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DISCIPLINA: HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

PROFESSORA: PRÓ MAI

TODAS OS CURSOS

O que são riscos no trabalho?

Podemos entender os riscos no trabalho como condições com potencial para gerar danos à
saúde e à segurança do trabalhador.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divide esses riscos em cinco grupos, que estão
descritos na Norma Regulamentadora nº 5 (NR-5). São eles:

● riscos de acidentes;
● riscos ergonômicos;
● riscos físicos;
● riscos químicos;
● riscos biológicos.

1. Riscos de acidentes

Os riscos de acidentes são aqueles em que o trabalhador fica vulnerável a situações que podem
comprometer sua integridade, como incêndios, desmoronamentos e quedas.

EX: à própria atividade do trabalhador

2. Riscos ergonômicos

As condições que levam ao desconforto fisiológico são consideradas riscos ergonômicos.

EX: postura, a repetição de movimentos, levantamento de peso, postura incorreta durante a


execução dos trabalhos etc.

3. Riscos físicos

Os riscos físicos estão relacionados a fatores ambientais, podendo provocar doenças


ocupacionais e acidentes. Os principais agentes de riscos físicos são:
● energia elétrica;
● temperaturas extremas;
● ruídos;
● vibrações;
● umidade.

4. Riscos químicos

Os riscos químicos decorrem do uso de produtos e substâncias químicas no ambiente de


trabalho que atingem o organismo do colaborador por contato, inalação ou ingestão.

5. Riscos biológicos

Podem atingir o organismo do trabalhador, levando a problemas de

saúde. EX: É o caso do contato com bactérias, vírus, fungos, parasitas

etc.

6. Riscos psicossociais

Os riscos psicossociais estão relacionados às questões sociais que se desenvolvem no


ambiente de trabalho e que podem acarretar em problemas físicos, sociais ou psicológicos.

EX: excessivas cargas de trabalho, assédio moral e até mesmo de falhas na organização das
atividades (como ordens contraditórias).
https://blog.cibleseguros.com.br/riscos-no-trabalho/
https://onsafety.com.br/fique-atento-aos-riscos-de-acidentes-de-trabalho/

Será que o seu escritório está realmente seguro?


https://betaeducacao.com.br/riscos-no-escritorio-e-acidentes/
http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com/2013/04/psicodinamica-do-trabalho-o-ambiente-de.html
MAPA DE RISCO
https://segurancadotrabalhosempre.com/como-fazer-um-mapa-de-risco-passo-passo/

Etapas Para Elaboração Do Mapa de Risco

● ACESSE AO VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=_dlPupeVR5Q

São as seguintes as fases do trabalho do agente:

Setorização da Empresa – dividir a empresa em seções (setores) e realizar o levantamento em


um setor de cada vez.

Essas são as etapas para o mapa de riscos:

● Conhecimentos sobre a empresa;


● Estudo dos tipos de riscos
● Levantamento dos riscos;
● Elaboração do Mapa;
● Análise dos riscos;
● Elaboração do relatório,
● Apresentação do trabalho;
● Implantação e acompanhamento;
● Avaliação.

1º Passo – Conhecimentos necessários sobre a empresa


O primeiro passo sobretudo, é conhecer como funciona os diversos setores da empresa em que
trabalha (produção, administração, suprimentos etc.), bem como:

● o histórico da organização;
● sua política de ação (geral);
● a organização do trabalho;
● as normas e procedimentos;
● as instalações prediais;
● o organograma administrativo.
● receptividade à segurança;

2º Passo – O Estudo dos tipos de riscos


A CIPA deve se familiarizar com a tabela abaixo, que classifica os riscos de acidentes de
trabalho. Nessa tabela que faz parte dos anexos da Portaria do Ministério do Trabalho há cinco
tipos de riscos que corresponderão a cinco cores diferentes no mapa.
Tabela de Riscos Ambientais

Para facilitar a elaboração dos mapas, seguem alguns exemplos de riscos:


3º Passo – Como levantar e identificar os riscos durante a visita à fábrica Após o estudo
dos tipos de risco, fazer a Setorização da Empresa – dividir a empresa em seções conforme as
diferentes fases da produção e realizar o levantamento um setor de cada vez, observando os
locais de trabalho essa divisão facilitará a identificação dos riscos de acidentes de trabalho.

