Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos
20 de Janeiro de 2024
Equipe Direito Constitucional Estratégia Concursos
Aula 02 - Somente PDF
Índice
1) Lei Orgânica do Município de Fortaleza-CE - Parte II
..............................................................................................................................................................................................3
Art. 114. O Município, no âmbito de sua competência, instituirá regime jurídico único e planos de
carreira para os servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas,
atendendo aos princípios das Constituições da República e do Estado.
Parágrafo único Os servidores públicos da administração direta terão assegurados todos os seus
direitos remuneratórios, com irredutibilidade de seu vencimento para cargos de atribuições iguais
ou assemelhados do mesmo Poder, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas
à natureza ou ao local de trabalho.
Art. 115. Todo cidadão, no gozo de suas prerrogativas constitucionais, poderá prestar concurso
para preenchimento de cargos da administração pública municipal, na forma que a lei
estabelecer.
O Município de Fortaleza será responsável por criar o Regime Jurídico Único e Planos de Carreira aplicáveis
aos servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. No art. 115
encontramos que todo cidadão no gozo de suas prerrogativas constitucionais, ou seja, no gozo de seus
direitos políticos, terá o direito de prestar concursos públicos do Município, na forma estabelecida por lei,
sendo assegurado o ingresso e o acesso de pessoas com deficiência, garantidas as adaptações necessárias.
Art. 116. São direitos dos servidores públicos municipais, entre outros previstos nas Constituições
da República e do Estado:
IV – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas
semanais;
VII – gozo de férias remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do valor normal da
remuneração;
VIII – licença-gestante sem prejuízo do cargo ou emprego e do salário, com duração de 180
(cento e oitenta) dias.
X – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em
creches e pré-escolas;
XI – participação dos servidores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses
profissionais e previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação;
XIII – licença-prêmio, nas condições e nos limites estabelecidos em lei complementar de iniciativa
do Chefe do Poder Executivo;
XIV – licença especial servidor que adotar legalmente criança recém nascida ou obtiver guarda
judicial para fins de adoção, nos seguintes termos:
a) no caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de licença
será de 180 (cento e oitenta) dias;
b) no caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de
idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias;
c) no caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos
de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. A licença especial prevista neste inciso só será concedida mediante
apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
XV – ao professor regente de sala de aula, licença de até 180 (cento e oitenta) dias, quando
constatado comprometimento de suas cordas vocais em função do exercício profissional,
devidamente comprovado por perícia médica do Instituto de Previdência do Município (IPM);
XVI – redução de riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XVIII – proibição de diferença de salário e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor
ou estado civil;
Os direitos dos servidores públicos municipais estão distribuídos nos vinte incisos do art. 116, dentre os quais
encontramos o direito à:
a) remuneração ou proventos não inferiores ao salário mínimo e décimo terceiro salário com base na
remuneração integral ou valor da aposentadoria;
c) gozo de férias remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do valor normal da remuneração;
I – afastamento de seu emprego ou função, quando eleito para diretoria de sua entidade sindical,
durante o período do mandato, sem prejuízo de seus direitos;
II – permissão, na forma da lei, para conclusão de cursos em que estejam inscritos ou que venham
a se inscrever, desde que possa haver compensação, com a prestação do serviço público;
III – quando investido nas suas funções de direção executiva de entidades representativas de
classe ou conselheiro de entidades de fiscalização do exercício das profissões liberais, o exercício
de suas funções nestas entidades, sem prejuízos nos seus salários e demais vantagens na sua
instituição de origem;
IV – a carga horária reduzida em até duas horas, a critério da administração, enquanto perdurar
a freqüência a curso de nível superior;
VI – (Revogado).
VIII – dispensa de dois dias úteis de serviço, quando o servidor funcionar como presidente,
mesário ou suplente de mesa receptora em eleições majoritárias e proporcionais;
IX – dispensa do expediente no dia do aniversário natalício, bem assim facultado o ponto, na data
consagrada à sua categoria;
XI – o direito de ser readaptado de função por motivo de doença que o impossibilite de continuar
desempenhando as atividades próprias do seu cargo ou função;
XII – (Revogado)
XIII – adicional por tempo de serviço, nas condições e limites estabelecidos em lei complementar
de iniciativa do Chefe do Poder Executivo;
XIV – garantia de salário nunca inferior ao salário mínimo para o que percebe remuneração
variável;
XVI – aos servidores municipais da administração direta, indireta e fundação, que exerçam cargo
ou função de nível superior, fica assegurada a gratificação correspondente a vinte por cento sobre
o seu salário ou vencimento básico;
XVII – a garantia dos direitos adquiridos, anteriores à promulgação desta Lei Orgânica.
XVIII – garantia de adaptação funcional à gestante nos casos em que houver recomendação
médica, sem prejuízo de seus vencimentos de demais vantagens do cargo;
No art. 117 encontramos outras garantias dos servidores públicos municipais, que, além dos direitos
assegurados pelo art. 116, podem ser readaptados em suas funções por motivo de doença que os
impossibilite de continuar desempenhando as atividades próprias do cargo ou função, garantindo-se, ainda,
o salário mínimo até para os que percebem remuneração variável.
Art. 118. Aos servidores da administração direta, indireta e funcional que concorram a mandatos
eletivos, inclusive nos casos de mandato de representação profissional e sindical, é garantida a
estabilidade a partir da data do registro do candidato até um ano após o término do mandato,
ou até cento e oitenta dias após a publicação dos resultados em caso de não serem eleitos, salvo
se ocorrer exoneração nos termos da lei.
Parágrafo único Enquanto durar o mandato dos eleitos, o órgão empregador recolherá
mensalmente as obrigações sociais e garantirá ao servidor ou empregado os serviços médicos e
previdenciários dos quais era beneficiário antes de se eleger.
Aqui, confere-se aos servidores públicos que concorrem a qualquer cargo eletivo a garantia de estabilidade,
desde o registro de sua candidatura até 1 ano após o final de seu mandato ou até 180 dias após a publicação
dos resultados da eleição, na hipótese de não ser eleito.
Art. 119. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselhos de empresas privadas
fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem qualquer contrato com o Município.
Art. 120. São estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude
de aprovação em concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o
eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
A Lei Orgânica de Fortaleza, assim como o art. 41 da Carta Magna, estabelece que são necessários 3 anos de
exercício para aquisição de estabilidade.
O esquema abaixo enumera os requisitos a serem cumpridos para aquisição de estabilidade no serviço
público.
Concurso Público
Estabilidade
a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em julgada
condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a perda do cargo
público.
b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo administrativo
regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser demitido, perdendo o cargo
público.
d) E uma outra hipótese é o excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3º da CF/88). As despesas com
pessoal estão limitadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000). Caso esses limites sejam
descumpridos, o Poder Executivo deverá adotar certas medidas: i) redução em pelo menos 20% das
despesas com cargos em comissão e funções de confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis.
Se essas medidas não forem suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.
O §2º cuida da reintegração, forma de provimento que se aplica quando um servidor estável é demitido e,
depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão invalidada por sentença judicial.
Tem-se, também, a recondução que se caracteriza pelo retorno de servidor estável ao seu cargo de origem
em razão de reintegração de servidor que anteriormente ocupava o cargo. Neste caso, não haverá qualquer
indenização ao servidor reconduzido e este poderá ser aproveitado em outro cargo ou colocado em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
O §3º dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo quando o seu for extinto ou ser
declarado desnecessário.
Art. 121. Ao servidor é assegurado o direito de petição para reclamar, representar, pedir
reconsideração e recorrer, desde que o faça dentro das normas de urbanidade em termos, vedado
à autoridade negar conhecimento à petição devidamente assinada, devendo decidi-lo no prazo
hábil para obtenção dos efeitos desejados, não podendo, em qualquer caso, ser superior a 60
(sessenta) dias.
O direito de petição é assegurado aos servidores, de modo que a autoridade competente deverá decidir a
demanda em até 60 dias.
Parágrafo único Quando sem ônus para o Município, o servidor interessado requererá liberação.
Art. 123. Enquanto perdurar a frequência a curso de nível superior, o servidor poderá requerer a
redução da jornada diária de trabalho em até duas horas, ficando a critério da administração a
concessão do benefício.
O Município de Fortaleza indicará alguns servidores para participar de cursos de capacitação ou de pós-
graduação custeados pela Administração. Todavia, para isso, será exigida a correlação entre o conteúdo
programático e as atribuições do cargo exercido ou outro da mesma carreira, além de conveniência para o
serviço. No caso de curso não custeado pelo Município, o servidor poderá requerer liberação para se
capacitar ou, ainda, em se tratando de curso superior, poderá requerer a redução da jornada diária de
trabalho em até duas horas.
Regime Previdenciário
Art. 124. O Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Fortaleza terá,
para fins de equacionamento atuarial, Plano Geral de Custeio, composto por um Plano de Custeio
Previdenciário e um Plano de Custeio Financeiro, com identificação das fontes de recursos
necessárias ao adequado financiamento dos Planos de Benefícios, contendo as especificações das
alíquotas de contribuição do ente municipal, dos segurados ativos, dos segurados inativos e dos
pensionistas, e a indicação dos demais aportes necessários ao equilíbrio financeiro e atuarial do
Regime.
Art. 125. O Município de Fortaleza instituirá, por meio de lei de iniciativa do Chefe do Poder
Executivo, e na forma determinada pelos §§ 14 a 16 do art. 40 da Constituição da República
Federativa do Brasil, Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos ocupantes
de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social
para o valor das aposentadorias e das pensões no Regime Próprio de Previdência.
Após a Emenda Constitucional nº 103/2019, conhecida como "Reforma da Previdência", a Lei Orgânica de
Fortaleza foi alterada para que uma lei complementar do Município discipline o RPPS e os respectivos planos
de custeio.
O art. 125 trata a respeito do Regime de Previdência Complementar, também previsto na CF/88.
Art. 126. As idades mínimas para a aposentadoria voluntária no serviço público municipal são as
previstas para o servidor público federal no inciso III do § 1º do art. 40 da Constituição da
República Federativa do Brasil.
§ 1º Serão estabelecidos por lei complementar idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos à avaliação
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
§ 2º Serão estabelecidos por lei complementar idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou por ocupação.
Art. 126-A. Os serviços públicos pertinentes à Previdência e Assistência Municipal serão prestados
através do Instituto de Previdência do Município, conforme regulamento em Lei Complementar.
Art. 127. Lei disporá sobre os benefícios de aposentadoria e pensão, assegurando, sem limite de
idade, a pensão para dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave.
Art. 127-A. É assegurado ao servidor público municipal o cômputo, para fins de aposentadoria,
do tempo que contribuiu para o Regime Geral de Previdência Social antes do seu ingresso no
serviço público, bem como do tempo de contribuição no serviço público federal, estadual e
municipal.
Art. 127-B. Fica assegurado aos servidores públicos municipais que tenham cumprido os
requisitos de aposentadoria previstos na legislação então vigente, o direito à sua concessão em
conformidade com a referida legislação, em especial quanto à forma de cálculo e de reajuste dos
benefícios, considerando as respectivas normas para a incorporação aos proventos de vantagens
permanentes de valor variável, aplicando-se a mesma regra de direito adquirido à concessão da
pensão por morte, à data da publicação desta Lei.
O art. 126 também teve sua redação atualizada para se compatibilizar à Reforma da Previdência. É bom saber
que os requisitos para a aposentadoria voluntária foram profundamente modificados pela Emenda
Constitucional nº 103/2019.
A primeira grande mudança diz respeito à abrangência das regras de aposentadoria dos servidores públicos.
Antes, as regras gerais sobre aposentadoria voluntária definidas pela Constituição Federal de 1988 se
aplicavam a todos os entes federativos.
Agora, com a EC nº 103/2019, a idade mínima prevista na CF/88 se aplica apenas no âmbito da União. Assim,
no âmbito da União, a idade mínima para a aposentadoria voluntária passou a ser de 62 (sessenta e dois)
anos para a mulher e de 65 (sessenta e cinco) anos para o homem.
Art. 133. É assegurada, na forma e nos prazos da lei, a participação dos representantes dos
servidores públicos municipais e dos aposentados na gestão administrativa do Instituto de
Previdência do Município.
Disposições Gerais
Art. 135. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.
Art. 137. A lei fixará os vencimentos dos servidores públicos, sendo vedada a concessão de
gratificações, adicionais ou quaisquer vantagens pecuniárias por decreto ou por qualquer ato
administrativo.
Art. 138. A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração
dos servidores públicos da administração direta ou indireta, tendo como limite máximo os valores
percebidos como remuneração, em espécie, pelo prefeito, observadas as ressalvas do art. 37,
inciso XI da Constituição Federal.
Lei complementar deverá estabelecer os limites de despesa com o pessoal ativo e inativo de Fortaleza, ao
passo que qualquer concessão de vantagem ou aumento de remuneração, bem como a criação de cargos,
empregos ou funções e alterações de estrutura de carreira e admissão de pessoal dependem de prévia
dotação orçamentária suficiente.
O vencimento dos servidores públicos será fixado por lei, que deverá, também, fixar o limite máximo e a
relação de valores entre a maior e a menor remuneração (tendo como limite máximo a remuneração do
Prefeito), vedando-se a concessão de qualquer gratificação, vantagem ou adicional por decreto ou qualquer
outro ato administrativo.
Art. 139. Fica assegurado o exercício cumulativo de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, que estejam sendo exercidos na administração pública municipal direta,
indireta, autarquias e fundações.
A regra, como bem sabemos, é a não cumulação de cargos. O art. 139 apresenta umas das exceções, de
modo que poderão ser cumulados dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde.
Art. 140. Os servidores submetidos a regime de plantão, terão a carga horária reduzida em vinte
por cento sem prejuízo dos direitos da categoria, a partir de vinte anos de comprovada atividade.
Art. 141. Fica o servidor municipal isento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), previsto
no Inciso I do art. 167 desta Lei Orgânica, exclusivamente em relação ao imóvel de sua
propriedade, desde que utilize o bem como residência própria.
Art. 142. Quando a incidência na transação inter vivos, a qualquer título, for de competência do
Município, fica o servidor municipal isento deste tributo, para aquisição de imóvel único que se
destine à sua moradia.
O servidor público municipal proprietário de imóvel estará isento de IPTU, desde que o utilize para sua
residência. No mesmo sentido, estará isento de ITBI para a aquisição de imóvel que se destine à sua moradia.
Art. 143. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresa fornecedora ou
que realize qualquer modalidade de contrato com Município, sob pena de demissão do serviço
público.
Art. 144. Os cargos e empregos públicos serão criados por lei, que fixará sua denominação,
conjunto de atribuições, padrão de vencimentos, condições de provimento e indicará os recursos
com os quais serão pagos seus ocupantes.
Parágrafo único A criação e a extinção dos cargos da Câmara, bem como a fixação e a alteração
de seus vencimentos, dependerão de projetos de lei de iniciativa da Mesa ou de um terço dos
Vereadores.
Art. 146. Os servidores do Município que exerçam atividades em unidades de emergência da rede
hospitalar, em regime de plantão, farão jus à gratificação de setenta e cinco por cento sobre seus
salários.
Parágrafo único Entende-se por servidor em atividade de plantão aquele com jornada de doze
horas ininterruptas de trabalho e em regime de revezamento.
No art. 146 encontramos a garantia da gratificação de 75% sobre o salário de servidores que atuem em
unidades de emergência em rede hospitalar, em regime de plantão, entendido como aquele com jornada
de 12 horas ininterruptas de trabalho e em regime de revezamento.
