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Endodontia
doença pulpar e periradicular
Aula 1-TERAPÊUTICA LOCAL EM ENDODONTIA oq é um med intraconducto
tipos de med intraconductos p
Hidróxido de Cálcio tratar o dente.
Clorohexidina (CHE)
A comunicação do exterior com a polpa é a forma mais comum de originar doença pulpar.
Nota: diâmetro mais pequeno dos microtúbulos é de 0.9 micrómetros, sendo compatível com o diâmetro bacteriano
Primo-infecção
Dente que nunca foi tratado.
Cáries; traumatismos; infecções
Agregação polimicrobiana de bactérias anaeróbias gram negativas.
Não há vírus na polpa porque os vírus precisam de tecido vital para sobreviver. Quando a polpa está necrosa, não há
carga viral.
No apex há tecido vital e portanto temos vírus.
Infecção secundária
Após intervenção endodôntica, produzida por uma ou duas espécies de gram positivos facultativos (como
enteroccocos faecalis, estreptoccocos mitis, estreptoccocos oralis, lactobacillus acidophylus).
Podemos também encontrar fungos.
Os miroorganismos no tratamento são iguais aos do retratamento. Por isso, o fracasso é quase sempre pela
contaminação de microorganismo iniciais. Zehnder, ESE lisbon 2013
A persistência da infecção intra-radicular associada ao fracasso é o factor etiológico mais importante da lesão
periapical.
O factor causal mais importante de um flare-up (agudização de um abcesso crónico) é de origem bacteriana.
Biofilme
Crescimento microbiano em comunidade, fortemente unidos a um substrato e embebidos numa
substância polimérica extracelular.
Alteração do biótipo que os tornam mais resistentes ao tratamento e à antibioterapia
Quanto mais tempo persiste a lesão, melhor a sua organização
A sanificação do sistema de túbulos dentinários pela neutralização de todas as formas de agressão microbiana é
determinada pelo êxito do tratamento endodôntico.
Acções:
1. Eliminação de microorganismos remanescentes após instrumentação
2. Diminui inflamação dos tecidos
3. Neutralizar detritos tecidulares
4. Barreira contra infiltração da restauração temporária
5. Prevenção da reinfecção
6. Controlo do exsudado e da hemorragia
7. Diminuição de microorganismos como adjuvante na desinfecção de condutos radiculares
Indicações
Manutenção do saneamento
Reabsorção radicular
Lesão periapical extensa
Apexificações
Perfurações dentárias
Medicamento ideal
Capacidade antimicrobiana
Biocompatível
Amplo espectro dentário de acção
Actividade duradoura
Não pigmentar as estruturas dentárias
Não alergénico
Fácil remoção
Não existe nenhum medicamento que reúna todas estas condições. Tem que ter alta solubilidade para melhor
contacto com o canal.
Quanto maior a concentração do medicamento, maior a sua efectividade mas maior será a sua toxicidade.
TIPOS DE MEDICAMENTOS
Anti-sépticos locais
∂ Álcoois
∂ Aldeídos
∂ Compostos fenólicos
∂ Halogéneos
∂ Clorohexidina
∂ Octenidina
Outros
∂ Hidróxido de cálcio
∂ Corticosteróides
∂ Antibióticos
1. ÁLCOOIS
Etanol 70%
Fraco poder antimicrobiano
2. ALDEIDOS
Formocresol, formaldeído, paraformaldeido, gluteraldeido
Potentes antimicrobianos mas muito tóxicos e com elevado potencial mutagénico
ESTÃO PROIBIDOS
3. COMPOSTOS FENÓLICOS
Eugenol, Monoclorofenol, Paramonoclorofenol (PMCP), Cresatina, Timol, creosota, cresol
Elevada toxicidade
Mas o cresophene é menos toxico porque tem associação com soluções ancanforadas
Associações com soluções ancanforadas (fenol 30%; cânfora 60%; álcool etílico 10%). A cânfora retira ao
fenol toxicidade.
PMCP + ancanforado (cresophene): para tratamento da dor
IODO
TINTURA DE IODO (5% iodo em álcool)
Vantagens: Amplo espectro; Baixa toxicidade (muito usado)
Desvantagens: Odor desagradável; alterações cromáticas; alergias Desinfecção superficial do campo
endodôntico)
Uso
Efectiva: 0.2 a 2%
Combinação com Ca(OH)2: contra gram positivos
Evitar utilização conjunta com NaOCL: pode dar alterações cromáticas, forma-se um precipitado laranja que
pigmenta o dente e produz compostos toxicos
Lesões crónicas e persistentes: combina-se hidróxido de cálcio com CHE
6. OCTENIDINE
Amplo espectro, igual efectividade que a CHX (antisseptico).
Mecanismo de acção
A elevado pH há dissociação iónica em Ca e OH:
Actividade antimicrobiana
Capacidade de dissolução tecidos
Capacidade reparadora: cálcio
Quanto mais rapidamente se dissocia, maior o seu poder de acção
Vantagens
Amplo espectro de acção
Baixa solubilidade e toxicidade
Penetrabilidade dentinária
Longo período de acção
Desvantagens
Microorganismos resistentes
Difícil de remover
Afecta cimentos seladores de óxido de zinco eugenol (aumenta tempo de preza)
Indicações
Recobrimento pulpar directo e indirecto
Prevenção reabsorção radicular
Hemorragia pulpar
Pulpotomia vital
Periodontite apical
Tratamento endodôntico
Polpa necrótica
Perfurações iatrogénicas
Apicoformação
Selador definitivo
Sempre que se fizer mais do que uma sessão
Modo de utilização
Pasta: melhor veiculo > a água destilada
Combinação com CHE para eliminar gérmenes com resistência ao hidróxido de cálcio
CORTICOSTEROIDES
Hidrocortisona, prednisolona, dexametasona
Alívio da dor
ANTIBIÓTICOS
Pouca efectividade
Otosporin: hidrocortisona + ATB sulfato de polimixina B
Ledermix: Corticoesteroide + ATB
Septomixina: Associação de corticosteróides, antibióticos e antifúngicos
ENDODONTIA REGENERATIVA
Apexificação com hidróxido e cálcio:
Tempo 3-24 meses
Múltiplas visitas
As alterações mecânicas na dentina fazem com que o hidróxido tenha vindo a ser substituído por MTA. No entanto,
nenhum dos dois fortalece a raiz.
Podemos usar em: dentes definitivos imaturos; necrose pulpar; periodontite apical ou não; coroa restaurável;-
continuação do desenvolvimento radicular.
Desinfecção
Não instrumentação, paredes muito finas
Irrigação com hipoclorito de sódio muito suave (é toxico no apex)
Medicação intra-conducto:
TAP (metronidazol, minociclina(cefaclor) e ciprofloxacina). desmineralização (ph2,9)
Hidróxido de cálcio quando há alergias a esses medicamentos.
