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JUL 2003 NBR 14968

Válvula-gaveta de ferro fundido


nodular com cunha emborrachada -
Requisitos

Origem: Projeto 04:009.18-013-2003


ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
Exemplar para uso exclusivo - COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB - 00.082.024/0001-37

CE-04:009.18 - Comissão de Estudo de Válvulas de Ferro Fundido para


Saneamento Básico
NBR 14968 - Ductile iron gate valve with rubber coated gate - Requirements
Descriptors: Register. Gate valve. Rubber coated gate
Esta Norma é baseada na ISO 7259:1988
Válida a partir de 01.09.2003
Incorpora Errata nº 1 de OUT 2003
© ABNT 2003
Todos os direitos reservados Palavras-chave: Registro. Válvula-gaveta. 14 páginas
Cunha emborrachada

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Classificação
5 Requisitos gerais
6 Requisitos específicos
7 Exames e métodos de ensaio de recebimento
8 Verificação dos requisitos de qualidade do produto acabado
ANEXO
A Controle do processo de fabricação
Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma contém o anexo A, de caráter informativo.

1 Objetivo

1.1 Esta Norma especifica os requisitos exigíveis para fabricação, inspeção e aceitação de válvulas-gaveta de ferro fundido
nodular ou ferro dúctil ou ferro fundido com grafita esferoidal, com cunha emborrachada, para uso geral no bloqueio de
fluxo de fluidos em instalações de saneamento.

1.2 Esta Norma se aplica a válvulas de pressão nominal PN 16.

1.3 Esta Norma se aplica a válvulas de diâmetros nominais: DN 50, 75, 80, 100, 125, 150, 200, 250, 300, 350 e 400.

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2 NBR 14968:2003

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda Norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5601:1981 - Aços inoxidáveis - Classificação por composição química - Padronização

NBR 5647-1:1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta
elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Parte 1: Requisitos gerais

NBR 5647-2:1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos e conexões de PVC 6,3 com junta
elástica e com diâmetros nominais até DN 100 - Parte 2: Requisitos específicos para tubos com pressão nominal
PN 1,0 MPa

NBR 6916:1981 - Ferro fundido nodular ou ferro fundido com grafita esferoidal - Especificação

NBR 7663:1991 - Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado, para canalizações sob pressão - Especificação
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NBR 7665:1999 - Sistemas para adução e distribuição de água - Tubos de PVC12 DEFOFO com junta elástica -
Requisitos

NBR 7675:1988 - Conexões de ferro fundido dúctil - Especificação

NBR 10285:1988 - Válvulas - Terminologia

NBR 12430:1998 - Válvula-gaveta de ferro fundido nodular

NBR 13747:1996 - Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil - Tipo JE2GS - Especificação

ISO 1083:1987 - Spheroidal graphite cast iron - Classification

ISO 5752:1982 - Metal valves for use in flanged pipe systems - face-to-face and center-to-face dimensions

ASTM A 153:1995 - Standard specification for zinc coating (hot-dip) on iron and steel hardware

ASTM A 307 - Standard specification for carbon steel externally threaded standard fasteners

ASTM D 2000:1995 - Standard classification systems for rubber products in automotive applications

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 10285 e as seguintes:

3.1 válvula-gaveta com cunha emborrachada: Válvula-gaveta para instalações hidráulicas de saneamento, destinada à
utilização somente na posição totalmente aberta ou totalmente fechada. Constitui-se de um corpo no interior do qual uma
cunha, ou gaveta, revestida com elastômero se desloca, acionada por uma haste não ascendente, para fechar ou abrir
totalmente a passagem da válvula.

3.2 cunha emborrachada: Tipo de cunha feita de uma peça maciça com um revestimento de elastômero.

4 Classificação

Para os efeitos desta Norma, as válvulas-gaveta com cunha emborrachada podem ser classificadas quanto ao tipo de
extremidades, distância entre faces e tipo de acionamento.

4.1 Quanto ao tipo de extremidades, as válvulas-gaveta com cunha emborrachada classificam-se em:

a) válvulas com bolsas de junta elástica para tubulações de ferro fundido (aplicáveis também em tubulações de PVC
DEFOFO);

b) válvulas com bolsas para tubulações de PVC com junta elástica;

c) válvulas com flanges.

