Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Do G11 Estrutura Funcional Da Escola, 4@ano Eb Ead Mocuba
Trabalho Do G11 Estrutura Funcional Da Escola, 4@ano Eb Ead Mocuba
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
11º Grupo
Quelimane
2022
CALISTO JOSÉ NDIRONGUE DIQUE
11º Grupo
Quelimane
2022
Sumário
Introdução .......................................................................................................................................... 5
6.2. Direcçao................................................................................................................................ 10
Conclusão ........................................................................................................................................ 18
Este trabalho tem como objetivo geral descrever sobre a estrutura funcional da escola
particularizando o seu estudo em compreender como estão constituídas as organigramas das
escolas primária e técnica. E para a concretização desta tarefa tivemos que recorrer a diversos
materiais ou artigos disponíveis que abordam com exactidão o assunto em destaque, assim
sendo, usamos o método de revisão bibliográfica para enriquecer as informações aqui descritas.
5
1. Estrutura funcional da escola
Toda a instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna, geralmente
prevista no Regimento Escolar ou em legislação específica estadual ou municipal. O termo
estrutura tem aqui o sentido de ordenamento e disposição das funções que asseguram o
funcionamento de um todo, no caso a escola.
Essa estrutura é comumente representada graficamente num organograma-um tipo de
gráfico que mostra a inter-relações entre os vários sectores e funções de uma organização ou
serviço. Evidentemente a forma do organograma reflete a concepção de organização e gestão.
A estrutura organizacional de escolas se diferencia conforme a legislação dos Estados e
Municípios e, obviamente, conforme as concepções de organização e gestão adotada, Libâneo
(2001).
6
3. Organização pedagógica no Ensino Básico
✓ Conselho de escola;
✓ Direcção da Escola;
✓ Colectivo da Direcção.
3.1.Conselho da Escola
1. Director da escola;
5. Representante da comunidade;
7
3.1.2. Funcionamento do Conselho da Escola
✓ O Conselho da escola reúne-se, pelo menos, três vezes por ano, devendo, no início
de cada ano lectivo, apresentar à Assembleia Geral da Escola o relatório das actividades
desenvolvidas no ano anterior e o seu plano de actividades do ano em curso.
8
4. Organigrama de uma escola primária
Conselho de escola
Director
Adjunto pedagógico
Chefe da secretaria
Coordenadores Coordenadores
do ciclo de áreas
Professores
Director Geral
Adjunto Administrativo
Director da
curso
Turma
Formador
9
6. Funções e tarefas de cada membro
6.1.Conselho de escola
O conselho de escola tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais em questões
definidas na legislação do estado e no regulamento escolar. Essas questões, geralmente,
envolvem aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros. No nosso país o conselho é
eleito num periodo de 2 em dois anos no mês de Março. Sua composição tem uma certa
proporcionalidade de participação dos docentes, dos especialistas em educação, dos
funcionários, dos pais e alunos, observando-se, em princípio, a paridade dos integrantes da
escola (50%) e usuários (50%). Em alguns lugares o Conselho de Escola é chamado de
“colegiado” e sua função básica é democratizar as relações de poder (Cizeski & Romão, 1997;
Paro, 1998).
6.2.Direcçao
O Director coordena, organiza e gerência todas as actividades da escola, auxiliado pelos
demais componentes do corpo de especialistas e de técnico-administrativo, atendendo às leis,
regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões
no âmbito da escola e pela comunidade (Mintzberg, 1979).
O assistente de Director desempenha as mesmas funções na condição de substituto
eventual do Director.
6.3.Sector técnico-administrativo
De acordo com Mintzberg (1979) a sector técnico-administrativo responde pelas
atividades-meio que asseguram o atendimento dos objectivos e funções da escola. O mesmo
responde, também, pelos serviços auxiliares (zeladoria, vigilância e atendimento ao público)
e multimeios (biblioteca, laboratórios, videoteca, etc.).
A secretaria escolar cuida da documentação, escrituração e correspondência da escola, dos
docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo atendimento ao público.
10
Para a realização desses serviços, a escola conta com um secretário e escriturários ou
auxiliares da secretaria.
✓ A zeladoria, responsável pelos serventes, cuida da manutenção, conservação e
limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da
cozinha e da preparação e distribuição da merenda escolar; da execução de
pequenos consertos e outros serviços rotineiros da escola.
