utiliza para a
navegação ou aproveita suas águas para outras finalidades.
Riqueza - Alguns Bens não são conseguidos facilmente, porque sua quantidade é limitada. Esses são chamados
bens econômicos, porque essa limitação lhes dá valor de troca. São Bens desejados e raros, chamados de
riqueza.
Riqueza, portanto, é tudo o que é útil, limitado, material e apropriável.
A utilidade dá ao Bem valor econômico, porque se o mesmo não fosse útil ninguém o desejaria, e não
teria, portanto, valor de troca. Útil é aquilo que se destina a um fim.
Limitado é o que existe em quantidade relativamente pequena. Embora útil, se o bem existisse em
quantidade ilimitada, não teria valor de troca. O ar, por exemplo, é útil, mas não tem valor de troca, porque existe
em quantidade ilimitada.
A materialidade é característica indispensável à riqueza, porque os bens imateriais, sendo incorpóreos,
não são apropriáveis nem permutáveis e, embora úteis, não constituem riquezas, porque não são permutáveis.
Entretanto, o produto da aplicação da inteligência – o trabalho, material ou intelectual- é permutável e constitui
riqueza.
Apropriável é a qualidade daquilo que pode ser propriedade de alguém. Se não pudermos possuir uma
coisa, ela não poderá ser riqueza. Se o bem não for apropriável então puder, portanto, pertencer a alguém, não
será permutável.
Várias são as classificações dos bens segundo o aspecto sob os quais são considerados. Assim, a
classificação mais importante para o ramo da contabilidade é aquela que divide os bens em corpóreos e
incorpóreos, também chamados de materiais e imateriais ou tangíveis e intangíveis. O patrimônio é composto por:
BENS: - Materiais/Corpóreos: Veículos, Mercadorias, Imóveis, Dinheiro, etc.
- Imateriais/Incorpóreos: Marcas, Patentes, ponto Comercial, etc.
Em Contabilidade, a palavra capital é habitualmente utilizada para representar a importância com que o
proprietário do patrimônio inicia suas atividades. Após determinado período de atividades, essa importância inicial
sofre modificações, pois o objetivo das empresas (entidades com fins econômicos) é exatamente o aumento de
suas riquezas.
A variação aumentativa do capital aparece em outras contas, como de Reservas ou Lucros, denominando-
se capital real a soma de todos esses valores, isto é, o capital inicial mais as reservas e os lucros decorrentes da
atividade econômica (Patrimônio Líquido).
Vendidos todos os bens, recebidos os créditos e pagos os débitos, o proprietário do patrimônio estará de
posse de uma importância líquida, que é seu capital. Não se deve confundir, entretanto, capital com dinheiro. O
Excesso que o proprietário detém em suas mãos pode ser representado por outros bens e direitos, que não o
dinheiro, o que não deixa de ser capital.
Aspecto Qualitativo: Considera a natureza dos componentes patrimoniais Ex: Dinheiro, Mercadorias, Veículos, etc.
Aspecto Quantitativo: Considera os valores monetários dos componentes patrimoniais. Ex: Caixa R$ 500,00,
Capital Social R$ 5.000,00, etc.
Sob o aspecto quantitativo, o Patrimônio é o considerado como fundo de valores, representado pelo Ativo
(Bens e Direitos) e pelo Passivo (Obrigações).
7 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
O Patrimônio Líquido é a parte positiva que pertence aos proprietários da entidade.
Representa a GRANDEZA PATRIMONIAL.
Anteriormente verificamos que o Patrimônio Líquido é a diferença entre o Ativo e o Passivo de uma
entidade.
7.1 – Composição
O Patrimônio Líquido é composto por: Capital Social, Reservas, Lucro ou Prejuízos
acumulados.
Apesar de figurar na coluna do Passivo, o Patrimônio Líquido não pertence a este.
Por aparecer no lado do Passivo, sem, no entanto, ser Passivo, o PL também é conhecido como
PASSIVO FICTÍCIO, enquanto as obrigações representam o PASSIVO REAL.
O Patrimônio Líquido não representa dívida da entidade para com os sócios, pois
eles não emprestam recursos para entidade, apenas o entregam, para que com eles forme o
Patrimônio da empresa.
