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FACULDADE MARIA MILZA

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

TAÍSE DE JESUS COELHO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS PARA OS


DISCENTES E EGRESSOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DA
FACULDADE MARIA MILZA.

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2015
TAÍSE DE JESUS COELHO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS PARA OS


DISCENTES E EGRESSOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DA
FACULDADE MARIA MILZA.

Monografia apresentada ao Curso de


Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade
Maria Milza, como requisito para obtenção
do título de graduada.

Orientador: Prof. Me. Roque Sérgio Barbosa Ribeiro

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2015
Dados Internacionais de Catalogação

Coelho, Taíse de Jesus


C672e Estágio supervisionado: contribuições e desafios para os discentes
e egressos do curso de licenciatura em pedagogia da Faculdade
Maria Milza / Taíse de Jesus Coelho. – 2015

66 f.

Orientador: Prof. Me. Roque Sérgio Barbosa Ribeiro

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) –


Faculdade Maria Milza, 2015.

1. Estágio supervisionado 2. Famam. I. Ribeiro, Roque Sérgio


Barbosa. II. Título.

PRISCILA DOS SANTOS DIAS CDD 370.71


TAÍSE DE JESUS COELHO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS PARA OS
DISCENTES E EGRESSOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DA
FACULDADE MARIA MILZA.

Aprovado em ____/____/_____

BANCA DE APRESENTAÇÃO

_________________________________________________
Orientador: Prof. Esp. Roque Sérgio Barbosa Ribeiro
Professor da Faculdade Maria Milza

____________________________________________
Oscar Santana dos Santos
Professor (a) da Faculdade Maria Milza

_____________________________________
Simone Santana Damasceno de Carvalho
Professor (a) da Faculdade Maria Milza

GOVERNADOR MANGABEIRA- BA
2015
AGRADECIMENTOS

A meu bom Deus que me proporcionou forças físicas e emocionais para realizar
mais um grande sonho de muitos que ainda tenho a realizar. Ele que é minha
inspiração e proteção nas horas difíceis, guiou-me na construção deste trabalho.
A todos da minha família pela paciência e incentivo, em especial minha mãe Maria
das Graças de Jesus Coelho, minha avó Maria Egídia de Jesus (in memoriam) e a
minha irmã Laíse de Jesus Coelho Lima pelo carinho e incentivo, sempre
acreditando em mim e dizendo que eu seria capaz de realizar este trabalho.
Obrigada pelas orações e palavras fortalecedoras que me ajudaram nas horas
difíceis.
Aos meus irmãos da Igreja Batista Jerusalém, pelas orações e incentivos.
A todos os meus colegas de sala, vizinhos e amigos por terem sempre me
propiciado alegrias e incentivo, um destaque especial a Jaqueline Nascimento e a
Daiane Sales, o meu muito obrigada.
Aos meus amigos do trabalho pela colaboração e incentivo nas horas em que
precisei ausentar-me, em especial Adilson Luz e Girleide Santana.
Aos professores, alunos e funcionários das escolas as quais apliquei minha
pesquisa, agradeço pela colaboração.
Aos professores da FAMAM que contribuíram para que esse sonho se
concretizasse, em especial ao professor Roque Sérgio, Denise Pimenta, Jaqueline
Cardoso e Lúcia Maria pelo apoio, orientações e incentivo.
Enfim, ao meu orientador, professor Roque Sérgio, por ter sempre me ajudado
tirando minhas dúvidas, auxiliando-me de forma essencial na construção deste
trabalho.
[...] mas aqueles que esperam no
SENHOR renovam suas forças. Voam
alto como águias; correm e não se
fatigam, caminham e não se cansam.

Isaías 40:1
RESUMO

A presente monografia discute acerca dos desafios e potencialidades do Estágio


Supervisionado para o desenvolvimento profissional dos alunos ingressos e
egressos do curso de Pedagogia da Faculdade Maria Milza. Dessa forma, esse
estudo visa compreender as concepções dos alunos para o exercício e a
importância do estágio supervisionado, para que haja a práxis pedagógica, a qual
exalta a união da teoria e da prática. No estudo buscou-se investigar de que forma o
Estágio Supervisionado influencia o desenvolvimento do Pedagogo, e quais os
entraves encontrados por esses alunos para realizarem seus estágios. Assim,
objetivou-se nesse contexto avaliar as contribuições e desafios encontrados pelos
alunos estudantes do curso de pedagogia da FAMAM durante o período de prática
do estágio supervisionado. E como objetivos específicos delinearam-se: Conhecer o
projeto de estágio do curso de Pedagogia da Faculdade Maria Milza; Identificar
quais são os desafios enfrentados pelos (as) discentes do curso de Pedagogia na
prática de estágio; Averiguar as contribuições da prática de estágio para os (as)
discentes do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Maria Milza. Quanto
à abordagem dos objetivos a pesquisa é descritiva e exploratória. O caráter desta
pesquisa é de natureza qualitativa, uma vez que se buscou coletar dados sobre a
população estudada, descrevendo como e quais as contribuições do estágio
obtiveram efeitos sobre o desenvolvimento dos alunos ingresso e egressos do curso
de pedagogia da instituição em estudo. Para nortear esta pesquisa foram aplicados
questionários para os alunos ingressos do curso, que se encontram em situação
semestral do 5º ao 7º semestres e egressos desse mesmo curso. Os dados foram
analisados e tabulados em forma de gráficos, quadros. Após a investigação,
constatou-se a grande importância do estágio como exercício potencializador de
novos conhecimentos.
Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Famam. Dificuldade. Potencializador.
ABSTRACT

This monograph discusses the challenges and potential of supervised internship for
the professional development of students and graduates of tickets course of the
Faculty Maria Milza Education. Thus, to understand the conceptions of the students
for this exercise and the importance of it so there is the pedagogical praxis, which
exalts the marriage of theory and practice. In the study we sought to investigate how
the Supervised Internship influences the development of the educator, and what the
obstacles faced by these students to realize their objective was to evaluate in this
context the contributions and challenges faced by students students of the pedagogy
course for FAMAM the practice period of supervised training. And how specific
objectives are outlined-: Know the course of the internship project of the Faculty of
Pedagogy Maria Milza; Identify what are the challenges faced by (the) students of the
Faculty of Education at the stage of practice; Assess the contributions of the
internship practice for (the) students of the Bachelor's Degree in Education from the
School Maria Milza. As for the approach of the research objectives is a descriptive,
exploratory. The character of this research is qualitative in nature, since it sought to
collect data on the population studied, describing how and what stage of the
contributions obtained effects on the development of entering students and
graduates of the course to guide this research questionnaires were administered to
Course former students in the six-monthly progress from 5th to 7th semesters and
graduates of that course. Data were analyzed and tabulated in the form of graphs,
tables. After the investigation, there was a very important stage as potentiating
exercise of new knowledge.

Keywords: Stage Supervised. Famam. Difficulty. Potentiator.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Alunos ingresso e egressos do curso de Pedagogia da


FAMAM.......................................................................................................................28
Figura 2- Situação semestral dos alunos ingresso e egressos do curso de
Pedagogia da FAMAM...............................................................................................29
Figura 3- Experiência com a docência de alunos ingresso e egressos do curso de
Pedagogia da FAMAM...............................................................................................29
Figura 4- Nível de dificuldade em realizar o estágio supervisionado pelos alunos
ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM..........................................30
Figura 5- Grau de experiência adquirido em realizar o estágio supervisionado pelos
alunos ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM...............................33
Figura 6- Grau de dificuldade adquirido em realizar o estágio supervisionado pelos
alunos ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM...............................35
Figura 7- Conhecimento o manual do estágio supervisionado do curso de
Pedagogia da
FAMAM.......................................................................................................................37
Figura 8- Considera suficiente o período de aulas teóricas do estágio
supervisionado do curso de Pedagogia da FAMAM..................................................38
Figura 9- Expectativas ao realizar o estágio supervisionado pelos alunos ingresso e
egressos do curso de Pedagogia da FAMAM............................................................39
Figura 10- Contribuição do estágio supervisionado para os alunos ingresso e
egressos do curso de Pedagogia da FAMAM............................................................40
Figura 11- Avaliação do estágio supervisionado pelos alunos ingresso e egressos
do curso de Pedagogia da FAMAM............................................................................42
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Afirmações dos alunos pesquisados referentes ao nível de dificuldades


encontrados para realizar o estágio supervisionado..................................................31
Quadro 2- Afirmações dos alunos pesquisados referentes ao grau de experiência
adquirido ao realizar o estágio supervisionado..........................................................33
Quadro 3- Afirmações dos alunos pesquisados referentes ao grau de dificuldade
encontrado para construção projeto para o estágio supervisionado..........................36
Quadro 4- Afirmações dos alunos pesquisados referentes as contribuições do
estágio supervisionado para sua formação profissional.............................................40
LISTA DE SIGLAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas e Técnicas


EJA: Educação de Jovens e Adultos
CNE: Conselho Nacional de Educação
CP: Conselho Pleno
DIREC: Diretorias de Extensão e Relações Comunitárias

FAMAM: Faculdade Maria Milza


FACTAE: Faculdade de Ciência e Tecnologia Albert Einstein
HEM: Habilitação Específica para o Magistério
IES: Instituições de Ensino Superior
LDB: Leis de Diretrizes e Bases

ONG’s: Organizações Não Governamentais


PNE: Plano Nacional da Educação
PPP: Pesquisas e Práticas Pedagógicas
SESC: Serviço Social do Comércio
UFRB: Universidade Federal do Recôncavo Baiano
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UM PROCESSO QUE ASSOCIA TEORIA E


PRÁTICA....................................................................................................................17
2.1 O ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURRICULAR EM PEDAGOGIA...................19
2.2 A EVOLUÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO E A
TRANSIÇÃO DO CURSO NORMAL SUPERIOR PARA O ATUAL CURSO DE
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA............................................................................20
2.3 A FACULDADE MARIA MILZA E O CURSO DE LICENCIATURA EM
PEDAGOGIA DA FACULDADE MARIA MILZA.........................................................22
2.4 O ESTÁGIO COMO FERRAMENTA FUNDAMENTAL PARA O PROCESSO DE
FORMAÇÃO DOCENTE NO CURSO DE PEDAGOGIA DA FAMAM.......................23
2.4.1 Etapas e compreensões do estágio supervisionado da Faculdade Maria
Milza...........................................................................................................................25

3 O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FAMAM: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES


PARA OS INGRESSOS E EGRESSOS DO CURSO DE PEDAGOGIA...................28

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................44

REFERÊNCIAS..........................................................................................................46

APÊNDICES...............................................................................................................48

ANEXOS....................................................................................................................52
11

1 INTRODUÇÃO

Durante o período da década de 60, para atuar como professor era


necessário apenas que o profissional concluísse a formação de ensino médio, em
classificação de Magistério, a qual posteriormente passou a ser denominada como
Ensino Normal, dando ao concluinte condição de atuar em sala de aula. Contudo, o
Ministério da Educação por volta dos anos 90, constatou que somente essa
formação não era completamente adequada para tal cargo, tornando assim,
estabelecido que para atuação do professor em sala de aula, inclusive para a
educação de nível básico, o mesmo deveria possuir nível superior completo.
Com a implantação da obrigatoriedade do Nível Superior para atuação do
professor para a educação básica, instituído pela LDB DE 1996, cresceu a demanda
da busca dessa formação por professores já atuantes em sala e indivíduos que
desejavam tal profissão. Com a abertura de abrangência do curso para além da sala
de aula, estimulou-se assim, uma procura maior para a licenciatura em Pedagogia
por profissionais que buscavam dentro desse curso assumir um perfil diferenciado
daquele atribuído unicamente ao professor, para atuarem também em ambientes
não escolares como os que abrangem a Pedagogia Empresarial e a Hospitalar.
Até a primeira década do ano 2000 , admitiu-se, por universidades e
instituições de ensino superior a existência de dois cursos que habilitavam seus
alunos para atuarem como professores do ensino infantil e para os anos inicias da
educação, sendo eles o Normal Superior e o curso de Pedagogia. Porém, o Normal
Superior compreendia somente a habilitação do profissional/professor destinado a
atuar na educação infantil e no ensino dos Anos Iniciais. Já o curso de Pedagogia
além de habilitar para o mesmo campo de atuação que o Normal Superior, também
envolvia a administração, planejamento, supervisão e outras funções para a
educação, tornando assim, desnecessária a existência de dois cursos que
oferecessem quase as mesmas funções. E, dessa forma, somente o curso de
Pedagogia, que vai além das capacitações do curso Normal Superior, passou a ser
oficialmente a habilitação para tal formação.
O curso de Pedagogia da FAMAM é regulamentado pela Portaria nº 1.132 de
21 de dezembro de 2006, publicado no Diário Oficial da União no dia 26 do mesmo
ano. Porém, com a portaria de nº 56, de 31 de maio de 2012, a Faculdade Maria
12