4.2 Quanto à distância entre faces, as válvulas-gaveta com cunha emborrachada classificam-se em:

a) corpo curto (série 14 da ISO 5752);

b) corpo longo (série 15 da ISO 5752).

4.3 Quanto ao tipo de acionamento, as válvulas-gaveta com cunha emborrachada classificam-se em:

a) válvulas com acionamento através de volante ou de cabeçote com ou sem mecanismo de redução;

b) válvulas com acionamento comandado através de sistemas eletromecânicos, hidráulicos ou pneumáticos.

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5 Requisitos gerais

As válvulas-gaveta com cunha emborrachada fabricadas de acordo com esta Norma devem atender às condições
estabelecidas em 5.1 a 5.6.

NOTA - Válvulas-gaveta empregadas em instalações hidráulicas de saneamento não devem ser instaladas como válvulas de controle e,
assim, em condições normais de uso, devem ter suas cunhas totalmente abertas ou totalmente fechadas.

5.1 Controle do processo de fabricação

O fabricante deve planejar, estabelecer, implementar e manter atualizado um controle de processo de fabricação,
conforme anexo A, que envolva os fornecedores de matérias-primas e componentes, capaz de assegurar que as válvulas
produzidas estejam de acordo com esta Norma e satisfaçam as expectativas dos usuários finais.

Caso o fabricante não possua um controle de processo de fabricação conforme anexo A, a inspeção de recebimento do
produto acabado deve ser efetuada de acordo com 8.1.2.

5.2 Materiais
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5.2.1 Corpo, tampa, suporte e porca de fixação

O ferro fundido nodular empregado para a fabricação do corpo, da tampa, do suporte e da porca de fixação deve estar de
acordo com a NBR 6916, tipo FE 42012. Alternativamente, podem ser empregados os ferros fundidos nodulares
tipo 400-15 ou 450-10 da ISO 1083 (GGG40).

NOTA - As propriedades mecânicas dos corpos das válvulas devem ser verificadas conforme a NBR 6916. Para os tipos 400-15 ou
450-10, valem as exigências da ISO 1083.

5.2.2 Cunha

A cunha deve ser fabricada em ferro fundido nodular conforme NBR 6916, tipo FE 42012, ou ISO 1083,
tipo 400-15 (GGG40) ou 450-10, e revestida com elastômero sintético atóxico EPDM ou NBR.

5.2.3 Haste

A haste deve ser fabricada de aço inoxidável ABNT 410 ou ABNT 420, conforme NBR 5601, fabricada em peça única sem
soldas ou emendas.

5.2.4 Bucha da haste

A bucha da haste deve ser fabricada em bronze ou latão, com um teor máximo de 5% de chumbo.

5.2.5 Porca de manobra

A porca de manobra deve ser fabricada em bronze ou latão, com um teor máximo de 5% de chumbo.

5.2.6 Elementos de vedação entre a bucha e a haste

Os elementos de vedação entre a bucha e a haste devem ser fabricados em elastômero.

5.2.7 Placa de identificação

A placa de identificação deve ser de aço inoxidável ou de alumínio e ser fixada ao corpo da válvula de forma segura.

5.3 Disposições construtivas

5.3.1 Corpo e tampa

5.3.1.1 Espessura

A espessura do corpo e da tampa deve ser projetada de tal forma que o conjunto suporte uma pressão hidrostática
interna de 3,2 MPa, cuja verificação deve ser efetuada quando da qualificação da válvula.

5.3.1.2 Manutenção com a rede em carga

Todas as válvulas devem ser projetadas de modo a permitir a substituição dos elementos de vedação entre a bucha e a
haste, estando totalmente abertas e sujeitas à pressão durante as operações de manutenção.

5.3.1.3 Ensaio de estanqueidade do corpo bruto

Antes da aplicação do revestimento, todos os corpos de válvulas devem ser submetidos a um ensaio hidrostático de
2,4 MPa ou pneumático de 0,30 MPa, como parte do processo de fabricação, sem que apresentem vazamento.
Os resultados destes ensaios devem constar nos relatórios de controle do processo de fabricação.

