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Copyright © João N.

Figueiredo

Capa: Mosaico de fotos de pássaros


Editoração/Arte final: João Figueiredo

Ficha Catalográfica
________________________________________________
F475p Figueiredo, João. & Figueiredo Jr., João.
Pássaros e outras aves do Cerrado: 100 espécies que
Existem, ou já existiram, na comunidade de Espigão
de Cima – Montes Claros/MG. Montes Claros: JNF,
2021.

I – Título II – Prefácio III – Aves IV – Pássaros

ISBN 9798470874368 CDD 598.7 CDU 590


________________________________________________
Para Sandra, Bruno, Bruna, Débora e Bárbara.

Em memória de Pedro Figueiredo, Aldemar Marques e Paulo


Ribeiro, amantes da Natureza que partiram cedo.
Pássaros e outras aves do Cerrado
100 espécies que existem, ou já existiram, na comunidade
de Espigão de Cima - Montes Claros-MG.

João Figueiredo
&
João Figueiredo Júnior

2021
Sumário
Dados biográficos dos autores....................9
Prefácio....................10
1. Acauã....................16
2. Alma-de-gato....................18
3. Andorinha....................20
4. Andorinhão....................23
5. Anu-branco....................28
6. Anu-preto....................30
7. Azulão-do-campo....................32
8. Bagaceiro....................34
9. Beija-flor-de-garganta-verde....................36
10. Beija-flor-de-peito-azul....................38
11. Beija-flor-da-veste-preta....................39
12. Beija-flor-do-rabo-branco-acanelado....................41
13. Beija-flor-tesoura....................43
14. Bem-te-vi....................45
15. Bentivizinho-asa-de-ferrugem....................47
16. Bico-de-pimenta....................48
17. Cambacica....................50
18. Canário-da-terra-verdadeiro....................52
19. Canário-do-mato....................54
20. Cancão....................56
21. Cardeal-do-Nordeste....................58
22. Chibum....................60
23. Chorró....................62
24. Chorró-pedrês....................63
25. Codorna....................64
26. Corrupião....................65
27. Corrupião-preto....................66
28. Coleirinho....................67
29. Coruja-buraqueira....................69
30. Corujão-de-orelha....................72
31. Coruja-rasga-mortalha....................76
32. Curiango....................81
33. Curió....................82
34. Dó-ré-mi....................84
35. Ema....................86
36. Enferrujado....................88
37. Estrelinha-ametista....................90
38. Fura-barreira....................92
39. Garrincha....................94
40. Gavião-carcará....................96
41. Gavião-carijó....................97
42. Gavião-carrapateiro....................99
43. Gavião-penacho....................101
44. Gaviãozinho....................103
45. Inhambu-Chitão....................105
46. Inhambu-chororó....................106
47. Jacu....................108
48. João-bobo....................110
49. João-de-barro....................112
50. João-garrancho....................114
51. Juriti....................116
52. Lavadeira-mascarada....................117
53. Maria-cavaleira-da-cauda-enferrujada....................119
54. Neinei....................121
55. Papa-capim-das-costas-cinzas....................123
56. Papagaio-verdadeiro....................125
57. Pássaro-preto....................127
58. Pega....................129
59. Peixe-frito....................131
60. Perdiz....................133
61. Periquitão-maracanã....................135
62. Periquitinho-vassoura....................136
63. Periquito-da-caatinga....................137
64. Periquito-de-encontro-amarelo....................140
65. Periquito-rei....................142
66. Pica-pau-branco....................144
67. Pica-pau-marrom....................146
68. Pica-pau-do-campo....................148
69. Pica-pau-verde-barrado....................150
70. Pomba-asa-branca....................152
71. Pomba-galega....................154
72. Pomba-amargosa....................155
73. Quero-quero....................157
74. Rolinha....................159
75. Rolinha-do-planalto....................160
76. Rolinha-parda....................161
77. Rolinha-pedrês....................161
78. Risadinha....................162
79. Sabiá-laranjeira....................164
80. Sabiá-branco....................167
81. Sabiá-do-campo....................169
82. Saí-azul....................172
83. Saíra-amarela....................174
84. Sanhaçu-cinzento....................176
85. Sanhaçu-de-fogo....................178
86. Saracura....................180
87. Seriema....................182
88. Suiriri....................184
89. Tem-farinha-aí....................187
90. Tesoureiro....................189
91. Tico-tico....................191
92. Tiziu....................194
93. Trinca-ferro....................196
94. Tucano....................198
95. Tucão....................200
96. Urubu-de-cabeça-preta....................202
97. Urubu-rei....................204
98. Urutau....................209
99. Viuvinha-tesoura....................212
100. Zabelê....................213
Referências...................215
Dados biográficos dos autores

João Figueiredo é militar, veterano da PMMG, historiador,


sociólogo, jornalista, ambientalista, terapeuta integrativo
(trabalha com Capoeira, Yoga, Psicanálise e Terapia
Reichiana), escritor: poeta, cordelista, contista, cronista e
ensaísta.
João Figueiredo Júnior tem 13 anos de idade, é estudante
do Ensino Fundamental, praticante de Capoeira, gosta de
praia, ciclismo, jogos eletrônicos, informática, futebol e de
aventuras pelas matas.
Prefácio
O presente trabalho não é um tratado de Ornitologia,
que é a ciência que estuda pássaros e aves, nem pretende ser
um manual sobre o tema, haja vista que os autores não são
especialistas no assunto. Também não é um Guia de Campo,
no sentido acadêmico do termo, porque não se fez a
catalogação por espécies, com informações completas sobre
estas. Os espécimes foram catalogados aqui a partir do
principal nome popular, por ordem alfabética.
Consideremos, assim, o nosso trabalho como um “guia
prático”, uma compilação de informações básicas sobre as aves
(sejam pássaros ou não) da região Sul do município de Montes
Claros-MG. O título chama a atenção para o fato de que todo
pássaro é ave, mas nem toda ave é pássaro: questão que
abordaremos mais adiante.
O trabalho surgiu a partir de uma proposta de pesquisa
escolar que o pai, na condição de preceptor, pediu ao filho,
como complemento das suas aulas virtuais, no sítio da família,
durante o período de pandemia da Covid-19. O tema da
pesquisa: relacionar as principais aves existentes no sítio e
região. O resultado da pesquisa escolar despertou nossa
curiosidade e decidimos aprofundar no tema e produzir algo
mais elaborado sobre pássaros e outras aves existentes no
Cerrado, com base em informações de estudos ornitológicos
anteriores e da nossa própria observação “in loco”. O foco,
como já foi citado, são as espécies que existem, ou que já
existiram, na comunidade onde se situa o sítio.
Os autores refizeram a pesquisa juntos e, após
concluída, decidiram por transformar o trabalho em um
pequeno livro com a finalidade de distribuí-lo gratuitamente,
no formato virtual, ou a preço de custo, no formato impresso,
aos leitores interessados. Foram feitos estudos em publicações
sobre o tema em trabalhos acadêmicos, artigos em sites
especializados, livros e pesquisa de campo, pelos autores.
Foram feitos registros de observações de pássaros e outras aves
em áreas sem habitações humanas da comunidade, bem como
registros de relatos antigos moradores, especialmente sobre
espécies que já não existem na região.
Algumas das fotos aqui utilizadas foram copiadas em
sites especializados no tema e/ou com banco de imagens
gratuitas, os quais as divulgam e/ou disponibilizam livremente;
algumas foram capturadas de vídeos (esse processo costuma
interferir negativamente na qualidade da foto, o que explica o
fato de que algumas delas, aqui utilizadas, apresentam desfoque
e outras pequenas imperfeições que não interferem na
qualidade do trabalho, uma vez que o seu foco são informações
gerais sobre o tema, e não, necessariamente, a qualidade de
imagens): todas obtidas por tais métodos recebem os créditos
de “Divulgação”. As fotos feitas pelos autores durante a
pesquisa de campo, a maioria das imagens apresentadas, foram
captadas em fotos isoladas ou vídeos para captura de fotos a
posteriori, recebem os créditos de JF/JFJr.
Algumas aves como o Zabelê, a Ema, e o Papagaio-
verdadeiro, existiram na região, segundo comentários de
antigos moradores, em épocas remotas. Acredita-se que a
Rolinha-do-planalto também existiu na região há muitos anos,
porém, não há qualquer fonte que indique isso. Outras
deixaram de existir mais recentemente nas áreas mais
habitadas, como a Perdiz, a Pomba-amargosa, a Pomba-galega
e o Sanhaçu-de-fogo (ainda podem ser raramente encontradas
na parte baixa da comunidade, em direção ao Distrito de Alto
Belo, onde as propriedades são maiores e há menor circulação
humana). Algumas como o Canário-da-terra, o Canário-do-
mato, o Quero-quero e a Codorna selvagem migraram para a
região em época mais recente e se adaptaram bem e convivem
com as mudanças da comunidade.
A diferença entre pássaros e aves carece de um
esclarecimento. Aves são animais dotados de um sistema
endócrino que possibilita a manutenção da temperatura
corporal de forma constante. Pássaros são classificados como
um dos tipos de aves, do grupo passeriforme, de porte menor,
pousam em árvores, deslocam-se e fazem manobras rápidas
(exceção para algumas espécies como o Chacuru) e tem cantos
melódicos; logo, todos os pássaros são considerados aves, mas
nem todas as aves são pássaros.
As aves que não são do grupo denominado de
passeriforme, se dividem em dois grupos distintos: ratitas e
carinatas. As ratitas são as que têm o esterno achatado e não
voam (avestruz, emas). As carinatas são aves com um grande
esterno quilhado e voam (pombas, nhambus, codornas, jacus,
etc.). As aves suras, como Inahmbus, Perdizes, Codornas, não
pousam ou empoleiram em árvores, pois, sem a cauda elas têm
dificuldades para frear o voo o suficiente para o pouso e para
fazer manobras curtas suficientes para escolher o ponto do
galho, além de não conseguirem se equilibrar; também o
formato dos seus pés não lhes permite usá-los como garra para
se manterem pousadas nos galhos.
As aves, sejam pássaros ou não, são animais vertebrados,
com apêndice e penas. O Brasil tem cerca de 2000 espécies de
aves, é o terceiro pais com maior diversidade por área, de
acordo com estudos de especialistas em Ornitologia1.
Como já citado, priorizamos os nomes populares das
espécies e/ou subespécies catalogadas. Um exemplo desses
nomes que nos serviu de inspiração, está no conto “O Riquixá
tupiniquim”2, de João Figueiredo, no qual o autor cita alguns
pássaros do Cerrado e alguns de seus nomes populares.

1
Ornitologia é o ramo da zoologia que se dedica ao estudo das aves a partir de sua
distribuição na superfície do globo, das condições e peculiaridades de seu meio,
costumes e modo de vida, de sua organização e dos caracteres que as distinguem
umas das outras, para classificá-las em espécies, gêneros e famílias.
2
Conto baseado nas aventuras do autor com seu filho Bruno, de nove anos, em
passear por estradas da comunidade, com o pai empurrando um carrinho
transportando o filho, inspirado nos riquixás comuns em países asiáticos. O
personagem do conto fala sobre aventuras de sua infância, a seus netos, e destaca
as conversas que tinha com seu pai enquanto passeava pelas estradas na
comunidade rural onde morava, com o Riquixá que seu pai criara, quando
conversavam sobre animais e plantas da região, dentre outros assuntos.
Mas o que eu mais gostava de conversar era sobre pássaros. Ele
me ensinou a identificar os principais tipos de sabiás e os
diversos nomes que uma mesma espécie pode ser chamada:
sabiá-coco, sabiá-peito-branco, sabiá-do-campo, techo, tejo,
tejo-do-campo, calhandra, que era o mesmo pássaro com
vários nomes que variam de região para região; o sabiá-peito-
roxo, sabiá-bico-de-osso, sabiá-bico-de-louça, sabiá-bico-
amarelo; o pássaro-preto que também é conhecido como
graúna, chico-preto, maria-preta, assum-preto, arranca-milho,
chupim, craúna, melro; o corrupião vermelho, amarelo ou
alaranjado, também chamado de sofrê, concriz, um dos
pássaros mais lindos que já vi, de cores vivas, intensas, e o
corrupião preto, chamado também de gurrijo ou gurricho, que
costuma imitar o canto de outras espécies de pássaros; a
pomba-rolinha pedrês e a parda, pomba-juriti, pomba-
verdadeira, ou asa-branca, a pomba-amargosa com seus olhos
vermelhos brilhantes como um rubi; o joão-de barro, cor da
terra, também chamado de forneiro, uiracuiar e uiracuité; o
tico-tico que é parecido com o pardal, mas é brasileiro e o
pardal, que é pássaro exótico, foi trazido de outras terras, pelos
portugueses em seus navios, e não fica na roça: só fica na cidade
ou povoados e é considerado uma praga urbana. Ele me
explicava sobre muitos outros animais como as cobras
venenosas e as não venenosas, os insetos peçonhentos e os não
peçonhentos, as rãs, sapos, largatixas, os lagartos como os
calangos e teiús, ou tiús, o camaleão... Era uma infinidade de
informações sobre o meio ambiente e sobre as transformações
que o ser humano faz na natureza que me deixavam
maravilhado – concluiu o avô.

O Cerrado é um ecossistema rico em vários aspectos,


como a fauna e a flora. Conforme registros de cientistas, no
Cerrado podem ser encontradas cerca de 935 espécies de aves,
dessas, 787 são encontradas também em outros domínios, e
148 espécies são específicas do Cerrado. No caso das aves, fica
difícil definir uma ave como sendo específica de um único
bioma em razão da sua capacidade de voar e migrar.
As 100 espécies e subespécies de aves e pássaros do
Cerrado, aqui catalogadas, têm ou tiveram, por habitat a região
de Lagoinha e comunidade adjacentes, na região planaltina, ao
Sul do município de Montes Claros-MG. Muitas delas,
obviamente, estão entre as que são específicas do Cerrado,
assim como têm aquelas que são encontradas também em
outros domínios.
Cumpre-nos esclarecer que, não obstante nas
informações sobre algumas aves constarem dicas sobre
tratamentos específicos em cativeiro, não há nenhuma
intenção da nossa parte em incentivar tal prática, tanto por
questões relacionadas a princípios éticos e ecológicos, como
em cumprimento à legislação brasileira que proíbe o cativeiro
de animais da fauna nacional. As informações citadas foram
apostas aqui tão-somente pelo fato de que há referências sobre
elas em alguns sites especializados em Ornitologia.

Os autores. Espigão de Cima, Montes Claros-MG, Inverno de 2021.


1. Acauã

Divulgação

O Acauã (Herpetotheres cachinnans) é uma ave pertencente


à ordem dos Falconiformes, da família Falconidae. Conhecida
também como Coã, Cauã, Macaã, Macaguã, Macauá, Macuã,
Acanã, Cuã, Cauã, Uacanã, Uacauã, Macaguá, Gavião-Cauã,
Gavião-Couã, todos termos derivados do tupi waka’wã. É
conhecida pelo seu canto característico e por se alimentar de
serpentes.

Os membros do gênero Herpetotheres são falcões de


tamanho médio que têm as asas curtas, arredondadas, e uma
cauda fortemente arredondada e longa. Seu corpo é bastante
robusto. Os pés são curtos e com os dedos cobertos com
escamas pequenas, ásperas, sextavadas – uma adaptação para
suportar as mordidas de serpentes venenosas.

As penas da coroa são estreitas, duras e pontudas, dando


forma a uma crista que é limitada por um colar. Este gênero
tem algumas peculiaridades anatômicas e é colocado também
em uma família própria.

No Acauã adulto, a cabeça é amarela pálida, variando de


marrom a branco dependendo do indivíduo e do desgaste das
penas. A máscara facial preta e larga estende-se em torno da
parte traseira do pescoço com uma borda branca. As penas da
coroa têm eixos escuros produzindo um efeito raiado. A parte
superior das asas e da cauda é marrom muito escuro; o uropígio
(parte onde se inserem as penas da cauda) é também amarelo
pálido ou branco; a cauda apresenta barras estreitas preto e
branco, terminando com pontas brancas. A maioria da parte
inferior é amarela pálida, salpicada de marrom escuro nas
coxas, incluindo a base das penas primárias. O fim das penas
primárias é barrado, com cinza mais pálido. Algumas manchas
escuras sob as asas não são incomuns. Os olhos são marrom-
escuro. A íris é preta; os pés são cor-de-palha.
2. Alma-de-gato/Alma-perdida/Rabo-de-escrivão
JF/JFJr

O (Piaya cayana) é conhecido popularmente como Alma-


de-gato) e tem vários outros nomes populares, como Alma-de-
caboclo, Alma-perdida, Atibaçu, Atingaú, Atingaçu, Atiuaçu,
Chincoã, Crocoió, Maria-caraíba, Meia-pataca, Oraca, Pataca,
Pato-pataca, Piá, Picuá, Rabilonga, Rabo-de-escrivão, Rabo-
de-palha, Tinguaçu, Urraca e Tincoã. É
uma ave cuculiforme da família Cuculidae, encontrada em
matas e cerrados de todos os países da América. Seu canto se
assemelha a um gemido, especialmente o de um gato.
É uma ave passeriforme que mede cerca de 50 cm (sem
cauda) - Apresenta plumagem vermelha ferrugínea nas partes
superiores, peito acinzentado, ventre escuro, cauda longa,
escura e com as pontas das retrizes claras, bico amarelo e íris
vermelha. Sua cauda excepcionalmente grande é a principal
característica que a torna inconfundível.
Vive em matas ciliares, matas secundárias, chapadas,
parques e em bairros arborizados até mesmo das maiores
cidades brasileiras. Anda sozinho ou aos pares. Ocorre em
todo o Brasil. Alimenta-se basicamente de insetos. Porém
também consome frutas, ovos de outras aves, lagartixas e
pequenas rãs.
Consegue imitar o canto de outras aves, especialmente
o do bem-te-vi, que é de fato parecido com sua própria
vocalização. O seu principal nome popular deve-se ao fato de
que o seu canto original se assemelha ao gemido de um gato
doméstico. Percorre rápida e silenciosamente, em voos de
curta distância, os galhos da floresta à procura de insetos,
pequenos vertebrados e frutas.
O ninho é construído com folhas, no formato de uma
taça, escondido na vegetação densa. A fêmea deposita dois
ovos brancos em cada postura.
JF/JFJr

Alma-de-gato camuflada entre as árvores.


3. Andorinha

Divulgação

As andorinhas (do latim hirŭndo -dĭnis; hirondina) são um


grupo de aves passeriformes da família Hirundinidae. A família
se destaca do restante dos pássaros pelas adaptações
desenvolvidas para a alimentação aérea. As andorinhas
caçam insetos no ar e para tal desenvolveram um
corpo fusiforme, com asas relativamente longas e pontiagudas.
Medem cerca de 13 centímetros de comprimento e podem
viver cerca de oito anos ou mais; a Andorinha-pequena-de-
casa, ou Andorinha-cinza, é uma das menores, que não passa
dos 12 centímetros de comprimento e pesa 12 gramas.
As fêmeas põem de 4 ou 5 ovos, que são incubados
durante cerca de 25 dias. Passado o tempo da incubação,
nascem os filhotes, cuja alimentação é feita por ambos os
progenitores. Em regiões frias, quando a temperatura cai
muito, elas se juntam em bandos e vão à procura de locais mais
quentes. Depois, quando a temperatura volta a subir, elas
voltam para o local de origem novamente.
A Andorinha é um pássaro migratório da família dos
Hirundinídeos, formada por mais de noventa espécies. Por
passar a maior parte de seu tempo voando, ela desenvolveu
uma capacidade curiosa: pode caçar insetos e comê-los no ar,
enquanto voa. Consegue essa proeza graças a seu corpo
alongado e a suas asas pontiagudas. Voraz, ela exerce uma
tarefa útil ao homem: o controle da população de insetos nas
áreas em que vive. Tem um bico curto, mas largo e chato, e
cauda bifurcada. Em geral, sua plumagem é azul, verde-
metálica, acinzentada ou de tom amarronzado.

Algumas espécies constroem os ninhos, em forma de


taça, com estrume ou barro e saliva, fixos em paredes ou em
beirais de casas. Outras preferem troncos ocos ou buracos em
pedras, falésias ou barrancos, onde escavam galerias. Chocam
de dois a sete ovos por ninhada. Um mesmo ninho, sempre
restaurado, pode ser usado por até quinze anos.

Vivem em bandos, executando audaciosas acrobacias.


São encontradas por todo o mundo, com exceção dos desertos
e dos polos. Em busca de calor e alimento, fazem
longas migrações, nas quais chegam a voar 500 quilômetros em
um dia. Uma andorinha comum pode passar o verão
no hemisfério Norte, no Canadá, e depois ir atrás do verão do
hemisfério Sul, na Argentina. O Estado do Espírito Santo,
no Brasil, recebe todos os anos milhares desses pássaros em
rota de fuga do frio da Patagônia. Nos países mais frios, o
retorno das andorinhas anuncia o fim do inverno.
JF/JFJr
4. Andorinhão
Divulgação

O Andorinhão é uma ave apodiforme da família Apodidae.