Em seguida o grupo deverá percorrer toda a área a serem mapeadas com uma prancheta lápis e
papel na mão.
✓ Relacionar todas as matérias primas, equipamentos, materiais, etc;

✓ Pontos de armazenamento de material;

✓ Instalação de máquinas e equipamentos;

✓ Registrar as atividades exercidas;

✓ Observar e ouvir os funcionários acerca de situações de riscos de acidentes de trabalho;

⇱Sobre esse assunto, é importante perguntar aos demais trabalhadores o que incomoda e
quanto incomoda, queixas comuns, acidentes ocorridos, motivos das faltas.

✓ Registrar as situações ou ações perigosas;

✓ Identificar as medidas de proteção individual e coletiva.

Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. O importante é anotar o
que existe e marcar o lugar certo. O grau e o tipo de risco serão identificados depois.

Pois isso será importante para se fazer o mapa de risco, também é preciso marcar os locais dos
riscos informados em cada área.

Segue um modelo de questionário que irá lhe auxiliar bastante para fazer esse levantamento.

4º Passo – A avaliação dos riscos para a elaboração do mapa


Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar cada risco
identificado na visita ao setor ou fábrica.

Nesta fase, faz-se a classificação dos perigos existentes conforme o tipo de risco, conforme a
Tabela de Riscos Ambientais. Também se determina o grau (“tamanho”): pequeno, médio ou
grande.

5º Passo – A colocação dos círculos na planta ou croqui


Depois disso é que se começa a colocar os círculos na planta ou croqui para representar os
riscos. Os riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos.

O tamanho do círculo representa o grau do risco. (Segundo a portaria do ministério do trabalho,


o risco pequeno é representado por um círculo menor, o médio por um círculo médio e o grande,
por um círculo maior.) E a cor do círculo representa o tipo de risco, conforme a Tabela mostrada
a cima.

● Cores ➜ Tipo de Riscos


● Círculo ➜ Intensidade do Risco
Simbologia Utilizada:
● Localização do Risco ➟ círculos;
● Gravidade ➟ tamanho do círculo;

No interior do circulo identificar (colocar as cores):


Agente ou risco ➜ simbolizado por cores :

● Agentes Químicos ………………………………………. ➜ cor verde


● Agentes Físicos …………………………………………… ➜ cor vermelha
● Agentes Biológicos ……………………………………… ➜ cor marrom
● Agentes Ergonômicos …………………………………. ➜ cor amarela
● Agentes Mecânicos ou Riscos de Acidentes……➜ cor azul
● Agentes Mecânicos ou Riscos de Acidentes……➜ cor azul

Os círculos podem ser desenhados ou colados. O importante é que os tamanhos e as cores


correspondam aos graus e tipos. Cada círculo deve ser colocado naquela parte do mapa que
corresponde ao lugar onde existe o problema.
Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo por exemplo,
riscos químicos: poeiras, nevoas e substâncias químicas não é preciso colocar um círculo para
cada um desses agentes.

Basta um círculo apenas neste exemplo, com a cor vermelha, dos riscos químicos, desde que os
riscos tenham o mesmo grau de nocividade.

Quando um risco afeta o setor inteiro, uma forma de representar isso no mapa é colocá-lo no
meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que aquele problema se espalha por
todo o setor. veja como fica:

Risco afeta o setor inteiro:

● Mesmo ponto do setor


● Diversos riscos do mesmo agente
● Mesma gravidade
Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste caso,
divide-se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais, cada parte
com a sua respectiva cor, conforme a figura abaixo (este procedimento é chamado de critério de
incidência):

Vários Tipos de Riscos Em Um Mesmo Setor

● Mesmo ponto do setor,


● Vários riscos de agentes diferentes,
● Mesma gravidade.

