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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO BÁSICO

CALISTO JOSÉ NDIRONGUE DIQUE

CANDIDO ALFREDO VARELA

JUSTINO CARLOS CASSIMBA

LOLITA ALFREDO JAQUISSONE

TERESA DA CONCEIÇÃO MASSINGA

11º Grupo

Estrutura funcional da escola: Modelos de


organigramas

Quelimane

2022
CALISTO JOSÉ NDIRONGUE DIQUE

CANDIDO ALFREDO VARELA

JUSTINO CARLOS CASSIMBA

LOLITA ALFREDO JAQUISSONE

TERESA DA CONCEIÇÃO MASSINGA

11º Grupo

Estrutura funcional da escola: Modelos de


organigramas

Trabalho de caracter avaliativo da disciplina de


Organização e Gestão Escolar (OGE), no curso de
Licenciatura em Ensino Básico com habilitação em
Administração e Gestão Escolar, 4° ano,
apresentado ao departamento de educação e
psicologia.

Orientador: Dr. Luís Carlos Brito

Quelimane

2022
Sumário
Introdução .......................................................................................................................................... 5

1. Estrutura funcional da escola ............................................................................................... 6

2. Tipos de Organização escolar .............................................................................................. 6

3. Organização pedagógica no Ensino Básico ....................................................................... 7

4. Organigrama de uma escola primária ................................................................................. 9

5. Organigrama de uma escola técnico-profissional ............................................................. 9

6. Funções e tarefas de cada membro ................................................................................... 10

6.1. Conselho de escola .............................................................................................................. 10

6.2. Direcçao................................................................................................................................ 10

6.3. Sector técnico-administrativo ............................................................................................ 10

6.4. Sector pedagógico ............................................................................................................... 11

6.5. Corpo Docente ..................................................................................................................... 12

7. Papel e atribuições dos membros ...................................................................................... 12

7.1. Papel do Director da Escola ............................................................................................... 12

7.2. Papel do Delegado .............................................................................................................. 13

7.3. Papel do Director adjunto pedagógico ............................................................................. 14

7.4. Papel do chefe da secretaria ............................................................................................... 14

7.5. Papel do Registro Acadêmico ........................................................................................... 15

7.6. Papel do Contabilista .......................................................................................................... 15

7.7. Recursos Humanos.............................................................................................................. 16

7.8. Chefe da Biblioteca ............................................................................................................. 16


7.9. Papel do Director de turma ................................................................................................ 16

7.10. Papel do grupo de disciplina .............................................................................................. 17

Conclusão ........................................................................................................................................ 18

Referencias bibliográficas ............................................................................................................. 19


Introdução

Toda instituição escolar possui finalidades e determina papéis e responsabilidades entre


seus segmentos. Para garantir a gestão democrática, faz-se necessário organizar uma estrutura
de ordem interna, no sentido de definir e dispor de funções que assegurem o funcionamento da
escola.

A abordagem retrata a importância do gestor na formação de uma equipe participativa e de


construir um ambiente que permite o bem-estar colectivo. Também analisa como é importante
que o gestor como líder seja audacioso, tenha visão, diálogo e seja bom ouvinte sempre disposto
a buscar “novos caminhos”, novas respostas, visando o que há de melhor para a instituição, pois
isso resulta na melhoria da educação.

Este trabalho tem como objetivo geral descrever sobre a estrutura funcional da escola
particularizando o seu estudo em compreender como estão constituídas as organigramas das
escolas primária e técnica. E para a concretização desta tarefa tivemos que recorrer a diversos
materiais ou artigos disponíveis que abordam com exactidão o assunto em destaque, assim
sendo, usamos o método de revisão bibliográfica para enriquecer as informações aqui descritas.

