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CONTEÚDO

CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 9
Riscos Adicionais
- Introdução
- Altura
- Ambientes confinados
- Áreas classificadas
- Umidade
- Condições atmosféricas

CAPÍTULO 9

Riscos Adicionais
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Riscos adicionais e NR-10 3
Altura
Os riscos da queda 4
Ambientes confinados
A morte silenciosa 14
Áreas classificadas
O risco de explosão 17
Umidade
A redução do isolamento elétrico 20
Condições atmosféricas
Os raios 21
Riscos Adicionais

Introdução
Riscos adicionais e NR-10

A NR-10 tem como principal objetivo a segurança e saúde dos trabalhadores, pois estes podem ser afetados
pelos riscos elétricos (choque elétrico, campo elétrico e arco elétrico) e riscos adicionais, sendo necessário
eliminar ou controlar estes riscos.

O item 10.4, estabelece que devem ser adotadas medidas preventivas para segurança na atividade de área
elétrica voltada para construção, montagem, operação e manutenção, destinada ao controle dos riscos
adicionais.
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Tabela – Exemplo de relação de riscos adicionais de acordo com a sua natureza

Relembrando:

Risco Perigo
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Risco pode se definido como a


capacidade potencial de uma
Vs Perigo é uma SITUAÇÃO OU
CONDIÇÃO DE RISCO com
GRANDEZA causar lesões ou danos à probabilidade de causar lesão física
saúde das pessoas. ou dano à saúde das pessoas por
Obs.: Definição da NR10, Glossário

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Riscos Adicionais

Altura
Os riscos da queda

Trabalho em altura é toda atividade que o trabalhador atua acima do nível do solo. Todo trabalho realizado
em altura, principalmente os que envolvem eletricidade, geram riscos de quedas, que podem causar lesões
e traumas. Acima de 2 metros é obrigatória a utilização do cinturão de segurança tipo paraquedista, além
dos EPI’s básicos.

Os trabalhadores antes de realizarem atividades em altura


devem: ASO
• Possuir os exames específicos da função comprovados
no ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, conforme Atestado de Saúde Ocupacional -
item 10.8.7. ASO deve indicar explicitamente
• Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, que a pessoa está apta a executar
paralisando a atividade caso sinta qualquer alteração trabalho em local elevado.
em suas condições;
• Estar treinado e orientado sobre todos os riscos
envolvidos.

“10.8.7. Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos à exame
de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e
registrado em seu prontuário médico.”

Toda ferramenta e equipamento (cesta aérea, andaimes, plataformas, etc) devem ser inspecionados, e
quando de sua utilização devem estar amarrados e apoiados firmemente em solo plano. As ferramentas
devem ser içadas em bolsas ou sacolas, utilizando carretilhas e cordas.

NR-35
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Considera-se trabalho em altura toda atividade


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executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível


inferior, onde haja risco de queda.
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Riscos Adicionais

EPIs para altura


Por tratar de trabalhos em altura, devem-se selecionar e adotar Equipamentos de Proteção Individual -
EPI, acessórios e sistemas de ancoragem especificados e escolhidos considerando-se o conforto, a carga
aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de queda, além dos riscos adicionais.

Como em qualquer outra atividade, o EPI deve ser inspecionado periodicamente e antes dos trabalhos,
ainda mais por tratar de prevenção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações, devendo inutilizá-los para uso e descartá-los.

O sistema de retenção de queda depende dos elementos que formam o EPI, que são o cinturão e os
elementos de conexão (talabarte ou trava queda). O sistema depende também de um dispositivo de
ancoragem, pois sem este o EPI não funciona. Pode parecer absurdo, porém, existem pessoas que não
recebem a qualificação adequada e acreditam de que apenas vestindo o cinturão já estão protegidas!
Trabalho em altura com EPI é uma tarefa complexa e certamente o tempo de 8 horas estabelecido no item
35.3.3.1 é realmente um tempo mínimo.

NR-35

5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios
e sistemas de ancoragem.