A minociclina pigmenta de verda
Regenerativa
stem cells
scaffold
growth factors
Quando se fractura, forma-se um tecido muito parecido ao osso e cemento, que deriva do tecido conjuntivo.
Aplicação clínica
Pulpite irreversível Necrose pulpar sem lesão Necrose pulpar com lesão
radiográfica radiográfica
Biopulpectomia com
obturação imediata Necropulpectomia com Necropulpectomia +
Se não puder: pasta de obturação imediata medicação intra canalar
Ca(OH)2 Se não puder: pasta de Se não puder: pasta de
Ca(OH)2 Ca(OH)2 + CHE 2%
Aula 2- TERAPÊUTICA SISTÉMICA EM ENDODONTIA
Quando?
Pré-tratamentos: profilaxia (ex: endocardite bacteriana);
Tratamento urgências: quando há uma infecção franca;
Pós-tratamento: necrose.
Qual?
Antimicrobianos;
Anti-inflamatórios;
Analgésicos.
Normalmente o complexo pulpo-dentinário está protegido por esmalte que o isola de todos os microorganismos
orais prevenindo a sua contaminação por bactérias, mas pode haver falha dessa protecção se houver:
Cárie/trauma (que provoquem fissuras/fracturas);
Procedimentos dentários restauradores; (exposição pulpar de forma iatrogénica: usar sempre o dique)
Atricção, abrasão, erosão; (passagem de MO pelos túbulos ou durante o condicionamento, mas
procurarmos sempre preencher os túbulos imediatamente).
Doença periodontal; (nos alisamentos radiculares com exposição da raiz, na curetagem)
Curetagem e alisamentos radiculares;
Exposição dos microorganismos de lesão de cárie, da saliva, da placa bacteriana; (patologia endodontica:
entrada dos MO que afecta o compelxo pulpo-dentinário. Passamos de infecções infra-radiculares primárias a
infecções extra-radiculares)
Tratamento endodôntico permite também acesso dos microorganismos ao canal radicular (usamos
isolamento absoluto para minimizar o risco de infecção causada por nós). Deste modo, após a obturação,
fazer a restauração coronária o mais rápido possível para evitar infecções secundárias.
Dentes vitais
A invasão bacteriana ocorre mais facilmente em dentes NÃO vitais , pois estes não têm defesas.
Os mecanismos de defesa que existem são:
Fluido dentinário (que impede invasão)
Conteúdo tubular: prolongamentos dos odontoblastos, fibras de colageneo, lâmina limitans
Esclerose dentinária
Dentina terciária
Smear layer
Deposição fibrinogénio (que diminui permeabilidade dentinária, limitando progressão bacteriana).
Persistente
É persistente ou secundária?
Não se distinguem clinicamente, mas se não houver abcesso alveolar agudo (AAA), ou polpa vital não
infectada previamente, sem periodontite apical em controlo Raio-x, é secundária.
Persistente
Persistência de exsudados; sintomatologia;
Flare-ups (reacções pós-tratamento) entre consultas;
Se há falha do tratamento endodôntico, então, podemos ter lesão periapical pós operatória
O tratamento antimicrobiano pode falhar na eliminação bacteriana porque bactérias são resistentes ou não
acessíveis ao tratamento:
Gram positivos anaeróbios
Gram negativos: normalmente eliminados
Excepção: alguns bacilus anaerobios
Nem sempre bactérias persistentes mantêm processo infeccioso:
Espécies mais frequentes: Enteroccocos faecalis, prevalente em 90% casos, mas não está provado
que seja a principal causa, podendo ser causa secundária
INFECÇÕES EXTRARADICULAR
Resposta a uma infecção intra-radicular, que leva à formação de lesões periodontais apicais;
A periodontite apical (?) impedem a infecção de tecidos peri-radiculares. Se a barreira for ultrapassada, há
infecção extra-radicular (Mais comum: abcesso agudo);
Pode haver infecção extra-oral sem sintomatologia (abcesso com fístula extra-oral, periodontite apical
crônica, lesão peri-radicular);
Microorganismos dominantes: bactérias anaeróbias.
Periodontite apical: impedem a infecção dos tecidos periradiculares. Se a barreira é ultrapassada há
infecção extraradicular.
Teoria da infecção focal (coisas que manipulamos a nível dentário e que têm repercussões sistémicas) – infecção à
distância
Procedimentos endodônticos podem causar bacteriémia (existe bacteriémia 10 mins após endo);
Cuidado com sobre instrumentação: lesão dos tecidos peri-radiculares (vasos linfáticos, células, matriz
extracelular), o que provoca entrada de bactérias nos vasos: bacteriémica, dor pós-operatória e falha
tratamento endodôntico.
É um tema controverso:
Há bactérias pós-tratamento dentário aos 10-30 minutos;
Escovagem ou mastigação também causam bacteriémia;
Escovagem ou extracção sem profilaxia antibiótica após 60 minutos: há bacteriémia.
Preocupações
Uso exagerado e má prescrição de antibióticos (50%): podem levar à resistência bacteriana
Há pessoas que usam antibióticos para:
Ausência de infecção
Escolha errada
Dose/duração
Uso profiláctico excessivo
O mais importante é saber se deve ser prescrito antibiótico e não que antibiótico prescrever!
A grande maioria de infecções de origem endodôntica trata-se sem prescrição antibiótica, no entanto podem
prevenir septissémia.
URGÊNCIAS EM ENDODONTIA
Uma urgência em endodontia é uma dor e/ou edema causada por vários estádios de inflamação ou
infecção da polpa e/ou tecidos periapicais.
Origem da dor:
LESÃO DE CÁRIE
REST
AURA
ÇÃO
DEFE
ITUO
SA
OU
PROF
UND
A
TRAUMA
Lidamos com a vertente biológica (o problema que a pessoa apresenta) e psicológica (stress, medo,
desespero). O factor psicológico está directamente ligado com a aqualidade de vida imediata ( o
doente tem imensas dores e tenta aliviá-las no mínimo tempo possível).
Bender constatou que, pacientes que manifestam dor severa ou dor referida quase sempre tem uma
história antiga de dor com o respectivo dente. Bender (in Pulpal pain diagnosis—a review, J Endod 26:175,
2000)
A pessoa pode ir à consulta sem dores e ficar pior por empurrarmos detritos e bactérias para além
do ápex como também pode estar um ano sem problemas e, de repente, começar com dor.
Pulpopatia Reversível
Sensibilidade reversível ao frio e/ou alterações osmóticas (doce, salgado); o fluido dentinário move-se
quando há uma alteração da perssão e isso pode causar dor.
Causa Tratamento
Remoção da lesão de cárie (ter cuidado com a
Lesão de cárie profundidade da lesão! Ver no raio X) e restauração
(provisória se necessidade de diagnóstico diferencial
entre Pulpite Reversível e Pulpite Irreversível)
Agentes tópicos dessensibilizantes em ambulatório e/ou
em consultório (quando não há perda de substância)
Dentina exposta (erosão, abfracção) Se houver dentina exposta + perda de substância (lesão
cavitada) fazemos uma restauração
Nitrato de potássio e pastas/gel de fluor, sistema adesivo
A dor pode ser por cárie (proximidade à polpa) ou por motivos periodontais (não haver ponto
de contacto). Se tivermos a certeza que a causa é por caire, sabemos que é uma situação
reversível e podemos remover a lesão com restauração. Se não soubermos, colocamos uma
restauração provisória e esperamos.
