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Avaliação de Língua Portuguesa

Leitura e Interpretação de Textos

º
7 ANO
Nome:
Escola:
Cidade:
Idade:
Turma:
Estado:

PREZADO(A) ALUNO(A), 3. Em cada questão marque UMA ÚNICA RESPOSTA.


4. Responda a todas as questões.
Hoje, você vai fazer um trabalho diferente. É uma prova em que
você vai mostrar o que já sabe, o que ainda precisa aprender e 5. Em cada questão, marque X na frente da resposta correta.
as suas dificuldades no estudo. Isso é importante para que seu 6. Na FOLHA DE RESPOSTAS, com o seu lápis ou caneta,
professor possa ajudá-lo a aprender mais. pinte bem forte a bolinha que tem a mesma letra da respos-
Responda às questões com bastante cuidado. ta marcada por você no caderno de questões. Por exemplo:
A B C D E
7. Pense bem antes de marcar a bolinha porque a FOLHA
INSTRUÇÕES GERAIS: DE RESPOSTAS não pode
1. As questões estão numeradas de 1 a 21, com 4 (quatro) ser rabiscada, amassada,
possibilidades de resposta. rasgada nem devolvida em
2. Leia com atenção as questões. Pense sobre cada possibi- branco.
lidade de resposta e marque no caderno aquela que você 8. Se você tiver dúvida, per-
considera certa. gunte ao professor.

Boa Prova!

TEXTO 1

Você vai ler agora um trecho do livro de memórias Meus verdes anos, de José Lins do Rego.

AOS POUCOS FOI O engenho criando para mim uma fisionomia mais natural. Já o via nas manhãs com os canários cantando
na gameleira grande. E nos tempos de safra o apito nos acordava pela madrugada. O mestre Fausto, filho natural do meu avô,
tomava conta da máquina. Era alto como o pai e só não tinha aquela sua fisionomia de mando. O engenho botava às cinco horas.
Os rumores da moagem entravam de casa adentro. A tia Maria me levava para o leite ao pé da vaca. O engenho estava moendo. O
meu avô no meio dos servos. Vinham chiando os carros de boi carregados de cana madura, os burros de cambitos atochados. E a
fumaça subia para o céu.
A vida da casa-grande mudava de centro com a botada. Cortavam o mata-pasto da bagaceira e outra gente aparecia para o
quotidiano das manobras. [...] O cheiro do mel espalhava-se com a fumaça; adoçava tudo. O vaivém da moagem me absorvia.
Punha-me a olhar o caldo que descia para o paiol, as tachas a ferver, o grosso mel batido pelas caçambas para o ponto final.
O mestre Cândido viera da escravidão e nem parecia. Nele não ficara nem um grama da subserviência de escravo. Era o pai
do mestre purgador Francelino. Aos gritos do meu avô, não se encolhia como os outros. Ouvia-o dizendo bem alto: “Vou para
a Gameleira do doutor Lourenço!”. Resmungava e, puxando por uma perna manca, de barbicha de ponta, dava as suas ordens
[...]. Criara fama de grande mestre, e não cedia em nada na sua ciência. O açúcar do mestre Cândido tinha fama. Amarelecia
nas formas e não se perdia em mel de furo nos tanques.
Uma junta de bois arrastava o bagaço das moendas para secar ao sol. Na boca da fornalha os negros José Alves e Chico
Preto metiam bagaço seco para fazer muito fogo aos dois assentamentos. No fim do dia da moagem, lá para as oito horas,
saía a última têmpera para as formas. O engenho parava às seis com sol posto. O mestre Fausto tocava o apito e o movimento
dos carreiros e cambiteiros estancava.

REGO, José Lins do. Meus verdes anos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. Adaptado

© Proibida a reprodução sem autorização. 1


botar: iniciar a moagem (falando de engenho ou usina de gameleira: árvore de grande porte, muito encontrada no
açúcar) nordeste brasileiro, centenária.
cambito: (1915) [Nordeste] Gancho em V que se prende no Moenda: máquina de moer ou triturar; moinho.
lombo dos animais para transportar carga. Têmpera: tratamento do caldo que contém o açúcar.
engenho: estabelecimento dedicado ao cultivo e processa-
mento da cana-de-açúcar.