Art. 147. O servidor público municipal, quando despedido sem justa causa e que tenha,
aprazadamente, reclamado perante a Justiça do Trabalho, desde que não tenha recebido
nenhuma indenização, poderá ser readmitido por acordo consensual, celebrado entre o
interessado e o poder público competente.
Art. 148. A Procuradoria Geral do Município proporá a competente ação regressiva contra o
servidor público, de qualquer categoria, declarado culpado por haver causado a terceiro lesão de
direito que a Fazenda Municipal seja obrigada judicialmente a reparar.
§ 1º O prazo legal para ajuizamento da ação regressiva será a da legislação vigente, a contar da
data em que o Procurador Geral do Município for cientificado de que a Fazenda Municipal efetuou
o pagamento do valor resultante da decisão judicial ou acordo administrativo.
§ 3º A cessação, por qualquer forma, do exercício da função pública não exclui o servidor da
responsabilidade perante a Fazenda Municipal.
Art. 149. A Fazenda Municipal, na liquidação do que for devido pelo servidor ou empregado
público, desde que anuído expressamente por este, poderá optar pelo desconto em folha de
pagamento, o qual não excederá de uma quinta parte do valor da remuneração do servidor.
Parágrafo único O agente público fazendário que autorizar o pagamento da indenização dará
ciência do ato, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, ao Procurador Geral do Município, sob pena de
responsabilidade.
Conforme já explicado, o Município, pessoa jurídica de direito público, terá a obrigação de reparar os danos
que seus agentes, atuando nessa qualidade, produzirem a terceiros, independentemente de dolo ou culpa.
Acontece que, por força do art. 99, §1º, da LO de Fortaleza, bem como por determinação do art. 37, § 6º, da
Constituição Federal, o Município tem direito de regresso contra o servidor causador do dano. A ação
judicial (denominada ação regressiva) será proposta pela Procuradoria Geral do Município contra o servidor
público declarado culpado por haver causado um dano que a Fazenda Municipal seja obrigada judicialmente
a reparar, observando-se as disposições trazidas pelos artigos 148 e 149 da Lei Orgânica de Fortaleza.
Art. 149-A. É vedada a nomeação para cargo, função ou emprego público de natureza
comissionada, de qualquer dos Poderes do Município, de quem:
I – tiver suas contas relativas ao exercício de funções, cargos ou empregos públicos desaprovadas
por Tribunal de Contas, em decorrência de irregularidade insanável que configure ato de
improbidade administrativa;
II – for condenado em ação de improbidade administrativa por dolo ou culpa grave, ou por crime
contra a administração pública, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial
colegiado.
§ 1º Lei Complementar poderá dispor sobre outras hipóteses de vedação ao acesso de cargo,
função ou emprego público.
§ 2º Para fins de aplicação deste artigo, será considerado o período de 8 (oito) anos que antecede
à nomeação ou designação dos cargos em comissão e das funções de confiança.
§ 3º Os efeitos jurídicos do disposto neste artigo respeitarão o ato jurídico perfeito, a coisa
julgada e o direito adquirido.
§ 4º A decisão do Tribunal de Contas a que se refere o inciso I deste artigo será aquela irrecorrível
do órgão competente, ficando ainda excetuadas as que houverem sido suspensas ou anuladas
pelo Poder Judiciário.
Por fim, no art. 149-A encontramos limites à nomeação para cargos, funções ou empregos comissionados,
sem o prejuízo de outras hipóteses trazidas por lei complementar.
1. (Questão inédita) Segundo a Lei Orgânica de Fortaleza, a Administração Pública deverá observar os
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Comentários:
A Lei Orgânica de Fortaleza reproduziu os princípios explícitos previstos no art. 37 da CF/88 e adicionou os
princípios da publicidade, economicidade, indivisibilidade e indisponibilidade do interesse público,
participação popular, transparência, finalidade, razoabilidade e motivação. A questão está correta.
Comentário:
É isto que dispõe o art. 98, inciso II, da Lei Orgânica de Fortaleza.
3. (Questão inédita) O servidor público municipal tem garantido o direito de greve dentro dos limites
estabelecidos em lei. Como esta tal lei ainda não foi editada, tal direito encontra-se suspenso.
Comentário:
A primeira parte da questão está correta. Porém, enquanto a lei regulamentadora do direito de greve dos
servidores públicos não for editada, eles obedecerão a lei aplicável aos servidores da iniciativa privada.
Questão errada.
4. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de entidades da
administração indireta.
Comentário:
As autarquias são criadas por lei específica, já as sociedades de economia mista, as empresas públicas e as
fundações têm sua criação autorizada por lei, conforme art. 98, XIV, da LO de Fortaleza. A questão está
errada.
Comentário:
Pegadinha! O servidor público investido no mandato de Prefeito deverá se afastar do cargo, podendo optar
pela remuneração do cargo ou do mandato eletivo. A questão está errada.
Comentário:
As funções de confiança são destinadas exclusivamente a servidores públicos ocupantes de cargos efetivos.
A questão está errada.
7. (Questão Inédita) De acordo com a Lei Orgânica de Fortaleza, os acréscimos pecuniários percebidos
por servidor público não serão computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos
ulteriores.
Comentário:
8. (TRT 2ª região/2015) Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, além de ser
devida indenização equivalente pelo exercício do cargo do servidor reintegrado.
Comentário:
9. (Questão inédita) Os atos de improbidade administrativa importam em perda dos direitos políticos,
suspensão de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, além de possível ação
penal.
Comentário:
Houve uma inversão das penas. Há a suspensão dos direitos políticos e perda da função pública. As demais
estão corretas. A questão está errada.
10. (Questão inédita) O Município responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros em
casos de evidente culpa ou dolo.
Comentário:
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público respondem
objetivamente pelo dano que seus agentes causarem a terceiros, independente da comprovação de culpa
ou dolo, dependendo apenas do nexo de causalidade entre a ação e o dano. A comprovação de culpa ou dolo
é necessária para o direito de regresso contra o responsável. A questão está errada.
11. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o cargo.
Comentário:
O servidor poderá perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, por processo
administrativo no qual lhe seja assegurada ampla defesa, por procedimento de avaliação periódica de
desempenho, ou, eventualmente, por excesso de despesa. A questão está errada.
12. (Questão inédita) O uso de bens públicos poderá ser concedido, permitido ou autorizado a
terceiros, desde que haja interesse público e seja efetivada por meio de licitação na modalidade
concorrência.
Comentário:
13. (Questão Inédita) É necessária prévia autorização legislativa para a alienação de bens móveis
municipais.
Comentário:
A alienação de bens imóveis municipais é que depende de prévia autorização legislativa, de acordo com o
art. 107, I, da LO. A questão está errada.
Art. 150. A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e atividades
municipais, será feita pelo chefe do Poder Executivo mediante edição de decreto, salvo as
exceções, previstas nesta Lei Orgânica.
Parágrafo único As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendo
reajustáveis, quando se tornarem deficientes ou excedentes.
Os preços públicos do serviço público são estabelecidos pelo Prefeito, através de decreto, e deverão ser
justos, tanto no sentido de ser compatível com o poder aquisitivo da população usuária como no sentido de
propiciar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Art. 151. As obras públicas municipais serão executadas pela Prefeitura, por administração direta
ou indireta, ou contratadas com particulares através de processo licitatório, na forma da lei,
sempre em conformidade com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do
Município.
As obras públicas poderão ser executadas tanto pela Prefeitura quanto pela Administração Pública Direta
ou Indireta ou por particulares, respeitado o processo licitatório.
No mesmo sentido, será de responsabilidade do Município de Fortaleza a prestação dos serviços públicos,
de forma direta ou por intermédio de concessão ou permissão, sem o prejuízo da retomada dos servidos se
executados em desconformidade com o estabelecido em ato ou contrato, independentemente de
indenização.
Em se tratando dos contratos ou termos firmados para a concessão ou permissão de serviços, deverão ser
asseguradas ao Poder Público Municipal a regulamentação e as condições para que os delegatários prestem
corretamente os serviços públicos, de modo que os servidores investidos no poder de polícia terão livre
acesso às dependências das empresas delegatárias. O Poder Público está autorizado, ainda, a estabelecer
sanções em caso de descumprimento de obrigações de cunho trabalhista, de normas de saúde, higiene,
segurança do trabalho e proteção ao meio-ambiente.
Parágrafo único Não se incluem nesta proibição os contratos, cujas cláusulas e condições sejam
uniformes para todos os interessados.
No art. 155 da Lei Orgânica de Fortaleza encontramos a vedação de que Vereadores e Chefe do Poder
Executivo (inclusive o Vice) contratem com o Município até 6 meses após o fim de seu mandato, excetuados
os contratos com cláusulas uniformes.
Art. 156. Nenhuma obra pública, salvo os casos de extrema urgência devidamente justificados,
será realizada sem que constem:
I – o respectivo projeto;
III – a indicação dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas despesas;
Salvo em casos de urgência, toda obra pública deverá ser precedida, obrigatoriamente, de seu projeto,
orçamento, indicação dos recursos para atender às despesas, viabilidade do empreendimento e prazos de
início e término.
Art. 157. O uso de bens municipais por terceiros só poderá ser feito mediante concessão ou
permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o exigir.
Art. 158. A concessão de uso de bens públicos dominiais e dos de uso especial dependerá de lei e
concorrência, e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato.
Art. 159. Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer outros
ajustes feitos em desacordo com o estabelecido na Lei Orgânica e na legislação vigente.
Bens Municipais poderão ser usados por terceiro, desde que realizada a concessão ou permissão a título
precário e por tempo determinado. Em se tratando de bens dominiais e de uso especial, a concessão a
terceiro dependerá de lei, concorrência pública e contrato, sob pena de nulidade.
Art. 160. O Município poderá consorciar-se com outros municípios para realização de obras ou
prestação de serviços públicos de interesse comum.
Parágrafo único O Município deverá propiciar meios para criação, nos consórcios, de órgão
consultivo constituídos por cidadãos não pertencentes ao serviço público municipal.
Admite-se a realização de consórcios com outros Municípios para que obras ou serviços públicos
considerados de interesse comum sejam prestados.
Art. 161. A utilização e a administração dos bens públicos de uso especial, como mercados,
matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos de esporte, serão feitas na forma da lei
e dos regulamentos respectivos.
§ 2º Os atos administrativos referidos neste artigo, sob pena de nulidade, terão explicitados os
motivos de fato e de direito em que se fundamentem.
A Lei Orgânica de Fortaleza determina que as leis, sem exceção, devem ser publicadas no Diário Oficial do
Município. No §1º, são listados alguns atos que devem, também, ser publicados no DOM, a exemplo dos
atos normativos em geral ou daqueles que tiverem por objeto a aplicação de recursos públicos. Há,
naturalmente, a obrigatoriedade de exposição dos motivos de fato e de direito que fundamentaram a
prática do determinado ato administrativo.
14. (Questão Inédita) As tarifas dos serviços públicos, mesmo que prestados por permissionárias ou
concessionárias, serão fixadas pelo poder Executivo.
Comentário:
Art. 150. A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e atividades
municipais, será feita pelo chefe do Poder Executivo mediante edição de decreto, salvo as
exceções, previstas nesta Lei Orgânica.
Tributação e Orçamento
I – impostos;
IV – contribuição social cobrada de seus servidores para custeio, em benefício destes, do sistema
de previdência social;
O art. 163 desta Lei Orgânica enumera os tributos de competência do Município de Fortaleza. A Constituição
Federal de 1988 dispõe sobre competência tributária dos diversos entes tributários. Há tributos que só são
cobrados pela União, outros pelo Estado e outros pelo Município.
O Município poderá instituir impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuição social e contribuição
para o custeio de iluminação pública, observando os princípios estabelecidos na Constituição Federal e nas
normas gerais de Direito Tributário.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetos, identificar, respeitados os direitos individuais e, nos termos
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Os impostos deverão obedecer àquilo que foi previsto no art. 145 da CF/88 e no art. 163, §1º, da Lei Orgânica
de Fortaleza. Assim, sempre que possível, deverão atender ao princípio da capacidade contributiva,
segundo o qual os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte.
Veda-se que as taxas tenham a mesma base de cálculo utilizada para o cálculo dos impostos.
§ 3º A lei municipal que verse sobre matéria tributária guardará, dentro do princípio da reserva
legal, sintonia com as disposições da lei complementar federal sobre:
I – conflito de competência;
a) definição de tributos e suas espécies, bem como fatos geradores, base de cálculo e
contribuintes de impostos devidamente cadastrados;
Toda lei que verse sobre tributos deverá concordar com as disposições trazidas por lei complementar federal
no que se refere aos conflitos de competência, limitações ao poder de tributar e outras normas.
Art. 164. Somente a lei específica pode estabelecer as hipóteses de exclusão, suspensão e
extinção de créditos tributários, bem como a forma sob a qual incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.
Art. 165. O Município poderá celebrar convênios com a União, Estado, Distrito Federal e outros
Municípios para dispor sobre matérias tributárias.
Caberá à lei específica estabelecer as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção dos créditos tributários e
a forma de concessão ou revogação de incentivos fiscais.
Permite-se a celebração, pelo Município de Fortaleza, de convênios com a União, Estado, DF e outros
Municípios para a disposição de matérias tributárias.
Art. 166. Ficam o chefe do Poder Executivo e a Câmara Municipal, dentro de suas competências,
autorizados a criar contenciosos fiscais e conselhos administrativos, mediante processo
legislativo regular.
II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos à sua aquisição;
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, inciso II, da Constituição
Federal, definidos em lei complementar federal.
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II da
Constituição Federal, o imposto previsto no inciso I poderá:
c) ISS – Imposto sobre Serviços: é recolhido devido à prestação de serviço, não compreendidos
aqueles que são objeto de incidência de ICMS. As leis complementares federais 116/03 e 157/16
estabelecem regras gerais para a cobrança do ISS e a lista de serviços sobre os quais incide tal
imposto.
III – estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de
sua procedência ou destino;
IV – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
d) ou no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de Educação, Cultura, pesquisa de assistência social
e religiosa, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
§ 4º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§ 6º Somente por motivos supervenientes e por casos de calamidade pública ou notória pobreza
do contribuinte, conceder-se-á isenção e anistia de tributos municipais, devendo a lei que a
autorize seraprovada por maioria de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
No art. 168 encontramos algumas vedações impostas ao Município de Fortaleza em relação a questões
tributárias. Dentre elas, destacam-se:
a) I – princípio da legalidade - os tributos municipais só podem ser exigidos ou aumentador por lei.
b) II – o Município não pode instituir tratamento desigual entre contribuintes com situação
equivalente ou em razão de ocupação profissional.
d) VII – traz mais algumas imunidades tributárias: o Município não pode instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros Municípios (imunidade recíproca);
sobre templos de qualquer culto; sobre patrimônio, rendas ou serviços de partidos políticos,
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social; e sobre
livros, jornais, periódicos e papeis destinados a sua instituição.
e) A lei especificará a forma mediante a qual os consumidores serão informados sobre os tributos que
incidem sobre mercadorias e serviços.
I – pelo exercício do direito de petição ao Poder Público Municipal em defesa de direitos contra
ilegalidade ou abuso de poder;
Por fim, veda-se que taxas sejam cobradas em razão do exercício do direito de petição e para a obtenção
de certidões em repartições públicas.
Art. 170. Cabe ao Município, através da Secretaria de Finanças, receber e registrar todos os
valores monetários, tais como foram legalmente repartidos, na conformidade dos artigos 158 e
159 da Constituição Federal.
Art. 171. Todas as receitas com ingresso no erário municipal deverão ser discriminadas por
rubricas nominativas que identifiquem as diferenças entre impostos, taxas, multas, correção
monetária e demais cominações legais.