Também é chamado de Taperaçu, Taperá, Guilro e Rabo-
espinhoso. São classificados em 19 gêneros. Apesar das
semelhanças morfológicas e no nome vulgar, os Andorinhões
não são diferentes das Andorinhas apenas no tamanho, estas
pertencem à família Hirundinidae (Passeriformes). A
semelhança superficial deve-se a um fenômeno de evolução
convergente para o nicho ecológico que ambos os grupos
ocupam.
O grupo tem uma distribuição geográfica cosmopolita,
sendo encontrado em todos os continentes, exceto Antártida,
e em todas as regiões climatéricas, desde a zona paleártica à
zona neotropical. Os Andorinhões podem ser encontrados em
habitats tão diversos como oásis em desertos, florestas,
estepes, zonas agrícolas, desde o nível do mar aos 4000 metros
de altitude. A condição que determina a sua presença ou não,
é a abundância de grandes quantidades dos insetos voadores
que constituem a base da sua alimentação.
São aves que têm comprimento situado entre 19 e 25
centímetros, dependendo da espécie. A sua plumagem é
geralmente preta ou castanha, sem dimorfismo sexual evidente,
mas algumas em espécies os machos apresentam barriga mais
clara e manchas coloridas na zona da garganta. As asas afiadas
em forma de bumerangue são extremamente longas, em
comparação ao resto do corpo. As penas primárias, longas e
estreitas, junto com as penas secundárias muito curtas,
permitem aos Andorinhões um voo rápido e a possibilidade de
planar. O bico é muito curto e um pouco recurvado. Os pés e
dedos são extremamente curtos e quase invisíveis quando a ave
voa. Esta característica é a origem do nome do grupo e da
ordem Apodiformes (do grego a, sem + poda, pés). Suas glândulas
salivares são relativamente grandes para animais desta
dimensão e aumentam de tamanho na época de reprodução.
A fisiologia dos Andorinhões é especialmente adaptada
para o modo de vida aéreo do grupo, por vezes a grande
altitude. O tipo de hemoglobina que possuem é diferente do
restante das aves e permite o transporte de grandes quantidades
de oxigênio a baixa pressão. Graças a estas adaptações
excepcionais para o voo e ao formato das asas, os Andorinhões
passam grande parte do seu tempo no ar e algumas espécies
(como o Andorinhão-preto) são capazes de dormir enquanto
planam. São aves insetívoras que caçam insetos em voo,
principalmente no início e fim do dia. As suas presas favoritas
são insetos coloniais que voam em enxames, em particular
abelhas, vespas e cupins. Uma vez que têm grandes
dificuldades em terra, devido aos pés curtos, eles não caçam no
solo.
Por outro lado, essas aves são presas de várias espécies
de predadores, como Falcões e Corujas, e os seus ninhos
podem ser atacados por cobras, ou outras aves como Corvos e
Estorninhos. Existe uma rara espécie de grilo cavernícola
(Rhapidophora oophaga) que se alimenta, quase que
exclusivamente, de ovos e crias de Andorinhão.
Os andorinhões são aves monogâmicas que formam
casais durante a época de reprodução; em algumas espécies,
sobretudo tropicais, os casais permanecem juntos toda a vida.
O casal partilha todas as tarefas e cuidados parentais, incluindo
a defesa do local eleito para construir o ninho. A época de
reprodução varia conforme a distribuição geográfica de cada
espécie, mas coincide sempre com o pico de abundância de
insetos, desde a época das chuvas nas regiões tropicais ao
Verão dos climas temperados. Os Andorinhões nidificam em
colônias, em geral em zonas de penhascos ou cavernas. O
ninho é construído numa face vertical, que pode ser tanto
rochosa ou estruturas humanas como chaminés ou paredes de
edifícios, a partir de materiais variáveis que incluem líquens e
musgos, gravetos e penas, reforçados com saliva.
Cada ninhada contém de 1 a 7 ovos, variando conforme
as condições ambientais e a abundância de alimentos. Os ovos
uniformes, brancos e com forma ovalada, são incubados ao
longo de 14 a 32 dias. Os filhotes nascem sem penas, cegos e
totalmente dependentes dos cuidados parentais. Os
progenitores alimentam as crias com bolas formadas por
insetos colados entre si com saliva. Ao fim de 5 a 8 semanas
tornam-se independentes, atingindo a maturidade sexual por
volta do segundo ano.
O Andorinhão-australiano (Aerodramus terraereginae)
desenvolveu uma técnica peculiar de reprodução que lhe
permite maximizar o sucesso no período extremamente curto
de abundância de alimentos. A fêmea põe duas ninhadas de um
ovo apenas cada. O segundo filhote é chocado pelo irmão mais
velho e nasce quando este se torna independente. Desta forma,
os progenitores podem concentrar-se na alimentação da
primeira cria, que consequentemente cresce mais depressa.
Os Andorinhões dos gêneros Hydrochous, Collocalia,
Aerodramus e Schoutedenapus (que constroem os ninhos
exclusivamente com saliva) têm uma enorme importância
econômica para algumas populações do sudeste asiático como
fonte do ingrediente principal da sopa de ninhos de andorinha.
Milhões de ninhos são comercializados anualmente na Ásia.
Na medicina tradicional asiática, a sopa de ninho de Andorinha
é prescrita como fortalecimento do sistema imunológico. A
espécie Collocalia bartschi está listada como em perigo de
extinção e existem cinco outras em situação de vulnerabilidade.
As principais ameaças incluem a destruição de habitat, colheita
de ninhos, uso indiscriminado de pesticidas e ataques de
espécies invasoras.

Divulgação

Andorinhão Real e Andorinhão-pardo


5. Anu-branco
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O Anu-branco tem cerca de 38 centímetros de


comprimento – Possui corpo franzino e cauda comprida. Ele
é branco-amarelado, com bico cor de laranja. Bico forte e
curvo. Quando empoleira, arrebita a cauda e a joga até as
costas.
Anda sempre em bandos. São aves extremamente
sociáveis. Vivem em campos, lavouras e ambientes mais
abertos. À noite, para se esquentar, juntam-se em filas
apertadas ou aglomeram-se em bandos desordenados. Ocorre
em quase todo o Brasil, exceto na região amazônica. São
essencialmente carnívoros, come diversos insetos. Predam
também camundongos e filhotes de outras aves.
Periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes,
sobretudo na época seca, quando há escassez de artrópodes.

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6. Anu-preto
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Tem cerca de 35 centímetros. Possui corpo franzino


todo preto, de bico alto, forte e curto. Cauda comprida e
graduada. Espécie sem dimorfismo sexual. Apesar de formar
casais, anda sempre em bandos, ocupando territórios coletivos
durante todo o ano.
Vive em paisagens abertas com moitas e capões entre
pastos; adapta-se bem em área urbana, especialmente onde há
jardins. É essencialmente carnívoro, come carrapatos,
gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápode, etc. Costuma
comer parasitas externos em animais bovinos, equinos e
muares. Pesca na água rasa, e periodicamente come frutas,
bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca, quando
há escassez de artrópodes.

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7. Azulão-do-campo/Chupim/Vira-bosta

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O Chupim (Molothrus bonariensis) é uma ave passeriforme


da família Icteridae. Os machos de tais animais possuem uma
coloração aparentemente preta, mas quando expostos ao sol,
brilham em um tom azul-violeta, enquanto as fêmeas são mais
pardacentas e menos reluzentes.
É conhecido também por Azulego, Azulão-do-campo,
Maria-preta, Vira-bosta, Chupim-vira-bosta, Chopim, Godero,
Godelo, Gaudério, Cupido (Maranhão), Papa-arroz-escuro
(Paraíba), Rola-bosta (Espírito Santo), Engana-tico, Maria-
vadia (nordeste do Goiás) e Azulão-de-chiqueiro (Bahia e sul
do Piauí).
Mede cerca entre 17 e 21,5 centímetros de comprimento
e pesa entre 44,9 e 63,7 gramas. Pode ser confundido com a
Graúna, Pássaro-Preto (Gnorimopsar chopi), mas este é maior e
possui o bico mais alongado, fino e com sulco no maxilar
inferior. Difere das duas outras espécies do gênero Molothrus, a
Iraúna-Grande (Molothrus oryzivorus) e o Chupim-Azeviche
(Molothrus rufoaxillaris), por ser bem menor que o primeiro e um
pouco menor que o segundo, que além disso também
apresenta a parte inferior das asas mais clara e uma mancha
avermelhada na base inferior das asas.
É tido como um pássaro preguiçoso que costuma
invadir os ninhos de outros pássaros, especialmente Tico-ticos,
para ali botar seus ovos e lá deixá-los para serem chocados
pelos verdadeiros donos do ninho. O nome Vira-bosta é
devido ao seu hábito de procurar larvas e insetos embaixo de
estercos de gado.
8. Bagaceiro
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O Bagaceiro (Phaeomyias murina) é uma ave passeriforme


da família Tyrannidae. Papa-moscas pequeno e marrom-cinza.
Ocorre desde a Costa Rica até quase toda América do Sul.
Parecido com o Risadinha, porém maior, ou com uma
Guaracava pequena. As barras das asas são amarronzadas,
sobrancelha pálida, e barriga amarelada. Ouça o seu chamado
“pip” seguido por um gorjeio animado ou um trinado mais
lento. Diferentes populações podem representar espécies
diferentes. Geralmente ocorre em habitat arbustivo e bordas,
às vezes segue bando misto.
Seu nome científico significa: do (grego) phaios = escuro,
marrom; e de muia = mosca; e do (latim) murinus, mus, muris =
cinza cor de rato, camundongo: Papa-moscas escuro, cinza da
cor de rato. Mede cerca de 12 centímetros de comprimento.
Alimenta-se principalmente de insetos na folhagem, entre 2 e
8 m de altura, e também de frutos. Faz ninho pequeno, de
gramíneas, em formato de xícara, localizado em forquilhas a
até 6 m de altura. Põe 2 ovos brancos ou amarelados.
É comum em campos com árvores e arbustos, florestas
secas do Nordeste, Sudeste e Centro-oeste, campinas, várzeas,
cerrados, margens de rios e lagos e em jardins. Vive solitário
ou aos pares.

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9. Beija-flor-de-garganta-verde

JF/JFJr

O beija-flor-de-garganta-verde (Amazilia fimbriata) é uma


espécie de ave da família Trochilidae (beija-flores). Pode ser
encontrada nos seguintes países: Bolívia, Brasil, Colômbia,
Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname,
Trinidad e Tobago e Venezuela.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou
tropicais úmidas de baixa altitude, matagal árido tropical ou
subtropical e florestas secundárias altamente degradadas. Ave
pequena e comum. Em geral é verde metálico com uma
mancha branca atrás dos olhos, mandíbula alaranjada, crisso
pálido e a cauda azul e preta com a base esverdeada. Ambos os
sexos são semelhantes. As subespécies diferem na quantidade
de azul na garganta. Encontrado em uma variedade de habitats
abertos e semiabertos, incluindo cerrado e áreas urbanas. Evita
interiores de floresta densa.

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10. Beija-flor-de-peito-azul
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Tem cerca de 10 centímetros de comprimento. Chama


a atenção pela garganta violeta e a faixa branca que desce pelo
peito até a barriga, o que o diferencia bem de seus aparentados.
As costas e a nuca são verdes-brilhantes, a cauda e parte das
asas são azul escuro e parte do peito são de um tom azul muito
vivo. Habita matas, campos e jardins. Gosta muito das áreas
urbanas. Vive no Sudeste do Brasil, Bahia e Paraná. Alimenta-
se basicamente de néctar de flores.
11. Beija-flor-de-veste-preta

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Beija-flor-de-veste-preta (nthracothorax nigricollis),


conhecido popularmente como Beija-flor-preto ou Beija-flor-
de-veste-preta, pertence à Ordem Apodiformes e à Família
Trochilidae. Ocorre em todas as regiões do Brasil. A fêmea e o
macho são de plumagens tão diferentes que parecem ser duas
espécies separadas.
Geralmente, quando é visto contra a luz, o macho
parece ser todo negro, mas não é verdade. O peito, barriga e
garganta são negros, enquanto o resto a plumagem é verde
garrafa forte. A cauda é toda vinho-escuro, finamente
bordejada de negro. Às vezes, pode ser vista entreaberta e a
luz, atravessando-a, deixa perceber esse tom avermelhado.
Bico muito longo e fino, com a ponta levemente curva para
baixo. A fêmea, porém, se assemelha ao macho apenas na
forma do bico e a cor da cauda. Fora isso, destaca-se a longa
listra negra, começando na base do bico e terminando na
barriga, ladeada por faixas brancas largas. O resto da plumagem
é verde claro.

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12. Beija-flor-do-rabo branco-acanelado

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O Beija-flor rabo-branco-acanelado (Phaethornis pretrei) é


uma espécie de ave da família Trochilidae, também conhecidoa
como Limpa-casa, Rabo-branco e Rabo-branco-de-sobre-
amarelo. Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina,
Bolívia, Brasil e Paraguai. Os seus habitats naturais são:
florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas subtropicais
ou tropicais húmidas de baixa altitude e florestas secundárias
altamente degradadas.
É uma ave apodiforme da família Trochilidae. Seu nome
científico significa: do (grego) phaethön, phaö = sol, brilho do
sol; e ornis = pássaro; e de pretrei = homenagem ao artista Suiço,
pintor de pássaros para o Museu de História Natural de Paris,
Jean Gabriel Prêtre-(1800-1840): Pássaro do sol de Prêtre.
Mede 15 centímetros. Uma das maiores espécies de beija-flores
brasileiras. Destaca-se por ter cauda longa e com cada pena da
mesma terminando em uma ponta branca, contrastando com
o centro negro e com retrizes centrais prolongadas. O bico é
comprido e ligeiramente curvado para baixo, com a base da
mandíbula vermelha. Faixa superciliar e infraocular
pardacentas delimitando uma faixa malar negra. Garganta,
partes inferiores e coberteiras superiores da cauda cor de canela
uniforme. Dorso esverdeado.
Alimenta-se principalmente de carboidratos,
conseguido através do néctar das flores, mas come também
pequenos artrópodes.
13. Beija-flor-tesoura

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O Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), também


conhecido como Tesourão, é um dos beija-flores mais comuns
do leste do Brasil. Grande, ele enfrenta os outros beija-flores e
muitas vezes domina os locais onde há alimentos. Sua
característica mais marcante é a longa cauda bifurcada. Visto
com iluminação adequada é possível reparar no azul e verde da
plumagem brilhante.
É inconfundível pelo formato da cauda e pelo seu
tamanho em relação aos demais beija-flores, comumente
encontrado em habitats abertos e semiabertos, incluindo
bordas de florestas, plantações de árvores e áreas urbanas.
Ambos os sexos são semelhantes, com a cabeça e garganta
azul-escuros, costas e barriga verde-escuros, cauda azul-escura
longa e bifurcada. Produzem um zumbido alto durante o voo.
14. Bem-te-vi
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Ave de médio porte, mede entre de 20 e 25 centímetros


de comprimento. Tem o dorso pardo e a barriga de um amarelo
vivo; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima
dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo,
resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo
do bico) é de cor branca. Costumam pousar em lugares
salientes como postes e topos de árvores. Possui grande
capacidade de adaptação. Presente em todo o Brasil. Possui
uma variada alimentação. É insetívoro, podendo se alimentar
de frutas, ovos de outros pássaros, flores, minhocas, pequenas
cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos. É um dos
pássaros mais populares do país.
O bem-te-vi é uma ave passeriforme da família dos
tiranídeos de brasileiros como Pituã, Pitaguá Ou Puintaguá,
Bem-Te-Vi-Verdadeiro, Bem-Te-Vi-De-Coroa, Tiuí, Teuí,
Tic-Tiui. Os únicos representantes do género Pitangus eram o
Bem-te-vi e a espécie Pitangus lictor, porém atualmente só uma
espécie se enquadra neste género, o próprio Bem-te-vi. A
espécie Pitangus lictor agora é sinonímia da atual Philohydor lictor,
o Bentevizinho.
Caracteriza-se principalmente pela coloração amarela
viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além
do canto que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros
mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao
amanhecer.
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15. Bentevizinho-de-asa ferrugínea

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O Bentevizinho (Philohidor Lictor), mede cerca de 18


centímetros. É reconhecido pelos lados negros da cabeça, pela
faixa amarela ou alaranjada no píleo e pelas bordas ferrugíneas
das rêmiges e das retrizes. Possui íris escura. Habita árvores na
vizinhança d’água. Pousa geralmente ereto. Ocorre através na
Amazônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Pará e
Maranhão. Também Rio de Janeiro e São Paulo. Seu alimento
consiste predominantemente de artrópodes
16. Bico-de-pimenta/Batuqueiro

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O Bico-de-pimenta, também conhecido como


Batuqueiro, é uma ave passeriforme da família Thraupidae. Seu
nome científico significa: Saltator atricollis, do (latim) saltatricola,
saltatrix = diminutivo de saltator = dançarino, dançarina; e do
(latim) ater = preto; e collis = colo, pescoço, garganta. O mesmo
que pequeno dançarino de garganta preta.

Mede cerca de 20 centímetros de comprimento, possui


a máscara e parte anterior do pescoço negros, partes superiores
cinza-pardacentas com reflexos anilados especialmente no
dorso e nas asas, as partes inferiores são cinza amareladas
claras. As rêmiges são negras com bordos interiores brancos.
As retrizes são negras, o bico é grosso e laranja avermelhado.
A fêmea possui as mesmas cores, porém mais atenuadas, o bico
é vermelho pálido. O jovem apresenta as partes superiores,
cabeça e pescoço anterior pardos, bico anegrado e partes
inferiores estriadas.

Na época reprodutiva, o ninho é confeccionado em


forma de taça sobre os galhos das árvores ou em moitas de
capim, é feito com raminhos, talos e ervas e a cavidade é
forrada com talos de capim. A fêmea põe de 2 a 3 ovos com
incubação média de 13 dias. São de 2 a 3 ninhadas por ano.
Habita o cerrado, campos cerrados, caatinga, chapadas, etc.
17. Cambacica
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A Cambacica (Coereba flaveola) é um pássaro da família


dos Coerebidae, sendo a única espécie do gênero Coereba. Tem
larga distribuição na América e também é conhecida
popularmente no Brasil inteiro pelos nomes de Sebinho,
Sebito, Sibito, Papo-amarelo, Caga-sebo e Mariquita.
Em inglês é mais conhecida como Bananaquit e em
espanhol entre seus vários nomes estão Reinita, Mielera,
Pinchaflor, Santa marta, Cazadorcita e Picaflor. Desde 1970 é
a ave oficial das Ilhas Virgens Americanas e está presente em
seu brasão. Mede cerca de 10 centímetros. Tem o dorso
marrom, o peito e o abdome amarelos, o pescoço cinza e a
cabeça listrada preta e branca. Não apresenta diferenças na
plumagem em relação aos machos e fêmeas.
Solitária ou aos pares, geralmente está no meio das
folhas e se movimenta pelo interior da copa. Entretanto, voa
bem e atravessa áreas abertas entre matas para visitar uma
árvore isolada e florida em um campo. Também visita arbustos
isolados e próximos à mata. É comum em uma grande
variedade de habitats abertos e semiabertos onde existam
flores, inclusive em quintais. Alimenta-se de néctar, frutas e
artrópodes.

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18. Canário-da-terra-verdadeiro

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No macho adulto prevalece os tons de amarelo com algumas variações.

Mede cerca de 13 centímetros. Possui cor amarelo-


olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das
pernas. Asas e cauda cinza-oliva. A íris é negra e o bico tem a
parte superior de cor cinza-escuro e a inferior é amarelada.
As pernas são rosadas. Vive em campos secos, caatinga,
bordas de matas, áreas de cerrado, pastagens abandonadas,
plantações e jardins, sendo mais numeroso em regiões áridas.
A fêmea e o jovem têm a parte superior do corpo olivácea com
densa estriação parda por baixo, com as penas, cauda e tarso
quase enegrecidos, mas quando adultos assumem a coloração
amarela. Com quatro a seis meses de idade, os filhotes machos
já estão cantando, e levam cerca de dezoito meses para adquirir
a plumagem de adulto.
Permanece em bandos quando não está em período de
acasalamento. Pode ser encontrado do Maranhão ao Sul até o
Rio Grande do Sul e a oeste até o Mato Grosso. Alimenta-se
de sementes. Ocasionalmente alimenta-se de insetos.
O canário-da-terra (Sicalis flaveola), também é conhecido
como Canário-da-horta, Canário-da-telha (Santa Catarina),
Canário-do-campo, Chapinha (Minas Gerais), Canário-do-
chão (Bahia), Canário-do-reino (Ceará), Coroinha, Cabeça-de-
fogo e Canarinho. Seu nome científico significa: do (grego)
sikalis, sukallis or sukalis = pequeno; (Latim) flaveola, flaveolus
diminutivo de flavus = amarelo. Com o significado final de
Amarelinho.
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19. Canário-do-mato

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O canário-do-mato (Myiothlypis flaveola) é uma ave


passeriforme da família Parulidae. Também conhecido como
Pula-pula, Pula-pula-amarelo. Seu nome científico significa: do
(grego) muia = mosca; e thlupis = pequeno pássaro não
identificado. Em ornitologia thlipis significa rouxinol ou
tentilhão; e do (latim) flaveolus, flavus amarelado, amarelo, da cor
do ouro: Pequeno pássaro amarelado.
Tem um hábito característico de cantar com a cauda
entreaberta e movimentá-la lateralmente para o lado inverso de
onde está a cabeça. O amarelo intenso da plumagem (outra
razão para o nome canário-do-mato e origem do nome da
espécie – flaveolus = amarelado) chama a atenção, ainda mais
com o contraste do oliváceo das costas. A listra superciliar
amarela também é grande auxiliar na identificação, junto com
as longas pernas amareladas ou alaranjadas. Tem o bico negro,
pelo qual passa uma estreita listra escura que segue pelos olhos.
Espécie sem dimorfismo sexual. Alimenta-se de invertebrados
e frutas. Vive muito ativo, aos casais procurando invertebrados
entre as folhas caídas ou nas galhadas baixas. Segue as formigas
de correição, capturando os invertebrados que foge delas.
Canta o ano inteiro, mas com maior frequência entre os meses
de julho a dezembro, época de reprodução.
Ave comum na parte baixa e chão das matas ciliares, matas
secas e cerradões. Costuma aparecer nos bandos mistos
próximos ao solo.

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Ele camufla com facilidade no ambiente em que vive.


20. Cancão/Quem-quem/Gralha-cancã

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A Gralha-cancã, Cancã, Cancão ou Quem-quem


(Cyanocorax cyanopogon) é uma espécie de ave da família Corvidae,
endêmica do Brasil. Essa espécie não apresenta dimorfismo
sexual, ou seja, machos e fêmeas são aparentemente iguais
quando observados.
A Gralha-cancã vive na caatinga, cerrado denso e em
matas de galeria mais abertas. É uma ave típica das zonas
semiáridas do Nordeste do Brasil, porém, por conta do
desmatamento, tem-se expandido no Sudeste do país.
A Gralha-cancã é onívora, come tudo desde insetos a
ração de galinha, se acessível, frutos do cacto mandacaru e
outros, além de ovos de outras aves. Constrói seus ninhos em
árvores altas, com o formato de uma tigela larga, atapetada com
folhas secas. Põe cerca de 3 ovos, que choca durante 2 semanas
e meia. Como todos os corvídeos, é uma ave inteligente, com
estratégias de alimentação diversificadas. É hábil no voo
acrobático. O Cancão é muito curioso e barulhento. Descobre
qualquer coisa estranha na mata e avisa a todos. É considerado
a voz da caatinga.