Normas para EPIs segundo a NR-35

NBR 14626:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda deslizante
guiado em Linha Flexível

NBR 14627:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda guiado
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Brígida em Linha
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NBR 14628:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Trava-Queda retrátil

NBR 14629:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Absorvedor de Energia

NBR 15834:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Talabarte de Segurança

NBR 15835:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
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tipo abdominal e talabarte de Segurança n º Posicionamento e Restrição

NBR 15836:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Cinturão de Segurança
tipo paraquedista

NBR 15837:2010 - Equipamento de proteção individual contra queda de altura - Conectores

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Riscos Adicionais

Os sistemas utilizados com equipamento de proteção individual para trabalho em altura são:

• Sistema de restrição de movimentação: este sistema está localizado dentro da hierarquia de proteção
de queda como uma medida que elimina o risco da queda. O sistema é formado por um cinturão
(paraquedista preferencialmente), um talabarte e um dispositivo de ancoragem que quando utilizados
corretamente impedem o trabalhador de atingir um local onde existe o risco de queda.

• Sistema de retenção de queda: uma vez que não seja possível eliminar o risco de queda deve ser
adotado um sistema que minimize o tamanho e as consequências de uma queda. O sistema de retenção
de queda é formado por um cinturão paraquedista (obrigatoriamente), um talabarte de segurança
para retenção de queda ou um trava-queda e um dispositivo de ancoragem. O sistema deve dispor de
um meio de absorção de energia para limitar as forças geradas no trabalhador e também proteger a
ancoragem.

• Sistema de posicionamento no trabalho: este sistema constituído de um cinturão de posicionamento,


talabarte de posicionamento e ancoragem funciona como suporte primário do trabalhador que
sempre deve ser utilizado junto a um sistema de retenção de queda. O sistema de posicionamento
oferece suporte parcial ou total para o trabalhador executar sua tarefa de forma estável e segura e
é tido como suporte primário, caso este suporte primário venha a falhar o sistema em paralelo de
retenção de queda será requisitado.

A nova NR-35
Há muito aguardada, entrou em vigor uma nova NR (Norma
Regulamentadora) específica para o trabalho em altura, a NR 35. Isto
comprova a atenção por parte do governo para esta área que fornece
dados tão presentes nos altos índices estatísticos de acidentes no mercado
brasileiro. A expectativa é que estes índices diminuam com esta nova
referência quando se fala em trabalho em altura, deixando para trás a
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busca por regulamentações que estavam espalhadas por várias NR’s como
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a 10, 12, 18, 33, 34.

A norma não se atem a algum tipo de trabalho em altura específico, mas


sendo generalista, abrangendo aos mais variados tipos de atividades que
expõem, em algum momento, o trabalhador ao risco de queda de altura.
Isto vem a facilitar sua interpretação que traz uma mudança significativa
na forma de agir, principalmente nas etapas que antecedem o trabalho
em altura. Para citar duas ações em andamento: a NR 35 deve ser acrescida
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de um anexo, onde irão constar algumas informações importantes; e


uma norma técnica específica para procedimentos de utilização de EPI
para trabalho em altura vem sendo estudada pela ABNT através do CB-32
(Comitê Brasileiro para EPI).

Aguarde, em breve a TOP Elétrica terá um exclusivo curso sobre a NR-35!

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Riscos Adicionais
• Sistema de acesso por corda: É o sistema mais exigente e quem atua na área deve cumprir uma longa
formação que fornece amplo suporte para atuação nas mais diferentes situações. Um profissional de
acesso por corda pode atuar com segurança dentro dos demais sistemas, já um trabalhador capacitado
apenas na utilização de sistemas de retenção de queda não deve realizar técnicas de acesso por corda
sem a formação adequada. Este sistema também é chamado de técnica de acesso por corda.

São estes os quatro sistemas e a retenção de queda é um sistema independente e também está presente em
outros dois sistemas: posicionamento e acesso por corda sendo esta a técnica que realmente irá minimizar
as consequências e tamanho de uma queda. Uma das maiores dificuldades para se ter um sistema de
retenção de queda eficiente é ter este sempre presente e pronto para ser utilizado “esperando que ele
nunca seja necessário”. A cultura da segurança é muito importante, o exemplo da obrigatoriedade do uso
de cinto de segurança automotivo mostra bem isto. De pouco mais de uma década para cá a utilização
aumentou drasticamente e niguem quer “ver se o cinto funciona”.