O art. 170 trata das receitas a serem recebidas pelo Município, provenientes do Estado e da União,
respeitando o que prevê os artigos 158 e 159 do texto constitucional. Assim, o Município deverá receber e
registrar todos os valores monetários, discriminados de forma que seja possível identificar as diferenças
entre as espécies tributárias, correção monetária e demais cominações legais. Em suma:
50% do ITR relativos às propriedades rurais do Município (será 100% se o Município fiscalizar
e arrecadar).
70% do IOF sobre ouro, definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, quando
originário do Município.
Art. 172. A devolução dos tributos indevidamente pagos, ou pagos a maior, será feita pelo seu
valor corrigido até a sua efetivação com atualização de acordo com o índice legal de correção
utilizado pelo Município.
Tributos que tenham sido pagos indevidamente ou a mais pelos contribuintes deverão ser devolvidos com
seu valor corrigido e atualizado.
I – o plano plurianual;
Os três instrumentos acima – PPA, LDO e LOA - são chamados de leis orçamentárias, que são de iniciativa
do poder Executivo e aprovadas pelo poder Legislativo.
O plano plurianual (PPA) é uma lei que abrange o período de quatro anos e estabelecerá, de forma
regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração municipal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 3º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize sua inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
Veda-se que sejam realizados investimentos cuja execução ultrapasse o exercício financeiro sem que exista
sua inclusão no plano plurianual ou lei que autorize sua inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
III – os critérios para a distribuição setorial e regional dos recursos para os órgãos e as entidades
administrativas do Município;
VIII – as políticas de aplicação dos agentes financeiros oficiais de fomento, apresentando o plano
de propriedade das aplicações financeiras e destacando os projetos de maior relevância;
A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) é anual e conterá, dentre outras matérias, as metas e prioridades
da administração, incluindo as despesas correntes e de capital para o exercício financeiro subsequente. A
LDO orienta a elaboração da LOA, dispõe sobre alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 5º O chefe do Poder Executivo ordenará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
a publicação de relatórios resumidos de execução orçamentária com remessa suficiente da
matéria para apreciação da Câmara Municipal.
§ 6º Os planos de programas municipais, regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica serão
elaborados em consonância com o plano plurianual apreciado pela Câmara Municipal.
I – o orçamento fiscal, fixando as despesas referentes aos poderes do Município, seus fundos,
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, órgãos e entidades da administração direta
e indireta, estimadas as receitas, efetivas e potenciais, aqui incluídas as renúncias fiscais a
qualquer título;
§ 8º Os orçamentos previstos no § 6º, itens I, II, III e IV deste artigo, deverão ser elaborados em
consonância com a política de desenvolvimento urbano e regional, integrante do Plano
Plurianual.
Até trinta dias após o final de cada bimestre, o Poder Executivo publicará Relatório Resumido de Execução
Orçamentária, cumprindo os deveres transparência e prestação de contas.
A lei orçamentária anual (LOA) conterá a previsão de receitas e fixação das despesas, que deverão ser
elaboradas em concordância com a política de desenvolvimento urbano e regional. A LOA é dividida em três
orçamentos:
a) fiscal referente aos Poderes do Município, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas pelo Poder Público.
§ 10 A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de crédito ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
Aqui encontramos sobre o princípio da exclusividade (CF/88, art. 165, § 8º). Esse princípio determina que o
orçamento não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Há,
contudo, duas importantes exceções: i) a autorização para abertura de créditos suplementares e; ii)
autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei.
Permite-se que recursos que tenham sido vetados, emendados ou rejeitados, ficando, assim, sem despesas,
sejam utilizados mediante créditos especiais ou suplementares.
Art. 174. O Plano Plurianual do Município, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato prefeitoral subsequente deverá ser remetido para a Câmara Municipal de
Fortaleza até 4 (quatro) meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e
devolvido para sanção até o final do primeiro período da Sessão Legislativa.
Chamo sua atenção para o art. 173, § 12, da Lei Orgânica, que assegura a participação direta da população
na elaboração, definição e acompanhamento do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do
Orçamento Anual.
A vigência do PPA será até o final do primeiro exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo
subsequente.
Art. 175. Deverá ser encaminhado para a Câmara Municipal de Fortaleza até 8 (oito) meses e
meio antes do encerramento do exercício financeiro, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias,
devendo ser devolvido para a sanção até o final do primeiro período da Sessão Legislativa.
O projeto da LDO deverá ser encaminhado à Câmara Municipal de Fortaleza até 8 meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro.
Art. 176. O Projeto de Lei Orçamentária do Município deverá ser remetido para a Câmara
Municipal de Fortaleza até o dia 15 de outubro que antecede o encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da Sessão Legislativa.
Por outro lado, a Lei Orçamentária deverá ser encaminhada à Câmara de Vereadores até o dia 15 de
outubro.
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo Municipal, inclusive com observância
aos dispostos no § 3º do artigo 31 da Constituição Federal;
Os projetos de lei orçamentária deverão ser apreciados pela Câmara, através de comissões técnicas
competentes para tanto.
§ 2º As emendas serão apresentadas à comissão competente, que sobre elas emitirá parecer e
apreciadas em Plenário, na forma regimental.
b) serviço da dívida;
§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariem o disposto quanto
a esta matéria, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 7º Sempre que solicitado pela Câmara Municipal por decisão da maioria dos seus membros, o
Tribunal de Contas emitirá, no prazo nunca superior a quinze dias úteis, parecer prévio sobre a
proposta orçamentária.
Emendas à LOA são propostas por meio das quais os vereadores opinam sobre a alocação de recursos
públicos. Tais emendas podem acrescentar, suprimir ou modificar itens da proposta de lei, mas devem
observar as condições impostas pelos parágrafos acima reproduzidos, não podendo ser aprovadas se
incompatíveis com o PPA.
Permite-se ao Prefeito propor emendas ao projeto, desde que não tenha sido iniciada a votação em plenário
da parte que se deseja modificar.
§ 7º Sempre que solicitado pela Câmara Municipal por decisão da maioria dos seus membros, o
Tribunal de Contas dos Municípios emitirá, no prazo nunca superior a quinze dias úteis, parecer
prévio sobre a proposta orçamentária.
O Tribunal de Contas do Município, quando solicitado, deverá emitir parecer sobre a proposta orçamentária
em até 15 dias.
§ 9º O Poder Executivo Municipal está obrigado a executar, pelo menos, 0,01% (zero vírgula zero
um por cento) do valor correspondente à receita estimada na lei orçamentária anual do Município
prevista para o exercício, das emendas apresentadas por cada vereador ao projeto de lei
orçamentária anual, aprovadas pela Câmara Municipal, observados os §§ 2º e 3º deste artigo.
VIII – a utilização, sem autorização legislativa especifica, de recursos do orçamento fiscal, para
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;
No art. 178 encontramos diversas vedações relacionadas com o orçamento do Município de Fortaleza.
Dentre elas, destacam-se:
c) a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes.
Destaca-se que os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício em que forem autorizados,
exceto se promulgados nos últimos 4 meses do exercício, quando será permitido que sejam reabertos, nos
limites de seus saldos, no exercício seguinte. Por fim, cumpre mencionar que o crédito extraordinário se
prestará apenas para atender despesas imprevisíveis e urgentes.
Art. 179. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar federal.
Art. 180. Excluídas as operações de crédito e participação nas diversas transferências, a Câmara
Municipal elaborará sua proposta orçamentária, cujo montante não poderá exceder as
determinações legais pertinentes à lei complementar que cuide da matéria específica.
15. (Questão inédita) Dentre os tributos de competência do Município estão: IPTU, ITBI, ISS,
contribuição de melhoria, preços públicos e taxas.
Comentário:
Preço Público é uma contraprestação por serviços prestados pelo Município, não uma espécie tributária. A
questão está errada.
16. (Questão inédita) A instituição de taxas em razão do poder de polícia é privativa da União.
Comentário:
A instituição de taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, é de competência comum, cabendo à União, aos Estados, as DF e
aos municípios. A questão está errada.
Comentário:
É isso que dispõe o parágrafo único do art. 179 da Lei Orgânica de Fortaleza. A questão está correta.
Comentário:
O orçamento anual do município não possui nenhuma relação com a LDO do Estado. O Orçamento do
município deve observar a LDO do próprio município. A questão está incorreta.
19. (SEF SC/2018) É vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária
anual na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de despesas.
Comentários:
A anulação de despesas é a hipótese que permite a aprovação de emendas ao projeto de lei orçamentária
(art. 177, §3º, I, da LO). A questão está errada.
20. (CM São José/2016) As emendas ao projeto de lei do plano plurianual somente poderão ser
aprovadas quando compatíveis com a lei orçamentária anual.
Comentários:
É o contrário. As emendas à Lei Orçamentária só poderão ser aprovadas se compatíveis com o Plano
Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Questão errada.
Art. 181. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar existência digna a todos, conforme os ditames da justiça social e
observados o princípio da função social da propriedade, a defesa do consumidor, a defesa do
meio ambiente e a busca do pleno emprego.
De modo simétrico à CF/88, a Lei Orgânica de Fortaleza prevê que a ordem econômica tem como base a
valorização do trabalho e a livre iniciativa, com o objetivo de assegurar a existência digna a todos de acordo
com o que estabelece as normas de justiça social. Para tanto, deverá observar os princípios da função social
da propriedade, a defesa do consumidor e do meio ambiente, além da busca do pleno emprego. O Município
de Fortaleza terá a atribuição de ser agente normativo e regulador de todas as atividades econômicas,
exercendo as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.
Art. 183. Os planos que expressam a política de desenvolvimento econômico do Município terão
o objetivo de promover a função social da cidade, a melhoria da qualidade de vida da população,
a geração de empregos, a distribuição equitativa da riqueza produzida, a preservação do meio
ambiente e o uso da propriedade fundiária segundo sua função social.
Art. 184. Na organização de sua economia, além dos princípios previstos nas Constituições
Federal e Estadual, o Município zelará pelo seguinte:
Todos os planos que visem o desenvolvimento econômico de Fortaleza deverão visar a promoção da função
social da cidade, a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, a geração de empregos, dentre outros.
No mesmo sentido, a organização da economia zelará, sem o prejuízo do que dispõe a CF/88 e a Constituição
do Estado do Ceará, pela proteção do meio ambiente, pela garantia da participação da comunidade, pela
preferência aos projetos de cunho social e comunitário, etc.
Art. 185. O Município, observado o que prescreve o artigo 173 da Constituição Federal, poderá
explorar atividade econômica, por meio de empresa pública ou sociedade de economia mista,
com a finalidade de assegurar o bem-estar da coletividade e a justiça social.
Permite-se, por parte do Município, a exploração de atividade econômica, desde que respeitado o que
prescreve o art. 173 da CF/88. Além disso, a exploração deve feita através de empresa pública ou sociedade
de economia mista, objetivando o bem-estar da coletividade e a justiça social.
Art. 187. É assegurado o exercício de atividades aos vendedores ambulantes e artesãos nos
espaços públicos disponíveis, em conformidade com a lei e os regulamentos municipais.
Vendedores ambulantes e artesãos poderão exercer suas atividades em espaços públicos, desde que o faça
com respeito à lei e aos regulamentos.
Art. 188. O Poder Executivo ficará incumbido da organização, de forma coordenada com a ação
do Estado e da União, de sistema de abastecimento de produtos no território do Município.
Art. 189. O Município promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor, em ação coordenada
com órgãos e entidades que tenham atribuições de proteção dos destinatários finais de bens e
serviços.
O consumidor também encontra proteção na Lei Orgânica de Fortaleza, de forma que o Município deverá
promover sua defesa em ação conjunta com órgãos e entidades com o mesmo fim.
Política Urbana
Disposições Gerais
Art. 190. A Política de Desenvolvimento Urbano executada pelo município de Fortaleza tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar
de seus habitantes, mediante as seguintes diretrizes:
III – cooperação entre os diferentes níveis de governos, a iniciativa privada e os demais setores
da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
V – ordenação e controle do uso do solo de forma a evitar a utilização inadequada dos imóveis
urbanos, parcelamento do solo, edificação ou uso inadequado em relação à infra-estrutura, à
retenção especulativa do imóvel urbano que resulte em sua subutilização ou não utilização e à
poluição e/ou degradação ambiental;
VII – o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança, do bem-estar dos
cidadãos e do equilíbrio ambiental.
As diretrizes que deverão ser seguidas na execução da Política de Desenvolvimento Urbano do Município
de Fortaleza estão dispostas no art. 190 de sua Lei Orgânica, que terá como objetivo a organização do
desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar dos munícipes.
a) garantia do direito à uma cidade sustentável, onde se farão presentes os direitos à moradia,
saneamento, infraestrutura, transporte, serviços públicos, trabalho e lazer não só para as gerações
presentes como, também, para as futuras;
b) ordenação e controle do uso do solo visando a utilização adequada dos imóveis urbanos, do
parcelamento do solo e edificação;
c) uso da propriedade urbana visando o bem coletivo, segurança, bem-estar e equilíbrio ambiental.
Art. 191. A política de desenvolvimento urbano, a ser executada pelo Município, assegurará:
I – a urbanização e a regularização fundiária das áreas, onde esteja situada a população favelada
e de baixa renda, sem remoção dos moradores salvo:
b) nos casos em que a remoção seja imprescindível para a reurbanização, mediante consulta
obrigatória e acordo de pelo menos dois terços da população atingida, assegurando o
reassentamento no mesmo bairro;
Alguns direitos deverão ser assegurados no momento de execução da política de desenvolvimento urbano,
como, por exemplo, o direito das pessoas portadoras de algum tipo de deficiência à acessibilidade aos
edifícios públicos e particulares que sejam abertos ao público, bem como a locais públicos e transporte
coletivo.
Art. 192. A urbanização deverá ser desestimulada ou contida em áreas que apresentem as
seguintes características:
Art. 193. Para a execução da Política Urbana no Município de Fortaleza será utilizado, entre
outros instrumentos, o de planejamento municipal através do Plano Diretor, parcelamento, uso
e ocupação do solo urbano, zoneamento ambiental, plano plurianual, diretrizes orçamentárias e
orçamento anual, gestão orçamentária participativa e plano de desenvolvimento econômico-
social.
Art. 194. O poder público considerará que a propriedade cumpre sua função social, quando ela:
A propriedade cumprirá sua função social quando atender às exigências de ordenação da cidade, assegurar
a democratização de acesso ao solo e à moradia, a valorização ao interesse social e sua não utilização para a
especulação imobiliária.
Art. 195. Fica criado o fundo de terras do Município de Fortaleza destinado exclusivamente à
implantação de programas habitacionais para a população de baixa renda.
A Lei Orgânica de Fortaleza cria o Fundo de Terras do Município, que deverá ser destinado, de maneira
exclusiva, à implantação de programas habitacionais para a população considerada de baixa renda.
Art. 196. As praças públicas da cidade e seus respectivos equipamentos devem ser preservados
em sua forma original, zelados e fiscalizados pelo poder público que os assistirá de modo
permanente e cuidadoso.
§ 1º Nos prédios e praças construídas pelo poder público poderão ser colocadas obras de arte,
de artistas plásticos cearenses, de valor proporcional à construção realizada.
Prédios e praças poderão ser construídos pelo Poder Público, que poderão ter, em sua constituição, obras
de artes de artistas plásticos cearenses. Preza-se por sua preservação original, de modo que qualquer
alteração deverá ser submetida ao Poder Legislativo.
