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Livro Guia Prático de Enfermagem Orientado para Academ
Livro Guia Prático de Enfermagem Orientado para Academ
Guia Prático de
ENFERMAGEM
1ª Edição
EPUB
2004
Inclui bibliografia.
ISBN: 85-87098-45-4
CDD – 670.73
As autoras
Histórico de enfermagem
Composto por entrevista e exame físico, é realizado no ato da
admissão a fim de levantar dados que possibilitem o conhecimen-
to do estado geral do paciente. As informações devem ser coletadas
de forma que sejam garantidas informações corretas, completas e organizadas.
Entrevista
Utilize o instrumento fornecido pelo professor. Abaixo, se-
guem-se algumas dicas que podem ser válidas durante sua em-
trevista com o paciente:
- antes de iniciar a entrevista, apresente-se e relate o objetivo
de tal atividade;
- tente inspirar segurança e confiança;
- mantenha boa postura;
- saiba ouvir o paciente e deixa-lo se expressar;
- faça perguntas com linguagem objetiva, clara e de fácil en-
tendimento;
- utilize um tom de voz compatível com a acuidade auditiva
do paciente;
- procure não utilizar termos técnicos específicos durante as orientações
ministradas.
4. Percussão: através de leves toques/batidas na base das unhas das mãos que estão
sobre o local a ser percutido, podemos perceber sons com diferentes vibrações que
nos ajudam a identificar possíveis anormalidades.
4. Cabeça
Cabelos e couro cabeludo – quebradiços, ressecados, seborreia, sujidades, piolhos,
lêndeas, alopecia, lesões;
ouvido – sujidades, acuidade auditiva, dor, lesões, deformidades;
olhos – secreção, edema, avaliação pupilar, ptose palpebral;
nariz – secreção, sujidade, deformidade, obstrução;
boca – língua saburrosa, sangramento gengival, dificuldade de mastigação e
deglutição, condições de dentição, hálito e fala;
pescoço – nódulos, gânglios.
5. Membros superiores
Tórax – simetria, expansibilidade, dor, deformidades;
mamas – flácidas, túrgidas, deformidades, nódulos, dor;
mamilos – planos, fissuras, secreções;
rede venosa – visível, palpável, processo inflamatório, esclerose;
unhas – curtas, compridas, sujidade, quebradiças;
abdômen – globoso, flácido, tenso, distendido, escavado.
6. Membros inferiores
Genitália e região perianal – edema, deformidade, sujidade, secreção, hemorroida,
prolapso;
regiões sacra e glútea – hiperemia, ulcerações, musculatura;
marcha – deambula com ou sem auxílio, senta, não senta.
7. Pele
Pálida, cianótica, hiperemiada, corada, íntegra, lesões, prurido, deformidades,
ressecamento, fissuras, manchas, equimoses, hematomas, turgor, sensibilidade.
8. Eliminações
Vesicais, intestinais, vômitos, regurgitações.
Diagnóstico de enfermagem
Plano de cuidados
Implementação
Avaliação
Temperatura (T)
Hipotermia: T<36°C
Normotermia: T entre 36 e 36,8°C
Febrícula: T entre 36,9 e 37,4°C
Estado febril: T entre 37,5 e 38°C
Febre: T entre 38 e 39°C
Pirexia: T entre 39 e 40°C
Respiração (R)
16 a 22rpm*
Pulso (P)
60 a 80bpm*
Pode ser verificado através de leve compressão dos dedos indicador e médio sobre a
artéria radial, que está localizada na face lateral externa do punho, na mesma direção
do polegar. Com a outra mão segura-se o relógio para acompanhar a frequência das
pulsações.
*Valores considerados dentro dos padrões de normalidade para adultos, porém podem
sofrer variações de acordo com o tipo de literatura consultada.
*No membro em que for realizado o cateterismo cardíaco, a pulsação fica diminuída,
dificultando a ausculta.
Materiais
Escova de dentes ou espátula envolvida em gaze;
copo descartável;
toalha de rosto;
cuba rim;
lubrificante labial (óleo de amêndoas ou vaselina);
anti-séptico bucal (cepacol®, Benzitrat®, Flogoral ®) ou creme dental;
luvas de procedimento.