Sobre oclusão, factor C aumentado, técnica incremental... podem levar a pulpopatia reversível
Pulpopatia Irreversível ( necrose parcial a nível pulpar- suspeita de contacto de lesão de cárie com
tecidos pulpares)
Sem PAA (envolvimento perirradicular) – pode ser uma cárie infiltrativa penetrante (que
atinge a câmara pulpar)
Com PAA – no Raio-x temos alongamento do espaço periodontal
Sensibilidade às alterações térmicas, sendo a dor mais intensa e mais prolongada mesmo
após a remoção do estímulo (para além dos 3-5 segundos após testes térmicos)
Dor intermitente ou espontânea.
Tratamento:
Remoção da lesão de cárie e/ou restauração defeituosa;
Pulpectomia (com diagnostico adequado, depois de termos avaliado a restauração provisória que
se coloca em casos de duvida entre PI e PR);
Pulpectomia e instrumentação ATÉ ao apéx com localizador apical (sobre instrumentação
aumenta a probabilidade de flare-ups);
Redução oclusão se PAA (aliviar os contactos oclusais quando está associado PAA, já ajuda).
Tendência actual: Tratamento endodôntico numa só sessão. Muitas vezes não se faz por falta de
tempo. Mas há alguma controvérsia em relação ao pós- operatório e ao prognóstico.
⌂ Não há diferença entre acabar numa ou mais sessões
⌂ Se não for possível numa só sessão, fazer medicação intracanalar com hidróxido de cálcio. Mas
é opcional, pois pode provoca necrose.
⌂ No caso de uma PAA temos de ponderar muito bem a utilização de hidróxido de cálcio
pois há mais probabilidade de flare-ups, devido à possível necrose
⌂ Se tivermos uma grande abertura é preferível usarmos IRM do que CAVIT porque é mais
resistente e, se usarmos CAVIT, devemos primeiro colocar algodão no canal
2. Diagnóstico diferencial: patologia salivar (das glândulas salivares), pericoronarite (siso que quer
erupcionar), abcesso periodontal, patologia tumoral
3. Princípios básicos
Anestesiar ou não? Se nem conseguimos mexer no dente, temos de anestesiar e temos de
segurar o dente para vibrar o menos possível com a turbina.
Anestesia tópica na zona do abcesso e anestesia no próprio edema usando
um cotonete.
Com quê? Com bisturi fazer incisão na mucosa na zona periapical (usar óculos e aspirador
cirúrgico)
Onde? Incisão na zona de maior flutuação
Como? Abrir/alargar em profundidade usando uma pinça
Aconselhar: Bochechos com clorohexidina, para desinfectar e ir drenando
6. Terapêutica Sistémica
Antibiótico;
Anti-inflamatórios (AINES);
Analgésico em SOS.
Ter bom senso! Ponderar se o retratamento é a melhor opção ou se a solução pode ser a extracção e
colocação de implante.
Terapêutica sistémica
Antibióticos
AINES
Analgésicos em S.O.S
Importante
Prevenção
Evitar sobre-instrumentação (uso do localizador apical)
Evitar irrigação e medicação intra-canalar para além do ápex
Evitar sobre-obturação
Evitar sobre-oclusão: estimula inflamação
Normalmente até às 72horas apresentam queixas
O que fazer?
1. Se for vivo e sem restauração – vigiar
Terapêutica sistémica
Complementa o tratamento clínico apropriado
Não administrar antibiótico em qualquer situação (avaliar se há envolvimento sistémico):
Febre
Celulite da face
Mal-estar
Trismus
Infecção persistente/progressiva
Doentes imunodeficientes
Prevenção EB
Ter sempre em mente alergias, interacções medicamentosas e complicações sistémicas
Acompanhar doente nos dias seguintes.
Comportamento e módulo de
Estrutura dentinária elasticidade Aumento da fragilidade do dente
Resistência à tracção e cisalhamento
Particularidades:
Cor: alteração devido a resíduos de polpa necrótico ou cimentos que pigmentam o dente;
Fragilidadr: perda de água nos dentes endodonciados por falta da polpa não é significativa, mas o dente fica
mais frágil com a instrumentação, há remoção da dentina central para se ter um bom acesso;
Grau de abertyra coronária também vai influênciar.
Em suma, a possível diminuição da força do dente pode ser atribuída ao envelhecimento da dentina e, em menor
dimensão, às alterações dentinárias provocadas pelos irrigantes endodônticos.
Evolução do
caso desde
tratamento
endodôntico,
com
restauração
MOD, que levou
à sua extracção
e posterior.
ALTERAÇÕES ESTÉTICAS EM DENTES DESVITALIZADOS
As alterações de cor e escurecimento de dentes endodonciados são comuns
clinicamente, e técnicas endodônticas erradas podem contribuir para a
descoloração do dente.
Uma limpeza e instrumentação inadequadas podem deixar tecido
necrosado nos cornos pulpares, que resulta no escurecimento do dente.
Bem como, os materiais de obturação (gutta-percha e cimentos dos canais
radiculares) que ficam retidos na zona coronal de dentes anteriores,
principalmente.
Substâncias opacas também afectam a cor e translucidez de dentes sem coroa. A dentina alterada bioquimicamente
modifica a cor e aparência do dente.
É amplamente aceite que a presença de substâncias orgânicas (Ex.: hemoglobina) pode desempenhar um papel
importante na alteração de cor, bem como, a penetração de comida e bebida, estimuladas pela ausência de pressão
pulpar. No entanto, estes dois fenómenos são pouco mencionados na literatura.
Outro aspecto fundamental é o biotipo que temos presente. O biótipo fino é um factor negativo para o objectivo
estético de uma restauração ou coroa do dente descolorado.
Assim, é recomendado evitar o uso de cimentos endodônticos que manchem e limpar todos os resíduos que estão na
câmara pulpar e no acesso cavitário.
OPÇÕES DE RESTAURAÇÃO
As restaurações de dentes endodonciados podem ser:
1. Restaurações directas a compósito (perda mínima de estrutura dentária);
2. Restaurações indirectas a compósito (cerâmica ou resina);
3. Coroa.
Quando temos dentes anteriores escurecidos devido ao tratamento endodôntico, podemos fazer um
branqueamento, não deve ser feito junto à raiz porque há risco de reabsorção)
Em dentes posteriores é difícil fazer branqueamento e não se deve fazer junto da raiz pois pode levar a reabsorção. A
opção terapêutica em dentes posteriores ou é uma coroa (permite alterar a função e estética, a cor) ou então um
recobrimento de cúspides com onlay de cerâmica ou resina (mas tem a desvantagem de não poder alterar a cor).
