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RESOLVE:
Art. 1°. O Conselho Tutelar, criado pela Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990 e
regulamentado pela Lei Municipal 14.655 de 18 de maio de 2015, reger-se-á pelo
presente regimento e pela legislação que lhe for aplicável.
Art. 2°. O Conselho Tutelar é composto por cinco (05) membros, escolhidos pelos
eleitores locais para mandato de quatro (04) anos, sendo empossados pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba – COMTIBA, permitida
uma recondução.
Art. 3°. Cada Conselho Tutelar terá abrangência territorial correspondente a de cada
circunscrição das regiões administrativas do Município de Curitiba e funcionará no
endereço disposto pela Prefeitura Municipal.
Art.4°. O atendimento ao público será de segunda à sexta-feira das 08:00 às 18:00 horas.
§ 2°. Aos sábados, domingos, feriados e semanalmente no período das 18:00 às 08:30,
permanecerá um plantão domiciliar mediante escala de serviços divulgada anualmente,
em que o conselheiro tutelar plantonista de cada regional atenderá aos chamados por
solicitação do programa específico em vigor, por meio do celular de plantão de cada
Conselho Tutelar.
§ 3º. O atendimento em plantão se dará nos casos de ameaça ou violação de direitos, nas
hipóteses previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 7°. Cabe ao Conselho Tutelar manter dados estatísticos acerca das maiores
demandas de atendimento, que deverão ser apresentadas ao Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA, trimestralmente, de modo a permitir a
definição, por parte deste, de políticas e programas específicos que permitam o
encaminhamento e eficaz solução dos casos respectivos.
§ 1º. O Conselho Tutelar deverá participar, com direito à voz, das reuniões ordinárias e
extraordinárias do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –
COMTIBA, devendo para tanto ser prévia e oficialmente comunicado das datas, horários
e locais onde estas serão realizadas, bem como de suas respectivas pautas.
§ 2º. O Conselho Tutelar deverá ser também consultado quando da elaboração das
propostas de Plano Orçamentário Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei
Orçamentária Anual, participando de sua definição e apresentando sugestões para planos
e programas de atendimento à população infanto-juvenil a serem contemplados no
orçamento público de forma prioritária, a teor do disposto nos Arts. 4º, caput, e parágrafo
único, alíneas "c" e "d" e 136, IX, da Lei nº 8.069/1990, e Art. 227, caput, da Constituição
Federal.
DA COMPETÊNCIA
II – pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
DA ORGANIZAÇÃO
I – Assembleia Geral,
II – Comissão de Presidentes,
IV – Comissão de Ética,
V – Comissões Temáticas.
DA ASSEMBLÉIA GERAL
Art. 12. O quórum mínimo será de 2/3 (dois terços) dos conselheiros titulares em primeira
convocação e de qualquer número, em segunda convocação, a realizar-se meia hora
depois.
Art. 13. Em cada assunto colocado em votação poderão ser levantadas questões de
ordem, até o número máximo de três, que serão submetidas à votação, sendo a decisão
dada por maioria simples.
III– definir o tema e o mês em que poderão acontecer as audiências públicas regionais
e/ou municipal;
Art. 17. O colegiado de presidentes reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês, na
primeira terça-feira do mês, em meio período e extraordinariamente por convocação da
maioria absoluta de seus membros, quando se fizer necessário.
IX – encerramento da reunião.
Art. 22. A votação será aberta e nominal, votando em primeiro lugar o responsável pelo
assunto, seguido pelos demais conselheiros, sem ordem de preferência.
Art. 23. Cada colegiado regional se reunirá ordinariamente uma vez por semana e,
extraordinariamente, sempre que convocado.
§1º. As sessões ordinárias ocorrerão todas as quartas-feiras, com inicio às 08:30 horas,
contando com a presença de, no mínimo 03 (três) conselheiros tutelares, ocasião em que
serão referendadas, ou não, as decisões tomadas individualmente, em caráter
emergencial, bem como formalizada a aplicação das medidas cabíveis às crianças, aos
adolescentes e às famílias atendidas.