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5.3.1.4 Fixação da tampa ao corpo

A fixação da tampa ao corpo pode ser feita com ou sem o emprego de parafusos.

Caso não sejam empregados parafusos, a vedação deve ser assegurada por efeito autoclave.

Quando empregados parafusos, estes devem ser do tipo Allen de aço inox AISI A-304, sem porcas e embutidos na tampa e
no corpo.

5.3.2 Haste e porca de manobra

A porca de manobra deve ter uma altura de no mínimo uma vez o diâmetro da haste correspondente.

A haste deve ser não ascendente e construída de tal forma que suporte o torque de resistência estabelecido na tabela 5 e
permita a troca dos elementos de vedação conforme 5.3.1.2.

5.3.3 Extremidades

5.3.3.1 Flanges

Os flanges devem estar de acordo com a NBR 7675 podendo ter furações correspondentes às PN 10 e PN 16.
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Preferencialmente, os flanges devem ser fabricados com ressalto.

NOTAS

1 As extremidades dos flanges devem ter acabamento superficial compatível com as condições de estanqueidade a assegurar.

2 As arruelas de borracha de face plena, quando fornecidas em conjunto com a válvula-gaveta, devem ser confeccionadas com elastômero
4AA610A13B13EA14 da ASTM D 2000.

3 Para os casos em que sejam empregados flanges para pressões nominais iguais ou superiores a PN 16, recomenda-se o emprego de
arruelas de amianto grafitado de face plena.

4 Os parafusos de cabeça sextavada, as porcas sextavadas e as arruelas para fixação de flanges, fornecidos em conjunto com a válvula-
gaveta, devem ser de aço ABNT 1020 ou ASTM A 307, galvanizados a fogo conforme ASTM A 153, classe C, ou de aço inox AISI A-304.

5 A quantidade de parafusos a serem fornecidos depende do número de furos dos flanges, devendo ser fornecidas uma porca e
duas arruelas para cada parafuso.

5.3.3.2 Bolsas

As bolsas devem estar de acordo com a NBR 13747 para tubulações de ferro fundido e de acordo com a NBR 7663 ou
NBR 7675 (aplicáveis também em tubulações de PVC12 DEFOFO conforme NBR 7665) ou NBR 5647-1 e NBR 5647-2
para tubulações de PVC com junta elástica.

NOTA - Todas as válvulas com bolsas devem ser fornecidas com os respectivos anéis de borracha.

5.3.4 Revestimento

Todos os elementos de ferro fundido devem ser revestidos interna e externamente com pintura epóxi a pó, conforme 6.1.4.
O revestimento deve apresentar polimerização adequada e ser resistente aos impactos inerentes ao transporte, manuseio,
instalação e operação da válvula. Ele deve ainda proporcionar uma proteção contra a corrosão mesmo quando a válvula
estiver enterrada.

O revestimento deve ser compatível com o uso em água potável e atender às regulamentações específicas. O fabricante da
válvula deve possuir os certificados dos fabricantes das tintas de que elas são adequadas para aplicações em contato com
água potável.

NOTA - Antes da aplicação do revestimento todos os corpos de válvulas devem ser submetidos a um ensaio hidrostático de 2,4 MPa ou
pneumático de 0,30 MPa, como parte do processo de fabricação. Os resultados desses ensaios devem constar nos registros do fabricante.

5.3.5 Manobra

O fechamento da válvula deve se dar quando a haste for girada no sentido horário. O fabricante deve indicar em sua
documentação o número de voltas que devem ser efetuadas para seu fechamento ou abertura.

5.3.6 Estanqueidade entre a bucha e a haste

A estanqueidade entre a bucha e a haste deve ser assegurada por um mínimo de dois anéis toroidais.

5.3.7 Passagem da válvula


As válvulas devem apresentar passagem plena quando totalmente abertas.

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5.4 Marcação

As válvulas devem trazer no corpo as seguintes marcas de identificação em relevo:

a) diâmetro nominal - DN;

b) pressão nominal - PN 16;

c) identificação padronizada do ferro fundido nodular - SG ou GGG40 ou GJS ou FE 42012;

d) nome ou marca de identificação do fabricante e marca de identificação da fundição, quando for o caso;

e) simbolização do ano de fabricação (dois últimos algarismos).