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1. Estrutura funcional da escola
Toda a instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna, geralmente
prevista no Regimento Escolar ou em legislação específica estadual ou municipal. O termo
estrutura tem aqui o sentido de ordenamento e disposição das funções que asseguram o
funcionamento de um todo, no caso a escola.
Essa estrutura é comumente representada graficamente num organograma-um tipo de
gráfico que mostra a inter-relações entre os vários sectores e funções de uma organização ou
serviço. Evidentemente a forma do organograma reflete a concepção de organização e gestão.
A estrutura organizacional de escolas se diferencia conforme a legislação dos Estados e
Municípios e, obviamente, conforme as concepções de organização e gestão adotada, Libâneo
(2001).

2. Tipos de Organização escolar


O conceito de organização tem sido abordado pelos mais variados autores e neste
contexto as suas definições tentam, de certa forma atribuir-lhe um carácter sistémico, onde as
partes que a compõem são elemento chave no funcionamento das mesmas. Se por um lado, as
organizações são tidas como agrupamentos de indivíduos construídos ou reconstruídos com
objectivos específicos (Etzioni in Costa, 2003) em termos de dinâmica social, elas
podem também constituir-se como um local onde cada indivíduo que a compõe actua para
realizar os seus objectivos pessoais (Chanlat, 1993).
A escola, de uma forma geral, dispõe de dois tipos básicos de
organização:
a) Organização administrativa: assegura, praticamente, a locação e gestão dos recursos
humanos, físicos e financeiros. Fazem parte ainda da organização administrativa os
elementos que tem uma forma material como, por exemplo: a arquitectura de um
edifício escolar e a maneira como se apresentam para a sociedade: equipamentos e
materiais didácticos, distribuição de dependências escolares, etc.
b) Organização pedagógica: referem-se as interacções políticas, as questões de ensino-
aprendizagem e as de currículo.
Na organização pedagógica, incluem-se ainda todos os sectores necessários ao
desenvolvimento do trabalho pedagógico.

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3. Organização pedagógica no Ensino Básico

De acordo com o Artigo 8 do Regulamento Geral do Ensino Básico (2009), nas


escolas funcionam os seguintes órgãos executivos:

✓ Conselho de escola;

✓ Direcção da Escola;

✓ Colectivo da Direcção.
3.1.Conselho da Escola

O conselho da Escola é o órgão máximo do estabelecimento e tem as seguintes funções


(Artigo 9 do Regulamento Geral do Ensino Básico (2009):

✓ Ajustar as directrizes e metas estabelecidas, a nível central e local, à realidade da escola;

✓ Garantir a gestão democrática, solidária e co-responsável.


3.1.1. Composição do Conselho da Escola

Segundo o Artigo 10 do Regulamento Geral do Ensino Básico: (2009), do Conselho da


Escola fazem parte:

1. Director da escola;

2. Representantes dos professores;

3. Representantes do pessoal administrativo;

4. Representantes dos pais e encarregado de educação;

5. Representante da comunidade;

6. Representante dos alunos.

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3.1.2. Funcionamento do Conselho da Escola

✓ O Conselho da escola reúne-se, pelo menos, três vezes por ano, devendo, no início
de cada ano lectivo, apresentar à Assembleia Geral da Escola o relatório das actividades
desenvolvidas no ano anterior e o seu plano de actividades do ano em curso.

✓ Em casos julgados convenientes, pelo menos 2/3 dos membros representando os


componentes do conselho, podem convocar à assembleia e deliberar para qualquer
questão que julgarem conveniente e que não seja contrario ao regulamento.

✓ A direcção do mandato dos membros do Conselho da escola é de dois anos


consecutivos, renovável uma vez.

✓ Nos casos de impedimento para cumprimento do mandato por um período de um mês


por determinado membro do Conselho da escola por vários motivos, este devera ser
substituído através de uma eleição.

