Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lazer e Recreação
A Juventude e o Lazer
.
ARARAQUARA - 2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA
Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde
Graduação em Educação Física
Lazer e Recreação
A Juventude e o Lazer
ARARAQUARA – 2014
A Juventude e o Lazer
O lazer proporciona aos jovens uma inclusão social e isso é de suma importância para
este público tendo em vista a precariedade da política social atual, que limita o espaço e
as oportunidades de vivenciar o lazer.
De acordo com Dayrell (2003), diferentes estudos sobre o tema nos transmitem várias
imagens sobre o público jovem e isso interfere na forma como compreendemos estes.
Uma das compreensões mais fortes que estas imagens nos permitem afirmar é que é
nesta fase que se encontra a transição para a fase adulta. Outra forma permitida de
compreensão desta fase é a imagem de um tempo de liberdade e prazer, aliado a um
tempo de experimentações marcado pela irresponsabilidade. A imagem de juventude,
mais recente, nos aparece relacionada ao mundo da cultura, como se as expressões deste
público só se manifestassem aos finais de semana ou quando em ambientes de
atividades culturais. Essas imagens mostram a juventude com num momento de crise e
conflitos, entre alto-estima e personalidade, além do afastamento destes com suas
famílias.
Para Dayrell, é no tempo livre que os jovens constroem suas normas e expressões
culturais, definindo seu modo de ser diferentemente do modo de ser do adulto. Aí esta o
ponto em que o lazer se reafirma como de grande importância e contribuição para esta
fase no campo da construção de identidades, descoberta de potencialidades humanas e
de inserção afetiva nas relações sociais, tornando-se assim, um tempo para
experimentação de novos valores contribuindo para as mudanças sociais e
possibilitando o resgate da cidadania por meio da participação cultural.
Uma pesquisa realizada pelo IBGE aponta a má distribuição dos equipamentos de lazer
em municípios de menor população, afirmando ainda que a melhor distribuição esta
presente em clubes, ginásios esportivos e bibliotecas municipais. O aumento de
equipamentos culturais como provedor de internet e lojas de discos trás novas
possibilidades voltadas para o uso pessoal ou doméstico do lazer, mas com isso, surge
outro tipo de exclusão social por conta da desigualdade de acesso a essas tecnologias.
De acordo com Erikson (apud Bee 1996), o processo de construção de identidade vivido
pelos jovens é inevitável, mas não se tem ao certo o momento em que se inicia a fase da
adolescência e nem quando se torna fase adulta, relatando ainda que, as atividades
vividas na fase da infância já não são suficientes para esta fase de juventude e que assim
se torna necessária á construção de uma nova identidade. Mudanças físicas ocorrem na
proporção para todos nesta fase, porém não ocorrendo o mesmo processo de mudança
no que se refere aos aspectos afetivos, sociais e culturais.
Os jovens são atraídos para as atividades em que ocorre a competição entre os sexos ou
que aparece o elemento aventura e medo do desconhecido, tendo em vista o desafio e a
superação de limites. Sendo assim, cabe ao animador sociocultural se engajar no grupo
entendendo as linguagens culturais e as expressões sociais destes jovens para variar ou
aplicar as atividades da melhor forma possível e de acordo com as influências que os
jovens estão sujeitos.
Referencia
Montagem:
Inicialmente os alunos serão divididos em três grupos, sendo um chamado de RECEPTOR, outro de
APANHADOR (que irão trabalhar em equipe) e o terceiro chamado de CORREDOR (que farão um
trabalho individual). Os receptores serão posicionados a direita e de um lado da quadra, tendo o limite de
seu espaço demarcado com 4 cones (BASES), formando um quadrado. Os apanhadores serão posicionados
do lado oposto (á frente) dos receptores tendo estes o seu limite de espaço demarcado por dois cones, um
que estará posicionado na mesma linha dos cones á direita dos receptores (PONTO DE CHEGADA DOS
CORREDORES), e o outro estará na mesma linha dos cones á esquerda dos receptores. O grupo dos
corredores formará uma fila indiana, tendo um cone á esquerda e entre os receptores e apanhadores,
demarcando o ponto de partida.
A dimensão do espaço a ser utilizado será de acordo com a quantidade de participantes.