Outras referências devem ser indicadas em placa de identificação (conforme 5.2.7), como, por exemplo, o número
desta Norma, a pressão nominal dos flanges etc.
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5.5 Documento de compra

O documento de compra deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) número desta Norma;

b) série à qual a válvula pertence: 14 ou 15, ou corpo curto ou corpo longo (conforme 6.1.2);

c) diâmetro nominal;

d) furação necessária, quando for o caso: PN 16/10, ou PN 10 ou PN 16;

e) tipo de extremidade: flanges conforme 5.3.3.1 ou bolsas conforme 5.3.3.2;

f) tipo de acionamento (volante, cabeçote etc.);

g) dados sobre condições de uso (fluido, temperatura, abrasão, agressividade química etc.);

h) outras especificações (circuito de alívio de pressão, dreno, indicador de abertura etc.);

i) indicação ou não de inspeção por parte do comprador;

j) quando solicitada a inspeção de recebimento, indicar quais dos exames e ensaios previstos em 7.1, 7.2 e 7.3
devem ser realizados. Quando não indicados, devem ser realizados apenas os exames previstos em 8.1.1 ou
8.1.2, conforme o caso.

5.6 Acondicionamento para expedição

As cunhas devem estar em posição aberta e as extremidades das válvulas devem estar protegidas contra choques e
entrada de corpos estranhos por um dispositivo facilmente removível.

6 Requisitos específicos

6.1 Dimensões e tolerâncias

6.1.1 Flanges

As dimensões dos flanges devem estar de acordo com a NBR 7675.

6.1.2 Face a face

As dimensões face a face das válvulas flangeadas devem estar de acordo com a tabela 1.

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Tabela 1 - Dimensões e tolerâncias do face a face de válvulas flangeadas

Dimensões em milímetros
Corpo curto (série 14) Corpo longo (série 15)
DN
Face a face Tolerância Face a face Tolerância
50 150 +2 250 +2
75 180 +2 275 +3
80 180 +2 280 +3
100 190 +2 300 +3
125 200 +2 325 +3
150 210 +2 350 +3
200 230 +2 400 +3
250 250 +2 450 +3
300 270 +3 500 +3
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350 290 +3 550 +4


400 310 +3 600 +4

6.1.3 Tolerâncias de desvio de paralelismo (t) entre faces de flanges


Os desvios de paralelismo devem se situar nas tolerâncias definidas na tabela 2.

Figura 1 - Esquema de verificação da tolerância de paralelismo

Tabela 2 - Valores de “t”

DN
Tolerâncias de paralelismo “t”
Acima de Até mm

0 250 0,4

250 400 0,6

NOTA - Essas tolerâncias são válidas apenas para as faces de flanges usinadas.

6.1.4 Acabamento superficial e revestimento


As peças fundidas devem ser isentas de porosidades, cavidades produzidas por gases, bolhas, depressões, rebarbas,
inclusões de areia e escamas de oxidação.
As superfícies usinadas devem apresentar acabamento uniforme e isento de arranhões, cortes, mossas, rebarbas e cantos
vivos.
As superfícies dos componentes de ferro fundido, após liberação pela inspeção do comprador ou pelo controle da qualidade
da fábrica, devem ser revestidas de acordo com 5.3.4.
Os parâmetros indicados em 6.1.4.1, 6.1.4.2 e 6.1.4.3 devem ser verificados de acordo com o indicado na tabela 9.

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6.1.4.1 Espessura
O revestimento deve ter espessura mínima de 150 micra, cuja verificação pode ser feita através de aparelho de ultrasom.

6.1.4.2 Polimerização

A verificação da polimerização do revestimento deve ser feita, através da aplicação de um pedaço de pano branco
embebido em solvente (metil-isobutil-cetona), friccionando-o levemente por 5 s sobre a superfície da válvula. Após este
procedimento, o pano branco não deve apresentar coloração e o revestimento aplicado não deve sair ou tornar-se opaco.