Art. 197. O uso e ocupação do solo, através de construção, deverá ser autorizado previamente
pelo poder público municipal, segundo parâmetros estabelecidos em lei.
I – de interesse social;
II – de interesse ambiental;
A urbanização deverá ser orientada considerando o Plano Diretor de Fortaleza, que deverá prever áreas de
interesse social, ambiental, áreas de dinamização urbanística e preservação do patrimônios, áreas estas que
compreendem áreas do território que exigem tratamento especial, sendo a área de interesse social aquelas
destinadas à habitação da população de baixa-renda.
Art. 200. Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade, o poder público utilizará,
principalmente, os seguintes instrumentos:
I – planejamento urbano:
a) plano diretor;
c) zoneamento ambiental;
II – tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), que poderá ser progressivo no
tempo, conforme o plano diretor;
b) contribuição de melhoria;
a) desapropriação;
d) limitações administrativas;
k)
l) direito de superfície;
m) direito de preempção;
q) regularização fundiária;
Parágrafo único O Plano Diretor de Fortaleza indicará as áreas onde poderão ser aplicados,
sucessivamente, o parcelamento, edificação e utilização compulsórios, o IPTU progressivo no
tempo e a desapropriação com pagamento em títulos.
Por fim, no art. 200 somos colocados diante dos instrumentos que deverão ser utilizados para garantir as
funções sociais da cidade e da propriedade. São divididos em 3, cada um com subdivisões próprias:
Plano Diretor
Art. 201. O Município elaborará o seu plano diretor de desenvolvimento urbano integrado, nos
limites da competência municipal, considerando a habitação, o trabalho e a recreação com
atividades essenciais à vida coletiva, abrangendo em conjunto os aspectos econômico, social,
administrativo e fisico-espacial nos seguintes termos:
III – no tocante ao aspecto físico-espacial, o plano deverá conter disposições sobre o sistema
viário básico da cidade, o zoneamento ambiental, a rede de equipamentos e os serviços locais;
Art. 202. O plano diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento urbano, devendo,
quando de sua elaboração, ser assegurada, ampla discussão com a comunidade, a participação
das entidades representativas da sociedade civil, nos termos da lei.
O Plano Diretor do Município é o instrumento que prevê a política de desenvolvimento e expansão urbana.
É ele que orienta a ocupação do espaço municipal, visando ordenar as funções sociais e garantir o bem-
estar da população.
No art. 203 encontramos a previsão do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, cuja composição,
atribuições, organizações e funcionamento deverão ser especificadas em lei própria.
Saneamento
Art. 205. Todos têm direito à vida em ambiente salubre, cuja promoção e preservação é dever do
Poder Público e da coletividade.
O direito a um ambiente de vida salubre é previsto no art. 205 do texto da Lei Orgânica de Fortaleza, de
modo que a promoção e a preservação é uma incumbência não só do Poder Público Municipal, mas também
de toda a coletividade.
Art. 206. O Município, com a colaboração do Estado, instituirá o Plano Municipal Participativo
de Saneamento Ambiental, com o objetivo de promover a defesa preventiva da saúde pública,
garantir a salubridade ambiental respeitada a capacidade de suporte do meio ambiente aos
danos causados.
III – coleta, o transbordo e transporte, a triagem para fins de reuso ou reciclagem, o tratamento,
inclusive por compostagem e a disposição final de resíduos sólidos domiciliares, assemelhados e
provenientes da limpeza pública; a varrição, a capina e a poda de árvores em vias e logradouros
públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública;
IV – drenagem urbana entendida como serviço público de manejo de águas pluviais: a coleta, o
transporte, a detenção ou retenção para amortecimento de vazões de cheias, o tratamento e o
lançamento das águas pluviais;
V – proteção de mananciais para fins de recreação e lazer, abastecimento de água e outros usos;
a) o fornecimento de água bruta para outros usos, comprovado o não-prejuízo aos serviços
públicos de abastecimento de água;
d) o aproveitamento dos materiais integrantes dos resíduos sólidos por meio de reuso ou
reciclagem;
O Plano Municipal Participativo de Saneamento Ambiental será instituído pelo Município, com a
colaboração do Estado do Ceará, cujo objetivo será a promoção e a defesa da saúde pública, garantindo-se
um ambiente salubre e o respeito ao meio ambiente. O plano deverá ser orientado visando garantir à
população de Fortaleza serviços de abastecimento de água, serviços de esgotamento sanitário, coleta de
resíduos domiciliares, drenagem urbana, proteção de mananciais, utilização de água residuária para fins
agrícolas, de paisagismo e piscicultura e a implantação de planos setoriais.
A implantação do plano será de competência do Município, que poderá contar com a colaboração de
concessionárias e parceiros estaduais ou federais.
Por fim, será incumbência do Município buscar projetos associados aos serviços de saneamento capazes de
gerar benesses sociais, ambientais ou econômicas.
Art. 207. A concepção das soluções de sistemas públicos de esgotamento sanitário deverá levar
em conta as interrelações do meio físico da cidade com as questões da saúde pública e da
preservação ambiental, devendo observar:
I – a densidade populacional;
Art. 208. Os projetos e as obras de saneamento serão sempre concebidos de forma a garantir a
continuidade de funcionamento dos equipamentos projetados principalmente no caso de
estações de tratamento e elevatórios de esgotos.
Art. 209. Caberá ao Poder Executivo Municipal, ouvida a sociedade civil e com aprovação pela
Câmara Municipal, elaborar no prazo de doze meses o plano municipal de saneamento
ambiental, para atender a toda população, priorizando ações para atividades dos serviços de:
II – esgotamento sanitário;
Art. 210. Os planos de saneamento ambiental devem ser elaborados e revisados a cada 5 (cinco)
anos com a participação da comunidade, sendo obrigatória a realização de audiência e consulta
públicas, de saneamento ambiental, devendo compatibilizar-se com:
V – a legislação ambiental.
Plano Municipal de Saneamento Ambiental deverá ser elaborado pelo Poder Executivo Municipal,
aprovado pela Câmara, para atender toda a população do Município de Fortaleza. Deverá ser revisado a
cada 5 anos, garantida a participação da comunidade através da realização obrigatória de audiência e
consultas públicas.
Garante-se a prestação de serviços públicos de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto pelo
Poder Público Municipal, que poderá autorizar sua concessão para as esferas Estadual e Federal, proibida
sua privatização, concessão, subconcessão, permissão ou subpermissão privada.
Art. 212. Não será aceito o lançamento de efluentes de estações de tratamento primário de
esgotos em galerias de rede de drenagem de águas pluviais e/ou coleções de água interiores da
cidade de Fortaleza.
Art. 213. As ações de saneamento ambiental deverão ser planejadas e executadas, no sentido de
garantir a solução adequada para a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final dos
esgotos sanitários, como forma de promover a saúde pública e de prevenir a poluição das águas
superficiais e subterrâneas, do solo e do ar.
Art. 214. As multas decorrentes da não utilização da rede coletora de esgoto por parte dos
proprietários de imóveis comerciais ou residenciais serão depositadas no Fundo Municipal de
Defesa do Meio Ambiente.
Parágrafo único Os recursos obtidos pelas multas serão aplicados no monitoramento, estudos,
educação ambiental, despoluição e recuperação dos rios e lagoas do município de Fortaleza.
As multas, quando aplicadas em razão da não utilização da rede de esgoto por parte dos particulares
proprietários, deverão ser depositadas no Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente, para aplicação
no monitoramento, estudos, educação ambiental, despoluição e recuperação dos rios e lagoas municipais.
Art. 217. O Município criará, por lei, sistema de gestão dos recursos hídricos, mediante
organização, em nível municipal, com a participação da sociedade civil, e de conselhos de recursos
hídricos de modo a garantir:
III – a proteção das águas contra ações que possam comprometer o seu uso, atual ou futuro;
IV – a defesa contra as secas, inundações e outros eventos críticos, que ofereçam risco à
segurança pública e à saúde, e prejuízos econômicos e sociais;
§ 2º Os corpos d’água não integram os serviços públicos de saneamento básico, exceto os lagos
artificiais cuja finalidade principal seja a captação de água para abastecimento público ou o
tratamento de efluentes ou a retenção ou detenção para amortecimento de vazões de cheias.
§ 3º Não constitui serviço público a ação de saneamento implementada por meio de soluções
individuais, desde que o usuário não dependa de terceiros para operar os serviços, bem como as
ações e serviços de saneamento ambiental de responsabilidade privada, incluindo o manejo de
resíduos de responsabilidade do gerador.
O Sistema de Gestão dos Recursos Hídricos deverá ser criado pelo Município, com a participação da
sociedade civil, se responsabilizando pelo registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de direito
de pesquisa e exploração dos recursos.
Cabe destacar que não serão integrados aos serviços de saneamento os corpos d’água, exceto aqueles cuja
finalidade seja a captação para abastecimento ou tratamento, ou, ainda, retenção ou detenção para
amortecimento de cheias.
§ 1º A avaliação interna será efetuada pelo órgão competente através de relatórios semestrais
que caracterizarão a situação dos serviços e suas infra-estruturas, relacionando-as com as
condições sócio-econômicas e de salubridade ambiental em áreas homogêneas, de forma a
verificar a efetividade das ações de saneamento na redução de riscos à saúde, na melhoria da
qualidade de vida e do meio ambiente para os diferentes estratos sócio-econômicos, obedecendo
aos critérios, índices e parâmetros da legislação vigente.
§ 2º A avaliação externa será efetuada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM)
após manifestação do órgão competente, com a finalidade de constatar os impactos ambientais
relacionados à implantação e desenvolvimento das ações, obras e serviços de saneamento básico
e assegurar que sejam implementadas de acordo com as normas relativas à proteção ao meio
ambiente, ao uso e ocupação do solo e à saúde.
Enfim, todos os serviços de saneamento deverão receber avaliação de qualidade tanto interna, quanto
externa, realizadas anualmente. A avaliação interna é efetuada por órgão competente, ao passo que a
avaliação externa deverá ser feita pelo COMAM, após manifestação do órgão competente que realizou a
avaliação interna.
Transportes Coletivos
Art. 219. O Poder Público Municipal, através do órgão gestor de transporte público do Município
de Fortaleza, efetuará o planejamento, o gerenciamento, a fiscalização e a operação do sistema
de transporte público urbano, observando os seguintes preceitos:
III – definição pelo Poder Público Municipal do itinerário e freqüência das linhas do sistema de
transporte público coletivo;
O texto da LO de Fortaleza tratou de cuidar, a partir do art. 219, do sistema de transporte coletivo de
passageiros. À vista disso, o Munícipio, por intermédio de órgão gestor, deverá efetuar não só o
planejamento, como também o gerenciamento, fiscalização e operação do sistema de transporte.
Art. 220. O sistema de transporte público urbano no Município de Fortaleza classifica-se em:
I – coletivo;
II – individual;
I – regular;
II – complementar;
III – especial.
I – táxi;
II – moto-táxi.
I – eventual;
II – comum;
III – escolar;
IV – turismo.
O transporte público urbano no Município será classificado em coletivo (regular, complementar e especial),
individual (táxi e moto-táxi) e por fretamento (eventual, comum, escolar e de turismo).
Art. 221. As tarifas dos serviços públicos de transporte, com exceção do fretamento, são de
competência exclusiva do Município e deverão ser fixadas pelo Chefe do Poder Executivo.
Em regra, as tarifas para a utilização dos serviços de transporte serão fixadas pelo Prefeito, com exceção do
valor que deverá ser pago para a utilização dos serviços de transporte fretado.
Art. 223. Fica assegurado aos habitantes do Município de Fortaleza um transporte público
urbano dotado de acessibilidade universal, o qual deve apresentar as características de conforto,
economia, segurança e rapidez, observada a legislação vigente.
Art. 224. Os serviços de transporte público coletivo serão operados pelo Município, podendo este
delegar a operação integral ou parcial, sempre através de licitação.
§ 1º As licitações a que se referem o caput deste artigo, deverão ser acompanhadas por 3 (três)
Vereadores, dentre os quais o Presidente da Comissão de Transporte da Câmara Municipal, para
acompanharem e fiscalizarem todos os termos e atos dos processos licitatórios em referência.
§ 2º O serviço de transporte público coletivo regular poderá ser delegado a empresas operadoras
privadas ou consórcio de empresas, através de concessão.
A operação do transporte coletivo deverá ser realizada pelo Município, que poderá delegar sua operação
de forma integral ou parcial através de licitação.
Em se tratando da operação de transporte público coletivo regular, a delegação poderá ser feita às empresas
operadoras, através de concessão. Já às empresas de transporte complementar, a delegação será feita
através de permissão, ao passo que a operação de transporte especial poderá ser delegada através de
concessão ou permissão.
Art. 225. Os serviços de transporte público individual terão sua operação delegada pelo Poder
Público Municipal, sob regime de permissão ou autorização.
Art. 226. Os serviços de transporte público por fretamento terão a sua operação delegada pelo
Poder Público Municipal, por meio de autorização, através de seu órgão competente, na forma
da lei.
No que tange à prestação de serviços de transporte individual, assim compreendidos os táxis e mototáxis, a
operação será delegada através de permissão ou autorização. Por outro lado, os serviços por fretamento
dependem de autorização.
Art. 227. Ao Município é dado o poder de intervir no serviço de transporte público de passageiros
a partir do momento em que os operadores privados desrespeitarem a Política Municipal de
Mobilidade Urbana, provocarem danos e prejuízos aos usuários ou praticarem ato lesivo ao
interesse público, desrespeitarem cláusulas contratuais e o ordenamento jurídico que regula a
atividade, apurados em processo administrativo realizado por autoridade competente.
Ainda que delegados, o Município poderá intervir no serviço quando detectado práticas que desrespeitem
a Política Municipal de Mobilidade Urbana, as cláusulas contratuais ou a legislação que regula a atividade.
Art. 228. Cabe ao Poder Público Municipal promover a integração no sistema de transporte
público coletivo.
Art. 229. O Poder Público Municipal manterá todos os equipamentos do sistema de transporte
público urbano, pontos de parada, terminais e outros que venham a fazer parte do sistema, de
forma adequada aos usuários, por si ou por terceiros.
A integração do sistema de transporte coletivo caberá ao Município, que deverá manter todos os
equipamentos, pontos de parada e terminais aptos para o uso dos usuários.
Art. 230. Vencido o prazo de concessão ou permissão, desde que cumpridas as normas de
operação dos serviços e verificada a idoneidade econômico-financeira, os operadores poderão ter
o prazo de concessão ou permissão prorrogado conforme o disposto na legislação pertinente e
nos termos de permissão ou contrato de concessão.
A concessão ou permissão para as delegatárias dos serviços de transporte público municipal poderão ser
prorrogadas, desde que cumpridas as normas de operação e que seja verificada a idoneidade dos
operadores, obedecida a legislação pertinente.
Art. 231. Os serviços de transporte público coletivo serão delegados através de termos de
permissão ou contratos de concessão outorgados pelo Poder Público Municipal, contendo, entre
outras formalidades da legislação específica, as seguintes premissas:
IX – condições para prorrogação do contrato com prazo inicial de duração de, no mínimo, 10
(dez) anos e de, no máximo, 15 (quinze) anos.
Art. 233. Os valores constantes da planilha de custos empregada no cálculo tarifário devem ser
atualizados em função do que estabelece o termo de permissão ou o contrato de concessão, ou
no respectivo contrato.
Parágrafo único A remuneração dos serviços de transporte coletivo deverá ser feita,
considerando a cobertura de todos os custos, inclusive os de depreciação do imobilizado, e a justa
remuneração do capital imobilizado, necessário ao desenvolvimento dos serviços constantes no
termo de permissão, no contrato de concessão ou no respectivo contrato.