Após a obturação, devemos selar os orifícios dos canais radiculares com CIVMR para proteger a gutta do ataque
ácido e para quando queremos substituir a restauração. Quando estamos a remover a restauração, e chegamos a um
material diferente sabemos que estamos nos conductos.
Avaliar o prognóstico para ver se vale a pena restaurar o dente: clínica e radiograficamente.
Perfurações podem ser seladas com MTA.
ABORDAGEM CONSERVADORA
Acesso cavitário
conservador por lingual
+/- Branqueamento (interno e/ou externo) Compósito directo (câmara e acesso cavitário)
+ Compósito directo Veneer ou Coroa total
Classe III
(+ acesso conservador
por lingual)
+/- Branqueamento (interno e/ou externo) Compósito directo (câmara e acesso cavitário)
+ Compósito directo Veneer ou Coroa total
Classe IV
(+ acesso conservador
por lingual)
ABORDAGEM PROTECOTRA
Grande destruição
≥ 1/2 de estrutura dentária
residual e efeito férula
≥ ½ de estrutura dentária
residual e/ou efeito férula
limitado
Classe I
Classe II MO/OD
Classe II MOD
4 mm
≤ 1/2 de estrutura
dentária residual
RESUMO:
Dente anterior só com abertura coronária:
- Sem alteração da cor: encerramento da abertura coronária (obturação)
- Com alteração da cor: branqueamento na zona de abertura coronária e obturar
Dentes posteriores
Inlay: dentro de uma cavidade sem recobrimento de cúspide.
Onlay: recobrimento de todas as cúspides menos uma
Overlay:recobrimento de todas as cúspides
Onlay/Overlay:
Em situação de abertura coronária mais extensa, faz-se o overlay para protecção das cúspides durante as
forças mastigatórias.
- Não talhamos o dente ao contrário da coroa.
- A retenção é dada pelo esmalte periférico com sistema adesivo
- Material de restauração directo dentro da câmara pulpar com um pouco para fora (sela toda a
câmara) depois manda-se para laboratório para mandar a onlay
Numa coroa não fazemos inlay se tivermos esmalte em toda a periferia, porque as forças de adesão do sistema
adesivo funcionam bem em esmalte. Caso não tenhamos esmalte em toda a periferia, mandamos fazer onlay em
laboratório, cujos 6º de expulsividade do preparo irão dar a retenção.
Qualquer coroa não efectuada em laboratório vai buscar a sua retenção ao sistema adesivo.
No overlay há preenchimento da câmara e deixa-se uma espécie de falso coto de resina para a peça encaixar:
facilita a cimentação.
Deep margin elevation: quando há uma falha de esmalte e há dentina: faz-se uam restauração para descer/subir
um pouco a margem gengivigal para a oclusão. Fica com esmalte todo a volta e uma porção de resina. Há duas
interfaces que podem micro-infiltrar: resina/dentina e resina/overlay.
Endocrown (1 fase)
A restauração entra para dentro da câmara (contrariamente ao onlay) e sai cá para fora. Na periferia tem
que haver esmalte. Retenção é buscada na câmara pulpar ou então o falso coto é uma coroa de
revestimento total. Altura minima do coto são 4mm!
Faz-se impressão e segue para laboratório.
Na entrada dos canais coloca-se ionómero de vidro modificado com resina (por cima da gutta), para selar e no
pavimento servir de barreira para se um dia necessitar de nova restauração protegendo o trabalho endodontico.
(hidróxido de cálcio dissolve-se por isso é que mesmo q se use põe-se sempre IVMR-VITRE BOND)
Espigões pré-fabricados
Vantagens
Uso fácil e rápido (menos etapas)
Baixo custo
Dispensa de moldagens e etapa laboratorial
Preparo mais conservador
Disponíveis em várias formas, tamanhos e materiais (metais, cerâmicos, fibras)
Retenção do material restaurador
Reforço da porção coronária
Procedimento:
1. Tratamento endodôntico
2. Preparação da cavidade
3. Analisar Rx periapical para determinação do comprimento do espigão*
* Utilizar a informação do departamento de Endodontia existente no processo, caso o tratamento prévio do (s)
canal (ais) tenha sido efectuado na Instituição.
4. Remoção inicial da gutta-percha com Brocas de Gates (têm uma ponta inactiva e não fazem falsos
trajectos).
5. Conferir o comprimento com um Rx periapical, relembrando:
Comprimento pelo menos igual à altura da coroa clínica ou 2/3 do comprimento do canal
Deixar um mínimo de 4-5mm de gutta-percha residual (selamento apical é importante!)
12. Aplicar jacto de óxido de alimínio/silano no espigão ou apenas com álcool (resultados cariáveis na
literatura)
13. Aplicação do cimento de resina no canal com uma cânula apropriada ou na extremidade apical do
espigão. Deverão ser utilizados cimentos de resina exclusivamente autopolimerizáveis ou de dupla
polimerização.
14. Remover o excesso de cimento com um pincel ou um foam-pellet.
15. Aguardar até ao final do tempo de presa indicado pelo fabricante.
* O espigão poderá ser cortado no final da polimerização do cimento
NOTA 1: A reconstrução da porção coronária / falso coto poderá ser efectuada com uma resina composta
específica para núcleos aplicada numa seringa tipo Centrix, compactada e esculpida, ou com uma resina
composta fotopolimerizável aplicada em incrementos.
NOTA 2:
Na situação 12.b. em que é utilizado um cimento auto-condicionante no canal, dever-se-á proceder à
reconstrução da porção coronária / falso coto preparando esmalte e a dentina coronárias com a técnica adesiva
opcional.
Coto: resina com auto/ foto ou duo, espigão é para segurar o falso coto. O sistema adesivo a usar vai ter que ser
duo se for usado uma resina duo. Ou então cimento autocondicionante: tem que se esperar que polimerize e
depois fazer o coto com uma resina foto.
TOME NOTA
1. Descimentação do espigão relaciona-se com uma relação insuficiente coroa/raiz ou sobrecarga
2. Não é necessário estender o espigão.... (ver nos apontamentos da patricia)
3. Os espigões e falsos coutos pre-fabricados podem ser tao resistentes ou mais que os fundidos
individualmente
4. A maioria dos espigões e falsos coutos usados actualmente são pré-fabricados
5. Um espigão de pequeno diâmetro tem tanto sucesso como um espigão de grande diâmetro.
Aula 5- LOCALIZADORES APICAIS
Custer (1918) informa conductometria eléctrica.
Suzuky (1942) resistência eléctrica constante entre ligamento periodontal e musca 6,5 kilo-ohms.
Anos 90
Localizadores 3ª geração
medem duas ou várias frequências
Medem o conduto: sem instrumentação prévia.
