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Revisão da Lei de criação do CMCDA e do Conselho Tutelar

CAPÍTULO III
DO CONSELHO TUTELAR
Art. 9º O Conselho Tutelar é órgão
permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, estabelecidos em lei.
Art. 10- No Município haverá, no mínimo, Art. 10- No Município haverá, no mínimo,
um Conselho Tutelar composto de 5 (cinco) um Conselho Tutelar composto de 5 (cinco)
membros efetivos e 5 (cinco) membros suplentes, membros efetivos e 5 (cinco) membros suplentes,
eleitos para um mandato de três anos, permitida eleitos para um mandato de quatro anos,
uma recondução por igual período, conforme art. permitida uma recondução por igual período,
132 do Estatuto da Criança e do Adolescente. mediante novo processo de escolha. (Base legal:
§1º Fica prevista a criação de outros art. 132, ECA)
Conselhos Tutelares, nos distritos ou bairros do
Município, a serem instalados de acordo com as ...
necessidades constatadas pelo CMDCA.
§2º- Configurada a necessidade de
o
compatibilizar os períodos de eleição dos § 2 O processo de escolha dos
membros dos Conselhos Tutelares dos distritos e membros do Conselho Tutelar ocorrerá em
bairros do Município, poderá o Executivo data unificada em todo o território nacional a
Municipal prorrogar, por prazo máximo de 180 cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do
(cento e oitenta) dias, o mandato de Conselheiros mês de outubro do ano subsequente ao da
Tutelares. eleição presidencial
(Base legal, §1º, art. 139, ECA)
Art. 11- Os membros dos Conselhos Art. 11- A remuneração estabelecida a cada
Tutelares perceberão subsídio mensal, em Conselheiro Tutelar será fixada em R$ 3990,00
patamar razoável e proporcional à relevância de (três mil e novecentos reais), sendo reajustado,
suas atribuições de modo que possam exercê-las anualmente, de acordo com o período e índice de
em regime de dedicação exclusiva, estabelecida reajuste dos servidores do Município de Camaçari.
mediante proposta do Chefe do Poder Executivo, Já agregando a gratificação de periculosidade.
enviada à Câmara Municipal de Camaçari. Pauta já discutida e aprovada pelo Prefeito em
§1º- Os membros dos Conselhos Tutelares reunião realizada em 2018.
não terão vínculo empregatício com a §1º- A função de Conselheiro Tutelar é temporária
municipalidade. e não implica vínculo empregatício com o
I- Sendo escolhido servidor municipal, fica- Município, sendo que os direitos, deveres e
lhe facultado optar entre o subsídio previsto neste prerrogativas básicas decorrentes do efetivo
artigo e o vencimento e vantagens do seu cargo exercício obedecerão ao disposto na Lei nº 8.069,
efetivo, vedada a acumulação; de 1990 e nesta lei, sendo-lhes assegurado o
II- A opção de que trata o parágrafo direito a:
anterior não trará prejuízo à contagem de tempo I - cobertura previdenciária;
de serviço para os fins previstos em lei. II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas
§2º- A remuneração será proporcional: de 1/3 (um terço) do valor da
I- Para o Conselheiro Tutelar, aos dias remuneração mensal;
efetivamente trabalhados, assegurando repouso III - licença-maternidade, pelo período de 180
semanal remunerado, salvo afastamento por (cento e oitenta) dias;
licença; IV - licença-paternidade, pelo período de 5 (cinco)
II- Para os suplentes, aos dias efetivamente dias;
trabalhados, quando convocado a substituir o V - gratificação natalina;
titular em caso de afastamento ou vacância. Base legal Art. 134, ECA / Art. 27 e 28, Lei
14.655/15, CURITIBA-PA.