Três componentes essenciais do sistema pessoal de proteção de queda devem estar disponíveis e devem
ser utilizados adequadamente para fornecer proteção ideal ao trabalhador. São eles:

• Ancoragem/Dispositivo de ancoragem;
• Cinturão paraquedista;
• Dispositivo de união.

Exemplo 2
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Exemplo 1
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Ancoragem/Dispositivo de ancoragem
Dispositivos de ancoragem são projetados como interface entre a estrutura (ancoragem) e o dispositivo de
união. A ancoragem deve ser de fácil acesso, evitando a exposição do trabalhador ao risco antes que este
esteja devidamente conectado e deve sustentar 15kN (1.529 kgf) por trabalhador.

Ancoragens planejadas e selecionadas com cuidado são fatores cruciais para a proteção e segurança do
trabalhador. Em caso de queda, o trabalhador será suspenso pela ancoragem selecionada, sendo que sua
vida depende da resistência da mesma.

Além disso, para definir a ancoragem é importante fazer distinção entre a própria ancoragem e o dispositivo
de ancoragem. A ancoragem, por exemplo, pode ser uma viga em I, enquanto uma cinta de ancoragem
ou ancoragem para viga que possam ser instalados nesta viga representam o dispositivo de ancoragem.

Exemplos:

Ancoragens permanentes Dispositivos de ancoragem


temporários
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Linha de vida flexível - Temporária Dispositivos de ancoragem


para beiral

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Dispositivo de ancoragem para viga

Cinto tipo paraquedista


Cinturões paraquedistas incluem ferragens, fitas e acolchoamento.

As ferragens devem ser robustas, mas não superdimensionadas nem


incômodas. Ao mesmo tempo, devem ser fáceis de manusear e seguras.
Ferragens incompatíveis podem ainda causar desconexão involuntária de
componentes. As ferragens têm de ser lisas porque podem representar risco
se tiverem cantos vivos que venham a cortar as fitas do cinturão e causem
lesões ao trabalhador.

As partes metálicas devem ter um bom acabamento também com relação


às fivelas de regulagem, que não podem danificar a fita. Preste atenção em
ferragens com molas expostas, especialmente em fivelas de atrito, elas podem
ser facilmente desativadas com o deslocamento das molas.

Fitas (cadarço) variam bastante de marca para marca. Procure cinturões robustos, com tecido de trama
homogênea, que deslizem pelas ferragens sem engatar. Uma vez que o cinturão esteja cortado, queimado,
gasto, etc., o cinturão deve deixar de ser utilizado.

Ao escolher cinturões, lembre-se de que devem cumprir os requisitos da norma NBR de 15 kN de resistência
à tração estática sem se soltar do boneco de ensaio.
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Já que os cinturões serão usados no sol, calor e umidade por períodos longos, devem resistir aos efeitos
do clima. Em ambientes químicos severos, os cinturões devem resistir à gases e aos esguichos tóxicos.
Deve ser verificada a compatibilidade de resistência da matéria-prima têxtil com os produtos utilizados.

Os acolchoamentos devem ser maleáveis e fáceis de ajustar, a fim de garantir uma adaptação confortável.
Tal como as fitas, os acolchoamentos tem de resistir ao clima e conservar seu formato. Alguns
acolchoamentos podem se tornar quebradiços com o tempo, por isso, procure aqueles com tecido
respirável e construção durável.
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Ajuste Incorreto: Fita peitoral posicionada incorretamente. Deve ficar


localizada no meio do peito para manter as fitas dos ombros cômodas. Faixas
das pernas muito soltas.

Ajuste Incorreto: Fita peitoral posicionada muito alta e muito


solta. Faixas da perna posicionadas incorretamente.

Ajuste Correto: As faixas de peito e de perna oferecem ajuste


cômodo. A parte posterior está posicionada adequadamente.

Colocando o cinto:

1: Segure o cinturão pelo “A” 4: Puxe a fita de perna por


posterior. Sacuda para que as fitas entre as pernas e conecte à
fiquem em posição. extremidade oposta. Repita
com a segunda fita de perna.
Se houver fita abdominal no
cinturão, conecte a fivela de
cintura após as de perna.
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2: Se houver fivelas nas fitas do 5: Conecte a fita peitoral e


peito, pernas e/ ou cintura, libere a posicione no centro do
as fitas e separe as fivelas. peito. Aperte para manter tal
modo que as faixas de ombro
esticadas.
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3: Deslize as faixas sobre os ombros 6: Após todas as fitas estarem


de modo a posicionar o “A” afiveladas, regule de tal modo
posterior no meio das costas, entre que o cinturão se ajuste bem,
os omoplatas. mas permita movimentos
livres. Passe a fita excedente
pelos fixadores.