6.1.4.3 Resistência ao impacto

O revestimento dos corpos de válvulas deve resistir a um impacto de um dispositivo de aço com uma ponta de impacto
semi-esférica de (23 ± 0,1) mm de diâmetro, com uma energia de 5 J, sem apresentar descolamento, fissuras ou
cisalhamento.

6.1.5 Diâmetro da haste

O diâmetro mínimo da haste na parte cilíndrica lisa deve obedecer ao estabelecido na tabela 3.
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Tabela 3 - Diâmetro mínimo da haste

DN Diâmetro mínimo da haste


mm

50 17

75 17

80 17

100 21

150 21

200 27

250 27

300 27

350 30

400 36

6.1.6 Dimensões do volante e cabeçote

As dimensões dos volantes ilustrados na figura 2 e cabeçotes ilustrados na figura 3 devem obedecer à tabela 4.

Figura 2 - Volante - Cotas de referência

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Figura 3 - Cabeçote - Cotas de referência

Tabela 4 - Dimensões de cabeçote e volante

Diâmetro da haste E F G
mm
De 17 a 21 12 14 23

De 21 a 27 15 18 28

De 27 a 30 17 20 30

De 30 a 36 22 26 40

Acima de 36 26 31 45

6.2 Características funcionais

6.2.1 Características hidráulicas

Para cada modelo diferente de válvula e para cada DN considerado, o fabricante deve indicar em sua documentação as
suas características funcionais:

- a taxa de vazamento zero, quando o obturador estiver fechado;

- o coeficiente de vazão, com a válvula totalmente aberta Kv;

- o coeficiente de perda de carga P.

6.2.2 Torque máximo de manobra

6.2.2.1 O torque de manobra na haste da válvula, sem redutor, pode no máximo atingir os valores estabelecidos pela
tabela 5, estando a válvula na posição fechada e sob pressão diferencial igual à pressão máxima de trabalho.

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Tabela 5 - Torque máximo de manobra


DN N.m
50 60
75 75
80 75
100 100
125 125
150 150
200 200
250 250
300 300
350 350
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400 400

6.2.2.2 O volante deve ser dimensionado de forma a possibilitar a manobra com uma força máxima, aplicada pelo
operador, de 400 N, estando a válvula na posição fechada e sob pressão diferencial igual à pressão máxima de trabalho.
6.2.3 Torque de resistência
A válvula deve ser projetada para suportar o torque indicado na tabela 6, aplicado na sua haste, sem redutor.
Tabela 6 - Torque mínimo de resistência

DN Torque mínimo de resistência


N.m
50 180
75 225
80 225
100 300
125 375
150 450
200 600
250 750
300 900
350 1 050
400 1 200

6.3 Pressão máxima de trabalho


A pressão máxima de trabalho a 60°C é de 1,6 MPa.
6.4 Estanqueidade de corpo e sede
As válvulas devem suportar os ensaios de estanqueidade do corpo e da sede descritos em 7.2.
7 Exames e métodos de ensaios de recebimento
7.1 Exames
Durante a inspeção de recebimento, deve-se verificar se as válvulas atendem a todos os requisitos indicados nas
seções 5 e 6 e, para tanto, deve ser desmontada pelo menos uma válvula por diâmetro nominal (DN) de cada lote
apresentado.
7.1.1 Exame visual
Durante o exame visual as válvulas devem ser verificadas de acordo com os requisitos indicados na seção 4 e em
5.3.1.4, 5.3.4, 5.3.5, 5.3.7, 5.4 e 6.1.4.
7.1.2 Exame dimensional
Durante o exame dimensional as válvulas devem ser verificadas de acordo com os requisitos indicados em 6.1.

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7.2 Ensaios hidrostáticos

Todas as válvulas aprovadas no exame visual e dimensional, revestidas conforme 5.3.4, devem ser ensaiadas, com água,
pelo fabricante, conforme 7.2.1 e 7.2.2, como parte normal de seu processo de fabricação.

As pressões do ensaio hidrostático devem ser atingidas gradativamente e não deve haver ar preso dentro das partes da
válvula sujeitas ao ensaio.

Os períodos de duração mínima dos ensaios hidrostáticos de corpo e de sede devem ser de acordo com a tabela 7.