3.1.3. Competências do Conselho da Escola


De acordo com o Artigo 12 do Regulamento Geral do Ensino Básico: (2009),
compete ao Conselho da Escola:
✓ Aprovar o Plano de Desenvolvimento da Escola e garantir a sua implementação;
✓ Aprovar o Regulamento Interno da Escola e garantir a sua aplicação;
✓ Elaborar e garantir a execução de programas especiais visando a integração da
família- escola-comunidade;
✓ Aprovar os relatórios anuais da escola;
✓ Substituir o presidente do conselho da escola ou qualquer outro membro que
não revelarem bom desempenho.
Segundo Libânio (2004), o organigrama mostra as inter-relações entre os vários sectores e
funções de uma organização ou serviço. Evidentemente, a forma do organograma reflete
a concepção de organização e gestão.

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4. Organigrama de uma escola primária

Conselho de escola

Director

Adjunto pedagógico
Chefe da secretaria

Coordenadores Coordenadores
do ciclo de áreas

Professores

5. Organigrama de uma escola técnico-profissional

Director Geral

Coordenador Chefe Delegado Registo Académico


Pedagógico

Sector Recursos Chefe da Biblioteca


Administrativo Humano
Coordenador do

Adjunto Administrativo
Director da
curso

Turma

Contabilista Chefe da Secretaria

Formador
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6. Funções e tarefas de cada membro

Toda organização possui um conjunto de regras com o propósito de modelar o


comportamento dos indivíduos, tendo em vista os seus objectivos. Por tanto, o conjunto dessas
regras constitui a estrutura da organização.

6.1.Conselho de escola
O conselho de escola tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais em questões
definidas na legislação do estado e no regulamento escolar. Essas questões, geralmente,
envolvem aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros. No nosso país o conselho é
eleito num periodo de 2 em dois anos no mês de Março. Sua composição tem uma certa
proporcionalidade de participação dos docentes, dos especialistas em educação, dos
funcionários, dos pais e alunos, observando-se, em princípio, a paridade dos integrantes da
escola (50%) e usuários (50%). Em alguns lugares o Conselho de Escola é chamado de
“colegiado” e sua função básica é democratizar as relações de poder (Cizeski & Romão, 1997;
Paro, 1998).

6.2.Direcçao
O Director coordena, organiza e gerência todas as actividades da escola, auxiliado pelos
demais componentes do corpo de especialistas e de técnico-administrativo, atendendo às leis,
regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões
no âmbito da escola e pela comunidade (Mintzberg, 1979).
O assistente de Director desempenha as mesmas funções na condição de substituto
eventual do Director.

6.3.Sector técnico-administrativo
De acordo com Mintzberg (1979) a sector técnico-administrativo responde pelas
atividades-meio que asseguram o atendimento dos objectivos e funções da escola. O mesmo
responde, também, pelos serviços auxiliares (zeladoria, vigilância e atendimento ao público)
e multimeios (biblioteca, laboratórios, videoteca, etc.).
A secretaria escolar cuida da documentação, escrituração e correspondência da escola, dos
docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo atendimento ao público.

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Para a realização desses serviços, a escola conta com um secretário e escriturários ou
auxiliares da secretaria.
✓ A zeladoria, responsável pelos serventes, cuida da manutenção, conservação e
limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da
cozinha e da preparação e distribuição da merenda escolar; da execução de
pequenos consertos e outros serviços rotineiros da escola.
✓ A vigilância cuida do acompanhamento dos alunos em todas as dependências do
edifício, menos na sala de aula, orientando-os quanto a normas disciplinares,
atendendo-os em caso de acidente ou enfermidade, como também do atendimento
às solicitações dos professores quanto a material escolar, assistência e
encaminhamento de alunos.
✓ O serviço de multimeios compreende a biblioteca, os laboratórios, os equipamentos
audiovisuais, a videoteca e outros recursos didácticos.

6.4.Sector pedagógico
O sector pedagógico compreende as actividades de coordenação pedagógica e orientação
educacional.

O coordenador pedagógico ou professor coordenador supervisiona, acompanha, assessora,


avalia as actividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar assistência
pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz respeito ao
trabalho interactivo com os alunos. Há lugares em que a coordenação restringe-se à disciplina
em que o coordenador é especialista; em outros, a coordenação se faz em relação a todas as
disciplinas. Outra atribuição que cabe ao coordenador pedagógico é o relacionamento com
os pais e a comunidade, especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-
curriculares e didáctico da escola e comunicação e interpretação da avaliação dos alunos (Sá,
1997).