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Escadas
As escadas são utilizadas para vários trabalhos realizados em altura. Estas podem ser do tipo portátil,
simples, de abrir e prolongável.

Todas as escadas devem ser adquiridas de fornecedores cadastrados que atendam as especificações
técnicas de cada empresa (tamanho, capacidade máxima, etc).

Classificação das escadas

• Escada simples (singela) - constituída por dois montantes interligados por degraus;
• Escada de abrir - formada por duas escadas simples ligadas entre si pela parte superior por meio de
dobradiças resistentes;
• Escada de extensão ou prolongável - constituída por duas escadas simples que se deslizam vertical-
mente uma sobre a por meio de um conjunto formado por polia, corda, trava e guias.
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Simples (singela) De abrir Prolongável

As escadas portáteis somente devem ser utilizadas para serviços de pequeno porte, sendo que para
serviços prolongados devem ser utilizados andaimes.

Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés) nivelados e, para
serviços que utilizem as mãos simultaneamente, deve ser utilizada escada de abrir com degrau largo ou
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utilização de talabarte envolto em estrutura rígida.

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Apoiar a escada sempre em piso sólido, nivelado e resistente, para evitar tombamento ou afundamento.
Nunca apoie em superfícies instáveis, como caixas, tubulações, tambores, rampas, superfícies de andaimes
ou ainda em locais onde haja risco de queda de objetos. Para locais de trânsito de veículos, a escada deve
ser protegida com sinalização e barreira.

Toda ferramenta utilizada para o trabalho não deve estar solta sobre a escada. Vale lembrar da
obrigatoriedade do uso de cinturão de segurança tipo paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima
de 2 metros de altura. O mesmo deve ser fixado em um ponto de ancoragem, fora da escada, exceto uso
de talabarte para posicionamento envolto em estrutura rígida. (Ex.: serviço no poste), não sendo possível
realizar este procedimento deverá ser utilizado andaime ou plataforma elevatória.
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Check-list - Escadas Serviço em poste


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Cesta aérea
As cestas aéreas são confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, e são normalmente utilizadas
em equipamentos elevatórios, tanto fixas como móveis. São normalmente utilizadas em atividades com
linha viva, devido suas características isolantes e à melhor condição de conforto em relação a escada.

O trabalhador deve amarrar-se à cesta aérea através de talabarte e cinturão de segurança utilizando todos
os equipamentos de segurança.

Andaime
O andaime, deve dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro, e sua
montagem deve ficar perfeitamente na vertical. Utilizar placa de base ajustável para terrenos irregulares.

A fixação do andaime é necessária para altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio.

Para a segurança devem ser respeitados os seguintes itens:


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• A plataforma de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelada e fixada de modo
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seguro e resistente;
• Os pisos da plataforma não podem ultrapassar em 25 centímetros as laterais dos andaimes;
• Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que ocasionem queda de ferramentas, tropeções
ou torções;
• O vão máximo permitido entre as pranchas deve ser de 2 centímetros;
• A sobreposição de pisos deverá ser de, no mínimo, 20 centímetros e só pode ser feita nos pontos de
apoio;
• As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura mínima de 90
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centímetros;
• As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60 centímetros;
• Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com gaiola ou trava-queda (para andaime com
altura superior a 2 metros).

A montagem e desmontagem devem ser cuidadosamente analisadas e tomadas as devidas precauções


quando da montagem dos mesmos na proximidade de circuitos e equipamento elétricos.

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Ambientes confinados
A morte silenciosa

Vários trabalhos da área elétrica são realizados em espaços confinados. É considerada uma área confinada
os locais onde podem haver o risco de asfixia, explosão e incêndio. Com isso toda atividade da área elétrica
realizada em espaços confinados, como porões e canaletas, é necessário uma análise preliminar de risco
para a verificação da quantidade de oxigênio, vapores e gases. Devem ser utilizados os EPIs básicos para
este tipo de trabalho, como máscara, roupa especial e equipamento de resgate.