Tabela 7 - Duração mínima dos ensaios hidrostáticos de corpo e sede

DN Período
s

50 a 80 30

100 a 150 60
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200 a 300 120

350 a 400 240

7.2.1 Ensaio de estanqueidade do corpo

O ensaio de estanqueidade do corpo deve ser efetuado com as extremidades da válvula fechadas e a cunha na posição
totalmente aberta, aplicando-se na válvula uma pressão de 2,4 MPa. Recomenda-se que sejam dadas pelo menos duas
voltas na haste no sentido do fechamento, enquanto a válvula estiver pressurizada.
Durante o ensaio não são admitidos vazamentos ou exsudações.
7.2.2 Ensaio de estanqueidade da sede
Com a cunha fechada, deve ser aplicada uma pressão hidrostática diferencial de 1,8 MPa entre as extremidades.
Este ensaio deve ser realizado em ambos os lados da sede.
O torque de fechamento aplicado diretamente na haste da válvula, capaz de garantir estanqueidade, deve no máximo
atingir os valores fixados na tabela 5.
Não se admite vazamento na sede durante a realização deste ensaio.
O torque de abertura aplicado diretamente na haste da válvula, estando a cunha da válvula sob pressão diferencial igual à
pressão máxima de trabalho, deve no máximo atingir os valores fixados na tabela 5.
Durante a execução destes ensaios, deve ser empregado um torquímetro ou outro instrumento calibrado, para a verificação
dos torques de abertura e de fechamento, conforme o caso.
7.3 Ensaios de qualidade
Os ensaios de qualidade devem ser realizados para a qualificação das válvulas. Devem ser realizados novamente sempre
que for feita uma modificação na concepção ou projeto da válvula. Os ensaios de qualidade são considerados os seguintes:
a) ensaio de resistência do corpo e da tampa;
b) ensaio de resistência ao uso;
c) ensaio hidrodinâmico.
7.3.1 Resistência do corpo e da tampa
As válvulas-gaveta com cunha emborrachada devem ser projetadas para suportarem a pressão de ensaio hidrostático de
acordo com o indicado em 5.3.1.1.
7.3.2 Método de ensaio de resistência ao uso
As válvulas-gaveta com cunha emborrachada devem ser projetadas para suportarem os torques da tabela 6, aplicados
sobre as suas hastes, sem utilização de redutor.
A válvula deve ser montada de tal maneira que possa ser aplicada na cunha uma pressão hidrostática interna
de 1,6 MPa.
Com a cunha em posição de fechamento total, deve ser efetuado um primeiro ensaio, aplicando-se o torque de resistência
indicado na tabela 6, de forma progressiva, sobre a haste da válvula, para se verificar a resistência dos componentes da
válvula.

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Com a cunha em posição de abertura total, deve ser efetuado um novo ensaio, sem qualquer pressão hidrostática interna,
aplicando-se o mesmo torque.

Após a execução de cada ensaio, deve ser verificada a ocorrência de danos estruturais, não sendo admitida nenhuma
deformação permanente na válvula (corpo, parafusos, haste etc.).

Após as verificações, o corpo-de-prova que se apresente em condições deve ser submetido novamente aos ensaios
hidrostáticos de corpo e de sede, conforme 7.2.

7.3.3 Ensaio hidrodinâmico

A válvula-gaveta deve ser instalada em uma tubulação de tal forma que seja possível simular o seu futuro funcionamento.

Estando a válvula aberta e fazendo-se escoar água através dela, sob pressão mínima de 80% da pressão de trabalho, a
vazão mínima dever ser conforme a tabela 8.

Tabela 8 - Vazões mínimas no ensaio hidrodinâmico


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DN Vazão mínima
L/s
50 1,5
75 2,2
80 2,5
100 3,9
125 3,9
150 8,8
200 15,7
250 15,7
300 15,7
350 15,7
400 15,7

Exige-se neste ensaio a realização de 300 ciclos completos (de abertura e fechamento da válvula).

A válvula, na posição fechada, deve suportar uma pressão diferencial na gaveta igual à pressão de trabalho, sendo que,
na posição aberta, admite-se uma pressão de no mínimo 80% da pressão de trabalho.