6º Passo – Legenda do Mapa de Risco


Um mapa de risco deve ter uma boa legenda para funcionar de maneira eficaz, pois as pessoas
que ali transitam precisam entender e interpretar de forma correta o mapa, sem isso de nada
adianta.

Veja abaixo o que precisa ser colocado na legenda, poderá acrescentar mais informações caso
queira, mas tome cuidado para não poluir o mapa de risco, pois ao invés de ajudar poderá
acabar prejudicando.
● Cores dos riscos como mostra a figura abaixo
Além dos riscos e suas respectivas cores dos quais são representados, é importante colocar
também os exemplos para cada risco, dessa forma irá facilitar o entendimento do mapa de risco,
compreendendo melhor cada risco.

● Círculos – intensidades dos riscos


Os círculos precisam ser do mesmo tamanho que está no mapa e é necessário identificar o
tamanho do risco ao lado de cada círculo.

● Principais recomendações
Nesse campo você deve apontar as principais medidas corretivas e as recomendações
necessárias, escreva de forma legível de fácil entendimento, sem palavras técnicas, desse modo
será bem compreendido e fácil para para qualquer pessoa assimilar mesmo sem ser um
profissional da área. Veja abaixo um exemplo de legenda.

7º Passo – Relatório para a direção da empresa


Concluída a elaboração do mapa de risco, baseado nos riscos, caso tenha necessidade de
medidas corretivas a CIPA deve fazer um relatório com os riscos encontrados e encaminhá los a
direção da empresa, que estudará as medidas propostas e negociar o prazo para implementação
e providenciar as alterações necessárias que foram propostas pela CIPA e pelo SESMT (onde
houver)

Vale ressaltar que essas datas devem ficar registrado na Ata das reuniões da CIPA – Comissão
Interna de Prevenção de Acidente .

Clique abaixo para baixar o modelo de relatório:

8º Passo – Qual Programa Usar Para Fazer O Mapa de Risco


Primeiramente Você deve buscar o Layout da fábrica isso facilitará bastante para colocar no
papel o mapa de risco, caso a empresa não tenha uma planta baixa, não se preocupe isso não é
problema, apenas pegue uma prancheta com papel e lápis e comesse a desenhar de forma
simples, observe bastante e use a sua criatividade, tire fotos para não deixar escapar nada.

Feito isso, escolha o programa que esteja mais familiarizado, existem vários, Microsoft Visio,
AutoCad, CorelDraw até mesmo no Paint e Excel dá para fazer entre outros.

Um programa que eu utilizei e achei bem intuitivo, com várias ferramentas e fácil de usar, foi o
Microsoft Visio Viewer, o legal desse programa que além de ele ser fácil, o mapa de risco fica
bem feito e bonito.

Onde Devo Colocar o Mapa de Risco (Divulgação)

O Mapa de riscos deve ficar em local visível de preferência na entrada de cada setor para alertar
as pessoas que ali trabalham ou até mesmo visitantes sobre os riscos de acidentes em cada
ponto marcado com os círculos.

O objetivo final do mapa é conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los, reduzi-los
ou controlá-los.

Graficamente, isso significa a eliminação ou diminuição do tamanho/quantidade dos círculos.


Também podem ser acrescentados novos círculos, por exemplo quando se começa um novo
processo, se constrói uma nova seção na empresa ou se descobre perigos que não foram
encontrados quando se fez o primeiro mapa.

O mapa, portanto, é dinâmico. Os círculos mudam de tamanho, desaparecem ou surgem. Ele


deve ser revisado quando houver modificações importantes que alterem a representação gráfica
(círculos) o aconselhável que seja refeito de ano em ano, a cada nova gestão da CIPA.
Agora que você aprendeu a como fazer um mapa de risco de forma eficaz, baixe os modelos
abaixo que disponibilizamos um deles inclusive foi feito em Excel.

O que são as Normas Regulamentadoras?


https://www.tagout.com.br/blog/o-que-sao-as-normas-regulamentadoras/
As Normas Regulamentadoras podem ser definidas como o conjunto de disposições e
procedimentos técnicos relacionados à segurança e saúde do trabalhador em determinada
atividade ou função.

