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RESOLUÇÃO Nº 237

PUBLICADO NO D.O.M. Aprova o Regimento Interno do


No 237 de 18 DEZ 2015 Conselho Tutelar de Curitiba

O CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE DE CURITIBA – COMTIBA, em Reunião Ordinária realizada no dia 8 de
dezembro de 2015, no uso de suas atribuições legais e considerando o disposto na Lei
Municipal n.º 14.655 de 18 de maio de 2015,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o Regimento Interno do Conselho Tutelar de Curitiba, parte


integrante desta Resolução.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba, 8 de dezembro de 2015.

Cátia Regina Kleinke Jede


Presidente - COMTIBA
ANEXO

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO TUTELAR DE CURITIBA

Aprovado em Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares de Curitiba realizada em 21


de Outubro de 2015.

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1°. O Conselho Tutelar, criado pela Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990 e
regulamentado pela Lei Municipal 14.655 de 18 de maio de 2015, reger-se-á pelo
presente regimento e pela legislação que lhe for aplicável.

Art. 2°. O Conselho Tutelar é composto por cinco (05) membros, escolhidos pelos
eleitores locais para mandato de quatro (04) anos, sendo empossados pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba – COMTIBA, permitida
uma recondução.

Parágrafo único – O número de regionais do Conselho Tutelar será definido em Lei


Municipal.

Art. 3°. Cada Conselho Tutelar terá abrangência territorial correspondente a de cada
circunscrição das regiões administrativas do Município de Curitiba e funcionará no
endereço disposto pela Prefeitura Municipal.

Art.4°. O atendimento ao público será de segunda à sexta-feira das 08:00 às 18:00 horas.

§ 1º Nas quartas feiras o atendimento ao público será ofertado pelos servidores


municipais postos a serviço do Conselho Tutelar, e os Conselheiros Tutelares conforme
descrito no Art.23 deste regimento.

§ 2°. Aos sábados, domingos, feriados e semanalmente no período das 18:00 às 08:30,
permanecerá um plantão domiciliar mediante escala de serviços divulgada anualmente,
em que o conselheiro tutelar plantonista de cada regional atenderá aos chamados por
solicitação do programa específico em vigor, por meio do celular de plantão de cada
Conselho Tutelar.

§ 3º. O atendimento em plantão se dará nos casos de ameaça ou violação de direitos, nas
hipóteses previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

§ 4º. As compensações por serviços prestados em horário noturno ou plantão, somente


serão admitidas quando, pelo adiantado da hora de encerramento dos trabalhos, venham
a prejudicar o desempenho das funções no dia útil subsequente, sendo considerado
nesses casos o inicio do expediente 08 horas após o termino do atendimento.
§ 5º. Quando uma alteração na jornada de trabalho do conselheiro tutelar se fizer
necessária deverá ser referendada pelo colegiado regional, desde que não infrinja a
legislação vigente.

DAS ATRIBUIÇÕES

Art.5°. O Conselho Tutelar é o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,


encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos na Lei n°8.069/1990.

Art. 6°. São atribuições dos conselheiros tutelares:

I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos Arts. 98 e 105,


aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII da Lei 8.069/1990;

II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no Art.


129, I a VII da Lei 8.069/1990;

III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a)requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, Assistência social,


previdência, trabalho e segurança;

b)representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de


suas deliberações.

IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa


ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no


Art. 101, I a VI da Lei 8.069/1990, para o adolescente autor de ato infracional;

VII – expedir notificações;

VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando


necessário;

IX – assessorar o Poder Executivo Local na elaboração da proposta orçamentária para


planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos


no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, depois de esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do
adolescente junto à família natural;

XII – fiscalizar as Entidades governamentais e não governamentais, conforme o Art.95 do


Estatuto da Criança e do Adolescente.

XIII – subsidiar o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –


COMTIBA na elaboração de projetos, quanto às prioridades do atendimento à criança e
ao adolescente;

XIV - subsidiar o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –


COMTIBA na elaboração de projetos através de dados informativos, quanto às
prioridades do atendimento relacionado à situação da criança e do adolescente no
Município,

XV- alimentar o Sistema de Informação para a Infância e Adolescência – SIPIA CT WEB,


quanto às situações de suspeitas ou violações de direitos da criança e do adolescente no
município de Curitiba.

XVI – desempenhar outras atribuições previstas em Lei atinentes à criança e o


adolescente.

