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Este conceito difere da Taxa Metabólica no Estado de Repouso uma vez que, esta
consiste no gasto energético necessário ao corpo durante um período de repouso.
O ciclo de ATP/ADP conecta os processos que geram o fosfato de alta energia, aos
processos que o consomem, ou seja, conecta o catabolismo ao anabolismo.
Durante a síntese de ATP - que o controlo da oxidação dos substratos energéticos -
35% da energia é perdida em forma de calor. Contudo, durante a
utilização/consumo de ATP - durante o trabalho bioquímico e processos
metabólicos - é perdida 60% de energia em forma de calor.
Calorimetria:
A calorimetria direta mede a produção de calor do sujeito, através da observação
direta de um calorímetro. Por sua vez, a calorimetria indireta mede a produção de
calor através do consumo de oxigénio e de CO2 produzido pelo organismo.
Este tecido, por ser muito ativo, pode ser responsável pela termogênese induzida
pela dieta. Este tipo de tecido apresenta um elevado suprimento sanguíneo, um
alto conteúdo em mitocôndrias e citocromos, contudo apresenta baixa atividade de
ATP-sinetaste.
A oxidação neste tecido, produz muito calor, e pouca energia livre é retida no ATP.
Uma proteína desacopladora termogênica, a UCP-1, atua como via de condutância
de prótons, dissipando o potencial eletroquímico que existe através da membrana
mitocondrial.
A obesidade verificada atualmente nos EUA, pode ser explicada pelo balanço
positivo de 200kcal/dia aumentada ao longo dos anos.
Termogênese adaptativa:
As alterações no metabolismo, podem ser ainda independentes da composição
corporal e da massa livre de gordura, sendo influenciada pela dieta e temperatura.
Durante a perda de peso, a Termogênese Adaptativa, reflete reduções nas taxas
metabólicas específicas de órgãos e tecidos.
Cori cycle:
Quando o fornecimento de oxigênio é insuficiente, normalmente durante a
atividade muscular intensa, a energia deve ser liberada através do metabolismo
anaeróbico. Fermentação de ácido láctico converte piruvato em lactato por lactato
desidrogenase. Mais importante, a fermentação regenera o NAD+, mantendo sua
concentração para que possam ocorrer reações adicionais de glicólise. A etapa de
fermentação oxida o NADH produzido pela glicólise de volta ao NAD+, transferindo
dois elétrons do NADHpara reduzir o piruvato em lactato.
Em vez de se acumular dentro das células musculares, o lactato produzido pela
fermentação anaeróbica é tomado pelo fígado. Isso inicia a outra metade do ciclo
cori. No fígado, a glicogênese ocorre. De uma perspectiva intuitiva, a glicogênese
reverte tanto a glicólise quanto a fermentação convertendo lactato primeiro em
piruvato, e finalmente de volta à glicose. A glicose é então fornecida aos músculos
através da corrente sanguínea; está pronto para ser alimentado em outras reações
de glicólise. Se a atividade muscular parou, a glicose é usada para repor os
suprimentos de glicogênio através da glicogênese.
Digestão e absorção:
Após a ingestão de uma refeição e digestão dos macronutrientes ingeridos
(degradação em pequenas moléculas), micronutrientes como a glucose, triglicéridos
e aminoácidos, sofrem absorção no intestino.
Glucose: após a absorção da glucose para a corrente sanguínea - provocando o
aumento da produção da insulina e inibição da produção de glucagon - é
transportada para o fígado e músculo (podendo gerar acetil-coA ou glicogénio),
para o cérebro e hemácias (utilizado como substrato energético), e para os
adipócitos (com o objetivo de geral glicerol, seguidamente utilizado na sintese de
triglicéridos).
Triglicéridos: A gordura é absorvida na forma de quilomicrons, seguidamente
transportados para VLDL na forma de fosfolípidos, e transportados para os
adipócitos.
Aminoácidos: os aminoácidos são transportados para o fígado ou para os tecidos,
onde podem ser convertidos em proteínas ou utilizados no metabolismo energético.
Hidratos de Carbono:
Frutose:
A hexoquinase catalisa a fosforilação da maioria das hexoses, incluindo a frutose. No
entanto, a glicose é o substrato preferencial da hexoquinase. A velocidade de
transporte da frutose é cerca de metade da glicose ou galactose.