✓ O orientador educacional, onde essa função existe, cuida do atendimento e do


acompanhamento escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-
comunidade.

✓ O conselho de classe ou série é um órgão de natureza deliberativa quanto à avaliação


escolar dos alunos, decidindo sobre acções preventivas e correctivas em relação ao
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rendimento dos alunos, ao comportamento discente, às promoções e reprovações
e a outras medidas concernentes à melhoria da qualidade da oferta dos serviços
educacionais e ao melhor desempenho escolar dos alunos.

6.5.Corpo Docente
O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola, que
tem como função básica realizar o objectivo prioritário da escola, o ensino. Os professores
de todas as disciplinas formam, junto com a direcção e os especialistas, a equipe escolar.
Além do seu papel específico de docência das disciplinas, os professores também têm
responsabilidades de participar na elaboração do plano escolar ou projecto pedagógico-
curriculares, na realização das actividades da escola e nas decisões dos Conselhos de Escola
e de classe ou série, das reuniões com os pais (especialmente na comunicação e interpretação
da avaliação) e das demais actividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade (Sá,
1997).

7. Papel e atribuições dos membros


7.1.Papel do Director da Escola
Para Libâneo (2004: 216), o diretor de escola é o dirigente e o principal responsável pela
escola, tem a visão de conjunto, articula e integra os vários setores (setor administrativo,
pedagógico, secretaria, serviços gerais, relacionamento com a comunidade).
Deste modo, o gestor educacional poderá “construir” a escola em conjunto com a
comunidade interna e externa, buscando atender suas aspirações, mas, principalmente, suas
necessidades. Por isso, deve ter muita disciplina para integrar, reunir os esforços necessários
para realizar as ações determinadas para a melhoria da qualidade de ensino, ter coragem de
agir com a razão e a liderança para as situações mais adversas do cotidiano.
O gestor educacional, também, deve ter disciplina para superar os desafios que são
encontrados nas funções de sua responsabilidade. Ao realizar suas funções, deve manter em
evidência a necessidade da valorização da escola, dos funcionários e, principalmente, de
seus alunos, para que os mesmos se sintam estimulados e incentivados para aprender e
assimilar novos conhecimentos. O gestor educacional tem assim, uma árdua tarefa de buscar
o equilíbrio entre os aspectos pedagógicos e administrativos, com a percepção que o primeiro
constitui-se como essencial e deve privilegiar a qualidade, por interferir diretamente no

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resultado da formação dos alunos e o segundo deve dar condições necessárias para o
desenvolvimento pedagógico.
Libâneo (2004) nos aponta algumas atribuições ao director de uma instituição:
✓ Supervisionar atividades administrativas e pedagógicas;
✓ Promover a integração entre escola e comunidade;
✓ Conhecer a legislação educacional, buscar meios que favoreçam sua equipe,
dentre outras.
No exercício dessas atribuições é importante estar em formação continuada, ou seja,
estudar constantemente na busca do aprimoramento e amadurecimento, criando dessa
maneira uma bagagem de experiências enriquecida e que compartilhada com os pares
favorecem o desenvolvimento profissional.

7.2.Papel do Delegado
O Delegado na escola técnico-profissional IBN SINA no distrito de Gurué, por exemplo,
tem o papel do Director, sendo que este é considerado a entidade máxima da instituição, na
ausência do Director Geral. Dentre várias funções do Delegado, este deve:

✓ Assegurar a gestão da DLE;

✓ Presidir ao conselho coordenador;

✓ Velar pela disciplina e cumprimento dos horários do pessoal docente e não docente;

✓ Sensibilizar o pessoal docente e não docente para questões escolares, de modo a


valorizar a escola e o ensino;

✓ Conferir aceitação ao pessoal docente e não docente;

✓ Participar em reuniões de trabalho convocadas superiormente;

✓ Apresentar às instâncias competentes, com vista à melhoria dos serviços, as alterações


julgadas convenientes, mediante pareceres fundamentados;

✓ Representar a DLE em todos os actos para que a mesma seja solicitada e ou em que
deva estar presente.