Os principais objetivos das NR são:

- Instruir os empregados e empregadores a respeito das devidas precauções que devem ser
tomadas a fim de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais

- Preservar e promover a integridade física do trabalhadores

- Estabelecer a regulamentação pertinente à segurança e saúde do trabalho -

Promover a política de segurança e saúde do trabalho dentro das empresas

NR 1 - Contém a disposição geral das outras NRs e as consequências do não cumprimento.

NR 2 - A Inspeção Prévia que todo estabelecimento novo ou modificado deve, obrigatoriamente,


passar.

NR 3 - É definir os riscos graves e iminentes numa obra, máquina, equipamento, setor de


serviço ou estabelecimento, e assim, realizar o embargo ou interdição caso seja necessário.

NR 4 - Estabelece a obrigatoriedade de contratação de profissionais da área de segurança e


saúde do trabalho de acordo com o número de empregados e a natureza do risco da atividade
econômica da empresa.

NR 5 - Estabelece os parâmetros e os requisitos da Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes – CIPA.

NR 6 - Regulamenta a execução do trabalho com uso de Equipamentos de Proteção Individual


(EPI), sem estar condicionada a setores ou atividades econômicas específicas.

NR 7 - Determina a implementação, nas empresas e instituições, do Programa de Controle


Médico de Saúde Ocupacional – o PCMSO.

NR 8 - Rege as principais práticas que devem ser adotadas pelos empregadores da área de
Edificações para proporcionar segurança aos seus funcionários enquanto em atividade.

NR 9 - Estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos,


químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR.

NR 10 - Segurança em serviços que de alguma maneira envolvem eletricidade. Ou seja, ela


também tem como característica assegurar a saúde e a segurança dos profissionais que
realizam esse tipo de atividade.
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais estabelecem as
medidas de proteção aos trabalhadores para exercer as tarefas profissionais durante toda a
jornada.

NR 12 - Diz respeito à segurança do trabalho de máquinas e equipamentos.


NR 13 - A assegurar e proteger a saúde dos trabalhadores que atuam com caldeiras a vapor,
vasos de pressão e suas tubulações de interligação.

NR 14 - Regulamentar todos os processos que envolvem o trabalho com fornos — sejam eles de
qualquer finalidade.

NR 15 - Estabelece as atividades que devem ser consideradas insalubres, gerando direito ao


adicional de insalubridade aos trabalhadores.

NR 16 - Regulamenta as boas práticas de Segurança do Trabalho para os profissionais que


atuam em Atividades e Operações Perigosas.

NR 17 - Ergonomia estabelece por Lei os parâmetros estruturais, ambientais e físicos que as


empresas precisam aplicar para garantir a saúde plena dos colaboradores.

NR 18 - Visa à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos


processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

NR 19 - Composta por medidas de proteção para o processo de fabricação, armazenamento e


transporte de explosivos em geral, definindo ainda medidas de proteção para a atividade
específica de fogos de artifícios.

NR 20 - Estabelece acidentes provenientes das atividades de extração, produção,


armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

NR 21 - Define parâmetros de segurança e saúde para os trabalhadores que desempenham


suas atividades ao ar livre, como os profissionais da construção que atuam nos canteiros de
obras (locais sujeitos a acidentes e insalubridade).

NR 22 - Aplicáveis às minerações subterrâneas, minerações a céu aberto, garimpos (no que


couber), beneficiamentos minerais e pesquisa mineral.

NR 23 - visa determinar quais são as medidas de proteção e combate a incêndios a serem


adotadas pelas empresas em todos os casos.

NR 24 - Conjunto de espaços ou edificações, composto de dormitório, instalações sanitárias,


refeitório, áreas de vivência e local para lavagem e secagem de roupas, sob responsabilidade do
empregador, para hospedagem temporária de trabalhadores.

NR 25 - Prevenção de acidentes e possíveis doenças provocadas pelos resíduos industriais das


empresas.