Milza absorveu também o curso de Pedagogia da FACTAE e tornou-se responsável


pela formação das turmas que recebeu dessa outra instituição.
A FAMAM visa licenciar seus alunos para a formação pedagógica, em um
regime semestral com sua integralização em 7 semestres, que somados obedecem
a uma carga horária de 3.280 horas. Destas 400 horas deverão ser destinadas à
realização de estágios supervisionados de caráter obrigatório por lei.
O estágio supervisionado proposto pelo Curso de Pedagogia da Faculdade
Maria Milza é realizado conforme a RESOLUÇÃO CNE/CP2, de 19 de fevereiro de
2002, que aborda a questão de formação de professores de educação básica. Às
400 horas para a prática de estágio curricular devem ter início a partir da segunda
metade do curso, sendo que o estágio I abrange a Educação Infantil e o Ensino
Fundamental, o II na realiza-se competência da EJA e o III de atuação em Gestão,
todos eles em espaços escolares e não escolares.
Privilegia-se, neste processo, a articulação entre os saberes construídos no
cotidiano das práticas pedagógicas com a formação docente, tendo como
pressuposto a conexão entre teoria e prática para que, assim, o aluno possa se
apropriar das experiências e conhecimentos adquiridos nesse processo.
Não pode se dizer que a prática de estágio seja algo fácil de realizar, pois
envolve uma preparação bem estruturada, com visita à campo, para que, após o
conhecimento prévio do ambiente escolar ou não escolar o estagiário possa planejar
e construir um projeto adequado e que corresponda as necessidades propostas e
averiguadas por ele em sua observação. Tudo isso em prol de adquirir novos
conhecimentos, tornando-se um pesquisador/investigador, crítico e capaz.
Dessa forma, a referida pesquisa levanta como problema: Quais as
contribuições e desafios proporcionados pelo estágio supervisionado no curso de
Pedagogia da Faculdade Maria Milza? Destacando o seguinte objetivo geral: Avaliar
as contribuições e desafios encontrados pelos alunos estudantes do curso de
pedagogia da FAMAM durante o período de prática do estágio supervisionado, e os
específicos de: Conhecer o projeto de estágio do curso de Pedagogia da Faculdade
Maria Milza; Identificar quais são os desafios enfrentados pelos (as) discentes do
curso de Pedagogia na prática de estágio; Averiguar as contribuições da prática de
estágio para os (as) discentes do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade
Maria Milza.
13

Diante de pesquisas realizadas referentes às monografias elaboradas pelos


educandos da faculdade Maria Milza, observou-se que essa temática é pouco
pesquisada na academia, mesmo sendo ela fundamental e de grande importância
para a formação do profissional pedagogo, sendo assim torna-se este mais um
motivo crucial para a realização dessa pesquisa.
A pesquisa hora realizada também tem sua contribuição para a sociedade,
demonstrando aos sujeitos que a compõem a importância de um profissional bem
formado e preparado para o campo do trabalho educativo, verdadeiros contribuintes
para o desenvolvimento social. Ressaltando a validação da formação do pedagogo
juntamente com a realização práxis, o que o aproximará da sua futura realidade
profissional e o capacitará para que o mesmo possa assim colaborar para a
formação de novos cidadãos críticos e capazes de contribuir para a construção e
evolução da sociedade a qual integram.
O presente estudo contribui ao demonstrar que além da formação para atuar
como professor do ensino fundamental, o estágio supervisionado possibilita que se
efetive para o aluno/pedagogo a relação teoria/prática dos conhecimentos
pedagógicos, administrativos e de organização de ambientes escolares e não
escolares, cujas teorias foram estudadas em disciplinas como: Pedagogia
Empresarial e Hospitalar, fornecendo-nos conhecimento do quão próximo encontra-
se o que foi aprendido na academia do que se efetiva na atuação do pedagogo.
Existe na instituição (FAMAM) um manual para o estágio do curso de
Pedagogia e o intuito da presente pesquisa é contribuir para o enriquecimento desse
material já pré-existente, cooperando com informações que dizem respeito a leis e
retificações ocorridas pós-elaboração do mesmo.
Assim, como afirma Alves (2003) a pesquisa é um exame cuidadoso,
metódico, sistemático e profundo, que busca desvendar elementos, e verificar
informações existentes com o intuito de adicionar algo novo ao fato investigado. A
pesquisa faz-se necessária quando se deseja adquirir respostas às problemáticas
que surgem referentes a determinado fato ao qual se deseja ter um conhecimento
mais aprofundado.
De acordo com as considerações de Marconi e Lakatos (2010, p. 139)
advertem que, “A pesquisa, portanto, é um procedimento formal com método de
pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico, e se constitui no caminho
para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
14

Bastos e Keller (1999, p. 11) ainda dizem que “Toda e qualquer atividade a
ser desenvolvida, seja teórica ou prática, requer procedimentos adequados.
Justamente é o que a palavra método traduz”, e Marconi e Lakatos, (2010, p. 106)
reiteram ao afirmarem que: “[...], o método se caracteriza por uma abordagem mais
ampla, em nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da
sociedade. É, portanto, denominado método de abordagem [...]”.
Conforme esse entendimento, a pesquisa realizada organizou-se em uma
metodologia de realização de pesquisa exploratória e descritiva, de natureza
qualitativa, a qual segundo Moresi (2003, p. 69) “ajuda a identificar questões e
entender porque elas são importantes”, ainda segundo Gil (2002, p. 41) “a
perspectiva exploratória têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou
descoberta de intuições [...] bastante flexível, de modo que possibilite a
consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado”.
Gil (2002 p. 42), também afirma que: “As pesquisas descritivas têm como
objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou
fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Desse modo,
buscou-se realizar a pesquisa descritiva tal como foi exposto pelo autor. A pesquisa
que tem como título: Estágio Supervisionado: contribuições e desafios para os
discentes e egressos do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Maria
Milza, e que foi realizado na Faculdade Maria Milza, localizada na cidade de
Governador Mangabeira, às margens da BR 101, foram as bases para o
cumprimento do desenvolvimento metodológico desse trabalho.
Conforme a percepção de pesquisa realizada já apontada, o trabalho
desenvolvido caracterizou-se em uma pesquisa de campo, a qual para Bastos e
Keller (1999, p. 55) é classificada como a “que visa diminuir dúvidas, ou obter
informações e conhecimentos a respeito de problemas para os quais procura
resposta ou a busca da confirmação [...]”. Tal modalidade foi escolhida no intuito de
identificar as contribuições e os desafios do Estágio Curricular Supervisionado, para
os discentes e egressos do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Maria
Milza.
Os procedimentos utilizados nessa pesquisa foram de estudo documental e
aplicação de questionários semiestruturados, por proporcionarem maior contato com
as informações de forma direta.
15

Os dados coletados foram representados por gráficos e/ou quadros, depois


analisados e discutidos. A população pesquisada foi os estudantes do 5º ao 7ª
semestre, os egressos e as docentes das disciplinas Estágio Curricular
Supervisionado I, II e III, do curso de Pedagogia, da Faculdade Maria Milza.
Este estudo está dividido em quatro capítulos sendo o presente capítulo o
qual descreve brevemente o tema, a justificativa, problema e objetivos estudados,
além de descrever os capítulos que compõe este estudo.
O segundo capítulo intitulado de “Estágio Supervisionado: Um processo que
associa teoria e prática” é composto por cinco subcapítulos. O subcapítulo 2.1, “a
Faculdade Maria Milza” trata acerca da história da instituição. O subcapítulo 2.2, “A
evolução na formação do profissional da educação e a transição do curso Normal
Superior para o atual curso de Licenciatura em Pedagogia” que apresenta de forma
sintética e clara um breve histórico sobre os cursos de formação dos professores, e
a classificação da Licenciatura em Pedagogia como oficial curso de formação de
professores e profissionais da área da educação. O subcapítulo 2.3 intitulado de “O
Estágio Supervisionado em Pedagogia” discute a importância do exercício do
estágio para a formação profissional do Pedagogo. O subcapítulo 2.4 intitulado de
“O curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Maria Milza” nos trás a breve
história do curso de Pedagogia ministrado na FAMAM, desde sua composição até
sua evolução ao longo do tempo. O subcapítulo 2.5 intitulado de “Estágio como
ferramenta fundamental para o processo de formação docente no curso de
Pedagogia da FAMAM” discute sucintamente a importância do estágio para a
promoção da práxis pedagógica. Esse último subcapítulo contém mais uma divisão,
2.5.1 intitulado de “Etapas e compreensões do Estágio Supervisionado da
Faculdade Maria Milza”, focando-se em explicar detalhadamente o Estágio
Supervisionado do curso de Pedagogia da FAMAM.
O terceiro capítulo foi intitulado de “Exposições e compreensões das
dificuldades e potencialidades do Estágio Supervisionado da FAMAM para o
desenvolvimento do profissional pedagogo formado pelo curso de Pedagogia da
instituição”. Nesta seção são apresentadas reflexões em torno da importância e as
potencializações oferecidas por esse exercício e vem apresentando os dados
obtidos durante a pesquisa de campo acerca das contribuições e desafios do
Estágio Supervisionado para os alunos ingressos e egressos desse curso. Este
16

trabalho finaliza com as considerações finais concedendo um espaço em que são


transcritos os pontos de vista da autora.
17

2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UM PROCESSO QUE ASSOCIA TEORIA E


PRÁTICA

A formação profissional não pode ocorrer apenas com o ensino e concepções


teóricas, é claro que são partes integrantes e de fundamental importância para que
haja uma concretude da profissionalização, por serem elas, as teorias, experiências
vividas e presenciadas por outros e que, de certa forma, podem nortear os alunos
quanto às diversas realidades da formação a qual almejam.
A teoria por si só não dá conta de contemplar a diversidade de conhecimentos
necessários para formar um profissional competente, e para isso faz-se necessária à
prática que, por sua vez, deve ser bem referenciada a luz de teóricos que tratem
com precisão do assunto a ser trabalhado, possibilitando assim que o
aluno/estagiário obtenha suas próprias experiências, não se limitando somente a
aprender com as experiências alheias, mas sim tomá-las de forma crítica e
construtiva para entender as ações e reações advindas das mesmas.
O estágio é o processo de capacitação do indivíduo em formação acadêmica,
para que o mesmo possa diferenciar realidades que serão por eles vivenciadas, das
anteriormente estudadas, assim como dizem Pimenta e Lima (2008, p. 35) “O
exercício de qualquer profissão é prático, no sentido de que se trata de aprender a
fazer ‘algo’ ou ‘ação’”, sem a prática o profissional adquire somente meia formação,
que o torna ineficaz na área a qual deseja atuar.
No estágio, conforme Buriolla (2009) é que a identidade profissional do aluno
de pedagogia é requintada na sua construção, voltando-se para o desenvolvimento
de ações a serem vivenciadas, de forma reflexiva e crítica e, por isso, deve ser
planejado sistematicamente com essa finalidade, bem como fala o autor, é nesse
sentido que se dá à formação da “identidade profissional” do estudante acadêmico,
quando ele une a prática com a teoria, as quais não podem ser desassociadas para
que haja o desenvolvimento do estágio na promoção dessa unidade o que se
caracteriza como práxis pedagógica.
A lei 11.788 de 25 de setembro de 2008 refere-se ao estágio e suas
regularidades nela vêm especificando os tipos de estágio, obrigações dos
estudantes/estagiários e do ato de supervisão que deve ser realizado pelo
educador/orientador da instituição de ensino superior a qual o aluno estuda.
18

Segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego (2008, p. 7) exposto na lei


que se refere ao estágio tem-se que:

Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no


ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.

