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Ciência Animal, 22(1): 219-234, 2012 – Edição Especial

FORMAÇÃO DE BANCOS DE GERMOPLASMA E SUA CONTRIBUIÇÃO


PARA A CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES SILVESTRES NO BRASIL.

(Formation of germplasm banks and its contribution to the wildlife conservation in


Brazil.)

Alexandre Rodrigues SILVA1*, Ana Liza Paz SOUZA1, Erika Aparecida Araújo
dos SANTOS1, Gabriela Liberalino LIMA1, Gislayne Christianne
Xavier PEIXOTO1, Patrícia Cunha SOUZA1, Thibério Souza CASTELO1.

1
Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal – LCGA, Universidade Federal Rural do Semi-
Árido – UFERSA, BR 110, Km 47, Costa e Silva, 59625-900 Mossoró, RN, Brasil
*E-mail: legio2000@yahoo.com

RESUMO

A biodiversidade vem sofrendo grande diminuição nas últimas décadas, apesar do


incremento de algumas iniciativas, que visam o uso sustentável da diversidade
biológica. A criação de bancos de germoplasma, os quais abrigam coleções-base para a
conservação de ampla variabilidade genética vegetal e animal, surge como alternativa
para manutenção da biodiversidade. O presente trabalho apresenta dados acerca da
legislação vigente que regulariza a conservação e uso de recursos genéticos, bem como
os aspectos técnicos relativos a formação de coleções de gametas e embriões,
particularmente, visando a preservação de espécies silvestres no Brasil.
Palavras-chave: germoplasma, animais silvestres, conservação.

ABSTRACT

Biodiversity has suffered great loss in recent decades, despite the increased number of
initiatives that aims the sustainable use of biological diversity. The creation of
germplasm banks, which are collections that conserves the broad genetic variability of
plants and animals, is an alternative to maintaining biodiversity. This paper presents

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data about the legislation that regulates the use and conservation of genetic resources, as
well as the technical aspects of the formation of collections of gametes and embryos,
particularly in the preservation of wild species in Brazil.
Key words: germplasm, wildlife, conservation.

INTRODUÇÃO

A distribuição e o comportamento da vida selvagem têm sido afetados


diretamente pelas mudanças climáticas globais ou regionais e, indiretamente, por
mudanças na vegetação decorrentes do uso indevido da terra, fragmentando os habitats
e elevando os obstáculos à migração de espécies. Assim, é esperado que em poucos
anos muitas espécies em risco extremo sejam extintas e espécies vulneráveis se tornem
mais raras e mais próximas à extinção (IPCC, 2001). A redução da biodiversidade vem
apresentando uma preocupante aceleração nos últimos 100 anos (IUCN, 2011), apesar
do incremento de algumas iniciativas, das quais pode ser citada a ampliação da
superfície de área protegida no planeta. Contudo, as áreas de proteção raramente são
capazes de proteger todos os habitats e espécies de interesse (Kati et al., 2004).
Diante disso, surge a necessidade de iniciativas para o uso sustentável da
diversidade biológica. A conservação in situ, mecanismo mais utilizado na conservação
de espécies animais, permite que pequenas populações sejam mantidas em seu ambiente
original (Andrabi & Maxwell, 2007). Além disso, são utilizados métodos e técnicas de
manutenção dos animais vivos fora de seu ambiente (ex situ, in vivo), ou ainda a
criopreservação de seu germoplasma (ex situ, in vitro) (Hiemstra et al., 2005),
merecendo destaque a criação de bancos, os quais abrigam coleções-base para a
conservação de ampla variabilidade genética vegetal e animal (MMA, 2002).
Os bancos de germoplasma apresentam, como principal objetivo, o resgate de
populações que se extinguiram, ou que tenham importantes características biológicas a
serem preservadas (Hiemstra et al., 2005), ou ainda espécies localmente adaptadas ou
em risco de extinção (Ramos et al., 2011). Esse programa de conservação ex situ pode
ser beneficiado por modernas técnicas de biotecnologias da reprodução, como
inseminação artificial, transferência de embriões, produção in vitro de embriões,
micromanipulação de gametas e sexagem de sêmen/embriões (Galli et al., 2003).