Condutos podem estar húmidos (sangue, NaOCl, exsudado inflamatório)
Alguns determinam constrição apical (transição do conduto dentário para o conduto cimentário) e
forâmen apical. Apex fisiológico situa-se a 0,75-1mm do foramen apical, mas cuidado pois pode se situar
até 6mm do foramen apical. Não se consegue determinar com extatidão é a qauntidade de ciemento
(canal cimentário) que ajuda na medição.
Eficácia 90% na determinação da constricção apical e forame apical
Forma de Uso
Funcionamento simples.
Circuito eléctrico: Unidade central, dois eléctrodos
Técnica
1. Isolamento do dente
2. Ligar unidade central (antes de colocar eléctrodo na lima)
3. Colocar eléctrodo em comissura labial (em contacto com a mucosa, tem de estar húmido e não deve tocar
em estruturas metálicas)
4. Colocar eléctrodo na lima (pode ser lima 10), mas cuidado! A lima tem que estar mais ou menos justa ao
canal para não haver erros na medição.
5. Irrigar com hipoclorito de sódio (aparelho mais fiável se existir humidade no canal)
6. Secar superfície externa do dente, pode haver um curto circuito se houver contacto entre a lima e a saliva.
7. Secar câmara pulpar
8. A lima vai penetrando com movimento suave através do conduto, até: a unidade central marcar a linha
recomendada (distinta para cada aparelho) ou exista uma mudança no som.
O que o localizador identifica três zonas distintas que correspondem a um sinal acústico diferente:
Conduto dentinário –parte verde. Pi…..pi…..pi….pi
Foramen apical (conduto cimentário) – parte amarela. pi-pi-pi-pi-pi
Trespasse apical- parte vermelha. Piiiiiiiiiiii
Idealmente o CT deve terminar ao nível da constrição apical que é onde termina o conduto dentinário. Aqui deve
terminar a endo.
Recomenda-se que a lima permeabilize o forâmen suavemente e volte à linha recomendada com lima 10 de meio em
meio milímetro.
As vezes, o Rx não coincide com o localizador.
Os localizadores podem dar erro por defeito, por exemplo quando existem canais laterais com calibre significativo.
Mas nunca dá erro por excesso, devido ao trespasse apical.
Requisitos:
Conectar a unidade central antes de fixar a lima no eléctrodo.
Eléctrodo labial deve estar húmido.
A câmaradeve estar isolada, não devendo estar em contacto com o periodonto.
É recomendável condutos húmidos e câmara seca.
Em condutos largos usar limas maiores.
Permeabilizar sempre foramen (trespasse apical).
Antes dúvidas, repetir medição ao final da instrumentação.
Contra-indicações
Mais por precaução pois são CI formais.
Pacemakers e Arritmias
Indicações
Todas as endodontias, sem nunca excluir Rx.
Marcas comerciais
Justy
Apit
Root Zx (melhor)
Neosono
Bingo 1020
Tri Auto Zx (muito pesado)
Afa (faz uma leitura média de 5 frequências, contínua a ser menos preciso que o ROOTZX)
Notas:
Se o circuito não funcionar e o aparelho estiver bom, é sinal que não se formou corrente eléctrica por haver
selamento apical.
Biopulpectomia: há polpa vital logo evita-se trespasse apical de cimento.
Necropulpectomia: controverso mas poderão eventualmente fazer-se extravasamento do material (Botões
apicais) pois só assim temos a certeza de que removemos toda a polpa infectada e necrosada.
Aula 6 – ACIDENTES EM ENDODONTIA I
1. PERFURAÇÕES CORONÁRIAS
Eliminação excessiva de estrutura dentária, aumentando o risco de fractura da peça (Ex.: câmaras atrésicas). Ocorre
quando não há uma análise corretca do Rx inicial. Este desgaste exessivo pode não levar a uma perfuração mas
vai fragilizar a peça dentária aumentado a probabilidade de fractura. Ter especial atenção nso canais atrésicos e
nos incisivos inferiores .
CAUSAS
Erros durante o acesso: (quando o nosso acesso não respeita o protocolo de abertura ex: manter a brocar a
45graus- acaba por se perfurar a coroa a meio)
Acesso incorrecto ao nível da coroa e raiz (inclinação da broca);
Colocação da broca em direcção interproximal: perfuração lateral da coroa;
Escolha errada da broca (muito comum em incisivos laterais e centrais inferiores, quando usamos
brocas muito largas, isto porque, são dentes muito pequenos que o diâmetro MD da broca);
Não respeitar o LED: perfuração coronária/radicular (por o dique depois da abertura para não perder o
LED);
Dentes posteriores podem estar mesializados ou lingualizados, e se isso não for detectado, não
respeitamos o LED, o que leva a perfuração;
Dentes com coroa de revestimento total, perdemos facilmente a noção do LED;
Erro na identificação do dente: isolamento do dente errado (com problemas éticos), que ocorre quando
não identificamos o dente no isolamento absoluto (marca-se coroa certa com marcador para evitar).
PREVENÇÃO
1. Conhecer anatomia interna e externa
2. Localização, inclinação do dente: ver tecido
calcificado, ombros de dentina, evitando degraus e
Exame clínico Cál
falsos trajectos;
cul
3. Relação do dente com os dentes adjacentes e com o
osso alveolar; pul
pa
Exame 4. Diferentes incidências radiográficas (Ex.: podemos r
radiográfico observar cálculos pulpares)
PREVENÇÃO
Profundidade: broca ou sonda periodontal com stop apical;
Num dente com coroa, podemos ir controlando a posição e inclinação da broca nos vários momentos, mas se
não tivermos acesso a toda a câmara pulpar é preferível remover a coroa e termos uma acesso facilitado,
prevenindo acidentes.
Quando ocorre perfuração de furca, a textura e resistência que a lima sofre no ligamento periodontal é
completamente diferente que as limas nos canais.
Perfuração directa
Limas
Brocas
Pontas ultra-sons: minimizar desgaste dentinário para remover calcificações.
Usar MTA
Identificação de perfurações
Perfuração dos tecidos moles= hemorragia contínua;
Perfuração coroa/raíz/furca: nem sempre há hemorragia, pode até nem haver hemorragia;
Osso menis vascularizado- hemorragia do tecido pulpar;
Reconhecimento permaturo de perfurações (evita lesão com instrumentos intraconductos e irrigantes);
Perfuração do ligamento periodontal (mau prognóstico).
Sinais
Dor durante determinação do comprimento de trabalho;
Hemorragias (no interior do conducto);
Dor e mau sabor durante irrigação (cuidado com o risco de extravasamento da solução de hipoclorito);
Posição errada da lima no Rx. A lima normalmente entra de distal para mesial;
Se houver edema generalizado rápido (após 30 segs) com dor intensa: corticosteróides, anti-inflamatórios e
antibióticos como prevenção. Isto porque irá haver necrose na zona de perfuração que foi irrigada com
hipoclorito de sódio, que é tóxico (em casos de perfuração em que o dakin pode extravasar para o osso e lig
periodontal).