Art. 12- O Conselho Tutelar funcionará em


local destinado exclusivamente para este fim §3º- Cada Conselheiro Tutelar cumprirá
numa área central da Cidade, providenciado pelo uma jornada de 40 (quarenta) horas semanais,
Chefe do Poder executivo e que atenda às distribuídas conforme esquema de revezamento,
exigências intrínsecas, da função dos em horários que sejam capazes de suprir as
Conselheiros. exigências do Conselho.
§1º- O Conselho Tutelar atenderá em sua Retirada do termo “mínima”.
sede, de segunda a sexta- feira, das 08:00 às 18:00
horas, ininterruptamente.
§2º- Poderá ser criado atendimento
especial de plantão, avaliadas as necessidades.
§3º- Cada Conselheiro Tutelar cumprirá
uma jornada mínima de 40 (quarenta) horas
semanais, distribuídas conforme esquema de
revezamento, em horários que sejam capazes de
suprir as exigências do Conselho.
§4º- Faltas não justificadas serão
comunicadas ao CMDCA para desconto na ajuda
de custo, proporcionais aos dias faltosos.
§5º- Será afixado, na sede do Conselho, o
horário de atendimento de cada Conselheiro
Tutelar.
§6º- Os Conselheiros registrarão suas
presenças através de assinaturas em livro próprio §7º- Após 12 (doze) meses no exercício do cargo,
ou folhas de ponto. o Conselheiro Tutelar terá direito a 30 (trinta) dias
§7º- Após 12 (doze) meses no exercício do de descanso, pelos quais perceberá os mesmos
cargo, o Conselheiro Tutelar terá direito a 30 valores de subsídio recebido quando em exercício,
(trinta) dias de descanso, pelos quais perceberá os acrescidos de 1/3.
mesmos valores de subsídio recebido quando em Base Legal: Art. 134, II, ECA
exercício. §8º- Conceder-se-á ao Conselheiro Tutelar
§8º- Conceder-se-á ao Conselheiro Tutelar licença:
licença: I- Por motivo de doença em pessoa da família,
I- Por motivo de doença em pessoa da mediante comprovação de sua necessidade, por
família, mediante comprovação de sua laudo médico;
necessidade, por laudo médico; II- Em razão da maternidade, num total de 120
II- Em razão da maternidade, num total de (cento e vinte) dias;
120 (cento e vinte) dias; III- Em razão da paternidade, num total de 5
III- Em razão da paternidade, num total de (cinco) dias,
5 (cinco) dias, IV- Para tratamento de saúde, mediante laudo
IV- Para tratamento de saúde, mediante médico;
laudo médico; V- Por acidente em serviço;
V- Por acidente em serviço; VI- Para participação em cursos, eventos,
VI- Para participação em cursos, eventos, seminários e outros, relacionados à área da
seminários e outros, relacionados à área da infância e adolescência;
infância e adolescência; VII - em razão de doença ou acidente de trabalho,
§9º- A licença de que trata esse parágrafo pelo período de 15 (quinze) dias;
será remunerada, no máximo, em até 20 (vinte) VIII - em razão de casamento do Conselheiro pelo
dias; período de 5 (cinco) dias;
§10- O Conselheiro Tutelar terá direito ao IX - em razão de falecimento de parente,
recebimento do décimo terceiro salário na mesma consanguíneo ou afim, até o segundo grau pelo
época e condições estabelecidas pelos servidores período de 3 dias;
da administração municipal de Camaçari; X - não remunerada pelo período de 90 (noventa)
§11- O Conselheiro Tutelar terá direito ao dias.
recebimento de diárias e despesas de translado, Base legal Art. 28, Lei 14.655/15, CURITIBA-PA.
quando houver necessidade de deslocamento
para outro município no exercício da função,
mediante expressa autorização do Chefe do Poder
Executivo;
§12- Caberá ao Poder Executivo Municipal
assegurar o acesso livro e gratuito em transporte
urbano, casas de espetáculos e diversões para o
cumprimento do trabalho da vigilância,
fiscalização e defesa dos direitos da criança e do
adolescente.