A remuneração do serviço para as empresas delegatárias deverá ser calculado com base em planilha de
custos dos serviços, que deverá ser atualizada conforme o termo ou contrato.
Art. 234. É garantido aos estudantes de Fortaleza, o abatimento de 50% (cinqüenta por cento)
sobre o valor da tarifa cobrada no transporte público coletivo.
§ 1º Considera-se estudante para efeito do exercício ao direito constante neste artigo, aqueles
que se encontram matriculados e com freqüência regular nas instituições de ensino regulares
localizadas no Município de Fortaleza.
§ 3º Para fazer jus ao abatimento, os estudantes deverão portar identificação estudantil emitida
por entidade estudantil credenciada junto ao órgão gestor de transporte público do Município de
Fortaleza, que preencham os seguintes critérios:
I – a entidade tenha, pelo menos, 5 (cinco) anos de pleno funcionamento, exceto as atualmente
credenciadas;
II – não tenha sofrido nenhuma sanção do órgão gestor nos últimos 5 (cinco) anos ou
descredenciamento;
III – que satisfaçam critérios técnicos, além dos exigidos pelo órgão gestor.
§ 5º Fica o Município de Fortaleza autorizado a custear a despesa com a emissão das identidades
estudantis dos alunos de escolas e universidades públicas.
§ 6º Fica vedada a limitação do exercício do direito disposto no caput, no que se refere ao número
de viagens realizadas com o abatimento da tarifa.
Aos estudantes de Fortaleza que preencham os requisitos previstos no art. 234, §3º, da Lei Orgânica será
garantido o abatimento de 50% do valor da tarifa do transporte coletivo, vedando-se a limitação por
número de viagens. Ressalta-se que tal direito não se aplica ao transporte público especial.
Autoriza-se ao Município o custeamento das despesas com a emissão das identidades estudantis dos alunos
de escolas e universidades públicas.
Art. 235. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade no transporte público
coletivo.
Aqui, a Lei Orgânica de Fortaleza determina a gratuidade do transporte coletivo aos maiores de 65 anos, o
que não se aplica ao transporte público especial.
Art. 236. A remuneração do sistema de transporte público coletivo advirá da tarifa cobrada aos
usuários e por subsídios repassados diretamente, sob forma de redução do valor da tarifa.
Todo o sistema de transporte público coletivo deverá ser remunerado através da tarifa cobrada e dos
subsídios repassados. Destaca-se que a concessão de qualquer outra gratuidade depende de lei
complementar que indique fonte de recursos para o seu custeio.
Habitação
Art. 237. Caberá ao poder público municipal estabelecer uma política habitacional integrada à
da União e à do Estado, objetivando solucionar o déficit habitacional, conforme os seguintes
princípios e critérios:
VI – articulação com outras políticas setoriais na efetivação de políticas públicas inclusivas, com
atenção especial aos grupos sociais vulneráveis;
VIII – construção de moradia que atinja o mínimo existencial, compatível com a dignidade da
pessoa humana.
Parágrafo único As entidades responsáveis pelo setor habitacional deverão contar com recursos
orçamentários próprios e de outras fontes, com vista à implantação da política habitacional do
Município.
Parágrafo único O Poder Executivo Municipal elaborará planos e programas que transcendam
as gestões administrativas definindo, segundo critérios e ampla discussão com as comunidades
faveladas, áreas prioritárias para os planos anuais de obras de urbanização e regularização
fundiária.
O Poder Público do Município deverá estabelecer política habitacional integrada à União e ao Estado do
Ceará, que terá como objetivo resolver a questão do déficit habitacionais. As entidades responsáveis
contarão com recursos próprio, além do recebimento de recursos de outras fontes. Tal política deverá dar
prioridade aos programas destinados à população de baixa renda.
Parágrafo único O Poder Público deverá atuar em parceria com entidades da sociedade civil,
visando à construção de casas populares, devendo ofertar apoio técnico e financeiro, bem como
disponibilizar terrenos públicos ou desapropriados para construção de novas moradias.
A participação popular na política habitacional deverá ser estimulada através de fóruns, conselhos e demais
instâncias de acesso à informação. Além disso, o Município deverá atuar em conjunto com entidades da
sociedade civil, buscando a construção de casas populares.
I – financiamento para famílias com renda integral, nunca superior a cinco salários mínimos;
II – atendimento prioritário às famílias com renda média até três salários mínimos e submetidos
a situação de risco físico;
III – prestação da casa não excedente a dez por cento da renda familiar;
O art. 240 da Lei Orgânica de Fortaleza traz alguns critérios que devem orientar a execução dos programas
de construção de moradia popular.
Art. 241. O Poder Público só construirá conjuntos habitacionais para abrigar a população carente
ocupante de assentamentos irregulares, quando por questões técnicas ou de estratégia de uso
do solo não for possível a urbanização dos eventos.
A construção de conjuntos habitacionais pelo Poder Público somente poderá ser feita para abrigar a
população carente ocupante de assentamentos irregulares quando não for possível a urbanização dos
eventos, de modo que os conjuntos deverão ser localizados em áreas próximas à área do assentamento.
O domínio ou a concessão real de uso, nos programas de realização fundiária e loteamentos, será conferido
prioritariamente à mulher.
Meio Ambiente
Art. 244. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público, através de seus
VI – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade;
XII – garantir o amplo acesso dos interessados a informações sobre as fontes e as causas de
poluição e degradação ambiental e, em particular, aos resultados das monitoragens e das
auditorias a que se refere o inciso Xl deste artigo;
XIV – incentivar a integração das universidades, das instituições de pesquisa e das associações
civis nos esforços para garantir e aprimorar o controle da poluição, inclusive do ambiente de
trabalho;
XVII – criar parques, reservas ecológicas, áreas de proteção ambiental e outras unidades de
conservação, mantê-los sob especial proteção e dotá-los da infra-estrutura indispensável às suas
finalidades;
A Lei Orgânica de Fortaleza previu o Direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, reforçando a
previsão da Constituição Federal como um direito fundamental de terceira geração. Incube ao Poder Público
a defesa e a preservação do meio ambiente. Nos incisos deste art. 244 foram dispostas ações a serem
implementadas pelo Poder Público para garantir esse direito.
Art. 246. O poder público desenvolverá programas de urbanização e despoluição das lagoas, rios
e riachos do Município, visando a preservá-las e transformá-las em equipamento comunitário de
lazer.
Art. 247. É vedada a concessão de recursos públicos ou incentivos fiscais a atividades que
desrespeitem as normas e os padrões de proteção do meio ambiente e do ambiente de trabalho.
Veda-se a concessão de recursos ou incentivos às atividades que não respeitem as normas de proteção ao
meio ambiente.
Art. 248. A exploração comercial de recursos hídricos na área do Município deve estar
condicionada à autorização pela Câmara Municipal.
Art. 249. A lei de uso e ocupação do solo urbano, integrante do plano diretor do Município e o
código de obras e posturas, terá como diretriz geral o equilíbrio do meio ambiente, a preservação
ecológica e a defesa da qualidade de vida.
Art. 250. As lagoas, as dunas, as praias, os mangues e as paisagens naturais notáveis são
considerados de relevante valor ambiental, paisagístico e turístico, devendo sua delimitação, uso
e ocupação serem definidas em lei.
Art. 251. São declarados de relevante interesse ecológico, paisagístico, histórico e cultural os rios,
os riachos, as lagoas, a zona costeira e as faixas de proteção dos mananciais.
Art. 252. O poder público municipal, no uso de seu respectivo poder de polícia administrativa,
disporá sobre a proibição de emissão de sons e ruídos de toda espécie, produzidos por qualquer
meio, considerando sempre os locais, horários e a natureza das atividades emissoras, visando a
compatibilizar o exercício da atividade com a preservação da saúde, da segurança e do sossego
público.
O Poder Público deverá dispor sobre a proibição de sons e ruídos produzidos por qualquer meio, de modo a
compatibilizar o exercício de atividades com a preservação da saúde, segurança e sossego da população.
Art. 253. As condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas e
jurídicas, às sanções administrativas, independentes da obrigação de recuperar os danos
causados e do recolhimento das taxas de utilização dos recursos naturais.
Art. 254. É obrigação das instituições do Poder Executivo, com atribuições diretas ou indiretas de
proteção e controle ambiental, informar ao Ministério Público sobre ocorrência de conduta ou
atividade considerada lesiva ao meio ambiente.
Aqueles que, por qualquer meio, causarem dano ao meio ambiente estarão sujeitos às sanções, sem o
prejuízo da obrigação de reparar o dano e de recolher taxas de utilização dos recursos, sendo obrigação do
Poder Executivo, através de suas instituições, informar o Ministério Público sobre a ocorrência da conduta.
Art. 255. Fica criado o fundo de defesa do meio ambiente, destinado ao desenvolvimento de
programas de educação ambiental, monitoramento e controle da poluição ambiental,
recuperação do meio ambiente degradado e preservação das áreas de interesse ecológico.
Parágrafo único Os recursos oriundos de multas administrativas por atos lesivos ao meio
ambiente e da utilização dos recursos ambientais, de taxa de licenciamento ambiental, serão
destinados ao fundo de que trata este artigo.
A partir da vigência da Lei Orgânica, Fortaleza contará com o Fundo de Defesa do Meio Ambiente, que será
destinado ao desenvolvimento de programas de educação ambiental, monitoramento e controle da poluição
e recuperação do meio ambiente. Assim, todas as multas oriundas dos atos lesivos serão destinadas a esse
Fundo.
Art. 256. O poder público municipal estabelecerá restrições administrativas de uso de áreas
privadas para fins de proteção de ecossistemas.
Parágrafo único O conselho a que se refere este artigo analisará a conveniência dos projetos em
face dos possíveis danos que poderão causar ao meio ambiente, diante das especificidades de
cada recurso hídrico.
Quaisquer atividades localizadas próximas às áreas de proteção dos recursos hídricos dependerão de
aprovação prévia de órgão municipal e aprovação do Conselho Municipal do Meio Ambiente, que deverá
analisar a conveniência do projeto.
Art. 259. Não será permitida a ocupação de áreas ou urbanização que impeçam ou dificultem o
livre e franco acesso público às praias e às lagoas.
Veda-se que sejam ocupadas ou urbanizadas as áreas que impeçam ou dificultem o acesso livre e gratuito às
praias e lagoas do Município.
Art. 260. É proibida a instalação de reatores nucleares em território municipal, com exceção
daqueles destinados unicamente à pesquisa científica e ao uso terapêutico, cuja localização e
especificação sejam definidos em lei, sem a qual não poderão ser instalados.
Parágrafo único Os equipamentos a que se refere o caput deste artigo só poderão ser instalados
no Município após prévio licenciamento ambiental pelo órgão competente.
Com exceção daqueles destinados à pesquisa científica e uso terapêutico, que necessitam de licenciamento
ambiental para a instalação, veda-se a instalação de reatores nucleares no Município.
Art. 261-A. O Poder Executivo Municipal estimulará o uso de sacolas de papel e sacolas não
descartáveis no âmbito do município de Fortaleza, através de campanha de conscientização dos
efeitos do uso de sacolas plásticas e similares para o meio ambiente.
Parágrafo único Fica autorizado o Poder Executivo Municipal a distribuir sacolas não
descartáveis contendo o brasão do Município de Fortaleza e com slogans apropriados à
campanha a que se refere o caput deste artigo, sem jamais ocorrer o uso de promoção política e
pessoal de qualquer dos agentes públicos ou políticos.
Art. 262. O Poder Público Municipal implementará política setorial visando à coleta, transporte,
tratamento e disposição final dos resíduos urbanos, inclusive com ênfase nos processos efetivos
que promovam sua reciclagem.
Seguindo uma tendência global, o Poder Executivo deverá estimular o uso de sacolas de papel e sacolas não
descartáveis, sendo permitida a sua distribuição contendo o brasão do Município e slogans apropriados para
a campanha de conscientização de uso.
Ciência e Tecnologia
Art. 263. A pesquisa cientifica básica e a pesquisa tecnológica receberão, nessa ordem,
tratamento prioritário do Município, tendo em vista o bem público e o progresso da ciência.
Art. 266. O Município apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e
tecnologia e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.
Art. 268. O Município destinará, anualmente uma parcela de sua receita tributária, para fomento
da pesquisas científica e tecnológica, que será destinada em duodécimos, mensalmente, e será
gerida por Órgão Específico, com representação paritária do Poder Executivo e das comunidades
científica, tecnológica, empresarial e trabalhadora, a ser definida em lei.
Almejando o progresso da ciência e o bem da sociedade, o Município de Fortaleza deverá priorizar a pesquisa
científica básica e a pesquisa tecnológica (nessa ordem). Apoiará, também, a formação de recursos humanos
na área da ciência, concedendo meios e condições especiais de trabalho.
Educação
Art. 269. A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, sendo de responsabilidade
do Poder Público Municipal a garantia da educação infantil e fundamental pública, gratuita e de
qualidade, respeitados os princípios constitucionais, a todo e qualquer cidadão, independente de
raça, gênero, classe social, credo ou qualquer forma de preconceito ou discriminação social.
A educação é um dos mais importantes direitos sociais, uma vez que visa a permitir que o indivíduo alcance
o máximo de suas potencialidades.
Primeiramente, é importante entendermos como se organiza o sistema de ensino no Brasil. O art. 211, CF/88,
estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de
colaboração seus sistemas de ensino, da seguinte maneira:
O caput do art. 269 da Lei Orgânica de Fortaleza reproduz o art. 205 da Constituição Federal. A Educação é
direito de todos, dever do Estado e da família, e promovida com colaboração da sociedade. Engana-se
quem pensa que é só o Estado que deve promover a educação. Essa também é uma responsabilidade da
família. É no seio familiar, afinal, que o indivíduo tem contato com os valores sociais e culturais, importantes
para o convívio em sociedade.
O art. 270 da Lei Orgânica dispõe sobre princípios a serem observados na educação promovida pelo
Município. Alguns pontos merecem destaque:
b) O inciso VII, reforçando a ideia de que a educação não é só dever do Estado como também da família,
dispõe que a educação é integral e integrada, construída socialmente;
Art. 271. O dever do Município com a educação será efetivado mediante as seguintes garantias:
II – atendimento à educação fundamental obrigatória, inclusive àqueles que não tiveram acesso
na idade própria;
III – atendimento às pessoas com deficiência pelo Sistema Municipal de Educação, na rede
regular de ensino da 1ª e 2ª etapas da Educação Básica, sempre que demandado por suas famílias
ou responsáveis, respeitadas as suas peculiaridades, adaptada a proposta didático-pedagógica
da instituição e observadas as condições apropriadas determinadas pela legislação em vigor;
XII – seleção pública para direção escolar dentre os profissionais da rede pública de ensino, de
nível superior, com experiência mínima de 2 (dois) anos de efetivo exercício no magistério;
a) O controle social da unidade escolar será conduzido pelos Conselhos Escolares, na forma da
Lei.
XIII – criação de grupo gestor das escolas públicas municipais, integrando as funções
administrativa, financeira, pedagógica e de secretariado, assegurado o critério técnico na seleção
desses profissionais entre os servidores públicos municipais, na forma da lei;
XIII – criação de grupo gestor das escolas públicas municipais, integrando as funções
administrativa, financeira, pedagógica e de secretariado, assegurado o critério técnico na seleção
desses profissionais.