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O presente trabalho discute aspectos da conservação dos recursos genéticos


animais, enfatizando a descrição de criações de bancos de germoplasma no âmbito
nacional, bem como abrangendo os desafios e perspectivas da conservação de material
genético de animais silvestres no Brasil.

Aspectos legais

Existe uma grande preocupação com o estabelecimento e a manutenção dos


centros biológicos de pesquisa, especialmente no que diz respeito às tecnologias de
criopreservação, as quais precisam ser confiáveis o suficiente para que o material
recuperado exerça a mesma função de quando estava intacto (Silvestre et al., 2004). Nos
bancos, devem-se adotar medidas que reduzam o risco de contaminação dos tecidos,
como também reduzir a possibilidade de transmissão de doenças. Para tanto, os pontos
cruciais seriam a triagem do doador e realização de boas práticas durante a coleta,
transporte e armazenamento do material. Porém, o risco de contaminação durante o
armazenamento ainda é alto, principalmente quando se utiliza o nitrogênio líquido
(Bielanski & Vajta, 2009).
Com a conscientização da importância dos recursos genéticos, faz-se
imprescindível a adoção de medidas e procedimentos no intuito de salvaguardá-los
(Wetzel & Bustamante, 2000). Desta maneira, a formação e constituição de bancos de
germoplasma devem ser reguladas, conforme legislações específicas em cada país. A
Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB, estabelecida pela Organização das
Nações Unidas, incluindo o Brasil a partir do Decreto Nº 2.519 de 16 de março de 1998,
dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento
tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso e transferência de tecnologia
para a conservação e utilização do patrimônio genético existente em território nacional
(Wolf, 2009). A CDB tem levado à implementação de legislações nacionais de
afirmação de soberania sobre recursos biológicos, reforçando a necessidade do país de
políticas públicas que protejam o seu próprio patrimônio genético, de modo que essa
proteção também permita que seja ampliado o intercâmbio com outros países,
garantindo ao Brasil capacidade de acessar e se beneficiar de avanços obtidos em
âmbito internacional na pesquisa em recursos genéticos (Wolf, 2009).

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No Brasil, as convenções brasileiras sobre a criação de um Sistema Nacional de


Coleções Biológicas e Bancos de Germoplasma objetivam, em suas diretrizes,
sensibilizar o governo a investir na conservação de coleções biológicas e bancos de
germoplasma, numa visão estratégica de segurança nacional e de combate à pirataria,
através da formação de uma rede brasileira que englobe instituições públicas de
pesquisa (Embrapa, Ministério da Agricultura e Conselho Nacional dos Sistemas
Estaduais de Pesquisa Agropecuária) e, se possível, empresas do setor privado (SAA,
2011).
Atualmente, o acesso e a conservação dos recursos genéticos da biodiversidade
brasileira podem ser definidos de acordo com a legislação vigente no Ministério do
Meio Ambiente, sobre a qual seguem alguns exemplos: em 07 de março de 2002, foi
aprovado o Decreto nº 4.154, que Regulamenta a Lei nº 10.332, de 19 de dezembro de
2001, na parte que institui mecanismo de financiamento para o Programa de
Biotecnologia e Recursos Genéticos – Genoma (CS, 2012). No ano de 2008, a
Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República realizou
consulta pública, via Internet, sobre uma minuta de Anteprojeto de Lei, de autoria do
Poder Executivo, que dispõe acerca de parte do assunto tratado pela Medida Provisória
nº 2.185-16, de 2001. O referido Anteprojeto de Lei - no momento em discussão
interministerial – tratou da coleta de material biológico; do acesso aos recursos
genéticos e seus derivados para pesquisa científica ou tecnológica (Wolf, 2009).
Entretanto, existem termos legais que exercem autonomia sobre os recursos genéticos
da biodiversidade em níveis estatais, como, por exemplo, a Lei nº 1.235, de 9 de julho
de 1997, que dispõe sobre os instrumentos de controle do acesso aos recursos genéticos
do Estado do Acre (DOEA,1997). Em âmbito mundial, os bancos de Germoplasma
podem ser regulamentados pelo o art. 15 da CDB, onde se estipula as obrigações
vinculadas ao acesso aos recursos genéticos que compõem a diversidade biológica,
constituindo a principal normativa internacional sobre o tema (Bertoldi, 2005).

