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Cerulo, K. A., Leschziner, V. & Shepherd, H. (2021). Rethinking Culture and Cognition, Annual
Review of Sociology, 47(1), 63-85. https://doi.org/10.1146/annurev-soc-072320-095202
Desde a revisão de literatura apresentada por Paul DiMAggio, em 1997, na Revista de Revisões
Anuais da Sociologia o campo teórico associado à compreensão da cultura sinalizava a urgente
pertinência de integração conceitual multidisciplinar.
Aquisição
Armazenamento
Ativação
As chamadas ciências cognitivas têm trabalhado na perspectiva de análise das respostas clinicas
e neurais dos estímulos para investigar como determinado esquemas podem ou não ser
ativados. O consenso na área envolve a compreensão de que as áreas ativadas por esquemas
associativos em muito diferem das ativadas por esquemas que envolvem conhecimento tácito.
Embora não sejam fáceis de distinguir, o que é autônomo e o que é controlado pelo indivíduo e
em que medida isso se relaciona, tem sido o foco dos estudos na área, que consideram raciocino
de primeira ou segunda ordem
A sociologia aceita a transição entre os dois tipos de configuração mental, e absorve a ideia de
que a influência social e os esquemas de grupo influencial também o comportamento, e
portanto, a reconfiguração dos esquemas internos pré-concebidos.
Entendem a cultura e suas disposições individuais e coletivas como um processo social dinâmico,
a partir do qual estudam como as relações entre o que é declarado e não declarado pode ser
significado e caracterizado, enquanto fenômeno social
A teoria sociológica abora o contexto social como o fio condutor da transmissão de informações
e normativas, e de modelagem comportamental. Entendendo as redes de transmissão como
redes de referência e contrarreferência sobre a qual o sentido e o comportamento social são
modelados.
A cognição e suas associações caminham para a declaração inerente de que processos sociais
básicos são modelados e influenciados pelos fatores de contexto e de ambiente. Entender
movimentos coletivos, entender relações de poder e de significados e entender que eles se
configuram internamente de acordo com os pressupostos e esquemas de cada indivíduo. É a
sociologia cultural surgindo como campo que coloca a cognição sob outras perspectivas, além
do constituído clinicamente.
Por fim, o campo evoluiu na compreensão de que há níveis diferentes de cultura e de que a
cultura se significa e se manifesta segundo premissas de grupos e de indivíduos de formas
diferentes, de forma que o comportamento manifesta parte do conhecimento cultural
declarado, mas tão somente parte.