Art. 13- Os Conselheiros Tutelares efetivos


serão substituídos pelos suplentes, nos seguintes
casos:
I- Em razão do afastamento definitivo do
Conselheiro efetivo;
II- Em razão das férias do efetivo.
§1º- Ao Conselheiro suplente será
permitida e incentivada a participação em cursos,
reuniões, palestras, seminários que contribuam
para a capacitação dos mesmos.
Art. 14- O Conselheiro Tutelar estará Art. 14- Ao Conselheiro Tutelar é vedado:
sujeito à cassação de mandato, nos seguintes I - usar da função em benefício próprio;
casos: II - romper sigilo em relação aos casos analisados
I- Exposição da criança ou adolescente a pelo Conselho Tutelar que integre;
risco ou pressão física, psicológica, político- III - mantiver conduta incompatível com o cargo
partidária ou religiosa; que ocupa;
II- Imposição de conduta coercitiva para a IV - exceder-se no exercício da função, abusando
criança ou para o adolescente; da autoridade que lhe foi conferida;
III- Quebra de sigilo dos casos a si V - recusar-se ou omitir-se a prestar o
submetidos, de modo que envolva dano à criança atendimento que lhe compete no exercício de
ou ao adolescente; suas atribuições, seja no expediente normal de
IV- Conclusão, pela prática de crime ou funcionamento do Conselho Tutelar, seja durante
contravenção, de sentença transitada em julgado; o período de plantão;
V- Descumprimento da jornada de VI - aplicar medida de proteção contrariando a
trabalho, dos prazos e funções que lhes sejam decisão colegiada do Conselho Tutelar; 3 36
estabelecidos em leis. VII - deixar de comparecer injustificadamente no
horário estabelecido, plantão, reuniões
colegiadas, Assembleias Gerais e nas capacitações
continuadas;
VIII - exercer atividade incompatível com o
exercício do cargo, nos termos desta lei;
IX - receber, em razão do cargo, gratificações,
custas, emolumentos, diligências e outros
benefícios financeiros além dos previstos nesta
lei;
X - descumprir as normas estabelecidas no
Estatuto da Criança e do Adolescente e na
Legislação Correlata, no exercício regular de suas
atribuições;
XI - deixar de cumprir suas atribuições
administrativas a que foram eleitos dentro do
colegiado;
XII - for condenado pela prática de crime doloso
ou culposo, contravenção penal ou pela prática de
infrações administrativas previstas na Lei Federal
nº 8.069, de 1990.
Base legal Art. 28, Lei 14.655/15, CURITIBA-PA.
Art. 15- Cabe ao CMDCA receber Art. 15- O processo disciplinar será instaurado
denúncias, apurar as irregularidades cometidas pela Comissão de Ética, instruído pela Comissão
por Conselheiro Tutelar, assegurado ao mesmo o de Instrução e julgado pelo CMDCA.
direito de ampla defesa. § 1º O processo será instaurado mediante
Parágrafo único: Verificada e decretada a representação do Ministério Público ou notícia
perda de mandato, o CMDCA declarará vago o fundamentada de qualquer cidadão, relativa à
posto de Conselheiro Tutelar, dando posse suposta falta ética/funcional do Conselheiro
imediata ao suplente, para o término do Tutelar, desde que devidamente identificado,
mandato. contendo a descrição dos fatos e a respectiva
indicação das provas.
§ 2º A Comissão de Ética tem caráter permanente,
formada por um representante de cada colegiado
regional do Conselho Tutelar de Camaçari e dois
membros do CMDCA, com mandato de 2 (dois)
anos.
§ 3º A Comissão de Instrução é temporária, com
duração de 180 (cento e oitenta) dias, convocada
e nomeada pelo CMDCA, exclusivamente para
cada processo disciplinar instaurado, composta
por 2 (dois) Conselheiros/as Tutelares da base dos
Conselhos Tutelares de Camaçari e 2 (um)
membro do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
§ 4º O (a) Conselheiro(a) Tutelar ou dos Direitos
da Criança e do Adolescente que tiver qualquer
tipo de envolvimento pessoal com o(a)
denunciante ou denunciado(a) deverá declarar-se
impedido(a) de compor a Comissão de Instrução.