Os bancos de germoplasma no brasil


No Brasil, existem bancos de germoplasma coordenados pela Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia por meio de um sistema conhecido como Plataforma
Nacional de Recursos Genéticos e distribuídos em várias instituições, como

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universidades federais e estaduais, institutos estaduais de pesquisa e desenvolvimento e


empresas estaduais (Ferreira et al., 2005). Entretanto, tais bancos são voltados,
principalmente, para a conservação de material genético de animais domésticos com
potencial produtivo dentro da pecuária (MAPA, 2012).
No tocante aos animais silvestres, o Jardim Zoológico de Brasília criou o
primeiro Banco de Germoplasma de Animais Selvagens da América Latina, inaugurado
no dia 29/07/2010, com a expectativa futura de perpetuação de muitas espécies da fauna
brasileira, ameaçadas ou em perigo de extinção. O banco tem finalidade de salvaguardar
tanto gametas a serem utilizados em biotécnicas reprodutivas, como também células
somáticas e células-tronco (FJZB, 2012).
Na cidade de Mossoró, situada no estado do Rio Grande do Norte, em 2007 foi
criado o Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal – LCGA, no campus da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, o qual tem sido responsável por
inúmeras pesquisas voltadas para a coleta e criopreservação de gametas de diferentes
espécies silvestres, como quatis (Nasua nasua), catetos (Tayassu tajacu), cutias
(Dasyprocta aguti), tatus-peba (Euphractus sexcinctus) e preás silvestres da caatinga
(Galea spixi spixi) . Ainda, o Laboratório de Biologia e Medicina de Animais Silvestres
da Amazônia– BIOMEDAM da Universidade Federal do Pará, em conjunto com o
Centro Nacional de Primatas, situados em Belém do Pará, tem contribuído de forma
significativa para a adequação de biotécnicas reprodutivas voltadas para a preservação
de primatas neotropicais, como o macaco-prego (Cebus apella).
Como não existe um cadastro público de todas as instituições que hoje atuam
com pesquisas voltadas para o desenvolvimento de técnicas de conservação de
germoplasma em animais silvestres no Brasil, torna-se realmente difícil a citação de
todos os órgãos, bem como, permanece restrito o acesso àqueles trabalhos publicados
em veículos de baixa divulgação.

Aspectos técnicos

A formação de bancos de germoplasma consiste primeiramente na


criopreservação de gametas, embriões e células somáticas em botijões criogênicos, no
nitrogênio líquido a -196°C, ou em sua fase de vapor a -150°C (Domingues et al.,

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2011). No entanto, a capacidade do material biológico de sobreviver ao processo de


criopreservação depende de sua tolerância ao método de criopreservação (congelação
lenta ou vitrificação), aos agentes crioprotetores, desidratação e velocidade de redução
da temperatura (Santos et al., 2010). Haja vista que o presente texto tem foco principal
na reprodução assistida, serão aqui abordados apenas os aspectos técnicos relacionados
a conservação de gametas e embriões.