PROGNÓSTICO
Depende:
Acesso;
Tamanho: maior q 2mm pode fracturar com mastigação;
Localização do defeito: as perfurações directas são mais facilmente detectadas;
Comunicação com o periodonto o prognóstico é mau;
Tempo;
Capacidade de selamento do material obturador (já não é considerado, devido às excelentes propriedades
do MTA.
Devemos:
Vigiar sintomas;
Raio-X controlo: com paralelizador (1,3, 6, 12 meses e depois de 1 em 1 ano);
Vigiar saúde periodontal.
Causas
Degrau: quando fazemos pressão na parede externa. Os degraus formam-se em todas as fases, mas os
formados pelas limas 8/10 são os mais difíceis de descobrir. Sabemos que a partir da lima 25, elas têm
tendências para se endireitarem, com tendência a causarem degrau.
Acesso inadequado
Instrumentar conducto curvo sem CT
Sobre-instrumentar conducto curvo: LAP 25
Perda de comprimento de trabalho por impactação de smear layer
Smear layer (se não se remover todo previamente)
Má interpretação do Raio-X pré-operatório
Podemos fazer técnica de strip – desgaste lateral do canal. Cuidado! As paredes de risco são as paredes adjacentes a
furca.
Prevenção
Correcta avaliação de Rx pré-operatório: ver grau de curvatura. curvatura em S: pior.
Trabalhar 1º com limas acessórias (6,8,10)
Permeabilizar bem
Instrumentar as duas curvaturas em separado, nunca em simultâneo
Conductos com maior probabilidade de degrau: são os conductos compridos, estreitos e curvos.
Prognóstico:
Se canal não for limpo correctamente: mau
Se zona apical for limpa e reduzida: Bom
Se fizermos bio/Necropulpectomia: mau prognóstico.
Follow-up:
Até um 1 ano: de 3 em 3 meses;
Após: 1 vez por ano.
Se houver sintomatologia e evidência radiológica cirurgia apical e retratamento.
1. Formação de um novo conduto (perda de CT, acontece mais nos canais curvos)
Prevenção
Eliminação de materiais não suportados
Pontos anatómicos de referência constantes
Pré-curvar os instrumentos (endobender ^^: faz o trabalho por ti! Adapta a lima ao canal)
Irrigação abundante (2mL entre cada instrumento, para retirar os restos pulpares)
Recapitulação
Instrumentação sequencial + limpesa das limas entre cada utilização para não deixar restos dentinarios
soltos.
Pressão adequada dos instrumentos
Não instrumentar em conduto seco (irrigante também lubrifica os instrumentos)
Tratamento: Tentativa de recuperar o conduto inicial com uma pequena curvatura fazendo movimento rotatórios e
anti-rotatórios. Temos que ter cuidado pois pode haver acumulação de bactérias na zona do degrau (devemos
prescrever medicação intracanalar).
Prognóstico: Dependerá da retoma ou no da via original e da quantidade e qualidade que ficou sem instrumentar e
obturar.
Localização:
Apical: sobre-instrumentação
Laterais: rectificação da curvatura, degrau, perfuração
Cervicais: na abertura da câmara
Indicadores:
Hemorragia abundante e difícil de controlar
Dor
Angulação de instrumento
Amplitude
Perda do stop apical
Radiografia
Estes acidentes acontecem em dentes com curvatura daí ser importante o rx inicial que nos permite avaliar a
anatomia.
Hemorragia só pode ser por dois motivos: perfuração ou tecido pulpar inflamado.
Se no cone há sangue só no terço médio pensamos em perfuração.
Tratamento: selamento de perfuração (quanto antes, melhor). Quando são pequenas e estão no 1/3 médio, se for
feito um bom selamento com cimento e gutta, por vezes não é necessário uam intervenção cirúrgica. O prognóstico
depende de vários factores, um deles é o grau de perfuração, o local e o tempo a que é detectada a perfuração. Faz-
se com MTA (é o mais biocompatível).
Prognóstico:
Depende do controlo da contaminação
Quanto mais recente e pequena seja a perfuração, melhor
Prevenção
Para conseguirmos remover, devemos:
Reconhecimento de limas defeituosas
Lubrificação constante com soluções irrigantes Acesso em linha recta até ao fragmento;
Uso de uma técnica adequada de instrumentação Libertação do 1/3 superior;
Limas pequenas de um único uso Remoção com microscópio ou ultrassons
Lima 10: 1 uso
Limas 15-20: 2-3 usos
Limas 25-30: 3-4 usos
Limas 35-40: 4-5 usos
Limas maiores: 5-6 usos
Tratamento
Tentar retirar o fragmento (canal finder sistem), se Bypassing: com limas mais pequenas criar um
conseguirmos visualizar o fragmento, aumenta para o caminho à volta e conseguir instrumentar e obturar,
dobro a probabilidade de retirar o fragmento: usar ficando o fragmento.
microscópia e iluminação.
Por vezes, o fragmento depois do bypass pode sair
Tentar ultrapassar e tentar puxar – bypassing após a intrumentação.
Se não conseguirmos instrumentar o CT incluindo a
lima, deixar fragmentos in situ
Se não ultrapassarmos, limpar a zona coronária
Tratamento cirúrgico
Pode-se tentar retirar o bocado de lima com um
pouco de gutta, se a lima ficar colada na gutta, com
movimentos de vai vem tenta-se puxar os dois
para fora (...)
Se conseguirmos ver o gramento, duplica a probabilidade de sucesso. Podemos usar sistemas: Fole Removal
System, agulha hipodérmica ou Matesson Kit.
Complicações:
Novas fracturas
Degraus
Perfurações radículares
Extrusões apicais
Fractura radículares
Dano periodontal
Prognóstico: Se conseguirmos tirar a lima e fazermos um tratamento normal ou com bypass é bom, se a lima lá ficar é
mais chato mas tenta-se selar da melhor forma que se conseguir. Vai depender da quantidade e qualidade de conducto
não tratado.
4. Aspiração e deglutição
Pode ser de instrumentos ou irrigantes. Utilizar sempre isolamento absoluto e quando não o podemos colocar, fazer
isolamento relativo mas colocar fio dentário a prender os instrumentos.
5. Extrusão do irrigante
Dor
Edema
Hemorragia
Anestesia
Tratamento: Analgésicos e Controlo.
Prevenção
Agulha livre, de saída lateral (melhor pois nunca vai directamente para apical)
Pouca pressão
Comprovar retorno do fluxo (se não sair é porque está a ir para outro sítio)
Cuidados extras em ápex abertos
O hipoclorito de sódio é o muito irritante, por isso convém ser diluído na clorhexidina
NOTA: novos caminhos de desinfecção radicular:
Ozono
Água electroquimicamente activada
Prevenção
Boa instrumentação
Controlo táctil e radiográfico do cone principal
Tratamento
Re-tratamento endodôntico
Prognóstico
Depende da quantidade e qualidade do material sobre-obturado
2. Sub-obturação (instrumentação deficiente)
Restos de smear-layer
Complicações:
Degrau
Fractura de limas Novas fracturas;
Falta de conicidade Degraus;
Tratamento: Perfurações radiculares;
∂ Re-tratamento endodôntico Extravasamento apical;
∂ Quase sempre acompanhada de patologia periapical Fracturas radiculares;
Danos periodontais.