XVII – Realização de chamada pública anual obrigatória, com ampla divulgação nos meios de
comunicação, a ser promovida no período de matrículas escolares do Sistema Municipal de
Educação;
XVIII – Oferta de escola próxima à residência do aluno, assegurado o transporte escolar gratuito
para todos que não encontraram vagas perto de casa, na forma da lei;
O art. 271 da Lei Orgânica de Fortaleza, por sua vez, traça as diretrizes básicas que devem ser garantidas
pelo Município, no intuito de efetivar o direito à educação. Gostaria de destacar as seguintes:
a) atendimento especializado aos alunos com deficiência, matriculados na rede pública de ensino,
sempre que demandado por profissional legalmente habilitado, através da rede social de apoio;
c) oferta de educação regular em nível fundamental, para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas condições de vida.
Art. 272. O Município organizará o Sistema Municipal de Educação (SME), que abrangerá a 1ª e
a 2ª etapas da educação básica, educação infantil e fundamental, articulando os órgãos e
instituições educacionais no âmbito de sua competência, com a finalidade de implementação e
implantação das políticas educacionais, na forma lei.
Cabe ao Município organizar, ainda, o Sistema Municipal de Educação, articulando-o com órgãos e outras
instituições educacionais no âmbito Municipal, visando à implementação de políticas educacionais.
Os recursos públicos destinados à educação, em regra, são exclusivos à sua manutenção e desenvolvimento,
sendo utilizados em educação pública infantil, fundamental e suas modalidades.
Art. 275. Compete ao Poder Público Municipal a elaboração do Plano Municipal de Educação, de
duração decenal, em conjunto com organismos colegiados da educação, do sistema de defesa e
garantia de direitos, fóruns, comissões de educação da Câmara Municipal de Fortaleza e da
Assembléia Legislativa e demais organismos representativos da sociedade civil organizada,
visando à articulação dos diferentes níveis e modalidades da educação, no sentido da:
Art. 276. O Município realizará periodicamente a Conferência Municipal de Educação, com ampla
participação popular, objetivando a construção e acompanhamento coletivo das políticas
públicas de educação.
Caberá ao Poder Público elaborar o Plano Municipal de Educação, cuja vigência será de 10 anos, bem como
realizar a Conferência Municipal de Educação, com ampla participação popular.
Cultura
Art. 277. O Município protegerá as expressões e bens de valor histórico, artístico e cultural, bem
como as paisagens naturais e construídas e seus sítios arqueológicos, nos quais se incluem:
Art. 278. É de responsabilidade do poder público municipal garantir a todo e qualquer cidadão o
pleno exercício dos direitos culturais, o acesso às fontes de cultura e o apoio e incentivo ao
conjunto das diversas formas de expressão, modos de criar, fazer e viver, manifestações artísticas
e culturais, usos e linguagens reconhecidas por nosso povo como representativos de suas
identidades e formadores de seus sentimentos de pertença.
§ 2º Fica estabelecido o prazo de 120 (centos e vinte) dias, contado da data do término do
carnaval, para a Federação das Representações Carnavalescas do Estado do Ceará realizar a
prestação de contas junto à Secretaria Municipal Competente.
Segundo a Lei Orgânica de Fortaleza, o Município deverá proteger as expressões e bens de valor histórico,
artístico e cultural, sem prejuízo da proteção às paisagens naturais e sítios arqueológicos, sendo de sua
responsabilidade garantir o acesso ao pleno exercício de direitos culturais e às fontes de cultura.
Art. 279. As políticas públicas de Cultura do município de Fortaleza serão desenvolvidas pela
Secretaria Municipal de Cultura ou órgão equivalente.
Art. 280. O Poder Público Municipal garantirá a defesa, proteção, preservação, valorização e
divulgação do patrimônio histórico material e imaterial, através de:
II – elaboração da legislação específica de proteção aos bens de valor histórico cultural, que
constituam referenciais da história e da memória cearense;
III – elaboração de legislação, programas e projetos que criem incentivos e compensações para
estimular a proteção e preservação do patrimônio e da memória pelos cidadãos;
A forma como será manejada a política de proteção, preservação, valorização e divulgação do patrimônio
histórico material e imaterial está prevista nos sete incisos do art. 280.
Art. 281. O Poder Público Municipal garantirá a defesa dos usos dos bens culturais públicos em
função do interesse coletivo.
A lei Orgânica preocupou-se, também, em garantir às pessoas com deficiência o acesso à cultura, de modo
que deverão ser suprimidas barreiras e obstáculos arquitetônicos para o acesso aos equipamentos
culturais, que, além disso, deverão ser construídos conforme a legislação de acessibilidade em vigor.
Art. 283. As políticas públicas desenvolvidas pelo Município de Fortaleza para o apoio e incentivo
ao exercício das atividades de criação, produção e difusão artístico-cultural, intelectual, científica
e de comunicação, desenvolver-se-ão mediante os seguintes princípios:
I – equidade de condições de acesso aos meios de fomento para criação, produção e difusão
promovidas pelo município;
II – reconhecimento de que cultura é uma construção social e que se dá nas diferentes dimensões
do desenvolvimento humano, sob diversas linguagens e que deve estar integrada aos processos
educativos;
III – identificação e valorização das manifestações das culturas populares referentes aos
diferentes grupos formadores de nossa sociedade;
Os princípios que deverão ser seguidos pelo Município de Fortaleza no fomento da cultura estão dispostos
no art. 283. Destaco os seguintes:
a) equidade de condições de acesso aos meios de fomento para criação, produção e difusão;
Art. 285. O Município organizará o Sistema Municipal de Cultura (SMC), que abrangerá e
articulará todos os órgãos e instituições culturais no âmbito de sua competência, com a finalidade
de implementar e implantar as políticas públicas de cultura.
§ 2º Compete ao Poder Público Municipal constituir o Fundo Municipal de Cultura, que integrará
o Sistema Municipal de Cultura (SMC) com função gerenciadora de recursos destinados à
execução das políticas públicas.
Art. 286. Compete ao Poder Público Municipal a elaboração do Plano Municipal de Cultura, de
duração plurianual, em conjunto com organismos colegiados da cultura e da sociedade civil
organizada.
O Sistema Municipal de Cultura deverá ser organizado pelo Município de Fortaleza, abrangendo e
articulando todos os órgãos e instituições culturais no âmbito de sua competência, visando implementar
políticas de cultura.
Caberá ao Poder Público Municipal, ainda, a elaboração do Plano Municipal de Cultura, cuja duração será
plurianual.
Art. 287. O Município realizará periodicamente a Conferência Municipal de Cultura, com ampla
participação popular, objetivando a construção e acompanhamento coletivo das políticas
públicas.
Art. 288. Como instrumento de acesso e fomento à cultura, fica o Poder Público Municipal
incumbido de garantir a Meia Cultural aos estudantes regularmente matriculados em
estabelecimentos de ensino oficiais ou reconhecidos oficialmente pelo Poder Público.
Parágrafo único Entende-se como Meia Cultural o abatimento de 50% (cinquenta por cento) no
preço cobrado pelas casas exibidoras de espetáculos teatrais, musicais, cinematográficos e
circenses.
Garante-se a “Meia Cultural” aos estudantes de Fortaleza, entendida como o abatimento de 50% do valor
cobrado pelos estabelecimentos que exibem espetáculos teatrais, musicais, de cinema ou circo.
Desporto
Art. 289. É dever do Município fomentar e incentivar as práticas esportivas formais e não formais,
com direito de cada um.
Art. 290. As políticas públicas do Esporte no Município desenvolver-se-ão com base nos seguintes
princípios
V – gestão democrática;
Art. 291. O dever do Município com o esporte será efetivado mediante a garantia de:
Art. 292. O Município promoverá programas esportivos destinados às pessoas com deficiência e
necessidades especiais, cedendo equipamentos fixos em horários que lhes permitam vencer as
dificuldades do meio.
Art. 293. Fica garantida a destinação de áreas de atividades esportivas nos projetos de
urbanização, de habitação e de construção de unidades escolares no Município de Fortaleza.
Art. 294. O Município organizará o Sistema Municipal de Esporte, que compreenderá o esporte
educacional, o esporte de lazer e o esporte de alto rendimento, com a finalidade de implantação
e implementação das políticas públicas de esporte.
Art. 295. O Município criará, na forma da lei, o Conselho Municipal do Esporte, com funções
deliberativa, consultiva e fiscalizadora.
Art. 296. O Município realizará periodicamente a Conferência Municipal do Esporte, com ampla
participação popular, objetivando a construção e acompanhamento coletivo das políticas
públicas de esporte.
O desporto foi alçado pela Constituição Federal à condição de direito individual, uma vez que se revela como
importante elemento na formação integral do indivíduo. Segundo o art. 217, CF/88, é dever do Estado
fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um.
À vista disso, os artigos 289 a 296 da Lei Orgânica cuidam do tema e estabelecem que o Município fomentará
as práticas desportivas formais e não formais pedagógicas, na área de sua jurisdição, em seu meio urbano
e rural, obedecidos os princípios do art. 290 e as garantias do art. 291.
Deverá, também, promover a prática esportiva voltada para as pessoas com deficiência e com necessidades
especiais.
Cumpre destacar que práticas desportivas formais são aquelas que se desenvolvem segundo regras
preestabelecidas (ex: um jogo de futebol entre Ceará e Fortaleza pelo campeonato cearense); práticas
desportivas não-formais, por sua vez, são aquelas que se desenvolvem sob regras definidas em comum
acordo pelos participantes (ex: a “pelada” de dois times do seu bairro).
Por fim, cumpre destacar que o Município deverá criar o Conselho do Esporte e realizar, periodicamente, a
Conferência Municipal do Esporte, com ampla participação popular.
Juventude
A Emenda nº 21, de 27 de agosto de 2021, incluiu uma nova seção voltada apenas para tratar aspectos
relacionados aos jovens. Veja os dispositivos incluídos:
Art. 296-A. O Município promoverá políticas públicas voltadas para a juventude de modo a
assegurar ao jovem o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
Art. 296-B. As políticas públicas municipais de juventude serão regidas pelos seguintes princípios:
II – valorização e promoção da participação social e política, de forma direta e por meio de suas
representações;
Art. 296-C. Os agentes públicos ou privados envolvidos com as políticas públicas municipais de
juventude devem observar as seguintes diretrizes:
III – ampliar as alternativas de inserção social do jovem, promovendo programas que priorizem o
seu desenvolvimento integral e a participação ativa nos espaços decisórios;
VII – fortalecer as relações institucionais com os entes federados e as redes de órgãos, gestores e
conselhos de juventude;
IX – garantir a integração das políticas de juventude com o Poder Legislativo, com o Ministério
Público e com a Defensoria Pública; e
X – zelar pelos direitos dos jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos privados
de liberdade e egressos do sistema prisional, formulando políticas de educação e trabalho,
incluindo estímulos à sua reinserção social e laboral, bem como criando e estimulando
oportunidades de estudo e trabalho que favoreçam o cumprimento do regime semiaberto.
Saúde
Art. 297. A saúde é direito de todos os munícipes e dever do poder público, assegurada mediante
políticas sociais e econômicas que visem à eliminação de risco de doenças e outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
III – acesso à educação, à informação e aos métodos de planejamento familiar que não atentem
contra a saúde, respeitando o direito de opção pessoal;
I – universalização da assistência, com acesso igualitário a todos, nos níveis de complexidade dos
serviços de saúde;
III – descentralização dos recursos financeiros, serviços e ações de saúde, através da organização
de distritos sanitários que constituirão a unidade básica de planejamento, execução e avaliação
do sistema único de saúde no âmbito do Município;
O art. 297 da Lei Orgânica de Fortaleza praticamente reproduz o art. 196 da Constituição Federal. Assim,
temos que:
b) A saúde é um dever do Estado, que buscará garantir esse direito mediante políticas sociais e
econômicas;
c) O objetivo das políticas sociais e econômicas será reduzir o risco de doença e de outros agravos e
promover o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde;
d) O direito à saúde, devido à sua relevância, se apoia em dois importantes princípios: princípio da
universalidade e da igualdade de acesso.
Ainda segundo a LO, a saúde implica em direitos fundamentais como, por exemplo, o meio ambiente e o
saneamento básico.
Além disso, veda-se a destinação de recursos para o auxílio ou subvenções de instituições privadas de saúde
que tenham fins lucrativos.
A cada 4 anos uma Conferência Municipal de Saúde será convocada pelo Secretário Municipal ou pelo
Conselho Municipal da Saúde, para avaliar a situação da saúde no Município.
Art. 299. O sistema único de saúde no âmbito do Município será gerenciado pela Secretaria
Municipal da Saúde ou órgão equivalente, de acordo com as diretrizes emanadas do Conselho
Municipal da Saúde.
Em âmbito Municipal, o gerenciamento do SUS se dará pela Secretaria Municipal da Saúde ou órgão
equiparado, seguindo, sempre, as diretrizes emanadas pelo Conselho Municipal de Saúde.
Art. 300. O Município se dividirá em distritos sanitários que reunirão condições técnico-
administrativas e operacionais para o exercício de ações de saúde.
§ 1º O distrito sanitário é uma área geográfica delimitada com população definida, contando
com uma rede de serviços de saúde regionalizada e hierarquizada, de forma a atender as
necessidades da população com atendimento integral nas clínicas básicas.
Permite-se a divisão do Município em distritos sanitários para o exercício de ações de saúde. Entende-se
como distritos sanitários área geográfica delimitada com população definida que conte com rede de serviços
de saúde regionalidade e hierarquizada.
Art. 301. As ações de saúde são de natureza pública, devendo sua execução ser feita através de
serviços oficiais e, complementarmente, por terceiros, mediante contrato de direito público ou
convênio, tendo preferência as entidades sem fins lucrativos e as filantrópicas.
Parágrafo único A instalação de novos serviços públicos ou privados de saúde deve ser discutida
e aprovada no âmbito do sistema único de saúde e do Conselho Municipal de Saúde.
As ações de saúde, que são de natureza pública, deverão ser executadas por serviços oficiais e
complementadas por terceiros através de contrato ou convênio.
Art. 302. As ações e serviços de saúde são prestados, através do Sistema Único de Saúde (SUS),
respeitadas as seguintes diretrizes:
III – universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os níveis
dos serviços de saúde à população, conforme necessidade;
VII – disponibilizar, nos centros de saúde do Município, os profissionais das áreas de acupuntura
e fisioterapia;
As diretrizes que deverão ser seguidas pelo SUS no âmbito do Município, a quem caberá a prestação dos
serviços de saúde, foram dispostas no art. 302 da LO de Fortaleza.
III – elaborar a proposta orçamentária e complementar do Sistema Único de Saúde (SUS) para o
Município;
a) garantir a participação dos trabalhadores na gestão dos serviços internos e externos nos locais
de trabalho, relacionados à sua segurança e à saúde, acompanhando a ação fiscalizadora do
ambiente;
b) fiscalizar o ingresso nos locais de trabalho, dos representantes sindicais, para fiscalizar as
condições ambientais de trabalho e tratar de outras questões relacionadas à saúde, à higiene e à
segurança do trabalhador;
As competências Municipais, na área da saúde, deverão ser exercidas pela Secretaria especializada, a quem
caberá, dentre outras atribuições, gerenciar e coordenar o SUS, administrar o fundo municipal de saúde e
planejar e executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica e de saúde do trabalhador.
Art. 304. Lei ordinária regulamentará o tratamento e o destino do lixo hospitalar, compreendido
como tal os resíduos das unidades de saúde, incluindo consultórios, farmácias e locais que usem
aparelhos radioativos.
Art. 305. Será destinado orçamento para o setor da saúde, que possibilite um atendimento capaz
de prevenir, promover, manter e recuperar a saúde da mulher.