Conservação de gametas masculinos


Para aquisição dos gametas masculinos destinados a criopreservação, diferentes
métodos são reportados, mas a eletroejaculação (Silva et al., 2004) consiste no método
mais indicado para uso em animais silvestres, onde estão envolvidos riscos na
manipulação e manejo do animal, justificando sua contenção química (Domingues et
al., 2011).
Uma vez obtidos esses gametas, pode-se proceder à criopreservação cuja
eficácia é dependente da composição do diluente e de uma taxa ideal de congelação
(Hussain et al., 2011). Ainda, o desenvolvimento de protocolos de congelação envolve a
identificação de diferentes aditivos e crioprotetores, utilizados em concentrações
adequadas (Holt, 2000). Os principais diluentes utilizados consistem do Tris (tris-
hidroximetil-aminometano) e TES (ácido sulfônico N-tris-hidroximetil-metil-2-
aminometano) (Li et al., 2005). Como alternativa, citam-se os diluentes a base de água
de coco em pó (Silva et al., 2011) ou in natura (Oliveira et al., 2011).
A maioria dos protocolos de preservação utiliza o glicerol como crioprotetor
(Polge et al., 1949). Entretanto, a utilização de outras substâncias crioprotetores tem
sido também relatada, como o dimetilsulóxido (DMSO), etilenoglicol, e as amidas
(Dantas et al., 2011). Associada a estes, a gema de ovo (Castelo et al., 2010) ou a
lipoproteína de baixa densidade purificada (Bencharif et al., 2010) podem ser utilizadas
em procedimentos de congelação de sêmen tanto de animais domésticos como
silvestres. Substâncias iônicas ou não, que contribuem para manter a osmolaridade e o
pH (tampão) ou também aditivos como enzimas e antibióticos, podem ser adicionados
ao meio de congelação (Vishwanath & Shannon, 2000).
Apesar da criopreservação de sêmen ser uma técnica já consolidada, diferenças
na sua eficácia podem ser atribuídas a particularidades de cada espécie. No Brasil, esta

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técnica foi utilizada com sucesso na conservação de sêmen de gatos do mato


(Leopardus tigrinus - Erdmann, 2005), onças pintadas (Panthera onca - Paz et al.,
2007), jaguatiricas (Leopardus pardalis - Ávila, 2009), catetos (Tayassu tajacu -
Castelo et al., 2010; Silva et al., 2011), e macacos prego (Cebus apela - Oliveira et al.,
2011). Recentemente, foi também descrita a recuperação e criopreservação de
espermatozoides epididimários de cutias (Dasyprocta aguti - Silva et al., 2011).
Entretanto, relatos acerca do nascimento de crias viáveis a partir do uso destes materiais
permanecem ainda desconhecidos.

Gametas femininos
A criopreservação de gametas femininos ainda não é uma técnica bem
estabelecida, principalmente para as espécies silvestres, mas sua relevância é
indiscutível, constituindo-se de uma interface entre os programas de conservação animal
in situ e ex situ. (Andrabi & Maxwell, 2007). Esta técnica representa uma alternativa e
um complemento à criopreservação de sêmen e, para este propósito, pode ser realizada a
estocagem do tecido ovariano, dos folículos isolados ou dos oócitos maduros ou
imaturos (Lermen et al., 2009). A obtenção destes gametas pode ser realizada através de
punções foliculares, biópsias do tecido ovariano, ovariectomia uni ou bilateral ou
colheita do ovário imediatamente após a morte do animal, independente da idade
(Domingues et al., 2007).
Como a maioria dos animais doadores de gametas encontra-se distante dos
laboratórios especializados (Lopes et al., 2009), o desenvolvimento de protocolos de
preservação do material genético por curtos períodos é necessário, no intuito de manter
sua viabilidade no período compreendido entre a coleta e o uso em técnicas de
reprodução assistida (Santos et al., 2004). No Brasil, foi demonstrada que a solução a
base de água de coco em pó (ACP®) consiste em uma alternativa viável para a
preservação de gametas femininos de catetos (Tayassu tajacu) sob refrigeração por até
36h (Lima, 2011).
Em se tratando da criopreservação de oócitos, atualmente, são relatados dois
métodos para este fim, a congelação lenta e a vitrificação (Xu et al., 2012). A
congelação lenta é considerada o método convencional de criopreservação e como seu
princípio é a redução gradual da temperatura, geralmente controlada por um freezer

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programável, são utilizadas baixas concentrações de agentes crioprotetores (Naik et al.,