1 4
No último parágrafo do texto, o verbo estancava, em Releia o trecho do 2º parágrafo:
destaque, tem o mesmo sentido de
A) alterava
B) secava A vida da casa-grande mudava de centro com a
botada. Cortavam o mata-pasto da bagaceira e outra
C) cansava gente aparecia para o quotidiano das manobras. [...]
D) parava O cheiro do mel espalhava-se com a fumaça; adoçava
tudo. O vaivém da moagem me absorvia.

2
O tema principal do texto é
A expressão em destaque no trecho sugere que a movi-
A) a história da família dona da casa-grande. mentação no engenho
B) o trabalho dos animais na fazenda do avô. A) prendia a atenção do narrador.
C) o dia a dia do engenho de cana-de-açúcar. B) consumia as forças do narrador.
D) o açúcar produzido pelo mestre Cândido. C) afastava o interesse do narrador.
D) aflorava a imaginação do narrador.
3
Sendo um texto de memórias, o narrador se expressa
em 1ª pessoa, como no trecho 5
Releia o trecho do 2º parágrafo:
A) Era alto como o pai e só não tinha aquela sua fisionomia
de mando.
B) Punha-me a olhar o caldo que descia para o paiol, as Ouvia-o dizendo bem alto: “Vou para a Gameleira do
tachas a ferver... doutor Lourenço!” Resmungava e, puxando por uma
C) Vinham chiando os carros de boi carregados de cana perna manca, de barbicha de ponta, dava as suas
madura... ordens [...]

D) Criara fama de grande mestre, e não cedia em nada na


sua ciência.
No trecho lido, o verbo que indica a fala do personagem é
A) Ouvia
B) puxando
C) dizendo
D) Vou

2 Avaliação Diagnóstica • Língua Portuguesa • Ensino Fundamental • 7º Ano • 1º semestre/2019


TEXTO 2

Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?64e02d Acesso em abril de 2019.

6 8
No texto lido, o desenho em destaque reproduz o O assunto mais importante do texto é a
sentido da frase A) superação da marca de canetinhas.
A) ...seu filho vai ter a canetinha por muito mais tempo B) ponta da canetinha com amortecedor.
B) Nada vai parar a criatividade do seu filho. C) economia dos pais com o material escolar.
C) ...você economiza muito mais com a lista de material D) criatividade dos alunos para desenhar.
D) A Faber-Castell se superou mais uma vez...
Releia o trecho para responder às questões 9 e 10.

7
O texto foi escrito com a finalidade de
São Amortecedores [...] que suportam esforços
A) expor um conhecimento sobre o produto.
intensos e evitam que a ponta afunde. Ou seja, seu
B) contar como o produto é fabricado. filho vai ter canetinha por muito mais tempo e você
economiza muito mais com a lista de material escolar.
C) convencer o leitor a comprar um produto.
D) ensinar o leitor a utilizar o produto.

9
A repetição das palavras muito mais tem o sentido de
A) destacar o tamanho do produto.
B) deixar o texto informal.
C) agilizar a leitura do texto.
D) acentuar as vantagens do produto.

3
10
No trecho, a expressão Ou seja tem o mesmo sentido de
A) Isto é
B) Também
C) Pois é
D) Porém

TEXTO 3

São Paulo, 27 de novembro de 2017

Prezado Senhor Gerente dos Correios,

No dia 22 de novembro, postei uma correspondência via Sedex para minha mãe, de 75 anos, que ainda não a recebeu. Dentre
os itens enviados, constavam remédios indispensáveis para a saúde dela. Ora, esse serviço não é de entregas “rápidas”?
Os canais de atendimento da empresa dizem que um carteiro compareceu ao endereço do destinatário na data prevista,
mas que não encontrou ninguém para recebê-lo. Isso é mentira, pois fui ao centro de distribuição e descobri que ele nunca
passou por lá!
Assim, aguardo a entrega da encomenda com urgência.
Sem mais para o momento,

Silvio Pereira Silva

Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?68cb25 (Adaptado)

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O tema principal da carta lida é o No 2º parágrafo do corpo da carta, o termo um
A) atraso na entrega de uma encomenda via Sedex. carteiro vai sendo substituído por

B) remédio de uma senhora enviado pelos Correios. A) -lo e ele.

C) carteiro que não conseguiu fazer uma entregar. B) destinatário e ele.

D) filho que postou uma encomenda para sua mãe. C) -lo e que.
D) ninguém e que.