Parágrafo único – Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender


necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as
providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.

Art. 7°. Cabe ao Conselho Tutelar manter dados estatísticos acerca das maiores
demandas de atendimento, que deverão ser apresentadas ao Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA, trimestralmente, de modo a permitir a
definição, por parte deste, de políticas e programas específicos que permitam o
encaminhamento e eficaz solução dos casos respectivos.

§ 1º. O Conselho Tutelar deverá participar, com direito à voz, das reuniões ordinárias e
extraordinárias do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –
COMTIBA, devendo para tanto ser prévia e oficialmente comunicado das datas, horários
e locais onde estas serão realizadas, bem como de suas respectivas pautas.

§ 2º. O Conselho Tutelar deverá ser também consultado quando da elaboração das
propostas de Plano Orçamentário Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei
Orçamentária Anual, participando de sua definição e apresentando sugestões para planos
e programas de atendimento à população infanto-juvenil a serem contemplados no
orçamento público de forma prioritária, a teor do disposto nos Arts. 4º, caput, e parágrafo
único, alíneas "c" e "d" e 136, IX, da Lei nº 8.069/1990, e Art. 227, caput, da Constituição
Federal.
DA COMPETÊNCIA

Art. 8°. A competência territorial do Conselho Tutelar será determinada:

I – pelo domicílio dos pais ou responsável;

II – pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.

§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.

§ 2º. A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da


residência dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que acolher a
criança ou adolescente.

§ 3º. Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou


televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da
penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a
sentença eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.

DA ORGANIZAÇÃO

Art. 9º. São instancias do Conselho Tutelar:

I – Assembleia Geral,

II – Comissão de Presidentes,

III – Colegiados Regionais,

IV – Comissão de Ética,

V – Comissões Temáticas.

DA ASSEMBLÉIA GERAL

Art. 10. A Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares é a instância máxima do


Conselho Tutelar, composta pelos conselheiros tutelares, com a finalidade de debater e
decidir assuntos pertinentes ao trabalho do Conselho Tutelar.

Parágrafo único – Todos os conselheiros tutelares, titulares ou suplentes, convocados,


poderão participar das reuniões da Assembleia Geral, tendo direito a voto apenas aqueles
enquadrados como titulares.
Art. 11. A Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares reunir-se-á ordinariamente
trimestralmente, exclusivamente na quarta-feira, e extraordinariamente quantas vezes
forem necessárias, convocada pelo colegiado de presidentes, sendo garantido o
atendimento da população através do regime de plantão, conforme art. 4º, § 4º e § 5º do
presente regimento.

Parágrafo único – A Assembleia deverá ser convocada através de correspondência


escrita ou por meio de correio eletrônico, endereçada ao presidente de cada conselho
regional e ainda, destacando-se a data, o horário e o local de realização da mesma, com
um mínimo de 15 (quinze) dias de antecedência, e para as assembleias extraordinárias
48 horas de antecedência.

Art. 12. O quórum mínimo será de 2/3 (dois terços) dos conselheiros titulares em primeira
convocação e de qualquer número, em segunda convocação, a realizar-se meia hora
depois.

Parágrafo único – As deliberações da Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares serão


tomadas por maioria simples dos conselheiros titulares presentes, exceto aquelas que
versem sobre alteração do presente regimento, casos em que será exigida maioria de 2/3
(dois terços) dos conselheiros titulares.

Art. 13. Em cada assunto colocado em votação poderão ser levantadas questões de
ordem, até o número máximo de três, que serão submetidas à votação, sendo a decisão
dada por maioria simples.

Parágrafo único – Se houver impasse nas votações, o coordenador do colegiado de


presidentes convocará nova Assembleia Geral a ser realizada em não menos de 48 horas
e não mais de 05 (cinco) dias úteis da data da Assembleia.

Art. 14. É da competência da Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares:

I – apreciar, discutir e aprovar o relatório trimestral a ser apresentado ao Conselho


Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA, nos moldes do Art. 24
da Lei Municipal 14.655/2015;

II – referendar os membros da Comissão de Ética e das Comissões Temáticas,


aprovando a indicação de um representante por regional do Conselho Tutelar;

III– definir o tema e o mês em que poderão acontecer as audiências públicas regionais
e/ou municipal;

IV – aprovar a criação ou extinção de Comissões Temáticas cuja função é de efetivar os


direitos de crianças e adolescentes, citados na Lei 8.069/1990, que será apreciada pela
plenária;

V – alterar, modificar, reformar e aprovar o Regimento Interno.