NR 26 - Apresenta informações relativas à Sinalização de Segurança no seu Meio de Ambiente


de Trabalho.

NR 27 - Aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra,


assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos.

NR 28 - Estabelece as medidas a serem adotadas pela fiscalização do trabalho, assim como a


aplicação de penalidade de multas.

NR 29 - Composta por um conjunto de recomendações de segurança aplicáveis aos trabalhos


portuários realizados nos portos organizados ou em terminais privativos, podendo ser marítimos,
fluviais ou lacustres.

NR 30 - Essencial para qualquer empresa que atue no setor aquaviário, devendo ser seguida por
todos os trabalhadores de embarcação e plataformas.
NR 31 - Estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho
rural, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades do setor
com a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho rural.

NR 32 - Medidas de proteção à segurança e a saúde dos TRABALHADORES EM SERVIÇOS


DE SAÚDE.

NR 33 - Norma para trabalhos confinados, que estabelece medidas de prevenção, medidas


administrativas, medidas pessoais, capacitação e medidas para situações de emergências.

NR 34 - Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao


meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção, reparação e desmonte
naval.

NR 35 - TRABALHO EM ALTURA.

NR 36 - Norma de saúde, segurança e prevenção que atua diretamente sobre o setor de abate e
processamento de carnes e derivados, tais como leite, ovos, e qualquer outro tipo de alimento ou
produto destinado ao consumo da população.

TEMA: NR 06
Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de
Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto


à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em


perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;


e, c) para atender a situações de emergência.

Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e


conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.


h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,


c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta
NR.

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


EPI para transporte de carga (TURMA DE LOGÍSTICA)
https://www.haasmadeiras.com.br/epi-para-transporte-de-carga/

Os principais são:

● Capacetes;
● Óculos de segurança;
● Protetor auditivo;
● Proteção para o nariz;
● Luvas;
● Botas;
● Trava-quedas retráteis;
● Contos;
● Talabartes

EPCs

Alguns exemplos são:

● Extintores de incêndio;
● Hidrantes e mangueiras;
● Kit de primeiros socorros;
● Capela química;
● Detectores de fumaça e sprinkle;
● Redes de proteção;
● Kit para limpeza em caso de derramamento biológico, químico ou radioativo.

EPIs Para Produtos Químicos (TURMA DE QUÍMICA)


https://blog.volkdobrasil.com.br/6-tipos-especificos-de-epis-para-produtos-quimicos/

1. Creme protetor
Alguns produtos químicos podem causar sérios danos quando em contato direto com a pele —
como queimaduras e corrosão.

● grupo 1: água-resistentes — não são facilmente removidos com água; ● grupo 2:


óleo-resistentes — não são facilmente removidos na presença de óleo; ● grupo 3: cremes
especiais — são desenvolvidos para atividades específicas, sendo que suas indicações de
uso são especificadas pelo fabricante.

2. Luvas de segurança
Com uma variedade de matérias primas, como neoprene, nitrílico, látex, PVC e outros, as luvas
de segurança podem proteger a diversos produtos químicos dependendo da proposta
tecnológica de cada modelo. Por isso é importante verificar para qual produto químico é
necessária a proteção assim como, entender a atividade que será desempenhada, se haverá
outros riscos como o risco mecânico – abrasão ou corte, por exemplo.

3. Calçados de segurança
Podem ser botas de pvc, botinas ou sapatos. Também possuem uma variedade de modelos e
matérias primas. Por isso, é importante avaliar a resistência aos agentes químicos como outros
riscos atrelados no ambiente, por exemplo solo úmido e escorregadio, queda de objetos,
temperaturas extremas, risco de perfuração entre outros.

4. Óculos e protetor facial


Os óculos de segurança são EPIs indispensáveis para qualquer atividade que utilize produtos
químicos. Isso porque servem como proteção visual contra respingos e partículas que podem
atingir os olhos.
Além disso, para atividades que apresentem maior exposição, é indicado o uso do protetor facial.
Trata-se de uma maneira de aumentar a proteção do rosto, estendendo a segurança para além
dos olhos.

