Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
º
9 ANO
Nome:
Escola:
Cidade:
Idade:
Turma:
Estado:
Boa Prova!
TEXTO 1
1 3
O diminutivo de “amiguinha”, em destaque no 2º No 5º parágrafo, o verbo que indica a fala da narrado-
parágrafo, foi usado pela narradora-personagem para ra-personagem é:
expressar A) explicando
A) a esperteza da menina. B) seria
B) o desprezo pela menina. C) vigiar
2
Depois de ler o conto, é possível entender que a
narradora-personagem E, pé ante pé, mas veloz, andava pelos pedregulhos
A) vigiava as casas para sua amiga roubar as rosas. que rodeavam os canteiros. Até chegar à rosa foi um
século de coração batendo.
B) deixou de roubar rosas para roubar pitangas.
TEXTO 2
Marina Estarque
São Paulo Quando Andréa Firmo era bebê, seu pai a colocava para dormir com a Canção da Infantaria. “Nós somos estes
infantes, cujos peitos amantes nunca temem lutar”, cantava o pai, que foi soldado. “Eu estava sendo preparada desde criança
para isso, me arrepia”, conta a militar, hoje com 50 anos e a primeira mulher do Exército brasileiro a ser comandante em uma
missão de paz da ONU.
A tenente-coronel chefiou por um ano a base de observadores militares em Tifariti, no deserto do Saara, parte da Minurso
(Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental). Em abril, passou o bastão do comando e se prepara para
voltar ao Brasil.
3
Andréa foi também a primeira comandante mulher dentro da Minurso, na qual supervisionou 21 capacetes azuis, de 20
países diferentes — 18 deles eram homens. Ao chegar na missão, se tornou ainda a primeira brasileira a ser observadora militar
na ONU.
A base de Andréa era, como ela descreve, “um bando de contêineres, no meio do nada, cercados de areia”. Ela fazia patru-
lhas no deserto, com outros observadores militares, para monitorar a manutenção do cessar-fogo entre o Marrocos e a Frente
Polisário, um movimento que luta pela independência do Saara Ocidental.
A tenente-coronel Andréa Firmo comandou a base militar em Tifariti, no deserto do Saara, parte do Minurso (Missão das
Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental) Arquivo Pessoal
EXPERIÊNCIA DE PROFESSORA
Com formação em letras na UFRJ, Andréa entrou no Exército com 27 anos como professora de inglês. Naquela época,
mulheres não eram treinadas como combatentes — a primeira turma chegou à Aman (Academia Militar das Agulhas Negras)
apenas em fevereiro deste ano.
Andréa avalia, no entanto, que sua experiência como professora foi fundamental para seu estilo de “comando democrático”.
“Tornou tudo mais fácil. Usei muitas técnicas de orientação educacional.”
A tenente-coronel procurou respeitar a diversidade cultural da equipe e ouvir os mais experientes. “Alguns tinham nove
missões nas costas. Se você tem experts do seu lado, você precisa escutar. Com isso, eles passaram a me respeitar como
comandante.”
MULHERES NAS FORÇAS ARMADAS
Andréa é uma defensora veemente do papel da mulher nas Forças Armadas “Precisamos estar em pé de igualdade, é nosso
direito”, diz.
Segundo ela, o Brasil tem um número baixo de voluntárias. “Quero dizer para elas que é possível se preparar na parte opera-
cional e conciliar a família com a missão. [A sociedade] dá ao pai uma permissão para se afastar e não para a mãe. Precisamos
aprender a ter esse desprendimento”.
Para Andréa, falta oportunidade para que as mulheres ocupem cargos de comando. “A gente não mandava mulher [para
missões], então elas nunca podiam ser escolhidas como comandantes. Quando a gente tem a oportunidade de se expor, a
gente conquista”.
Folha de S. Paulo. Caderno cotidiano
A) título e foto com legenda para registrar momentos de C) Quando as pessoas têm a oportunidade de se expor,
uma viagem. elas conquistam.
B) local, data e falas de entrevistados para divulgar um D) Quando nós temos a oportunidade de nos expor, nós
saber científico. conquistamos.
5
TEXTO 3
SORRISOS AMARELOS
Quantos motoristas e donos de automóvel já passaram pela situação constrangedora
em que um guarda de trânsito apita e os faz parar, por desrespeitar a luz vermelha do
semáforo, ou por excesso de velocidade numa avenida, ou mesmo numa estrada?
Aposto que não são poucos.
Acho até que alguns de vocês já passaram por esse aperto, ou no mínimo presen-
ciaram um deles, vez ou outra. E vocês conhecem um tom de amarelo mais amarelo do
que o chamado "sorriso amarelo" com que o flagrado encara o guardião da lei com seu
ameaçador talão de multa na mão? E responde com surpresa fingida, mentindo que não
viu o sinal, ou garantindo que não estava correndo, não estava com "pé de chumbo" no
acelerador, que estava estritamente dentro do limite de velocidade permitida...
Alguns até oferecem disfarçadamente uma caixinha ao guarda, para ajudá-lo a esque-
cer aquela "inocente" infração — esta proposta sim é uma coisa muito feia, às vezes pior
do que a própria infração da lei de trânsito.
Essas "pequenas mentiras" podem puxar outras, e ficaria longo enumerar nesta breve crônica a série de histórias de pernas
curtas que um desses incidentes pode produzir.
A propósito, posso citar um ligeiro incidente que aconteceu comigo mesma, há muitos anos. Eu acabara de receber a minha carta
de motorista fazia um mês e, ainda bem insegura, me atrevi a ir dirigindo o meu Fusca sozinha, não me lembro para onde. Só sei que
num certo cruzamento eu, meio atrapalhada, fiz alguma bobagem com o carro, não lembro o que era. E o guarda de trânsito apitou.
Encostei o Fusca no meio-fio, e o policial pediu severo para ver meus documentos.
Eu os mostrei, novinhos em folha. O guarda olhou minha reluzente carteira de motorista e comentou, com um meio-sorriso
condescendente:
— Tão jovem, de carta de motorista nova, de pouco mais de trinta dias, e já fazendo essas coisas?!
E eu respondi, sem mentir ou fingir, com o mais amarelo dos meus sorrisos:
— Já não, seu guarda! Ainda!
O guarda contemplou meu meio-sorriso. E me entregou o meu documento com um sorriso inteiro:
— Está bem, mocinha. Por esta vez, passa! Mas cuidado com a reincidência!
Final feliz.
Em tempo: não houve reincidência.
D) Acho até que um de vocês já passaram por esse aperto. D) com delicadeza, engraçado.
21
Outro título possível para o texto, conforme seu
tema principal é:
A) Situações constrangedoras
B) Guardas simpáticos
C) Motoristas imprudentes
D) Surpresas engraçadas