1ª Situação: O ativo é maior que o passivo, resultando uma situação líquida ativa, também chamada
positiva, superavitária ou favorável. Nessa situação, em que se evidencia o chamado patrimônio
líquido, é que parece o capital. Exemplo:
A P PL A>P
ATIVO PASSIVO
Caixa.........................................R$ 80,00 Dupls. a pagar............................R$ 40,00
Mercadorias..............................R$ 60,00 Títulos a Pagar...........................R$ 60,00
Soma do Passivo............... ....R$ 100,00
Patrimônio Líquido.................. ...R$ 40,00
Total R$ 140,00 Total R$ 140,00
2ª Situação: O ativo é menor que o passivo, donde resulta uma situação líquida passiva, também
denominada negativa, deficitária ou desfavorável. Nesse caso, todo o capital foi absorvido, havendo
ainda um déficit patrimonial, chamado de passivo a descoberto.
Exemplo:
A P A<P
ATIVO PASSIVO
Caixa..........................................R$ 60,00 Dupls. a pagar............................R$ 40,00
Mercadorias...............................R$ 40,00 Títulos a Pagar...........................R$ 60,00
Soma do Ativo..........................R$100,00 Contas a Pagar..........................R$ 40,00
Passivo a Descoberto.............R$ 40,00
Total R$ 140,00 Total R$ 140,00
3ª Situação: O Ativo é igual ao passivo, donde resulta uma situação nula ou compensada. Nesse
caso, o capital foi absorvido e todo o patrimônio pertence a terceiros, pois o total dos bens e direitos
é igual ao das obrigações.
A Terceira Situação Líquida do Patrimônio ocorre quando o valor do Ativo (Bens + Direitos) é
igual ao valor do Passivo(Obrigações). Neste Caso temos uma SITUAÇÃO NULA OU
COMPENSADA (A= P).
A Situação Líquida do Patrimônio é Nula quando o que a empresa tem pertence a terceiros,
ou seja, ela não possui nada.
Exemplo:
A P A=P
ATIVO PASSIVO
Caixa.........................................R$ 80,00 Dupls. a pagar............................R$ 40,00
Mercadorias..............................R$ 60,00 Títulos a Pagar...........................R$ 60,00
Contas a Pagar..........................R$ 40,00
Total R$ 140,00 Total R$ 140,00
Analisando o quadro verificamos que o valor do Ativo é igual ao valor do Passivo; com isso, Os Bens que a
empresa possui no valor de R$ 140,00 correspondem ao total das Obrigações R$ 140,00. Isto indica que os Bens
da empresa pertencem a terceiros.
Obs.: Dificilmente existem empresas nesta situação, ou seja, é uma situação impossível de
acontecer.
Para constituição de uma empresa é necessário que de início ela possua um CAPITAL
Este Capital será registrado no Departamento de Registro de Comércio (JUCEB) ou Cartório
de Registro de Títulos e Documentos, através do Contrato Social da Empresa.
CAPITAL -Sob o ponto de vista contábil, o termo CAPITAL pode encontrar vários significados.
Contabilmente CAPITAL significa RECURSOS.
O Capital Próprio corresponde a recursos financeiros ou materiais aplicados por parte dos
proprietários (Sócios), enquanto o Capital de Terceiros (Capital Alheio) corresponde a recursos
financeiros ou materiais aplicados por parte de pessoas físicas ou jurídicas.
CONCEITOS DE CAPITAL:
CAPITAL A REALIZAR (A INTEGRALIZAR) - É o valor do Capital Social que ainda não foi colocado
à disposição da empresa. Deve figurar no Patrimônio Líquido, como conta retificadora: Art. 182 (Lei
6.404/76) - A conta Capital Social, discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda
não realizada.
CAPITAL AUTORIZADO -. É o limite máximo que o Capital poderá atingir, sem que haja alteração
do estatuto social
3 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Esse grupo representa o Capital Próprio e sua composição é a seguinte
(Lei 6.404/76 e leis 11.638/07 e 11.941/09):
Capital Social
( - ) Capital a Realizar
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
( - ) Prejuízos Acumulados
( - ) Ações em Tesouraria ou Quotas Liberadas.