DO COLEGIADO DE PRESIDENTES

Art. 15. O Colegiado de Presidentes é constituído pelos conselheiros presidentes de cada


regional do Conselho Tutelar, com a função de disciplinar a organização interna do
colegiado do Conselho Tutelar e a finalidade de coordenar e uniformizar as atividades
destes no cumprimento de suas atribuições, a partir das deliberações da Assembleia
Geral dos Conselheiros Tutelares.

Art. 16. Compete ao colegiado de presidentes do Conselho Tutelar:

I– uniformizar a forma de prestar o trabalho, bem como o atendimento do Conselho


Tutelar, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente e legislação correlata;

II– manifestar-se em nome do Conselho Tutelar;

III – representar publicamente o Conselho Tutelar ou designar representantes destes junto


à sociedade e ao Poder Público;

IV– decidir sobre os conflitos de competência entre as regionais do Conselho Tutelar;

V– convocar e coordenar a Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares, definindo


anualmente as datas das Assembleias Gerais Ordinárias;

VI– convocar e designar conselheiros tutelares para representar o Conselho Tutelar em


cursos, eventos, reuniões de trabalho e outros eventos similares.

Art. 17. O colegiado de presidentes reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês, na
primeira terça-feira do mês, em meio período e extraordinariamente por convocação da
maioria absoluta de seus membros, quando se fizer necessário.

Parágrafo único – O colegiado de presidentes instalar-se-á e poderá tomar decisões coma


maioria de seus membros.

Art.18. O colegiado de presidentes indicará, dentre seus membros, 04 (quatro)


conselheiros tutelares que exercerão as atribuições de coordenador, vice coordenador,
primeiro secretário e segundo secretário, com mandato de 06 (seis) meses.

Art. 19. Compete ao Coordenador:

I – referendar a si mesmo e aos demais presidentes;

II – dirigir as reuniões, atendendo aos pontos de pauta;

III – submeter as matérias e casos a apreciação, discussão e votação, colhendo os votos,


proclamando o resultado e os encaminhamentos;
IV– estimular as formas colegiadas de ação, com prevalência da opinião do colegiado do
Conselho Tutelar sobre a do conselheiro;

V – encaminhar a correspondência e a documentação oficial emitida pelo colegiado de


presidentes;

VI– comunicar as regionais do Conselho Tutelar quando houver a ausência injustificada


do seu representante nas reuniões, bem como à Comissão de Ética, para a tomada de
medidas cabíveis;

VII– convocar reunião extraordinária para apreciar matéria de casos de urgência.

Parágrafo único – Compete ao vice coordenador auxiliar o coordenador no cumprimento


de suas atribuições e substituí-lo quando necessário.

Art. 20. Compete ao primeiro secretário:

I – redigir a ata da reunião, elaborar documentos e encaminhar correspondências e


informes;

II – conferir a presença dos representantes e registrar a presença de eventuais


convidados;

III – proceder a leitura da ata da reunião anterior;

IV – oficiar as regionais do Conselho Tutelar referente as deliberações do colegiado de


presidentes, comunicando cada regional por meio do encaminhamento das atas das
reuniões do colegiado de presidentes, sendo que as deliberações deverão ser grifadas
para o devido destaque.

Parágrafo único – Compete ao segundo secretário auxiliar o primeiro secretário no


cumprimento de suas atribuições, e substituí-lo nos seus impedimentos.

Art. 21. A reunião do colegiado de presidentes desenvolver-se-á da seguinte forma:

I – chamada dos conselheiros e abertura da reunião;

II – leitura da ata da reunião anterior;

III – leitura e aprovação da pauta e das correspondências recebidas, a serem avaliadas


pelo colegiado de presidentes;

IV – informes dos representantes acerca do trabalho desenvolvido nas regionais do


Conselho Tutelar;

V – relatos das participações exercidas pelos seus membros;


VI – condução dos trabalhos, com apreciação, discussão geral e votação dos assuntos a
serem deliberados, compreendendo:
a) exposição pelo responsável do assunto;
b) discussão geral;
c) votação.

VII – proclamação do resultado final da votação e dos encaminhamentos decorrentes;

VIII– demais assuntos e deliberações;

IX – encerramento da reunião.

