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RESUMO INFORMATIVO

PIOSEVAN, Flávia. Direito Constitucional MÓDULO V. São Paulo, 2006.

Para os universalistas, os direitos humanos derivam da dignidade humana como valor inerente
à condição humana.Para os relativistas, o conceito de direito está imtimamente relacionado ao
sistema político, enconômico, cultural, social e moral válido em uma determinada sociedade.
Assim, cada cultura tem seu próprio discurso sobre os direitos fundamentais, que é alusiva às
circunstâncias culturais e históricas específicas de cada sociedade. “O forte relativismo
cultural acredira que a cultura é a principal fonte de validade de uma lei ou regra moral..O
fraco relativismo, por outro lado, afirma que a cultura pode ser uma importante de validade
para uma lei ou regra moral”. Nesse debate, destaca-se, então, a visão de Boaventura de Souza
Santos, que defende uma concepção multicultural de direitos humanos, inspirada pelo diálogo
entre as culturas, com o objetivo de criar um multiculturalismo emancipatório desses direitos
em nosso tempo. O autor defende ainda, a necessidade de superar o debate sobre o
universalismo e o relativismo cultural, amparado em uma transformação cosmopolita dos
direitos humanos. Uma vez que todas as culturas têm ideias diferentes referente a dignidade do
indivíduo, que são incompletas, seria necessário aumentar a consciência dessa incompletude
cultural mútua como pré-requisito para o diálogo intercultural.O resultado dessa comunação
intercultural seria a criação de um conceito amplo dos direitos fundamentais para a
sobrevivência do indivíduo. Uma racionalidade que não nega, portanto, que seja possível
chegar a uma síntese universal das várias opções em matéria de direito. Aquilo que negamos é
tratar o universal como ponto de partida ou campo de divergência. O segundo desafio central
para a implementação, é a problemática envolta da laicidade do Estado. Isso faz-se necessário
porque o Estado laico é uma garantia indispensável para o pleno exercício dos direitos
humanos, principalmente na área da sexualidade e reprodução. A ordem jurídica em estado
democrático de direito não pode se tornar voz exclusiva da moralidade de nenhuma religião,
ou seja, os grupos religiosos possuem o direito de construir sua identidade sobre seus
princípios e valores - por fazerem parte de uma sociedade democrática- mas eles não têm o
direito de ter soberania na cultura de um Estado constitucionalmente secular.

Palavras Chave: Direitos humanos, relativismo, religião, laicidade.

Faculdade Cathedral de Ensino Superior - Curso de Direito


Nome: Yamilli Teixeira de Araujo
Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica e Jurídica
Turma: 2C Noturno

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