§ 5º O processo de apuração será sigiloso, sendo
facultado ao representado e a seu advogado
consulta aos autos.
§ 6º O Representante do Ministério Público será
intimado, sendo-lhe facultado o
pronunciamento.. 37
§ 7º Fica assegurado o direito ao devido processo
legal, à ampla defesa e ao exercício do
contraditório, podendo o Conselheiro ser
representado por advogado.
§ 8º Compete à Comissão de Ética:
I - receber denúncia por quaisquer meios, físico
e/ou eletrônico, preencher formulário próprio e
orientar o (a) denunciante sobre a necessidade de
identificação e apresentação de provas no prazo
de 15 (quinze) dias após o fato denunciado;
II - arquivar denúncias cujas provas não forem
apresentadas no prazo legalmente
estabelecido e/ou as que se entenderem
improcedentes, informando ao CMDCA;
III - solicitar, em casos excepcionais, a presença
do/a denunciante e/ou do/a denunciado para
esclarecimento de fatos que melhor
fundamentem a denúncia;
IV - analisar, à luz da legislação em vigor, as
denúncias que lhe forem apresentadas,
procedendo ao enquadramento ético e
produzindo relatório com parecer indicativo de
provável infração ética;
V - encaminhar relatório indicativo e parecer de
provável infração ética ao CMDCA;
VI - indicar 2 Conselheiros Tutelares para
participar da Comissão de Instrução.
Compete à Comissão de Instrução:
I - estudar o processo, analisar as provas, fazer a
oitiva das partes - denunciante e
denunciando(a) e respectivas testemunhas;
II - realizar diligências, sempre que necessárias;
III - requisitar informações a setores e órgãos
envolvidos;
IV - solicitar estudos e pareceres a especialistas
sobre assuntos complexos que
componham o teor da denúncia;
V - produzir relatório final no prazo prescrito
indicando a ocorrência ou não de infração
disciplinar, bem como, a gravidade do fato e a
penalidade correlata;
VI - encaminhar relatório final ao CMDCA;
VII - participar da Assembleia Extraordinária de
Julgamento do CMDCA, onde
apresentará o seu relatório final, elucidando
dúvidas aos Conselheiros daquele Conselho,
quando couber.
§ 9º Compete ao CMDCA:
I - nomear a Comissão de Instrução;
II - convocar Assembleia Extraordinária para
Julgamento;
III - proceder à intimação do autor da
representação, do representado e seus
respectivos defensores, quando houver, e do
Ministério Público para comparecerem à
Assembleia Extraordinária, mencionando data,
hora e local em que será realizada;
IV - julgar o denunciado;
V - arquivar o procedimento quando a denúncia
for considerada improcedente;
VI - aplicar a sanção, quando a denúncia for
considerada procedente.
Constatada a falta funcional cometida pelo
Conselheiro Tutelar, poderão ser
aplicadas as seguintes sanções:
I- advertência escrita;
II - suspensão não remunerada, de 1 (um) dia a 6
(seis) meses;
III - perda do mandato.
§ 10º Aplicar-se-á a advertência escrita nas
hipóteses previstas no art. 14, incisos I, II, III, IV, V,
VI, VII, X, XI, desta lei, bem como no caso de
reincidência em falta funcional passível de
aplicação do termo de orientação.
§ 11º Aplicar-se-á a sanção de suspensão não
remunerada ocorrendo reincidência nas hipóteses
em que é prevista a advertência, além daquelas
previstas no art. 14, incisos VIII e IX, desta lei.
§ 11º Aplicar-se-á a sanção de perda da função na
hipótese prevista no art. 14, inciso XII, desta lei e
quando, após a aplicação de suspensão não
remunerada, o Conselheiro Tutelar cometer outra
falta funcional passível de suspensão não
remunerada.