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21. Cardeal-do-Nordeste/Soldadinho

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Mede cerca de 17 centímetros. Plumagem de cabeça


vermelha, curta e ereta. Partes superiores cinzentas, exceto o
dorso, que é composto de penas negras no ápice e brancas na
base, o que dá ao conjunto um aspecto escamoso de negro e
branco. Maxila anegrada, mandíbula cinzento-clara. Não há
dimorfismo sexual.
Habita mata baixa rala e bem ensolarada (caatinga) e
beira de rios (cerrado). Um dos pássaros mais típicos do
interior do Nordeste do Brasil. É originalmente espécie
endêmica do sertão nordestino, mas hoje em dia expandiu sua
distribuição com a ajuda direta ou indireta do homem. Cardeais
são aves da ordem passeriformes do género Paroaria.
Ave de extrema beleza, sua principal característica é o
topete eriçado de um vermelho intenso, que invade também o
peito em ambos os sexos. As partes inferiores são
acinzentadas, os olhos são marrons-escuros, as pernas são
negras, e a região ventral é esbranquiçada. Possuem um canto
alto e metálico. Vive em áreas abertas, com formações vegetais
mais altos. Habitualmente, prefere postar-se em lugares altos.
Em geral, suportam bem as variações de temperatura e os
rigores do inverno.
Antes do acasalamento, o macho corteja a fêmea,
dançando em frente a ela, com as penas da cauda abertas e algo
no bico. Na natureza, prefere construir seu ninho em vegetação
mais densa, situando-o entre 2 a 4 metros do solo. A postura
constitui-se de 3 a 4 ovos, para os quais, macho e fêmea se
alternam na incubação durante aproximadamente 15 dias.
Entre 14 e 17 dias, os filhotes deixam o ninho. Em seguida, os
pais continuam a alimentar os filhotes, por mais 2 ou 3 semanas
até que os mesmos adquiram autonomia. É
predominantemente granívoro, temporária e ocasionalmente
se torna insetívoro.

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22. Chibum

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O Chibum (Elaenia chiriquensis) é uma espécie de ave


passeriforme da família Tyrannidae. Os seus habitats naturais
são: savanas áridas, matagal árido tropical ou subtropical,
campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais
sazonalmente húmidos ou inundados e florestas secundárias
altamente degradadas.
A plumagem mistura cor cinza com tom oliváceo, com
o cinza predominando na barriga. Duas barras cinzas nas asas.
Ao redor do olho, grande e escuro, uma área clara forma uma
espécie de óculos, chamativo. Bico pequeno, com a base clara,
visível sob condições excepcionais de luz. O topete é mantido
baixo, sem destacar, embora os adultos tenham uma área clara
no alto da cabeça. Habita capoeiras, beira de matas, capões e
cerrados. Nas cidades pode ser observado em parques, jardins
e quintais arborizados.
Espécie diurna, mais numerosa em regiões áridas, onde
vive aos pares e costuma acompanhar bandos mistos. Fica
escondida na densa folhagem em altura média ou na copa,
cantando insistentemente; é sempre mais ouvida do que
observada. Alimenta-se de insetos e suas larvas. Choca de 2 a
3 ovos em ninho de gramíneas com formato de xícara.
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23. Chorró/Choró-boi/Chororó-olho-de-fogo

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O Chorró, também conhecido como Choró-boi, Choca-


boi ou Chororó-olho-de-fogo (Taraba major) é uma ave
passeriforme da família Thamnophilidae. É a única espécie
pertencente ao gênero Taraba. Mede aproximadamente 20 cm
de comprimento e pesa, em média, 56 gramas.
O macho é negro no dorso, em forte contraste com o
branco da região ventral. Asas com faixas brancas notáveis e
cauda com bolas brancas, também destacadas; todavia costuma
apresentar variações no rearranjo das cores preto e branco; há,
inclusive o tipo todo pedrês. Na fêmea, toda a plumagem negra
é substituída por marrom avermelhada, ferruginosa, sem haver
o branco das asas e cauda. Nos dois sexos, destaca-se o
vermelho intenso dos olhos da ave adulta.
No juvenil, os olhos são marrons escuros, embora a plumagem
já seja do sexo correspondente ao sair do ninho. Mantém as
penas da cabeça eriçadas quando ativa, em um topete
característico. Mede cerca de 20 centímetros. Ambos os sexos
possuem íris vermelha e partes inferiores brancas.
Vive em bordas de matas e em cerrados, mas prefere nas
matas ciliares e margens de rios e riachos. Habita no Sudeste
do Brasil e em vários países da América Latina.

24. Chorró-pedrês
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O Chorró-pedrês tem os mesmos hábitos e


características das outras subespécies, a única, diferença,
porém, é no tocante à plumagem do macho que é pedrês e de
topete preto.
25. Codorna

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As aves conhecidas como Codornas pertencem à família


das Faisanidas, sendo consideradas galináceas. No Brasil, as
espécies de Codorna mais conhecidas são as Coturnix coturnix
coturnix (Codornas europeias ou selvagens) e as Coturnix
Coturnix japonica (Codornas japonesas ou domésticas). As
Codornas selvagens põem de 7 a 8 ovos, que são cor
chocolate-escuro, arroxeados e brilhantes. Eles são postos no
chão de campos ou pastagens. Da mesma forma que a perdiz,
cabe ao macho a tarefa de incubar os ovos e cuidar dos
filhotes.
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26. Corrupião/Sofrê/Concriz /Troupial

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O corrupião, também conhecido como sofrê, sofreu,


troupial, turpial ou concriz, é uma espécie de pássaro da família
Icteridae. É uma espécie endêmica do Brasil. Seu canto é muito
melodioso e possui a notável capacidade de imitar cantos de
outras aves, além de sons musicais. Seu nome científico é Icterus
jamacaii.
A sua coloração geral é uma combinação de alaranjada
e preta, vermelha e preta, amarela e preta. Apresenta
capuz preto, dorso e asas pretas. As asas apresentam visível
mancha branca nas rêmiges secundárias.
27. Corrupião-preto/ Gorrijo

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O Corrupião-preto é de cor preta e amarela, com


predominância do preto. Tem basicamente as mesmas
características das outras subespécies Icterus jamacaii, mas se
destaca mais na imitação de outros pássaros e costuma entoar
uma sequência de trinados maior e mais agradáveis que as
outras.
28. Coleirinho/Papa-capim-de-coleira

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A fêmea é parda e o macho é branco e preto com um sinal


semelhante a uma coleira em volta do pescoço.

O Coleirinho (Sporophila caerulescens) é uma espécie


de ave da família Thraupidae. Também conhecido como
Coleirinha, Papa-capim-de-coleira, Papa-capim, Coleirinho-
de-gola ou Coleiro. Pode ser visto praticamente em todo o
Brasil, com exceção da Região Amazônica. O seu tamanho
varia entre 10 e 12 centímetros. Normalmente é encontrado
em campos abertos e capinzais. Também pode ser encontrado
em outros países, como Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai
e Peru.
É um pássaro muito conhecido no Brasil e, devido ao
desmatamento, e a destruição de seu habitat natural, é possível
observar o aparecimento desta ave em regiões urbanas, quintais
de casas e nas ruas em busca de alimento.
É uma ave muito apreciada por criadores, profissionais
e amadores, devido à beleza de seu canto. O macho possui um
colar branco e negro ao lado da garganta, já a fêmea tem uma
cor parda, que é mais escura nas costas. A fêmea não costuma
cantar. Alimenta-se de sementes de alpiste, painço e capins
silvestres em geral, especialmente de capim braquiária e capim-
marmelada. Reproduz no período entre agosto e fevereiro; em
algumas regiões e, em casos de abundância de alimento, pode
reproduzir durante todo o ano, principalmente em regiões de
clima quente.
Sua ninhada geralmente constitui-se de dois filhotes, os
quais são valentemente protegidos pelos pais contra
predadores, não obstante seu tamanho reduzido. Formam
casais fiéis, e sua reprodução em cativeiro se dá facilmente,
necessitando apenas de um espaço amplo, preferencialmente
acima de dois metros quadrados, haja vista que sua cópula
acontece com a fêmea parada e o macho a sobrevoando
durante longos períodos.
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29. Coruja-buraqueira
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A coruja-buraqueira é uma ave Strigiforme da família


Strigidae. Também conhecida pelos nomes de Caburé, Caburé-
de-cupim, Caburé-do-campo, Coruja-barata, Coruja-do-
campo, Coruja-mineira, Corujinha-buraqueira, Corujinha-do-
buraco, Corujinha-do-campo, Guedé, Urucuera, Urucureia,
Urucuriá, Coruja-cupinzeira (algumas cidades de Goiás) e
Capotinha. Com o nome científico Cunicularia (“pequeno
mineiro”), recebe esse nome por cavar buracos no solo.
Vive cerca de 9 anos em habitat selvagem. Costuma
viver em campos, pastos, restingas, desertos, chapadas,
planícies, praias e aeroportos. Seu nome científico significa: do
(grego) Athene = divindade grega Atena; e do (latim) cunicularius,
cuniculus = mina, mineiro, túnel, passagem subterrânea. A
tradução literal é: coruja mineira ou coruja que cava túneis.
Ave de pequeno porte, seu tamanho médio é de 21,5 a
28,5 centímetros (machos) e de 22 a 25 centímetros (fêmeas).
Pesa entre 110 e 285 g (machos) e entre 150 a 265 g (fêmeas).
Possui a cabeça redonda, sem penachos e os olhos dispostos
lado a lado, num mesmo plano. As sobrancelhas são brancas e
os olhos amarelos. A coloração é cor de terra, mimética,
podendo apresentar plumagem em tons de ferrugem causados
por solos de terra roxa (coloração adventícia).
Ao contrário da maioria das corujas, o macho é
ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente
mais escuras que os machos. Tem voo suave e silencioso. Ela
tem que virar a pescoço para melhor enxergar, pois seus
grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano.
Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão
binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos ao mesmo
tempo). Isso significa que a coruja pode ver objetos em três
dimensões, ou seja, com altura, largura e profundidade.
Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes, em
algumas subespécies de corujas são até maiores que o próprio
cérebro, a fim de melhorar sua eficiência em condições de
baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz
disponível. Além de sua privilegiada visão, essa ave possui uma
ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas
este sentido. Não possui topetes na orelha, tem um disco facial
aplainado. Sua sobrancelha é branca, possui um remendo
branco no queixo, que se assemelha a uma boca grande
desenhada.
O adulto possui um tom de cor forte, tem o peito e a
barriga com coloração parda, traços cor de terra, variações de
marrom, que lembram manchas e barras. O jovem é similar na
aparência, mas é gorduchinho, desengonçado, com as penas
descabeladas e coloração leve. Seu peito é totalmente branco,
sem as variações marrons, possui uma barra amarela passando
por toda a asa superior. Estudos indicaram que não existe
forma segura de diferenciar os sexos nestas espécies, pois são
similares em tudo, sendo quase impossível diferenciar o casal.
O maior inimigo da Coruja-buraqueira é o homem, visto que,
por ser uma ave de rapina, quase não tem predadores naturais.

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30. Corujão-de-orelha/Corujão orelhudo/Jacurutu

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Corujão-de-orelha, ou Jacurutu (Bubo virginianus), é uma


ave também conhecida como Corujão-orelhudo, Mocho-
orelhudo ou Corujão-da-virgínia, é uma coruja de grande porte
nativa das Américas. Extremamente adaptável, tem uma vasta
distribuição; é a mais amplamente distribuída do continente.
Sua alimentação consiste em coelhos e lebres e ratos, apesar de
caçar livremente qualquer animal que consiga, incluindo
roedores e outros pequenos mamíferos, mamíferos de médio
porte, aves, répteis, anfíbios e invertebrados.
Em estudos ornitológicos, a Jacurutu é frequentemente
comparada ao Bufo-real (Bubo bubo), uma espécie
proximamente aparentada, que, apesar do tamanho
notavelmente maior, ocupa o mesmo nicho ecológico na
Eurásia, e ao Búteo-de-cauda-vermelha (Buteo jamaicensis), com
o qual frequentemente compartilha habitat, presas e hábitos de
nidificação similares, sendo assim um equivalente ecológico
durante o dia.
A Jacurutu tem uma coloração ideal para camuflagem,
geralmente clara com faixas marrons por baixo e marrom-
manchada, quase sempre com marcações pesadas, complexas
e mais escuras por cima. Todas as subespécies apresentam
barras escuras em certa medida ao longo dos lados. Tem uma
mancha branca, de tamanho variável, na garganta, que continua
como uma listra que desce até o meio do peito. A subespécie
B. v. nacurutu, que ocorre no Brasil, costuma apresentar essa
mancha em tamanho reduzido, muitas vezes invisível, ao
menos quando em exibição, e raramente exibe a área branca do
peito. Existem variações individuais na coloração, que podem
se configurar características regionais.
Todos os indivíduos da espécie têm um disco facial, que
pode ter coloração avermelhada, marrom ou cinza
(dependendo das variações geográficas e raciais) e que é
demarcado por um arco escuro. As elevações que se
assemelham a "chifres" são tufos de penas de propósito
desconhecido: há especulações de que sejam características
físicas com implicações visuais em interações territoriais e
sociossexuais com outras aves.
É a coruja mais pesada das Américas do Sul e Central e
a segunda mais pesada da América do Norte, abaixo apenas da
Coruja-das-neves. É robusta, com corpo em forma de barril,
cabeça larga e asas grandes. O tamanho pode variar
consideravelmente através da distribuição geográfica. Os
adultos chegam a medir de 43 a 64 centímetros de
comprimento, sendo a média 55 centímetros, e 91 a 153
centímetros de envergadura de asas, sendo a média 122
centímetros. As fêmeas são um pouco maiores que os machos.
Em média, as fêmeas pesam 1,608 kg e os machos 1,224 kg.
Dependendo da subespécie, o peso máximo pode chegar a
2.503 kg.
As pernas, os pés e as garras são grandes e poderosos.
O tarso mede 54-80 mm. A envergadura do pé, quando
totalmente aberto, de garra a garra, é de aproximadamente 20
centímetros, comparado a 8 centímetros na Coruja-pequena,
13-15 centímetros na Coruja-das-torres e 18 centímetros na
Coruja-lapônica. A Jacurutu consegue aplicar ao menos 300
psis de força com suas garras, uma pressão consideravelmente
maior do que a mão humana consegue exercer. Em algumas
fêmeas grandes, o poder de preensão pode ser comparado ao
de aves de rapina muito maiores, como a águia-real.
O formato de disco do rosto também ajuda a direcionar
os sons que são ouvidos para as orelhas. Embora a verdadeira
natureza/propósito dos tufos de orelha que estão presentes na
Jacurutu seja desconhecida, os pesquisadores concordam que
eles não desempenham nenhum papel na capacidade auditiva
da ave. Estima-se que sua audição seja até dez vezes maior que
a de um ser humano. Os olhos dela são apenas um pouco
menores que os dos humanos, são grandes até mesmo para
uma coruja e estão, proporcionalmente, entre os maiores olhos
de todos os vertebrados terrestres. Essa espécie possui olhos
cilíndricos que criam mais distância entre a lente dos olhos e a
retina, permitindo assim o funcionamento destes como uma
lente objetiva para distâncias maiores comparado com o que é
possível com olhos redondos. Essa espécie tem os olhos
altamente adaptados para a caça noturna, que proporcionam
um amplo campo de visão, quase completamente binocular,
uma grande superfície da córnea e uma retina
predominantemente de haste. Os olhos contêm hastes e cones,
assim como na maioria das espécies que vê cores, mas a visão
se assemelha muito à de muitas outras espécies noturnas.

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31. Coruja-rasga-mortalha/Coruja-branca
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A Coruja-rasga-mortalha possui o nome científico de


Tyto furcata. Ela pertence a família Tytonidae e é conhecida em
inglês como American Barn Owl. Esta ave é conhecida por
muitos nomes que se referem a sua aparência como Coruja-
branca, Coruja-de-prata, Coruja-demônio, Coruja-fantasma,
Coruja-morte, Coruja-de-noite, Coruja-rato, Coruja-caverna,
Coruja-de-pedra, Coruja-passatempo, Coruja-maquineta,
Coruja-de-peito-branco, Coruja-dourada, Coruja-de-palha,
Coruja-curral, Coruja-delicada, Coruja-das-torres, Coruja-da-
igreja, Coruja-do-campanário e Suindara.
A Coruja-rasga-mortalha possui uma grande variedade
de habitats. Neles se incluem campos abertos ou semiabertos,
cavernas, savanas, pastagens, áreas agrícolas, margem de valas
de drenagem, córregos, áreas reflorestadas, estradas vicinais,
forros de igreja e forros de casas altas. Tem porte médio e mede
cerca de 20 a 36 centímetros de comprimento. As asas são
longas tem uma envergadura de cerca de 75 a 110 centímetros.
O macho pesa em torno de 470 gramas e a fêmea 570 gramas.
É uma espécie de cor pálida. A cabeça é branca com
formato de coração e a plumagem do dorso é cinza ou marrom,
assim como nas costas. As partes inferiores variam do branco
ao marrom e por vezes são manchadas de um tom escuro. A
forma quadrada de sua cauda é também uma forma de
distinguir a coruja quando vista em voo. Os seus movimentos
são oscilantes e costuma abrir as pernas balançando as penas
brancas. O rosto com o formato diferente e os olhos negros
dão à ave, quando está voando, uma aparência estranha. A
crista de penas acima do bico se assemelha a um nariz. A
expectativa de vida da coruja Suindara em meio selvagem é de
até 10 anos.
É uma predadora de rapina com hábitos noturnos.
Altamente especializada para caçar pequenos animais como
roedores, aves, invertebrados, lagartos, anfíbios, cobras,
insetos, morcegos, marsupiais e répteis. Como todas as corujas,
o alimento é consumido inteiro. Após a ingestão do alimento
ocorrerá a separação dos pelos, ossos e outras partes não
digeríveis. Após 8 a 10 horas são formados bolos alimentares
de aspecto úmido e preto, que serão vomitados. Suas presas
são geralmente engolidas inteiras. Mas existem alguns
indivíduos que comem as presas pequenas por partes ou
arrancam pequenos pedaços antes de engolir o resto da presa.
Acredita-se que façam isso para saborear a carne e o sangue.
Também é comum que essas corujas não bebam água,
retirando todo o líquido de que necessitam da carne que
consome. As crias mais velhas são alimentadas primeiro e
algumas vezes os filhotes mais jovens morrem de fome. As
aves mais velhas comem as suas irmãs já mortas para assegurar
a sua sobrevivência.
O casal é fiel para a vida toda, a menos que o
companheiro morra, quando uma nova união será formada. A
maturidade sexual dessa ave se inicia aos 10 meses e se
reproduzem pelo menos 1 vez ao ano, em qualquer época. O
macho inicia a corte vocalizando para a fêmea, depois realiza
um voo de exibição, incluindo fortes batidas de asas. A fêmea
pode produzir cerca de 4 a 7 ovos que são postos com 2 ou 3
dias de diferença. Eles são colocados em um ninho feito no
oco de uma árvore, prédio antigo ou fissura em um penhasco.
A fêmea tem a responsabilidade de incubação, que dura 32
dias, e ela e os jovens filhotes costumam ficar dependentes do
macho, que assume a responsabilidade por levar-lhes o
alimento. Dentro de 50 dias os filhotes de coruja-rasga-
mortalha já estão aptos a voar.
A lenda da Coruja-rasga-mortalha

A Rasga-mortalha é o nome popular dessa coruja,


especialmente na região Norte e Nordeste do Brasil. O atrito
de suas asas, ao voar, juntamente com o seu piado, produz o
som de um pano ao ser rasgado. O povo acredita que quando
esta coruja passa sobre a casa ou pousa no telhado e dá um
piado, é prenúncio de morte para alguém que esteja doente
nessa casa.
A lenda diz que uma jovem chamada Suindara,
trabalhadora como carpideira, era filha de um feiticeiro muito
temido na região. Suindara era muito inteligente e respeitada e
todos a chamavam de “coruja branca”. Porém a jovem
começou a namorar Ricardo, filho de uma condessa, muito
preconceituosa, que, ao saber do romance, mandou um
empregado matar a moça.
Os moradores da cidade homenagearam a jovem com a
escultura de uma bela coruja branca em sua cripta. O pai da
jovem, revoltado com o crime, fez um poderoso ritual de
feitiçaria para se vingar da assassina. Ele teria feito com que o
espirito da jovem entrasse na estátua da coruja para que esta
ganhasse vida própria. Em seguida a coruja foi até a sacada da
janela onde a condessa dormia e começou a entoar o seu piado
característico. Ao amanhecer a condessa estava morta, com as
roupas todas rasgadas. Por isso a coruja ganhou fama de
agorenta, capaz de prever a morte de pessoas.
Fonte: www.casadospássaros.net
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32. Curiango
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O Curiango-comum é uma ave da família Caprimulgidae.


Bastante comum, distribui-se desde o sul do México até o
nordeste da Argentina. A plumagem tem uma coloração pardo-
amarelada, finamente pintada de preto e com manchas pretas
maiores, rêmiges pretas com linha branca.
É uma ave noturna que mede cerca de 30 centímetros
de comprimento. Em voo, o macho apresenta uma larga faixa
branca nas asas e nos lados da cauda. A fêmea possui uma
estreita faixa amarelada nas asas e somente a ponta da cauda
branca. Como as criaturas noturnas em geral, o Curiango é
envolto em folclores e lendas.
Rápido e vivaz como uma andorinha, o Curiango dorme de
dia e sai à caça de alimentos no fim da tarde. Come um grande
número de insetos, inclusive mariposas grandes e, quando fica
satisfeito, faz uma pausa para digerir o alimento.
33. Curió

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A fêmea do Curió é de coloração mais clara

O Curió (Sporophila angolensis) é uma ave passeriforme da


família Thrupidae, nativa do Brasil e muito apreciada pelo seu
canto. Mede cerca de 15 centímetros, sendo que o macho é
preto na parte superior do corpo e castanho-avermelhado na
parte inferior, com a parte interna das asas na cor branca.
Criado em cativeiro, é utilizado em torneios de canto.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou
tropicais úmidas de baixa altitude e florestas secundárias
altamente degradadas. Sua reprodução em cativeiro é
extremamente fácil, facilitando a apuração da genética. Os
criadores buscam aprimorar a boa voz, melodia e repetição.
Existem dois tipos muito admirados no dialeto dos cantos, que
são a chamada modalidade fibra e a modalidade canto clássico,
características de pássaros oriundos de cada local do Brasil.
A expectativa de vida do Curió é de 8 a 10 anos na
natureza, podendo chegar aos 35 anos em ambiente doméstico.
Trata-se de pássaro ameaçado de extinção em algumas regiões
do Brasil, por isso, sua captura para manutenção em cativeiro
tem restrição legal.
34. Dó-ré-mi/Garibaldi/Dó-mi-ré/Xexéu

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O Garibaldi é uma ave passeriforme da família Icteridae,


anteriormente classificado como Agelaius ruficapillus na família
Emberizidae. Também conhecido por Dó-ré-mi, Pássaro-do-
arroz, Papa-arroz, Xexeu-de-lagoa (Natal/Rio Grande do
Norte e ceará), Chupim-do-nabo, Chapéu-de-couro (São
Paulo), casaca (Piauí), Corda-negra (Pernambuco, agreste e
sertão da Paraíba), Rinchão, Godelo e Melro-baiano (Minas
Gerais). É uma ave caçada e cobiçada por gaioleiros.
Seu nome científico significa: do (grego) Khrusus,
Khrusõma = ouro forjado; feito de ouro (latim) rufus =
vermelho; capillus= coroado; cabelo da cabeça (dourado com
coroa vermelha). O Garibaldi jovem macho tem as penas cor
de bronze e apresenta a coroa castanha. Mede entre 17,5 e 18,5
centímetros de comprimento e pesa entre 32,2 e 41,3 gramas.
O macho apresenta plumagem negra, com a coroa, a
garganta e o peito em vermelho fosco (pardo). Dependendo da
iluminação e a distância em que o pássaro se encontrar, as
partes vermelhas não são visíveis e a ave parece totalmente
negra, chegando a ser confundida com o Tiê-preto, a Graúna
e o Vira-bosta. A fêmea apresenta plumagem pardo-olivácea,
com barriga e lado superior estriados de negro e pardacento-
claro, e é difícil de ser identificada, exceto quando está próxima
ao macho. É um pássaro de canto agradável e melodioso.
Gosta de regiões mais úmidas, mas também povoa as
áreas mais altas. Costuma migrar em busca de alimentos e, com
frequência, retorna aos mesmos locais por onde passou.

