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INTRODUÇÂO ( Salmo 40 : 8 )
1. Vivemos um tempo de ajustes . E, nós, Cristãos, vivemos em ajustes constantes em busca de aprovação para
o que somos e o que fazemos. O reconhecimento, tão almejado em todas as áreas da nossa vida.
2. Nesse tempo de ajustes precisamos responder algumas questões que nos vêm à mente:
Que ajustes precisamos fazer em nossa vida Cristã?
Os resultados desses ajustes em nosso dia a dia serão positivos?
De que modo o Reino de Deus poderá ser engrandecido?
Que ajustes devemos fazer para o atendimento à chamada Divina?
Afinal o personagem bíblico foi achado. É uma das pessoas mais humildes e, ao mesmo tempo, mais notáveis
em toda Bíblia; uma figura tão especial que foi escolhida por Deus para a missão mais especial já realizada pelo
ser humano. Lamentavelmente é uma biografia esquecida na maioria dos púlpitos. Ela aparece nas páginas
sagradas como uma virgem prometida em casamento ( Lc 1 : 26,27 )
Maria não era alguém notável. Foi notada por Deus, porque Ele não vê como vê o homem. Enquanto nós
olhamos para a simples aparência, enxergamos a casca, Deus vê o conteúdo. (1Sm 16.7b ) “O homem vê a
aparência, mas o Senhor vê o coração”. É a mesma experiência que vivemos hoje. Os critérios de escolha do
Senhor são muitas vezes inexplicáveis.
Proposição : Para aceitar o desafio de realizar a vontade de Deus, Maria teve que fazer profundos ajustes .
Transição: Ajustes são sempre necessários quando desejamos compreender a vontade do Senhor, Nessa noite
aprenderemos quais ajustes precisamos fazer na nossa caminhada Cristã.
DESENVOLVIMENTO
B) Na afirmação “agraciada” ou “cheia de graça” não há a conotação de ser Maria já possuidora de uma graça
especial e por isso ter sido a escolhida. A opção por ela, e por nós, é dom da graça: uma manifestação do
amor de Deus, que insiste em nos amar, quando teria tudo para deixar de amar. Maria, como nós, era simples
serva.
D) Não podendo compreender as palavras do anjo, Maria pergunta como seria possível tudo acontecer, sendo
ela uma virgem. Mais uma vez o anjo lhe fala (Lc 1 : 35 – 37 ) :
E) Maria nada mais pergunta; resoluta, coloca-se diante do Senhor (Lc 1 : 38) : “Sou serva do Senhor; que
aconteça comigo conforme a tua palavra” .
F) Maria estava noiva de José. Havia uma promessa de casamento entre eles; um compromisso formal entre os
dois e suas famílias. Esse compromisso era tão sério quanto o casamento. Só podia ser desfeito pelo divórcio.
Tanto que, se o noivo morresse nesse período, diante da lei a moça seria considerada viúva.
G) Ao se dispor a fazer os ajustes para aceitar a vontade de Deus, Maria sabia quantos obstáculos encontraria.
A gravidez imprevista e inexplicável traria sérias complicações éticas. Indagações seriam levantadas; toda
sorte de censura e humilhação surgiria. Ela seria exposta à vergonha pública e o próprio noivo, José, sofreria
sem ter qualquer culpa e mesmo sem conhecer o porquê da situação.
H) Porém ela se ajusta a tudo isso , e quando é visitada por sua prima Isabel, disse : ‘Minha alma engrandece
ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
Aplicação : Quantas vezes, como Maria, ouvimos, mas não compreendemos. Quantas vezes o Senhor nos fala,
todavia precisamos ouvir mais, para termos condições de nos ajustar e dizer sim . Queremos que o Senhor mude
a vontade Dele.