Como está especificado no artigo 1º da lei 11.788, o estágio é o aprendizado


que leva o aluno a vivenciar a realidade do trabalho, dar-lhe uma noção mais
completa do que irá realizar e das realidades que terá que enfrentar diante das
necessidades.
O estágio é composto de ações, sendo uma delas a de observação que deve
ser o momento investigativo e analítico, em que o aluno dotar-se-á de
conhecimentos referentes ao trabalho que deverá ser realizada e poderá também
modelar-se conforme observado em boas atuações de professores, porém é
importante saber que a motivação dessa etapa não unicamente a observação para
imitação. Caso o objetivo da observação fosse somente imitar a prática do outro
profissional, não seria necessário o estágio, o aluno se basearia somente nas
técnicas descritas nos livros e manuais, como se fosse uma receita pronta.
A esse respeito, destaca-se o que se vê bem colocado nas falas das autoras
Pimenta e Lima (2008, p. 35) “A prática como imitação de modelos tem sido
denominada por alguns autores ‘artesanal’, caracterizando o modo tradicional da
atuação”, ou seja, fazer o que o outro faz, sem exercitar a criticidade e a inovação
que devem ser produzidas ou instigadas conforme o conhecimento dos fatos
observados. No entanto Berbel (1998, p. 142) acerca da observação afirma que “Tal
observação permitirá aos alunos identificar dificuldades, carências, discrepâncias, de
várias ordens, que serão transformadas em problemas, ou seja, serão
problematizadas.” É dessa ação de observar, que se formulará a problemática da
pesquisa de estágio.
O estágio segundo o a lei 11.788 pode ser classificado de duas formas,
obrigatório ou não obrigatório, conforme as Diretrizes Curriculares e Projeto
Pedagógico de cada curso, visando o melhor desempenho de seus educandos.
Segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego (2008, p. 7):
19

§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja


carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Na FAMAM se dá a realização de ambas às formas de estágios, sendo o não


obrigatório os estágios remunerados em instituições conveniadas à faculdade Maria
Milza, como a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano), SESC (Serviço
Social do Comércio) entre outros, que possibilitam aos alunos da FAMAM um
período de prática, na qual ele poderá aperfeiçoar seus conhecimentos e adquirir
novos por meio dessa experiência que em muito contribui para a sua formação.
O estágio em questão no presente estudo é o obrigatório, que na instituição
Faculdade Maria Milza é denominado como Estágio Supervisionado Curricular, o
qual serve de requisito para a aprovação parcial do educando.

2.1 O ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURRICULAR EM PEDAGOGIA

Conhecer a história que se desenrola até chegar ao atual curso de


Licenciatura em Pedagogia é somente um dos caminhos que se tem a percorrer
para compreender a real necessidade da prática do estágio supervisionado, seus
desafios para os educandos e suas contribuições, “Só se consegue entender,
explicar e modificar aquilo que se conhecem as características e a história”
(MICHAEL, 2005. p. 2), e é por essa causa que se faz necessário o conhecimento
dos fatos que envolvem o desenvolvimento da prática do magistério e da
importância do estágio curricular.
Toda formação que tem por objetivo a qualidade, tem como proposta a
prática, e essa prática nos cursos de formações denominam-se estágio. O curso de
magistério, em suas obrigatoriedades constava as horas de práticas, no Normal
Superior também, e assim, como em todas as outras formações legais, a Pedagogia
também tem por exigência para sua conclusão e validação, o estágio
supervisionado, que é indispensável para o cumprimento da LDB 9394/96, o qual é
regido pela resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002.
Segundo afirmam Silva e Urbanetz (2009, p.11):
20

Partindo do pressuposto de que a formação do pedagogo é a docência, a


escola e o ensino formal serão privilegiados durante a organização dos
projetos de estágio. Entretanto, o investigador que pretendemos formar
deverá atuar em todos os espaços educacionais públicos e privados da
educação formal e não formal.

Dessa forma observam-se quantas mudanças foram promovidas na formação


para o magistério, e o potencial de qualificação que tende a proporcionar ao aluno
estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia, na elaboração e realização do
estágio supervisionado, o qual não só visa preparar seu aluno para a atuação em
sala de aula, mas em diversos âmbitos educacionais públicas e particulares, formal
ou informal, assegurando assim que ocorram práticas de estágio que promovam a
educação inclusiva e a administrativa. O estágio supervisionado possibilita a
aproximação da teoria e da prática levando o aluno a fortalecer o aprendizado
adquirido durante sua vida acadêmica e lhe permite também vivenciar novas e
diversificadas experiências as quais somente a prática pode proporcionar.

2.2 A EVOLUÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO E A


TRANSIÇÃO DO CURSO NORMAL SUPERIOR PARA O ATUAL CURSO DE
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

A profissionalização para atuar na área da educação como professor a


princípio era ministrada às turmas de normalistas no período da 1ª LDB, já na
década de 70 no período da 2ª LDB, acontecia pela formação em nível médio no
antigo e não mais existente curso de magistério que doravante preparava o aluno
para atuar como professor para o ensino infantil e nas séries iniciais, assim como
encontra-se na revogada LDB 5692/71 em seu V capítulo, o qual trata de assuntos
referentes a professores e especialistas, no artigo 30 é citada que a exigência
mínima para atuação no magistério no ensino da 1ª à 4ª série, seja a habilitação
específica adquirida no 2º ciclo, que até então essa especificação era chamada de
Magistério, mas, algum tempo depois esse curso passou a denominar-se Normal,
ele compreendia matérias básicas, como as de Português, Matemática, História,
Geografia entre outras, para a formação dos alunos e as de currículo que eram as
Metodologias e Didática, que condiziam as séries de atuação.
Admitir o Magistério como formação básica para atuar em sala de aula já não
mais satisfazia os requisitos necessários e nem mesmo uma preparação bem
21

fundamentada, dessa forma, a LDB 9394/96 propõe que a habilitação necessária


para atuação em sala de aula na educação infantil e nas quatro primeiras séries seja
a formação em nível superior, conforme isso, o magistério foi extinto dando início ao
curso Normal Superior que foi idealizado pelo educador e escritor brasileiro Anísio
Teixeira. O curso de Normal Superior só poderia ser ministrado pelas IES
(Instituições de Ensino Superior) as quais tiveram origem juntamente com o curso.
Tal como descrito abaixo na LDB 9394/96 (1996, p. 22):

Art. 62º. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á


em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em
universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação
mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro
primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal.

Com a formação do curso Normal Superior para todos os profissionais da


educação, professores do ensino infantil e das séries iniciais, ocorre então um
questionamento: E os professores formados no antigo curso Magistério e/ou Normal
do ensino fundamental, eles não seriam mais admitidos para trabalharem como
professores? Ainda que a LDB 9394/96 no artigo 62 assegurasse que a qualificação
mínima para que o docente possa atuar na educação básica seja a graduação em
cursos de licenciatura específica em instituições de ensino superior e/ou
universidades.
Segundo o Plano Nacional de Educação 2011-2020 (2010, p. 89):

A fim de alcançar a meta de 100% dos docentes com ensino superior


completo em 2020, os esforços desencadeados pelo ministério da educação
e pelas secretarias estaduais e municipais de educação deverão romper
com a linha de tendência atual que pode ser observada no ano de 2007,
2008 e 2009. Assim um conjunto de ações de formação inicial
complementares deverá elevar o percentual atual de 68% dos docentes em
ensino superior para 100% em 2020.

O PNE 2011-2020 estipula um prazo de que até o ano de 2020 todos os


profissionais da educação já possuam nível superior, porém, ainda pode se admitir
professores formados no antigo e já extintos cursos do Magistério ou Normal do
ensino médio, contudo, esses professores devem buscar alcançar a qualificação em
nível superior para continuar exercendo a profissão.
22

Já se sabia que a formação no nível superior é essencial para a atuação do


professor em sala de aula, agora o que cabia analisar é qual dos cursos de
formação de professores melhor habilitaria esse profissional destinado ao mercado,
e o que abrangeria cada um deles, já que após a extinção do curso Normal do
ensino médio, duas opções eram oferecidas pelas instituições de ensino superior.
A esse respeito figuram-se o curso Normal Superior, que habilitava o seu
aluno somente para o exercício do magistério, e o curso de Pedagogia que se
objetivava na formação de pesquisadores das competências da educação, prontos
para atuarem nas áreas administrativas, na coordenação e organização do
funcionamento educacional e, além disso, também oferecia capacitação básica para
atuar em sala de aula. Assim, devido a gama de habilitações oferecidas pelo curso
de Pedagogia, o Normal Superior acabou por tornar-se obsoleto, por oferecer
mínimas possibilidades para uma área tão vasta como é a educação.

2.3 A FACULDADE MARIA MILZA E O CURSO DE LICENCIATURA EM


PEDAGOGIA DA FACULDADE MARIA MILZA

Em 18 de março do ano de 2004, teve início a Faculdade Maria Milza, na


cidade de Cruz das Almas, no Recôncavo baiano. Criada a partir do sucesso do
Centro Educacional Maria Milza, visando atender as necessidades de formação
continuada, em nível de graduação acadêmica para os alunos egressos de Cruz das
Almas e região, a Faculdade Maria Milza oferecia ao seu público, na fase inicial de
sua criação, três cursos de graduação: Enfermagem, Geografia e o Normal Superior,
que hoje corresponde ao curso de Pedagogia.
Sob a direção do Professor Doutor Weliton Antônio Bastos de Almeida, a
FAMAM agora encontra-se localizada as margens da BR 101, na localidade do
município de Governador Mangabeira, ela atende a mais de 1500 alunos e conta em
seu quadro de funcionários um total de 250 colaboradores, desde as áreas técnicas
administrativas a professores, todos bem capacitados para atender as demandas
que lhes cabem. A FAMAM nos dias atuais expandiu sua formação e agora além da
graduação, oferece também cursos de mestrado e pós graduação em: Bioquímica
Clínica e Técnicas Moleculares Aplicadas ao Diagnóstico, Ciências da Atividade
Física e Saúde, Docência do Ensino Superior, Educação Infantil, Enfermagem do
Trabalho, Enfermagem em Urgência, Emergência e UTI, Gestão de Pessoas,
23

Gestão Escolar, Gestão Estratégica de Negócios, Pedagogia Hospitalar e Saúde


Coletiva com Habilitação em Sanitarismo, além disso, ampliou sua oferta de cursos
que d’antes eram só três para muitos outros, dentre eles Administração, Educação
Física, Biomedicina , Farmácia, História e outros.
Com data de 05 de fevereiro do ano de 2007 teve início na FAMAM o curso
de Normal Superior, que habilitava seus alunos acadêmicos para atuação
profissional em sala de aula para lecionar na Educação Infantil e nas Series Iniciais,
o qual futuramente passaria da nomenclatura de Normal Superior para Pedagogia,
conforme Diário Oficial de (2006, p. 11)

O Secretário de Educação Superior, usando da competência que lhe foi


conferida pelo Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, e tendo em vista o
Despacho nº 2.208/2006, do Departamento de Supervisão do Ensino
Superior, resolve: Art. 1º Transformar os cursos Normais Superiores,
licenciaturas, referidos na planilha integrante deste artigo, em cursos de
Pedagogia, licenciatura, em regime de autorização, com o número de
vagas, turnos e nos endereços nela discriminados. Parágrafo único. A
transformação que ora se processa é válida apenas para os cursos
ministrados nos endereços referidos na planilha constante deste artigo. Art.
2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

No ano de 2012, a Faculdade Maria Milza, absorveu da Faculdade de


Ciências e Tecnologia Albert Einstein (FACTAE) o curso de Pedagogia passando a
ministrá-la de forma modular, e juntamente com o curso a FAMAM recebeu seus
alunos, com o dever de concluir a formação dessa turma. Hoje a integralização do
curso se dá em sete semestres, sendo a carga horária mínima de 3.800 h dividido
em regime letivo semestral.