3.Fractura radicular vertical
Aplicação de um poste intra-radicular
Forças excessivas durante a obturação
Por vezes é necessário fazer a exposição da raíz para ver a linha de fractura ao longo da raíz.
Usar condensadores digitais, são melhores que os manuais.
Prevenção:
Eliminação da gutta-percha
Condensadores digitais com forças suaves (tirar 1 mm do CT na condensação)
Sinais:
Bolsa periodontal com fístula
Imagem radiotransparente lateral
Exodontia
História
Contra-Ângulo (CA) para instrumentação, usando limas de aço inox convencionais (anos 60) – fracturavam;
Aparelhos de acção vibratória (sónicos e ultra-sónicos) (anos 80) – fracturavam muito e grandes desvios dos
canais;
Sistemas de Ca de baixa rotação associados a um motor com controlo de velocidade e torque, usando limas
de Ni-Ti específicas (rotação contínua e reciprocante) (anos 90).
ProTaper
Mais conhecida e mais utilizadas;
Evolução da Profile;
Ponta cortante muito activa;
Forma triangular;
Hero 642
Muito usada pelos espanhóis;
Zona de corte e de não corte;
Corta menos mas é mais resistente à fractura;
É menos flexível porque tem secção transversal maior, mas é mais resitente a fractura.
GT e Pro-gt
Lightspeed
2/3 mm de ponta-activa
K3
Ângulos positivos e negativos de corte
Bom poder de corte e flexibilidade
RaCe
Das últimas a aparecer;
Sulcos profundos para poder tirar a dentina
Poder de corte grande
Secção triangular
Twisted fil
SISTEMA DE INSTRUMENTAÇÃO DE ROTAÇÃO RECIPROCANTE
Wave one;
Reciproc;
Mtwo;
Twisted file adaptive;
Nota: o aço inox não é tão flexível pelo que há transporte de canais e fractura fácil em canais curvos.
Aço inox: respeita as normas ISSO
Conicidade: como varia a lima do cabo à ponta (de 0,2), cada mm que retrocedemos é mais larga mm
Motores a utilizar
Micromotores
Pneumáticos: 20 000 rpm
Eléctricos 40 000 rpm
Redução do CA
1:2 1:10 1:64 1:128
40 000 20 000 4 000 625 315
20 000 10 000 2 000 312 165
Motores dos diferentes sistemas
Permitem controlar o número de rpm e o torque (força aplicada sobre a lima quando se instrumenta o
canal)
Os mais sofisticados permitem actualizações via internet
Os mais modernos permitem controlar o tipo de movimento de acordo com o sistema a ser utilizado.
Técnicas de instrumentação
1- Introduzir o instrumento a rodar no canal mantendo-o sempre a rodar até ser retirado do canal
Usar sempre movimentos de impulsão e retirada (picotear), evitar que o instrumento trabalhe de forma
constante num mesmo ponto; introduzir instrumento a rodar no conduto e mantê-lo...
2- Não avançar muito rápido; se o instrumento se encaixa nas paredes do conduto, não insistir mais que 1
segundo e não deixar que penetre mais de 1 mm, nesse momento deve-se retirar-se do canal e repetir a
operação
3- A pressão máxima a efectuar sobre estes instrumentos deverá ser equivalente à pressão exercida ao
escrever com um lápis com ponta fina. Os sistemas trazem limas manuais de permeabilização para se usar
inicialmente e podemos também fazer a preparação inicial dos condutos com limas manuais
4- Nestes casos não é necessário realizar a medição de comprimento de trabalho antes de se iniciar a
preparação, dado o baixo risco de formação de degraus ou de fazer transporte de canal. Recordemos que ao
tentar determinar o CT, no início, podemos estar a levar material contaminado para além do ápex, aumentando
o risco de complicações pós-operatórias
5- Uma vez completa a preparação do terço coronário, podemos proceder à determinação do CT. Para isso,
usamos limas manuais com auxílio do localizador apical electrónico, sempre que possível
6- Uma vez instrumentado o terço médio e estabelecido o CT, é aconselhável, como em qualquer técnica, usar
limas de permeabilização entre cada instrumento
Desvantagens
Curvatura de raio curto (curva apertada)
Bifurcações (menor percepção táctil)
Confluência de condutos (leva à fractura)
Degraus no terço médio ou coronário
Condutos muito elípticos (por vezes só se prepara a porção central do canal)
Abertura limitada da boca (se às vezes só a lima já é difícil, quanto mais com CA) -
Objectivo:
Criar um bom se lamento apical ao longo de todo o sistema de canais, desde a abertura coronária até à
terminação apical. Muitas vezes temos canais assessórios que estão muito acima na zona do ápex e a sua
instrumentação é difícil (normalmente encontram-se no 1/3 médio, coronário ou apical).
É muito importante fazer uma boa irrigação aquando da obturação dos canais.
A obturação é importante a longo prazo pois impede a contaminação bacteriana. A longo prazo as
restaurações tem infiltrações e a própria gitta pode ter infiltrado (cuidado durante a obturação).
Requisitos:
Preparação dos canais com conicidade contínua tipo funil;
Forâmen apical o mais pequeno, quanto maior for o ápex mais difícil é de controlar o extravasamento da
gutta pelo foramen apical.
Tem uma conicidade mais aumentada.
Técnica:
Coloca-se o cone principal 4-5mm aquém do CT, introduz-se o condensador quente e deixa-se aquecer a gutta e
depois vai-se juntando incrementos de gutta 3-4mm até ter o canal preenchido.
Particularidades da técnica:
Permite o preenchimento de irregularidades e canais acessórios;
Risco de fractura ligeira pelas forças de compactação (comparativamente à técnica lateral);
Difícil controlo do comprimento de trabalho (devido a temperatura é difícil controlar o extravasamento);
Risco de extrusão do material obturador;
Técnica difícil em canais curvos- os condensadores são direitos e não conseguem chegar a constrição
apical (a forma de se ultrapassar é alargar os canais, portanto fragilizamos a raiz do dente).
Sistemas
Touch ´n Heat (aquece a ponta que entra no canal e plastifica a gutta)
System B
o Forno ligado a pontas de gutta aquecidas
o Usa muito calor (200ºC ideal- mas há muito calor que é dissipado), no entanto os estudos dizem que
o calor no ápex não deve exceder os 10/15ºC, para não lesar os tecidos periapicais;
o Na técnica de Shilder como a ponta é aquecida com uma chama de vela não se tem um controlo da
temperatura, nesta técnica o calor é mais controlado porque há um motor a calor.
Variante da técnica – Se quisermos colocar um espigão, fazemos só técnica no terço apical e deixamos o resto vazio.