§ 12º Considera-se reincidência quando o
Conselheiro Tutelar comete outra falta funcional,
depois de já ter recebido sanção por infração
anterior.
§ 13º Verificada e decretada a perda de mandato,
o CMDCA declarará vago o posto de Conselheiro
Tutelar, dando posse imediata ao suplente, para o
término do mandato.
Base legal, Capítulos VII e VIII da resolução n.
139/10, CONANDA.
Art. 16- São atribuições do Conselho
Tutelar o disposto no artigo 136 do Estatuto da
Criança e do Adolescente e outras previstas nesta
Lei e no Regimento Interno.
Art. 17- O exercício efetivo da função de
Conselheiro Tutelar constitui serviço público
relevante, estabelece presunção de idoneidade
moral e assegura prisão especial, em caso de
crime comum, até o julgamento definitivo,
conforme art. 135 do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Art. 18- Compete ao Conselho Tutelar
elaborar seu Regimento Interno e apresentar ao
CMDCA para aprovação.
Art. 19- O CMDCA regulamentará, através
de Resolução, o processo de escolha, posse e
transmissão de cargos dos membros do Conselho
Tutelar, que será fiscalizado pelo Ministério
Público, conforme art. 139 da Lei Federal nº
8.069/90.
Parágrafo Único: A Resolução de que trata
este artigo deverá ser publicada em edital público,
com prazo mínimo de 40 (quarenta) dias, e no
máximo de 60 (sessenta) dias antecedendo as
eleições e, prevendo, entre outros:
a)prazos;
b)impugnações e recursos;
c)horário, dia e local de realização das
eleições;
d)forma de votação;
e)apuração;
f)posse

Art. 20- Os Conselheiros Tutelares serão


eleitos pelo voto facultativo dos cidadãos
eleitores no município de Camaçari, devidamente
comprovado por título eleitoral, nos termos do
artigo 132 do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Art. 21- Serão impedidos de servir no
mesmo Conselho, marido e mulher, ascendente e
descendente, sogro, genro e nora, irmãos,
cunhados durante o cunhado, tio e sobrinho,
padrasto ou madrasta e enteado.
§1º- Estende-se o impedimento do
Conselheiro, na forma deste artigo, em relação à
autoridade judiciária e ao representante do
ministério Público, com atuação na Justiça da
Infância e da Juventude, em exercício na Comarca,
Foro Regional ou Distrital.
§2º- Estende-se, também, o impedimento
à autoridade pública, em exercício de mandato
executivo ou legislativo, no exercício de cargo de
confiança ou em mandato de Conselheiro
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Art. 22- São requisitos essenciais para se Art. 22- Podem candidatar-se ao cargo de
candidatar a membro do Conselho Tutelar: Conselheiro Tutelar cidadãos de Camaçari que,
I- Reconhecida idoneidade moral; além das condições de elegibilidade previstas no
II- Idade superior a 21 (vinte e um) anos; art. 14 da Constituição Federal, com exceção de
III- Residir no município há, pelo menos, filiação partidária, atendam aos seguintes
dois anos; requisitos:
IV- Ter sua candidatura indicada por I - reconhecida idoneidade moral, comprovada
entidade, escola ou movimento popular, que por certidões cíveis e criminais;
comprove reconhecida experiência no trato com II - idade igual ou superior a 21 (vinte e um) anos;
crianças e adolescentes; III - residência comprovada há mais de 2 (dois)
V- Submeter-se previamente, a prova anos na área de atuação do Conselho Tutelar, na
escrita, treinamento e avaliação coordenados data da apresentação da candidatura;
pelo CMDCA, sobre questões teóricas e/ou IV - comprovação da conclusão do ensino médio;
práticas, em torno das legislações específicas para V - pleno gozo dos direitos políticos;
infância e adolescência, família e funcionamento VI - possuir reconhecida experiência, por no
dos órgãos de garantias dos direitos. mínimo 3 (três) anos, na área de defesa e
Parágrafo único: Através de Resolução, o atendimento dos direitos da criança e do
CMDCA definirá a forma, duração e critérios para adolescente, devidamente comprovada de acordo
o treinamento e avaliação de que trata o inciso V com os critérios estabelecidos por resolução do
deste artigo. CMDCA;
VII - aprovação, com nota igual ou superior a 60 %
(sessenta por cento), em exame de conhecimento
específico acerca dos instrumentos normativos,
Lei 8069/90 (ECA). organização e funcionamento
do Sistema de Garantia de Direitos de crianças e
adolescentes, bem como conhecimento básico em
informática e internet;
IX - não ter sofrido perda do mandato de
Conselheiro Tutelar nos dois últimos mandatos.