2.4 O ESTÁGIO CURRICULAR E O PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE NO


CURSO DE PEDAGOGIA DA FAMAM

O estágio é um item curricular obrigatório por lei no artigo 61 da LDB, ele é


descrito no parágrafo I, LDB 9394/96, (1996. p. 22) em que se assegura:

Art. 61º. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos


objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características
de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação
em serviço;
24

Conforme a leitura e entendimento da Lei acima citada, o Estágio


Supervisionado não é somente uma garantia legal como também é fundamental
para a formação do profissional pedagogo, o qual de forma alguma pode ser deixado
de lado.
O Estágio Supervisionado é incluso como disciplina articuladora da práxis no
curso de Pedagogia da FAMAM, ou seja, essa disciplina possibilita que o aluno
ponha em prática o que foi adquirido de conhecimento teórico, assim como é feito
em cada curso das demais áreas, realizando os estágios específicos que lhes
cabem, pois, o que seria da formação profissional se a mesma fosse considerada
completa somente num processo em que houvesse apenas a teoria? Compreende-
se que estes sujeitos não seriam realmente profissionais completos sendo lançados
no mercado de trabalho para agirem na vida real, fora dos livros, sem a devida
inclusão prática e seus saberes.
Entende-se tal como, Silva e Urbanetz, (2009, p. 12) que, “Por ser, portanto,
uma etapa fundamental da profissionalização do estudante, o estágio deverá ser
realizado em ambientes reais de trabalho.” Pois, ao se depararem com situações as
quais não estariam grafadas em determinadas páginas, o aluno que não teve uma
formação prática, não teria noção de como poderia agir em uma situação problema.
Fica óbvio que é a prática objetiva-se em torna esse aluno completo, mas
essa prática em momento algum deve ser dissolúvel da teoria, ambas devem estar
ligadas, uma dando suporte a outra para um melhor resultado.
O curso de Pedagogia da Faculdade Maria Milza propõe três fases de prática
de estágio curricular, sendo elas o Estágio Curricular I: Que designa a prática
pedagógica no ensino na Educação Infantil /anos iniciais do ensino fundamental,
com carga horária estimada num total de 148 horas; Estágio Curricular II: ao qual
cabe a prática pedagógica no ensino na modalidade Educação de Jovens e Adultos
e Idosos, ou seja, o EJA, num total de carga horária de 128 horas e o Estágio
Curricular III: Que é a realização da prática pedagógica que ocorrerá em ambientes
escolares (Gestão) e não escolares, de carga horária total de 124 horas, tudo isso
conforme o Manual do Estágio da FAMAM, datado do ano de 2012, elaborado e
redigido pela Professora Celidalva Souza Reis.
25

2.4.1 Etapas e compreensões do estágio supervisionado da Faculdade Maria


Milza

Na faculdade Maria Milza, o estágio supervisionado compreende três etapas


básicas para a formação do profissional pedagogo da atualidade as quais a
instituição compromete-se a desenvolver. E essas atividades do estágio seguem a
linha de pensamento da problematização, conforme traz Berbel (1998) quando faz
referência ao Arco de Charles Maguerez, que sua vez conceitua as etapas da
realização do estágio em cinco fases, sendo a primeira a de observação social, a
segunda como ponto-chave, a terceira sendo a da teorização, que corresponde as
nossas discussões teóricas, a quarta sendo a hipótese de solução, ou seja a
metodologia a ser utilizada e a quinta e última a de aplicação à realidade, que em
nosso estágio conhecemos como aplicação prática ou intervenção em campo.
O primeiro deles é o estágio em Educação Infantil / Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, o segundo dá-se na modalidade da EJA e o terceiro nas áreas de
Gestão da educação formal, informal e não formal.
O estágio em Educação Infantil / Anos Iniciais do Ensino Fundamental da
FAMAM possui, quase a mesma abrangência do estágio que era realizado no antigo
curso de Magistério, no que diz respeito na vivência da realidade que se tem em
sala de aula.
Conforme as informações de, Almeida (1995, p. 27) quando afirma que:

Esses estágios são feitos nas quatro séries iniciais do 1º grau e na pré-
escola, cursos que só funcionam no período diurno. Durante cada ano
letivo, os alunos do HEM devem cumprir uma determinada carga horária,
contabilizadas no total das horas recomendadas pela legislação para o
estágio.

É nessa fase do estágio que o aluno exercitará com base no seu aprendizado
as metodologias que convém àquela turma, esse estágio é diretamente voltado para
a formação do profissional educador, assim como uma grande e importante etapa
para a sua formação profissional, porém, há diferença entre o estágio I hoje
oferecido pelo curso de Licenciatura em Pedagogia para os que eram praticados no
antigo HEM.
No que diz respeito à organização, Almeida (1995) classifica que o processo
de observação era reduzido ao ato de olhar para fazer igual, o que para muitos
26

teóricos é caracterizada como prática “artificial”, ela ainda assegura que nesse
momento o aluno/estagiário fazia anotações das aulas ministradas pelo professor
regente, o que depois serviria de material para discussão nas salas do HEM.
A segunda etapa desse estágio era a coparticipação com a regente, o que
geralmente não acontecia de fato, e ao aluno/estagiário era dada as atividades de
mimeografar atividades, fazer breves anotações e encadernar materiais, e isso
somente quando e se lhe fosse dado oportunidade.
Já a terceira etapa desse estágio, que seria a regência com supervisão,
acabava por ser condicionada a quantidade de alunos das turmas do HEM, se
fossem numerosas, reduziam-se a uma ou duas aulas observadas pelo supervisor
ou professor de Didática ou da disciplina de Metodologias. Esse estágio não exigia a
construção de projetos para sua realização, e sim planos de aula previamente
elaborados, e a documentação final era um relatório no qual o aluno relatava os
fatos ocorridos nos dias que se passaram o estágio.
O estágio na Educação Infantil e no ensino dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental da FAMAM, possui uma carga horária total de 148 horas, as quais
devem ser utilizadas para a observação, construção do projeto de estágio, execução
do projeto e produção do relatório do estágio. É um estágio de período diurno,
podendo ser no turno matutino ou vespertino.
A segunda etapa do Estágio Supervisionado da Faculdade Maria Milza ocorre
nas turmas da modalidade EJA, que é uma modalidade da educação básica
destinada à formação do jovem e do adulto que não puderam ou não tiveram
possibilidade de cursar o ensino fundamental e médio em idade da fase infantil e
adolescência.
Conforme a Leis de Diretrizes e Bases (1996. p. 15) no que se refere ao EJA,

Da Educação de Jovens e Adultos


Art. 37º. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio
na idade própria.
§ 1º. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do
alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos
e exames.

A EJA é organizada em três ciclos, sendo o primeiro, competente pelo ensino


dos alunos em uma fase que corresponde ao ensino fundamental para as séries
27

iniciais, o segundo compreende o fundamental para as séries finais, e o terceiro para


os alunos mais avançados do ensino médio.
Na FAMAM, a preparação para o estágio na EJA, ocorre da mesma forma
que o estágio em Educação Infantil, é precedido de observação, para se apropriar
da realidade da escola/laboratório, para depois construir o projeto, a integralização
desse estágio se dá num período de 128 horas, compreendendo desde a
observação até a construção do documento final, que é o Relatório do Estágio
Supervisionado. Esse estágio é realizado no período noturno, podendo ser em dias
corridos, ou dias alternados, conforme necessidades por continuar as aulas de
formas regulares na academia, dessa forma é necessário um ajuste nos horários.
O terceiro Estágio Supervisionado da FAMAM compreende as áreas de
gestão educacional, considerados como locais propícios para tal prática espaço
formal de educação ou informal. Esse estágio envolve três etapas diferenciadas.
Uma das etapas do terceiro estágio realizar-se-á em escolas na área de
coordenação e direção, no que tange ao dever do coordenador pedagógico, a outra,
em ONG’s (Organizações Não Governamentais), na realização de atividades que
são do fazer pedagógico, e a última em espaços empresariais.
O terceiro Estágio Supervisionado para a pedagogia potencializa seus alunos
a conhecerem as práticas pedagógicas dentro e fora do ambiente escolar dando-
lhes possibilidade de habituarem-se a uma modalidade pedagógica que tem tido
grande abertura no mercado.
Todas essas etapas da organização do curso de Pedagogia e do seu Estágio
Supervisionado devem obedecer às diretrizes que regem o curso assim como vem
descrito na CNE/CP1 (2006, p. 5)

Art. 9º Os cursos a serem criados em instituições de educação superior,


com ou sem autonomia universitária e que visem à Licenciatura para a
docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação
Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas
nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos, deverão ser
estruturados com base nesta Resolução.

Como descrito acima no recorte feito da CNE/CP1, o Estágio Supervisionado


da FAMAM obedece e segue suas etapas, adaptando-as ao curso e as
necessidades da sociedade que posteriormente recebera esse profissional
capacitado para desempenhar suas funções.
28

3 O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FAMAM: DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES


PARA OS INGRESSOS E EGRESSOS DO CURSO DE PEDAGOGIA

Foi realizada uma pesquisa intra e extra lócus Faculdade Maria Milza, com
aplicação de um questionário misto, contendo perguntas subjetivos e objetivos,
precedidas de justificativas.
Obteve-se uma amostra total de 87 (oitenta e sete) alunos, sendo desses: 17
(dezessete) alunos do 5º semestre, correspondentes ao Estágio I; 29 (vinte e nove)
alunos do 6º semestre, os quais correspondem ao Estágio II; 18 (dezoito) alunos
correspondendo ao 7º semestre, em exercício do Estágio em sua última etapa, ou
seja, o estágio III e 23 (vinte e três) alunos egressos do curso de Pedagogia da
FAMAM.
Conforme resultados das respostas dos questionamentos, observou-se a
paridade entre elas, dessa forma, para melhor obter uma compreensão dos
resultados, resolveu-se optar pela junção das amostras para análise que se seguem
apresentadas em gráficos e palavras dos alunos pesquisados.

Figura 1- Alunos ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM.


90 85

80
70
60
50
40
30
20
10
2
0
Feminino Masculino

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015.
29

Conforme gráfico acima, é notório que as turmas do curso de Licenciatura em


Pedagogia da Faculdade Maria Milza em sua maioria são compostas por indivíduos
do gênero feminino.

Figura 2- Situação semestral dos alunos ingressos e egressos do curso de


Pedagogia da FAMAM.

SEMESTRE QUE ESTÁ CURSANDO


90
80
70
60
50
40
29
30 23
17 18
20
10
0
0
4º Semestre 5º Semestre 6º Semestre 7º Semestre Egresso

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015.

O curso de Licenciatura em Pedagogia da FAMAM dá início ao Estágio


supervisionado a partir do 5º semestre, daí justifica-se a amostra utilizada não
envolver os semestres anteriores.

Figura 3- Experiência com a docência de alunos ingresso e egressos do curso de


Pedagogia da FAMAM.

JÁ ATUA OU ATUOU COMO DOCENTE?