✓ A vigilância cuida do acompanhamento dos alunos em todas as dependências do
edifício, menos na sala de aula, orientando-os quanto a normas disciplinares,
atendendo-os em caso de acidente ou enfermidade, como também do atendimento
às solicitações dos professores quanto a material escolar, assistência e
encaminhamento de alunos.
✓ O serviço de multimeios compreende a biblioteca, os laboratórios, os equipamentos
audiovisuais, a videoteca e outros recursos didácticos.
6.4.Sector pedagógico
O sector pedagógico compreende as actividades de coordenação pedagógica e orientação
educacional.
6.5.Corpo Docente
O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola, que
tem como função básica realizar o objectivo prioritário da escola, o ensino. Os professores
de todas as disciplinas formam, junto com a direcção e os especialistas, a equipe escolar.
Além do seu papel específico de docência das disciplinas, os professores também têm
responsabilidades de participar na elaboração do plano escolar ou projecto pedagógico-
curriculares, na realização das actividades da escola e nas decisões dos Conselhos de Escola
e de classe ou série, das reuniões com os pais (especialmente na comunicação e interpretação
da avaliação) e das demais actividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade (Sá,
1997).
12
resultado da formação dos alunos e o segundo deve dar condições necessárias para o
desenvolvimento pedagógico.
Libâneo (2004) nos aponta algumas atribuições ao director de uma instituição:
✓ Supervisionar atividades administrativas e pedagógicas;
✓ Promover a integração entre escola e comunidade;
✓ Conhecer a legislação educacional, buscar meios que favoreçam sua equipe,
dentre outras.
No exercício dessas atribuições é importante estar em formação continuada, ou seja,
estudar constantemente na busca do aprimoramento e amadurecimento, criando dessa
maneira uma bagagem de experiências enriquecida e que compartilhada com os pares
favorecem o desenvolvimento profissional.
7.2.Papel do Delegado
O Delegado na escola técnico-profissional IBN SINA no distrito de Gurué, por exemplo,
tem o papel do Director, sendo que este é considerado a entidade máxima da instituição, na
ausência do Director Geral. Dentre várias funções do Delegado, este deve:
✓ Velar pela disciplina e cumprimento dos horários do pessoal docente e não docente;
✓ Representar a DLE em todos os actos para que a mesma seja solicitada e ou em que
deva estar presente.
13
7.3.Papel do Director adjunto pedagógico
De acordo com o Dicionário informal (SP) em 21-01-2001, o director adjunto é o
responsável designado para auxiliar o Director na tomada de decisões. Possui as mesmas
funções mas com tomadas de decisões em conjunto conforme o grau do facto. Sendo
independente nas tomadas de decisões para factos delegados pelo Director geral.
14
✓ Manter o arquivo de documentação de alunos e funcionários lotados na unidade escolar,
organizado de forma funcional, com capacidade de proporcionar rapidez nas
informações;
✓ Divulgar e subscrever, por ordem da Direção, instruções, editais e todos os documentos
escolares;
✓ Manter atualizadas as pastas individuais dos servidores e alunos da unidade escolar; etc.
7.6.Papel do Contabilista
A contabilidade é um dos principais instrumentos da gestão escolar. De acordo com
Fernandes (s/a), “a contabilidade permite a análise da situação econômico financeira, é base
para a elaboração de orçamento e fluxo de caixa, e também é o pilar para levantamentos
específicos”.
Somente com uma contabilidade organizada a escola é capaz de manter sua receita sempre
no azul. Isso porque é com os dados contábeis que a gestão obtém diagnósticos financeiros e
elabora as planilhas necessárias para o cálculo da anuidade escolar, por exemplo.
15
7.7.Recursos Humanos
A gestão de recursos humanos na escola tem como base a selecção, formação, integração
e aperfeiçoamento de uma equipe, a partir de objetivos organizacionais bem definidos. Assim,
cada colaborador conhece o seu papel individual e coletivamente dentro da instituição (Etzioni,
1984).
7.8.Chefe da Biblioteca
O chefe da biblioteca é o responsável por tornar a informação do local onde trabalha
acessível ao usuário.
Dentre suas principais funções estão a análise dos títulos e a montagem de coleções seguindo
parâmetros de organização. Ele pensa em métodos para deixar a biblioteca, centro de
informação ou outro estabelecimento mais otimizado e harmonioso e orienta os demais
funcionários para segui-los (Roldão, 1995).