Art. 306. Será assegurada assistência integral à saúde da mulher na rede municipal, ampliando
o atendimento aos aspectos mental e psicológico.
Art. 307. Será garantido atendimento especial à mulher trabalhadora, na prevenção e cura das
doenças profissionais.
Art. 308. Serão criados comitês de controle da mortalidade materna e infantil, na Secretaria
Municipal de Saúde, integrados por profissionais da área e representantes da comunidade.
Art. 309. Será garantida a prevenção do câncer cérvico-uterino e detecção precoce do câncer da
mama, para assegurar a proteção da população feminina, com garantia de referenciamento para
níveis mais complexos de atenção.
Parágrafo único Sempre que possível, será assegurado auxílio nos casos em que seja necessário
a realização de cirurgias de reconstituição de mama às mulheres mastectomizadas.
Art. 310. Será assegurada na rede pública municipal a assistência integral às mulheres que
necessitem de aborto nos casos previstos em lei.
A LO de Fortaleza reservou seis de seus artigos para tratar, de forma específica, da saúde da mulher, de
modo que deverá ser destinado orçamento que possibilite atendimento para prevenir, promover, manter e
recuperar sua saúde, ser assegurada assistência integral para o seu cuidado mental e psicológico e, ainda, a
assistência integral àquelas que necessitem de aborto, nos casos previstos em lei.
Art. 311. Com o objetivo de contribuir para a elevação dos níveis de saúde da população e reduzir
a contaminação do meio ambiente, serão construídas pelo Município, diretamente, ou em
convênio com órgãos estaduais e federais competentes, instalações de engenharia sanitária.
Art. 312. A assistência farmacêutica integra o Sistema Único de Saúde ao qual cabe garantir o
acesso de toda a população aos medicamentos básicos, bem como controlar e fiscalizar o
funcionamento de postos de manipulação, doação e venda de medicamentos, drogas e insumos
farmacêuticos destinados ao uso humano.
Por fim, cabe destacar que a assistência farmacêutica integrará o SUS, de modo que se garante à população
o acesso aos medicamentos básicos, cabendo a coordenação de tal serviço ao profissional farmacêutico
devidamente habilitado.
Assistência Social
Art. 313. A Assistência Social é direito de todos e dever do Município, como política de proteção,
visando à inclusão social e à emancipação humana, e tem por objetivos:
Art. 314. O público usuário da Política de Assistência Social constitui-se de cidadãos e grupos que
se encontram em situações de vulnerabilidade e risco social, na forma da lei.
Art. 315. A Política Municipal de Assistência Social, rege-se pelos seguintes princípios
democráticos:
III – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação
vexatória de necessidade;
V – divulgação ampla dos programas, projetos, serviços, ações e benefícios assistenciais, bem
como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição. Nesse sentido, o
parágrafo único art. 314 da Lei Orgânica dispõe que a assistência social será realizada seguindo um conjunto
de ações da iniciativa pública e da sociedade civil, dirigindo-se a quem dela necessitar e seguindo os
princípios do art. 315.
Art. 316. Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho
Municipal do Idoso.
Art. 317. O Município promoverá condições que assegurem amparo à pessoa idosa, no que
respeite à sua dignidade e ao seu bem-estar.
§ 2º Para assegurar a integração do idoso com a comunidade e na família, serão criados centros
de lazer e amparo à velhice.
Cria-se o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, bem como o Conselho
Municipal do Idoso, garantido a este último o amparo (exercido, quando possível, no lugar de sua moradia)
e buscando sua integração com a comunidade e a família.
Art. 318. O Município obriga-se a implantar e a manter órgão específico para tratar das questões
relativas à mulher, que terá sua composição, organização e competência fixadas em lei, garantida
a participação de mulheres representantes da comunidade.
Parágrafo único O município realizará, a cada dois anos, a Conferência Municipal de Assistência
Social de Fortaleza com ampla participação da sociedade, com o objetivo de discutir, propor e
deliberar sobre a Política Municipal de Assistência Social.
Enfim, insta mencionar que a Política Municipal de Assistência Social deverá ser organizada em sistema
descentralizado e participativo, constituído pela Rede Municipal Socioassistencial, composta por instâncias
públicas, entidades da sociedade civil e organizações de assistência social na forma da lei, que articulem
meios, esforços e recursos, a partir das seguintes instâncias:
Lazer e Turismo
Art. 320. O lazer é uma forma de promoção social a que se obriga o poder público municipal, que
o desenvolverá e o incentivará, favorecendo a sua realização individualizada e em grupo.
Parágrafo único A promoção do lazer pelo poder público voltar-se-á preferencialmente para os
setores da população de mais baixa renda e visará à humanização da vida na metrópole.
Parágrafo único Para o cumprimento do disposto neste artigo, o Poder Executivo promoverá:
Assim, a promoção do lazer pelo Poder Público Municipal deverá ser voltada, de maneira preferencial, à
população de baixa renda.
Quanto ao turismo, caberá ao Município, através de Secretaria de Turismo, definir sua política e propiciar
condições necessárias para que as atividades turísticas sejam fator de desenvolvimento social e econômico,
respeitando-se, sempre, o meio ambiente e a cultura do local explorado.
Comunicação Social
Art. 325. Lei ou ação do Poder Público Municipal não poderá constituir embaraço à liberdade e
ao direito de informação, devendo reconhecer os contratos firmados entre empresas e
particulares proprietários de terrenos que tenham por objeto a divulgação publicitária.
Art. 326. As emissoras de rádio e televisão criadas ou mantidas pelos Poderes Executivo e
Legislativo do Município reservarão espaço para a divulgação das idéias e atividades dos
movimentos populares locais.
Art. 327. O Município, através dos órgãos da Administração Direta e Fundacional, reservará
parte de suas verbas publicitárias para aplicação, na forma de apoio cultural, em emissoras
públicas municipais e comunitárias de rádio e televisão.
Comentário:
Item falso! Por força do art. 185 da LO, o Município poderá explorar atividade econômica por meio de
empresa pública ou sociedade de economia mista, respeitadas as disposições do art. 173 da CF/88 e a
finalidade de assegurar o bem-estar da coletividade e a justiça social.
22. (Questão inédita) O Município atuará, prioritariamente, na educação infantil e ensino fundamental.
Comentário:
Realmente, conforme § 2º do art. 211 da CF/88, o Município priorizará a educação infantil e o ensino
fundamental.
23. (Questão inédita) Apenas aos estudantes de escolas municipais de Fortaleza é assegurado o
abatimento de 50% do valor da tarifa dos transportes públicos.
Comentário:
O art. 234 da Lei Orgânica de Fortaleza não realiza distinção entre estudantes de escolas municipais ou
particulares, de modo que fará jus ao abatimento aquele matriculado e com frequência em instituição de
ensino regular. A questão está errada.
24. (Questão inédita) O Município deve assegurar atendimento especializado aos alunos com
deficiência, matriculados na rede pública de ensino, sempre que demandado por profissional legalmente
habilitado.
Comentário:
Esta é uma das garantias a ser efetivada pelo Município, conforme previsão do inciso IV do art. 271 da Lei
Orgânica de Fortaleza. A questão está correta.
Comentário:
A assistência social é prestada a quem dela necessitar, independente de contribuição. A questão está errada.
QUESTÕES COMENTADAS
26. (FCC - Câmara de Fortaleza - CE/2019) A Lei Orgânica do Município de Fortaleza, a respeito da
Administração Municipal, estatui que:
a) o prazo de validade do concurso público é de três anos, prorrogável, por igual período, uma única vez.
b) é permitida a acumulação de dois cargos públicos privativos da área da saúde quando houver
compatibilidade de horários.
c) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público somente
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, se comprovado que
atuaram com dolo ou culpa.
d) são bens públicos de uso especial aqueles sobre os quais o Município exerce os direitos de proprietário e
são considerados como bens patrimoniais disponíveis.
e) as terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão prioritariamente alienadas por meio de leilão.
Comentários:
A letra A está errada. Os concursos públicos têm a validade de 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação
por igual período, nos termos do art. 98, inciso III, da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra B está correta. Conforme o art. 98, XII, alínea "c", quando houver compatibilidade de horários, é
admissível a acumulação de 2 cargos privativos da área da saúde.
A letra C está errada. Na verdade, as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviços públicos terão a obrigação de reparar os danos que seus agentes, atuando
nessa qualidade, produzirem a terceiros, independentemente de dolo ou culpa.
A letra D está errada. Trata-se de bens dominicais, na forma do art. 104, III, da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra E está errada. Dispõe o art. 110 da Lei Orgânica de Fortaleza que as terras públicas não utilizadas ou
subutilizadas serão prioritariamente destinadas a assentamentos de população de baixa renda e à instalação
de equipamentos coletivos.
27. (FCC - Câmara de Fortaleza - CE/2019) Segundo a Lei Orgânica do Município de Fortaleza, no que se
refere aos servidores públicos,
b) os cargos e empregos públicos serão criados por lei, podendo ser sua denominação alterada por decreto
do Chefe do Poder Executivo, para melhor atender à necessidade do serviço.
c) o servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
mediante processo administrativo, homologado pelo Poder Judiciário, em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
d) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual ocupante
da vaga reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade.
e) o servidor poderá ser diretor ou integrar conselhos de empresas privadas fornecedoras ou prestadoras de
serviços ou que realizem qualquer contrato com o Município, desde que não relacionadas com o órgão de
exercício do servidor.
Comentários:
A letra A está correta. É exatamente o que dispõe o art. 146 da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra B está errada. A denominação dos cargos e empregos públicos será fixada também por lei, na forma
do art. 144 da LO.
A letra C está errada. O art. 120, §1º, da Lei Orgânica não prevê necessidade de homologação, pelo Poder
Judiciário, do processo administrativo que decreta perda do cargo de servidor estável. Basta que seja
assegurada a ampla defesa.
A letra D está errada. Na verdade, o eventual ocupante da vaga será reconduzido ao cargo de origem sem
direito à indenização, nos termos do art. 120, §2º, da LO.
A letra E está errada. O art. 119 da LO não traz exceções ao determinar que nenhum servidor poderá ser
diretor ou integrar conselhos de empresas privadas fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem
qualquer contrato com o Município.
28. (FUNDATEC - Pref Três de Maio - adaptada/2018) A Lei Orgânica de Fortaleza confere determinados
direitos aos servidores municipais. Nesse sentido, analise as seguintes alternativas, que estão descritas de
forma resumida, e assinale a que NÃO se encontra entre os direitos assegurados.
Comentários:
Dos listados acima, o único que não é direito do servidor público Municipal, ou de servidor de qualquer outro
ente, é o fundo de garantia do tempo de serviço – FGTS.
O gabarito é a letra E.
29. (Questão inédita) Com relação aos servidores públicos, é correto afirmar que:
c) O concurso público para provimento de cargo de carreira terá a validade de 1 ano, improrrogável.
d) Os servidores públicos poderão acumular um cargo de professor com outro técnico ou científico.
e) As entidades da Administração Indireta do Município somente podem ser criadas por lei.
Comentários:
A letra A está errada. A investidura em cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração. A posse em
cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público.
A letra B está errada. O servidor público tem direito à livre associação sindical.
A letra C está errada. O prazo de validade do concurso público é de até 2 (dois) anos, prorrogável uma vez,
por igual período.
A letra D está correta. Esta é umas das previsões de acumulação de cargos prevista no inciso XII do art. 98
da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra E está errada. Apenas as autarquias dependem de lei para serem criadas. Para as demais entidades,
a lei apenas autoriza a instituição.
30. (Questão inédita) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta uma afirmação falsa
em relação aos servidores municipais de Fortaleza:
a) O servidor público eleito vereador de Fortaleza deverá ser licenciado do cargo efetivo.
b) O servidor público adquire estabilidade após 3 anos de efetivo exercício do serviço público nomeado para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
c) É assegurada, na forma e nos prazos da lei, a participação dos representantes dos servidores públicos
municipais e dos aposentados na gestão administrativa do Instituto de Previdência do Município.
d) Em caso de necessidade de excepcional interesse público, o Município poderá contratar pessoal por tempo
determinado.
Comentários:
A letra A está errada. Havendo compatibilidade de horários, poderá exercer o cargo de Vereador e de
servidor público.
A letra B está correta. Esta é a previsão do art. 120 da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra C está correta. Esta é a previsão do art. 133 da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra D está correta. A contratação por tempo determinado só é possível para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
A letra E está correta. A alternativa corresponde ao inciso XIII do art. 98 da Lei Orgânica de Fortaleza.
31. (FCC – DETRAN/MA – adaptada) De acordo com a Lei Orgânica de Fortaleza, o servidor público
estável, nomeado em virtude de concurso público, só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
Quando por sentença judicial for invalidada a demissão de servidor estável, será ele reintegrado e o
eventual ocupante da vaga
b) Reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade.
c) Aproveitado em outro cargo, com direito à indenização obrigatória correspondente à média dos doze
últimos salários do servidor.
d) Deverá ser posto em disponibilidade, com direito à indenização obrigatória correspondente à média dos
seis últimos salários do servidor.
e) Deverá ser exonerado, com direito à indenização referente a eventuais perdas e danos devidamente
comprovados.
Comentário:
A resposta para esta questão se encontra no §2º do art. 120 da Lei Orgânica de Fortaleza:
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade.
O gabarito é a letra B.
32. (OBJETIVA CONCURSOS - Procurador (CM Balsa Nova)/2018) acordo com a Lei Orgânica do
Município, no que diz respeito à limitação do poder de tributar do Município, pode-se afirmar que a ele é:
b) Vedado deixar de cobrar tributos, ainda que o fato gerador tenha ocorrido antes da vigência da lei que o
institui ou o aumentou.
c) Dever do Município cobrar os tributos no mesmo exercício em que a lei que o institui ou o aumento foi
publicada.
d) Permitida a instituição de tributo sobre jornais e periódicos, porém é vedada sobre templo de qualquer
culto.
Comentários:
A letra A está correta. Esta é uma vedação prevista no inciso V do art. 168 da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra B está errada. É o contrário. É vedado ao Município cobrar tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes da vigência da lei que o instituiu ou aumentou.
A letra C está errada. Esta é uma vedação conforme inciso IV, b, do art. 168 da Lei Orgânica de Fortaleza.
A letra D está errada. Jornais, periódicos e templos de qualquer culto são imunes à impostos.
33. (VUNESP - Inspetor Fiscal de Rendas (Pref GRU)/2019) De acordo com o disposto na Lei Orgânica do
Município de Fortaleza o tributo municipal que pode ser cobrado, quando o proprietário de imóvel urbano
seja beneficiado em decorrência de obra pública, denomina-se
a) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) IPTU progressivo.
e) imposto social.
Comentários:
A contribuição de melhoria é o tributo que tem como fato gerador a valorização imobiliária decorrente de
uma obra pública. Assim, a mera realização de obra pública não é suficiente para fazer surgir uma
contribuição de melhoria; é necessário que, além disso, haja valorização imobiliária dela decorrente.
O gabarito é a letra C.
34. (VUNESP - Inspetor Fiscal de Rendas (Pref GRU) adaptada/2019) A empresa “ABC Ltda” é pessoa
jurídica que atua no ramo de prestação de serviços de contabilidade. João, que é um dos seus sócios,
decidiu incorporar ao patrimônio da empresa um imóvel de sua propriedade particular, e deverá
formalizar essa transmissão, a título de integralização de capital da empresa, perante o Registro de
Imóveis. Nessa situação, a Lei Orgânica do Município de Fortaleza dispõe que
a) João deverá recolher o imposto municipal de transmissão com a alíquota de 2% (dois por cento).
b) a empresa “ABC Ltda” deverá recolher o imposto municipal de doação com a alíquota de 2% (dois por
cento).
c) João deverá recolher o imposto municipal de transmissão com a alíquota de 2,5% (dois e meio por cento).
d) a empresa “ABC Ltda” deverá recolher o imposto municipal de doação com a alíquota de 4% (quatro por
cento).
e) não haverá incidência de imposto municipal sobre a operação realizada entre João e a empresa “ABC
Ltda.”