Art. 22. A votação será aberta e nominal, votando em primeiro lugar o responsável pelo
assunto, seguido pelos demais conselheiros, sem ordem de preferência.

Parágrafo único – Em caso de empate na votação, o assunto deverá retornar as regionais


do Conselho Tutelar para nova votação na próxima reunião, ou ainda, se necessário, ir à
votação em Assembleia Geral dos Conselheiros Tutelares.

DOS CONSELHOS REGIONAIS

Art. 23. Cada colegiado regional se reunirá ordinariamente uma vez por semana e,
extraordinariamente, sempre que convocado.

§1º. As sessões ordinárias ocorrerão todas as quartas-feiras, com inicio às 08:30 horas,
contando com a presença de, no mínimo 03 (três) conselheiros tutelares, ocasião em que
serão referendadas, ou não, as decisões tomadas individualmente, em caráter
emergencial, bem como formalizada a aplicação das medidas cabíveis às crianças, aos
adolescentes e às famílias atendidas.

§ 2º. As questões administrativas do Conselho Tutelar serão decididas ao final de cada


reunião ou em reunião específica para este fim, sendo que as decisões deverão ser
deliberadas com a presença da totalidade dos conselheiros tutelares.

§ 3º. No período da tarde das quartas-feiras, as atividades objetivarão planejamento;


avaliações de ações; análise de prática; participação em capacitações, eventos alusivos
aos direitos da criança/adolescente, seminários e assembleias; buscando o
aprimoramento do conselheiro tutelar e do funcionamento do Conselho Tutelar.

Art.24. Irão à deliberação os assuntos de maior relevância, ou que exigirem estudo mais
aprofundado.

Parágrafo único – Será facultado, nos casos de maior complexidade, a requisição da


intervenção de profissionais das áreas jurídica, psicológica, pedagógica e de serviço
social, que poderão ter seus serviços requisitados junto aos órgãos municipais
competentes, na forma do disposto no Artigo136, III, alínea “a”, da Lei nº. 8.069/1990.

Art.25. As deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos dos conselheiros
tutelares, respeitadas disposições definidas em Lei, cabendo ao presidente do Conselho
Tutelar, quando necessário, o voto de desempate.

Art. 26. Poderão participar das reuniões, mediante convite, sem direito a voto,
representantes e dirigentes de instituições, cujas atividades contribuam para a realização
dos objetivos do Conselho Tutelar.

Art. 27. De cada sessão plenária do Conselho Tutelar, será lavrada uma ata assinada
pelos conselheiros tutelares presentes registrando os assuntos tratados e as
deliberações tomadas.

Art. 28. Cada colegiado regional indicará, dentre seus membros, 04 (quatro) conselheiros
tutelares que exercerão as atribuições de presidente, vice-presidente, primeiro secretário
e segundo secretário.

§1º. O mandato dos membros terá duração de 06 (seis) meses, permitida a recondução,
estimulando-se o regime de rodízio entre os membros.

§2º. Na ausência, ou impedimento de qualquer um dos titulares dos cargos, os mesmos


serão substituídos pela sequencia da hierarquia.

§ 3º. As questões que não couberem ao colegiado regional serão encaminhadas ao


colegiado de presidentes.

Art. 29. Compete ao conselheiro tutelar presidente:

I – presidir as reuniões plenárias, tomando parte nas discussões e votações, com direito a
voto;

II – convocar sessões ordinárias e extraordinárias;

III – representar o Conselho Tutelar, ou delegar a sua representação;

IV – assinar a correspondência oficial do Conselho Tutelar;

V – requisitar ao representante legal do órgão ao qual está vinculado, a designação de


servidores municipais, necessários ao funcionamento da regional do Conselho Tutelar;

VI – orientar, coordenar e fiscalizar o serviço administrativo conforme deliberações do


colegiado.

Art. 30. Compete ao conselheiro secretário:


I – orientar, coordenar e fiscalizar o serviço administrativo conforme deliberações do
colegiado;

II – secretariar as reuniões conjuntas;

III – enviar aos órgãos competentes a escala anual de plantões dos conselheiros
tutelares;

IV – prestar as informações que lhe forem requeridas, salvaguardando as questões


sigilosas;

V– agendar os compromissos do Conselho Tutelar.

Parágrafo único – As atividades desenvolvidas pela Secretaria poderão ser distribuídas


entre o primeiro e o segundo secretários.