Procedimento
Paciente com pouca limitação
Banho no leito
Materiais
Colcha, cobertor, um lençol de cima, um lençol móvel, um impermeável, um lençol
de baixo, uma fronha;
luvas de procedimento;
duas luvas de banho ou compressas;
uma toalha de rosto;
uma toalha de banho;
uma camisola ou pijama;
duas bacias de banho ou balde;
jarro de água quente;
um sabonete anti-séptico;
comadre e/ou papagaio;
biombo;
hamper;
Procedimento
Colocar biombo ao redor do leito;
fechar janelas e portas;
desocupar a mesa de cabeceira;
calçar as luvas de procedimento;
oferecer comadre ou papagaio antes de iniciar o banho;
desprender a roupa de cama, retirar a colcha, o cobertor, o travesseiro, a camisola
e/ou pijama, deixando o paciente protegido com lençol;
abaixar a cabeceira da cama, caso seja possível;
colocar o travesseiro sobre o ombro;
colocar a bacia sob a cabeça;
lavar os cabelos;
fazer higiene oral e ocular (lavar os olhos do paciente com água limpa, do ângulo
interno ao externo, com algodão ou gaze);
fazer higienização do rosto somente com água limpa e secá-lo;
colocar a toalha de banho sob um dos braços do paciente e lavá-lo no sentido do
punho para as axilas em movimentos longos;
enxaguar e secar com a toalha de banho;
repetir a operação com o outro braço;
colocar a toalha de banho sobre o tórax do paciente, cobrindo-o até a região
púbica;
com uma das mãos suspender a toalha e com a outra lavar o tórax e o abdômen,
enxaguar, secar e cobri-lo com o lençol;
lavar as pernas fazendo movimentos passivos nas articulações, massagear as
proeminências ósseas e a panturrilha, flexionar o joelho do paciente e lavar os
pés, secando bem entre os dedos;
colocar o paciente em decúbito lateral com as costas voltadas para você,
protegendo-a com toalha, lavar e secar;
fazer massagem de conforto;
colocar o paciente em posição dorsal;
Materiais
Bandeja ou carrinho com:
Pacote para curativo: uma pinça anatômica, uma pinça dente-de-rato, uma pinça
kocher ou Kelly, tesoura estéril;
pacote de gaze estéril;
micropore ou esparadrapo;
almotolia com éter ou benzina;
almotolia com soluções anti-sépticas (PVPI, clorexidine, ou qualquer outra solução
que seja de uso rotineiro na unidade em que está estagiando) ou soro fisiológico
(SF) a 0,9%;
saco para lixo ou cuba rim forrada com papel-toalha, para depositar o lixo e
matérias contaminados;
atadura de crepe ou gaze;
seringa, algodão e espátula s/n;
luvas de procedimento estéreis.
Procedimento
Fixar o saco para o lixo em lugar conveniente;
abrir o pacote estéril com técnica asséptica e dispor as pinças;
colocar a gaze em quantidade suficiente dentro do campo;
remover o curativo com a pinça dente-de-rato, kelly ou luva de procedimento e
uma gaze embebida em benzina ou SF (se houver aderência);
limpar com SF e/ou fazer a anti-sepsia com anti-séptico de escolha;
cobrir com gaze estéril e fixar com micropore ou esparadrapo.
Avaliação da lesão
Durante a realização do curativo é importante observar atentamente as características
da lesão/ferida e da região ao redor. A seguir, algumas dicas que podem ser úteis na
avaliação de uma ferida:
Retirada de pontos
Materiais
Uma pinça Kocher, uma pinça kelly, uma pinça dente-de-rato e uma anatômica;
gaze estéril;
anti-séptico de escolha;
tesoura de Iris ou lâmina de bisturi ou gilete esterilizada;
luvas de procedimento;
cuba rim forrada com papel-toalha para depositar os materiais contaminados.
Procedimento
Fazer a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo à técnica do curativo;
com a pinça anatômica, segurar a extremidade do fio e, com uma tesoura/lâmina,
cortar a parte inferior do nó;
colocar uma gaze próxima à incisão, para depositar os pontos retirados;
após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica;
fazer as anotações.