§ 1º O preenchimento dos requisitos previstos no
caput será verificado pelo Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA,
em conformidade com a resolução que disporá
sobre o processo de escolha.
§ 2º Estão dispensados da comprovação dos
requisitos dos incisos I, II, III e VI os candidatos à
recondução.
§ 3º A impugnação de candidatura que não
preencha os requisitos desta Lei poderá ser
requerida por qualquer interessado, nos termos
da resolução publicada pelo CMDCA.
§ 4º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente publicará a relação dos
candidatos que atenderam a todos os requisitos,
informando a nota obtida na prova de
conhecimento específico e a data de nascimento,
em listas organizadas por Conselho Tutelar.
§ 5º As normas, as regras e as condições do
exame de conhecimento específico a que se
referem respectivamente os incisos VII e VIII deste
artigo, serão estabelecidas em Resolução
específica do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente - CMDCA.
§ 6º Na data da candidatura o Conselheiro Tutelar
deverá comprovar, por meio de
declaração de próprio punho, que não exerce
mandato eletivo, cargo em Comissão ou função
gratificada na Administração direta e indireta
federal, estadual e municipal.
§ 7ª No prazo de 48 (quarenta e oito) horas da
publicação do edital, abrir-se-á prazo de 10 (dez)
dias para o oferecimento de impugnações.
§ 8º As impugnações deverão ser efetuadas por
escrito, dirigidas à Comissão Eleitoral e instruídas
com as provas já existentes ou com a indicação de
onde poderão ser colhidas.
§ 9º Os candidatos impugnados serão
pessoalmente intimados para, no prazo de
5(cinco) dias úteis, contado da intimação,
apresentar defesa.
§ 10º Decorrido o prazo a que se refere o
parágrafo anterior, a Comissão Eleitoral, reunir-
se-á para avaliar as impugnações e defesas.
§ 11º A Comissão Eleitoral publicará em diário
oficial a relação dos candidatos que tiveram suas
inscrições deferidas, bem como notificará
pessoalmente o representante do Ministério
Público, abrindo-se o prazo de 3 (três) dias úteis
para que os interessados apresentem recurso
para a Plenária do CMDCA, que decidirá em
última instância, em igual prazo.
§ 12º O CMDCA, por intermédio da Comissão
Eleitoral, promoverá a divulgação do
processo de eleição e dos nomes dos candidatos
considerados habilitados por intermédio dos
meios de comunicação, zelando para que seja
respeitada a igualdade de espaço e inserção para
todos.
§ 13º A Comissão Eleitoral poderá promover
espaços de diálogos junto aos equipamentos
municipais e estaduais e comunidade em geral,
buscando a ampla divulgação da eleição e dos
candidatos, prezando sempre pelaimparcialidade.
§ 14º Os candidatos poderão divulgar suas
candidaturas entre os eleitores a partir da data da
publicação da relação das candidaturas
definitivas, observando-se o seguinte:
I - a divulgação das candidaturas será permitida
pela Internet e redes sociais e por meio da
distribuição de folhetos impressos e faixas, de
acordo com Resolução do CMDCA;
II - a propaganda individual será fiscalizada pela
Comissão Eleitoral, que determinará a imediata
suspensão ou cessação da propaganda que violar
o disposto nos dispositivos anteriores ou atentar
contra princípios éticos ou morais, ou contra a
honra subjetiva de qualquer candidato;
III - não será permitida propaganda de qualquer
espécie dentro dos locais de votação ou
imediações, raio de 100 (cem) metros do local de
votação, bem como não será tolerada qualquer
forma de aliciamento de eleitores.