5. Respirador
Utilizado para atividades que envolvam o risco de inalação de substâncias contaminantes em
forma de poeiras, vapores, gases e névoas, esse EPI impede a infiltração de substâncias
químicas no organismo pelas vias respiratórias.

Os respiradores podem ser descartáveis ou reutilizáveis, quando utilizados em conjunto com


filtros. Para os respiradores reutilizáveis existem também, os modelos faciais inteiros para
proteção dos olhos e face.

6. Macacões de segurança
Os macacões foram desenvolvidos com o intuito de proteger por inteiro — tronco, membros
inferiores e superiores —, sem a necessidade de uma grande quantidade de EPIs.

Possuem modelos produzidos em material respirável e podem ser indicados para atividades que
envolvam produtos químicos, sejam partículas sólidas dispersas no ar ou respingos, por
exemplo.
EPIs ELÉTRICO (TURMA DE SISTEMA DE ENERGIA RENOVÁVEL)
https://deltaplusbrasil.com.br/blog/epi-para-eletricista/

1. Botina

É importante ter muito cuidado ao escolher calçados de segurança para os eletricistas da sua
empresa. Isso porque, ao contrário de alguns calçados de segurança, a botina para eletricista
precisa ser um equipamento dielétrico, ou seja, não pode conter nenhum componente metálico
nela.

Os calçados dielétricos, além de não serem condutivos, conferem maior leveza e

conforto. 2. Luva isolante

As mãos estão diretamente em contato com fios e outros componentes que podem ocasionar
choques elétricos, é fundamental proteger essa parte do corpo. Nas atividades em cabines
primárias, por exemplo, além da luva isolante, é importante usar outra, confeccionada em couro,
por cima. Essa última vai garantir a integridade da peça isolante, aumentando a sua durabilidade
e eficácia.

3. Manga isolante

Há serviços em que esse contato se estende aos braços e é aí que as mangas isolantes se
tornam necessárias. Alguns modelos contam, inclusive, com alças para fixação nos ombros, o
que aumenta o conforto e a segurança durante o trabalho.

3. Protetor facial

O protetor facial foi criado, em especial, para proteger contra arco elétrico ou fogo repentino.
Normalmente ele é acoplado a um capacete dielétrico, e envolve toda a face, inclusive o queixo.

O visor costuma ser transparente, para que o trabalho não seja prejudicado. Dependendo das
condições de trabalho, há profissionais que o utilizam associado a um tipo de balaclava.

4. Cinturão

O trabalho em altura exige o uso de cinturão de segurança. Mas o que fazer quando a função
envolve dois riscos: o da altura e o da eletricidade? Para esses casos, existe um cinturão
específico que, além da proteção contra possíveis quedas, também é dielétrico, o que significa
que a proteção contra choque elétrico está assegurada.

5. Capacete classe B

Deve utilizar o capacete classe B, que é dielétrico e, portanto, visa minimizar os riscos de
choque elétrico e impacto.

TEMA: NR 35 - TRABALHO EM ALTURA.


https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ct
pp-nrs/norma-regulamentadora-no-35-nr-35

Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a eventos
envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes níveis. Os riscos de queda em altura existem
em vários ramos de atividades e em diversos tipos de tarefas. A criação de uma Norma
Regulamentadora ampla que atenda a todos os ramos de atividade é um importante instrumento
de referência para que estes trabalhos sejam realizados de forma segura.
O princípio adotado na norma trata o trabalho em altura como atividade que deve ser planejada,
evitando-se caso seja possível, a exposição do trabalhador ao risco, quer seja pela execução do
trabalho de outra forma, por medidas que eliminem o risco de queda ou mesmo por medidas que
minimizem as suas consequências, quando o risco de queda com diferenças de níveis não puder
ser evitado. Esta norma propõe a utilização dos preceitos da antecipação dos riscos para a
implantação de medidas adequadas, pela utilização de metodologias de análise de risco e de
instrumentos como as Permissões de Trabalho, conforme as situações de trabalho, para que o
mesmo se realize com a máxima segurança.

