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PRIMEIRA INSTRUÇÃO DO GRAU DE COMPANHEIRO MAÇOM.

Felipe Cruz Fernandes

O ingresso do Companheiro Maçom no Templo de Salomão, onde apresenta a riqueza e


pureza de detalhes e simbolismo. As duas grandes Colunas na entrada do Templo,
apresentando suas medidas que demonstram toda sua imponência e importância.
Ambas ocas, a fim de serem guardadas as escrituras e registros da Fraternidade,
ornadas de pureza, inocência, abundância e fertilidade e conexas pela Unidade da
Ordem e pela União e Harmonia entre os irmãos.

Em seus cumes brilham os globos terrestre e celeste, simbolizando a


Universalidade Maçônica, sendo postas uma no Norte e outra ao Sul para
recordarem a todos os suplícios e a redenção de seus antepassados.

Ultrapassando as colunas, chega-se aos pés da Escada em Caracol, onde


lhes aguarda o irmão 1.º vigilante, que verifica a regularidade maçônica e a
aptidão do companheiro maçom em prosseguir sua jornada.

Na escada caracol observa-se a existência de três lances onde se compunha


o primeiro por 3 degraus, o segundo por 5 e o terceiro e último sendo composto
por 7 degraus. A qual simboliza a formação de uma loja, onde 3 a governam, 5 a
constituem e 7 a tornam Justa e Perfeita. Significam, ainda, os 3 Grão-Mestres
que construíram o templo de Jerusalém, as 5 ordens arquitetônicas e as 7
grandes artes e ciências.

A escada em caracol simboliza o caminho tortuoso no qual o Companheiro


Maçom deverá percorrer e persistir em seu desenvolvimento e aprimoramento
humano, buscando a perfeição e justeza necessária a ser exaltado.

A passagem para o grau Companheiro vem nos trazer uma reflexão de


nossa segunda iniciação na Maçonaria: a Elevação. Retomando as cinco viagens
a que somos submetidos, com nossa expressa concordância, nos mostra a
importância de nosso desenvolvimento moral e intelectual para guiar nossas
ações. Se em nossa iniciação como aprendiz fazemos nossas três viagens com as
mãos vazias e sem ver a luz, agora fazemos com os olhos abertos, e com as mãos
segurando poderosos instrumentos de construção social.

No entanto, tais instrumentos e tal luz de nada servirão se não soubermos


construir a nós mesmos, nos desvencilhando da vaidade e do senso de
oportunidade, devemos emanar a solidariedade e o amor fraternal. Se a luz que
nos atingiu não puder ser refletida em nossa alma, os instrumentos que
carregamos durante a viagem e que encontramos dispostos no templo quando
somos iniciados aprendizes maçons, não servirão para nada.
A efetividade deles depende de nossa pronta disposição moral. Esta última,
por sua vez, é filha de nossa aspiração pela liberdade que nos levou a aceitar de
bom grado por nossa própria vontade o trabalho, a disciplina, o estudo e a busca
constante pelo aperfeiçoamento moral.

Nesta nova fase de nossa escalada maçônica o que está sendo posto à prova
por nós mesmos e para nós mesmos é o que somos capazes de oferecer à
Maçonaria, não como sacrifício, apenas como mera consciência do que deve ser
feito. Plena consciência de nossa liberdade e de seu significado pleno, que vai
para muito além da satisfação total do indivíduo, alcançando nosso
compromisso voluntário com os bons costumes, ou seja, com a partilha de
nossas ações e de suas consequências. A consciência da descrição dos nossos
atos, não é apenas uma forma sigilosa de agir, ou um estilo, mas antes de tudo
uma disposição moral forjada pelo estudo e pela disciplina de nossa alma.

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