Art.24. Irão à deliberação os assuntos de maior relevância, ou que exigirem estudo mais
aprofundado.
Art.25. As deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos dos conselheiros
tutelares, respeitadas disposições definidas em Lei, cabendo ao presidente do Conselho
Tutelar, quando necessário, o voto de desempate.
Art. 26. Poderão participar das reuniões, mediante convite, sem direito a voto,
representantes e dirigentes de instituições, cujas atividades contribuam para a realização
dos objetivos do Conselho Tutelar.
Art. 27. De cada sessão plenária do Conselho Tutelar, será lavrada uma ata assinada
pelos conselheiros tutelares presentes registrando os assuntos tratados e as
deliberações tomadas.
Art. 28. Cada colegiado regional indicará, dentre seus membros, 04 (quatro) conselheiros
tutelares que exercerão as atribuições de presidente, vice-presidente, primeiro secretário
e segundo secretário.
§1º. O mandato dos membros terá duração de 06 (seis) meses, permitida a recondução,
estimulando-se o regime de rodízio entre os membros.
I – presidir as reuniões plenárias, tomando parte nas discussões e votações, com direito a
voto;
III – enviar aos órgãos competentes a escala anual de plantões dos conselheiros
tutelares;
DA COMISSÃO DE ÉTICA
Art. 31. A posse do conselheiro tutelar implica no conhecimento das regras éticas que
condicionam atividade exercida, tornando seu cumprimento obrigatório.
Art. 35. O processo disciplinar para apurar os fatos e aplicar penalidades ao conselheiro
tutelar que praticar falta funcional será instaurado pela Comissão de Ética, instruído pela
Comissão de Instrução e julgado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – COMTIBA.
§ 3º. A Comissão de Instrução é temporária, com duração de 180 (cento e oitenta) dias,
convocada e nomeada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
– COMTIBA, exclusivamente para cada processo disciplinar instaurado, composta por 02
(dois) conselheiros tutelares da base do Conselho Tutelar e 01 (um) membro do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA.
§ 4º. A indicação dos 02 (dois) conselheiros tutelares que irão compor a Comissão de
Instrução será realizada pela Comissão de Ética, em seu relatório indicativo ao Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA. A Comissão de Ética
indicará um de seus membros, bem como a regional do Conselho Tutelar, a qual deverá
nomear, no prazo de 07 (sete) dias, um conselheiro tutelar, que não seja membro da
Comissão de Ética ou suplente, prezando sempre pelo rodízio.
§ 5º. O conselheiro tutelar que tiver qualquer tipo de envolvimento pessoal com o
denunciante ou denunciado deverá declarar-se impedido de compor a Comissão de
Instrução.
§ 8º. Fica assegurado o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao exercício do
contraditório, podendo o conselheiro tutelar ser representado por advogado.
Art. 36. Os trabalhos da Comissão de Ética do Conselho Tutelar serão organizados por
seu Regimento Interno Específico.
Art. 37. A Comissão de Ética é competente pra orientar e aconselhar sobre a ética
inerente à função exercida, cabendo a ela:
I – instaurar, de oficio, por ato de seu presidente, processo disciplinar em face de conduta
de conselheiro tutelar que possa configurar, em tese, infração ética;
DOS AUXILIARES
Art. 38. Cada regional do Conselho Tutelar manterá uma secretaria geral, destinada ao
suporte administrativo necessário ao seu funcionamento, utilizando instalações e
funcionários cedidos ou contratos pelo Poder Executivo Municipal.
DOS SUPLENTES
DA PERDA DO MANDATO
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42. Este Regimento Interno do Conselho Tutelar será aprovado por maioria absoluta
em Assembleia Geral, especialmente convocada para esse fim, e posteriormente
encaminhado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –
COMTIBA para ser publicado em Diário Oficial, conforme estabelece o Art.20, I e II da Lei
14.655/2015.