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7.3.Papel do Director adjunto pedagógico
De acordo com o Dicionário informal (SP) em 21-01-2001, o director adjunto é o
responsável designado para auxiliar o Director na tomada de decisões. Possui as mesmas
funções mas com tomadas de decisões em conjunto conforme o grau do facto. Sendo
independente nas tomadas de decisões para factos delegados pelo Director geral.

7.4.Papel do chefe da secretaria


Em suas funções diárias, o secretário escolar deve ser mais do que uma pessoa encarregada
de digitação das correspondências, manutenção do arquivo e atendimento de telefonemas. Às
vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que tomam decisões gerenciais e os que
executarão tais decisões; muitas vezes, porém, toma decisões e executa tarefas relevantes e
decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro assessor, função que exige competências e
formação básica bem específicas (Medeiros & Hernandez,1999,p.17).
É através do secretário escolar e de sua organização, que a escola tem acesso a dados
estatísticos de aprendizagem, sociais, familiares e sociais de seus/suas educandos/as, sendo
que esta organização deve ser de fácil acesso a todos/as os membros da escola com a devida
identificação destes documentos, “Não basta limpar, inventariar e organizar, é também
fundamental reinstalar a informação a partir de uma nova organização, para que o acervo e a
conservação condignos sejam possibilitados” (Magalhães, 1999, p.59).
Tem-se na maioria das escolas as seguintes atribuições básicas da função do secretário
escolar:
✓ Responsabilizar-se pelo funcionamento da Secretaria Escolar;
✓ Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares;
✓ Cumprir as determinações da Direção;
✓ Coordenar e fiscalizar o serviço da Secretaria Escolar, fazendo a distribuição
equitativa dos trabalhos entre seus auxiliares;
✓ Organizar o arquivo escolar;
✓ Manter em dia a escrituração, o arquivo, a correspondência escolar e o registro de
resultados de avaliação de alunos;
✓ Manter atualizado o arquivo de legislação e de documentação da unidade escolar;
✓ Conhecer a legislação do ensino vigente, zelando pelo seu cumprimento, no âmbito
de suas atribuições;

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✓ Manter o arquivo de documentação de alunos e funcionários lotados na unidade escolar,
organizado de forma funcional, com capacidade de proporcionar rapidez nas
informações;
✓ Divulgar e subscrever, por ordem da Direção, instruções, editais e todos os documentos
escolares;
✓ Manter atualizadas as pastas individuais dos servidores e alunos da unidade escolar; etc.

7.5.Papel do Registro Acadêmico


É o orgao que responde pelo acompanhamento da vida escolar dos alunos, efetivando as
matrículas, inserindo dados no sistema acadêmico da instituição, registrando e arquivando
documentos (Roberto, s/a).
A Coordenação de Registro Acadêmico tem como funções básicas:
✓ Efetuar matrículas de alunos novatos e renovar para alunos em curso;
✓ Registrar e emitir requerimentos acadêmicos, tais como: histórico escolar, diploma,
declaração de conclusão de curso, declaração de matrícula, transferências, entre outros
documentos;
✓ Registrar, controlar e fornecer notas e frequência dos alunos;
✓ Elaborar relatórios de aprovação, reprovação, evasão, desligamento e jubilamento;
✓ Manter e atualizar os registros de ensino;
✓ Organizar as turmas segundo critérios institucionais;
✓ Cadastros de professores no Sistema Acadêmico.

7.6.Papel do Contabilista
A contabilidade é um dos principais instrumentos da gestão escolar. De acordo com
Fernandes (s/a), “a contabilidade permite a análise da situação econômico financeira, é base
para a elaboração de orçamento e fluxo de caixa, e também é o pilar para levantamentos
específicos”.