Não
36%

Sim
64%

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015.
30

Dos alunos que compõem a amostra pesquisada 64% já atuaram ou atuam


em sala de aula, e 36% ainda não tiveram essa experiência, dando assim base para
entender que um novo perfil de alunos tem ingressado nos cursos de Pedagogia,
não somente os professores já atuantes tem buscado o curso, ou seja, um
pedagogo com visão para além da sala de aula assim conforme palavras de Silva e
Cardoso (2013, p. 77) “Nessa nova perspectiva, o pedagogo deve pensar em uma
educação que se estenda além dos muros da escola, ser crítico e ter atitudes,
pois será um articulador” por ser ela de atuação em ambiente de educação formal,
não formal e informal.

Figura 4- Nível de dificuldade em realizar o estágio supervisionado pelos alunos


ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM.

NÍVEL DE DIFICULDADE EM REALIZAR O


ESTÁGIO SUPERVISIONADO
90

80

70

60
51
50

40

30 24
20
12
10

0
Muito Médio Pouco

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

O maior número de incidência em nível médio de dificuldade para a realização


do estágio supervisionado conforme relatos dos alunos componentes da amostra se
dão pela falta de disponibilidade das escolas/laboratório em aceitarem a realização
do estágio em suas unidades, algumas com alegação de que o estágio pode
atrapalhar no andamento dos planejamentos da unidade, e alguns professores
também encontram-se temerosos ao acreditarem que o estágio seja um momento
31

em que o aluno/estagiário, o esteja observando para posteriores críticas negativas


às suas aulas ou metodologias de ensino.
Conforme palavras dos (as) alunos (as):
Os alunos abaixo terão seus nomes preservados e substituídos nessa escrita
por números, visando preservar suas identidades.

Quadro 1- Afirmações dos alunos pesquisados referentes ao nível de dificuldades


encontrados para realizar o estágio supervisionado.
ALUNO (A) AFIRMAÇÃO
A1 “Os planejamentos das escolas não incluem essa possibilidade
de estágio, apesar do regimento escolar e do Projeto Político
Pedagógico das escolas prevejam essa abertura para
permanência de todos que são colaboradores para o processo de
ensino-aprendizagem. As escolas apresentam resistência em
aceitar estagiários, tanto os professores que estão em sala de
aula quanto os gestores [...].”

A2 “[...] os professores regentes eram muito resistentes a aplicação


de novas metodologias que propõe uma educação voltada para a
aprendizagem por meio de atividades lúdicas.”

A3 “Tive dificuldade para conciliar trabalho, família, estágio e


faculdade.”

A4 “Atualmente referente a locomoção e com as disciplinas.”

A5 “Não tivemos tantas dificuldades, exceto que tivemos que mudar


o dia pelo fato de que não houve funcionamento no dia em que
havíamos agendado.”

A6 “Por questão de muitas demandas de disciplinas na faculdade,


esse fato ocasionou dificuldades em executar com êxito o
estágio.”

A7 “Não tive dificuldades para realização dos estágios, [...] possuía


experiências.”

A8 “A dificuldade encontrada foi em relação a turma que era


multisseriada.”

A9 “Eu tive um pouco de dificuldade.”

A10 “Falta de tempo e muitas disciplinas ao mesmo tempo.”


32

A11 “No estágio supervisionado I não tive dificuldades, entretanto no II


tenho passado por algumas dificuldades, principalmente no
cumprimento da carga horária.”

A12 “Falta de contribuição de alguns gestores.”

A13 “Atualmente a dificuldade encontrada é em conciliar o estágio na


Educação de Jovens Adultos e Idosos e as disciplinas noturnas
da faculdade.”

A14 “Para mim não foi tão difícil porque eu já dava aula na turma que
realizei o estágio no primeiro estágio, o segundo estágio foi feita
observação e realizamos o estágio com a interação dos alunos,
pois todo projeto foi construído e aplicado na necessidade que
tínhamos observado durante as observações , o terceiro também
foi realizado com bastante entusiasmo por parte das pessoas, já
que tratava de estagio foi realizado em espaços não escolares
com adultos.”

A15 Porque não tive muitas dificuldades com as práticas pedagógicas,


no entanto tive que lidar com a falta de compromisso por parte de
algumas colegas de grupo e profissionais inseridos no município
onde estagiei.

Infelizmente ainda há uma grande resistência por parte de


algumas instituições e docentes em aceitar o Estagiário, talvez
por insegurança, falta de profissionalismo. Muitos insistem em
dizer que os estudantes estão ali para avaliar e que não aceitam
ser observados, fazem pouco caso e se negam a responder
questionários.

E citam a seguinte frase “Bons tempos eram aqueles, em quem


os estagiários eram de verdade, assumiam a turma e tínhamos a
oportunidade de sair para resolver nossas coisas e tirar alguns
dias de férias.”

A16 “A resistência dos professores à aplicação de atividades que


fugiam do padrão por eles estabelecido onde o aluno aprende
apenas por meio da repetição através de um ensino notadamente
tecnicista sendo o lúdico utilizado apenas como “passa tempo”
sem qualquer caráter pedagógico. E por sempre ter trabalhado
com o lúdico e visto os resultados que o mesmo proporciona tive
algumas dificuldades neste aspecto.”

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

Alguns alunos também alegam que questões pessoais como, família e


trabalho também dificultaram a realização do estágio, Barbosa e Amaral (2009)
33

esclarecem que, o importante é entender a raiz das dificuldades encontradas pelos


alunos estagiários e buscar amenizar os impactos negativos que elas possam
propiciar à formação do futuro professor.
É a partir da análise de justificativas das alunas em exercício e pós-exercício
do estágio supervisionado que se obtém um entendimento mais claro referente às
dificuldades que são encontradas para a realização do Estágio Supervisionado.

Figura 5- Grau de experiência adquirido em realizar o estágio supervisionado pelos


alunos ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM.

GRAU DE EXPERIÊNCIA ADQUIRIDO COM O


ESTÁGIO SUPERVISIONADO
90
80
70
60
50 45
39
40
30
20
10 3
0
Muito Médio Pouco

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

Conforme palavras dos alunos, justificam-se a conceituação de grau de


experiência adquirido com a realização do estágio supervisionado entre médio e
muito. Os alunos (as) afirmaram que o maior ganho foi a atuação diversificada do
estágio em diversos ambientes educacionais, assim Silva e Cardoso (2013, p. 68)
declaram que “O campo de atuação do pedagogo é tão vasto quanto as práticas
educativas na sociedade, onde houver pratica educativa intencional haverá
pedagogia.”
A seguir são apresentadas algumas justificativa dos (as) alunos (as) acerca
da discussão sobre a experiência adquirida:
34

Quadro 2- Afirmações dos alunos pesquisados referentes ao grau de experiência


adquirido ao realizar o estágio supervisionado.
ALUNO (A) AFIRMAÇÃO
A17 “É uma oportunidade ótima, principalmente para os
graduandos que ainda não atuam em sala de aula.”

A18 “Apesar de algumas dificuldades enfrentadas, são experiências


riquíssimas, na qual adquirimos e experimentamos novos
conhecimentos.”

A19 “Vale dizer que na prática é possível adquirir mais


experiências.”

A20 “No estágio supervisionado, descobri muitas coisas que


estragaram mais ainda o amor pela pedagogia.”

A21 “Muitas experiências, pois já não atuo na área da educação, foi


uma experiência única.”

A22 “Conhecimento de vivências, trocas de conhecimentos.”

A23 “A experiência foi bastante significativa, pois de cada estágio


houve um aprendizado diferente que enriqueceu mais a minha
formação com pedagoga.”

A24 “O Estágio Supervisionado permitiu que eu colocasse em


prática a ideia construída no projeto do estágio, para
construção dos contrapontos entre a teoria e a prática.”

A25 “Com as crianças foi muito proveitoso porque passamos a


conhecer o comportamento de cada criança. E adquirir
experiências em sala de aula.”

A26 “Mesmo atuando na área de educação, conhecendo o espaço


escolar e algumas dificuldades desse cenário, acredito que sou
uma profissional com mais experiência, responsável e
conscientes de minhas práticas. Tornando-me muito
mais qualificada e capaz de desempenhar o papel de cidadã,
dentro do contexto social, atuando como agente multiplicadora
de conhecimentos e assim colaborando para a formação de
outros cidadãos participativos e críticos.”

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

Não é possível qualificar quantitativamente o grau de experiência obtida com


o estágio supervisionado, mas qualitativamente é possível afirmar ser essa uma
35

experiência ímpar e de grande importância para a formação profissional do futuro


pedagogo, assim como é reiterada essa ideia nas justificativas dos (as) alunos (as).

Figura 6- Grau de dificuldade adquirido em realizar o estágio supervisionado pelos


alunos ingresso e egressos do curso de Pedagogia da FAMAM.

GRAU DE DIFICULDADE PARA REALIZAR A


CONSTRUÇÃO DO PROJETO PARA SER
APLICADO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
90
80
70
60
49
50
38
40
30
20
10
0
Muito Pouco

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

A preparação de um projeto para a realização do Estágio Supervisionado é


uma atividade muito importante, por ser nesse momento que se fará a união da
teoria e da prática, com o objetivo de contribuir tanto para com a escola/laboratório,
no que diz respeito na sua intervenção conforme necessidades observadas durante
o período de observação, quanto para o aluno/estagiário, que terá oportunidade de
experimentar novas realidades que parcialmente o preparará para suas atuações
profissionais futuras, como podemos compreender nas palavras de Prado (2009, p.
5),

A idéia de projeto envolve a ANTECIPAÇÃO de algo desejável que ainda


não foi realizado, traz a idéia de pensar uma realidade que ainda não
aconteceu. O processo de projetar implica analisar o presente como fonte
de possibilidades futuras.
36

Na Faculdade Maria Milza, de forma semestralmente ocorrem as Pesquisas e


Práticas Pedagógicas (PPP), que tem por intuito qualificar a formação de
acadêmicos pesquisadores, e durante os semestres cada PPP tem por exigência a
construção de um projeto de pesquisa, interventiva ou de observação, o que
também contribui para facilitar que os alunos de estágio possuam um pouco mais de
conhecimento quanto à construção de projetos.
Conforme palavras dos alunos, referentes ao grau de dificuldade para a
construção do projeto de estágio, justificaram suas respostas afirmado que:

Quadro 3- Afirmações dos alunos pesquisados referentes ao grau de dificuldade


encontrado para construção projeto para o estágio supervisionado.
ALUNO (A) AFIRMAÇÃO
A27 “A questão do tempo curto para desenvolver o projeto.”

A28 “Com o passar dos semestres, pegamos experiências e a


construção em si não é difícil, o problema é o tempo que é
muito curto.”

A29 “Tivemos poucas dificuldades na construção do projeto e do


relatório, pois já havíamos feito outros em semestres
anteriores.”

A30 “Com os semestres, adquiri prática e habilidades para a


construção dos projetos a serem aplicados.”

A31 “Pois os dois estágios foram feitas observações e a partir das


observações feitas e das dificuldades dos alunos que foram
observadas, traçou-se a construção do projeto a ser aplicado.
E o ultimo como tratava de espaços não escolares também foi
feita observação para depois a construção do projeto.”

A32 “Não encontrei muitas dificuldades na hora de produzir os


projetos de estagio, pois os objetivos propostos pelo estagio
supervisionado não eram distante da realidade a qual eu
vivenciava.”

A22 “Apresentei um pouco de dificuldade, pois não havia


construído um projeto de pesquisa, mas com as orientações
necessárias, consegui alcançar meus objetivos.”

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015
37

Uma das reclamações mais recorrentes entre os alunos quanto a realização


da construção do projeto de estágio é referente ao tempo, por considerarem pouco
tempo para a construção.

Figura 7- Conhecimento o manual do estágio supervisionado do curso de


Pedagogia da FAMAM.