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35. Ema

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A Ema é considerada o animal mais guloso do mundo.

Ema, também conhecida como Nandu, Nhandu,


Guaripé e Xuri. E apesar de possuir grandes asas, ela não voa
(ave ratita), usa as asas para se equilibrar e mudar de direção
enquanto corre. Os indivíduos masculinos são os responsáveis
pela incubação e o cuidado com os filhotes. A ema é
considerada a maior e mais pesada ave brasileira e do
continente americano.
Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento
e pesar até 36 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de
comprimento. As emas são animais omnívoras: se alimentam-
se de frutas, sementes, insetos (como besouros e cupins),
cobras, folhas de grandes árvores, lagartos, moluscos, peixes,
entre outros. Existe uma leda de ela tem a capacidade de digerir
qualquer coisa, até metal, e, comprovadamente, ela costuma
engolir esse tipo de material. Mas é provado que ela os
regurgita um tempo depois e quando não o faz costuma
adoecer a até morrer em função disso. É tida como o animal
mais guloso do mundo, ao lado de um parente próximo seu: a
Avestruz africana.
Durante o período de reprodução, o macho emite um
som forte e bissilábico, lembrando um grande mamífero, como
um boi: "bu-úp" ou "nan-dú". O período reprodutivo inicia em
outubro. O macho constrói o ninho em uma depressão no
solo, forrando-o com capim. Cada fêmea é capaz de pôr de 10
à 30 ovos. A incubação começa entre cinco e oito dias após as
fêmeas terem iniciado a postura e pode durar de 27 a 41 dias.
Os ovos eclodem todos no mesmo dia, são brancos e
pesam em média 600 gramas. Os que não eclodem são
colocados para fora do ninho ou devorados. O macho,
responsável por chocá-los, altera frequentemente a posição de
cada ovo, girando uma volta completa (360º) a cada 24 horas.
Os filhotes ficam a cuidado do pai e atingem a maturidade
sexual em dois anos.
36. Enferrujado

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O enferrujado (Lathrotriccus euleri) é uma ave


passeriforme da família Tyrannidae. Seu nome científico
significa: do (grego) lathrios = secreto, desconhecido; e trikkos
= papa-moscas; euleri = homenagem ao cientista e ornitólogo
suíço Carl Hieronymus Euler: Papa-moscas de Euler. Mede
entre 12,5 e 13,5 centímetros de comprimento e pesa cerca de
11 gramas.

Apresenta uma coloração predominante amarronzada


ou marrom-esverdeada na parte superior, coroa marrom
ligeiramente acastanhada e mais escura que a coloração da face
e garganta. Ausência de sobrancelha clara e pronunciada como
acontece com o Guaracavuçu (Cnemotriccus fuscatus). Peito e
ventre bege-esverdeado pálido com poucas estrias estreitas e
escuras. As asas são escuras de coloração marrom esverdeada
com duas barras alares branco-amareladas. As rêmiges
primárias são escuras, marrons e margeadas com uma estreita
borda de coloração bege. Os olhos apresentam um estreito anel
periocular bege claro e têm a íris escura. O bico apresenta
diferença na coloração da maxila e da mandíbula, sendo que a
maxila é escura e a mandíbula é clara. Esta característica
associada ao peito pouco estriado o diferencia do Filipe
(Myiophobus fasciatus).

Não apresenta dimorfismo sexual. Alimenta-se de


insetos capturados no ar. Constrói o ninho com a forma de
uma tigela alta e estratificada, podendo ser colocado sobre um
toco podre de árvore. É um pássaro do interior de mata,
observado à pouca altura do solo. Geralmente migra durante o
inverno. Existe em todo o Brasil.
37. Estrelinha-ametista
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O Estrelinha-ametista (Calliphlox amethystina), da família


Trochilidae, é um beija-flor de ampla distribuição na América do
Sul, incluindo todo o Brasil. Tal espécie mede cerca de 8,5
centímetros de comprimento e 2,5 g, com cauda
profundamente bifurcada e garganta vermelho-rosada-
ametística. Também é conhecido pelos nomes de Beija-flor-
mosca, Besourinho-ametista, Besourinho-zumbidor,
Estrelinha-ametista e Tesourinha. O macho exibe iridescência
vermelha-ametista na parte da garganta e lados do pescoço.
Alimenta-se de pequenos insetos e néctar. Em sua
exibição para a fêmea, durante o período reprodutivo, o macho
voa para frente e para trás executando um movimento
pendular, cantando e chamando a atenção pelo estranho
zumbido que produz. Seu ninho é pequeno, em formato de
xícara, preso em grandes galhos de árvores isoladas na borda
da floresta, a cerca de 15 metros de altura. Põe 2 ovos.
Habita bordas de florestas altas, clareiras, caatingas,
cerrados, jardins e campos com árvores. Vive geralmente
solitário, desde o estrato arbustivo mais baixo até a copa das
árvores. Voa como um besouro, batendo as asas até 80 vezes
por segundo. É especialista em voos ascendentes e para trás.
Vive em todo o Brasil.
38. Fura-barreira/Limpa-folha-do-brejo

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O Fura-barreira é uma ave passeriforme da família


Furnariidae, incluída no gênero Automolus ou Hylocryptus por
certos autores. Costuma ser confundido com a fêmea do
Chorró, pela cor ferruginosa e pelo porte físico que são um
pouco parecidos – ressalte-se que a fêmea do Chorró, via de
regra, está sempre acompanhada do macho, o que facilita
desfazer a confusão entre as duas espécies. O Fura-barreira é
uma espécie rara ou incomum, endêmica das matas ciliares do
Cerrado. Seu nome científico significa é do (grego) klibanos =
do forno, forno; e ornis = pássaro ou ave; e do latim rectus =
reta, reto; rostris = bico. Significa: Pássaro do forno com bico
reto.
Bom porte (21 cm) em comparação com espécies do
gênero. Plumagem relativamente uniforme, com tom vermelho
ferrugíneo, e íris amarelada. Não há dimorfismos aparente
entre sexos, entretanto machos apresentam asa e cauda
maiores que fêmeas. Jovens apresentam face castanha, penas
da fronte e píleo amplamente marginados de negro, mento,
garganta, bigode, pescoço e peito castanhos com a borda das
penas negras, dorso marrom escuro, asas e cauda ruivas como
o adulto, íris marrom escuro, bico, tarso e dedos negro-
acinzentados. A plumagem adulta é adquirida em menos de um
ano, na estação reprodutiva seguinte.
Durante a atividade reprodutiva, machos e fêmeas
participam de todas as etapas: construção do ninho, incubação
dos ovos, alimentação dos filhotes durante a permanência
destes no território. O ninho é edificado em barrancos na
margem de rios. Escavam um túnel reto, com inclinação
levemente ascendente, finalizado em câmara onde constroem
um ninho em forma de tigela rasa, com gravetos finos. A
reprodução inicia no fim da estação seca e as enchentes dos
rios podem destruir os ninhos. Põe de 2 a 3 ovos, incubam por
17 dias e alimentam os filhotes durante 21 a 25 dias. Após
deixarem o ninho, os filhotes permanecem no território dos
pais por aproximadamente 90 dias.
Habita as matas ciliares do Cerrado, forrageando em
folhas secas no solo e a pouca distância do rio. O casal vive em
território estabelecido e apresenta comportamento de defesa
de território com vocalização intensa durante o ano todo.
39. Garrincha/ Corruíra/Cambaxirra

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Ave passeriforme da família dos Trogloditídeos (Troglodytes


aedon), cosmopolita, encontrada nas Américas, sendo uma das
mais comuns do Brasil. Possui bico longo, plumagem parda
com pequenas faixas negras nas asas e cauda, e o ventre mais
claro. Seus vários nomes populares são: Camacilra, Camaxilra,
Camaxirra, Cambaxilra, Carriça, Carricinha, Corruíra,
Cutipuruí, Curupuruí, Garriça, Garricha, Garrincha. Realiza
curtos voos à procura de larvas, aranhas e insetos.
Mede entre 10 e 12 centímetros. Seu canto trinado,
alegre e melodioso, é ouvido principalmente no começo da
manhã. Enquanto ela se move sobre construções ou na
vegetação, emite sem parar um som rouco e baixo, diferente
do seu trinar característico. Ocorre em todos os habitats
abertos e semiabertos, aparecendo rapidamente em clareiras
abertas em regiões florestadas.
Habita também os arredores de casas e jardins, inclusive
no centro de cidades, e ocupa ilhas na costa marítima, cerrados,
a caatinga, borda de matas e margens de banhados. Em alguns
casos costuma entrar nas casas e fazer seus ninhos em telhados,
e até em caixas de lâmpadas ou de tomadas sem lacres.
Come insetos pequenos (besouros, cigarrinhas,
formigas, lagartas, vespinhas) e pequenas aranhas, larvas,
algumas frutas pequenas, sementes e, às vezes, até filhotes de
lagartixa.

JF/JFJr
40. Gavião-carcará/Carcará

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O Carcará (Caracara plancus) é uma espécie de ave de


rapina da ordem Falconiformes, Família Falconidae. Mede cerca de
50 a 60 centímetros de comprimento (da cabeça à cauda) e sua
envergadura é de aproximadamente 130 centímetros. Habita o
centro e o Sul da América do Sul. Também é conhecido pelos
nomes: Carancho, Caranjo, Caracaraí e Gavião-de-queimada.
Ele não é uma águia, mas um parente distante dos falcões. Tem
bico alaranjado, com a ponta cinza. Seu corpo é quase todo
marrom, sendo brancas suas bochechas, nuca e garganta.
Tem uma barra branca na ponta de cada asa, que se
torna visível quando ele está voando. Habita os campos,
pastagens, alagados e áreas urbanas. Vive no Sudeste, Nordeste
e Brasil central. Alimenta-se praticamente de tudo: desde grãos
até pequenos vertebrados, além de carcaças de animais, etc.
41. Gavião Carijó
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Mede cerca de 36 centímetros. Seu corpo é quase todo


marrom, com barras brancas horizontais na barriga e verticais
no peito. Quando voa, mostra uma marca cor de ferrugem em
cada uma das suas asas. Chama a atenção por sobrevoar em
casais, até sobre cidades, batendo asas rapidamente e
vocalizando alto.
Seu habitat são os campos, capoeiras, áreas urbanas,
bordas de rios e alagados. Vive em quase todo o Brasil.
Alimenta-se de artrópodes, pequenos vertebrados e outras
aves.
O gavião-carijó (Buteo magnirostris ou Rupornis magnirostris)
também é conhecido pelos nomes de Anajé, Gavião-indaié,
Inajé, Ripino, Indaié, Gavião-pega-pinto e Pega-pinto, é um
gavião da família dos acipitrídeos, encontrado em diferentes
ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o
Brasil.
A espécie tem plumagem que varia de cinza a marrom e
negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das
primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela,
cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos
amarelos. Alimenta-se geralmente de insetos e aranhas, além de
pequenos vertebrados. No Brasil é a espécie de gavião mais
abundante.
O gavião-carijó vive em casais que constroem ninhos
com cerca de meio metro de diâmetro no topo de árvores. A
postura de 2 ovos é depositada sobre um revestimento de
folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período, de
cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho.
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42. Gavião-carrapateiro/Pinhém

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O Gavião-carrapateiro (Milvago chimachima) é uma ave da


ordem Falconiformes, da família dos falconídeos, mede cerca de 40
cm. Tem dorso, asas e cauda marrons e coloração creme nas
partes inferiores. Sua cabeça também é creme e tem uma listra
preta próxima aos olhos. Tem também uma listra branca em
cada asa que fica visível quando voa. Seu habitat são as áreas
abertas, pastagens, bordas de alagados e praias. Vive em todo
o Brasil.
Alimenta-se de parasitas externos de bovinos e equinos,
invertebrados, pequenos vertebrados, carniça e frutos. É
associado à pecuária, alimentando-se de carrapatos e bernes do
gado, além de lagartas, cupins e outros itens alimentares.
Também é conhecido pelos nomes de Caracará-branco,
Caracaraí, Gavião-caracaraí, Caracaratinga, Carapinhé,
Chimango, Gavião-pinhé, Papa-bicheira, Pinhé, Pinhém,
Chimango-branco, Chimango-carrapateiro e Chimango-do-
campo.
Esta espécie de gavião, assim como Caracara plancus, o
Carcará, é muito comum, inclusive em áreas urbanas, sendo
talvez a ave de rapina mais visível nas cidades brasileiras, com
exceção do urubu, por conta de sua abundância do seu voo
lento - que inclusive o torna alvo de ataques do bem-te-vi e
outras aves - e das suas vocalizações frequentes. Quando em
sobrevoo, emite um grito agudo que soa como "pinhé",
semelhante ao canto do gavião carijó (Rupornis magnirostris).
Alimenta-se de artrópodes, principalmente carrapatos,
frutos e, mais raramente, cadáveres; saqueia ninhos de outras
aves e captura pequenos vertebrados indefesos ou
depauperados. Constrói grandes ninhos, de ramos secos, em
palmeiras ou em outras árvores. Os ovos, de 5 a 7, são
redondos, pardo-amarelos com manchas pardo-vermelhas. A
fêmea encarrega-se da incubação e o macho fornece-lhe o
alimento durante tal período. Nos Falconiformes, o tempo de
incubação é de 4 a 8 semanas; após o nascimento dos filhotes
o macho continua a alimentar a fêmea e esta, por sua vez, os
filhotes. Habita pastagens, campos com árvores esparsas,
vizinhanças de cidades e margens de rodovias.
JF/JFJr
43. Gavião-de-penacho
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O Gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) é um gavião da


família dos acipitrídeos. É considerado como ameaçado de
extinção no Brasil, mas em outras partes do planeta não é tido
como espécie ameaçada. Outros nomes pelos quais é
conhecido: Apacanim, Inapacanim e Urutaurana.
Caça aves, pequenos mamíferos (ratos, mucuras) e
répteis (cobras, lagartos), que captura tanto no solo quanto nos
galhos da copa. Realiza voos de acasalamento um ou dois
meses antes do início da postura dos ovos, quando a fêmea
permanece em poleiros nas proximidades do ninho, construído
no topo de árvores com alturas que variam de 16 a 30 metros,
normalmente em bifurcação primária ou secundária. O ninho
é uma imensa plataforma de galhos secos que ultrapassam um
metro de comprimento e largura.
No Brasil, a época reprodutiva se inicia em agosto com
os trabalhos de retoque do ninho. A postura é de único ovo,
com incubação de 48 a 51 dias. A fêmea fica responsável pela
incubação no ninho sendo alimentada pelo macho, como
acontece com outras espécies do gênero e outras águias de
grande porte. O filhote abandona o ninho com mais de oitenta
dias, mas permanece no território reprodutivo e dependendo
dos pais por cerca de quinze meses, fazendo com que haja um
intervalo de pelo menos dois anos entre uma reprodução e
outra.
Espécie incomum, habita florestas primárias densas,
bordas de florestas e florestas de galeria. Tornou-se raro na
Mata Atlântica. Encontrado com maior frequência próximo à
clareiras naturais. Existe em todo o Brasil, bem como em toda
América Latina.
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44. Gaviãozinho/Cricri/Quiri-quiri

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Gaviãozinho (Accipitridae), também conhecido como


Crici ou Quiri-quiri, é considerado a menor ave de rapina do
Brasil. Encontrado em quase todo o país, geralmente associado
a áreas campestres e borda de matas. Exímio predador, fica
sempre à espreita e captura pequenos animais, especialmente
lagartos e pequenas aves; com menor frequência consome
também insetos. Mede, em média, 20 centímetros ou um
pouco mais de comprimento, e pesa em média 95 gramas (as
fêmeas pesam um pouco mais).
De coloração predominante branca, dorso cinza escuro,
região frontal da cabeça e laterais próximos aos olhos de cor
creme-amarelado, penas primárias e secundárias com pontas
brancas. Os pés são amarelos e o bico é cinza; a íris varia do
castanho ao vermelho. Em menor frequência, insetos,
roedores e outros pequenos animais. Caça a partir de um
poleiro; pousa no alto de postes e árvores de onde espreita suas
presas. Constrói o ninho com gravetos, semelhante a uma
plataforma, localizado entre 4 e 7 m de altura; macho e fêmea
participam da construção do ninho. Coloca 3 ovos que são
incubados entre 34 e 35 dias. Raramente reaproveita o mesmo
ninho. Vive em beiras de rios e lagos, campos com árvores
esparsas e em algumas áreas urbanas, especialmente no
entorno de cidades.
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45. Inhambu-chintã/Lambu-chitão
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Inahmbu-chintã ou Inambu-pé-roxo

A Inhambu-chintã ou Inhambu-xintã (Crypturellus


tataupa), popularmente conhecido como, Pé-roxo, Bico-de-
lacre, Chitão, Nhambu-xintã, Inamu-xintã, Lambu, é uma ave
de ampla distribuição geográfica no Brasil (habita o Nordeste,
Centro-oeste, Sudeste e Sul), Peru, Bolívia, Paraguai e
Argentina. Ocupa um biótopo intermediário entre a floresta
alta e a capoeira. Seu canto consiste numa sequência de notas
rápidas e descendentes. Seu aspecto e dimensões
(aproximadamente 23 centímetros) situam-se entre as do
Inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris) e as do inhambu-
guaçu (Crypturellus obsoletus) – o Inhambu-guaçu existe na Mata
Atlântica e na Região Amazônica.
Alimenta-se de sementes e insetos. Há
pouco dimorfismo entre os sexos, tendo a fêmea o bico
vermelho-carmim intenso, e maior porte. O macho tem o bico
escurecido na ponta e vermelho esmaecido na base (imagem
ao lado). A vocalização entre os dois sexos também é
diferenciada. O nome Inhambu-xintã procede do guarani
antigo “ynambûtimĩtã”, que significa "inambu do bico
avermelhado".
Como todo tinamídeo, possui capacidade limitada de voar
pela pequena envergadura das asas, mas é uma ave muito
arisca. Do tupi vem o nome popular “Inhambú: o que levanta
o voo rumorejando”, devido ao fato de emitir um barulho
característico ao levantar voo. Sua postura consiste em 4 ou 5
ovos em ninhos no chão, camuflado entre ramos e folhagens.

46. Inhambu-Chororó/Inhambuzinha

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Inahmbu-chororó macheo e Inahmbu-chororó fêmea.

O Inhambu-chororó ou Inhambu-Chororó (Crypturellus


parvirostris) Xororó Inhambu-xororó, Inambu-xororó, Nambu-
xororó, Nhambu-xororó, Inamu-xororó, Inhambuzinha,
Lambuzinha e Sururina, é o menor do gênero
(aproximadamente 19 centímentros). Habita os campos
“sujos”, capoeiras, divisas de pastos, plantações (milho, sorgo,
algodão e café, entre outras). Também é conhecido como
Inhambu-mirim, Espanta-boiada, Inhambuzinho e Nambú-
pé-vermelho. Como a maioria dos tinamiformes, é mais ouvido
do que visto; são aves difíceis de serem fotografadas. É um
dos tinamiformes mais comuns do Brasil, após a codorna-
amarela (Nothura maculosa).

Muito semelhante ao inhambu-chintã, possui o corpo


marrom avermelhado (pálido), com parte do dorso, ventre e
barriga acinzentados. Garganta do mesmo tom do peito. Pés
avermelhados e bico avermelhado. Sua vocalização consiste
numa sequência de notas em escala descendente, pio longo
(Exemplo: pio longo) ou também pio curto (pio curto). As
fêmeas, além de pouco maiores que os machos, possuem o
bico totalmente vermelho-carmim. Nos machos o bico possui
a ponta enegrecida. Sua postura, tal qual a Inhaambu-Chitão,
consiste em 4 ou 5 ovos em ninhos no chão, camuflado entre
ramos e folhagens.
47. Jacu

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O Jacu é uma ave craciforme (anteriormente galliforme), do


gênero Penelope. Esse gênero contém quinze espécies. O grupo
é encontrado na América Central e América do Sul, onde
habita zonas de florestas. No Brasil, recebem o nome popular
de Jacu ou Cujá; nos Estados Unidos da América de Guans, e
nos países de língua espanhola, de Pava. Sete espécies ocorrem
no Brasil. São aves de grande porte, que podem atingir 85 cm
de comprimento. A cauda é longa e arredondada, bem como
as asas. O pescoço é relativamente longo e termina numa
cabeça pequena. A pele em torno dos olhos está exposta e tem
uma cor azulada, na maioria das espécies.
Tem um papo vermelho e saliente na zona da garganta.
A plumagem é uniforme e escura, em geral preta (ou uma cor
chumbo) e com um aspecto escamado. Este efeito é produzido
pelas penas do dorso e peito, que são debruadas a branco. Eles
têm patas avermelhadas.
Sua alimentação é a base de frutos, folhas e animais
invertebrados. Os jacus têm preferencias pelo fruto, folhas e
brotos do murici e da caneleira, e agem como dispersor de
sementes para diversas palmeiras. Apesar de seu porte, voa e
se esgueira agilmente entre a densa vegetação das copas das
árvores, deslocando-se de manhã e no final da tarde em busca
de frutos de espécies nativas, como a jabuticaba, a pitanga, a
amora e a embaúba (Cecropia spp.) ou mesmo exóticas, como o
jamelão ou o caqui, atuando como um importante dispersor de
sementes, mesmo em florestas secundárias.

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48. João-bobo/Zé-bobo/Maria-boba/ Chacuru/ Jacuru/
Tamatiá/ Dorminhoco/Capitão-de-bigode

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São conhecidas duas subespécies: a Nystalus chacuru chacuru


(foto à esquerda) e a Nystalus chacuru uncirostris (foto à direita)

O nome científico deste pássaro é (Nystalus chacuru).