Funcionamento:
O primeiro corredor que estará de posse da bola deverá jogá-la para trás, o mais longe possível dos
apanhadores e correr imediatamente em direção as bases para tocá-las e seguir até o ponto de chegada,
devendo desviar-se do alvo dos receptores. No momento em que o corredor jogar a bola os apanhadores
deverão correr para pegá-la e arremessar para os receptores. Os receptores deverão tentar atrapalhar o
corredor de tocar nos cones (não podendo segurar, apenas entrar na frente) e assim que estiverem de posse
da bola deverão tentar queimar o corredor.
Se o corredor for queimado ele deverá permanecer no ultimo cone em que conseguiu tocar e o jogo
reiniciará com o próximo corredor da fila, tendo este que tocar em seu colega de equipe que foi queimado,
durante o seu percurso pelas bases, e livrá-lo para que conclua o percurso.
Os apanhadores e receptores poderão trocar passes entre si como forma de estratégia para queimar o
corredor.
Após a participação de todos os corredores deverá haver um rodízio de posições, no sentido anti-horário,
passando os corredores para a posição dos receptores, os receptores para a posição dos apanhadores e os
apanhadores para a posição dos corredores, fazendo isso até que todos tenham passado por todas as
posições.
Experiências já desenvolvidas:
Quadra de escola.
Outras observações:
NOME DA ATIVIDADE:
ESTRELÃO
Conceito:
Jogo que poderá ser utilizado tanto por profissionais que atuam em escolinhas de esportes, ambientes de
lazer e recreação, quanto em ambiente escolar, podendo ser relacionada com várias modalidades,
contribuindo com as habilidades básicas e que objetiva a inclusão de todos os participantes de forma a não
priorizar um gênero em relação a outro e a proporcionar aos participantes, além da diversão e prazer,
noções básicas do funcionamento da modalidade em que desejar trabalhar.
Descrição:
Atividade que trabalha elementos como: a atenção, o deslocamento rápido, o trabalho em equipe, agilidade
e coordenação motora. Elementos que serão trabalhados quando colocados á percorrer por todos os grupos
da estrela realizando o movimento desejado pelo profissional.
Montagem:
Inicialmente os alunos serão divididos em grupos e será dada uma bola para cada grupo. Os elementos dos
grupos deverão se posicionar em fila indiana e um grupo ao lado do outro de maneira a formar uma estrela.
A dimensão do espaço e a quantidade de grupos para a atividade será de acordo com a quantidade de
participantes.
Funcionamento:
A bola deverá estar de posse do ultimo participante de cada grupo e que, ao comando do profissional, este
deverá correr no sentido anti-horário, conduzindo a bola por todo o trajeto da maneira em que o
profissional solicitar, passando por trás de todos os grupos até que chegue a sua posição inicial. Neste
momento todos os elementos de cada grupo deverão estar posicionados de pernas abertas possibilitando e
facilitando a passagem do colega por baixo de suas pernas. O primeiro que colocar a bola no centro da
estrela pontuará para seu grupo. Todos, assim que chegar ao centro da estrela, deverão se posicionar a
frente da fila de seu respectivo grupo e passar a bola para o ultimo participante, para que assim, este dê
continuidade ao jogo.
O jogo termina assim que todos os elementos dos grupos tiver realizado o percurso.
Experiências já desenvolvidas:
Quadra de escola.
Outras observações:
NOME DA ATIVIDADE:
PREZO, TEZO, VICE.
Conceito:
Jogo que pode ser utilizado em grupos de acampamento ou recreação para socialização.
Descrição:
Atividade que trabalha elementos como: o raciocínio, atenção, agilidade e coordenação motora.
Montagem:
Inicialmente os alunos serão colocados em círculo. Será escolhida uma pessoa para ser o Prezo, a que
estiver ao seu lado direito será o Tezo, e ao lado direito do Tezo, será o Vice. Os demais serão numerados
em ordem decrescente, partindo do Vice.
Funcionamento:
Em um ritmo determinado (bater nas coxas com as duas mãos duas vezes seguidas e logo em seguida bater
duas palmas), os integrantes devem chamar os outros, e esses devem responder sem perder o ritmo.
Quando batermos nas coxas, devemos falar o que somos e quando batermos palmas, falamos o número de
quem chamamos.
Exemplo: : Prezo Prezo - batendo nas coxas; Tezo Tezo - batendo palmas; que foi chamado pelo Prezo,
agora quem falará será o Tezo que segue: Tezo Tezo - batendo nas coxas; Sete Sete - batendo palmas.
Quem errar passa a ser o número 01 e todos sobe um número, com o objetivo de chegar a ser o Prezo.
