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Autores
aula
07
Governo Federal
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância – SEED
Carlos Eduardo Bielschowsky
1. Cartografia – História. 2. Cartografia – Conceito. 3. Cartografia – Utilização. 4. Dados estatísticos. 5. Simbolismo cartográfico. I
Araújo, Paulo César de. II. Título.
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UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.
Apresentação
Desde o início da civilização, quando os seres humanos sentiram necessidade de
estabelecer contatos e se deslocarem com freqüência, surgiram os problemas de orientação.
Naquele tempo, os meios para resolver esse problema eram extremamente escassos.
Uma primeira solução imaginada seria o estudo do Sol e das estrelas, os quais
despertavam a curiosidade dos astrônomos já nos tempos da civilização assírio-babilônica.
A partir desse estudo, foi possível a identificação com exatidão dos quatro pontos cardeais, o
que se tornaria uma revolução no modo de se localizar. Nesta aula, apresentamos as formas
de orientação mais utilizadas, com destaque para a bússola.
Objetivos
Compreender como surgiram os instrumentos de
1 orientação e sua evolução até os dias atuais.
Já no hemisfério boreal, que se estende do equador ao Pólo Norte, existe uma “estrela
guia”, chamada “estrela Polar”, pertencente à constelação da Ursa Menor, que indica
exatamente a direção norte.
Pontos Cardeais
N NORTE 0°
L LESTE 90º
S SUL 180°
O OESTE 270°
Pontos Colaterais
NE Nordeste 45º
SE Sueste 135º
SO Sudoeste 225º
NO Noroeste 315º
Pontos Sub-Colaterais
NNE Nor-Nordeste 22,5º
ENE Lés-Nordeste 67,5º
ESE Lés-Sueste 112,5º
SSE Su-Sudeste 157,5º
SSO Su-Sudoeste 202,5º
OSO Oés-Sudoeste 247,5º
ONO Oés-Noroeste 292,5º
NNO Nor-Noroeste 337,5º
NO NE
O E
SO SE
N
NNO NNE
NO NE
ONO ENE
O E
OSO ESE
SO SE
SSO SSE
S
Instrumento que sempre aponta para o norte magnético e por isso nos permite navegar,
nos orientando até mesmo dentro de cavernas e matas muito fechadas.
Para isso, foi inventado um instrumento chamado bússola. Ela mostra a direção dos
pólos magnéticos da Terra, os pontos auxiliares e outros pontos intermediários para que
possamos seguir direções bem precisas. Toda bússola apresenta um mostrador com os
pontos cardeais e os pontos auxiliares.
A bússola foi desenvolvida através dos séculos e um avanço considerável foi conseguido
quando se descobriu que uma fina peça de metal podia ser magnetizada, esfregando-a com
minério de ferro.
O passo seguinte foi conseguir envolver e encerrar a agulha num invólucro cheio de ar
e transparente, o chamado invólucro da bússola, estando a agulha protegida dessa forma.
A invenção foi então disseminada pelo mundo por astrônomos e cartógrafos, alcançando
os europeus, indianos e muçulmanos.
Atividade 1
Pesquise e explique detalhadamente o fenômeno que faz a agulha da bússola
apontar constantemente na direção Norte-Sul.
sua resposta
O Norte Magnético para onde a agulha aponta não se situa exatamente no Pólo Norte
definido pelos meridianos, ou seja, no Norte Geográfico. A maioria dos mapas contém
meridianos, linhas orientadas no sentido Norte-Sul, que passam pelo Pólo Norte Geográfico.
Os meridianos são representados por linhas finas geralmente em preto.
A declinação magnética, dessa forma, existe porque o pólo norte e o pólo magnético
não coincidem, assim, podemos defini-la como o ângulo formado entre o Norte Geográfico
e o Norte Magnético, sempre expresso em graus.
S
N
Eixo de Rotação
Figura 5 - Globo terrestre com seus Pólo Norte Magnético e Pólo Norte Geográfico. A distância angular entre os
dois é a declinação magnética.
Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Declina%C3%A7%C3%A30_
Ng Nm
+δ
270 90
180
Figura 6 - Declinação geográfica: Norte Geográfico (Ng), Norte Magnético (Nm) e ângulo de declinação magnético (+δ)
Uma
n declinação positiva ou leste significa que o Norte Magnético está desviado do
Norte verdadeiro no sentido horário. Exemplos: 12°, 10°L e 11°E (east). Uma declinação
negativa ou oeste significa que o Norte magnético está desviado no sentido anti-horário.