Nomes populares: dorminhoco, João-bobo, Jacuru, Zé-tolo,
Maria-boba, Tamatiá, Capitão-de-bigode, Apara-bala.
O João-bobo (e seus demais nomes populares) é uma
ave galbuliforme da família Bucconidae. O hábito de ficarem
imóveis, mesmo com a aproximação de pessoas, deu-lhe
nomes que identificam com a mansidão e falta de malícia nas
pessoas. Essa sua estratégia dificulta a detecção, em virtude da
sua camuflagem, mas facilita o abate, vindo daí o nome de
Apara-bala ou João-bobo. Além dos nomes citados é também
conhecido pelos nomes comuns de Chicolerê, Colhereiro,
Curuvira (norte de GO), Dormião, Fevereiro, Jacuru, Jucuru,
Macuru, Paulo-pires, Pedreiro, Rapazinho-dos-velhos, Sucuru
e Biquinho-de-sabonete (norte de MG).
Seu nome científico significa: do (grego) nustalos =
sonolento; e do (guarani) chacuru = nome indígena guarani para
esta ave. O significado final é “Sonolento chacuru” ou
“Chacuru sonolento”. Mede entre 21 e 22 centímetros de
comprimento e pesa entre 48 e 64 gramas.

A cabeça é grande em relação ao corpo, com os tons


negros e cinza amarronzados fazem forte contraste as áreas
brancas ao redor do olho e bico, de cor avermelhada. A coleira
branca da nuca liga-se ao tom cinza claro das partes inferiores,
em contraste com o dorso amarronzado. A cauda é longa e
fina, com uma série de listras finas mais escuras. Pousado,
quase não se vê os pequenos pés. Íris amarelada. Espécie sem
dimorfismo sexual.
49. João-de-Barro

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O João-de-barro ou forneiro (Furnarius rufus) também


chamado Uiracuiar e Uiracuité (de origem tupi-guarani Gwirá,
"pássaro" e Ku'ya, "cuia/abrigo"), é uma ave Passeriforme da
família Furnariidae. É conhecido por seu característico ninho de
barro em forma de forno, também chamado de casa-de-joão-
de-barro (característica compartilhada com muitas espécies
dessa família). É a ave símbolo da Argentina, onde é chamado
de Hornero e tido como "Ave de la Patria", desde 1928.
Mede cerca de 20 centímetros de comprimento. Possui
o dorso inteiramente marrom avermelhado. Vive geralmente
aos casais. Canta em dueto nos arredores do ninho tremulando
as asas, com uma sequência de notas extremamente estridentes.
Habita em paisagens abertas, como campos, cerrados,
pastagens, ao longo de rodovias e em jardins. Alimenta-se de
cupins, formigas, larvas e outros invertebrados. Aproveita
restos alimentares humanos, como pedaços de pão.

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50. João-garrancho/João-de-pau

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O João-garrancho, João-graveto ou João-de-pau


(Phacellodomus rufifrons) é uma ave passeriforme, campestre, da
família dos furnariídeos, encontrada no Brasil, Bolívia, Paraguai
e Argentina. Mede cerca de 16 cm de comprimento, dorso
marrom, partes inferiores esbranquiçadas e fronte vermelha. É
encontrada no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Dentre os
nomes já citados, também é conhecida pelos nomes de
Carrega-madeira, Carrega-pau, Casaca-de-Couro e Teutônio.
Vive aos pares ou em pequenos grupos familiares,
alimentando-se de insetos obtidos na vegetação arbórea ou no
solo, sob emaranhados de folhas caídas e capim entrelaçado.
Constrói ninhos enormes com gravetos (razão do nome
comum). Os gravetos são relativamente grandes para o
tamanho do passarinho. O casal atua em parceria na
construção da casa, que será utilizada durante todo o ano pelos
dois e pela ninhada (mesmo após voar) como local de abrigo.
Ao terminar o primeiro ninho, o casal continua colocando
material e construindo outros, em sequência. Com isso, o galho
de apoio começa a pender e a ficar coberto de material,
destacando-se na paisagem. Em casos extremos, o ninho chega
a 2 metros de comprimento. A câmara incubatória é forrada
por grossa camada de penas, paina, etc., de formato esférico.
O ninho geralmente localiza-se em árvores isoladas, na
extremidade de galhos flexíveis, que acabam por vergar com o
excesso de peso. Sua construção pode ocorrer com a
participação de todo o grupo e não apenas do casal. Põe 3 ovos.
Na verdade, um ninho grande costuma funcionar como uma
espécie de condomínio, com câmaras diferentes, nas quais
chocam as várias fêmeas do bando.
51. Juriti/ Juriti Pupu

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É uma pomba de tamanho médio, tem a parte superior


castanho-acinzentada, peito cinzento-claro, testa e barriga mais
claras e cauda de ponta branca. Pernas e pés vermelhos.
Alimenta-se principalmente a partir de grãos. O nome
científico é Leptotila, género de aves da família Columbidae.
Conhecida popularmente de Juriti, Juruti e Jeruti.
52. Lavadeira-mascarada

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A Lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta), também


conhecida como Lavandeira, Lavadeira ou Noivinha, é uma
espécie de pássaro sul-americana pertencente a família dos
tiranídeos. O seu habitat é, preferencialmente, junto a rios,
riachos, lagoas, parques e jardins, nos centros urbanos.
Desloca-se constantemente até o chão, mesmo barrento, em
busca de alimento. É ave de espaços abertos e se alimenta de
insetos.
Mede cerca de 15 centímetros. Sua coloração branca e
preta é quase inconfundível. O macho possui as costas
levemente mais escuras que a fêmea. Costuma surgir no início
da manhã à procura de poços ou piscinas, onde acostumou-se
a se banhar. Aparece quase sempre em grupos de dois ou três
indivíduos. Possui um canto curto e agudo. Em determinadas
situações, abre as asas e as movimenta abrindo-as e fechando-
as rapidamente, quando seu canto passa a apresentar ritmos e
tons mais complexos. Seu comportamento indica um grau de
confiança em relação ao ser humano, pois costuma permitir
aproximação quando não há indícios de qualquer ameaça.
53. Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado

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A Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado é uma ave


passeriforme da família Tyrannidae. Também chamada de
Maria-tola, Mané-besta, Tonto, Tontão e Sibitão. Esta espécie
é denominada popularmente de Maria-cavaleira-de-rabo-
enferrujado, devido à cor ferrugínea que suas retrizes e rêmiges
apresentam.
Mede aproximadamente 22 centímetros e é cerca de 1/3
maior do que as outras espécies do gênero, apresenta as penas
da cauda com um largo bordo marrom na parte interna (os
filhotes do gênero possuem uma faixa estreita nas duas
margens e ponta). Nas asas fechadas, há uma linha marrom
avermelhada nas penas de voo da parte mais externa. Essas
características necessitam de condições favoráveis para serem
notadas, por exemplo, quando a ave abre as asas ou a cauda.
Possui a parte inferior amarela, a garganta cinza e as partes
superiores castanhas. O bico é todo negro. Difere das outras
espécies pelo pequeno topete e pela ausência de manchas
brancas ao redor dos olhos.
Mantém-se pousada abaixo da copa, seja em matas ou
em áreas abertas. Usam desde as árvores altas até o sub-bosque
das florestas, bem como vivem nas áreas de cerrado aberto.
Está presente em todo o Brasil. Alimenta-se de insetos e frutos.
Faz o ninho, escondido em cavidades de árvores ou cactos,
confeccionado com pequenos ramos, pelos de mamíferos e
muda de pele de serpente. Nele são postos 3 ovos branco-
amarelados com manchas violetas.
54. Neinei

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O Neinei (Megarynchus pitangua), também chamado Bem-


te-vi-do-bico-chato, Bem-te-vi-do-bico-largo, Bem-te-vi-do-
mato-virgem, Pitangaçu e Pitanguá, é uma ave da família
Tyrannidae. É encontrado do México à Argentina e em quase
todo o Brasil.
"Bem-te-vi-do-bico-chato" e "Bem-te-vi-do-bico-largo"
são referências à sua semelhança anatômica com o Bem-te-vi e
ao seu bico achatado. "Pitanguá" e Pitangua vieram do tupi
pitã'gwá. "Pitangaçu" veio do tupi pitanguá-açu. Megarynchus é
um termo grego que significa "bico grande".
Medindo aproximadamente 23 centímetros quando
adulto, é uma ave migratória que se assemelha ao Bem-te-vi
(Pitangus sulphuratus), porém com bico extremamente largo e
achatado, e com vocalização é diferente.
Vive em florestas, paisagens abertas com árvores
esparsas, cerrados e, mais recentemente, tem sido encontrado
em áreas urbanas, de preferência onde haja água. Alimenta-se
de frutos, artrópodes e, ocasionalmente, também de peixes.
Seu ninho é pequeno e construído com ramos secos em partes
altas de árvores isoladas. A fêmea põe de 2 a 3 ovos.
55. Papa-Capim-costas-cinzas/Cigarrinha

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As diferenças entre a coloração do macho e da fêmea segue o


mesmo padrão do Curió, resguardando as suas peculiaridades.

Mede cerca de 10 cm. O macho possui um capuz preto


na cabeça, contrastando com as partes superiores oliváceas e
com as partes inferiores amareladas. As fêmeas possuem cor
parda, a mesma cor dos filhotes. Reúne-se em grupos fora do
período reprodutivo, misturando-se frequentemente a outros
pássaros que se alimentam de sementes, inclusive com aos
canários. Está presente em grande parte do Brasil. Alimenta-se
principalmente de sementes.

O Papa-capim-de-costas-cinzas é uma ave passeriforme


da família Thraupidae. Conhecido também como Florestal e
cabEça-de-coco no interior de São Paulo, Patativa no interior
da Bahia, e Coleiro-mineiro devido ao fato de ser mais comum
na região de Minas Gerais. Seu nome científico, Sporophila
ardesianca, significa: do (grego) sporos semente; philos que gosta,
amigo; e do (latim) ardesiacus com cor de ardósia: Significa ave
que gosta de sementes e que tem cor de ardósia. Possui peito
branco e a cabeça e o pescoço cinzento-escuros, o que lhe
confere o formato de uma carapuça. Pode ser confundido com
o baiano que se distingue por ter um cinza-esverdeado nas
costas e na carapuça, e amarelo no peito, mais comum do Brasil
Central, Norte e Nordeste. Seu canto sofre variações regionais.

JF/JFJr

A fêmea é de coloração parda.


56. Papagaio-verdadeiro/Papagaio-comum

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Amazona aestiva, conhecido vulgarmente como


Papagaio-verdadeiro, Ajuruetê, Papagaio-rego, Ajurujurá,
Curau, Papagaio-comum, Papagaio-curau, Papagaio-de-fronte-
azul, Papagaio-boiadeiro, Trombeteiro. "Ajuruetê" vem
do tupi ayurue'tê, "ajuru verdadeiro. "Papagaio-de-fronte-azul"
é uma referência a sua fronte azul.
O papagaio-verdadeiro é principalmente um papagaio
verde com cerca de 45 centímetros de comprimento e pesa
cerca de 400 gramas. Tem penas azuis na testa, acima do bico
e amarelo na cara e coroa. Distribuição do azul e amarelo varia
muito. A cor da íris dos adultos é amarelo-laranja no macho ou
vermelho-laranja na fêmea. Destaca-se um fino anel externo
vermelho. Os indivíduos jovens têm íris marrom uniforme. O
bico é negro no macho adulto. É uma das espécies mais
inteligentes de ave do planeta. Sua expectativa de vida é de
oitenta anos. Os papagaios-verdadeiros também costumam
repetir o que ouvem das pessoas com as quais convivem.
Existem duas raças no Brasil: Amazona aestiva, com asa
vermelha, e Amazona aestiva xanthopteryx, com penas pequenas
superiores e a cabeça amarelas. Além disso, há importantes
variações individuais em ambas as raças, como o padrão facial
e da quantidade e intensidade de cor amarela e vermelha no
ombro. As espécies sem nenhum amarelo na cabeça e o ombro
totalmente verde são conhecidos sendo do Norte a Oeste da
Argentina.
57. Pássaro-preto/Graúna/Assum-preto

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O Gnorimopsar chopi, popularmente conhecido como


Graúna, Pássaro-preto, Assum-preto, Cupido, Chico-preto,
Arranca-milho, Melro ou Craúna, é uma espécie de ave da
família Icteridae. Mede cerca de 25 centímetros.
É inteiramente negro incluindo pernas, bico, olhos e
penas, daí um de seus nomes populares: pássaro preto. Trata-
se de um dos pássaros de voz mais melodiosa deste país. A
fêmea também canta. Não possui dimorfismo sexual. Habita
áreas agrícolas, pastagens, áreas pantanosas, plantações com
árvores isoladas e matas ralas. Vive normalmente em pequenos
grupos que fazem bastante barulho. Come frutos, sementes,
insetos, aranhas e outros invertebrados.
Põe em média 4 ovos em ninhos geralmente construídos
em buracos de árvores ou em ninhos abandonados de outras
aves. Sua incubação é de 14 dias. Os filhotes permanecem em
média 18 dias no ninho. Com 40 dias podem ficar
independentes dos pais. Não há dimorfismo sexual ou etário,
pois machos e fêmeas cantam, e os jovens são como os adultos.
No Nordeste ocorre a graúna (Gnorimopsar chopi sulcirostris),
bem maior que o pássaro-preto. Devido ao nome chopi,
presente na identificação científica, essa espécie recebe
erroneamente o nome de Chopim ou Gaudério (da espécie
Molothrus bonariensis): em que o macho é azul-escuro de
tonalidade de metálica, e a fêmea preto fosco.
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58. Pega/Gralha-do-campo

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Subespécies da Pega: basicamente as diferenças estão na coloração, combinando


branco com preto e preto-azulado, no bico, peito, costas e rabo.

A pega (pronuncia-se “pêga”), gralha-do-campo


(Cyanocorax cristatellus), é um pássaro esperto e barulhento. Ela
pertence ao grupo dos pássaros canoros e tem canto variado,
mas sua voz não é muito agradável de se ouvir. Uma
característica comum a todas as subespécies é a elevada
inteligência. Ela consegue, por exemplo, esconder objetos e
depois lembrar onde os colocou para recuperá-los. Em alguns
países, ela é criada como pássaro de estimação. É da família
dos corvídeos, à qual pertencem o corvo, a gralha e o gaio.
Existem diversas espécies e subespécies de Pega. Entre as mais
comuns estão a Pega-eurasiana e a Pega-do-bico-preto.
As pegas vivem na Europa, na Ásia, na África e no
Continente Americano. Esses pássaros constroem ninhos em
árvores altas, mas precisam de campos abertos próximos para
se alimentar. Por esse motivo, geralmente são encontrados na
beira das florestas. A Pega-eurasiana e a Pega-do-bico-preto
atingem até 46 centímetros de comprimento. As duas espécies
possuem uma longa cauda negra e são quase totalmente pretas,
a não ser pela barriga branca e pelas pintas brancas nas asas. À
luz do sol, as asas e a cauda têm brilho esverdeado ou azulado.
Diversos tipos de Pega, encontrados em geral na Ásia,
têm penas azuis ou verdes.

Basicamente esse pássaro se alimenta de flores, frutos e


invertebrados presentes em árvores seja em suas bordas ou
copas. O pássaro tem como foco sugar o néctar das flores de
maneira que faz com que elas sejam abertas com auxílio do seu
bico. Mas também pode se alimentar de insetos, animais
mortos, ovos e filhotes de outros pássaros. Quando encontra
alimento em excesso, ela esconde uma parte para comer mais
tarde.

Na região de Lagoinha, município de Montes Claros-


MG, nos áureos anos em que a região se destacava pela
produção de abacaxis, esse pássaro era o terror dos
cultivadores do fruto; alguns produtores utilizavam
espantalhos (que não funcionavam muito bem, já que se trata
de pássaro muito inteligente e, na maioria das vezes, percebe
que se trata de objeto estático) e outros costumavam soltar
fogos de artifício na direção da plantação, quando ouviam o
canto dos pássaros se aproximando, para assustá-los.
59. Peixe-frito-pavonino

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O peixe-frito-pavonino (Dromococcyx pavoninus) é


uma espécie de ave da família Cuculidae. Pode ser encontrada
na América do Sul. Os seus habitats naturais são as florestas
subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, além de
regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude. A
cabeça e a crista da espécie são marrom-enferrujado e a
plumagem remanescente é principalmente castanha escura na
parte superior e mais pálida na parte inferior. Seu supercílio,
garganta e peito tem cor amarela clara.
O nome vem de uma alusão se que faz à entonação do
seu canto em comparação a um grito humano dos termos
“peixe-frito”, isto é, supostamente o pássaro diz esses termos
enquanto canta (fenômeno definido pela Psicologia como
“Pareidolia”, que é o mesmo que faz o indivíduo ver supostas
imagens humanas e de outros seres e objetos na formação das
nuvens no espaço celeste, na visão de árvores dispersas numa
paisagem, em morros, etc.).
O peixe-frito se alimenta de minhocas e outros insetos.
Seu canto é ouvido com frequência no período de agosto a
dezembro, período de procriação. Coincide o seu cantar
constante com o início das chuvas na Região Sudeste, razão
pela qual há uma crença, especialmente no interior de Minas
Gerais, de que quando ele canta está chamando as chuvas, que
não tardarão com o seu chamado.
60. Perdiz

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A ave da espécie Rhynchotus rufescens, é conhecida


no Brasil como Perdiz, Perdigão (sul do Brasil) ou Inhambupé
(Nordeste do Brasil). Ave da família dos Tinamídeos, de pequena
distribuição geográfica no Brasil. Mede entre 38 e 42
centímetros de comprimento. O macho pesa entre 700 e 920
gramas e a fêmea, um pouco maior pesa entre 815 e 1040
gramas de peso. É a maior espécie campestre pertencente à
família Tinamidae.
A perdiz é uma ave terrícola, normalmente solitária que
voa muito pouco e quando em voo, apresenta um voo curto,
pesado e barulhento. É capaz de alçar um voo em casos de
perigo para escapar de predadores. Esse voo consiste em um
salto acompanhado de um longo plainado através dos campos
(limitado a cerca de 3 tentativas sucessivas, após se cansa),
onde volta novamente ao solo, local de sua preferência.
A cabeça é coroada com uma pequena crista negra, que
sempre é visível especialmente em machos no período de
acasalamento. Seus lores são de cor bege e a região auricular é
marrom escuro. O pescoço e o peito são de coloração canela
mais escuro na porção superior. O ventre é de coloração,
castanho claro barrado. O dorso é escuro, fortemente barrado
de marrom escuro e bege. As asas são mais claras que o dorso
e apresentam listras marrons, cinza e branco. Em voo, notamos
que as primárias são de coloração castanha. O bico é longo e
ligeiramente curvado para baixo. A mandíbula apresenta a
coloração cinza claro e a maxila é esbranquiçada. A íris é de cor
verde claro e a pupila é negra. Os tarsos e pés com seus três
dedos são de coloração cinza claro. Suas penas de voo são
avermelhadas, característica única nessa família.
Não apresenta dimorfismo sexual aparente durante maior
parte do ano. Na estação reprodutiva notam-se machos com
menor tamanho e pescoço bastante fino. Os machos
apresentam ainda inchaço bastante evidente da região de
cloaca, ficando fácil a identificação no período.
Os indivíduos jovens têm uma mistura de cor marrom
acinzentado, porém mais apagado que a dos indivíduos
adultos.
61. Periquitão-maracanã

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O (Psittacara leucophthalmus) também é conhecido como


Periquitão-maracanã ou Maritacão. Tem em média 32
centímetros de comprimento – possui a cabeça com forma
“oval”. Coloração geral verde com os lados da cabeça e
pescoço com algumas penas vermelhas, apenas as coberteiras
inferiores pequenas da asa são vermelhas, sendo as grandes
inferiores amarelas, chamando muito a atenção em voo.
Habita florestas úmidas, semiúmidas, pântanos, florestas
de galeria e palmares de buriti nas planícies. Não frequenta
regiões com rios de águas escuras, e em geral encontra-se em
terras baixas. Dormem coletivamente em variados lugares.
Existe em quase todo o Brasil. Alimenta-se de frutos e
sementes.
62. Periquitinho-vassoura/Tuim
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Ave psitaciformes do género Forpus. Tem cerca de 12


centímetros – É a menor ave da família dos papagaios e
periquitos no Brasil, com o corpo todo verde, um pouco mais
escuro nas costas. O bico é pequeno e cinza claro. A cauda
curta forma a silhueta característica e diferencia o tuim do
periquito. Vivem em par ou em bandos de até 20 tuins e
sempre que pousam, se agrupam em casais. Habitam as bordas
das matas ribeirinhas, mata seca e cerradões. Vive no Nordeste,
Sudeste, Sul do Brasil e também no alto Amazonas. Come
Sementes e frutas. Costuma fazer seus ninhos em buracos em
troncos de árvores e casas do João-de-barro abandonadas.
Curiosidade: Realiza o chamado allopreening:
comportamento social onde indivíduos de determinada espécie
executam a limpeza em outro indivíduo pertencente ao seu
grupo social.
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63. Periquito-da-caatinga/Maritaca/Jandaia-amarela

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O Periquito-da-caatinga, cujo nome científico é


Eupsittula cactorum, que significa “periquito bom que gosta de
cactos”, também é conhecido popularmente como Curiquinha,
Periquitinha, Jandaia, Gangarra, Griguilim, Guinquirra,
Grengueu, Papagainho, é uma espécie de ave da família
Psittacidae. Habita principalmente a região do Nordeste
brasileiro, mas também podem viver em áreas como Minas
Gerais e Goiás. É encontrado na caatinga e no cerrado.

Mede cerca de 25 centímetros e pesa 120 gramas; sua


característica principal é o corpo e a cabeça verde
amarronzado, pescoço verde oliva, asas verdes com as pontas
azul real, peito laranja e a barriga amarela. Em torno dos olhos
há um contorno de cor branca, o bico é cinza fosco, os pés são
rosas acinzentados, a íris é castanho-escuro, ao redor do olho
existe uma lista redonda laranja, que diminui quando emite
algum som.
Esta espécie é sociável, inteligente e muito ativa, e
também consegue emitir algumas palavras. E tem vários
hábitos de um Psittacidae, como o de levantar suas penas e ficar
balançando a cabeça para cima e para baixo quando irritada.

Costumam voar em bandos de 6 a 8 indivíduos, sempre


vocalizando um som parecido com “krik-krik-krik-krik”.
Utilizam poças de água para se banhar e beber juntamente com
o restante do bando. Gostam de fazer carícias uns aos outros
para demonstrar amizade, frequentemente é encontrado
também em casais no período reprodutivo. A alimentação
preferida dessa espécie é o milho verde das plantações
domésticas. Com um bico apropriado, essa ave rasga a palha
da espiga do milho ainda no caule, e come parcialmente os
grãos do milho verde. Esse é seu alimento preferido para criar
sua prole. Por causa desse hábito, a ave é muito perseguida por
caçadores, sendo abatidas sob o pretexto de que elas são
"danosas" à plantação de milho.

