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TÍTULO: MÃES NARCISISTAS E SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

SUBÁREA: História

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE VICTOR HUGO - FVH

AUTOR(ES): PATRÍCIA FARIA VIEIRA

ORIENTADOR(ES): ALFREDO CARNEVALLI MOTTA


Resumo

O termo narcisismo tem sua origem na Grécia, derivando da palavra narke que quer
dizer entorpecido, representado a vaidade e a falta de empatia. A libido, a
sensibilidade é direcionada para o próprio indivíduo.

Na mitologia ilustra a tragédia de Narciso, jovem muito belo e apaixonado por si,
estimulado por seus pais Cefiso e Liríope a utilizar sua beleza como forma de
domínio e segregação aos que aos que não se igualassem em beleza. Narciso
desperta paixão na ninfa Eco e a despreza. Eco queixa-se com Nêmesis, deusa da
vingança que o faz apaixonar-se por seu reflexo nas águas, cumprindo o oráculo de
Tirésias.

O narcisismo retrata um amor do indivíduo por si mesmo, dificultando suas relações.


O primeiro a evocar o assunto foi Havelock Ellis, em 1898, apresentando-o numa
esfera voltada para o feminino, salientando a vaidade da mulher e o uso constante
do espelho. No ano seguinte, Paul Näche, introduz o termo em suas pesquisas,
relacionando-o à uma perversão ligada ao amor próprio, de forma doentia, que leva
o ser narcisista ser um indivíduo infeliz.

Freud faz uma ligação entre o Mito de Narciso e a Psicanálise, estabelecendo


relações com a sexualidade, e conexões às relações Edipianas que influenciam o
fenômeno narcisista, interferem na sexualidade do ser que se torna dependente de
si próprio, desenvolvendo autoerotismo, devaneios e transtornos sexuais, pois sua
libido é sacrificada em virtude dessa dependência, estabelecendo relações de
domínio sobre os demais.

Em janeiro de 1911, Margarete Hilferding proferiu uma conferência sobre as bases


do amor materno. A principal colocação de Hilferding foi a de que o bebe represente
um objeto sexual natural da mãe, uma extensão de seu ser, dando início a uma
discussão sobre a relação mãe-bebe.
Introdução

O presente artigo pretende promover a discussão sobre as consequências


ocasionadas pela criação da mãe narcisista, questionando a ideologia que toda
mulher é uma boa mãe, imposta pela sociedade ao passar dos anos, contribuir
sobre a importância da orientação da população quanto aos abusos que ocorrem na
relação mãe-filho (a) chamar a atenção da sociedade para com esse tema. Assim
contribuir para a análise do problema das relações familiares e seus resultados.
Com a intenção de fomentar a discussão sobre a influência das mães narcisistas
numa sociedade machista, de mulheres submissas e doentes psicologicamente.
Analisar esse panorama e apontar caminhos para a mudança.

Objetivos

O principal objetivo é trazer para o âmbito da discussão a influência negativa das


mães narcisistas na formação dos indivíduos. Estima-se que cerca de 2 milhões de
brasileiros possuem perfil narcisista, os quais tem toda sua vida prejudicada e por
consequência, os que o rodeiam sofrem com os abusos de sua personalidade.

Metodologia

O trabalho será realizado por meio de pesquisa bibliográfica, por meio de revisão de
literatura específica, que na visão de Luna(1998) possibilita o pesquisador ter uma
visão mais ampla sobre o assunto investigado, ampliando os conhecimentos na área
em questão, contribuindo para a formulação de novas ideias, revisão de conceitos e
práticas reflexivas.

A mulher narcisista acaba por prejudicar todas as relações familiares, suas atitudes
influenciam negativamente o bom convívio. Somos uma sociedade cada vez mais
prejudicada psicologicamente, assistimos inertes assassinatos passionais, suicídios,
feminicídios, tragédias familiares.

Os filhos de mães narcisistas tem sua auto estima afetada, se submetem à relações
abusivas e em muitos casos também se tornam narcisistas, são duplamente
abusados, uma vez durante toda a infância e outra rodada quando ele ou ela diz a
verdade sobre seu progenitor narcisista. Os narcisistas simplesmente não têm a
capacidade mental de ver a dor e os danos que causam, não aceitam tratamento,
portanto é preciso evocar o assunto, debatê-lo e proporcionar conhecimento e apoio
aos que sofrem as consequências desse transtorno.

Resultados Preliminares

Pode-se observar que as vítimas do narcisismo materno sofrem com afetividade,


possuem dificuldades de relacionamento, submetendo-se à relações abusivas. Além
de possuírem dificuldades com a autoestima e aceitação.

Fontes Consultadas

BAUMAN, Zygmund. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

ENGELKE, Michele. Prisioneiras do espelho: Um guia de liberdade pessoal para


filhas de mães narcisistas. Canadá ,2016.

PAYSON, E.D. O Mágico de Oz e outros Narcisistas. Washington, 2002.

RAWICZ, Silvia. Mães Narcisistas: Entenda as mulheres que odeiam suas filhas.
Disponível em: http://www.daughtersofnarcissisticmothers.com/infantalisation/.
Acesso em 03 de novembro de 2017.

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