Mudança de decúbito
A mudança de decúbito é feita com a finalidade de se prevenir a úlcera de pressão. O
paciente pode ser colocado em decúbito lateral direito (DLD), decúbito lateral
esquerdo (DLE), decúbito ventral (DV), decúbito dorsal (DD). Em todas estas posições
é necessária a utilização de coxins, travesseiros, cobertores ou lençóis para proteger os
locais onde há proeminências ósseas, como, por exemplo, cotovelo, calcanhar, região
sacra.
Massagem de conforto
A massagem de conforto é feita com a finalidade de estimular a circulação sanguínea,
relaxar a musculatura e principalmente favorecer o bem-estar do paciente que esta
acamado, impossibilitado de deambular. Este procedimento deve ser feito
preferencialmente após o banho, utilizando-se creme hidratante ou óleo de amêndoas.
Materiais
Atadura de crepe;
algodão, gaze, compressa cirúrgica;
lençóis;
tala;
fita adesiva;
braçadeiras de contenção.
Procedimento
Proceder à restrição dos segmentos corporais na seguinte ordem: ombros, pulsos e
tornozelos, quadril e joelho;
ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando na região
cervical;
tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico e com atadura de crepe,
fazer movimento circular e amarrar;
quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sobre a região lombar,
torcer as pontas e amarrar.
Observações
Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menores que 10cm;
evitar garroteamento dos membros;
afrouxar a restrição em caso de edema, lesão, cianose ou palidez;
retirar a restrição uma vez por plantão, proceder à limpeza e à massagem de
conforto no local.
Materiais
Sonda gástrica Levine;
seringa de 20ml;
copo com água;
gaze;
benjoim;
toalha de rosto;
xilocaína;
fita adesiva;
estetoscópio;
biombo;
luvas de procedimento;
saco para lixo.
Procedimento
Observações
Toda vez que a sonda for aberta para algum procedimento, dobrá-la para evitar
entrada de ar;
fixar a sonda sem tracionar a narina;
orientar para que o paciente expire pela boca durante o procedimento;
se o medicamento a ser administrado for comprimido, ele deve ser macerado e
diluído em água;
testar a sonda sempre antes da administração de dietas ou medicamentos;
lavar a sonda com água filtrada após qualquer administração (dieta ou
medicamento);
antes de oferecer qualquer líquido ou dieta ao paciente, observar se há indicação
médica para jejum ou restrição hídrica.
Material
Procedimento
O mesmo da sonda nasogástrica, observando-se algumas diferenças:
Materiais
Cateter nasal com numeração adequada para a idade do paciente;
Frasco umidificador estéril;
Extensão de borracha;
Fluxômetro calibrado para rede de oxigênio;
Esparadrapo;
Gaze com lubrificante;
Água destilada esterilizada.
Procedimento
Instalar o fluxômetro na rede de O2 e testá-lo;
colocar a água destilada esterilizada no copo do umidificador, fechar e conectá-lo
ao fluxômetro;
conectar a extensão plástica ao umidificador;
identifica-lo com etiqueta (data e horário);
medir o cateter da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e marcar com adesivo;
lubrificar o cateter e introduzi-lo em uma das narinas, até aproximadamente 2cm
antes da marca do adesivo;
fixar o cateter;
conectar o cateter à extensão;
abrir e regular o fluxômetro conforme prescrição;
trocar o cateter diariamente, alternando as narinas;
trocar o umidificador e a extensão a cada 24 horas ou conforme rotina da
instituição.
Materiais
Fluxômetro;
máscara simples ou venturi de tamanho adequado, esterilizada;
frasco nebulizador;
extensão plástica esterilizada (traquéia);
etiqueta e folha de anotações de enfermagem.
Procedimento
Instalar o fluxômetro e testá-lo;
colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
identificar com etiqueta contendo data e horário de instalação;
repor a água do nebulizador sempre que necessário. Trocar o conjunto no
intervalo de tempo determinado pela instituição.
Tem por finalidade fluidificar as secreções das vias aéreas para facilitar seu
desprendimento e expectoração.
