Você está na página 1de 3

Reparo Tecidual – Regeneração e Cicatrização/Fibrose

REGENERAÇÃO – substituição do tecido por REGENERAÇÃO HEPÁTICA: TNF (fator de necrose


células de mesma origem; tumoral)  ativa a célula de Kupper (macrófagos
residentes de fígado)  libera IL-6 (importante
FIBROSE – substituição por tecido conjuntivo
para proliferação)  liga ao hepatócito que
fibroso  cicatriz proliferação celular.
sobrevive a lesão  indução do ciclo celular
(GOG1)  expressam receptores p/ fatores de
REGENERAÇÃO
crescimento (ambiente tem muito FG)  ligação
 Depende da capacidade de multiplicação
 MET – fator de crescimento de hepatócito e
da célula lesionada;
EFG/ TGF-alfa;
 Células lábeis – maior taxa de proliferação
EX: a) Células epiteliais de revestimento
FIBROSE
(mucosa intestinal/dúcteis);
 Região lesada (local) ou processo
b) Células troncos hematopoiéticas 
reacional descontrolado e exacerbado,
proliferação e diferenciação.
leva:
 Células estáveis – estimuladas entram em
- Angiogênese – geração de novos vasos a
proliferação
partir de um já existente  maior
EX: a) Células parenquimatosas
irrigação da região  proliferação
(hepatócitos, células endócrinas,
tecidual; (difere de Vasculogênese –
pneumócitos);
geração de vaso no teci. Embrionário);
b) Células mesenquimatosas
- Migração e proliferação de fibroblastos
(adipócitos, fibroblastos, esteoblastos);
(fator de crescimento);
 Células perenes ou permanentes – menor
- Deposição de matriz extracelular –
capacidade de multiplicação (Ex:
deposição das proteínas p/ compor tecido
neurônios e fibras musculares cardíacas).
conjuntivo;
 Proliferação deve ser maior que a
- Maturação e organização do tecido
apoptose.
fibroso (remodelação)

