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Gestão de Resíduos

Sólidos

Tema 01 – Aspectos gerais em


resíduos sólidos

Bloco 1

Giancarlo Chesini
Introdução
Lixo residencial
Lixo orgânico e materiais recicláveis.

Avanço tecnológico

Inviabilidade de áreas extensas para aterros.


Resíduos sólidos
Características físicas, químicas e biológicas.

Brasil
Conceito
Classificação
Normas Brasileiras
O que são os resíduos sólidos?

São os “restos sólidos”:


Consumo humano ou não humano.
Sobras de alimentos.
Recipientes plásticos ou metálicos.

Importância:
Apresentam potencial energético.
Insumo para outras atividades.
Classificação dos resíduos sólidos
Quais fatores influenciam na quantidade e no tipo de
resíduo sólido gerado?

Índice demográfico
Desenvolvimento econômico
Produto Interno Bruto (PIB)
Alimentação e costumes (hábitos e estilo de vida)
...
Resíduos sólidos em alguns países

Fonte: META et al. (s/d, p. 3).


Características sazonais
Estações do ano
Queda das folhas das árvores (redução de
gasto energético).

Fatores climáticos

Festividades
Natal e Ano Novo (embalagens plásticas).
Carnaval (embalagens de vidro e lata).
Classificação: grau de degradabilidade

Facilmente degradáveis
Restos de comida, folhas, animais mortos.

Moderadamente degradáveis
Produtos compostos por celulose (papel).
Classificação: grau de degradabilidade

Dificilmente degradáveis
Couro, pano, madeira, borracha, plástico, osso.

Não degradáveis
Vidro, pedras, terra, areia e cerâmica.
No Brasil

Lei 12.305/2010 e a Norma Brasileira – NBR – 10.004:


2004.

Resíduos nos estados sólido e semissólido


Atividades de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição.
No Brasil

Lodos
Sistemas de tratamento de água;
Gerados em equipamentos e instalações de controle
de poluição;
Líquidos inviáveis para lançamento na rede pública
de esgotos ou corpos de água, ou que exijam para
isso soluções técnica e economicamente inviáveis.
Resíduos x lixo

Lixo
“Tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora,
coisas inúteis, velhas e sem valor.”

Resíduos
Potencial energético.
Insumo para outras atividades.
Resíduos x lixo: exemplo

Refrigerante numa garrafa de plástico


Lixo para o consumidor.

Reciclagem
Fibra para carpete;
Mangueira para jardinagem;
Construção residencial.
Classificação quanto aos riscos

Riscos potenciais de contaminação do meio


ambiente.

Resíduos Classe I
Perigosos

Resíduos Classe II
Não perigosos
Resíduos classe I - perigosos

Risco à saúde pública e ao ambiente


Propriedades físicas, químicas e
infectocontagiosas.

Características
Inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade.

Exemplos: bases, ácidos e combustíveis.


Resíduos classe II – não perigosos

Classe II A – Não inertes


Biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água.

Exemplos:
Matéria orgânica, papel, vidro e metal.
Podem ser dispostos em aterros sanitários ou
reciclados.
Efluentes classe II: podem receber tratamento
biológico.
Resíduos classe II – não perigosos

Classe II B – Inertes
Sujeitos a um contato dinâmico e estático com água
destilada ou desionizada, à temperatura ambiente,
não disporem de nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões
de potabilidade de água, desconsiderando-se:
aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Gestão de Resíduos
Sólidos

Tema 01 – Aspectos gerais em


resíduos sólidos
Bloco 2

Giancarlo Chesini
Associação Brasileira de Empresas de
Tratamento de Resíduos

Fonte: ABETRE (2000, p. 6).


Casos específicos
Resíduos radioativos
Competência exclusiva da Comissão Nacional de
Energia Nuclear.

Resíduos de Construção Civil (RCC)


Resoluções 307/2002, 348/2004 e 431/2011.

Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)


RDC Anvisa 306/2004.
Classificação quanto à origem

Lei 12.305/2010

Industrial;
Serviços públicos de saneamento básico;
Saúde;
Construção civil ;
Agrossilvopastoris;
Transportes (portos, aeroportos, terminais alfandegários);
Mineração.
Classificação quanto à origem

Resíduos domiciliares
Atividades domésticas em domicílios urbanos.

Resíduos de limpeza urbana


Varrição e limpeza de locais públicos.

Resíduos sólidos urbanos (RSU):


Resíduos domiciliares e de limpeza urbana.
Classificação quanto à origem

Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores


de serviços:
Exceto os resíduos de limpeza urbana, serviços de
saúde, construção civil, transporte e saneamento
básico.
Resíduos da construção civil

A - Reutilizáveis, recicláveis como agregados: cerâmico,


argamassa, concreto.
B - Recicláveis para outros destinos: plásticos, papelão,
vidro, metais.
C - Resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias para o seu uso.
D - Perigosos: tintas, solventes etc.
Pequeno gerador de resíduos comerciais

Estabelecimento que produz, diariamente, até 120


litros de lixo.

Acima de 120 litros


Coleta e transporte por empresa particular
credenciada à prefeitura.
Redução de custos municipais.
Características físicas

Geração per capita


Relação entre a quantidade diária de resíduos
produzidos (em massa) e o número de habitantes de
uma região atendido pelo serviço de coleta
(kg/hab./dia).

Composição gravimétrica
Fornece o percentual dos componentes existentes
nos resíduos.
Características físicas

Peso específico aparente


Quociente entre a massa dos resíduos e o volume
ocupado livremente.
Teor de umidade
Indica a quantidade de água presente nos resíduos

Compressividade
Grau de compactação, isto é, redução do volume
devido a uma aplicação de pressão.
Características químicas

Poder calorífico
Capacidade potencial de um material desprender
determinada quantidade de calor, quando submetido
à queima.

Análise: Balanço de energia, combustão completa da


amostra, em geral com oxigênio puro, a volume
constante, e na transferência de calor para a água do
calorímetro.
Características químicas

Potencial hidrogeniônico
Teor ácido ou alcalino
Ph na faixa entre 5 e 7.

Útil para expressar o grau de corrosividade


Acondicionamento dos resíduos.
Velocidade de degradação e estabilização da matéria
orgânica.
Características químicas

Composição química
Teores de carbono, nitrogênio, enxofre, potássio,
cálcio, fósforo, resíduo mineral total e solúvel,
gorduras.

Relação carbono-nitrogênio (C:N)


Reflete o grau de decomposição da matéria orgânica.
Características químicas

Teor de sólidos totais voláteis


Quantifica o percentual de cinzas e matéria orgânica.

Representa um índice da degradabilidade em função


do tempo.

Valores elevados indicam expressiva quantidade de


matéria orgânica.
Características biológicas

Existência de microrganismos
Fungos, bactérias e actinomicetos.
Promovem a decomposição da matéria orgânica.
Agentes patológicos
Bactérias, vírus, protozoários e vermes.
Exemplos de contaminantes biológicos
Papel higiênico, curativos, fraldas descartáveis,
absorventes higiênicos e luvas.
Características biológicas
Tabela 1 – Tempo de sobrevivência de agentes patológicos
nos RS

Fonte: Adaptada de Fundação Nacional de Saúde (s/d, p. 228).


Recapitulando

Características físicas, químicas e biológicas dos resíduos


sólidos.

Conceito e classificação dos resíduos sólidos segundo


normas brasileiras.

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