Exemplos: -10°, 13°O e 8°W (west).
As cartas devem conter a variação da declinação anual de uma região para que possamos
obter o valor correspondente à data atual. Como fazer isso? É muito simples: multiplica-se
a diferença em anos da data atual e a data em que a carta foi confeccionada pela declinação
anual. Essa declinação varia de acordo com o local do planeta, por exemplo, em certas zonas
do Canadá ultrapassa os 40 graus, mas, na Escandinávia é desprezível.
Convergência meridiana
É a diferença angular entre o Norte Geográfico e o Norte da Quadrícula. Como as
quadrículas das cartas são planas, apenas no meridiano central de cada quadrícula, o Norte
Geográfico coincide com o Norte da Quadrícula.
Atividade 3
Rumo
É o menor ângulo formado entre a linha Norte e Sul e o alinhamento.
0
N30W N30E
N60W N60E
W 90 90 E
S60W S60E
S30W S30E
0
Por convenção, a contagem dos rumos tem como origem o ponto Norte (N) ou o ponto
Sul (S) e a sua variação é de 00 a 900. Portanto, o rumo não possui valor negativo, porém, é
obrigatória a designação do quadrante a que pertence o ângulo azimutal.
Sendo Norte a referência (0º), os rumos crescem no sentido horário, sendo o rumo
Leste (E), 90º, o Sul (S), 180º, o Oeste (W), 270º e Norte (N), novamente 360º. Notações
típicas de rumo são, por exemplo, N030, N190, N230, N320 etc.
Azimute
O azimute é o ângulo formado entre o Norte e o alinhamento. Esse ângulo varia de 0º a
360º e é contado no sentido horário.
360 0
330 30
300 60
W 270 90 E
240 120
210 150
180
Assim, no presente exemplo, dir-se-ia que a direção é N020E e não S020W, embora
esta última a rigor não esteja errada. No entanto, se considerado um rumo, é necessário
referir-se ao Norte ou ao Sul, conforme o caso.
Assim, o rumo N020E é diferente do rumo S020W, embora a direção seja a mesma.
Rumo x azimute
Quando conhecemos os azimutes dos alinhamentos, podemos facilmente, a partir
deles, determinar os rumos correspondentes, através de simples relações geométricas,
bastando para isso obesrvar que:
apartir
n do Norte, os rumos crescem no sentido horário para E, e no anti-horário para W;
a partir
n do Sul crescem no sentido anti-horário para E, e horário para W, como mostra
a figura a seguir.
W E
W E O
O
60° B
Az = 25°
R = 25°NE S Az = 120°
S
R = (180º - 120°) = 60°SE
D 60°
O
W E W E
O
215° 300°
35°
C Az = 215° Az = 300°
S R = 35°SW R = 60°NW
S
Atividade 4
Pesquise e discuta quais são os modelos de bússola que podemos encontrar
no mercado e quais as vantagens desse instrumento em relação a outros como
GPS, por exemplo, em termos de navegação.
Atividade 6
Fazendo a operação inversa, em que queremos seguir num dado rumo,
ajustamos esse rumo na bússola para nos direcionarmos. Usemos o seguinte
exemplo: traçamos uma rota no mapa, com vistas a seguir um rumo de 38
graus. Como obtivemos esse rumo do mapa, ele está dado em relação ao Norte
Geográfico. Em relação ao Norte Magnético, qual valor devemos ajustar na
bússola para observarmos o rumo?
Auto-avaliação
Agora que nós mostramos em linhas bem gerais os princípios de funcionamento
de uma bússola, pesquise e discuta o impacto que a descoberta desse
instrumento de orientação representou para o estudo da ciência geográfica e
para a economia mundial.
Referências
CASTRO, J. F. M. Princípios de cartografia sistemática, cartografia temática e sistema de
informação geográfica. Rio Claro: IGC/UNESP, 1996.
Anotações
Ementa
História, conceituação e utilização da cartografia nos estudos geográficos. O espaço e os problemas da escala e da forma.
Orientação, localização, projeções e fusos horários. Os dados estatísticos; tratamento e representação. O simbolismo
cartográfico e a linguagem dos mapas.
Autores
n Edilson Alves de Carvalho
Aulas
05 Escalas