12
Releia o trecho:
14
No final do texto, a expressão Assim, em destaque,
tem o mesmo sentido de
Isso é mentira, pois fui ao centro de distribuição e A) Porém.
descobri que ele nunca passou por lá!
B) Além disso.
C) Portanto.
O trecho e o ponto de exclamação no final expressam D) Com certeza.
A) surpresa
B) tristeza
C) revolta
D) espanto

4 Avaliação Diagnóstica • Língua Portuguesa • Ensino Fundamental • 7º Ano • 1º semestre/2019


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O texto acima é uma carta de reclamação porque Releia o trecho:
apresenta
A) endereço, data, remetente, destinatário e relata uma
experiência. Dentre os itens enviados, constavam remédios
indispensáveis para a saúde dela. Ora, esse serviço
B) local, data, vocativo, assinatura e conta a história de
não é de entregas “rápidas”?
uma mentira.
C) endereço, data, remetente, destinatário e divulga um
conhecimento.
As aspas na frase em destaque foram usadas para indicar
D) local, data, vocativo, assinatura e exige a solução de
A) um sentido contrário.
um problema.
B) uma expressão popular.
C) um comentário engraçado.
D) uma fala de outra pessoa.

TEXTO 4

Prepare-se para ler agora o trecho inicial de um cordel.

O VAQUEIRO QUE NÃO MENTIA


Francisco Firmino de Paula

1ª Numa cidade distante, 4ª Respondia o fazendeiro:


há muito tempo existiu – Tudo é nobre e decente.
um distinto fazendeiro, Porém, capaz de mentir,
o mais rico que se viu. digo conscientemente,
E tinha um jovem vaqueiro que Dorgival meu vaqueiro
Homem que nunca mentiu. por forma nenhuma mente.

2ª Também esse fazendeiro 5ª O conheço há muitos anos


muitas lojas possuía. E nunca vi ele mentir
Tinha muitos empregados, É rude por ser vaqueiro
por isso ele garantia Mas sabe entrar e sair
que só aquele vaqueiro Se faz uma causa errada
era sério e não mentia. Nunca procura fingir.

3ª Seus amigos em palestra 6ª Juntaram-se dez amigos


exclamavam admirados: E mandaram o fazendeiro
– Por que é que entre tantos Inventar uma cilada
homens nobres, empregados, Pra Dorgival o vaqueiro
somente um rude vaqueiro Cair na falta, por verem
é quem não causa cuidados? Se ele era verdadeiro.

5
7ª Disse o doutor aos amigos: 9ª Concordaram e a aposta
– Nós temos que apostar. Fecharam rapidamente
Dará vinte contos cada Dizendo: – esperaremos
Se o que diga aprovar. O dia conveniente
Perderei duzentos contos E provaremos doutor
Se a meu vaqueiro falhar. Que o seu vaqueiro mente.
[...]
8ª Eu mandarei minha filha
A Dorgival seduzir
E fazer todo o possível
Dele no laço cair,
E depois veremos ele
Falar verdade ou mentir.

Disponível em: www.iqe.org.br/surl/?21e205 Acesso em abril de 2018.

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O pronome isso, destacado na 2ª estrofe, retoma a O trecho do cordel lido que apresenta uma fala de
ideia de o fazendeiro personagem é
A) possuir muitas lojas. A) E tinha um jovem vaqueiro
B) ter um vaqueiro que nunca mentiu. Homem que nunca mentiu.
C) ser o mais rico que já se viu. B) Concordaram e a aposta
D) ter muitos empregados. Fecharam rapidamente
C) E mandaram o fazendeiro
18 Inventar uma cilada
Na 3ª estrofe, o pronome seus, em destaque, se
refere a D) Respondia o fazendeiro:

A) empregados – Tudo é nobre e decente.

B) fazendeiro
C) homens
D) vaqueiro

19
Na 3ª estrofe, o travessão ( – ) indica a fala
A) dos homens.
B) dos amigos.
C) do narrador.
D) do vaqueiro.

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Releia a 6ª e 8ª estrofes:

Juntaram-se dez amigos Eu mandarei minha filha


E mandaram o fazendeiro A Dorgival seduzir
Inventar uma cilada E fazer todo o possível
Pra Dorgival o vaqueiro Dele no laço cair,
Cair na falta, por verem E depois veremos ele
Se ele era verdadeiro. Falar verdade ou mentir.
[...]

É possível entender que os amigos queriam fazer o vaqueiro


A) desmascarar a filha do fazendeiro.
B) se apaixonar pela filha do fazendeiro.
C) descobrir a verdade sobre a cilada.
D) cometer um erro e acabar mentindo.

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