VOCÊ CONHECE OU JÁ CONHECIA O


MANUAL DO ESTÁGIO EM PEDAGOGIA DA
FAMAM?
90
80
70
60
47
50
40
40
30
20
10
0
Sim Não

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

No que diz respeito a conhecer o manual do estágio do curso de Licenciatura


em Pedagogia da FAMAM, a maioria dos alunos responderam que não conhecem.
Esse material, porém o mesmo é disponibilizado pela professora de estágio,
juntamente com as fichas de observação e com as folhas de frequência do estágio..
Esse manual contém as explicações referentes a carga horária de realização do
estágio, a caracterização de cada uma das três etapas de estágio da FAMAM, e
como ele é organizado.
Possivelmente, o desconhecimento desse manual se dê pela não observação
da existência dele.
38

Figura 8- Considera suficiente o período de aulas teóricas do estágio


supervisionado do curso de Pedagogia da FAMAM.

CONSIDERA SUFICIENTE O PERÍODO DE


AULAS TEÓRICAS PARA O ESTÁGIO?
90
80
70
60 54
50
40 33
30
20
10
0
Sim Não

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

Alguns alunos ainda consideram pouco o período de aulas teóricas de estágio


supervisionado, porém as aulas se estendem na maioria dos semestres do início do
período semestral até final, quando se dá o momento da entrega do relatório,
possivelmente essa negativa não seja diretamente ligada ao período e sim referente
ao conceito de cada uma das etapas do estágio.
Conforme Barbosa e Amaral (2009, p. 3681):

A formação que o professor recebe, a maneira como é preparado no seu


curso, as influências das correntes pedagógicas e o próprio conhecimento
de sua disciplina, pesam muito quando este professor vai para a sala de
aula e começa a vivenciar o cotidiano da escola, buscando realizar um
trabalho de boa qualidade.

O desempenho do aluno/estagiário em sala de aula na escola/laboratório,


depende muito da boa formação que ele recebeu em sala de aula, nas disciplinas
ministradas no curso de Pedagogia, principalmente nas aulas teóricas de estágio
supervisionado.
39

Figura 9- Expectativas ao realizar o estágio supervisionado pelos alunos ingresso e


egressos do curso de Pedagogia da FAMAM.

AS SUAS EXPECTATIVAS FORAM


CORRESPONDIDAS?
90
80
70
61
60
50
40
30 26

20
10
0
Sim Não

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

O Estágio Supervisionado é entendido como um importante instrumento para


a formação profissional do pedagogo, esse período de aprendizagem em campo tem
o intuito de concretizar o aprendizado teórico, permitindo que o aluno vivencie aquilo
que até então conhece por experiências de outros, conforme leitura e interpretação
do gráfico compreendeu-se que o Estágio Supervisionado da FAMAM conseguiu
suprir as expectativas de seus alunos, dando-lhes as experiências esperadas.
Sendo o Estágio Supervisionado considerado pelo Deputado Lima (2015, p. 2):

O estágio é uma fase especial do processo de aprendizagem, pois permite


que o estudante, enquanto adquire conhecimentos acadêmicos, desenvolva
a prática profissional, conhecendo as oportunidades e dificuldades da sua
área de atuação e, ao mesmo tempo, apresentando propostas inovadoras e
se preparando para situações de adversidade.

Nesse sentido, observa-se descrito nas palavras do Deputado Lima uma das
grandes importâncias e expectativas do estágio supervisionado para o aluno e dele
mesmo em adquirir com esse exercício.
40

Figura 10- Contribuição do estágio supervisionado para os alunos ingresso e


egressos do curso de Pedagogia da FAMAM.

O ESTÁGIO CONTRIBUIU PARA A SUA


FORMAÇÃO PROFISSIONAL?
90 83
80
70
60
50
40
30
20
10 4
0
Sim Não

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

O estágio constitui-se num processo no qual instiga o aluno/estagiário a


construir e adquirir por meio de exercícios mais conhecimentos do seu futuro
profissional, assim como vem descrito nas palavras de Borssoi (2008, p. 2)

[...] o objetivo central do estágio é a aproximação da realidade escolar, para


que o aluno possa perceber os desafios que a carreira lhe oferecerá,
refletindo sobre a profissão que exercerá, integrando - o saber fazer –
obtendo (in)formações e trocas de experiências.

É nesse momento que se percebe o motivo pelo qual a grande maioria dos
alunos que participaram da pesquisa afirmaram que suas expectativas foram
alcançadas e que o estágio supervisionado contribuiu para a sua formação
profissional.
41

Segundo os alunos/estagiários:

Quadro 4- Afirmações dos alunos pesquisados referentes as contribuições do


estágio supervisionado para sua formação profissional.
ALUNOS AFIRMAÇÃO
A34 “Todas as contribuições, aprendi principalmente com os erros
(o que achava que seria possível e no final não foi o que
esperava), que me deram mais garras para chegar preparada
e capacitada para enfrentar os desafios que é ser uma
Pedagoga, fortifiquei mais a ideia de que se capacitar e
conhecer todo universo educacional, e que é essencial seguir
sempre estudando.”

A35 “Pude perceber que a educação de qualidade se dar através


de uma formação eficaz e uma dedicação pelo que fazemos. O
futuro de nossos alunos depende de nós formadores de seres
pensantes.”

A36 “Foram a construção de novos saberes, pois o estágio permitiu


a proximidade com a área que pretendo atuar, pois integrou a
teoria e a prática.”

A37 “Poder atuar nas diversas áreas de trabalho do pedagogo


entender e correlacionar a prática com a teoria.”

A38 “Entendo que o período de estágio supervisionado da


faculdade Maria Milza contribuiu de maneira significativa para
a minha formação profissional no que se refere ao
planejamento e metodologias de ensino. A partir do mesmo
comecei a desenvolver e aplicar as contribuições aqui
mencionadas com mais segurança e eficiência, pois o estágio
vai muito mais além de simplesmente cumprir as exigências
acadêmicas, é uma grande oportunidade de desenvolvimento
pessoal e profissional, tornando-se um grande instrumento
de integração entre escola, comunidade e estudantes da
FAMAM.”

A39 “Maiores conhecimentos em relação a prática pedagógica,


Reflexão sobre a prática pedagógica, importância dos
processos metodológicos, responsabilidade e compromisso
com sua formação, profissão. Com a interação e um olhar de
educador para resolver questões do exercícios da profissão.”

A40 “Aprender a lidar com as frustrações, principalmente aquelas


causadas por profissionais inaptos para as funções que
exercem e que desta forma acabam por comprometer todo o
trabalho desenvolvido com os alunos prejudicando-os de
42

maneira irreparável.”

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

O estágio supervisionado da FAMAM, tem por objetivo qualificar o estagiário,


transformando-o em Professor/Pedagogo para continuar aprendendo na sua prática
pedagógica e assumir a sua função com responsabilidade, ética e profissionalismo,
capacitado para melhor atender as necessidades do seu público ao qual prestará
seus serviços.

Figura 11- Avaliação do estágio supervisionado pelos alunos ingresso e egressos


do curso de Pedagogia da FAMAM.

QUAL A AVALIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ DO


ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA FACULDADE
MARIA MILZA?
90
80
70
60
47
50
40
30
17
20
10 6 4
0
Ótimo Bom Regular Ruím

Fonte: Pesquisa desenvolvida na Faculdade Maria Milza. Governador Mangabeira -BA, 2015

Da amostra total, mais da metade da quantidade de alunos pesquisados


classificam o Estágio Supervisionado da FAMAM como ótimo ou bom, isso culmina
por demonstrar a importância do estágio para a formação do acadêmico do curso de
Licenciatura em Pedagogia, que por mais que haja dificuldades, por mais que o
aluno inicialmente sinta-se inseguro, e que alguns entraves se apresentem com o
objetivo de impedir a realização desse exercício, essa não é uma realização
impossível, é uma atividade que proporciona ao aluno/estagiário, uma grande
aquisição de aprendizado e é plenamente possível de se efetivar-se.
43

Nesse sentido, Barbosa e Amaral (2009, p. 3678) asseguram que “O estágio


proporciona ao educando adotar um olhar de educador em relação às questões do
exercício da profissão.” O Estágio caracteriza-se e efetivamente é essencial para a
formação do profissional Pedagogo preparado pela Faculdade Maria Milza.
Assim, ainda cabe salientar a pouca participação dos alunos em justificarem
suas respostas, sendo que muitos deles decidiram não opinar e nem justificar suas
marcações, e essa posição dos pesquisados foi respeitada, porém nos deixou com
pouco material para pontuar.
44

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No percurso entre a realização do estágio, alguns entraves dificultam a


exercício que tornará possível a efetividade ou concretude de um projeto, e assim é
no estágio supervisionado, que os alunos enfrentam uma grande diversidade de
dificuldades, e eles se apresentam desde a vida pessoal, perpassando pelos
planejamentos, organizações e no encontro de instituições/laboratório que aceitem a
realização do estágio.
Durante o período de estágio, um dos primeiros problemas encontrados pelos
alunos se refere as preocupações próprias, nas indagações que cada um faz a si
mesmo quando param para refletir sobre o trabalho a ser realizado, a organização
pessoal para ter tempo de cumprir o período estabelecido para cada modalidade de
estágio, e também referente à construção dos projetos que irão executar.
Não é uma tarefa fácil o exercício de construção de um projeto, envolve a
observação do ambiente e do público a ser atendido a decisão e pesquisa do
assunto a ser tratado, leitura de obras que referenciem o projeto, entre outras coisas
que exigem tempo.
Para além da construção do projeto há a organização de horário, que é algo
muito complexo se realizar, pois, a maioria das aulas no curso de Pedagogia são
ministradas no período noturno para facilitar o acesso de estudantes que trabalham
nos horários da manhã e tarde, porém o estágio I diz respeito às Séries Iniciais e ao
Ensino Fundamental que geralmente ocorre no mesmo horário de trabalho dos
estudantes, o que dificulta muito a vida dos acadêmicos, às vezes culminando em
demissão ou até mesmo em desistência do curso. Propõe-se que o aluno/estagiário
tente um acordo com seus superiores, solicitando desde pedido de liberação nesse
período, se possível, ou programação de férias para as datas programadas para a
realização da atividade.
Outro entrave é encontrado na realização do estágio II, o qual é destinado a
modalidade EJA está por mais que seja garantida por lei, os estudantes de turmas
de estágio têm encontrado escassez dessas turmas, que aos poucos vai perdendo
sua quantidade de alunos pelo enfado do dia a dia, pela localização das escolas e
até mesmo pela falta de crença no aprendizado após a fase da infância.
A situação atual das turmas de EJA, não é um dos maiores impasses, pois na
falta de ambientes para estágio um novo desafio se coloca frente aos
45

alunos/estagiários que para a realização dessa etapa, abraçam a iniciativa e formam


turmas de EJA, ou buscam meios de resgatar os alunos evadidos das turmas
existentes, sendo esse não somente mais um ganho para a sua formação
profissional como também para a sociedade.
O estágio III é realizado em diretorias, secretarias e coordenações, outro que
também é carregado de dificuldades em sua execução por ser três estágios em um
só, porém, uma realização muito valiosa, pois é nesse momento que o
aluno/estagiário adquirirá novas experiências, um novo contato com aquilo que vai
além da sala de aula, com o processo que d’antes não era concedido pela formação
de professores.
Outra grande dificuldade encontrada pelos alunos é a resistência por parte de
gestores e principalmente professores em aceitá-los em suas escolas e salas, pois
acreditam que os alunos/estagiários estão ali para criticar e fiscalizar o ambiente e o
trabalho realizado pelas professoras. Há ainda outras que consideram o estágio seu
período de férias, e acabam por deixar suas classes completamente à mercê do
estagiário o qual muitas das vezes se vê perdido sem a devida orientação do
professor da sala, ou seja, torna-se um empregado do professor da turma.
Nem tudo no estágio são dificuldades e problemas, pois ele deve ser
encarado pelos alunos como exercício potencializador das suas habilidades de
pedagogo, que lhe possibilitará encarar uma amostra do mundo de possibilidades
profissionais que lhe esperam após a academia, permitirá também que haja o
aprimoramento das experiências anteriores, além de auxiliar ao sanar dúvidas
existentes, dando ao aluno/ estagiário a oportunidade de se desenvolver melhor
para o exercício da pedagogia.
46

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, J. S. de. Prática do ensino e Estágio Supervisionado na formação de


professores. Cad. Pesq., n. 93, p. 22-31, São Paulo: UNESP, 1995.