Possibilidades de utilização (ocasiões, faixas etárias, etc.)
festival de férias (colônia de férias).
Jovens a partir de 10 anos.
Grupo acima de 7 participantes.
Experiências já desenvolvidas:
Quadra de escola.
Outras observações:
NOME DA ATIVIDADE:
BAILE DE BOLAS
Conceito:
Jogo que poderá ser utilizado tanto por profissionais que atuam em ambientes de lazer e recreação, quanto
em ambiente escolar, para proporcionar a socialização e divertimento dos participantes.
Descrição:
Atividade que trabalha elementos como: a atenção, coordenação, trabalho em equipe e agilidade.
Montagem:
Inicialmente os alunos serão divididos em duplas que recebe bolas que deverão sustentar entre os joelhos
com o seu par, ou com o peito, o estômago, as costas, etc. Mas não podem utilizar as mãos.
Funcionamento:
Quando começar a música todos os jogadores deverão dançar. No momento que se disser "mudar", os
participantes deverão passar a bola, sem usar as mãos ao jogador mais próximo. Pode-se fazer os
participantes mudar de companheiro e de bola, ou então que dancem em grupo de quatro com as duas
bolas.
Experiências já desenvolvidas:
Quadra de escola.
Outras observações:
ANEXO I
Escala das atividades de hábitos de lazer: construção e
validação em jovens
1 2 3
Nilton Soares Formiga ; Igor Ayroza ; Lunna Dias
RESUMO
The objective of this study was to construct and determine validity of an instrument
for the study of habitual leisure activities among Brazilian youth. The instrument is
composed by 24 items, answered on a five point scale, similar to the Likert type. The
sample comprised of 710 students of both sexes from the elementary and middle
school aged from 11 to 22 years. The instrument was collectively applied in their
classroom, in a non-identified protocol. The results are discussed in the light of
literature about leisure activities among youth. Three factors were found by means
of factorial analysis (PAF): hedonistic, playful and instructive habitual leisure
activities. The Cronbach´s alpha to the first was satisfactory and the other two were
acceptable. Thus, a revision of some items as well as a new application and
psychometric testing are indicated.
RESUMEN
Introdução
De fato, ocupar-se com alguma coisa pressupõe que o indivíduo venha a ter
satisfação com o que se estar fazendo. Ademais, cada pessoa poderá apresentar
uma forma de passar seu tempo quando não se faz nada, principalmente, ao ter
cumprido seus afazeres e compromissos do dia a dia, podendo assim, tornar-se um
hábito o qual poderá ser uma meta a seguir, devendo atender as necessidades
básicas: repouso, diversão e enriquecimento sócio-intelecutal (Leite, 1995;
Werneck, 2000).
Dessa forma, a prática de tal hábito poderá orientar o indivíduo a certas atividades
de lazer diferenciadas, as quais podem ir da leitura, passeio com amigos, visitas
familiares, ao abuso de bebidas, etc. Para que isto se torne eficiente em relação à
socialização e inibição de conflitos tanto com seus grupos de identificação (pais,
familiares, professores e amigos, etc.) quanto consigo mesmo, é necessário que
estas atividades possam promover um reconhecimento no que diz respeito à
aceitação e prática social na escolha para diversão (Argyle, 1991) ideal.
Vale destacar que um hábito corresponde geralmente aquilo que o sujeito aprendeu
durante o seu desenvolvimento, passando a repeti-lo e levando ao costume, como o
gosto pela leitura, às práticas religiosas, participação em festas, etc; porém, isto
deve levá-lo a busca de equilíbrio entre o que faz e pensa, bem como, antes de tudo
se deve apresentar como atitudes favoráveis, mais frente ao ser do que ao ter
(Marcellino, 2000). É claro que esses hábitos não devem ser compreendidos em
termos de determinismo comportamentais, pois não somente o contexto (Myers,
1999), mas a própria relação que esses sujeitos têm com seus grupos e a orientação
cultural que os mesmos oferecem a esses jovens são capazes de influenciar seus
comportamentos, permeando uma perspectiva psiscossocial.
Seja um jovem ou adulto, todo indivíduo se ocupa ao longo do seu dia em diversas
atividades, podendo ir do trabalho às aulas escolares, diversão ou visitas etc., todas
elas consideradas de extrema importância tanto no que diz respeito a sua função
pessoal quanto social, passando a caracterizar um cotidiano de grande movimento e
'burburinho' na medida em que se deseja realizar cada uma delas sem organização.