Materiais
Fluxômetro;
micronebulizador, com máscara e extensão;
SF a 0,9% esterilizado;
medicamento;
etiqueta;
gaze;
folha de anotações.
Procedimento
Instalar o fluxômetro na rede de O2 ou ar comprimido e testá-lo;
abrir a embalagem do micronebulizador e reserva-lo;
identificar o inalador com etiqueta (data e horário de instalação);
colocar o SF no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao
fluxômetro;
conectar a máscara ao micronebulizador;
regular o fluxo do gás (produzir névoa 51/min);
aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca,
solicitando que ele respire com os lábios entreabertos;
Materiais
Sonda de aspiração de calibre adequado;
luva estéril;
fluxômetro ligado à rede de vácuo;
frasco estéril para montagem do circuito de aspiração;
frasco de água destilada (500ml) ou de SF a 0,9% para limpeza do circuito
após a utilização;
gaze estéril;
máscara para proteção individual;
seringa de 10ml s/n;
agulha 40 x 12 s/n;
ampola de SF s/n;
saco de lixo.
Procedimento
Instalar o fluxômetro na rede de vácuo, juntamente com o circuito de aspiração;
testar o aspirador;
elevar a cabeça do paciente e lateralizá-la;
abrir a extremidade da sonda e adaptar ao aspirador;
manter o restante da sonda na embalagem;
colocar a máscara e a luva (considerar estéril uma das mãos e a outra, não);
introduzir a sonda com a válvula aberta, na fase inspiratória;
Observação
Só há necessidade de este procedimento ser estéril durante a aspiração de
cânula endotraqueal ou traqueostomia. Existem diversos tipos de sonda de
aspiração no mercado, peça ao seu professor que lhe apresente alguns deles.
esvaziamento da bexiga;
controle rígido do volume urinário;
preparo para cirurgias;
drenar urina de pacientes com incontinência urinária;
auxiliar no diagnóstico de patologias do sistema urinário.
Materiais
Pacote de cateterismo vesical:
- campo estéril;
- cúpula;
- seis bolas de algodão ou gaze;
- pinça Pean;
- cuba rim;
sonda uretral de alívio ou de demora (ver materiais para sondagem vesical
de demora a seguir);
PVPI tópico ou anti-séptico de escolha;
xilocaína gel lacrada;
luva estéril;
saco para lixo;
recipiente para coleta de urina (cálice graduado);
recipiente estéril para coleta de amostra de urina s/n;
biombo.
gaze estéril;
seringa de 20ml ou 10ml;
agulha
ampola de água destilada ou SF a 0,9% 1,0ml;
xilocaína gel lacrada;
coletor de urina estéril (sistema fechado);
micropore;
comadre;
sonda foley com numeração adequada ao paciente;
- homem: uma seringa a mais (xilocaína/água);
Procedimento
posicionar o paciente (mulher: ginecológica; homem: pernas estendidas e
afastadas lateralmente);
colocar biombo;
lavar as mãos;
abrir o coletor e fixa-lo na cama, colocar a ponta na conexão sobre o campo, o
fixando-a com adesivo;
abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido
diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se paciente agitado, abrir
em mesa auxiliar);
colocar PVPI na cúpula sobre as bolas de algodão;
abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa);
colocar xilocaína na gaze;
abrir a ampola de água;
calçar as luvas;
aspirar 10ml de água destilada sem tocar na ampola;
testar o cuff da sonda;
HOMEM: preparar seringa com 10ml de xilocaína;
conectar a sonda ao coletor;
fazer a assepsia*;
introduzir a sonda até 3cm após o refluxo de urina;
insuflar o cuff com o volume de água indicado;
tracionar lentamente até oferecer resistência;
tirar as luvas;
fixar a sonda na coxa.
*HOMEM: duas bolas entre a região inguinal e o saco escrotal (D e E), duas bolas no
sentido do prepúcio ao saco escrotal, dividido em porções D e E, em uma bola de
algodão na glande em movimento circular único, uma bola no meato urinário. Elevar o
pênis perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10ml de xilocaína no meato e
introduzir a sonda.
Observação
RETIRADA DA SONDA
Materiais
Saco de lixo;
luva de procedimento;
seringa.