§ 15º É vedada a vinculação político-partidária das
candidaturas, seja através da indicação no
material de propaganda, ou por meio de inserções
na mídia: legendas de partidos políticos, símbolos,
slogans, nomes ou fotografias de pessoas que,
diretamente, denotem tal vinculação.
§ 16º É expressamente vedado aos candidatos ou
as pessoas a estes vinculadas, transportar,
patrocinar ou intermediar o transporte de
eleitores aos locais de votação.
§ 17º É vedado ao candidato doar, oferecer,
prometer ou entregar ao eleitor bem ou
vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
brindes de pequeno valor.
§ 18º Em reunião própria, deverá a Comissão
Eleitoral dar conhecimento formal das regras de
campanha a todos os candidatos considerados
habilitados ao pleito, que firmarão compromisso
de respeitá-las e que estão cientes e acordes que
sua violação importará na exclusão do pleito ou
cassação do diploma respectivo.
§ 19º O CMDCA deverá estimular e facilitar ao
máximo o encaminhamento de notícias
de fatos que constituam violação das regras de
campanha por parte dos candidatos ou a sua
ordem, que deverão ser imediatamente apuradas
pela Comissão Eleitoral.
§ 20º Em caso de propaganda abusiva ou
irregular, ou qualquer outra infração prevista pela
legislação eleitoral, a Comissão Eleitoral, de ofício
ou a requerimento do Ministério Público ou de
outro interessado, providenciará a imediata
instauração de procedimento administrativo
investigatório específico, no qual será formulada a
representação e cientificado o representado para
apresentar defesa e arrolar suas testemunhas, no
prazo de 3 dias úteis.
§ 21º Vencido o prazo acima referido, com ou sem
a apresentação de defesa, a Comissão Eleitoral
designará data para realização de sessão
específica para instrução e julgamento do caso
que deverá ocorrer no prazo máximo de 48
(quarenta e oito) horas.
§ 22º O representado e seu defensor, se houver,
serão intimados da data da sessão.
§ 23º O representante do Ministério Público será
cientificado da data da sessão, facultando se a
manifestação do órgão ministerial em todos os
atos.
§ 24º Na oitiva das testemunhas, primeiro serão
ouvidas as indicadas na representação e as de
interesse da Comissão, sendo por último as
arroladas pela defesa.
§ 25º Finda a instrução se dará a palavra ao
representante e ao representado, bem como ao
órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo
prazo de 10 (dez) minutos para cada um.
§ 26º Após as manifestações orais, a Comissão
deverá proferir uma das seguintes decisões:
I- arquivamento;
II- advertência;
III - multa, estipulada na resolução
regulamentadora e revertida ao Fundo Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente;
IV - cassação da candidatura do infrator.
§ 27º Da decisão da Comissão Eleitoral caberá
recurso à plenária do CMDCA, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas da sessão de julgamento.
§ 28º O CMDCA designará sessão extraordinária
para julgamento do (s) recurso(s) interposto(s),
dando-se ciência ao denunciante, ao candidato
acusado e ao representante do Ministério Público.
§ 29º Será facultada a sustentação oral na sessão
extraordinária para julgamento do recurso, por
um período de até 10 (dez) minutos para cada
uma das partes.
§ 30º O processo de eleição acontecerá em um
único dia, conforme previsto em edital, com início
da votação às 08h00 e término as 17h00min,
facultado o voto, após este horário, a eleitores
que estiverem na fila de votação, aos quais
deverão ser distribuídas senhas.