Somente com uma contabilidade organizada a escola é capaz de manter sua receita sempre
no azul. Isso porque é com os dados contábeis que a gestão obtém diagnósticos financeiros e
elabora as planilhas necessárias para o cálculo da anuidade escolar, por exemplo.

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7.7.Recursos Humanos
A gestão de recursos humanos na escola tem como base a selecção, formação, integração
e aperfeiçoamento de uma equipe, a partir de objetivos organizacionais bem definidos. Assim,
cada colaborador conhece o seu papel individual e coletivamente dentro da instituição (Etzioni,
1984).

7.8.Chefe da Biblioteca
O chefe da biblioteca é o responsável por tornar a informação do local onde trabalha
acessível ao usuário.
Dentre suas principais funções estão a análise dos títulos e a montagem de coleções seguindo
parâmetros de organização. Ele pensa em métodos para deixar a biblioteca, centro de
informação ou outro estabelecimento mais otimizado e harmonioso e orienta os demais
funcionários para segui-los (Roldão, 1995).

7.9.Papel do Director de turma


De acordo com (Roldão, 1995), o Director de turma é um professor que coordena um
grupo de docentes e é, simultaneamente, um elemento de gestão, a quem cabem
responsabilidades na gestão global do conselho de turma a que preside. O Director de turma
deve ser um agente capaz de mediar, pelo menos três situações importantes nas relações do
cenário escolar: docência e gestão; escola e família; professor e aluno.
O Director de turma serve também, como mediador, o fio condutor entre
encarregados de educação e escola, pelo que lhe são atribuídas algumas funções das quais
nunca poderá dissociar- se e que passamos a citar:
✓ Informar os encarregados de educação das regras de funcionamento da escola, do
regulamento interno e da legislação em vigor, do funcionamento das estruturas de
apoio existentes na escola e no SASE (serviço de ação social escolar), do dia e a hora
de atendimento, da assiduidade dos seus educandos, do comportamento e
aproveitamento escolar dos mesmos através de atendimento semanal e de reuniões
marcadas para esse fim;
✓ Propor e planejar ações com os encarregados de educação com o intuito de buscar
uma relação mais estreita entre a família e a escola. Isso possibilita encontrar
estratégias específicas que aproximem e envolvam os pais, tornando-os elementos

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participativos, activos e mais atentos ao meio escolar no sentido de encontrarem,
juntos, soluções mais adequadas para os problemas que se apresentarem;
✓ Preparar uma lista de perguntas que tenha necessidade de fazer aos pais, prevendo
evidentes questões postas por estes, não os privando do uso da palavra, mostrando se
disponível para os ouvir e fomentando a troca de impressões numa atitude sincera,
sem que se deixem denunciar eventuais confidências (Marques, 1990).
É preciso estabelecer, contudo, que ser Diretor de Turma representa ser diretor dos alunos,
mas não dos professores. Na visão dos seus pares o Diretor de Turma é alguém que pode e
deve ser o mediador adequado quando surgirem conflitos. Quando essas situações aparecem,
o Diretor de Turma ganha força, quando intervém no sentido de repor o equilíbrio perdido
(Sá, 1997).

7.10. Papel do grupo de disciplina


No exercício das suas atribuições, o conselho pedagógico é apoiado pelos conselhos de
grupo, subgrupo, disciplina ou especialidade, conselhos de Directores de turma e conselho
consultivo. Geralmente um grupo de disciplina é formado por professores de uma
determinada disciplina que por sua vez organizam-se em conselhos de grupo, subgrupo,
disciplina ou especialidade com o objectivo de realizar as seguintes funções (Etzioni, 1984):
✓ Dosificacão;
✓ Planificão das actividades lectivas e não lectivas;
✓ Planificação quinzenal;
✓ Planificação diária de aulas;
✓ Coordenação de trabalhos em grupo;
✓ Resolução de eventuais problemas de um grupo;
✓ Colaborar com o conselho pedagógico na construção do projecto educativo da escola;
✓ Colaborar com o conselho pedagógico na elaboração e execução do plano de
formação dos professores da escola e do grupo disciplinar;
✓ Elaborar os estudos e ou pareceres no que se refere a programas, métodos,
organização curricular e processos e critérios de avaliação de docentes e discentes.