A absorção do lúmen para as células intestinais, é garantida pela proteína
transportadora GLUT 5 - Transporte facilitado. Seguidamente, o transporte da célula
para a corrente sanguínea, ocorre através da GLUT 2.
Proteínas:
Lípidos:
A digestão das gorduras, por estas serem insolúveis em água, é mais complexa que
os restantes macronutrientes. Os triglicéridos provenientes da dieta, sofrem
emulsionação no intestino, por ação dos sais biliares produzidos no fígado e
armazenados na vesícula biliar. Seguidamente, a lipase pancreática converte os
triglicéridos em ácidos gordos e 2 monoglicéridos, no lúmen intestinal que, com
ação dos sais miliares, formam micelas. Seguidamente, estes são esterificados em
triglicéridos, transportados em quilomicrons para o sistema linfático, e por último
transportados para a corrente sanguínea.
Jejum:
O estado de jejum inicia-se cerca de 2 a 4 horas após a refeição (depende da
refeição ingerida, e da atividade física seguinte), quando os níveis de glicose
retornam a níveis basais, e termina no momento em que estes aumentam, num
inicio de uma nova refeição. Dentro de aproximadamente 1hora após uma refeição,
os níveis de glucose sanguínea diminuem, juntamente com a secreção de insulina,
e aumento do glucagon. Esta alteração hormonal provoca a libertação de substratos
energéticos armazenados, nomeadamente o glicogénio hepático que é degradado
pelo processo de glicogenólise. Por sua vez, os triglicéridos armazenados são
degradados pelo processo de lipólise, o qual liberta ácidos gordos para a corrente
sanguínea. Os ácidos gordos são utilizados como substratos energéticos durante o
jejum, principalmente durante o jejum noturno.
Durante o jejum, a glicose continua a ser oxidada nos tecidos dependentes deste
substrato, tal como o cérebro e células sanguíneas. No caso dos ácidos gordos,
estes são oxidados essencialmente pelo músculo e fígado, contudo, enquanto o
músculo degrada estes substratos a CO2 e H2O, o fígado degrada a corpos
cetônicos, libertados seguidamente no sangue. Estes podem ser utilizados pelo
músculo, rim e outros tecidos, como substratos energéticos através do ciclo do
ácido tricarboxílico.
Com o objetivo de manter os níveis de glicose no sangue, conforme o jejum
progride, o fígado produz glicose não apenas através da glicogenólise, mas também
o processo de gliconeogênese. Este processo utiliza como principais fontes de
carbono, o lactato, o glicerol e os aminoácidos(Alanina, com destaque essencial)
(estes quando convertidos a glicose, os nitrogénios libertados são convertidos em
ureia).
Durante o sono:
Aumento da oxidação dos ácidos gordos.
Diminuição da oxidação de glucose.
Diminuição das reservas de glicogénio.
Aumento da lipolise.
Diminuição das reservas lipolíticas.
Durante uma refeição:
Diminuição da oxidação de ácidos gordos.
Aumento da oxidação da glucose.
Aumento das reservas de glicogénio.
Diminuição da lipólise.
Aumento das reservas de ácidos gordos.
Bioquímica da Obesidade:
A obesidade é definida como a condição anormal ou excesso de acumulação de
gordura no tecido adiposo, que condiciona o indivíduo a um estado de saúde
saudável e recomendável.
A obesidade aumenta a probabilidade de doenças cardíacas e coronárias,
hipertensão, certos tipos de cancro, diabetes mellitus não dependentes de insulina,
doença da vesícula biliar, dislipidemia, osteoartrite, e doenças pulmonares, incluindo
apneia do sono.
Os corpos cetônicos são secretados pela urina quando estes se encontram a uma
elevada concentração demasiado elevada (esta condição pode acontecer devido a
um jejum prolongado, ou uma dieta muito restrita em hidratos de carbono).
O índice de massa corporal (IMC) é a forma mais simples, fácil e barata de identificar
a obesidade, contudo, por exemplo nos idosos, a perda de massa muscular torna
este método menos preciso.