I- Nos locais e cabines de votação serão fixadas
listas com relação de nomes, cognomes, fotos e
números dos candidatos ao Conselho Tutelar.
II- As cédulas de votação serão rubricadas por
pelo menos 2 (dois) dos integrantes da mesa
receptora, caso não haja a obtenção de urnas
eletrônicas.
III- Serão consideradas nulas as cédulas que não
estiverem rubricadas na forma do § 2º, e/ou que
apresentem escritos ou rasuras que não permitam
aferir a vontade do eleitor.
§ 31º No dia da votação, todos os integrantes do
CMDCA deverão permanecer em
regime de plantão, acompanhando o desenrolar
do pleito, podendo receber notícias de violação
das regras estabelecidas e realizar diligências para
sua constatação.
I- Os candidatos poderão fiscalizar pessoalmente
ou por intermédio de representantes,
previamente cadastrados e credenciados, a
recepção e apuração dos votos.
II- Em cada local de votação e local de apuração
será permitida a presença de 1 (um) único
representante por candidato.
III- Encerrada a votação, proceder-se-á
imediatamente a contagem dos votos e sua
apuração, sob responsabilidade do CMDCA e
fiscalização do Ministério Público.
IV- Os candidatos ou seus representantes
credenciados poderão apresentar impugnação à
medida que os votos forem sendo apurados,
cabendo a decisão à própria Comissão Eleitoral,
que decidirá de plano.
V- Concluída a apuração dos votos e decididas as
eventuais impugnações, a Comissão Eleitoral
providenciará a lavratura de ata circunstanciada
sobre a votação e apuração, mencionando os
nomes dos candidatos votados, com número de
sufrágios recebidos e todos os incidentes
eventualmente ocorridos, colhendo as assinaturas
dos membros da Comissão, candidatos, fiscais,
representante do Ministério Público e quaisquer
cidadãos que estejam presentes e queiram
assinar, afixando cópia no local de votação, na
sede do CMDCA e nos editais do Prédio Central da
Prefeitura Municipal e das Regionais
Administrativas.Base legal Resolução 170,
CONANDA / Lei 14.655/15, CURITIBA-PA
Art. 23- Os 5 primeiros candidatos mais votados
em cada região administrativa serão
considerados eleitos, ficando os seguintes, pela
respectiva ordem de votação, como suplentes.
§ 1º Em caso de empate, serão adotados,
sucessivamente, os seguintes critérios para o
desempate dos candidatos:
I - maior nota no exame de conhecimento
específico;
II - maior tempo de atuação na área da infância e
juventude;
III - maior idade.
Art. 24- Ao CMDCA, no prazo de 2 (dois) dias da
apuração, poderão ser interpostos recursos das
decisões da Comissão Eleitoral nos trabalhos de
apuração, desde que a impugnação tenha
constado expressamente em ata.
§ 1º O CMDCA decidirá os eventuais recursos no
prazo máximo de 5 (cinco) dias e baixará
resolução homologando o resultado definitivo do
processo de eleição, enviando cópias ao Prefeito
Municipal, ao representante do Ministério Público
e ao Juiz da Infância e da Juventude.
§ 1º O CMDCA manterá em arquivo permanente
todas as resoluções, editais, atas e demais atos
referentes ao processo de eleição do Conselho
Tutelar, sendo que os votos e as fichas de
cadastramento de eleitores deverão ser
conservados por 6 (seis) meses e, após, poderão
ser destruídos.
Art. 25- Ocorrendo vacância no cargo, assumirá o
suplente que houver recebido o maior número de
votos, de sua regional administrativa, para o que
será imediatamente convocado.
Acrescenta-se com base legal Resolução 170,
CONANDA / Lei 14.655/15, CURITIBA-PA
CAPITULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 24- Esta Lei entrará em vigor na data
de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
CAMAÇARI, EM 17 DE JANEIRO DE 2008 (aqui já
alterada pela Lei 1.043/2009).
LUIS CARLOS CAETANO
Prefeito

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