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O.G.E.

: Tema 2 (As teorias da administração e as abordagens organizacionais da escola) 1

ABORDAGEM DAS TEORIAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO

1. Teoria da Administração Cientifica de F. Taylor


2. Teoria dos 14 Princípios de H. Fayol
3. Teoria Burocrática de M. Weber
4. Teoria da Escola de Relações Humanas de E. Mayo

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2. Teorias dos 14 Princípios de Henry FAYOL
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De acordo com Henri FAYOL (1916), in: NIVAGARA, 2004, existem catorze princípios de
administração relativos a actividade humana, tal como é a Educação.
a) Explicite o significado de cada um destes princípios;
b) Verifique se os mesmos são aplicáveis a administração da educação.

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a) Os catorze princípios de Administração de Henri Fayol:


1. Divisão de trabalho: este princípio evoca a divisão de actividades numa organização, tal
como é a escola. A divisão de trabalho na organização é e constitui uma vantagem para a
mesma, pois permite a especialização no sector a actividade de que o colaborador está
inserido. NIVAGARA, no seu módulo sobre a Administração, gestão e Supervisão
Escolar, em uso na cadeira de OGE, enaltece que os vários papeis desempenhados na
escola tendem ao mesmo fim: eficiência e eficácia da organização.

2. Autoridade: no tocante ao princípio de autoridade, podemo-nos apoiar com


MINTZBERG (1986) apud TEIXEIRA (1995:65), que defende como sendo uma
correspondência ao posto hierárquico numa organização, aliás, concordando com
MAILLET (1988) apud TEIXEIRA (idem) a autoridade corresponde a forma de poder,
mas reconhecida e censurada e portanto adequado no contexto do organigrama
organizacional.
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Daí que em qualquer organização a autoridade é indispensável para manter a consecução


poder de acordo com a posição hierárquica nessa organização.

3. Responsabilidade e prestação de contas: o termo responsabilidade remonta aos latinos


que pretenderam referir “responder sobre as coisas” (res = coisa; pondere = ponderar,
tendo o sentido de assumir). Então, o principio de responsabilidade impele ao
colaborador na organização o dever de responder pela tarefa que exerce, pela posição que
assume, em fim, pelos seus actos como resposta do que a organização lhe confiou. Por
isso ele deve sempre prestar as contas dos seus actos a organização, seja ela no seu
sentido de órgão, seja no sentido de superior hierárquico.

4. Disciplina: na organização sempre deve-se manter a disciplina. Entende-se aqui por


disciplina a capacidade de honrar os compromissos plasmados no acto de integração na
organização. Como cada organização tem seus objectivos e por isso tem suas estratégias
ou práticas para alcança-los, os colaboradores devem pautar pela honestidade em honrar
os acordos. Por exemplo, sabemos que na organização escola tem horários de toque e,
neste caso a disciplina consistira em não infligir aos toques.

5. Unidade de comando: uma vez que para atingir os objectivos a organização deve pautar
por algumas estratégias, então todos os colaboradores da organização deverão seguir os
mesmos propósitos de modo que se alcancem os objectivos. Portanto, este princípio
consiste em cumprir o que foi acordado no acto de integração na organização.

6. Unidade de Direcção: a organização tem áreas afins e cada área tem sua direcção. Assim,
todas as direcções encabeçam e objectivam os objectivos organizacionais. É assim que
todas as direcções devem trabalhar de forma coordenada para a prossecução dos mesmos
objectivos, ou seja, embora as várias direcções duma da organização trabalhem de forma
autónoma, elas estão unidas intencionalmente.
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7. Centralização e descentralização: a centralização como princípio de administração


científica, consiste na posse do poder decisório por uma única pessoa ou órgão na
organização, ao contrário da descentralização, pois esta consiste em atribuir as
responsabilidades do poder decisório a outros níveis inferiores subsequentes. Este
princípio permite o maior envolvimento dos agentes da base na sua organização e
também permite a flexibilidade na administração da informação e eficiência
organizacionais. Ernestina Sá apud Pinhal & Barroso (1996:131) falando no contexto da
educação em Portugal vê a descentralização de funções por parte do Ministério da
Educação como uma tarefa necessária e urgente, pois “… não é possível, sem criar
estruturas regionais ou locais de funcionamento, proceder a melhoria e racionalização
dos seus serviços…”.

8. Cadeia de Comando: este princípio que também pode ser visto por cadeia escalar
interpreta as funções dos actores nas várias posições da organização, desde o mais
inferior ao mais superior. Portanto, o comando na organização deve e é exercido de forma
encadeada.

9. Subordinação do interesse particular ao interesse geral: é o obséquio altruísta e


organizacional que o indivíduo deve observar na organização. O indivíduo quando entra
numa organização, não só vai satisfazer as suas necessidades, como também as da
organização. Nesse caso, o indivíduo deve, em primeiro lugar satisfazer as necessidades
da organização, a consecução dos objectivos organização e depois, por sua vez, a
organização deverá satisfazer as necessidades do indivíduo.

10. Remuneração do pessoal. Todo o indivíduo integrado na organização merece e deve


receber o seu salário digno e de acordo coma as suas responsabilidades. Um bom salário
pode responsabilizar mais o desempenho do indivíduo e aumentar a eficiência e eficácia
organizacionais.

11. Equidade: numa organização existem vários recursos que, pela sua gestão, dão
vida a organização. Assim o princípio de equidade vela pela distribuição não em função
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das quantidades e igualdade, mas sim, de acordo com as necessidades que as partes
organizacionais a têm.

12. Estabilidade do pessoal nos postos de trabalho: a duração do indivíduo no seu


posto de trabalho permite não só o domínio da área ou tarefa, como também manifesta a
segurança laboral do colaborador, aliás, CHIAVENATO (2001), falando da rotatividade
do pessoal na organização refere que:

“Está claro que certa dose de rotatividade de pessoal até pode ser salutar, uma vez que
novas aquisições de talentos humanos injetam sangue novo e ideias novas na empresa e
balançam o status quo existente. Mas, quando os índices de rotatividade se elevam, os
custos de substituição podem multiplicar-se”.

O que nos faz perceber que a estabilidade de pessoal na organização não só e benéfica
para o indivíduo, como também para a gestão administrativo-financeira da própria
organização.

13. Iniciativa: o princípio de iniciativa defende que as actividades da organização devem ser
geridas por todos intervenientes. Assim, todos são chamados, por iniciativa própria, a
emendar ou sugerir alguma modificação funcional que o superior não esteja a notar. Este
mostra consciência e maturidade no espírito de pertença a organização, pois quando o
colaborador vir algo de mal na organização, não espera que seja mandado para corrigir,
assim também pode interagir com o seu superior hierárquico, para a melhoria da vida
organizacional, em caso de este não agir devidamente.

14. Amplitude de controlo ou ordem: o décimo quarto princípio de Administração de Fayol


advoga a manutenção de uma ordem na organização. A organização deve manter-se e
realizar as suas actividades de forma ordenada.

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b) Verifique se os princípios acima arrolados são aplicáveis à administração (Gestão)


da educação, sem se esquecer da sua justificação.

Preparado por Dr Brito para AGE e E.B. // 2022

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