2005). Em outros países, seu uso já foi descrito em diferentes espécies silvestres como
elefantes africanos (Loxodonta africana - Gunasena et al., 1998), wombats (Vombatus
ursinus - Cleary et al., 2004), e porquinhos da Índia (Cavia porcellus - Xu et al., 2012),
dentre outros. Porém, no Brasil, esta técnica foi utilizada apenas para a preservação de
gametas femininos de cutias (Dasyprocta aguti - Wanderley et al., 2012).
Alternativamente, a vitrificação se baseia no uso de altas concentrações de
agentes crioprotetores, proporcionando viscosidade à solução de vitrificação a um valor
suficientemente alto para comportar-se como um sólido, contudo sem a formação de
cristais de gelo (Chian et al., 2004). Seu uso já foi descrito na conservação de gametas
femininos de primatas (Ting et al., 2011) e porquinhos da Índia (Cavia porcellus - Xu et
al., 2012), dentre outros. No Brasil, apesar de ser uma técnica já utilizada em animais
domésticos, seu uso em animais silvestres ainda não foi descrito.
Independente do método utilizado, os principais crioprotetores intracelulares
utilizados são o etilenoglicol, o dimetilsulfóxido e o propanodiol por apresentarem uma
capacidade de penetração superior a do glicerol (Emiliani et al., 2000), os quais são
geralmente utilizados em associação aos crioprotetores extracelulares. Dentro deste
grupo, os mais utilizados são os açúcares, como a sacarose e a trealose (Santos et al.,
2006). A eficiência das substâncias crioprotetoras pode variar de acordo com a estrutura
a ser criopreservada (Fuller & Paynter, 2004), a concentração, o tempo de exposição
antes do processo de criopreservação e a espécie animal (Gandolfi et al., 2006).

Embriões
A criopreservação de embriões é uma das principais ferramentas para a
manutenção de recursos genéticos de animais domésticos e silvestres (Dinnyes et al.,
2006). A técnica sofre influencia da origem do embrião (in vivo ou in vitro), do estágio
de desenvolvimento no momento da congelação, e da espécie (Dobrinsky, 2002).
Rotineiramente, pode ser realizada por vitrificação ou criopreservação convencional
(Santin et al., 2009), permanecendo o etilenoglicol como o crioprotetor de eleição, haja
vista sua baixa toxicidade e alta permeabilidade (Sommerfeld & Niemann, 1999).
Percebe-se assim que a criopreservação de embriões está em um estágio bem
desenvolvido, no entanto se torna ainda necessário o aprimoramento das técnicas para

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que haja o aumento das taxas de sobrevivência embrionária e finalmente seu uso para
animais silvestres ameaçados de extinção.
Recentemente, no Brasil, um importante passo foi dado para a tecnologia de
embriões de animais silvestres, a partir da produção in vitro do embrião de um primata
neotropical (Cebus apella – Lima et al., 2012) pelo BIOMEDAM. Acredita-se que, num
futuro próximo, a produção associada à criopreservação de embriões possam ser
também aditivos importantes na luta pela preservação de espécies silvestres no país.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido à escassez de informações acerca dos aspectos reprodutivos de grande


parte das espécies silvestres da fauna brasileira, o sucesso das biotecnologias da
reprodução ainda se apresenta de forma limitada. Embora a utilização da criotecnologia
já tenha permitido grandes avanços para a biologia reprodutiva em várias espécies,
especialmente domésticas, o processo ainda apresenta distintas limitações. Diante
dessas características, a evolução e a adaptação dos protocolos utilizados para coleta e
criopreservação de gametas e de embriões vêm sendo essenciais para aumento da
eficiência dos programas de enriquecimento de germoplasma. Contudo, a aplicabilidade
dos resultados, tanto no Brasil como no mundo, apesar de promissores, apresentam
baixa repetitividade, provavelmente devido a não padronização de protocolos adequados
que garantam a viabilidade celular.
De todo modo, os bancos de germoplasma são apenas um elo dentro de uma
complexa cadeia que envolve a conservação das espécies. Este desafio faz parte de um
programa multidisciplinar, que envolve várias áreas do conhecimento, e não se dirige
apenas a cientistas, mas também a políticos, comunidades, estudantes, dentre outros.
Afinal, qualquer que seja a espécie, não haveria sentido algum em se conservar e
multiplicar material genético em um laboratório, sem contar com a existência de um
ambiente apropriado para receber os animais e permiti-los sobreviver e multiplicar-se.

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