Todo trabalhador que exerce atividade nestes locais deve fazer o curso da NR-33.

Estes ambientes podem possuir uma ou mais das seguintes


características: Espaço confinado

• Potencial de risco na atmosfera; Espaço confinado é qualquer área


• Agentes contaminantes tóxicos ou inflamáveis. ou ambiente não projetado para
• Deficiência ou excesso de Oxigênio; ocupação humana contínua, que
• Configuração interna tal que possa provocar asfixia, possua meios limitados de entrada
claustrofobia, ou que dificultem a saída rápida de e saída, cuja ventilação existente
pessoas. é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir
Todos os ambientes confinados devem ser sinalizados, a deficiência ou enriquecimento de
isolados e identificados para evitar que pessoas não oxigênio.
autorizadas adentrem a estes locais.
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Exemplos de espaços confinados. Fonte: Fundacentro


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Os trabalhos realizados em espaços confinados devem atender uma série de itens, afim de garantir a
segurança dos trabalhadores. Na sequência é apresentado um programa para entrada em espaço confinado.

1. Estabelecer procedimento de acesso;


2. Impedir a entrada de pessoas não autorizadas;
3. Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos empregados;
4. Providenciar treinamento periódico aos trabalhadores envolvidos com ambientes confinados;
5. Documentar os procedimentos de acesso em locais confinados;
6. Manter um plano de emergência;
7. Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais - ASO - Atestado de Saúde
Ocupacional;
8. Manter o espaço confinado devidamente sinalizado e isolado;
9. Proceder as manobras de travas e bloqueios, quando houver necessidade;
10. Efetuar teste de resposta do equipamento de detecção de gases;
11. Realizar a avaliação da atmosfera para detectar gases ou vapores inflamáveis, gases ou vapores
tóxicos e concentração de oxigênio;
12. Avaliar a atmosfera quanto à presença de poeiras, quando reconhecido o risco;
13. Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos atmosféricos, como pro exemplo ventilação;
14. Avaliar os riscos físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos.

Trabalhos típicos em ambientes confinados

• Manutenção, reparos, limpeza ou inspeção de equipamentos ou


reservatórios;
• Obras da construção civil;
• Obras de instalações elétricas;
• Operações de salvamento e resgate;
• Etc.

Autorização
Os trabalhos somente podem ser executados com:
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• Autorização da Permissão de Entrada e Trabalho - PET;


• Essa Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é exigida por lei e
executada pelo Supervisor de Entrada (NR-33);
• O serviço executado deverá sempre ser acompanhado por um Vigia;
• A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) contém procedimentos
escritos de segurança e emergência;
• Verificar se as medidas de segurança foram implantadas e se a PET
está assinada pelo Supervisor de Entrada;
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• O trabalhador deve entrar no espaço confinado com uma cópia da


PET.

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Normas

Empresas que trabalham em ambientes confinados devem seguir a NBR 14787 - Espaço
confinado, Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção e a NR 33 - Segurança
e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados (MTE).

Vigia

O vigia deve:
• manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término
da atividade;
• permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato
permanente com os trabalhadores autorizados;
• adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
• operar os movimentadores de pessoas;
• ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum
sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente,
situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente
suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.

EPIs

• Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ser fornecidos gratuitamente;


• Devem ser utilizados EPIs adequados para cada situação de risco existente;
• O trabalhador deverá ser treinado quanto ao uso adequado do EPI.

Emergência e resgate
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• O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de


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emergência e resgate adequados ao espaço confinado;


• O empregador deve fornecer equipamentos e acessórios que
possibilitem meios seguros de resgate;
• Os trabalhadores devem ser treinados para situações de
emergência e resgate.
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Áreas classificadas
O risco de explosão

Em áreas onde quantidades perigosas e concentrações de vapores


ou gases inflamáveis podem ocorrer, medidas de proteção devem ser
aplicadas de forma a reduzir o risco de explosões.

A norma que trata deste assunto é a NBR IEC 60079. A classificação das
áreas devem seguir a parte 10.1 (Classificação de áreas - Atmosferas
explosivas de gás) ou 10.2 (Classificação de áreas — Atmosferas de
poeiras combustíveis).