Procedimento
Materiais
Sonda Foley de três vias;
SF para irrigação;
equipo de soro;
luvas de procedimento;
impresso para balanço;
coletor;
suporte de soro.
Procedimento
Preparar a solução;
pendurá-la no suporte;
conectar a sonda ao equipo da solução;
substituir a solução sempre que necessário;
controlar o gotejamento e observar a permeabilidade;
calçar as luvas;
medir volume drenado;
vol. Infundido – vol. Drenado = vol. Total
observar características;
anotar balanço em impresso próprio.
Antes de medicar o paciente, procure conhecer a droga que será oferecida: finalidade,
efeitos colaterais e via de administração.
Procure seguir atentamente os cinco certos da administração de medicamentos.
Lavar as mãos sempre antes e após o preparo das medicações.
Para a administração de drogas IM e SC, alternar locais de aplicação.
Durante a infusão de droga EV, estar atento às condições gerais do paciente.
Em caso de dúvidas com relação à dosagem da droga prescrita, procure seu professor
ou equipe médica para imediato esclarecimento.
Durante o preparo e a administração dos medicamentos, procure não conversar e não
se distrair.
Não esqueça de chegar o horário da medicação que você administrou.
Caso não seja possível a administração da medicação no horário prescrito, comunique
à equipe, bote o horário e justifique o motivo na anotação de enfermagem.
Mantenha a sala de preparo de medicação sempre em ordem.
Fórmulas
- Gotejamento de soro
- Heparina
0,1ml de heparina + 9,9ml de água destilada = 10ml de solução de heparina;
Injetar de 0,5 a 3ml, dependendo do tamanho do cateter;
Conservar em geladeira durante tempo determinado pela unidade em que se está
estagiando.
- Penicilina
Ao diluir a penicilina, injetar 8ml de diluente para aspirar 10ml de solução final, pois
o frasco-ampola já contém 2ml de pó.
Alguns hospitais já recebem por escrito a forma de diluição e preparo dos
medicamentos.
3 – Dose certa:
Conferir a dosagem à ser administrada e, em caso de dúvidas, esclarecer com seu
professor de estágio ou equipe médica/enfermagem.
5 – Horário certo
Verificar o horário correto, procurando evitar atrasos ou adiantamentos na
administração.
Obs.: os cinco certos devem ser verificados, escritos numa etiqueta e colocados sobre
a medicação. Veja o exemplo abaixo:
Região deltóide
Bandeja;
algodão embebido em álcool a 70%;
medicação preparada e identificada;
prescrição médica.
Procedimento
Lavar as mãos;
preparar os materiais em bandeja;
escolher tamanho adequado de seringa e agulha (verifique na tabela a seguir);
explicar o procedimento ao paciente;
escolher o local de aplicação;
fazer assepsia com algodão embebido em álcool a 70%;
introduzir a agulha;
aspirar para verificar retorno de sangue;
injetar a medicação (a velocidade de infusão dependerá do tipo de droga);
retirar a agulha num movimento rápido;
comprimir com algodão;
massagear (atenção: existem medicações que contra-indicam a massagem local
após sua aplicação!)
Injeção subctânea
Procedimento
Lavar as mãos;
reunir os materiais;
orientar o paciente;
selecionar o local para aplicação;
locais de aplicação: toda a tela subcutânea, preferencialmente parede abdominal,
face interior da coxa e do braço, dorso superior; menos indicado é o anterior do
antebraço, porque existe grande chance de ser pegar um vaso;
fazer assepsia com algodão embebido em álcool a 70%;
pinçar o local de aplicação com o polegar e o indicador;
introduzir a agulha;
soltar a pele;
aspirar para verificar se houve punção acidental de vaso;
injetar lentamente a solução e não massagear, pois este procedimento estimula a
absorção da droga.
Injeção endovenosa
Punção venosa é a introdução de uma agulha diretamente na veia, em geral nas
veias superficiais dos membros superiores para colher sangue ou injetar soluções;
via de ação imediata utilizada para administração de grandes volumes e drogas
irritantes ao músculo;
local de aplicação: o mais indicado é o membro superior (braço e mão).