16
participativos, activos e mais atentos ao meio escolar no sentido de encontrarem,
juntos, soluções mais adequadas para os problemas que se apresentarem;
✓ Preparar uma lista de perguntas que tenha necessidade de fazer aos pais, prevendo
evidentes questões postas por estes, não os privando do uso da palavra, mostrando se
disponível para os ouvir e fomentando a troca de impressões numa atitude sincera,
sem que se deixem denunciar eventuais confidências (Marques, 1990).
É preciso estabelecer, contudo, que ser Diretor de Turma representa ser diretor dos alunos,
mas não dos professores. Na visão dos seus pares o Diretor de Turma é alguém que pode e
deve ser o mediador adequado quando surgirem conflitos. Quando essas situações aparecem,
o Diretor de Turma ganha força, quando intervém no sentido de repor o equilíbrio perdido
(Sá, 1997).
17
Conclusão
Após descrições realizadas no presente trabalho, de acordo com Morgan (1996) a
escola deve funcionar como um sistema vivo que existe num ambiente mais amplo do qual
depende em termos de satisfação das suas várias necessidades e os seus profissionais devem
funcionar como os órgãos que, em conjunto, trabalham para que a organização cumpra com
os seus objectivos.
Numa concepção de escola moderna, adaptada à realidade do contexto em que cada
instituição se insere e na qual há uma constante necessidade em se adaptar para melhor
cumprir com as suas funções. Para Argyris & Shön (1978), há aprendizagem organizacional
quando a organização tenta corrigir os seus erros no confronto dos resultados esperados com
a realidade. Sendo assim, a escola actualmente deve assumir uma estrutura que permita uma
avaliação e posterior adaptação por forma a responder às exigências da sociedade moderna.
Essa aprendizagem organizacional pode permitir uma mudança na forma dos professores e
dos outros elementos da comunidade escolar agirem dentro da organização, mas depende ela
também das atitudes dos diferentes intervenientes.
Enfim, uma organização que educa deve assentar nos seguintes pilares: a
racionalidade, como a disposição lógica dos elementos da organização; a flexibilidade, como
a capacidade de adaptar-se às necessidades; a permeabilidade ou abertura em relação ao
espaço exterior e a colegialidade para fazer frente ao individualismo, criado pela
fragmentação de espaços, horários e mecanismos de colaboração. (Santos, 1995 in Gairin,
2000).
18
Referencias bibliográficas
Alarcão, I. (1978). Escola reflexiva e supervisão, Porto: Porto Editora.
Argyris & Shön (2003). Organizational learning: a theory of action perspective. Em Chanlat, J.
F. O indivíduo nas organizações 1993. Em Pereira, Luiz Alberto. Poder e clima
organizacional: um estudo de caso em uma empresa petroquímica, Tese de Mestrado Inédita,
Salvador: Universidade Federal da Bahia.
Etzioni, A. (1984). Organizações modernas. Em Costa, J. A. Imagens Organizacionais da
Escola, Porto: Edições Asa. 1996.
Libâneo, J. C. (2004). Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. 5° Ed. Revista e
ampliada. Goiânia: Editora Alternativa.
Libâneo, J. C. (2001). “O sistema de organização e gestão da escola” In: Libâneo, José Carlos.
Organização e Gestão da Escola - Teoria e Prática. 4ª ed. Goiânia: Alternativa.
Marques, R. (1990). A escola e os pais: Como colaborar? Lisboa: Texto Editora.
Medeiros, J. B. & Hernandes, S. (2006). Manual da secretária. SP: Atlas.
Magalhães, J. Experiências de exploração do arquivo histórico de um liceu. In: Fernandez, R.;
Magalhães, J. (org. 1999) Para a história do ensino liceal em Portugal. Braga, Portugal:
Universidade do Minho.
Mintzberg, H. Estrutura e Dinâmica das Organizações, Lisboa: Publicações Dom Quixote
(1995). (Trabalho original em inglês publicado em 1979). Morgan, G., Imagens da
Organização, São Paulo: Atlas. 1996.
REGEB (2009), Edição DINEG/MEC, Maputo.
Sá, V. (1997). Racionalidades e práticas na gestão pedagógica: O caso do diretor de turma.
Portugal: Instituto de Inovação Educacional.
Santos, (1995), Organizaciones que educan. Em Gairín, J. (2000). Cambio de cultura y
organizaciones que aprenden apresentada no III Congreso internacional sobre dirección de
centros educativos: liderazgo y organizaciones que aprenden, Universidad de Deusto, Bilbao.
19