No seu habitat natural alimentam-se de frutas, brotos e


sementes. Gostam especialmente de frutas, vegetais, bagos e
principalmente de umbu (fruto do umbuzeiro) uma árvore
típica de áreas áridas da caatinga, outras frutas nativas também
servem como alimento, tais como o fruto do mandacaru.

São aves monogâmicas, ou seja, tem um parceiro ou


parceira durante a vida inteira. Costumam criar cavidades e
fazer seus ninhos em cupinzeiros ativos, sendo que os insetos
não atrapalham o casal e nem a prole. A entrada é bem discreta,
o que contribui para a sua segurança.
JF/JFJr

Cupim utilizado para o ninho do periquito-da-caatinga


64. Periquito-de-encontro-amarelo/Periquito borrador

Divulgação

O periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) é


uma ave psittaciforme da família Psittacidae. Também conhecido
como periquito-de-asa-amarela, periquito-borrador e
periquito-estrela. Seu nome científico significa: do (grego)
brotogërus = com voz humana; e do (guarani) chiriri = nome
indígena para esta ave: Periquito chiriri com voz humana.

Apresenta uma faixa amarela nas coberteiras superiores


das rêmiges secundárias de cada asa, isto é, na região superior
das asas, e uma coloração amarelo-esverdeada em sua face. Os
indivíduos adultos medem de 22 a 23,5 centímetros de
comprimento, a cauda 10 centímetros e as asas cerca de 12,5
centímetros. Possui bico resistente e de cor branco-
amarronzada, com o qual parte seu alimento. Ao redor de seus
olhos escuros, existe uma delimitação branca formada apenas
pela pele. Possui difícil diferenciação sexual.
Estas aves podem ser encontradas em campos de
vegetação baixa, ilhas de matas intercaladas, matas ciliares,
cerrados e cerradões. Adaptou-se aos ambientes urbanos, onde
se tornou muito comum. No território nacional, ocorre desde
o Sul ao extremo do Pará. Alimenta-se de frutos, sementes,
flores e néctar.

Divulgação
65. Periquito-rei/Jandaia-coquinho/Maritaca-da-cabeça-
vermelha

Divulgação

A Jandaia-coquinho (nome científico: Eupsittula aurea),


ou Periquito-rei é uma espécie de ave da ordem dos psittaciformes
e da família psittacidae. No Brasil a ave também é conhecida
também como: Periquito-estrela, Jandaia-estrela, Aratinga-
estrela, Jandaia, Ararinha, Maritaca e Maracanã-de-testa-
amarela (no Amapá).
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou
tropicais úmidas de baixa altitude, savanas áridas, campos de
gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais
sazonalmente úmidos ou inundados e florestas secundárias
altamente degradadas. São frequentemente vistas em bandos.
Também se desloca com bastante velocidade, fazendo uma
série de rápidas batidas com as asas, intercaladas com outras de
asas fechadas.
Prefere se alimentar das sementes encontradas nas frutas
do que suas polpas e usa os pés para segurar o alimento
fazendo uma pequena incisão com o seu bico no fruto.
Normalmente se alimentam de mangas, jabuticabas, goiabas,
laranjas, mamões, mulungus, tapiá, tanheiro, laranja, banana,
caju e sementes de palmeira (coquinho). Tmbém come flores e
insetos. Há registro de boa aceitação, como alimento, de
painço branco, painço vermelho, painço preto, painço verde,
alpiste, aveia, senha e milho verde cru.
Seu amadurecimento sexual é de 2 anos e o período em
que o periquito-rei se reproduz é de 4 meses, de setembro a
dezembro. Normalmente fazem seus ninhos em troncos ocos
de arvores ou palmeiras, mas também se utiliza de buracos em
rochas erodidas, até mesmo barrancos e cupinzeiros. Esses
cupinzeiros geralmente têm forma esférica e são encontrados
em árvores do cerrado, entre 1,5 e 5,0 metros de altura. O
ninho do Periquito-rei não interfere na vida dos cupins, pois
eles ocupam uma parte do cupinzeiro que não foi escavada
pelas aves e selam as galerias expostas.
Em pouco menos de 2 meses, os filhotes deixam o
ninho. No período da incubação, a fêmea precisa de pouco
menos de 1 mês para incubar os seus ovos, e não deve ser
perturbada. A postura da ave fêmea é de somente 03 a 04 ovos,
algumas vezes podem estar infecundos ou os filhotes morrem
dentro do ovo, podem fazer até três posturas por ano.
66. Pica-pau-branco

JF/JFJr

O Pica-pau-branco (Melanerpes candidus) é um pica-pau


campestre, presente em quase todo o Brasil, Bolívia, Argentina,
Paraguai e Uruguai. Tal pica-pau possui a cabeça e partes
inferiores brancas, asas e cauda negras, e ventre amarelado.
Também é conhecido pelos nomes de Bilro, Birro, Birro-
branco e Cri-cri. Geralmente são vistos em pequenos grupos
forrageando em áreas de cerrado aberto e florestas secas.
Mede cerca de 24 a 27 centímetros de comprimento.
Tem penas de voo sendo preto-acastanhadas acima e a parte
inferior das asas preto-acinzentadas. A coroa, a face, a garupa
e a barriga são brancas, às vezes com algum sombreado
amarelo. O macho tem o peito e a nuca amarelados, o que falta
à fêmea, e ambos os sexos apresentam uma certa quantidade
de amarelo na barriga. Uma estreita faixa preta vai de trás dos
olhos até a nuca. Há um anel nu de pele amarela ao redor do
olho, que tem uma íris amarelada. O bico é longo e cinza, mais
pálido perto da base e as pernas são cinza. Os espécimes
juvenis são mais castanhos e menos brilhantes do que os
adultos, com as áreas claras a serem amareladas em vez de
brancas. O anel orbital nos juvenis é cinza em vez de amarelo,
e ambos os sexos podem ter um pouco de amarelo na nuca.
É encontrado em altitudes de até cerca de dois mil
metros. Ele não é migratório, mas propenso a fazer
movimentos de curta distância. Habita bordas de floresta,
floresta aberta e seca, savana arborizada, matagal com árvores
dispersas, plantações, pomares, parques e manguezais. É
oportunista e adaptável, sendo visto nos subúrbios da cidade.
Grupos de até dez espécimes às vezes podem ser vistos
voando com batidas de asas flexíveis em procissão. A
alimentação é variada e inclui frutos, frutos silvestres e
sementes, sendo a ave um importante agente dispersor de
algumas espécies de sementes. Ele forrageia em grupos
familiares barulhentos e também invade ninhos de abelhas
selvagens e vespas, alimentando-se de insetos adultos, larvas e
mel. Reproduz-se entre setembro e novembro. Às vezes, pode
nidificar em comunidade, mas não existem muitos registros
sobre seus hábitos de reprodução.
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67. Pica-pau marrom
JF/JFJR/Divulgação

O Pica-pau marrom é o nome popular de uma


subespécie das aves pertencentes à família Picidae da ordem
Piciformes. Seus hábitos são semelhantes às congêneres. São
facilmente identificáveis pelo hábito de tamborilar (bater com
o bico na superfície de um tronco) produzindo um som
mecânico muito característico, utilizado na comunicação entre
indivíduos da espécie, como demarcação de território e atração
sexual. Possuem ampla distribuição pelo país. Alimentam-se
principalmente de artrópodes, adultos e larvas, mas consomem
também alguns frutos, sementes e néctar de flores.
Como os demais Pica-paus, tem a capacidade de escalar
árvores, para escavar e obter a sua alimentação através da sua
língua longa e dotada de diversos tipos de pontas modificadas.
Eles retiram seu alimento do tronco de árvores. Na época da
procriação escavam troncos em cujos furos constroem seus
ninhos; esses buracos, costumam ser utilizados posteriormente
por outros pássaros e outros animais para ninhos e abrigo. Suas
unhas fortes e curvas ficam agarradas no substrato enquanto
procuram e exploram as cavidades onde as larvas de insetos
estão abrigadas, com seu bico pontiagudo, forte e flexível. A
língua móvel e cheia de muco captura o alimento.
A escavação dos ninhos (em troncos não muito duros)
a bicadas, cujo impacto em seu corpo é minimizado devido à
existência de uma articulação diferenciada entre a maxila
superior e o crânio que permite o músculo do local absorver e
dissipar parte do impacto. Com o ninho pronto, a fêmea coloca
os ovos que serão incubados pelo casal durante cerca de 15
dias. Os filhotes abandonam o ninho quando ainda não são
capazes de voar, permanecendo em galhos próximos por
alguns dias ainda. O Pica-pau marrom é de tamanho pequeno,
mede cerca de 18 centímetros. É encontrado em caatingas,
mata seca, chapadas, etc.
68. Pica-pau-do-campo

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O Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris) é um


grande pica-pau sul-americano que mede cerca de 32 cm de
comprimento. Tem costas e asas marrons listradas de branco,
peito e laterais do pescoço amarelos, boné preto e garganta
preta ou branca, de acordo com a raça geográfica.
Também é conhecido pelos nomes de Chanchã,
Chanchão, Pica-pau-de-manga e Pica-pau-malhado. Habita
zonas de pastagens, savanas, matas, chapadas. Geralmente é
visualizado aos pares caçando pequenos artrópodes sobre o
solo ou escavando troncos em busca de alimento. Podendo
também viver em pequenos bandos.
Apresenta um canto forte e plumagem com manchas de
um amarelo vivo próximo à face, que se estende pelo pescoço
até o peito; o restante da plumagem é barrada de branco e
preto. Podem fazer ninhos em buracos feitos, pelo casal, em
barrancos moirões e troncos de árvores.
69. Pica-pau-verde-barrado

JF/JFJr

O Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros), mede


cerca de 26 centímetros de comprimento. O tom esverdeado
da plumagem ajuda na camuflagem. Apresenta plumagem de
coloração avermelhada na porção superior da cabeça e nuca,
porção frontal com plumagem preta, o corpo é barrado e as
penas apresentam uma coloração amarelo-esverdeada que
auxilia na camuflagem da espécie em meio a vegetação. Na
cabeça, chama a atenção a divisão característica entre vermelho
e preto, única entre os pica-paus, destaca a grande área branca
da região dos olhos. Os machos têm pequeno bigode vermelho
na base do bico.
Vive em matas de galeria, cerrados, caatingas, campos
com árvores e na borda de florestas. Sua presença em áreas
urbanas vem se tornando cada vez mais comum. Vive
praticamente em todo o país. Come formigas, cupins, larvas de
insetos (principalmente besouros). Come também frutos
carnosos, principalmente no inverno, quando diminui a
quantidade de insetos. Os filhotes nascem nus e cegos e são
alimentados pelos pais, que regurgitam uma massa de insetos.
Assim como pica-pau-do-campo, apresenta uma língua
pegajosa especialmente adaptada para captura de formigas e
cupins, costuma demarcar território executando barulhos com
o bico em cascas de árvores, troncos, etc.

JF/JFJr
70. Pomba-asa-branca/Pomba-verdadeira

JF/JFJr

A Pomba-verdadeira (Patagioenas picazuro) é uma ave


encontrada no Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Argentina.
Normalmente encontrada em campos cerrados e bordas de
florestas. É chamada em algumas regiões de Asa-branca,
Pomba-asa-branca, mas também recebe outros nomes, como
Pomba-verdadeira, Pomba-carijó, Pomba-pedrês, Pomba-
trocaz, Jacaçu, Pombão, Pomba-trocal. Elas montam seus
ninhos, com 5 a 10 centímetros de diâmetro, com poucos
gravetos bem entrelaçados, nas laterais ou na copa das árvores.
Alimentam-se de grãos e sementes. O macho, emite um
som mais grave e pode medir até 34 centímetros de
comprimento; a fêmea chega até 30 cm. A fêmea põe de um
ovo (em casos raros põe dois ovos) que são chocados por 19 a
20 dias pelo casal. Algumas características distintivas são o anel
avermelhado ao redor dos olhos, o colar incompleto escamoso,
a pele cinza e azul no pescoço e as asas cinzas com a listra
branca que explica seu nome popular. Com população
atualmente em crescimento, seu estado de preservação é
considerado como pouco preocupante, ou seja, não corre risco
de extinção.
JF/JFJr
71. Pomba-galega

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Pomba-galega (nome científico: Patagioenas cayennensis) é


uma espécie de ave da família Columbidae. Mede cerca de 32
centímetros. É também conhecida como Pomba-dourada
(litoral sul paulista), Pocaçu, Pomba-pocaçu, Pomba-santa-
cruz, Pomba-legítima, Pomba-mineira, Pomba-gemedeira,
Pomba-do-ar e Zuleica (São Paulo).
O alto da cabeça, pescoço, manto e peito são da cor
vinho. O restante da plumagem é cinza-azulado, a nuca tem
reflexos metálicos. As pontas das retrizes (penas da cauda) são
pardo-claras. Vive na orla de matas, pousa sobre árvores
isoladas e nas margens dos rios. Associa-se em bandos fora da
época de reprodução. Presente em todo o Brasil. Alimenta-se
de grãos e frutos.
72. Pomba-amargosa

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A Pomba-amargosa (Patagioenas plumbea) é uma ave


columbiforme da família Columbidae. Conhecida também como
Caçaroba, Guaçuroba, Picaçuroba, Capaçuroba, Picaçu e
Pomba-selvagem. Seu nome científico significa: do (grego)
patageö = barulho, barulhento; e oinas = pomba; e do (latim)
plumbea, plumbeus, plumbum = com cor de chumbo, cinza opaco,
chumbo: Pombo barulhento cor de chumbo.
Mede cerca de 34 centímetros de comprimento e pesa
230 gramas. Seu tamanho é avantajado e a cauda é longa e larga.
Seu colorido é cinza-plúmbeo-róseo é quase uniforme, com
pequenas manchas claras e apagadas na base do pescoço
posterior. Possui um canto forte formado por cinco sílabas
bem distintas: “ku ku-ku ku ku”.
É granívora e frugívora. Para comer, costuma descer ao
solo. Tem o hábito de comer erva-de-passarinho, o que torna
sua carne amargosa. No auge da reprodução sobrevoa a
floresta em exibição, quando sobe bem a prumo e desce a
seguir em espirais, para empoleirar-se em outro galho.
Comumente fica na copa de florestas úmidas, bordas de
florestas e capoeiras altas e grotões. Vive solitária ou aos pares,
congregando-se em grupos em árvores frutíferas. Permanece
oculta na copa e é difícil perceber sua presença, a não ser que
cante. Não costuma pousar em locais abertos.
73. Quero-quero

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O quero-quero (Brasil) ou abibe-do-sul (Portugal)


(Vanellus chilensis), também conhecido por Tetéu, Téu-téu,
Teréu-teréu e Terém-terém, é uma ave da ordem dos
Charadriiformes, pertencendo à família dos Charadriidae.
O quero-quero é uma ave de porte médio a pequeno,
com 32 a 38 centímetros de comprimento e 300 a 320 g de
peso. Não há dimorfismo sexual. Quando adulto, ostenta
esporões no ângulo das asas, usados como arma de ataque e
defesa. Tem plumagem negra orlada de branco na testa e na
garganta, e uma larga área negra no peito. Do topo da cabeça e
lados do pescoço, até o dorso, é cinza, podendo ter um tom de
marrom ou azul. As escápulas têm cor de bronze, as penas
externas das asas passam dos tons acinzentados junto ao corpo
até o branco, terminando em um azul-escuro quase negro. Por
dentro as asas são brancas com extremidades do mesmo tom
escuro. A cauda repete o mesmo padrão, mas possui uma fina
faixa branca na extremidade. O abdômen é branco, a íris do
olho é vermelha, o bico passa do vermelho ao negro na ponta,
e as patas são avermelhadas.
Tem um penacho fino de cor cinza ou negra na região
posterior da cabeça. As subespécies apresentam como
distinção ligeiras variações nessas características. Os recém-
nascidos possuem uma penugem esparsa cinza-escuro ou
castanha pintalgada de negro, já apresentando a típica mancha
negra no peito, com o dorso do pescoço e o baixo ventre
esbranquiçados.
Costuma viver em banhados e pastagens; é visto
frequentemente longe d’água e em espaços gramados como
campos de futebol. Vive em todo o Brasil. Alimenta-se de
invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama.
Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.
74. Rolinha
JF/JFJr

Rolinha-cinzenta/Rolinha-Picuí/Rolinha-de-São José/Rolinha-pajeú

Rolinha é uma ave da família Columbidae, mesma


subfamília dos pombos. É conhecida também como Pomba-
rolinha ou Pomba-rola. Suas várias espécies e subespécies
podem ser encontradas em todo o Brasil, e é uma ave famosa
pelo fato de que pode ser encontrada em áreas urbanas e rurais
indistintamente.
Uma das espécies menos conhecidas é a Rolinha-do-
planalto que é uma pequena pomba com aproximadamente 17
centímetros de comprimento e sua cor predominante é
castanho com algumas penas azuis – essa espécie está
seriamente ameaçada de extinção.
As espécies e subespécies mais comuns, normalmente
são vistas em campos sujos, campos cerrados e cerrados.
Também são observadas nos campos de arroz depois de serem
ceifados. Aparecem isoladas ou aos pares. É uma ave endêmica
do Brasil. Merecem destaque as seguintes: Rolinha-picui,
Rolinha-fogo-apagou, Rolinha-caldo-de-feijão.

75. Rolinha-do-planalto
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Rolinha-do-planalto

A rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) é uma das aves


mais raras do mundo, e que se encontra gravemente ameaçada
de extinção. Após mais de meio século sem registro sem
registros de sua ocorrência, foram descobertos 12 indivíduos
de sua espécie em 2015. Os indivíduos descobertos são
protegidos pela Reserva Natural Rolinha-do-planalto e pelo
Parque Estadual de Botumirim-MG.
76. Rolinha-parda/Rolinha-caldo-de-feijão

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77. Rolinha-pedrês

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Rolinha-pedrês ou Rolinha-fogo-apagou
78. Risadinha

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O Risadinha (Camptostoma obsoletum) é uma ave


Passeriforme da família Tyrannidae. Também conhecido como
Alegrinho, Assovia-cachorro, Miudinho (PE) e Papa-
mosquito. Uma das aves mais comuns nos mais diversos
ambientes. Ocorre desde a Floresta Amazônica até área de
campos com arbustos de todo o país, adaptando-se a
ambientes urbanos com alguma arborização. Mede cerca de 10
centímetros de comprimento.
A cabeça é um pouco mais acinzentada do que as costas,
levemente esverdeadas. Costuma eriçar as penas do alto da
cabeça, formando um semi-topete. Alimenta-se de
invertebrados e frutos. Quando eriça o topete pode-se notar a
faixa clara ladeada de duas faixas cinza escuro. Costuma mantê-
lo semiereto. Listra superciliar clara notável, com um fio escuro
atrás do olho. Barriga amarelada, com o peito cinza.
Vive em campos e nos campos de cultura com árvores.
Espécie encontrada na folhagem entre 5 e 15 metros de altura,
dependendo do tipo de vegetação. Está sempre se
movimentando, desde a copa das árvores mais destacadas até
próximo ao chão. Vive em todo o Brasil.

JF/JFJr
79. Sabiá-laranjeira/Sabiá-peito-roxo

JF/JFJr

O sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) é uma ave comum


na América do Sul e o mais conhecido de todos os sabiás,
identificado pela cor de ferrugem do ventre e por seu canto
melodioso durante o período reprodutivo. Segundo o Decreto
de 3 de outubro de 2002, as comemorações nacionais do Dia
da Ave devem se concentrar no Sabiá-laranjeira, "símbolo
representativo da fauna ornitológica brasileira e considerado
popularmente Ave Nacional do Brasil". É símbolo do Estado
de São Paulo desde 1966.
Este sabiá mede 23 centímetros de comprimento, tem o
bico reto de cor amarelo-oliva, as patas cinzas, o olho negro
circundado finamente de amarelo e a penugem do dorso de um
tom uniforme marrom-acinzentado. A garganta é
esbranquiçada rajada de marrom, o peito é cinza-pardo, que vai
mudando para um alaranjado opaco no ventre. Não há
dimorfismo sexual significativo, mas as fêmeas tendem a ser
maiores que os machos e um pouco mais claras no ventre. A
existência de colorações aberrantes, incluindo albinismo, não é
rara, mas é pouco citada na literatura. A causa disso não é bem
esclarecida, mas pode estar ligada a alterações no seu meio
ambiente ou mutações genéticas.
Habita originalmente florestas abertas e beiras de
campos, mas como é uma espécie bastante adaptável penetrou
com sucesso nas áreas de lavoura e cidades, exigindo, porém, a
proximidade de água. É visto com frequência percorrendo o
solo, mas nunca longe das árvores. É uma ave territorial mas
relativamente tímida, e seu canto melodioso, aflautado e
frequente logo denuncia sua presença, podendo ser ouvido a
mais de 1 km de distância. Seu canto é longo, podendo durar
até dois minutos sem interrupção. A frase principal tem de 10
a 15 notas, mas ele é capaz de imitar as vocalizações de outras
aves como o curiango e o joão-de-barro e assimilar trechos em
seu próprio canto, em inúmeras variações. Canta
principalmente no período reprodutivo, antes do amanhecer e
ao anoitecer, para atrair a fêmea e demarcar seu território.
O ninho é feito entre setembro e janeiro em arbustos,
árvores de folhagem densa e cachos de banana, empregando
fibras e gravetos ligados por um pouco de lama, num formato
de tigela funda. Por dentro são revestidos de materiais mais
macios como hastes de flores e capim. Põe de 3 a 4 ovos verde-
azulados, pintados de sépia, que medem 28 x 21 mm. Os
filhotes nascem após treze dias de choco, recebendo atenção
de ambos os pais. Em três semanas podem deixar o ninho.
Cada fêmea choca três vezes por ano e pode gerar até 6 filhotes
por temporada. O sabiá-laranjeira pode viver até dez anos na
natureza.
Sua nutrição se compõe basicamente de artrópodes,
larvas, minhocas e frutas maduras. Pode se tornar um predador
importante de sapos e rãs logo que deixam a fase de girino. É
um importante dispersor de sementes das espécies frutíferas
que consome, pois ou regurgita as sementes em outros locais
ou elas saem em suas fezes fertilizantes e com isso se tornam
mais aptas à germinação. Como outras espécies de sua família,
pode se reunir em bandos mistos que empregam diferentes
estratégias para melhorar suas chances de boa alimentação, o
que lhe confere uma vantagem adaptativa para ocupação de
áreas degradadas e urbanas.
Não há na literatura especializada muitos registros de
inimigos naturais do sabiá-laranjeira, mas já foi observado que
o tucano Ramphastos dicolorus preda sabiás jovens e até
exemplares adultos. Em meio urbano o gato doméstico é um
importante predador. Em algumas regiões está ameaçado pela
destruição do habitat e pelo tráfico de animais silvestres.
JF/JFJr
80. Sabiá-branco/ Sabiá-poca