______. Formação de professores do 1º grau: A prática do ensino em questão.


São Carlos, 1991. Dissertação (mestrado em educação), UFSCAr.

BARBOSA, Angela Maria; AMARAL, Telma. A contribuição do estágio


supervisionado na formação do pedagogo. IX Congresso Nacional da Educação.
PUC. 2009. Disponível em: <
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2049_1600.pdf>
Acesso em: 30 mai. 2015.

BERBEL. Neusi Aparecida Navas. A problematização e a aprendizagem baseada


em problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos. Interface --Comunicação,
Saúde, Educação, v. 2, n. 2, 1998.

BORSSOI, Berenice Lurdes. Estágio na formação docente: da teoria à prática,


ação-reflexão. Disponível em: <
http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/1/Artigo%2028.pdf>
Acesso em: 24 mai. 2015.

BRASIL. Plano Nacional de Educação - PNE/Ministério da Educação. Brasília, DF:


INEP, 2010.

_______. Plano Nacional de Educação - PNE/Ministério da Educação. Brasília, DF:


INEP, 2014.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1971.

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

BURIOLLA M. A. F. O estágio supervisionado. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP 2/2002. Diário


Oficial da União, Brasília, 4 de março de 2002. Seção 1

_______. Portaria 1.132/2006. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de dezembro de


2006. Disponível em:
<http://sites.unasp.edu.br/portal/secretariageral/Documentos/BDE/2006-2/879-28-12-
06.pdf> Acesso em: 20 abr. 2015.

LIMA, Bruno Cunha. Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba: Justificativa.


Disponível em: <
http://201.65.213.154:8080/sapl/sapl_documentos/materia/43901_texto_integral>
Acesso em: 01 jun. 2015.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Cartilha esclarecedora sobre a lei do
estágio: lei nº 11.788/2008 Brasília: MTE, SPPE, DPJ, CGPI, 2008.
47

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São
Paulo: Cortez, 2008.

PRADO, M. O estágio no curso de pedagogia. Pedagogia de Projetos. Série


“Pedagogia de Projetos e Integração de Mídias” - Programa Salto para o Futuro,
Setembro, 2009.

SILVA, Monica Caetano Vieira da; URBANETZ, Sandra Terezinha (Org.). O estágio no
curso de pedagogia. vl 2. Curitiba: Ibpex, 2009.

______, Elaine Machado da; CARDOSO, Mônica Aparecida Batista da Silva. A


Atuação do Pedagogo na Empresa: A Aplicação Eficiente e Eficaz da Pedagogia
Empresarial. 2013. Disponível em:<
http://publicacoes.fatea.br/index.php/eccom/article/viewFile/593/423>. Acesso em: 24
mai. 2015.
48

APÊNDICES

APÊNDICE A: Questionário aos ingressos e egressos do curso de Pedagogia da


FAMAM

Faculdade Maria Milza

Orientador: Roque Sérgio B. Ribeiro

Orientanda: Taise de Jesus Coelho

Questionário 1- Estudo de Caso TCCI (Estágio Supervisionado no curso de


Pedagogia: Contribuições e desafios para os discentes do Curso de Licenciatura
em Pedagogia da Faculdade Maria Milza.)

Introdução: O presente questionário tem por objetivo pesquisar as inquietações


referente a prática do estágio supervisionado, assim como suas contribuições para a
formação do profissional Pedagogo em formação e formados pela instituição
Faculdade Maria Milza.

1. Sexo

( ) Feminino ( ) Masculino

2. Semestre que está cursando.

( ) 4º Semestre

( ) 5º Semestre

( ) 6º Semestre

( ) 7º Semestre

( ) Egresso

3. Já atua ou atuou como docente?

( ) Sim

( ) Não
49

4. Já atua ou atuou como gestor?

( ) Sim

( ) Não

5. Nível de dificuldade encontrada para realizar o Estágio Supervisionado.

( )Muito

( )Médio

( )Pouco

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6. Grau de experiência adquirido com o estágio Supervisionado.

( )Muito

( )Médio

( )Pouco

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7. Grau de dificuldade para realizar a construção do projeto para ser aplicado no


estágio supervisionado.

( )Muito

( )Pouco

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
50

8. Você Conhece ou já conhecia o manual do estágio em Pedagogia da Famam?

( )Sim

( )Não

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

9. Qual sua maior dificuldade na realização do estágio Supervisionado?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

10. Período de aulas teóricas para o estágio, você considera suficiente?

( ) Sim

( ) Não

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

11. Quais suas expectativas antes da realização do estágio?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

12. As suas expectativas foram correspondidas?

( ) Sim

( ) Não
51

13. O estágio contribuiu para a sua formação profissional?

( ) Sim

( ) Não

14. Quais as principais contribuições da prática do estágio para a sua formação


profissional?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

15. Qual a avaliação que você faz do estágio supervisionado da Faculdade Maria
Milza?

( ) Ótimo

( ) Bom

( ) Regular

( ) Ruím

Nota: Agradecemos sua colaboração para esse trabalho acadêmico e desde já


esperamos que o mesmo possa servi futuramente para nortear e sanar dúvidas
referentes ao assunto em questão.

Atenciosamente: Taise de Jesus Coelho.


52

ANEXOS

PROJETO DE
ESTÁGIO DE
PEDAGOGIA

Elaboração: ProfªMs. Celidalva Sousa Reis


53

Sumário
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 3
2. PROPOSTA DE ESTÁGIO ..................................................................................................... 4
3. ASPECTOS LEGAIS.............................................................................................................. 5
4. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 6
5. CAMPOS DE ESTÁGIO ........................................................................................................ 6
6. ATIVIDADES DE ESTÁGIO ................................................................................................... 6
6.1 ATIVIDADES PREVISTAS...................................................................................................6
6.2 ATIVIDADES PREPARATÓRIAS.........................................................................................6
7. DURAÇÃO E FASES DO ESTÁGIO............................................................................................7
7.1 ESTÁGIO CURRICULAR I ..................................................................................................7
7.2 ESTAGIO CURRICULAR II.................................................................................................7
7.3 ESTÁGIO CURRICULAR III................................................................................................7
8. ATRIBUIÇÕES DOS ENVOLVIDOS (ESTÁGIO).........................................................................8
8.1 ATRIBUIÇÕES DO ACADÊMICO.......................................................................................8
8.2 ATRIBUIÇÕES DO PROF. ORIENTADOR...........................................................................8
9. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO......................................................................................................9
10. PROJETO DE ESTÁGIO..........................................................................................................10
11. RELATÓRIO DE ESTÁGIO......................................................................................................11
11.1 ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO..........................................................................11
11.2 FORMATAÇÃO DO RELATÓRIO..........................................................................12
12. SOCIALIZAÇÃO DO ESTÁGIO................................................................................................13
13. FICHA – ANEXO I (FREQUÊNCIA).........................................................................................14
14. FICHA – ANEXO II (PARECER)...............................................................................................15
54

1. APRESENTAÇÃO

A Proposta de Estágio Curricular definido a partir do Projeto Político Pedagógico do curso de


Pedagogia da Faculdade Maria Milza – FAMAM tem a finalidade de divulgar informações,
orientações e a normatização para a realização do estágio supervisionado e construção do
respectivo relatório por parte do aluno estagiário.
O Curso de Pedagogia da FAMAM tem como proposta a formação inicial para o exercício da
docência na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; na área de
serviços e apoio escolar; na Educação de Jovens e Adultos e na Gestão de Processos
Educativos, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos,
conforme recomenda o Conselho Nacional de Educação.
O licenciado em Pedagogia deve, pois, propiciar, por meio de investigação, reflexão crítica e
experiência no planejamento, execução, avaliação de atividades educativas e a aplicação de
contribuições nos diversos campos de conhecimento. Em consonância com o Projeto Político
Pedagógico do Curso de Pedagogia desta instituição a prática pedagógica será na forma de
Estágio Curricular, constitui-se em atividade de campo obrigatório, com ênfase na construção
do conhecimento, articulação dos estudos e ações didático-pedagógicas, promovendo a
evolução das habilidades e competências docentes e possibilitando ao aluno estagiário o
contato com uma diversidade de situações educacionais, dentro da modalidade a que o curso
se destina.
55

2. PROPOSTA DE ESTÁGIO

Os Estágios Curriculares do Curso de Pedagogia da Faculdade Maria Milza, constituem fonte


de exercício de docência. As atividades de prática abrangem a apreensão da realidade
contextual, a proposição de alternativas de ação e a elaboração de instrumentos didático-
pedagógicos, regência de turma e ou outras atividades em espaços não-escolares.
Os estágios são constituídos pela construção de saberes docentes a partir de práticas
pedagógicas e no estabelecimento de relações com a formação docente. Para este fim, as
ações sistêmicas e reflexivas dos professores e alunos se articulam de modo a que promovam
tecer relações na complexidade e na pluralidade. Privilegia-se, neste processo, a articulação
entre os saberes construídos no cotidiano das práticas pedagógicas com a formação docente,
tendo como pressuposto a junção entre teoria e prática. As ações levam a relacionar o
processo de ensino e de aprendizagem com conteúdos articulados de forma crítica e
constituídos significativamente pelos alunos por meio do estabelecimento de um contato
direto com a realidade escolar e não-escolar.
Durante os estágios curriculares os acadêmicos são orientados a buscar a possível conciliação
entre o próprio planejamento e as propostas de trabalho existentes em ambientes escolares e
não escolares. Neste sentido o desenvolvimento das propostas de aprendizagem deve revelar
uma postura de professor (a) investigador (a) e considerar os sujeitos com os quais irão
interagir como capazes de construir, de forma autônoma, suas aprendizagens.
56

3. ASPECTOS LEGAIS

O Estágio Curricular no Curso Pedagogia é uma atividade obrigatória integrante do Projeto


Político Pedagógico do curso. Será realizado em conformidade com a RESOLUÇÃO
CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002 que trata da formação de professores de educação
básica, e aponta para a necessidade de os profissionais de educação serem formados,
considerando a pesquisa como eixo básico das atividades de ensino e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) que estabelece a regulação para o estágio
supervisionado.

4. OBJETIVOS

• Proporcionar ao estudante oportunidade de desenvolver suas habilidades em docência


e incentivar a busca do aprimoramento pessoal e profissional;

• Proporcionar ao estudante oportunidade de desenvolver suas habilidades em


orientação escolar, administração escolar, inspeção escolar e supervisão escolar;

• Atenuar o impacto da passagem da vida de estudante para a vida profissional, abrindo


ao estagiário mais oportunidades de conhecimento da filosofia, diretrizes, organização e
funcionamento das instituições empregadoras e da comunidade;

• Facilitar o processo de atualização de conteúdos disciplinares, permitindo adequar


aqueles de caráter profissionalizante às constantes inovações tecnológicas, políticas, sociais e
econômicas a que estão sujeitas;

• Incentivar o desenvolvimento das potencialidades individuais, propiciando o


surgimento de novas gerações de profissionais capazes de adotar modelos de docência,
gestão, métodos e processos inovadores, novas tecnologias e metodologias alternativas;

• Promover a integração INSTITUIÇÃO/FAMAM – COMUNIDADE.