CONDIÇÕES BÁSICAS P/ REGENERAÇÃO: ANGIOGÊNESE: equilíbrio entre fatores


 Nº de células sobreviventes – maior nº angiogênicos (inicio do reparo) e fatores anti-
morto  viáveis não conseguem angiogênicos.
proliferar  tecido conjuntivo morto;  Mecanismos:
 Capacidade de multiplicação da célula; - Migração de células endoteliais
 Situação da matriz extracelular; progenitoras (EPCs) da medula óssea, para
 Produção de fatores de crescimento (FG - o local de angiogênese (novas
armazenado na matriz)  define se ramificações);
regenera ou cicatriza. - Estímulo vascular direto por fatores
EX: - EFG: crescimento de epitélio; angiogênicos.
- VEGF: crescimento de endotélio EX: fibrose cardíaca (célula perene) 
vascular; infarto (necrose isquêmica) e miocardite
- FGF: crescimento de fibroblastos; crônica  diminui volume (devido tecido
- TGF – B: transformados B. conjuntivo fibroso contrair)
 Macrófagos e células T da inflamação –  VEGF: receptor 1 – formar angioblastos
produz os fatores de crescimento; (vaso maduro);
 Fibroblastos – síntese de proteínas da Receptor 2 – fazer luz do vaso
matriz (armazenadores de fatores de  Reparo – angiogênese – VEGF –->
crescimento). - Tipo 2 – aumento dos vasos
- Tipo 1 – remodelar vasos
 Maturação  remodelação  novos - Corte  cessar sangramento 
ramos  aumento da irrigação e aumento plaquetas e fibrina  resposta
da drenagem; inflamatória  quimiotaxia (células
 PDGF – fator de crescimento derivado de inflamatórias)  regeneração ou tec,
plaquetas + TGF-B  remodulação conjuntivo  migração epitelial
mecanismo. (angiogênese)  proliferação (regenera
ou forma tecido conjuntivo); tecido
FIBROSE CARDÍACA: conjuntivo  também  matura 
 Miocardite crônica  inflamação  contrai  remodulação da cicatriz 
doença de chagas  aumento do volume cicatriz branca e rígida.
do coração;
 Hipertrofia cardíaca (ex: insuficiência 1) Hemostasia: surge após a lesão 
cardíaca  diminui débito cardíaco  tampão plaquetária e formação de
feedback – hipertrofia muscular (aumenta coagulo/ trombo (“casquinha”) 
volume) e hiperplasia (aumenta nº evita entrada de
células)  fatores de crescimento  não microrganismos/previne a
consegue aumentar o debito  células desidratação – perda de plasma e
morrem e leva a fibrose, pois tem fator de liquido tecidual. (*adesão das
crescimento. plaquetas ao colágeno exposto 
promove vasoconstrição e inicia a
CIRROSE HEPÁTICA: angiogênese)
 Etiologia: subst. Hepatotóxicas, hepatites 2) Inflamação aguda: células
crônicas, doenças biliares; inflamatórias (neutrófilo) se movem
 Exacerbação de tecidos conjuntivos em direção ao coagulo  eliminam
começam a formar septos células que morre; atividade mitótica
 Lesão = abcesso hepático: + pontual  das células basais  espessamento da
regeneração  se lesar matriz  pode epiderme  não regenera;
levar a fibrose; 3) Proliferativa: tecido de granulação
 Produção de citocinas pelas células de (deposição da fibra), devido: muita
kupffer, endotélio e hepatócitos  angiogênese (proliferação de
inflamação crônica  liberação de fatores fibroblastos)  forma matriz
de crescimento  produção exacerbada extracelular temporária  tecido de
de colágeno pelas células estreladas transição  colágeno tipo 3 (+fino)
hepáticas (microscopia: hepatócitos - Microscopia: brilhante e granular,
irregulares envolta por tecido conjuntivo); infiltrado inflamatório, pequenos
 Fibrose reacional – não é local  vasos neoformado, liquido;
produção exacerbada em células que nem 4) Remodelação:
sofreram lesão. - Transição entre tec de granulação
(conjuntivo imaturo) para tec
CICATRIZAÇÃO conjuntivo maduro  leva contração
 Fibrose cutânea; - Tecido maduro - + rígido (colágeno
 Substituição do tecido lesado por tecido tipo 1 e miofibroblastos)
conjuntivo vascularizado;
 TIPOS:
1) Cicatrização por 1ª intenção:
- Rápida;
 FASES:
- Por pequenos cortes ou incisão - presença de miofibroblastos;
cirúrgica; - decorrente de correção cirúrgica.
- Margens estreitas  produção de
pouco tecido conjuntivo;  QUELOIDE:
- Leva contração; - proliferação fibrosa exuberante;
- Contaminação ou nova lesão  pode - etiologia: traumatismos, reparação
evoluir para 2ª intenção. viciosa de queimaduras, feridas cirúrgicas;
- locais mais comuns: cabeça (orelhas),
2) Cicatrização por 2ª intenção: pescoço, tórax e braços;
- Mais lenta; - proliferação fibroblástica nodular: fibras
- Ferida extensa com margens colágenas espessas, hialinizadas, áreas
afastadas; hipocelulares, vítreas e eosinofilias;
- Muito infiltrado inflamatório  - ausência de miofibroblasto;
hiperplasia para tentar repitelizar; - ultrapassa região lesada.
- Muito tecido de granulação e
mioblastos  muita contração  maior área.

 DEFICIÊNCIAS NA CICATRIZAÇÃO:
- Infecção por microrganismos, corpos
estranhos (talco de luva, gazes);
- Baixa perfusão tecidual – não chega
sangue, células antinflamatorias e FG,
precisa de + glicose  retarda;
- AIE e AINE – efeito anti-inflamatorio e
esteroides inibe coleageno/fibroblastos;
- Desnutrição: deficiências de proteínas,
zinco, vitamina C – interferem na síntese
de colágeno;
- Diabetes tipo 1 e 2 – sangue + viscoso ->
diminui perfusão; diabetes promove +
lesão  forma trombos  não chega
proteínas para cicatrizar  glicosilção de
proteínas  induzem a formação de
complexos  ativando resposta pró-
inflamatória e ativa proteases para
quebrar complexo  degrada colágeno 
atrapalha formação de tecido conjuntivo
 retarda a cicatrização
- Senilidade: redução da síntese de
colageno

 CICATRIZAÇÃO HIPERTRÓFICA:
- feixes finos de colágeno 3 (tecido de
granulação);
- estrutura nodular;
- restrita as bordas da ferida  agressões
intensas e profundas

Você também pode gostar