DA COMISSÃO DE ÉTICA

Art. 31. A posse do conselheiro tutelar implica no conhecimento das regras éticas que
condicionam atividade exercida, tornando seu cumprimento obrigatório.

Parágrafo Único – O exercício da função de conselheiro tutelar pressupõe e induz


idoneidade moral, tanto quanto não tenha ocorrido a prática da infração ética,
devidamente julgada.

Art. 32. São deveres do Conselheiro Tutelar:

I – exercer com zelo e dedicação as suas atribuições, conforme a Lei nº 8.069, de


1990;
II – obedecer aos prazos regimentais para suas manifestações e exercício das
demais atribuições;
III – comparecer, por representação, às sessões plenárias do Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente;
IV – observar e cumprir as normas legais e regulamentares;
V – atender com presteza ao público, prestando as informações requeridas,
ressalvadas às protegidas por sigilo;
VI – zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;
VII – manter conduta compatível com a natureza da função que desempenha;
VIII – guardar, quando necessário, sigilo sobre assuntos de que tomar
conhecimento;
IX – ser assíduo e pontual;
X – tratar com urbanidade as pessoas;
XI – participar, integralmente, das capacitações continuadas promovidas pelo
Poder Executivo Municipal.
Art. 33. Ao Conselheiro Tutelar é vedado:

I – ausentar-se da sede do Conselho Tutelar durante os expedientes, salvo quando


em diligências ou por necessidade do serviço;
II – recusar fé a documento público;
III – opor resistência ao andamento do serviço;
IV – delegar a pessoa que não seja Conselheiro Tutelar o desempenho de suas
atribuições;
V – valer-se da função para lograr proveito pessoal ou de outrem;
VI – receber comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de
suas atribuições;
VII – proceder de forma desidiosa;
VIII – exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício da função e com
o horário de trabalho;
IX – exceder no exercício da função, abusando de suas atribuições específicas;
X – fazer propaganda político-partidária no exercício de suas funções;
XI – aplicar medidas a crianças, adolescentes, pais ou responsável sem a prévia
discussão e decisão do Conselho Tutelar de que faça parte, salvo em situações
emergenciais, que serão submetidas em seguida ao referendo do colegiado.

Art. 34. Comete falta funcional o Conselheiro Tutelar que:

I – usar da função em benefício próprio;


II – romper sigilo em relação aos casos analisados pelo Conselho Tutelar que
integre;
III – mantiver conduta incompatível com o cargo que ocupa;
IV – exceder-se no exercício da função, abusando da autoridade que lhe foi
conferida;
V – recusar-se ou omitir-se a prestar o atendimento que lhe compete no exercício
de suas atribuições, seja no expediente normal de funcionamento do Conselho
Tutelar, seja durante o período de plantão;
VI – aplicar medida de proteção contrariando a decisão colegiada do Conselho
Tutelar;
VII – deixar de comparecer injustificadamente no horário estabelecido, plantão,
reuniões colegiadas,
Assembleias Gerais e nas capacitações continuadas;
VIII – exercer atividade incompatível com o exercício do cargo, nos termos desta
lei;
IX – receber, em razão do cargo, gratificações, custas, emolumentos, diligências e
outros benefícios financeiros além dos previstos nesta lei;
X – descumprir as normas estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente
e na Legislação Correlata, no exercício regular de suas atribuições;
XI – deixar de cumprir suas atribuições administrativas a que foram eleitos dentro
do colegiado;
XII – for condenado pela prática de crime doloso ou culposo, contravenção penal
ou pela prática de infrações administrativas previstas na Lei Federal nº 8.069, de
1990.

Art. 35. O processo disciplinar para apurar os fatos e aplicar penalidades ao conselheiro
tutelar que praticar falta funcional será instaurado pela Comissão de Ética, instruído pela
Comissão de Instrução e julgado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – COMTIBA.

§ 1º. O processo será instaurado mediante representação do Ministério Público ou notícia


fundamentada de qualquer cidadão, relativa à suposta falta ética/funcional do conselheiro
tutelar, desde que devidamente identificado, contendo a descrição dos fatos e a
respectiva indicação das provas.

§ 2º. A Comissão de Ética tem caráter permanente, formada por um representante de


cada regional do Conselho Tutelar, com mandato de 02 (dois) anos, desde que não
estejam respondendo a processo disciplinar.