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Conclusão
Após descrições realizadas no presente trabalho, de acordo com Morgan (1996) a
escola deve funcionar como um sistema vivo que existe num ambiente mais amplo do qual
depende em termos de satisfação das suas várias necessidades e os seus profissionais devem
funcionar como os órgãos que, em conjunto, trabalham para que a organização cumpra com
os seus objectivos.
Numa concepção de escola moderna, adaptada à realidade do contexto em que cada
instituição se insere e na qual há uma constante necessidade em se adaptar para melhor
cumprir com as suas funções. Para Argyris & Shön (1978), há aprendizagem organizacional
quando a organização tenta corrigir os seus erros no confronto dos resultados esperados com
a realidade. Sendo assim, a escola actualmente deve assumir uma estrutura que permita uma
avaliação e posterior adaptação por forma a responder às exigências da sociedade moderna.
Essa aprendizagem organizacional pode permitir uma mudança na forma dos professores e
dos outros elementos da comunidade escolar agirem dentro da organização, mas depende ela
também das atitudes dos diferentes intervenientes.
Enfim, uma organização que educa deve assentar nos seguintes pilares: a
racionalidade, como a disposição lógica dos elementos da organização; a flexibilidade, como
a capacidade de adaptar-se às necessidades; a permeabilidade ou abertura em relação ao
espaço exterior e a colegialidade para fazer frente ao individualismo, criado pela
fragmentação de espaços, horários e mecanismos de colaboração. (Santos, 1995 in Gairin,
2000).

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Referencias bibliográficas
Alarcão, I. (1978). Escola reflexiva e supervisão, Porto: Porto Editora.
Argyris & Shön (2003). Organizational learning: a theory of action perspective. Em Chanlat, J.
F. O indivíduo nas organizações 1993. Em Pereira, Luiz Alberto. Poder e clima
organizacional: um estudo de caso em uma empresa petroquímica, Tese de Mestrado Inédita,
Salvador: Universidade Federal da Bahia.
Etzioni, A. (1984). Organizações modernas. Em Costa, J. A. Imagens Organizacionais da
Escola, Porto: Edições Asa. 1996.
Libâneo, J. C. (2004). Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. 5° Ed. Revista e
ampliada. Goiânia: Editora Alternativa.
Libâneo, J. C. (2001). “O sistema de organização e gestão da escola” In: Libâneo, José Carlos.
Organização e Gestão da Escola - Teoria e Prática. 4ª ed. Goiânia: Alternativa.
Marques, R. (1990). A escola e os pais: Como colaborar? Lisboa: Texto Editora.
Medeiros, J. B. & Hernandes, S. (2006). Manual da secretária. SP: Atlas.
Magalhães, J. Experiências de exploração do arquivo histórico de um liceu. In: Fernandez, R.;
Magalhães, J. (org. 1999) Para a história do ensino liceal em Portugal. Braga, Portugal:
Universidade do Minho.
Mintzberg, H. Estrutura e Dinâmica das Organizações, Lisboa: Publicações Dom Quixote
(1995). (Trabalho original em inglês publicado em 1979). Morgan, G., Imagens da
Organização, São Paulo: Atlas. 1996.
REGEB (2009), Edição DINEG/MEC, Maputo.
Sá, V. (1997). Racionalidades e práticas na gestão pedagógica: O caso do diretor de turma.
Portugal: Instituto de Inovação Educacional.
Santos, (1995), Organizaciones que educan. Em Gairín, J. (2000). Cambio de cultura y
organizaciones que aprenden apresentada no III Congreso internacional sobre dirección de
centros educativos: liderazgo y organizaciones que aprenden, Universidad de Deusto, Bilbao.

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