Atmosfera Explosiva Área Classificada


Mistura com o ar, sob condições Área na qual está presente uma
atmosféricas, de substâncias atmosfera explosiva de gás, ou
inflamáveis na forma de gás, vapor, ainda é esperada estar presente,
névoa ou poeira, na qual, após em quantidades tais que requeiram
ignição, inicia-se uma combustão precauções especiais para a
auto-sustentada através da mistura construção, instalação e uso de
remanescente. equipamentos.

Zonas
Áreas classificadas são divididas em zonas, baseadas na frequência da ocorrência e duração de
uma atmosfera explosiva de gás. Zona 0, Zona 1 e Zona 2
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Sinalização
Símbolo “Ex” para placas de sinalização de áreas classificadas. Padrão DIN
40012-3/1983 e ATEX (CE).

Símbolo “Ex” para identificação de equipamentos certificados para uso


em atmosferas explosivas.
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Símbolo de REPARO em equipamentos “Ex” em conformidade com a


certificação e/ou especificações.

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Instalações onde ocorra presença de materiais inflamáveis devem ser projetadas, operadas e mantidas de
tal forma que qualquer liberação de material inflamável, e a consequente extensão da área classificada seja
a menor possível.

É importante localizar e classificar as fontes de risco em equipamentos de processo e sistemas, as quais


podem liberar material inflamável em operação normal ou não, considerando modificações no projeto de
tal forma a minimizar a probabilidade e a frequência de liberação.

É importante ressaltar que atividades de manutenção, exceto aquelas de operação normal, podem afetar
a extensão da zona classificada, devendo estas atividades serem controladas por uma sistemática de
permissão de trabalho.

Fontes de Risco

Os elementos básicos para se definirem as áreas classificadas consistem na identificação das fontes de risco
e na determinação do seu grau. As fontes pode ser:

• Fontes de Risco de Grau Contínuo: Local onde a presença da atmosfera explosiva é contínua. Ex.
Superfície de um liquido inflamável em um tanque.
• Fontes de Risco de Grau Primário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada durante
a operação normal dos equipamentos. Ex. Válvulas de alívio e respiros de tanques.
• Fontes de risco de grau secundário: Local onde a presença da atmosfera explosiva é esperada
somente se houver falha no equipamento. Ex. Vazamentos em flanges e conexões.

Zonas e tipos de proteção para equipamentos elétricos

Os equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas constituem possíveis fontes de ignição devido
a arcos e faíscas provocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por superaquecimento em caso
de falhas. Assim, estes equipamentos devem ser fabricados de maneira a impedir que a atmosfera explosiva
possa entrar em contato com as partes que gerem esses riscos. Por isso, esses equipamentos, conhecidos
como equipamentos Ex, são construídos baseados em 3 soluções diferentes:

1. Confinam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva);


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2. Segregam as fontes de ignição (da atmosfera explosiva);


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3. Suprimem ou reduzem os níveis de energia a valores abaixo da energia necessária para inflamar a
mistura presente no ambiente.

Assim, as soluções normalmente empregadas na fabricação


de equipamentos Ex estão baseadas no princípio do
confinamento, da segregação ou ainda da supressão, conforme
tabela abaixo.
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Projetos e documentação

A documentação das áreas classificadas é fundamental para a segurança da planta. Sempre antes de
qualquer intervenção no sistema elétrico, as plantas de classificação de áreas devem ser consultadas.

Sinalização

É mandatório que as áreas classificadas contendo atmosferas explosivas de gases inflamáveis (ABNT NBR
IEC 60079-10-1) ou poeiras combustíveis (IEC 60079-10-2) sejam identificadas por placas de sinalização.

A NR-10, em seu item 10.13.2 nos diz: “É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de
controle contra os riscos elétricos a serem adotados”, tornando assim obrigatória a sinalização”.

Embora ainda não tenha sido publicada uma norma ABNT ou IEC para a padronização destas placas, cada
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empresa pode estabelecer seus próprios padrões de sinalização visual de segurança para a identificação
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da existência de áreas classificadas contendo atmosferas de gás ou poeiras.