Independente da idade, essas atividades, bem como a utilização do tempo livre, têm
preocupado a todos de um modo geral, fazendo com que passem a buscar uma
forma de descanso, ou capaz de promover condições saudáveis na entrega ao seu
próprio lazer (Dumazedier, 1999; Andrade, 2001).
Segundo Pais (1998), o cotidiano das pessoas pode proporcionar atividades capazes
de construir hábitos, seja para o indivíduo sozinho ou um grupo; formando costumes
de prazer ou aborrecimento, de informação e envolvimento social. A mídia tem
destacado tipos de lazer que fomentam a violência ou comportamentos orientando
ao rompimento de normas sociais, pois grande parte desses garotos passa o dia
frente à televisão, computadores, etc. e quase nenhum tempo com os livros e em
encontros constantes e consistentes com a família (Munné & Codina, 1992; Espinosa,
2000) ou alguma atividade satisfatória que os oriente a manutenção das normas
sociais. As condições apresentadas a partir dos meios de comunicação e diversão
fortalecem a incapacidade de formar nos jovens uma mente questionadora e às
vezes bem direcionada. Visando a inserção social e cultural dos jovens, vê-se então
uma necessidade em analisar, tanto os tipos quanto à frequência desses hábitos de
lazer nestes jovens.
Vale destacar que tais hábitos quando bem orientados são capazes de formar o
jovem frente a suas metas individuais e sociais, favorecendo comportamentos que
caracterizam os fatores educacionais, bem como seu interesse pessoal ou até sua
relação social e afetiva. Atualmente, no que diz respeito às atividades de lazer,
observa-se que os jovens se mostram muito extensos quanto ao tempo investido
nessas atividades, buscam sensações individuais, mesmo estando em grupo. A
importância dada a certos tipos de lazer, os quais visam mais uma dimensão
individualista e centrada em si do que na busca de vida social, têm preocupado
psicólogos, sociólogos e outros, principalmente quando essas atividades passam a
se tornar algo comum, mesmo não consentida por pais ou professores, e ainda
mais, quando se desprende mais tempo nisto do que em qualquer outra atividade.
Por exemplo, passa-se mais tempo jogando bola, vídeo game, do que lendo ou em
convivência com a família. Tais hábitos entre os jovens são capazes de causar
alguma forma de conflito ou de 'dano' psicológico ou social para as pessoas que os
circundam e até para eles mesmos (Formiga, Gouveia, Lüdke, Teixeira & Santos,
2002).
Para Blauwkamp e Shinew (1996), uma das soluções está na formação sócio
educacional desenvolvido numa prática entre os jovens, levando tanto a satisfação
no lazer quanto na vida diária. Shinew e Valerius (1996) enfatizam a diferença
entre o grau de importância que os jovens dão à família e amigos e sua
participação na diversão em cada grupo com eles, podendo mudar
significativamente o estilo de vida diante do tipo e modo de lazer que ambos
venhamos assumir.
Segundo Requixá (1974), o lazer, para ser identificado como tal, deve apresentar a
função de descanso, divertimento e desenvolvimento da personalidade, podendo
seguir algumas características consideradas básicas tais como, espontaneidade e
liberatória com o caráter das atividades realizadas em sociedade e sujeita à relação
interpessoal e de ser capaz de liberar os indivíduos das obrigações primárias junto a
família, escola, etc., e principalmente não ter fim lucrativo; hedonista, com o
objetivo de promover a satisfação pessoal e sua recompensa psicológica ou física;
por fim, a de caráter pessoal que deve responder as necessidades básicas do
indivíduo diante de suas obrigações sociais libertando da fadiga, tédio, a
automatização etc.
Ao lado disso, o tempo de lazer pode ter outros significados, por exemplo,
ociosidade, tempo livre, por exemplo, os quais podem se apresentar como um
fenômeno ambivalente e multiforme, considerado tanto como fonte de recreação
quando é compreendido a partir do seu contexto sócio histórico. Porém algo parece
ser comum entre os pesquisadores quando se trata de abordar o lazer e sua relação
humanizadora, pois deve estar presente à satisfação de trabalho e experimento, o
que é essencial em tais atividades (Munné & Codina, 1989; Werneck, 2000).
Método
Participantes
Instrumento
Para respondê-lo a pessoa deve ler cada item e indicar com que frequência ocupa
seu tempo quando está sem fazer nada, depois de todas suas obrigações
cumpridas, utilizando para tanto uma escala de seis pontos, tipo Likert, com os
seguintes extremos: 0 = Nunca e 5 = Sempre. Assegurou-se que tanto os itens
como as instruções que os antecediam eram compreensíveis.