JF/JFJr

O Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) é uma espécie de


ave passeriforme da família TurdiIdae que vive na América do
Sul. Seu comportamento é parecido com o do sabiá-laranjeira,
mas é menos terrícola e vibra a cauda de uma forma
característica (pouco notável no outro). Mede cerca de 24,5
centímetros de comprimento. O bico é amarelo nos machos, e
preto nas fêmeas e nos indivíduos jovens. A cabeça e o dorso
são pardo-oliváceos, a garganta é clara com faixas escuras, o
peito acinzentado e o ventre esbranquiçado.
Possui ampla distribuição em florestas e pradarias da
América do Sul, na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai,
Peru e Uruguai. É comum em florestas, pradarias arborizadas
e colinas abertas, bem como em habitats humanos como
jardins e parques urbanos.
O ninho, com forma de taça fica bastante alto, apoiado
nos galhos. É construído com galhos finos e raízes, com algo
de barro, revestido por dentro com fibras vegetais. Nele a
fêmea põe três ovos verde-azulados com manchas cinzentas.
Alimenta-se principalmente de frutos e invertebrados. Busca
frutos carnosos, que constituem a base de sua dieta, tanto os
pequenos, que pode engolir inteiros (até o tamanho de uma
azeitona); os frutos maiores, costumam bicar para abri-los e
consumir sua polpa. Como os outros sabiás, é um excelente
dispersor de sementes das plantas que consome.
JF/JFJr
81. Sabiá-do-campo/ Galo-do-campo/Sabiá-coco/Techo

JF/JFJR/

Sabiá-do-Campo é uma ave passeriforme da família


Mimidae. Também conhecida como Tója, Tejo-do-campo,
Calhandra, Arrebita-rabo, Galo-do-campo, Papa-sebo, Sabiá-
levanta-rabo, Sabiá-conga ou Sabiá-poca. Esté último nome é
evitado pelos ornitólogos para não causar confusão com outro
sabiá de mesmo nome (Turdus amaurochalinus). O Sabiá-do-
Campo (Mimus saturninus) é uma ave famosa por seu vasto
repertório de cantos, que incluem imitações de outras espécies.
Seu nome científico significa: do (latim) mimus = mimica,
imitar; e saturninas = sombrio, cinzento, cor de chumbo:
Imitador cinzento.
O peito do Sabiá-do-Campo e o ventre são branco-
amarelados. As asas, a cauda, o dorso e o alto da cabeça tem
tons acinzentados. A faixa branca na altura dos olhos,
destacada pela listra preta, ajuda na identificação. O alimento
preferido dessa espécie é, principalmente, de invertebrados e
frutos, bem como de filhotes de outras aves retirados dos
ninhos. Dentre os invertebrados, os insetos (formigas, cupins,
besouros) constituem a maior parte das presas. Os frutos
podem ser silvestres (neste caso de pequeno tamanho,
engolidos inteiros) ou cultivados, como banana, mamão,
laranja e abacate.
As sementes não são digeridas, e atravessam intactas o
tubo digestivo. A ave atua, assim, como dispersora das
sementes dos frutos que ingere. A maior parte do alimento é
obtida enquanto o Sabiá-do-Campo caminha pelo solo. Outros
métodos de alimentação com presas animais são menos
frequentes, como a captura de insetos em voos a partir de
poleiros elevados, ou com saltos a partir do solo. Frutos são
coletados pela ave empoleirada; frutos de grande tamanho,
cultivados, podem ter parte de sua polpa consumida após
caírem ao solo.
O Sabiá-do-Campo constrói seu ninho em forma de
tigela, algumas vezes sobre outros ninhos maiores
abandonados. Onde são postos de 3 a 4 ovos verde-azulados
com manchas cor de ferrugem. Além do casal, mais um ou dois
pássaros do bando (possivelmente crias de anos anteriores)
revezam na atividade de chocar os ovos.
A incubação dura entre 12 e 14 dias, e os filhotes
tornam-se independentes em média com 13 dias de vida.
Eventualmente choca ovos de outros pássaros. Espanta
qualquer outro pássaro que se aproxime do ninho. Entre julho
e dezembro é a época de reprodução.
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82. Saí-Azul

JF/JFJR/ Divulgação

O Dacnis cayana é conhecido, popularmente, por Saí-azul


ou Saí-bicudo, é uma ave passeriforme da família Thraupidae.
Mede aproximadamente 13 centímetros de comprimento e
pesa, em média, 16 gramas. Apresenta acentuado dimorfismo
sexual: o macho é azul e negro, com as pernas vermelho-claras,
enquanto a fêmea é verde, com a cabeça azulada e pernas
alaranjadas. Habita matas ciliares e abertas, plantações no
interior de matas e jardins. Alimenta-se de néctar e insetos.
Vive em casais ou pequenos grupos. No interior da mata
fechada, costuma ficar na copa das árvores, mas quando está
na borda da floresta, ou em jardins, forrageia a poucos metros
do solo. Realiza manobras de forrageio acrobáticas,
pendurando-se nos galhos com frequência. Também visita
bebedouros para beija-flores.
O ninho é uma taça profunda, feita de fibras finas,
colocado de 5 a 7 m do solo, entre as folhas externas de uma
árvore. A construção do ninho é tarefa da fêmea, que é
protegida pelo macho contra intrusos. Os 2 ou 3 ovos são
esbranquiçados ou branco-esverdeados com manchas cinzas-
claras e são incubados pela fêmea. Durante este período ela é,
às vezes, alimentada pelo macho. Os filhotes são alimentados
pelo casal e permanecem no ninho cerca de 13 dias.
JF/JFJr
83. Saíra-Amarela

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A Saíra-amarela, Tangara cayana, é também conhecida


popularmente por Saí-amarelo ou Saí-de-asas-verdes, é uma
ave passeriforme da família Fringillidae. Mede
aproximadamente 15 centímetros de comprimento. Possui
plumagem de coloração amarelo-prateado e uma notável
máscara negra, que é diferente em algumas subespécies ou
raças. A fêmea é mais pálida e não possui a cor negra. As asas
apresentam uma coloração verde-brilhante em ambos.
Vive em capoeiras, cerrado, podendo ser encontrado em
quintais. Ocorre das Guianas e Venezuela à Amazônia, Brasil
central e Nordeste até o Paraná e Paraguai. Existem várias
subespécies de saíras-amarelas, que se dividem em dois grupos
principais: o grupo de cayana do Norte e Oeste e o grupo de
flava do Sul e Leste (a subespécie huberi da ilha de Marajó é
intermediária entre os dois grupos principais). Os machos do
grupo cayana têm uma coroa laranja-avermelhada, máscara
preta e partes inferiores de creme com um tom azulado distinto
na garganta e no peito. Já os machos do grupo flava têm uma
coroa laranja-lustre e partes inferiores lustrosas com uma
mancha preta que se estende da máscara, sobre a garganta e o
tórax central, até o meio da barriga. Os machos de ambos os
grupos têm asas e cauda azul-turquesa. Nas fêmeas o preto é
restrito a uma "sombra" mal demarcada de uma máscara.
Habita matas abertas e ciliares, áreas cultivadas, parques
e jardins. Vive aos pares ou em pequenos grupos. Ocorre em
todo o Brasil, porém em maior número na região Sudeste.
Alimenta-se de frutos e insetos como cupins e vespas.
84. Sanhaçu-cinzento/Sanhaçu-do-mamoeiro/sanhaçu-
azul

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O sanhaçu-cinzento (Thraupis sayaca), também é


conhecido como Sanhaçu-do-mamoeiro, Sanhaçu-azul ou
ainda Pipira-azul. É um pássaro da família Thraupidae, nativo da
Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai. É uma
das aves mais comuns do Brasil. Mede de 16,5 a 19 centímetros
de comprimento e pesa em média 42 gramas. Possui plumagem
cinzenta fosca e ligeiramente azulada, com partes inferiores
mais claras. As rêmiges são marginadas de um azul um pouco
mais pronunciado com reflexos verdes, próximo de azul-
turquesa, o mesmo efeito é encontrado nos ombros e nas
margens das tetrizes. Os indivíduos jovens têm uma cor mais
esverdeada-pardacenta.
Vive em matas abertas, capões, matas ciliares, zonas de
cultivo, matas degradadas ou em recuperação, e mesmo em
jardins e parques urbanos, tolerando climas de úmidos a
semiáridos. Pode viver em altitudes de mais de 3 mil metros,
mas usualmente ocupa áreas abaixo dos 2 mil metros. Vive
solitário ou em pequenos bandos. Os indivíduos dessa espécie
são muito competitivos na hora da alimentação. Consomem
frutas, flores, folhas, néctar, aracnídeos e insetos, que podem
ser capturados em pleno voo. No ritual de acasalamento o
macho agita os ombros para a fêmea. Nidificam em forquilhas
de árvores de copa densa, entre 1,5 e 9 m de altura. O ninho é
uma taça compacta feita de folhas, musgos e fibras, possuindo
um diâmetro de 11 centímetro. São postos de 2 a 3 ovos,
incubados pela fêmea. Após 12 a 14 dias emergem as crias, que
são alimentadas por ambos os pais. Com 20 dias de vida os
jovens alçam voo.
JF/JFJr
85. Sanhaçu-de-fogo/Canário-sangue-de-boi/ Tiê-sangue-
de-boi/Mãe-do-sol

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Sanhaçu-de-fogo macho (vermelho) e o Sanhaçu-de-fogo


fêmea (amarelo-claro e amarelo-esverdeado)

O Sanhaçu-de-fogo (Piranga Flava) é uma


ave passeriforme da família Cardinalidae. Também conhecido
como Canário-sangue-de-boi, Canário-do-mato, Queima-
campo, Mãe-do-sol, Canário-baeta, Canarinho-são-joão
(Minas Gerais) e Tiê-sangue-de-boi. Seu nome científico
significa: do (Tupi) Piranga = vermelho, do (Grego) Pyros =
fogo e, do (latim) flavos = amarelo dourado. Significado do
nome: vermelho fogo e amarelo-dourado.
Mede entre 17 e 19 centímetros de comprimento e pesa
entre 30 e 40 gramas. O Sanhaçu-de-fogo apresenta acentuado
dimorfismo sexual. O macho é facilmente identificado pelo
colorido vivo quase totalmente carmim. Apresenta a cabeça,
face, garganta, peito e ventre na coloração vermelha alaranjada.
Os lores são vermelhos-escuros. A íris é preta. O bico é forte,
robusto e negro. O dorso e as asas apresentam tonalidades
amarronzadas. Penas rêmiges são marrom-escuras. A cauda
apresenta as retrizes com a coloração vermelho-amarronzado.
A porção distal das retrizes termina em uma leve ponta. Toda
a parte ventral do Sanhaçu-de-fogo é vermelho alaranjado com
a coloração mais intensa do que aquela presente nas partes
superiores da ave. As pernas são cinza amarronzadas.

A fêmea é muito diferente, sua plumagem tem a mesma


distribuição de cores, mas as partes vermelhas alaranjadas do
sexo masculino são substituídas pela coloração amarelo-
esverdeada. A plumagem do indivíduo jovem se assemelha a
plumagem dos adultos, porém sua coloração é mais pálida,
apresenta estrias marrons, e barras alares acinzentadas.

O macho imaturo apresenta coloração mesclada de


vermelho alaranjado por sobre a plumagem amarela
esverdeada do indivíduo jovem. Esta plumagem intermediária
permanece por cerca de um ano.
86. Saracura

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Saracura-do-mato (esquerda) e Saracura-três-potes (direita)

Saracura-do-mato, também conhecida como Siricoia,


Saracura e Saracura-do-brejo. Esta ave mede entre 34 e 37
centímetros e costuma pesar aproximadamente 550 gramas. A
maior parte da penugem de sua cabeça e a parte de baixo do
seu corpo é um cinza mais azulado, enquanto pequena parte da
cabeça, nuca e a parte de cima de seu corpo é um cinza
levemente amarronzado; os seus olhos são cor vermelho-
carmim. Seu bico é verde-amarelado com base meio azulada.
A Saracura-do-mato, possui uma semelhança com
outras espécies, e pode ser visualmente confundida com a
Saracura-três-potes, Saracura-do-Mangue e Saracuruçu. O que
normalmente faz as pessoas se confundirem entre as quatro
espécies, é a extensão das partes cinza-azul e as partes com cor
de telha (cinza-amarronzado). A Saracura-três-potes e a
Saracura-do-mangue possuem o pescoço cinza e o peito e
a barriga em cor de telha, porém apenas a Saracura-do-mangue
possui a garganta na cor de telha, com sua nuca na cor
acinzentada. A Saracuruçu é similar à Saracura-do-mato (com
garganta e peito cinzas), mas sua barriga é marrom clara, e a
cor de telha de sua nuca atinge uma parte mais expressiva de
sua cabeça que na Saracura-do-mato.
Além dessas características na plumagem, é possível
observar que a Saracura-do-mangue e a Saracuruçu podem
apresentar uma coloração vermelho-alaranjada na parte
próxima da maxila superior, enquanto que a Saracura-três-
potes e a Saracura-do-mato não a possuem. Alimentam-se
principalmente de ovos da perereca-filomedusa também
consome pequenos anfíbios, insetos, brotos, capins, larvas,
invertebrados como minhocas, pequenos vertebrados,
pequenos peixes e crustáceos.

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Saracura-do-mangue (esquerda) e Saracuruçu (direita)


87. Seriema ou Siriema

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Siriema-de-pé-vermelho ou siriema-de-perna-vermelha,
elas convivem muito bem com os humanos.

As seriemas são aves grandes, de pernas e pescoços


longos. Elas medem de 70 a 90 cm pesando aproximadamente
1,5 kg. É encontrada em todo território brasileiro (onde é
conhecida como seriema ou siriema) e também na Argentina,
Bolívia, Uruguai e Paraguai. Em algumas regiões é chamada de
seriema-de-pé-vermelho ou seriema-de-perna-vermelha. No
Brasil, ela é encontrada principalmente nas regiões Nordeste,
Sudeste, Centro-Oeste e sul.
Existe também a seriema-de-perna-preta, ou seriema
preta como é chamada em algumas regiões. É endêmica da
região do Chaco, no Centro-sul da América do sul, na Bolívia,
Argentina e Paraguai. A seriema-preta tem bico curto e curvo,
e patas longas e poderosas. Ela vive normalmente em florestas
tropicais ou subtropicais secas e matagais tropicais ou
subtropicais secos.

JF/JFJr
88. Suiriri
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O (Tyrannus melancholicus), conhecido popularmente


como Suiriri, é uma ave da família Tyrannidae. A espécie se
reproduz desde o sul do Arizona e o baixo Vale do Rio Grande
do Texas nos Estados Unidos, através da América Central e da
América do Sul até o centro da Argentina e leste do Peru, além
de Trinidad e Tobago. As aves das áreas de reprodução mais
ao Sul ou mais ao Norte migram para lugares mais quentes
após a reprodução.
Um Suiriri adulto mede 22 centímetros de
comprimento, pesa 39 gramas e tem uma envergadura de asas
de 38 a 41 centímetros. A cabeça tem coloração cinza-pálido,
com uma máscara escura na altura dos olhos, coroa laranja e
um pesado bico cinza. As costas são verde-acinzentadas, e a
asa e a cauda são marrons. A garganta é mais clara, tornando-
se oliva no peito, com a área da barriga para baixo sendo
amarela. Os sexos são similares, mas os pássaros jovens têm
bordas amarelas claras nas coberturas das asas. São
monogâmicos. Na maior parte da distribuição da espécie, são
residentes permanentes e ficam juntos em pares o ano inteiro.
O habitat de reprodução da espécie é em áreas
semiabertas com árvores e arbustos, incluindo jardins e
acostamentos. Os Suiriris gostam de observar as suas
redondezas a partir de um poleiro aberto proeminente,
geralmente no alto de uma árvore, fazendo voos longos para
acrobaticamente pegar insetos no ar, às vezes pairando para
pegar comida na vegetação. Eles também comem frutos de
diversas espécies forrageando por estes mesmo em habitat
degradado.
Essas aves defendem agressivamente o seu território
contra intrusos, incluindo de espécies muito maiores como
tesourões, tucanos, carcarás ou gaviões. O macho e a fêmea
inspecionam juntos potenciais locais de nidificação antes de
selecionar o lugar, normalmente uma forquilha no alto de uma
árvore (até 20 metros de altura), mas às vezes apenas alguns
metros acima da água.
A fêmea constrói um ninho raso e volumoso de
aparência desleixada feito de vinhas, radículas, galhos, ervas
daninhas e gramíneas; é sem revestimento ou revestido com
pelos. Os ninhos medem cerca de 13 cm de largura e 7,5 cm de
altura, com o buraco interno de aproximadamente 7,5 cm de
largura e 4 cm de profundidade. A fêmea incuba de dois a
quatro ovos por aproximadamente 16 dias, e os filhotes
ganham penas em 18 ou 19 dias. Os ovos são esbranquiçados
ou rosa pálido com quantidades variáveis de manchas escuras.
O Suiriri é um dos habitantes mais difundidos e visíveis
de floresta aberta, bordas de mata, e terras agrícolas do
sudoeste dos Estados Unidos ao centro da Argentina. Como
resultado, essa espécie é considerada pouco preocupante e sua
população está aumentando; as estimativas globais da
população reprodutora do Suiriri é de cerca de 200 milhões. É
uma espécie considerada de baixa preocupação para a
conservação.
89. Tem-farinha-aí/Maria-farinha

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O Tem-farinha-aí (Myrmorchilus strigilatus), também é


conhecido como Formigueiro-pintalgado, Piu-piu, Tovaca,
Farinheiro, Farinha-seca e Maria-farinha. É uma espécie de ave
da família Thamnophilidae. É a única espécie do género
Myrmorchilus.

Pode ser encontrado no nordeste do Brasil até o norte


de Minas Gerais. Os seus habitats naturais são principalmente
florestas secas tropicais ou subtropicais. Tem a cauda longa e
costas marrons listrada de preto. A sobrancelha branca
contrasta com uma linha preta nos olhos. Os machos possuem
a garganta e parte superior do peito preto, enquanto as fêmeas
possuem a garganta esbranquiçada e o peito levemente listrada
de preto. Forrageia principalmente no chão e às vezes no sub-
bosque de florestas secas e arbustos.
Pássaro da família Thamnophilidae, da qual também fazem
parte por exemplo, o chorozinho-da-caatinga(Herpsilochmus
sellowi), o choró-boi(Taraba major) e a choca-barrada-do-
nordeste (Thamnophilus capistratus). Um indivíduo adulto atinge
comprimento total de 14,5 a 16 centímetros, e seu peso varia
de 23 a 26 gramas. Há dimorfismo sexual não muito acentuado:
em ambos os sexos, as partes superiores são de cor ferrugíneas-
claras estriadas de negro, asas alvinegras e as retrizes externas
com branco; enquanto que as partes inferiores são brancas,
destacando-se no macho a garganta negra e na fêmea o peito
estriado.
Alimenta-se de artrópodes, principalmente insetos
(categoria trófica-insetívoro) que encontra no solo e na
vegetação das florestas sazonalmente secas, como na caatinga
arbustiva e ou arbórea, sendo ela encontrada frequentemente
aos pares. Quanto ao habitat, é classificada como uma espécie
semidependente de ambiente florestal, ou seja, pode ser
encontrada transitando entre as matas fechadas e formações
vegetais abertas ou semiabertas. Seu ninho, do tipo cesto,
geralmente é feito com folhas secas e forrado internamente por
gravetos. O Piu-piu (M. strigilatus) é uma espécie residente no
Brasil e atualmente é classificado de acordo com o livro
vermelho da fauna brasileira como ameaçada de extinção na
categoria menos preocupante.
90. Tesoureiro/Tesourinha

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O Tesourinha (Tyrannus savana), conhecido


popularmente como Tesoura, Tesoureiro, Tesoureira,
Tesourinha ou Tesourinha-do-campo, é uma ave passeriforme
da família Tyrannidae. Mede aproximadamente 40 centímetros
de comprimento, incluindo a longa cauda bifurcada, que possui
cerca de 29 centímetros. A cabeça, a cauda e as asas são negras
e o meio do píleo tem coloração amarelo-enxofre. Apresenta
dorso acinzentado e partes inferiores brancas. Realiza uma
acrobacia em voo deixando-se cair em espiral, com a cauda
largamente aberta e a posição das asas lembrando um
paraquedas.

É visto em grande parte do Brasil, inclusive em Minas


Gerais. É insetívoro, alimenta-se de insetos que captura em
pleno ar, em voos acrobáticos que realiza a partir de um galho
onde fica empoleirado. Alimenta-se também de frutos. Vive
nos campos, restingas e cerrados. As fêmeas normalmente
põem de dois a três ovos. É ave migratória, que costuma
desaparecer das regiões frias durante o inverno.
91. Tico-tico/Tico-tico-rasteiro/Maria-judia

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O tico-tico (Zonotrichia capensis) é uma ave da ordem


Passeriformes, família Emberizidae. Distingue-se pela sua
coloração rajada de marrom, negro e cinza e pelo seu topete.
Tem uma larga área de ocorrência nas Américas que vai da
Terra do Fogo até o sul do México, evitando florestas densas.
No Brasil também é conhecido também como Maria-judia,
Salta-caminho e Jesus-meu-deus.

É um pequeno pássaro com 14 a 15 centímetros de


comprimento. Tem um bico curto e cônico, e a cabeça se
distingue por apresentar um pequeno topete e diversas listras
negras contra um fundo acinzentado. O pescoço é contornado
por uma faixa marrom-avermelhada que desce para a frente até
a altura do peito. O dorso é rajado de marrom-avermelhado e
negro. O ventre é acinzentado, com o papo mais claro. As asas
apresentam duas linhas esbranquiçadas pouco visíveis. Os
jovens têm uma coloração mais apagada e os padrões
cromáticos menos distintos. Não há dimorfismo sexual
evidente, mas as fêmeas costumam ser um pouco menores que
os machos.

Tem mais de vinte subespécies que apresentam


variações significativas, especialmente nas faixas da cabeça e
pescoço e no tom das cores por todo o corpo. As populações
mais ao Sul e as que habitam altitudes mais elevadas tendem a
possuir asas mais pontudas e menos arredondadas. Todas essas
diferenças são evidentes em seus extremos, mas se diluem num
continuum gradual entre as subespécies que habitam áreas
vizinhas.

