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Lazer e sociedade: múltiplas relações – Análise Crítica.

1-Introdução.
O lazer: fenômeno que evoluiu com o crescimento da classe proletária, fruto das
transformações econômicas, culturais e espaciais provocadas pela Revolução
Industrial do século XIX. Já no século XX cresceu e valorizou-se, tornando-se um
fenômeno de massa. No início do século XXI o encontramos em pleno processo de
expansão.

O lazer é um conjunto de ocupação às quais o indivíduo pode entregar-se de livre


vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda,
para sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária
ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações
profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 1973)

O lazer é um direito dos cidadãos e é um pré-requisito fundamental para uma vida


saudável. Para grande parte das crianças e adolescentes o lazer é uma constante,
mas, no Brasil, os adultos muitas vezes se esquecem desta parte importante da vida e
dedicam-se demais às atividades produtivas, onde o trabalho, a realização profissional
ou a superposição de atividades remuneradas se tornam uma necessidade e vêm em
primeiro lugar. (LEITE, 1995).

2- Discussão.
O autor aborda alguns temas, são eles:

 Fator Econômico;
 Distribuição do tempo disponível entre as “Classes Sociais”;
 Oportunidades de Acesso à Escola.

Todas acima citadas contribuem para uma apropriação desigual do lazer, chamada de
Barreiras Intercalasse Sociais. São chamadas de barreiras Intraclasse Sociais, as que
sempre têm como fundo o fator econômico, podendo-se distinguir uma série de
aspectos que inibem e dificultam a prática do lazer, são elas:

 Rotina de trabalho das Mulheres desfavorecidas;


 Crianças;
 Idosos.

O Autor coloca que além desses motivos, o plano cultural e uma série de preconceitos
restringe a prática do lazer aos mais habilitados, aos mais jovens e aos que se
enquadram dentro dos padrões estabelecidos de normalidade, assim, dessa forma, a
classe social, o nível de instrução, a faixa etária, o gênero, e outros fatores, limitam as
oportunidades de prática do lazer.

3- Conclusão.
. A educação para o lazer deve ser entendida como um instrumento de defesa contra a
homogeneização e internacionalização de conteúdos veiculados pelos meios de
comunicação de massa, minimizando seus efeitos, através do desenvolvimento do
espírito crítico, conscientizando a ação da prática educativa, propondo a ideia e
fornecendo meios para que as pessoas vivenciem um lazer criativo e gratificante,
tornando possível o desenvolvimento de atividades com um mínimo de recursos, ou
contribuindo para que os recursos necessários sejam reivindicados, pelos grupos
interessados, junto ao poder público.

4- Comentário Pessoal.
A atenção para o estudo do lazer é muito importante, pois durante a leitura percebe-se
que nós o seres humanos nos fechamos a cada dia que passa nos encarceramos;
Muitas vezes como o próprio Autor coloca, nas “Barreiras” que criamos, por exemplo,
a idade, falta de tempo, tarefas diárias, valores, etc.
Outro ponto importante também na leitura foi à questão da falta de oportunidade
cultural, devemos na medida do possível experimentar ou vivenciar um pouco de tudo.
Leitura muito importante, tema excelente e acrescentou muito não só em
conhecimento, mas também em novas visões sobre o assunto lazer.
Creio que durante o segmento da disciplina ficará muito mais simples e interessante
não só debates sobre o assunto, mas ajudará melhor nas dinâmicas.

5- Referências.
MARCELLINO, N. C. (org.). Lazer e sociedade: múltiplas relações. Campinas: Alínea,
2008. p.11-26.

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