C) Ajustes foram necessários para Maria dar à luz a um bebê : sem casa, sem um quarto, sem cama, sem berço
e sem roupinhas próprias de bebê. E foi na pobreza de uma manjedoura que ela teve o menino – era não
apenas um rei, mas o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
D) A história registra um detalhe importante (Lc 2.19): “Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre
elas refletia em seu coração” .
E) Vejamos Em (Lc 2 : 34,35). O encontro de Maria com Simeão . Novamente Maria precisaria se ajustar aos
acontecimentos que o futuro lhe reservava.
F) Veremos que em (Lc 2 : 41-52) : Maria precisa começar a viver uma nova fase de ajustes. Jesus completara
12 anos; era menino, mas agia como adulto. A família voltava da festa da páscoa; depois de caminhar o dia
todo, os pais sentem falta do filho. Procuram-no entre os parentes e amigos... e nada: Jesus sumiu. Só mesmo
quem já ficou alguns minutos a procura de um filho fujão, pode imaginar a agonia da mãe e do pai. Aflitos,
voltam para Jerusalém. O menino, todavia, está no templo, entre os mestres, participando da discussão e
deixando os adultos maravilhados. Os pais estão perplexos. Maria se dirige ao filho: “Filho, por que você nos
fez isto? Seu pai e eu estávamos aflitos, à sua procura”. Jesus responde com duas perguntas : (1ª) “Por que
vocês estavam me procurando ? (2ª) Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai ?”
A) Maria acompanhou o ministério de filho. Desde o primeiro milagre – as pregações de Jesus, as multidões
que O seguiam, sua fama e, como as pessoas O abandonaram, por não compreenderem as palavras dEle, por
não terem a capacidade de vê-lo como o Deus feito homem.
B) É significativo que Maria, que de tão pobre não pode ofertar um cordeiro, na apresentação do filho, alguns
anos depois, presenciaria o próprio filho agora sendo oferecido em sacrifício, como o Cordeiro de Deus para
tirar o pecado do mundo. Chegara o momento da profecia do velho Simeão se cumprir – “uma espada
atravessará a sua alma” – dissera o velho, 33 anos antes, ao tomar o menino em seus braços. E agora, Maria
estava junto à cruz onde o filho fora pregado.
Aplicação : É o mesmo que acontece hoje. Seguir quando tudo vai bem, é fácil; mas somos chamados a tomar a
cruz e seguir os passos do Mestre que morreu por nós; somos chamados a dar a vida por Ele e pela causa.
CONCLUSÃO
Com Maria, uma pecadora como nós, sobre quem brilhou a graça de Deus, aprendemos algumas lições:
(1) Quando nos ajustamos para servir, a fragilidade se transforma em força. Maria, tão frágil, torna-se um dos
mais fortes personagens da história sagrada. Deus não nos chama pelo que somos, mas pelo que podemos nos
tornar.
(2) Devemos nos ajustar para que Jesus brilhe. Não é a beleza do que fazemos que deve aparecer, mas a beleza
do Cristo Ressurreto. Maria é um personagem modesto; todo brilho está na pessoa do Filho.
(3) O servo desaparece, o serviço permanece. A história que está sendo escrita é a de Jesus. Maria participou da
encarnação; não invocamos o nome dela, mas nos inspiramos no seu exemplo.
(4) Maria ajustou-se para estar onde o Senhor queria que ela estivesse. Ela soube ser diferente e fazer diferença,
ela seguiu até o fim. Quem quiser seguir a Jesus, precisa deixar seus interesses pessoais.
(5) Quanto maior o desafio, maiores as bênçãos. Maria se arriscou para obedecer e viver a vontade de Deus,
mas se tornou a mais privilegiada e a mais feliz entre todas as mulheres do mundo.
(6) Quem se dispõe a viver para Jesus deve estar pronto a caminhar até a cruz. Maria esteve junto à cruz do
filho. As pisadas do mestre nos levam à cruz; devemos nos ajustar para seguir rumo ao Calvário.
Apelo final : Estarmos mais perto da cruz é o desafio. Que o Senhor nos abençoe. Amém