Vale lembrar que, de acordo com a norma, trabalho em altura é todo aquele “executado acima
de dois metros do nível inferior, em que há risco de queda”.

Além de colocar em risco a integridade física e a vida do trabalhador, o descumprimento das


disposições regulamentares pode ocasionar inúmeros transtornos para a empresa, tais como
reclamações trabalhistas, autuações e multas.

O que é e para que serve a NR 35?

https://deltaplusbrasil.com.br/blog/nr-35-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-norma-para-trabalhos-em-altura/

NR 35 traz todos os procedimentos, equipamentos e observações necessários para o trabalho em altura.

Obrigações do empregador

● implementar todas as medidas de proteção delimitadas na referida norma;


● estabelecer o procedimento para o desempenho das atividades em altura;
● realizar a Análise de Risco (AR) e, se for o caso, assegurar a emissão da Permissão de Trabalho
(PT);
● garantir a avaliação prévia das condições do ambiente de trabalho, incluindo o planejamento e a
adoção de medidas complementares de segurança;
● participar do cumprimento das medidas de segurança pelas empresas terceirizadas;
● informar aos colaboradores os riscos e as medidas de proteção;
● assegurar que toda atividade seja realizada apenas após a adoção das medidas de proteção;
● garantir a suspensão de todas as atividades em altura quando verificada a existência de algum
risco não previsto e que não possa ser eliminado imediatamente;
● delimitar a sistemática de autorizações dos colaboradores para trabalhos em altura;
● garantir a supervisão do desempenho das atividades em altura, a ser feita de acordo com a AR e
com base nas particularidades de cada atividade;
● manter toda a documentação exigida pela referida norma.
● capacitar e treinar.

Obrigações do colaborador

Quando o assunto é segurança do trabalho, as responsabilidades não ficam a cargo apenas do


empregador. Afinal, de nada adianta estabelecer procedimentos de segurança se eles não forem
observados pelos trabalhadores. Por isso, a NR 35 determina que cabe ao colaborador:
● zelar pela sua segurança, bem como pela segurança de terceiros que, eventualmente, possam ser
afetados pelo desempenho das atividades;
● cumprir as exigências legais e regulamentares, bem como os procedimentos internos acerca do
trabalho em altura;
● ajudar na implementação das exigências regulamentares na empresa;
● suspender suas atividades quando constatar a existência de graves riscos à sua segurança,
comunicando o fato ao seu supervisor para a adoção das medidas cabíveis.

https://stori.com.br/wp/o-que-e-nr-35-tudo-que-voce-precisa-saber/

Acesse ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=l7ZDjxBg3k8

Primeiros socorros
https://brasilescola.uol.com.br/saude/primeiros-socorros.htm

Os primeiros socorros, como o nome indica, são as primeiras intervenções feitas após uma
pessoa sofrer mal súbito ou algum acidente até que o socorro especializado chegue.

Antes de qualquer procedimento de primeiro socorro, é importante que o socorrista tenha em


mente a necessidade de:

Manter a calma;

Afastar os curiosos;
Garantir que serviço de emergência seja chamado.

Omissão de socorro

A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o Decreto-Lei Nº 2.848, de 7


de dezembro de 1940, deixar de prestar assistência a uma pessoa em risco pode resultar em
detenção ou multa. Veja o art. 135 que aborda o tema:

Primeiros socorros em caso de queimaduras

Queimaduras são situações relativamente comuns no nosso dia a dia. Elas são classificadas, de
acordo com o dano causado, em queimadura de primeiro grau, queimadura de segundo grau e
queimadura de terceiro grau. A queimadura de primeiro grau afeta apenas a epiderme (camada
mais externa da pele), já a de segundo grau afeta a derme e epiderme, enquanto a de terceiro
grau atinge também o tecido abaixo da pele.