É uma técnica que na pratica não se deve fazer por poderem existir canais acessórios nos terços médio e coronário
que assim não serão selados correndo o risco de uma possível contaminação destes mesmos.
Particularidades da técnica: Dificuldade no controlo do comprimento de trabalho (sub e sobre-extensão da gutta
ocorre frequentemente); Usada em combinação com outras técnicas termoplásticas.
Núcleo era em metal mas foi evoluindo, j+a foi de plásico, mas actualmente o núcleo tem no centro gutta dura e à
volta tem gutta mais mole (guttacore). Na ponta há uma pequena quantidade de gutta mole que não tem um
centro de gutta dura para esta poder ser empurada para baixo e para os lados. Nos canais estrietos ou curvos é
mais complicado.
-Núcleo com gutta a envolvê-lo é colocado no forno para aquecerem e depois temos 10 segundos para colocar no
canal. Esperar 20 a 40 segundos. Gutta colocada ao comprimento de trabalho. visto que não vai ser feita
condensaçãoo posterior, o nucleo aquecido empurra a gutta mole para o ápex e para os canais assessórios
(estes são apenas irrigados, não se consegue instrumentar). Para haver uma boa irrigação em apical tem que
se ter no mínimo uma LAP de 25.
Sistemas :
Thermafill,
SuccessFil,
Simplifill (700 rotações por minuto, a parte activa tem 4-5mm. Este sistema tem um sistema próprio de
obturação: tem uma lima com gutta na ponta e parte-se a ponta metálica com a gutta a volta, quando se
chegar ao CT fazmeos rotações no sentido contrário da instrumentação. O maior problema é para fazer
re-tratamentos).
COMPACTAÇÃO TERMOMECÂNICA
Tentativa de plastificar a gutta sem calor.
Termocompactador McSpadden
Coloca-se a gutta em fase beta e depois coloca-se o instrumento no contra-ângulo, assemelha-se a uma lima
hestroen invertida que empurra a gutta para o apex. (Tem espiras invertidas que empurram a gutta em direcção ao
ápex)
Particularidades
Simplicidade do material a utilizar
Preenche irregularidades com facilidade
É uma técnica economizadora de tempo (quando usada em instrumentação manual)
Extrusão do material obturador ocorre facilmente
Fractura de instrumento
Difícil de utilizar em canais curvos (risco de fractura elevado)
cones de gutta embebidos em solvente (clorofórmio) na tentativa de plastificar a gutta
técnicas alternativas associadas a instrumentação mecânica
A. Termocompactação por meio de instrumentos rotatórios
B. Injecção de gutta termoplástica
C. Sistema de transporte de gutta em núcleos condutores
D. Plastificação de gutta no conduto antes da compactação
E. Sistema de aquecimento de gutta antes de entrar no conduto
Sistema Ultrafil: gutta vem em pontas já armazenadas e vai ao forno, sendo aquecida previamente. resultados
similares ao Obtura II
Obtura III e Ultrafil são sistemas bons para canais curvos, mas não proporcionam bom controlo do STOP apical,
pode-se injectar a gutta e esta ultrapassar facilmente o apex. Também são bons para reabsorções internas.
(prof não falou na aula, mas já sabem ^^’)
C. Sistema de transporte de gutta em núcleos condutores
Sistema Termafil
Transportador já tem gutta na haste, sendo inserido no forno e aquecido, colocando-se dp de quente no
canal ao comprimento de trabalho
Para verificar se escolhemos o cone de gutta adequado: existem os verificadores que não têm gutta
System B
o o próprio sistema tem peça de mão e condensadores próprios, assim como gutta própria
5. obturação dos 2/3 terços coronários: colocar novos cones com medidas maiores
2) Condensação lateral + Obtura II: para quem tem dificuldade no controlo apical
3) Termafil + condensação lateral: dente muito largo que poderá não ficar preenchido correctamente
Preenchimento do 1/3 apical com termafil
Restantes com condensação lateral
4) Termafil + Obtura II
5) etc
Desvantagens
Técnicas caras (mas o beneficio é maior);
Extravasamento apical ocorre facilmente (cada técnica tem formas de controloae este problema mas vai
acontecer eventualemte);
Necessário maior abertura do sistema de condutos: fragiliza a raiz.
Aula 8 – aula de dúvidas do ano passado
Para prevenirmos infecção periradicular devemos obturar na mesma sessão (sessão única);
Um dente com necrose: fazemos instrumentação adequada e medicação intracanalar (função adicional de
desinfecção de maior substantividade);
Se tivermos um molar inferior (por ex: 46) que foi obturado como é que pode ser restaurado? Usamos resina com
IRM? Podemos usar mas temos outros materiais com melhor adesão, como o IVMR (tudo o que nos interessa é a
ADESÃO) e podemos usar a amálgama;
O que nós pretendemos é um bom selamento dos canais através da adesão! Por isso é que usamos IVMR, é mais
resistente, quelante e adesivo;
A restauração definitiva de um dente endodonciado deve ser feita o mais rapidamente posível;
Se acabei hoje uma obturação e vou fazer reconstrução com espigão quando é que o devo colocar? Numa próxima
consulta! Devo esperar 24horas para o material de obturação intracanalar (cimento) ter tempo de adquirir
resistência mecânica e preza;
Se tivermos um 21 com classe III e alteração da cor que hipóteses de tratamento tenho? Branqueamento interno que
é a mais conservadora, facetas ou espigão;
Quanto devo deixar de gutta no canal ao proceder a cimentação do espigão? Média de 4mm no ápice, metade do
suporte ósseo e tamanho da coroa clínica;
A melhor maneira de ver até onde removemos a gutta é usando um trépano ou com stop apical (no rx vemos a
gutta apical mas não temos a medida certa);
Os espigões devem estar afastados das paredes circundantes para podermos restaurar;
Na situação de um central em que a abertura coronária deve ser feita de forma triangular com o vértice para apical, a
zona crítica para o material de restauração conseguir envolver bem o espigão é a zona entre o espigão e a parede
vestibular porque o cimento extravasa mas nós aí queremos resina então o que podemos fazer é usamos técnica
adesiva e colocamos um pouco de resina composta a preencher essa zona, testamos o espigão e vemos se fica bem
adaptado ou não;
Depois de fazermos a restauração de um dente com espigão e talharmos o coto, ao fazermos a coroa provisória
corremos o perigo de descimentar o espigão porque o cimento que usamos para o espigão é cimento de resina
autopolimerizável, não acontece se tivermos muita estrutura dentária circundante ao espigão porque ao inserir e
desinserir a coroa, estamos a fazer forças de tracção e senão temos estrutura dentária, a coroa vai sair com o espigão
e coto e se ainda havia remanescente dentinário, vai acabar por fracturar
Resina acrílica é exotérmica e sofre contracção de polimerização então temos de inserir e desinserir e vaselinar o
coto.
Resinas compostas já envelhecidas, para restaurar certas zonas dessa restauração: usar jacto de óxido de alumínio,
lavar, secar, técnica adesiva, bond, compósito