Está presente em grande parte da América do Sul desde


a Terra do Fogo, seguindo para o norte em ilhas de ocorrência
até o México e ilhas do Caribe, em áreas que vão do nível do
mar até 4.500m de atitude. Habita campos, savanas, matas
abertas e beiras de lavouras, tolerando diversos tipos de clima.
Também habita zonas urbanas com baixa intensidade de
atividade humana. Sua abundância é afetada negativamente
com o incremento da urbanização. É mais numeroso na
metade sul da América do Sul. Não ocorre comumente em
florestas densas, como as da Bacia Amazônica e da Bacia do
Orinoco.

Alimenta-se principalmente de grãos, mas pode ingerir


também frutos, forrageando no solo ou perto de arbustos e
macegas que lhe oferecem proteção. Quando não está
forrageando, pode se reunir em grandes bandos que podem
incluir outras espécies de aves. Quando em cidades, tende a se
alimentar de restos de comida humana, o que pode fazê-lo
desenvolver doenças, como excesso de colesterol e glicose no
sangue.

Seu canto é conhecido popularmente pela sua


melodiosidade, com uma ou duas notas longas e ornamentadas
com trinados variáveis. As diferentes populações podem emitir
vocalizações bem caracterizadas, formando dialetos
reconhecíveis. O Tico-tico se tornou um pássaro estimado em
muitas regiões, tanto por seu canto como pela sua familiaridade
com os humanos, podendo conviver em áreas urbanas e perto
de habitações rurais.

Culturalmente é tido como pássaro vagabundo e sem


preconceitos: ele costuma invadir ninhos de outros pássaros
que, depois de sua insistência, abandonam esses ninhos; o
Tico-tico, então, choca seus ovos junto com os ovos deixados
pelos primeiros donos do ninho e cuida de todos os filhotes
como se seus filhos fossem. É comum ver Tico-ticos tratando
de filhotes bem maiores do que ele (adulto), especialmente de
Azulão-do-campo/Chupim – Há, porém, quem afirme que
sãos os Chupins que invadem os ninhos dos Tico-ticos, botam
seus ovos e deixam para que os donos do ninho os choquem;
essa afirmação parece ser a mais acertada e desfaz a pecha
cultural que que se criou contra os Tico-ticos.
JF/JFJr
92. Tiziu

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Ele salta de onde está pousado, faz uma pirueta no ar, enquanto entoa o
canto, e volta ao lugar de onde partiu para o salto: uma sequência de
evoluções para impressionar alguma fêmea que o esteja vendo.

O Tiziu (Volatinia jacarina) mede cerca de 10 centímetros


de comprimento. O macho é todo preto com brilho azul-
metálico, exceto por uma pequena mancha branca na parte
inferior das asas. As plumas muito brilhantes do macho
produzem sensações visuais de mudanças de coloração de
acordo com a luz refletida sobre ele. A fêmea é marrom-oliva
na parte superior, amarelo-amarronzado na inferior, com o
peito e laterais estriados de escuro.
São vistos com grande frequência, geralmente aos pares,
em áreas diversas: descampados, savanas e capoeiras baixas da
América do Sul, exceto no extremo Sul. Presente em todo o
Brasil. Alimenta-se principalmente de sementes de gramíneas,
mas também captura insetos.
Curiosidade: Possui canto curto, que emite enquanto
realiza uma série de pulos verticais, simultâneo à batida de asas,
enquanto canta. O salto com uma pirueta enquanto canta, e o
retorno em seguida ao lugar de onde partiu o salto, é parte do
ritual de acasalamento, é uma forma de impressionar a fêmea.
A fêmea põe de 2 a 3 ovos, de coloração azulada com
uns pontinhos de tonalidade marrom-avermelhada.
Os filhotes nascem após 13 dias de incubação e são
alimentados principalmente por cupins e formigas, dieta rica
em proteínas, indispensável ao desenvolvimento dos filhotes.
É de responsabilidade da fêmea o choco, o macho somente irá
levar o alimento a ela. Os filhotes são abandonados entre 35 a
40 dias após o nascimento.

JF/JFJr
93. Trinca Ferro
JF/JFJr

É uma ave passeriforme da família Thraupidae, que


ocorre no Brasil e países limítrofes, de coloração geral olivácea,
cabeça acinzentada, garganta ocre-clara, peito e abdome
cinzento-oliváceo, lavado de ocre no meio. Sua dieta baseia-se
em frutos silvestres e insetos, podendo alimentar-se também
de pequenos vertebrados, inclusive atacando ninhos de outras
aves para alimentar-se de ovos e filhotes. É uma ave
extremamente territorialista, o macho dominante, através de
seu canto extremamente alto, tenta manter afastado outros
machos que se aproximar do seu domínio. Na natureza, o
Trinca-Ferro é encontrado do Maranhão até o Rio Grande do
Sul. Devido a sua grande distribuição, ele acabou se dividindo
em cerca de oito formas de pássaros do gênero “Saltator”, e
praticamente todas são iguais.
O macho e a fêmea são idênticos, sendo o canto o fator
que os distingue. Em alguns casos a fêmea pode desenvolver
uma espécie de canto parecido com o do macho, mas não tão
alto, sendo perfeitamente distinguível. Não se sabe ainda o
motivo pelo qual algumas fêmeas desenvolvem este canto. Tal
fenômeno foi observado em aves mais velhas.
Seu período reprodutivo se dá entre agosto e fevereiro,
sendo que sua ninhada consiste normalmente em 2 ou 3
filhotes, podendo haver exceções. Seu habitat natural é a orla
das matas, dificilmente sendo encontrado em regiões de mata
fechada, preferindo viver em pé de serra ou no alto dos
morros, capoeira (vegetação). Seu tempo de vida, dura entre 15
e 28 anos.
94. Tucanuçu/Tucano/Tucanaçu/Tucano-boi

JF/JFJR/Divulgação

O Tucano (Ramphastos toco) mede cerca de 56


centímetros. Tem uma característica marcante: possui enorme
bico alaranjado, que mede cerca de 20 cm, com uma mancha
negra na ponta. Sua plumagem é negra, destacando-se o papo
e o uropígio brancos. Destaca-se também a área de pele nua de
cor laranja ao redor dos olhos e as pálpebras azuis. Ao dormir
vira a cabeça e descansa o bico nas costas. Habitam as matas
de galeria, cerrado, capões; única espécie da família
Ramphastidae que não vive exclusivamente na floresta.
Sua dieta consiste basicamente de frutas, insetos e
artrópodes, mas também costuma saquear ninhos de outras
aves e devorar ovos e filhotes. Comunica-se com chamados
graves, parecendo um pouco o mugido do gado (segundo
consta, veio daí o nome goiano de Tucano-boi).
É um animal que se alimenta de insetos, lagartos, ovos,
filhotes de outras aves e, principalmente, frutos. Seu hábito
alimentar é diurno. Costuma descer ao solo para aproveitar-se
dos frutos que estejam caídos.
Sua reprodução ocorre no final da primavera e a fêmea
bota de 4 a 6 ovos em ninhos localizados no alto dos troncos
das árvores. O casal se reveza na tarefa de chocar os ovos, os
quais eclodem entre 16 e 20 dias. Quando nascem, sua
aparência é desproporcional; seu bico é grande e o corpo,
pequeno; os olhos só abrem após três semanas e os pais cuidam
de seus filhotes até eles saírem dos ninhos, o que ocorre em
seis semanas. A coloração do bico só é definida meses após o
nascimento. O Tucano-toco ainda não é uma espécie ameaçada
de extinção, entretanto tem sido capturado e traficado para
outros países a fim de ser vendido em lojas de animais.
95. Tucão

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O Tucão (Elaenia obscura) é uma espécie de ave


passeriforme da família Tyrannidae. Pode ser encontrado na
Argentina, Bolívia, no Brasil, Equador, Paraguai, Peru e
Uruguai. Os seus habitats naturais são florestas subtropicais ou
tropicais húmidas de baixa altitude, regiões subtropicais ou
tropicais húmidas de alta altitude, matagal húmido tropical ou
subtropical e florestas secundárias altamente degradadas.
Também conhecido por Guaracava, Guaracava-de-óculos,
Guracava, Maria-tola e Tonto.
Mede cerca de 18 centímetros de comprimento. Espécie
silvestre de grande porte e com distinto anel periocular claro.
Seu píleo baixo não apresenta cristas e tem duas barras
amarelas nas asas. Sua dieta é essencialmente frugívora, isto é,
alimenta-se de frutos. Pode ser confundido com o Suiriri-
pequeno.
96. Urubu-de-cabeça-preta

JF/JFJr

O Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) é uma


espécie de ave catartiforme da família Cathartidae, pertencente ao
grupo dos abutres do Continente Americano. Deste grupo, é
uma das espécies mais frequentemente observadas, devido ao
fato de realizar voos planados em correntes térmicas a grandes
alturas e por possuir atividade durante todo o dia.
Mede cerca de 60 centímetros. Sua cabeça é pelada e
cinza escura. Seu corpo é todo negro, tirando seis penas
brancas que ficam nas pontas das suas asas e aparecem quando
voa. Gosta de vários tipos de ambientes, mas não gosta de
florestas. Vive em quase todo o Brasil. Não gosta muito de frio,
por isso é difícil de encontrar nos Estados do Sul.
Os Urubus-de-cabeça-preta fazem ninhos em terrenos
longe da presença humana, junto do solo e nunca são feitos a
mais de 50 cm de altura. Os ovos, de cor cinza ou verde-pálida,
são incubados por ambos os genitores durante 32 a 40 dias. Os
juvenis eclodem com plumagem branca e são alimentados por
regurgitação. Com o passar dos dias, os juvenis ganham uma
cor branco-rosada e penas um pouco azuladas. O primeiro voo
ocorre por volta das 10 a 11 semanas de vida e com cerca de 3
meses já têm a plumagem de adulto.
Alimenta-se de carcaças de animais mortos, lixo
orgânico e animais sem capacidade de defesa. Na natureza,
desempenha papel importante de ajudar o processo de
decomposição de animais mortos.
97. Urubu-rei

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O Sarcoramphus papa, popularmente chamado de Urubu-


rei, Urubu-real, Urubutinga, Corvo-branco, Urubu-branco,
Urubu-rubixá e Iriburubixá, é uma ave da família Cathartidae.
Habitante de zonas tropicais a semitropicais, desde o México à
República da Argentina. Habita todo o território brasileiro,
onde sua captura é proibida, pois é considerada uma ave
importante na limpeza do meio ambiente: quando muitos
animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a
controlar a epidemia comendo os animais mortos e
agonizantes. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho,
amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara-
esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com
plumagem branca e negra.
Possui uma envergadura de 2 metros e peso que oscila
de 3,5 a 5 kg, medindo cerca de 85 centímetros de
comprimento. Na natureza, tem poucos predadores naturais,
mas, devido à baixa reprodução da espécie e à degradação do
seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar.
Quando ele não encontra a carniça, espera que outros
urubus a achem, para, então, se alimentar. Essas espécies que
o acompanham na alimentação se afastam, devido ao tamanho
superior do Urubu-rei, dando a ele o aspecto de destaque entre
elas. Essas espécies nunca disputam alimento com ele,
esperando temerosos que ele se satisfaça para, então, comerem
o que sobra.
Tem até 3 vezes o tamanho das outras espécies. De
narinas vazadas, tem pernas cinza e garras longas e grossas,
possui uma crista carnuda e laranja, pendente no macho. O
Urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das
aves). Consegue apenas bufar. A cabeça e o pescoço do urubu
são implumes, não têm penas. Esta falta de penas é uma
adaptação de higiene: a falta de penas previne contra bactérias
das carniças e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do sol.
Raramente ele voa mais alto que 400 metros. Pode
enxergar uma presa de 30 centímetros no solo, mas prefere
animais grandes. Destaca-se dos outros urubus pelo desenho
branco e preto da asa e pela cauda muito curta, o que lhe dá
uma aparência arredondada em voo. Quando está
sobrevoando uma área, chama a atenção o contraste entre o
negro da cauda e asas com o corpo todo branco do adulto. Para
diferenciá-lo do cabeça-seca a grande altura, observe que a
cabeça e pescoço são pequenos e pouco notáveis, bem como
os pés não aparecem depois da cauda.
Ao contrário dos outros urubus, é todo negro até o sexto
mês de idade. A partir daí, começa a adquirir plumagem branca
amarelada do corpo; só as penas da cauda e as longas penas da
asa continuam negras. É um processo de até quatro anos de
duração. O pescoço é todo colorido, alaranjado ou vermelho.
Essas cores fazem um intenso contraste com o olho branco,
cor já exibida pela ave juvenil. O Urubu-rei não possui muitas
diferenças sexuais: o macho é levemente maior do que a fêmea.
Ao nascer, está coberto com uma fina penugem branca,
mantida nas primeiras semanas de vida.
Sua dieta é estritamente carnívora, mas nunca se
alimenta de animais vivos. Como consumidores de carne em
putrefação desempenham importante papel saneador,
eliminando matérias orgânicas em decomposição. São imunes,
aparentemente, ao botulismo. O suco gástrico dos urubus é
bioquimicamente tão ativo que neutraliza as toxinas
cadavéricas e bactérias, eliminando perigos posteriores de
infecção. Quando são alimentados em cativeiro com carne
fresca, são limpos e sem mau cheiro. Assim que avista uma
carcaça, mergulha rapidamente em direção ao solo e pousa nas
proximidades. Por mais fome que tenha, espera
cautelosamente durante uma hora. Então, convencido de que
não há nenhum perigo, come até mal poder se mover. De
barriga cheia, exala um cheiro forte, repugnante. E é
exatamente durante a alimentação que ele, normalmente de
hábitos solitários, é visto com outras aves de rapina,
principalmente urubus pretos (que mantêm distância dele).
Aparentemente, espera que os outros urubus encontrem
a carniça através do cheiro ou da visão. Quando as espécies
menores estão pousando para alimentar-se, esse
comportamento denuncia a presença de carniça e o Urubu-rei
aproveita-se disso para chegar à fonte de alimentação. Em
geral, um ou dois adultos, eventualmente algumas aves juvenis,
estão em uma carniça. Isso parece indicar a existência de
território, onde as aves adultas evitam a presença de outros
Urubus-rei. Em algumas carcaças grandes, é possível se
observar mais adultos. Mesmo com outros da sua espécie, só
se encontra nestas ocasiões ou, claro, em época reprodutiva.
Na estação de reprodução, que vai de julho a dezembro,
o macho corteja a fêmea empoleirado ou no solo, abre e fecha
as asas e exibe a vértice vivamente colorido, abaixando a
cabeça. O casal escolhe um local sem muito capricho, no chão
da mata ou no meio de pedras, ou em morros. No último caso,
simplesmente aproveita um ninho já existente, para fazer a
postura dos ovos que são em número de 1 a 2, mas com
cobertura vegetal densa. A incubação é longa durando de 53 a
58 dias. Enquanto a fêmea choca os ovos, o macho sai à
procura de alimento para ambos. O casal pode se revezar na
incubação. Quando o filhote está nascendo, a fêmea ajuda a
tirar a casca do ovo delicadamente e, quando finalmente o
animal sai do ovo, possui uma fina penugem branca, mantida
nas primeiras semanas de vida. Com o passar dos dias, seu
aspecto passa a lembrar uma bola de algodão. Logo é
alimentado pelos pais com regurgito. Atinge a maturidade
sexual aos 3 anos, quando já pode apresentar coloração típica.
Ave diurna, pousa nas árvores mais altas da mata, onde
costuma dormir. Passa a noite empoleirada em um galho,
sempre no mesmo lugar, o urubu rei levanta voo quando o sol
nasce e plana acima do topo das árvores. Circula bem alto.
Locomove-se no solo à custa de longos pulos elásticos as
pernas são relativamente longas. Para a termorregulação abre
as asas e defeca sobre as pernas. É visto normalmente voando
bastante alto, sozinho ou aos pares, raramente em grupos de
vários indivíduos. Quando incomodados vomitam e sopram
fortemente para afastar um intruso, característica também feita
pelos filhotes. Ele, porém, é capaz de se defender com as garras
e o poderoso bico quando se sente ameaçado
98. Urutau

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Os Urutaus são aves noturnas restritas às regiões mais


quentes do Continente Americano. Pertencem ao gênero
Nyctibius e à família Nyctibiidae. Também é chamado de Mãe-
da-lua e Emenda-toco. Conhece-se um fóssil de Nyctibius
griseus do Pleistoceno de Lapa da Escrivaninha, Lagoa Santa,
Minas Gerais.
Sua alimentação é constituída basicamente de insetos
que apanha em pleno voo, principalmente os grandes, porém,
pode comer outros animais de pequeno porte, como
morcegos, lagartos e pequenos pássaros. É uma ave que utiliza
muito bem sua plumagem para se camuflar. Normalmente se
passa por um pedaço de madeira, um galho de árvore ou
mesmo troncos partidos ou em pé. Costuma ficar estático, não
se assustando facilmente. Alcança até 37 centímetros fora a
cauda. Não é uma espécie acostumada ao convívio urbano.
Põe um ovo, em cavidades de tocos ou galhos, a poucos
metros acima do solo, incubando-o por cerca de 33 dias. O
filhote permanece no ninho em torno de 7 semanas.
Apresenta indivíduos com plumagens de colorações
distintas, estas plumagens são conhecidas como fase cinza e
fase marrom. Adultos na fase cinza apresentam fronte, coroa e
nuca com a coloração castanho acinzentada amplamente
rajado de castanho-escuro. O dorso é castanho-acinzentado,
com manchas e estrias marrom escuro. Os ombros são
marrons acinzentados com estrias e manchas esbranquiçadas,
listras e estrias marrom escuro. O uropígio é marrom-
acinzentado salpicado com marrom, com listras e manchado
de castanho-escuro. As retrizes são marrons, amplamente
barradas de castanho acinzentado ou branco acinzentado.
Rêmiges primárias de cor marrom, manchadas de marrom
acinzentado ao longo das bordas exteriores, e ligeiramente
manchada ou barrada de castanho-acinzentado ao longo das
bordas interiores. Rêmiges secundarias são marrons, com
barras marrom-acinzentado.
Lores e auricular cinza pálido, raiado de castanho
escuro. Queixo e garganta cinza amarronzado pálido, com
listras marrons finas, e limitada por uma listra na lateral da
garganta de coloração escura. Peito e flancos castanho-
acinzentado, salpicado de marrom, com listras finas e manchas
castanho escuras. Ventre e penas infracaudais de coloração
bege, muitas vezes pardacento ou tingido de canela, salpicado
e vermiculado de marrom e finamente raiado de castanho
escuro. As írises são amarelas, o bico é preto ou enegrecido e
os tarsos e pés podem ser amarronzados, pardos ou ainda
cinzentos. Ambos os sexos apresentam plumagem
semelhantes.
Adultos na fase marrom apresentam o mesmo padrão
de cor dos adultos na fase cinza, mas a cor de fundo da
plumagem é amarronzada ou mesmo marrom-acastanhada.
Os imaturos da espécie são semelhantes aos adultos,
mas apresentam a plumagem mais pálida e mais
esbranquiçadas. Os juvenis da espécie são semelhantes aos
imaturos, porém, são mais esbranquiçados, e manchados de
castanho-escuro ao longo dos ombros. Os filhotes, logo após
a eclosão dos ovos são cobertos com uma plumagem branca
com tons rosados nas partes superiores e apresentam fino
barrado cinza escuro. Trata-se de espécie sem dimorfismo
sexual.
99. Viuvinha-tesoura
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A Viuvinha-tesoura (Colonia colonus), tem outros nomes


populares: Viuvinha, Maria-viuvinha, Viúva e Freirinha-da-
serra Nome em Inglês: Long-tailed Tyrant. A viuvinha é ave
migratória de cor negra e cabeça branca com longas penas na
cauda, atinge até 10 cm de comprimento. Existe em todo o
território brasileiro. Sua dieta básica é composta de insetos. Ela
costuma caçar e retornar ao galho de onde partiu; faz isso
várias vezes ao dia.
Constroem seus ninhos em ocos naturais de árvores ou
feitos por pica-paus. A fêmea põe de dois e três ovos, e os
filhotes só deixam o ninho já com a plumagem de adultos, um
pouco mais cinza na cabeça e no dorso. Pode ser encontrado
em clareiras, florestas, capoeiras, em árvores secas.
100. Zabelê/Zebelê/Zambelê

Divulgação

O Zabelê ou Zebelê (Crypturellus noctivagus zabele) é uma


ave brasileira da família dos tinamídeos, medindo entre 33 a 36
cm. É uma subespécie do jaó-do-litoral (Crypturellus noctivagus
noctivagus) do litoral do Sudeste e Sul do Brasil, do qual difere
principalmente pelo colorido mais pálido.

É ave cinegética. A caça, assim como a destruição e a


fragmentação do seu habitat, foram as principais causas do
declínio da população de C. noctivagus no Rio Grande do Sul. A
espécie habita as matas de Minas Gerais e do Nordeste do
Brasil, na caatinga e em outros biomas do Cerrado.
Alimenta-se de sementes, bagas, pequenas frutas,
insetos e outros artrópodes. Uma característica na reprodução
dessa espécie é a da formação de haréns de fêmeas, no período
de acasalamento, que são fecundadas por machos solitários,
fator que contribui para os resultados escassos obtidos nas
tentativas de sua reprodução em cativeiro. Seus ovos possuem
coloração verde-água, e a postura é de dois ou três deles.
Seu canto consiste num forte piado de três ou quatro
notas, sendo a primeira descendente, e as demais lineares.
Segundo estudos em sonogramas, existem variações
particulares entre as vocalizações de populações regionais
dessas aves.
Referências

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Arara-azul-grande . Acesso em
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http://apassarinhologa.com.br/links-de-ornitologia/ . Acesso
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É VERDADE QUE AS EMAS COMEM DE TUDO,
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https://super.abril.com.br/mundo-estranho/e-verdade-que-
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FAVRETTO, Mário Artur. Aves do Brasil. Florianópolis:
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FIGUEIREDO, João. O Riquixá tupiniquim. Disponível em:
https://www.recantodasletras.com.br Acesso em
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Erasmos. Santos: PRCU-USP, 2021.
JOÃO-DE-PAU. Disponível em
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PATAGIOENAS PICAZURO. Disponível em:
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PICA-PAU-VERDE-BARRADO (Colaptes melanochloros).
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RISADINHA - Camptostoma obsoletum. Disponível em


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SAIBA TUDO SOBRE A CORUJA-RASGA-MORTALHA.
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SERIEMA. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Seriema . Acesso em
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TAVARES, Bruna Vitor. Et alii. Guia de Campo: Aves de


Ouro Preto. São Paulo: Raízes, 2021.

TICO-TICO: Características, alimentação, reprodução e canto.


Disponível em www.passaro.org .

Outros sites consultados:


http://www.avesderapinabrasil.com

https://escola.britannica.com.br
https://pixabay.com
https://unsplash.com
https://gratisography.com
https://isorepublic.com

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