Primeiros socorros em casos de intoxicações

As intoxicações ocorrem em consequência à ingestão, inalação ou contato com a pele de


determinadas substâncias. Plantas tóxicas, alimentos contaminados, produtos de limpeza,
remédios, soda, inseticidas e formicidas são exemplos de produtos que podem causar
intoxicações. As intoxicações podem ser identificadas por causar, por exemplo, irritação nos
olhos, garganta e nariz, salivação abundante, vômito, diarreia, convulsões, queda de temperatura,
asfixia, tontura e sonolência.
Primeiros socorros em caso de picada de serpente peçonhenta

Os primeiros socorros consistem em lavar a área da picada com água e sabão, colocar o
acidentado em posição confortável, de preferência deixando a vítima deitada com a área afetada
em um nível abaixo do coração e levar a vítima ao atendimento médico mais rápido. É
fundamental não aplicar qualquer substância, não fazer cortes no local e nem amarrar ou fazer
torniquetes. Outro ponto importante é não deixar a vítima locomover-se por meios próprios. Caso
seja possível, levar a cobra para a identificação.

Primeiros socorros em caso de engasgo

"Inicialmente, o socorrista deve acalmar a vítima e, posteriormente, aplicar a técnica conhecida


como manobra de Heimlich. Nessa manobra, o socorrista posiciona-se logo atrás da vítima e
coloca o braço ao redor do abdome dela. Uma mão fica fechada sobre a boca do estômago e a
outra mão é posicionada em cima da primeira e a comprime. Os movimentos de compressão
devem ser feitos para dentro e para cima, permitindo que o objeto que está bloqueando a via
respiratória seja eliminado.

Em bebês, deve-se colocar a criança com a barriga para baixo sobre seu antebraço, deixando a
cabeça mais baixa que o corpo, e dar cinco pancadas utilizando o punho da mão. Vire a criança
para cima apoiando sua cabeça e deixando-a mais baixa que o corpo e observe se ocorreu a
saída do objeto. Caso o objeto não tenha saído, aplique cinco compressões rápidas no tórax entre
a linha dos mamilos utilizando os dois dedos maiores da mão. Se as manobras não funcionarem,
pedir ajuda rapidamente e continuar tentando o procedimento.

https://www.clinicamarcosandrade.com/post/a-manobra-de-heimlich-salva-vidas-em-caso-de-engasgo
https://incorporecentromedico.com.br/manobra-de-heimlich-como-desengasgar-uma-crianca/

Primeiros socorros em caso de fraturas

Dizemos que ocorreu uma fratura quando o osso perde sua continuidade. A fratura pode ser
exposta quando a pele é rompida e pode-se ver o osso, e fechada quando a pele não se rompe.
Em ambos os casos, é fundamental ajuda médica profissional para que a recuperação do osso
seja feita de maneira adequada.

Primeiros socorros em caso de desmaio

O desmaio caracteriza-se como uma perda transitória de consciência e, diferentemente do que


muitos pensam, geralmente, não é uma situação que é considerada uma ameaça à vida. O
desmaio pode ser causado por diferentes causas como, por exemplo, hipoglicemia, cansaço,
fortes emoções, calor intenso, dores e mudanças súbitas de posição. Os maiores problemas
decorrentes do desmaio estão no fato de que a queda pode levar ao desenvolvimento de lesões.
Primeiros socorros em caso de convulsão

As convulsões podem ser definidas como crises epiléticas em que se observa um acometimento
do sistema motor, geralmente, desencadeando uma série de contrações musculares violentas,
salivação, palidez, lábios azulados e perda da consciência.

Em caso de convulsões, algumas medidas são importantes, sendo a primeira delas tentar evitar
que a vítima caia desamparadamente. Tente deitar a vítima e afastar de perto dela objetos que
podem ser perigosos. Suas roupas devem ser afrouxadas e o rosto virado para o lado para evitar
engasgos.

Não se deve interferir nos movimentos, nem colocar objetos entre os dentes da vítima. Quando a
convulsão passar, mantenha a vítima deitada até a recuperação da consciência. Caso a
convulsão demore mais de 5 minutos, é essencial chamar o serviço de emergência.

Acesse o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=K7hL13v2tdM

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