57

5. CAMPO DE ESTÁGIO

São campos de estágio as escolas públicas municipais, estaduais e as escolas particulares e


outros espaços não-escolares de Cruz das Almas e cidades circunvizinhas. Os estagiários
farão o contato inicial e a FAMAM encaminhará um memorando de parceria com a
instituição para viabilizar o estágio supervisionado. Para a realização dos Estágios
Curriculares, o acadêmico poderá utilizar-se de campos institucionalizados escolares e não-
escolares de acordo com o Estágio a realizar, desde que as organizações manifestem
expressamente a aceitação de sua indicação como local de estágio, firmando o convênio.

6. ATIVIDADES DE ESTÁGIO

6.1 - Atividades previstas em ambientes escolares e não-escolares:

a) Junto a alunos da Educação Infantil.


b) Junto a alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
c) Junto a alunos na Educação de Jovens e Adultos.
d) Na participação em atividades da gestão de processos educativos, no planejamento,
coordenação, acompanhamento e avaliação de atividades e projetos educativos.
e) Em reuniões de formação pedagógica, de professores, de conselho de classe, de
pais.
f) Nas Diretorias Regionais (Direc), secretarias de educação, Ongs, fundação, projetos
sociais.

6.2 - Atividades preparatórias às práticas pedagógicas e de avaliação:

Através da observação de espaços escolares e não-escolares para diagnóstico,


planejamento, pesquisa, estudos e reflexão das situações didáticas na prática
pedagógica,desenvolvendo projetos e propostas, oficinas, seminários, mesas redondas, etc.

O Estágio Curricular será desenvolvido no decorrer de três semestres (4º, 5º e 6º) num total de
400 horas. Para iniciar o Estágio Curricular I, II e III o acadêmico deve ter completado
obrigatoriamente as disciplinas correspondentes ao embasamento do respectivo estágio.

7.1 Estágio Curricular I –


58

Prática pedagógica em situação real de ensino na Educação Infantil/Anos Iniciais do Ensino


Fundamental num total de 148 horas. Distribuídas da seguinte maneira:
-16 horas de observação do campo de estágio.
-12 horas de co-participação
-60 horas de prática pedagógica (projeto interdisciplinar) em situação real.
-32 horas de orientação para construção do projeto de estágio e relatório (pesquisa, construção
e revisão/avaliação).
-28 horas para organização do relatório de estágio.
OBS.: O aluno que já atua como docente diminui a sua carga horária durante o estágio no
processo de observação e co-participação e se na sua própria sala de aula são extintas. Se em
outra sala 12 h nesta etapa e no período de docência cumprirá 48 horas.

7.2 Estágio Curricular II –

Prática pedagógica em situação real de ensino na Educação de Jovens e Adultos, num total de
128 horas. Distribuídas da seguinte maneira:
-20 horas de observação/co-participação do campo de estágio
-48 horas de prática pedagógica (projeto em forma de oficina) em situação real.
-32 horas de orientação para construção do projeto de estágio e relatório (pesquisa,
construção e revisão/avaliação).
-28 horas para organização do relatório de estágio
OBS.: O aluno que já atua como docente diminui a sua carga horária durante o estágio no
processo de observação e co-participação e se na sua própria sala de aula são extintas. Se em
outra sala cumprirá 12h desta etapa e no período de docência cumprirá 40 horas.

7.3 Estágio Curricular III –

Prática pedagógica que ocorrerá em ambientes escolares(Gestão) enão-escolares, num total de


124 horas.

-12 horas observação dos campos de estágio.


-20 horas de gestão e coordenação pedagógica.
-12 horas nas diretorias regionais ou secretarias.

-12 horas em Ongs, fundação, projetos sociais.


- 32 horas de orientação para construção do projeto de estágio e relatório (pesquisa,
construção e revisão/re-avaliação).
-36 horas para organização do relatório de estágio.

OBS.: O aluno que já atua na educação em qualquer área acima citada diminui a sua carga
horária durante o estágio no processo de observação e co-participação e se na sua própria
instituição são extintas. Se em outro local cumprirá 06h desta etapa e no período de realização
dos projetos cumprirá 12 h de gestão e coordenação, 08 h em diretorias regionais e 08 em
projetos sociais.
59

8. ATRIBUIÇÕES DOS ENVOLVIDOS NO ESTÁGIO CURRICULAR

8.1Atribuições do Acadêmico

a) Apresentar-se ao campo de estágio com encaminhamento por escrito da Coordenação


do Curso de Pedagogia.
b) Observar as normas internas da instituição conveniada, conduzindo-se dentro da ética
profissional, atendendo ao acompanhamento e avaliação de seu desempenho e
aproveitamento.
c) Participar das atividades acadêmicas e/ou do campo programadas para o estágio.
d) Solicitar autorização ao professor orientador de estágio para efetuar qualquer alteração
ou troca durante o estágio.
e) Registrar por escrito quaisquer problemas relevantes constatados no decorrer do
estágio e notificar a Coordenação dos Estágios Curriculares.
f) Cumprir a programação do estágio e comunicar em tempo hábil as alterações que
surgirem.
g) Diagnosticar necessidades pedagógicas do local de estágio, propor
alternativas,elaborar e executar seu plano de trabalho/projeto, sob a orientação do
professor de estágio.
h) Organizar e entregar relatório final dos Estágios Curriculares I, II e III conforme
normas técnicas da FAMAM.
i) Realizar auto-avaliação do processo de aprendizagens em cada estágio curricular

8.2 Atribuições do Professor Orientador de Estágio

a) Auxílio para o encaminhamento do contato com os campos de estágio.


b) Acompanhamento de cronograma de encontros individuais e de grupo de estagiários
para estudos, planejamento, orientação, acompanhamento e avaliação do processo.
c) Organização de Seminários, preparação, apresentação e relato do estágio.
d) Organização de documentos de comprovação da prática docente e de instrumentos de
avaliação.
e) Visitação ao local de estágio para acompanhamento das atividades dos (as)estagiário
(as).
f) Análise e avaliação do relatório final de estágio.
g) Seminário de encerramento do Estágio para integração, troca de experiências
relevantes e auto-avaliação do processo de prática pedagógica.
9. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

A avaliação do estágio considerará:

a) O registro de observação e diagnóstico com registros de necessidades da realidade


do campo de estágio: organização didático-pedagógica, currículo, práticas efetivas
e desempenho dos acadêmicos.

b) A elaboração de projeto embasado teoricamente e em consonância com as


necessidades levantadas.

c) A prática pedagógica e registro das atividades ministradas, com reflexão teoria-


prática.
60

d) Apresentação, pelo acadêmico, de uma auto-avaliação em cada etapa do estágio.

e) Relatório final em cada estágio.

f) Ficha de Registro de freqüência. (Anexo I)

g) Ficha do Parecer Pedagógico da direção/professor/coordenador da


escola/instituição da realização do estágio. (Anexo II)

h) Apresentação pelo acadêmico da Síntese das Aprendizagens realizadas no decorrer


de cada Estágio Curricular/Socialização.
61

10. PROJETO DE ESTÁGIO

TÍTULO:

JUSTIFICATIVA: explicar a escolha do tema, importância, necessidade, contextualizar o


projeto.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

OBJETIVO GERAL

OBJETIVOS ESPECÍFICOS (considerando as aprendizagens necessárias)

METODOLOGIA (neste item deve ficar claro quando, com quem, quais as ações,
atividades significativas,– estabelecer os critérios,procedimentos e instrumentos de acordo
com os objetivos, em consonância aos pressupostos teóricos).

RECURSOS

AVALIAÇÃO

REFERENCIAS
62

11. ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO

11.1A organização do Relatório a ser entregue no final de cada estágio deverá conter:

1. INTRODUÇÃO

É a parte inicial do trabalho científico que assinala a sua relevância, as interpretações do


autor, a importância do tema, os objetivos do trabalho, enunciando os procedimentos que
foram adotados. Ao ler a introdução, o leitor deve compreender o teor do relatório de estágio.
A introdução deve ser simples e sintética, abordando de forma clara o projeto/trabalho
realizado no estágio.

2. DESENVOLVIMENTO (título da sua prática)

a) Apresentação da instituição- caracterização.


b) Descrição de como foi realizada a coleta de dados para o conhecimento da
realidade, análise e levantamento das necessidades. Tanto a nível geral de instituição, como
também de forma mais específica com os sujeitos implicados no desenvolvimento da prática
de estágio.
c) Descrever como aconteceram as práticas:
- Como foi a escolha do tema trabalhado, qual foi o envolvimento do grupo e as intervenções
do estagiário.
- A forma de condução das estratégias.
- A motivação ou não do grupo.
- As formas de mediação utilizadas durante o desenvolvimento do trabalho.
- As dificuldades e sucesso do processo ensino e aprendizagem
d) Toda a análise e reflexão do estágio apoiando-se em referenciais teóricos estudados ao
longo do curso que ajudem a dialogar e repensar as questões de ensino e de aprendizagem que
se fizeram presentes durante a prática pedagógica/estágio.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desenvolver uma síntese conclusiva do referido estágio, onde deverá constar os


aspectos relevantes da prática, aspectos que poderiam ser melhorados e as aprendizagens
significativas ocorridas a partir dessa prática. O autor manifesta seu ponto de vista sobre os
relatos e as reflexões realizadas nos itens anteriores. Apresenta uma síntese das idéias
apresentadas anteriormente, com posicionamento crítico (auto-avaliação).
Apêndices:
- Projeto de Estágio;
- Planos de aula
- Todo material que você é o autor
Anexos:
- O planejamento da escola
- Textos de outros autores

11.2 Formatação do Relatório de Estágio

Capa: deve conter os dados de identificação


63

Folha de rosto: deve conter os elementos indispensáveis a identificação do


trabalho
Dedicatória (opcional)
Epígrafe (opcional)
Sumário: apresenta as principais divisões do trabalho.
Introdução
Desenvolvimento- Relato da Prática Docente
Considerações Finais:
Referências
Apendices
Anexos

OBS.:NORMAS DA ABNT SEGUNDO MANUAL DA FAMAM.


64

12. SOCIALIZAÇÃO FINAL DO(S)ESTÁGIO(S)

12.1 Apresentação Oral:

Cada acadêmico/grupo apresentará a Síntese das Aprendizagens da Prática Pedagógica em15


minutos, conforme cronograma organizado pelo professor orientador do Estágio e a
Coordenação de Curso.
65

13. FICHA ANEXO I

Faculdade Maria Milza


Estagiárias: Maria das Graças Cerqueira, Sandra Regina Rodrigues da Fonseca,
Silvana Alves de Oliveira, Taise de Jesus Coelho e Vanda Lima dos Santos.
Professor Regente:...............................................................
Período de Estágio:____________ a ____________.
Local do Estágio:...................................................................

FICHA DE REGISTRO DE FREQÜÊNCIA EM ESTÁGIO


SUPERVISIONADO I -II - III

DATA ATIVIDADE ASSINATURA ASSINATURA


ESTAGIARIO REGENTE/DIREÇÃO/COORDENAÇÃO
66

14. FICHA ANEXO II

FACULDADE MARIA MILZA


Estagiários: Maria das Graças Cerqueira, Sandra Regina Rodrigues da Fonseca,
Silvana Alves de Oliveira, Taise de Jesus Coelho e Vanda Lima dos Santos.
Período de Estágio:____________ a ____________.
Local do Estágio:
Professor Avaliador: ___________________________________________________

PARECER PEDAGÓGICO

ASPECTOS A CONSIDERAR SIM NÃO


Faz relação teoria e prática

Seleciona metodologia de acordo com os objetivos e


o conteúdo

Comunica-se com clareza

Esclarece o aluno no momento em que ele apresenta


dúvida

Utiliza recursos didáticos adequadamente

Avalia o desempenho da aprendizagem dos alunos


de acordo com os objetivos propostos

Realizou o projeto com criatividade

Nota:............................................

OBS.: ........................................................................................................................
........................................................................................................................
........................................................................................................................

Assinatura do Professor Avaliador – Instituição parceira

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