É recomendado que as placas de sinalização possuam o símbolo “Ex”, no interior de um triângulo com
vértice voltado para cima, de acordo com o símbolo padronizado na Norma DIN 40.012 3 (1984) – Protection
against explosion: markink of potentially explosive areas – Signs and Plates, para identificação de
áreas classificadas contendo atmosferas explosivas.
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Riscos Adicionais

Umidade
A redução do isolamento elétrico

A umidade é um fator relacionado ao ambiente que aumenta os riscos de choque e arco elétrico devido a
diminuição da rigidez dielétrica do ar, tornando-se um condutor da corrente elétrica.

Para ocorrer o choque elétrico é necessário o contato com parte


energizada e contato simultâneo com outra parte energizada Rigidez Dielétrica
ou com a terra, denotando-se uma diferença de potencial,
propiciando a passagem de corrente elétrica no corpo humano. A Rigidez dielétrica de
materiais é um valor limite
Trabalhadores da área elétrica estarão seriamente expostos ao de campo elétrico aplicado
risco de eletrocussão caso estejam com as roupas molhadas. Essa sobre a espessura do material
condição também se aplica em caso de suor. (kV/mm), sendo que, a partir
deste valor, os átomos que
A NBR 5410 apresenta na tabela 19 a classificação da resistência compõem o material se
do corpo humano ao choque elétrico, desde a condição de pele ionizam e o material dielétrico
seca, melhor condição, maior resistência, até a pior condição, deixa de funcionar como um
pessoa imersa em água, menor resistência. isolante.

Para a mesma tensão, a diminuição da resistência origina uma O valor da rigidez dielétrica
corrente maior, o que agrava as consequências do choque depende de diversos fatores
elétrico, levando a situações fatais. como:
• Temperatura;
Assim, a umidade é um grave risco, que deve ser evitado nas • Espessura do dielétrico;
atividades em instalações elétricas. Exatamente pelas razões • Tempo de aplicação da
expostas, no combate a incêndios em instalações elétricas diferença de potencial;
energizadas não se pode usar água ou produtos que a • Taxa de crescimento da
contenham, tal como extintores de espuma, devido ao risco de tensão;
choque elétrico no próprio funcionário que combate o incêndio, • Para um gás, a pressão é
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em colegas de trabalho, ou até pela possibilidade de gerar novos fator importante.


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curtos-circuitos.

Na execução de determinados trabalhos em locais úmidos


ou encharcados, deve-se usar tensão não superior a 24 V ou
transformador de segurança (isola eletricamente o circuito e não
permite correntes de fuga).
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Errado!!!!

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Riscos Adicionais

Condições Atmosféricas
Os raios

Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é
quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos
tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal
diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer
descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por
isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.

No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido a descargas elétricas


atmosféricas, o que nos coloca na quinta posição de fatalidade entre os
países com estatísticas confiáveis. A probabilidade de um homem ser
atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que
a de uma mulher. Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio
na fase adulta é o dobro da representada tanto por jovens quanto idosos.
Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a
probabilidade de receber uma descarga é dez vezes maior.

Esses são alguns dos resultados do levantamento de mortes por raios da


década – dados de 2000 a 2009 – elaborado pelo Grupo de Eletricidade
Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estudo reuniu pela primeira vez informações de diversos órgãos brasileiros como Elat/Inpe do Ministério
da Ciência e Tecnologia, Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério
da Saúde, Defesa Civil, veículos de imprensa e dados de população do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

Os sistemas de pára-raios que podem ser utilizados para proteção do patrimônio e das pessoas mais
comuns são:
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• Gaiola de Faraday
• Franklin

Os dois modelos surgiram na época de Benjamin Franklin. O para-raios gaiola de Faraday faz com que a
descarga elétrica percorra a superfície da gaiola e atinja o aterramento. No modelo de pára-raio Franklin, o
mais tradicional, é captado o raio pela ponta e transmite a descarga até o aterramento.

Várias atividades da área elétrica são externas, e são diretamente influenciadas pelo meio ambiente. Com
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tempo adverso envolvendo descargas atmosféricas, devem sempre serem tomados todos os cuidados
afim de evitar acidentes, devido a possíveis descargas que possam ocorrer em estruturas metálicas onde
estão sendo realizados trabalhos.

Lembrando que é sempre importante a utilização do aterramento temporário, os EPC´s e EPI´s para a
realização de atividades em área energizada.

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A prudência é o olho de

todas as virtudes.
Pitágoras

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