Os torques de manobras devem ser limitados aos valores indicados na tabela 5.

Durante a realização do ensaio, não são admitidos vazamentos ou exsudações, rupturas de peças ou qualquer outro
defeito que comprometa o bom desempenho da válvula.

O ensaio hidrodinâmico deve ser interrompido após a conclusão dos 300 ciclos completos de abertura e de fechamento.

Após a conclusão do ensaio hidrodinâmico, o corpo-de-prova ensaiado deve ser submetido ao ensaio de estanqueidade
de sede conforme 7.2.2.

7.4 Exames e ensaios durante a fabricação

Os exames e ensaios durante a fabricação devem ser efetuados pelo fabricante conforme a tabela 9.

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Tabela 9 - Exames e ensaios durante a fabricação

Item Ensaio Tamanho da amostra Periodicidade dos Método de ensaio


ensaios

Metal Por corrida Cada corrida Metalografia

100% do lote de
Fundido Estanqueidade do corpo Permanente 5.3.1.3
fabricação
100% do lote de Verificação visual e
Visual e dimensional Permanente
fabricação dimensional
Dois corpos por lote Cada lote de fabricação
Espessura da camada 6.1.4.1
de fabricação
Dois corpos por lote Cada lote de fabricação
Revestimento Polimerização 6.1.4.2
de fabricação
do corpo
Dois corpos por lote Cada lote de fabricação
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Resistência ao impacto 6.1.4.3


de fabricação
100% do lote de 4, 5.3.1.4, 5.3.4,
Visual Exame visual Permanente
fabricação 5.3.5, 5.3.7, 5.4 e
6.1.4
Diâmetro do flange,
espessura do flange, Tres peças por DN Mensal 6.1
diâmetro do furo e centro
de furação
Dimensional
Paralelismo, espessura de
parede, face a face, Três peças por DN Semestral 6.1
diâmetro de haste,
dimensões das bolsas
Ensaios 100% do lote de
Corpo e sede Permanente 7.2
hidrostáticos fabricação

Resistência do corpo e Cada alteração do


Ensaios de tampa, resistência ao uso Uma peça por DN projeto ou durante a
qualificação da válvula 7.3
qualidade
Anual, ou a cada
Hidrodinâmico Uma peça por DN alteração do projeto ou
durante a qualificação 7.3.3
da válvula
NOTAS
1 Os ensaios periódicos para um determinado DN devem ser realizados somente se tiver sido produzido algum lote de válvulas
neste DN.

2 Os relatórios destes exames e ensaios devem ser arquivados pelo fabricante como evidência da conformidade.

8 Verificação dos requisitos de qualidade do produto acabado


O fabricante e o comprador devem estabelecer, em comum acordo, a forma como deve ser feita a verificação dos requisitos
da qualidade dos produtos, se por verificação do controle do processo de fabricação de acordo com o anexo A ou por
inspeção de recebimento conforme previsto em 8.1, sendo que as válvulas ensaiadas e aprovadas fazem parte do lote a
ser entregue.

8.1 Inspeção de recebimento

8.1.1 Inspeção de recebimento em unidades fabris com controle de processo de fabricação, de acordo com o
anexo A

Durante as operações de recebimento em unidades fabris com controle de processo de fabricação de acordo com o anexo
A, o órgão inspetor, comprador ou seu representante deve verificar os relatórios dos ensaios de qualidade previstos em 7.3,
após o que devem ser realizados o exame e o ensaio indicados em 8.1.1.1 e 8.1.1.2.

8.1.1.1 Exame visual e verificação dimensional

Realizado conforme 7.1, com amostragem de acordo com a tabela 10.

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8.1.1.2 Ensaio hidrostático


Realizado conforme 7.2, com amostragem de acordo com a tabela 10.

8.1.2 Inspeção de recebimento em unidades fabris sem controle de processo de fabricação, de acordo com o
anexo A
Durante as operações de recebimento na presença do comprador, seu representante ou órgão inspetor, devem ser
realizados todos os exames e ensaios previstos em 7.4. Caso as amostras e corpos-de-prova sejam aprovados, devem
ser realizados os exames e ensaios solicitados em 8.1.2.1 a 8.1.2.4.