§ 3º. A Comissão de Instrução é temporária, com duração de 180 (cento e oitenta) dias,
convocada e nomeada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
– COMTIBA, exclusivamente para cada processo disciplinar instaurado, composta por 02
(dois) conselheiros tutelares da base do Conselho Tutelar e 01 (um) membro do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA.

§ 4º. A indicação dos 02 (dois) conselheiros tutelares que irão compor a Comissão de
Instrução será realizada pela Comissão de Ética, em seu relatório indicativo ao Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMTIBA. A Comissão de Ética
indicará um de seus membros, bem como a regional do Conselho Tutelar, a qual deverá
nomear, no prazo de 07 (sete) dias, um conselheiro tutelar, que não seja membro da
Comissão de Ética ou suplente, prezando sempre pelo rodízio.

§ 5º. O conselheiro tutelar que tiver qualquer tipo de envolvimento pessoal com o
denunciante ou denunciado deverá declarar-se impedido de compor a Comissão de
Instrução.

§ 6º. O processo de apuração será sigiloso, sendo facultado ao representado e a seu


advogado, quando constituído, consulta aos autos.

§ 7º. O Representante do Ministério Público será intimado, sendo-lhe facultado o


pronunciamento.

§ 8º. Fica assegurado o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao exercício do
contraditório, podendo o conselheiro tutelar ser representado por advogado.
Art. 36. Os trabalhos da Comissão de Ética do Conselho Tutelar serão organizados por
seu Regimento Interno Específico.

Art. 37. A Comissão de Ética é competente pra orientar e aconselhar sobre a ética
inerente à função exercida, cabendo a ela:

I – instaurar, de oficio, por ato de seu presidente, processo disciplinar em face de conduta
de conselheiro tutelar que possa configurar, em tese, infração ética;

II – julgar os processos ético-disciplinares instaurados;

III – aplicar ou recomendar as penalidades cabíveis;

IV – responder consultas formuladas pelos conselheiros tutelares;

V – orientar sobre a ética profissional necessária ao exercício da função;

VI – expedir provimentos sobre o modo de proceder em casos previstos ou omissos na


legislação aplicável;

VII – mediar conflitos ou pendências, promovendo conciliação entre conselheiros tutelares


e colegiados regionais;

VIII – promover reuniões para orientação dos conselheiros tutelares e colegiados


regionais sobre questões éticas funcionais e profissionais.

DOS AUXILIARES

Art. 38. Cada regional do Conselho Tutelar manterá uma secretaria geral, destinada ao
suporte administrativo necessário ao seu funcionamento, utilizando instalações e
funcionários cedidos ou contratos pelo Poder Executivo Municipal.

§ 1º. O Poder Executivo Municipal disponibilizará serviço de transporte, com 02 motoristas


e, no mínimo, 03 (três) profissionais de apoio para cada Conselho Tutelar, os quais
deverão receber capacitação para as funções e estarão sob a supervisão do colegiado
regional.

§ 2º. Na ausência por férias ou licença de quaisquer funcionários, o Poder Executivo


Municipal manterá equipe mínima.

DOS SUPLENTES

Art. 39. Nos casos de licenças regulamentares, vacância ou afastamento de qualquer um


dos conselheiros titulares, independente das razões, o Poder Executivo Municipal
promoverá no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas a convocação do suplente, por
ordem decrescente de votação, para o preenchimento da vaga e a consequente
regularização da composição do colegiado regional.

§ 1º. É vedado ao conselheiro tutelar suplente, temporariamente exercendo a função de


titular, assumir cargos nos colegiados regionais e na Comissão de Ética, devendo porém,
participar das capacitações e cursos previamente assumidos pelo conselheiro tutelar
titular.

DA PERDA DO MANDATO

Art.40. Perderá o mandato, o conselheiro que comprovadamente faltar com suas


atribuições em processo julgado pela Comissão de Instrução, homologada a decisão pelo
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba – COMTIBA,
Conforme Art.41 § 4 º da Lei municipal 14.655/2015.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art.41. O presente Regimento Interno pode ser alterado a partir da proposição de


qualquer membro do Conselho Tutelar, desde que votada por 2/3(dois terços) dos
conselheiros titulares.

Art. 42. Este Regimento Interno do Conselho Tutelar será aprovado por maioria absoluta
em Assembleia Geral, especialmente convocada para esse fim, e posteriormente
encaminhado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –
COMTIBA para ser publicado em Diário Oficial, conforme estabelece o Art.20, I e II da Lei
14.655/2015.

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