No caso específico das Sociedades Limitadas, podemos encontrar a conta QUOTAS
LIBERADAS, também retificadora do Patrimônio Líquido.
QUOTAS LIBERADAS - Representa as operações onde as Sociedades Limitadas adquirem parte ou totalidade de
quotas que lhes foram destinadas.
UNEB – Universidade do Estado da Bahia
DCH – Campus I – Salvador
Coordenação de Contábeis
1-ESCRITURAÇÃO
É uma técnica contábil responsável pelo registro dos fatos relacionados com o patrimônio.
A Escrituração é feita obedecendo a técnica contábil bem como a legislação em vigor.
Veja o que diz a Lei 606/76(Lei das S/A): “Art. 177. A escrituração da companhia será
mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência.”
A escrituração apresenta dois elementos importantes:
- Histórico;
- Valor Monetário.
O elemento ou função histórica compreende o registro dos fatos, relatando a história do
Patrimônio ao longo do tempo.
O elemento ou função monetária compreende os valores reunidos tecnicamente, mostrando
as variações monetárias que afetam o Patrimônio.
1.1-MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO
Método: é a maneira de se fazer alguma coisa.
Este método foi apresentado em 1494 pelo frade LUCA PACIOLO, e desde então passou a
ser usado mundialmente para registrar os fatos contábeis.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO MÉTODO: “PARA TODO DÉBITO, EXISTE UM CRÉDITO DE
IGUAL VALOR E VICE-VERSA”. Isto é: Não existe Débito sem Crédito.
Diante de tal afirmativa podemos dizer que:
a) A soma dos valores Debitados será igual à soma dos valores
Creditados;
b) A soma dos saldos Devedores será igual à soma dos saldos credores;
c) A soma das Aplicações(débitos) será igual à Soma das
Origens(créditos).
1.2-LANÇAMENTOS
Lançamento é o registro de um fato contábil.
A escrituração é feita através de lançamentos. O conjunto de todos os lançamentos chama-
se Escrituração.
1.2.1-FUNÇÕES DO LANÇAMENTO:
a) Função Histórica- relata em ordem cronológica e de modo simplificado, o acontecimento
relacionado ao patrimônio;
b) Função Monetária- abrange o registro da expressão monetária dos fatos registrados.
No lançamento o Débito vem em primeiro lugar, e o Crédito vem logo a seguir acompanhado da letra
“a”.
Exemplo: Camaçari, 02 de fevereiro de 2016.
Caixa...........................
a VENDAS A VISTA.........
Hist. Rec.venda cf. nf 1999............R$ 1.630,00
Nota: Pode ser utilizado também: D-Caixa e C-Vendas a Vista (é como vamos trabalhar).
Exemplo: D-Caixa
C-Vendas a Vista
Ref. venda cf. nf 1999............................................... R$ 1.630,00.
1.2.3-FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS
Conforme a natureza dos Fatos Contábeis a serem registrados e da necessidade de se Debitar e Creditar
várias contas, foram criadas as seguintes fórmulas de lançamentos:
A legislação não permite que empresas de grande movimento façam registros contábeis
usando a fórmula complexa para registrar todo o movimento. Somente as empresas de pequeno
movimento poderão utilizar tal expediente para escrituração de seus fatos. Neste caso usa-se as
chamadas PARTIDAS MENSAIS DE DIÁRIO.
Outras Informações:
a) Débito indica Dívida, portanto a Conta que RECEBE será debitada. Crédito indica direito, logo a
Conta que FORNECE será creditada;
b) As contas de Ativo são debitadas quando ocorre aumento do saldo dos Bens e Direitos, e são
creditadas quando ocorre redução de Bens e Direitos;
c) As Contas de Passivo são debitadas quando ocorre redução das Obrigações, e são creditadas
quando há aumento do saldo das Obrigações;
d) Todas as Contas de Despesas são debitadas;
e) Todas as Contas de Receitas serão creditadas.
Obs.: As Contas de Despesas são creditadas e as de Receitas são debitadas no encerramento do
exercício (Balanço), o que veremos posteriormente.