8.1.2.1 Exame visual e verificação dimensional


Realizados conforme 7.1, com amostragem de acordo com a tabela 10.

NOTA - No caso de fabricante sem controle de processo de fabricação, deve ser examinado 100% do lote.

8.1.2.2 Ensaio hidrostático


Realizado conforme 7.2, com amostragem de acordo com a tabela 10.
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NOTA - No caso de fabricante sem controle de processo de fabricação, deve ser examinado 100% do lote.

8.1.2.3 Ensaio de resistência ao uso


Realizado conforme 7.3.2, com amostragem de acordo com a tabela 11.

8.1.2.4 Ensaio hidrodinâmico


Realizado conforme 7.3.3, com amostragem de acordo com a tabela 11.

Tabela 10 - Amostragem para exames visual e dimensional e ensaios de estanqueidade do corpo e da sede

Tamanho do lote Amostras Aceitação Rejeição

2a8 2 0 1

9 a 15 3 0 1

16 a 25 5 0 1

26 a 50 8 0 1

51 a 90 13 1 2

91 a 150 20 2 3

151 a 280 32 3 4

281 a 500 50 5 6

501 a 1 200 80 8 9

Tabela 11 - Amostragem para ensaio de verificação da resistência ao uso e ensaio hidrodinâmico

Tamanho do lote Amostras Aceitação Rejeição

2 a 15 2 0 1

16 a 25 3 0 1

26 a 90 5 0 1

91 a 150 8 1 2

151 a 500 13 2 3

501 a 1 200 20 3 4
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/ANEXO A
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Anexo A (informativo)
Controle do processo de fabricação

A.1 Verificação do controle do processo de fabricação

A.1.1 O comprador pode utilizar equipe própria ou uma entidade neutra, para qualificar o fabricante ou efetuar auditoria
específica.

A.1.2 O fabricante deve colocar à disposição do comprador ou entidade neutra, auditor ou inspetor, os documentos do seu
controle do processo de fabricação, tais como os procedimentos e relatórios.

A.1.3 O comprador ou seu representante deve avaliar o controle de processo de fabricação e os recursos técnicos para a
fabricação das válvulas, de acordo com os requisitos estabelecidos nesta Norma, manifestando-se formalmente sobre a
sua aprovação ou rejeição, conforme o caso.

A.1.4 O comprador ou seu representante deve efetuar auditorias periódicas, para assegurar-se de que o fabricante de
válvula cumpre os procedimentos estabelecidos em A.1.5.

A.1.5 O fabricante deve ter uma metodologia documentada, estabelecendo no mínimo a organização e os procedimentos
no que diz respeito a:
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a) garantia do desempenho das válvulas e de um processo de fabricação adequado através de exames e ensaios previstos
em 7.4;

b) inspeção, recebimento e estocagem de componentes e matérias-primas;

c) controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios;

d) planejamento da inspeção e ensaios dos produtos;

e) disposição final de produtos não conformes;

f) ações corretivas;

g) marcação e rastreabilidade;

h) armazenamento, manuseio, embalagem e expedição do produto final;

i) guarda dos registros da qualidade.

A.1.6 Verificação dos requisitos da qualidade

A.1.6.1 No caso de o comprador estabelecer que deve ser feita uma verificação do controle do processo de fabricação para o
recebimento dos produtos, esta verificação deve incluir no mínimo o estabelecido em A.1.6.2 e A.1.6.3.

A.1.6.2 O comprador ou seu representante deve verificar se o fabricante tem condições de produzir as válvulas de acordo com
os requisitos desta Norma.

A.1.6.3 Dependendo de acordo prévio, esta verificação pode ser feita pelo próprio comprador ou através de uma entidade
neutra, conforme A.1.1, sendo necessário seguir as seguintes etapas:

a) deve ser verificado o controle do processo de fabricação do fabricante;

b) devem ser realizadas verificações periódicas, ou nos lotes requeridos, para assegurar que o fabricante mantém seu
controle do processo de fabricação e que os produtos estão de acordo com esta Norma.

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