Uma folha separada foi anexada ao instrumento prévio, onde eram solicitadas
informações de caráter sócio demográfico (por exemplo, idade, sexo, estado civil e
classe social).
Procedimento
Utilizou-se o pacote estatístico SPSSWIN, em sua versão 8.0, para tabular os dados
e realizar as análises estatísticas descritivas e teste t de Student. Efetuaram-se
também, cálculos referentes à análise fatorial com o método PAF (Fatoração dos
eixos principais), neste caso, adotou-se uma rotação varimax, como também alfa de
Cronbach.
Resultados
Valendo-se das coletas dos dados, procedeu-se a realização de uma análise fatorial
com o método PAF (Fatoralização dos eixos principais) para a Escala dos Hábitos de
Lazer. O uso desta técnica se mostrou possível (KMO = 0,83; teste de esfericidade
de Bartlett, ² = 3529,84, p < 0,001) (Bisquerra, 1989). A solução fatorial permitiu
identificar três componentes com eigenvalue superior a 1,00, explicando em seu
conjunto 27,9% da variância total e um alfa de Cronbach geral da escala de 0,82. Os
principais resultados dessa análise são apresentados na Tabela 1.
Uma saturação de ± 0,30 foi assumida como satisfatória para interpretar os
componentes. O primeiro deles, comeigenvalue de 4,31, reuniu 11 itens, pode ser
descrito como Hedonismo (por exemplo, Ir a shows, teatro, etc; Ir ao cinema;
Navegar na internet, etc.) sua consistência interna (de Cronbach) foi de 0,80,
sendo que este fator diz respeito aos hábitos de consumo que enfatizam o prazer
individual e imediato como único bem possível do indivíduo. O segundo fator
apresentando um eigenvalue de 1,08, estando formado por 06 itens, ficando de
fora apenas o item, (jogar baralho, dominó, dados) por não atingir a saturação
estimada, representa o fator Lúdico (por exemplo, Praticar esportes; Assistir
programas de televisão; Jogar vídeo games, jogos de ação ou aventura etc.) com
alfa de Cronbach de 0,65, diz respeito a utilização de jogos, brinquedos, passeio e
divertimentos em geral, apresentando um caráter instrumental do lazer.
Finalmente, com eigenvalue de 1,31, reunindo 06 itens, com uma consistência
interna de 0,63, podendo ser descrito como Instrutivo (por exemplo, ler livros; ler
revistas; visitar familiares etc.), enfatiza a experiência de aperfeiçoamento e
crescimento desenvolvido pelos sujeitos tornando-os capaz de certas escolhas de
lazer diferenciadas e exclusivas para eles, como também, pode assumir uma
atividade quanto a transmissão, habilitação e ensino de conhecimentos.
Os fatores das atividades dos hábitos de lazer, Hedonismo, Lúdico e Instrutivo são
visíveis na análise analise fatorial (PAF). Apenas o índice de consistência interna da
dimensão um mostrou um alfa adequado, os outros dois fatores merecem ser
reavaliados em relação aos itens que os compõem, inclusive não descartando a
possibilidade de elaborar novos itens que venham a expressar mais adequadamente
seu conteúdo subjacente, bem como, seus critérios de saturação fatorial.
Referências
Argyle, M. (1991). Leisure. Em: The social psychology of everyday life (pp. 103-
130). New York: Routledge.
Formiga, N. S., Teixeira, J., Fachini, A. C., Curado, F. & Lüdke, L. (2003). A
predição dos hábitos de lazer a partir dos traços de personalidade. Anais da XXXIII
Reunião anual da sociedade brasileira de psicologia (p. 372). Belo Horizonte: SBP.
Munné, F. & Codina, N. (1998). Psicología social del ocio y el tiempo libre. Em J. L.
Álvaro, A. Garrido & J. R. Torregrosa (Orgs.), Psicología social aplicada (pp. 429-
447). Madrid: McGraw-Hill.
Rokeach, M. (1973). The nature of human values. New York: The Free Press.
Shinew, K. J. & Valerius, L. (1996). Leisure interactions with family and friends.
Leisure Research Symposium, 23-27 de outubro, Kansas City, MO. Disponível em
http://www.leisurestudies.uiuc.edu. Acessado em 07/04/01.