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Queria ser um pássaro, talvez uma borboleta ou até uma joaninha.

Queria poder voar e ser


livre, assim como aquele beija flor que estou a admirar pousando lentamente em cada flor
amarela, no lindo campo de girassóis, com suas asas coloridas e brilhantes fazendo-me inveja
da sua liberdade.

Como é linda está vista daqui do penhasco, olho para baixo e vejo a imensidão de cor
amarela, que não me canso de admirar e me imaginar correndo por esse campo. Venho todos
os dias aqui, somente eu sei deste lugar, lugar que chamei de liberdade, onde falo sem receio
de olhares tortos, canto sem me preocupar com as broncas de martin, meu professor de
canto, danço sem uma música ensaiada, dou gargalhadas altas e não há niguem para me
mandar ter modos ou me dar aulas de etiqueta.

Aqui o tempo passa tão rápido que nem percebi que o sol está se pondo e já passou da
hora de ir embora, não posso me atrasar, hoje irei receber um veredito do meu pai sobre o
meu futuro, já que ontem completei 17 anos e toda mulher da família ..... ao chegar a esta
idade recebe do papai uma ordem a seguir. Vivian minha irmã mais velha ao completar minha
idade recebeu de papai a ondem de morar em nova York e cursar direito na melhor
Universidade do mundo. Sany, a minha irmã do meio foi para Boston tomar conta das
empresas filiais do papai. Carlos é um perdido, literalmente um perdido, ao completar 20 anos
teve uma briga com o papai e foi embora, o único filho homem, abandonou a família. Agora
falta somente eu. O que será que papai vai me dá?

Saio do penhasco correndo, passo pela colina imaginando o que ganharia do papai, será q
ele vai me dar o que eu tanto almejo? O meu sonho é ser medica, quero curar pessoas, já que
não pude fazer nada quando vi minha mãe desfalecer em meus braços a 7 anos atrás, lembro-
me como hoje a hora que minha mãe deu seu ultimo suspiro olhando em meus olhos, olhos
que me imploravam para que eu a salvasse, mas eu apenas chorei, ela se foi e junto levou a
minha alegria. Sinto que devo isto a minha mãe, talvez ajudando a outras pessoas eu possa
preencher esse vazio que há em mim.

Chego na mansão dos .... e entro pela passagem secreta do jardim, somente kaly, minha
babá, sabe que saio todas as tardes para viver minha momentanha liberdade. Todos acham
que eu passo ao meu tempo no jardim admirando as rosas, ininguem nunca suspeitou, já que o
jardim dos ..... é o tão colossal que já me perdir várias vezes.

Tomei um banho tão rápido q acho que ainda estou suja, mas papai não gosta de esperar.
Desci pelas escadas pulando os degraus de dois em dois ansiosa para saber o que papai me
falaria, depois de descer três andares cheguei a sala de jantar, fiz reverencia ao meu pai e
sentei ao seu lado para comer o delecioso jantar preparado pelo senhor Pol que parecia está
delicioso. Queria que o jantar acabasse logo para ouvir papai, já que ele não fala a mesa, o que
me deixa com saudades da época de quando a mamãe era viva, não tínhamos essa coisa de
ficar calado ao jantar, falávamos sempre o que tínhamos feito no dia e riamos a todo momento
e papai sempre cortava o frango para mim. Depois que mamãe nos deixou sinto que papai se
foi junto com ela, as coisas não foram mais as mesmas, ele proibiu qualquer conversa na mesa,
não cortou mais o meu frango e mandou até fechar as cortinas da sala, e isso piorou a saudade
da mamãe, ela foi embora e levou a alegria dessa casa.

Saimos da mesa e fomos direto para o escritório, sentei frente a ele na poltrona onde ele
lia para mim todos os dias quando vinha visita-lo no escritório. Enquanto imaginava alguns
fleshs das poucas memórias que tinha ele abriu a gaveta e pegou um amontoado de folhas e
me entregou.

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