Comentários:
A alternativa E está correta por ter respaldo no § 2º do art. 167 da Lei Orgânica de Fortaleza. A princípio,
incidiria o ITBI por ser uma transferência de bem imóvel, no entanto tal imposto não incide sobre a
transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital.
O gabarito é a letra E.
b) O Poder Legislativo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada semestre, relatório de
execução orçamentária.
c) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá o orçamento fiscal referente ao poder executivo, seus
fundos, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, bem como das fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
d) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma ampla, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública Municipal para as despesas correntes e de capital, bem como as destas decorrentes
e as relativas a transferência de capital aos programas de duração continuada.
e) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual poderão ser aprovadas quando não estiverem
relacionadas com a correção de erros ou omissões e indicarem os recursos necessários, admitidos apenas os
decorrentes de anulação de despesas, com algumas ressalvas.
Comentários:
A letra A está correta. A alternativa está alinhada às regras previstas nas Constituições Federal e Estadual.
A letra B está errada. O relatório resumido de execução orçamentária deve ser publicado, pelo Poder
Executivo, em até 30 dias após o encerramento de cada bimestre.
A letra D está errada. No plano plurianual há o estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas da para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
A letra E está errada. Emendas à Lei Orçamentária Anual poderão tratar de correção de erros ou omissões.
36. (IBAM - CM Santo André/2019) Com base nos preceitos estabelecidos na Lei Orgânica do Município,
as emendas dos vereadores ao Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) ou aos projetos que o
modifiquem somente poderão ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei
de diretrizes orçamentárias; sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões e indiquem os
recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação parcial ou total de dotações já
existentes.
a) educação e saúde.
d) educação e pessoal.
Comentários:
Segundo o § 3º do art. 177 da Lei Orgânica de Fortaleza, um dos requisitos para as emendas parlamentares
ao projeto de lei orçamentária anual serem aprovadas, é que os recursos para custeá-las sejam provenientes
da anulação de despesa, desde que não sejam aquelas destinadas a dotação de pessoal e seus encargos ou
a serviço da dívida municipal. O gabarito é a letra C.
37. (Câmara Municipal de Fortaleza - FCC/2019) Nos termos da Lei Orgânica do Município de Fortaleza,
compete ao Município
a) manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-
escolar, de ensino fundamental e de ensino médio.
Comentários:
A letra B está correta. Corresponde ao art. 8º, X, da Lei Orgânica do Município de Fortaleza.
A letra C está errada. Não há a previsão de autorização para prestação de serviço público e o fornecimento
de gás canalizado é uma competência estadual.
A letra D está errada. Ao invés do coibir, o Município promoverá a exploração do serviço de Radiodifusão
Comunitária.
A letra E está errada. Não há previsão de exigência de Alvará de Funcionamento para estabelecimentos
industriais e templos religiosos.
38. (Câmara Municipal de Fortaleza - FCC/2019) Segundo a Lei Orgânica do Município de Fortaleza, no
que se refere aos servidores públicos,
b) os cargos e empregos públicos serão criados por lei, podendo ser sua denominação alterada por
decreto do Chefe do Poder Executivo, para melhor atender à necessidade do serviço.
c) o servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
mediante processo administrativo, homologado pelo Poder Judiciário, em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
d) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade.
e) o servidor poderá ser diretor ou integrar conselhos de empresas privadas fornecedoras ou prestadoras
de serviços ou que realizem qualquer contrato com o Município, desde que não relacionadas com o órgão
de exercício do servidor.
Comentários:
A letra B está errada. A denominação dos cargos também é fixada por lei.
A letra C está errada. O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada
em julgado, não há exigência de ser homologado pelo Poder Judiciário.
A letra D está errada. O servidor estável reintegrado não tem direito à indenização.
A letra E está errada. O servidor não poderá ser diretor ou integrar conselhos de empresas privadas
fornecedoras ou prestadoras de serviços ou que realizem qualquer contrato com o Município, não há
exceção.
39. (Câmara Municipal de Fortaleza - FCC/2019) Nos termos da Lei Orgânica do Município (LOM) de
Fortaleza, a Política de Desenvolvimento Urbano executada pelo Município tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. A esse
respeito, a LOM estatui que
a) o uso e ocupação do solo, através de construção, deverão ser autorizados previamente pelo poder
público municipal, segundo parâmetros estabelecidos em lei.
b) o Plano Diretor de Fortaleza indicará as áreas onde poderão ser aplicados, sucessivamente, o
parcelamento, edificação e utilização compulsórios, o IPTU progressivo no tempo e a desapropriação,
sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
Comentários:
A letra B está errada. Quando decretada a desapropriação, essa será paga em títulos da dívida pública.
A letra C está errada. O fundo de terras do Município de Fortaleza não é destinado à preservação de praças
públicas.
A letra D está errada. A população tem amplo acesso ao Sistema de Informações Municipais.
A letra E está errada. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano tem composição paritária entre o
poder público municipal e a sociedade.
LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão inédita) Segundo a Lei Orgânica de Fortaleza, a Administração Pública deverá observar os
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
3. (Questão inédita) O servidor público municipal tem garantido o direito de greve dentro dos limites
estabelecidos em lei. Como esta tal lei ainda não foi editada, tal direito encontra-se suspenso.
4. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de entidades da
administração indireta.
7. (Questão Inédita) De acordo com a Lei Orgânica de Fortaleza, os acréscimos pecuniários percebidos
por servidor público não serão computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos
ulteriores.
8. (TRT 2ª região/2015) Invalidada por sentença judicial a demissão de servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, além de ser
devida indenização equivalente pelo exercício do cargo do servidor reintegrado.
9. (Questão inédita) Os atos de improbidade administrativa importam em perda dos direitos políticos,
suspensão de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, além de possível ação
penal.
10. (Questão inédita) O Município responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros em casos
de evidente culpa ou dolo.
11. (Questão inédita) Após adquirida a estabilidade, o servidor público não poderá perder o cargo.
12. (Questão inédita) O uso de bens públicos poderá ser concedido, permitido ou autorizado a terceiros,
desde que haja interesse público e seja efetivada por meio de licitação na modalidade concorrência.
13. (Questão Inédita) É necessária prévia autorização legislativa para a alienação de bens móveis
municipais.
14. (Questão Inédita) As tarifas dos serviços públicos, mesmo que prestados por permissionárias ou
concessionárias, serão fixadas pelo poder Executivo.
Comentário:
15. (Questão inédita) Dentre os tributos de competência do Município estão: IPTU, ITBI, ISS, contribuição
de melhoria, preços públicos e taxas.
16. (Questão inédita) A instituição de taxas em razão do poder de polícia é privativa da União.
18. (Procurador de Manaus/2018) Na elaboração de seus orçamentos anuais, o Município deve observar
o disposto na lei de diretrizes orçamentárias do respectivo estado-membro.
19. (SEF SC/2018) É vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária anual
na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de despesas.
20. (CM São José/2016) As emendas ao projeto de lei do plano plurianual somente poderão ser aprovadas
quando compatíveis com a lei orçamentária anual.
22. (Questão inédita) O Município atuará, prioritariamente, na educação infantil e ensino fundamental.
23. (Questão inédita) Apenas aos estudantes de escolas municipais de Fortaleza é assegurado o
abatimento de 50% do valor da tarifa dos transportes públicos.
24. (Questão inédita) O Município deve assegurar atendimento especializado aos alunos com deficiência,
matriculados na rede pública de ensino, sempre que demandado por profissional legalmente habilitado.
26. (FCC - Câmara de Fortaleza - CE/2019) A Lei Orgânica do Município de Fortaleza, a respeito da
Administração Municipal, estatui que:
a) o prazo de validade do concurso público é de três anos, prorrogável, por igual período, uma única vez.
b) é permitida a acumulação de dois cargos públicos privativos da área da saúde quando houver
compatibilidade de horários.
c) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público somente
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, se comprovado que
atuaram com dolo ou culpa.
d) são bens públicos de uso especial aqueles sobre os quais o Município exerce os direitos de proprietário e
são considerados como bens patrimoniais disponíveis.
e) as terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão prioritariamente alienadas por meio de leilão.
27. (FCC - Câmara de Fortaleza - CE/2019) Segundo a Lei Orgânica do Município de Fortaleza, no que se
refere aos servidores públicos,
b) os cargos e empregos públicos serão criados por lei, podendo ser sua denominação alterada por decreto
do Chefe do Poder Executivo, para melhor atender à necessidade do serviço.
c) o servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
mediante processo administrativo, homologado pelo Poder Judiciário, em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
d) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual ocupante
da vaga reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade.
e) o servidor poderá ser diretor ou integrar conselhos de empresas privadas fornecedoras ou prestadoras de
serviços ou que realizem qualquer contrato com o Município, desde que não relacionadas com o órgão de
exercício do servidor.
28. (FUNDATEC - Pref Três de Maio - adaptada/2018) A Lei Orgânica de Fortaleza confere determinados
direitos aos servidores municipais. Nesse sentido, analise as seguintes alternativas, que estão descritas de
forma resumida, e assinale a que NÃO se encontra entre os direitos assegurados.
29. (Questão inédita) Com relação aos servidores públicos, é correto afirmar que:
c) O concurso público para provimento de cargo de carreira terá a validade de 1 ano, improrrogável.
d) Os servidores públicos poderão acumular um cargo de professor com outro técnico ou científico.
e) As entidades da Administração Indireta do Município somente podem ser criadas por lei.
30. (Questão inédita) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta uma afirmação falsa
em relação aos servidores municipais de Fortaleza:
a) O servidor público eleito vereador de Fortaleza deverá ser licenciado do cargo efetivo.
b) O servidor público adquire estabilidade após 3 anos de efetivo exercício do serviço público nomeado para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
c) É assegurada, na forma e nos prazos da lei, a participação dos representantes dos servidores públicos
municipais e dos aposentados na gestão administrativa do Instituto de Previdência do Município.
d) Em caso de necessidade de excepcional interesse público, o Município poderá contratar pessoal por tempo
determinado.
31. (FCC – DETRAN/MA – adaptada) De acordo com a Lei Orgânica de Fortaleza, o servidor público
estável, nomeado em virtude de concurso público, só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
Quando por sentença judicial for invalidada a demissão de servidor estável, será ele reintegrado e o
eventual ocupante da vaga
b) Reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade.
c) Aproveitado em outro cargo, com direito à indenização obrigatória correspondente à média dos doze
últimos salários do servidor.
d) Deverá ser posto em disponibilidade, com direito à indenização obrigatória correspondente à média dos
seis últimos salários do servidor.
e) Deverá ser exonerado, com direito à indenização referente a eventuais perdas e danos devidamente
comprovados.
32. (OBJETIVA CONCURSOS - Procurador (CM Balsa Nova)/2018) acordo com a Lei Orgânica do
Município, no que diz respeito à limitação do poder de tributar do Município, pode-se afirmar que a ele é:
b) Vedado deixar de cobrar tributos, ainda que o fato gerador tenha ocorrido antes da vigência da lei que o
institui ou o aumentou.
c) Dever do Município cobrar os tributos no mesmo exercício em que a lei que o institui ou o aumento foi
publicada.
d) Permitida a instituição de tributo sobre jornais e periódicos, porém é vedada sobre templo de qualquer
culto.
33. (VUNESP - Inspetor Fiscal de Rendas (Pref GRU)/2019) De acordo com o disposto na Lei Orgânica do
Município de Fortaleza o tributo municipal que pode ser cobrado, quando o proprietário de imóvel urbano
seja beneficiado em decorrência de obra pública, denomina-se
a) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) IPTU progressivo.
e) imposto social.
34. (VUNESP - Inspetor Fiscal de Rendas (Pref GRU) adaptada/2019) A empresa “ABC Ltda” é pessoa
jurídica que atua no ramo de prestação de serviços de contabilidade. João, que é um dos seus sócios,
decidiu incorporar ao patrimônio da empresa um imóvel de sua propriedade particular, e deverá
formalizar essa transmissão, a título de integralização de capital da empresa, perante o Registro de
Imóveis. Nessa situação, a Lei Orgânica do Município de Fortaleza dispõe que
a) João deverá recolher o imposto municipal de transmissão com a alíquota de 2% (dois por cento).
b) a empresa “ABC Ltda” deverá recolher o imposto municipal de doação com a alíquota de 2% (dois por
cento).
c) João deverá recolher o imposto municipal de transmissão com a alíquota de 2,5% (dois e meio por cento).
d) a empresa “ABC Ltda” deverá recolher o imposto municipal de doação com a alíquota de 4% (quatro por
cento).
e) não haverá incidência de imposto municipal sobre a operação realizada entre João e a empresa “ABC
Ltda.”
b) O Poder Legislativo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada semestre, relatório de
execução orçamentária.
c) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá o orçamento fiscal referente ao poder executivo, seus
fundos, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, bem como das fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
d) A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma ampla, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública Municipal para as despesas correntes e de capital, bem como as destas decorrentes
e as relativas a transferência de capital aos programas de duração continuada.
e) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual poderão ser aprovadas quando não estiverem
relacionadas com a correção de erros ou omissões e indicarem os recursos necessários, admitidos apenas os
decorrentes de anulação de despesas, com algumas ressalvas.
36. (IBAM - CM Santo André/2019) Com base nos preceitos estabelecidos na Lei Orgânica do Município,
as emendas dos vereadores ao Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) ou aos projetos que o
modifiquem somente poderão ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei
de diretrizes orçamentárias; sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões e indiquem os
recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação parcial ou total de dotações já
existentes.
a) educação e saúde.
d) educação e pessoal.
37. (Câmara Municipal de Fortaleza - FCC/2019) Nos termos da Lei Orgânica do Município de Fortaleza,
compete ao Município
a) manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-
escolar, de ensino fundamental e de ensino médio.
38. (Câmara Municipal de Fortaleza - FCC/2019) Segundo a Lei Orgânica do Município de Fortaleza, no
que se refere aos servidores públicos,
b) os cargos e empregos públicos serão criados por lei, podendo ser sua denominação alterada por
decreto do Chefe do Poder Executivo, para melhor atender à necessidade do serviço.
c) o servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
mediante processo administrativo, homologado pelo Poder Judiciário, em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
d) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, com direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade.
e) o servidor poderá ser diretor ou integrar conselhos de empresas privadas fornecedoras ou prestadoras
de serviços ou que realizem qualquer contrato com o Município, desde que não relacionadas com o órgão
de exercício do servidor.
39. (Câmara Municipal de Fortaleza - FCC/2019) Nos termos da Lei Orgânica do Município (LOM) de
Fortaleza, a Política de Desenvolvimento Urbano executada pelo Município tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. A esse
respeito, a LOM estatui que
a) o uso e ocupação do solo, através de construção, deverão ser autorizados previamente pelo poder
público municipal, segundo parâmetros estabelecidos em lei.
b) o Plano Diretor de Fortaleza indicará as áreas onde poderão ser aplicados, sucessivamente, o
parcelamento, edificação e utilização compulsórios, o IPTU progressivo no tempo e a desapropriação,
sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
GABARITO