Materiais
Bandeja;
algodão embebido em álcool a 70%;
Procedimento
Lavar as mãos;
preparar os materiais em bandeja;
orientar o paciente quanto ao procedimento;
escolher o membro e o local, utilizando manobras como: compressas, membro
para baixo, abrir e fechar a mão;
garrotear;
calçar as luvas de procedimento;
fazer assepsia com álcool a 70%;
estender a pele cerca de 3 a 4cm antes do local da punção;
puncionar no sentido distal para proximal com a agulha inicialmente a 45° e
depois paralelo à pele; o bisel deve ficar para cima;
ao retornar sangue deve-se soltar o garrote, administrar o medicamento
lentamente, retirar a agulha;
solicitar que o paciente permaneça com o braço estendido, comprimindo o local,
até o estancamento total do sangue;
colocar um pequeno pedaço de micropore no local para evitar a saída de sangue;
desprezar os materiais em locais próprios;
manter a unidade em ordem;
checar o horário na prescrição médica;
fazer anotações que julgar importantes.
Venóclise
Método utilizado para infundir grandes volumes de líquido diretamente da veia, com o
objetivo de:
Procedimento
Preparar o soro;
fechar o clampe do equipo, instalar o soro, abrir e encher o equipo e fechar o
clampe;
preparar o rótulo com os cinco certos, descrição dos componentes do soro e
assinar*;
fazer tricotomia s/n;
garrotear o membro e fazer anti-sepsia;
colocar as luvas;
retrair a veia 3cm antes do local da punção;
puncionar a veia com o dispositivo escolhido;
retirar o garrote após retorno de sangue;
conectar o equipo na extremidade do dispositivo, abrir o clampe;
fixar o escalpe;
fazer teste de refluxo e controlar o gotejamento;
fazer escala de soro**;
checar na prescrição médica;
deixar a unidade em ordem.
Via oral
Esta via de administração é própria para a utilização de comprimidos, xaropes,
elixires, cápsulas. É importante lembrar que todos os passos de identificação devem
ser seguidos, como já referido acima. Os comprimidos devem ser colocados em
recipientes adequados, sem que haja contato manual com os mesmos durante a
manipulação, e oferecidos ao paciente. Caso
Via tópica
Nesta incluem-se pomadas, colírios, fármacos oftálmicos e alguns anestésicos. Além
dos cuidados gerais antes e após a administração de medicamentos, como já referido
anteriormente, devemos ter a cautela de adequada manipulação destes durante a sua
aplicação para que não haja contaminação do frasco de um paciente para outro.
O óbito é constatado pelo médico, e logo após deve-se iniciar o preparo do corpo
com as finalidades de:
Materiais
Pinça pean;
algodão;
atadura de crepe;
éter ou benzina para a retirada de esparadrapo;
três lençóis (um para forrar a maca, um para envolver o paciente e um para
cobri-lo);
maca;
biombo;
duas etiquetas de identificação preenchidas e identificadas pelo enfermeiro.
Sistema digestório
Anorexia – falta de apetite.
Ascite – acúmulo de líquido seroso na cavidade abdominal.
Borborigmo – ruído produzido pelo movimento de gás no canal alimentar.
Constipação – dificuldade ou impossibilidade de evacuar.
Diarreia – eliminação frequente de fezes líquidas.
Disfagia – dificuldade de deglutir.
Dispepsia – dificuldade na digestão dos alimentos.
Eructação – arroto.
Sialorréia – aumento de secreção salivar.
Hematêmese – vômito com sangue.
Melena – fezes com sangue.
Fecaloma – fezes endurecidas.
Língua saburrosa – esbranquiçada com pontos brancos.
Sistema nervoso
Convulsão – contrações involuntárias e súbitas da musculatura esquelética.
Paralisia – perda da função motora.
Parestesia – diminuição da sensibilidade.
Paraplegia – paralisia dos quatro membros.
Hemiplegia – paralisia do lado direito ou esquerdo do corpo.
Insônia – dificuldade para dormir.
Coma – profundo estado de sonolência, com perda da sensibilidade e de movimentos
voluntários.
Sistema respiratório
Eupnéia – respiração normal.
Taquipnéia – frequência respiratória aumentada.
Bradipnéia – frequência respiratória diminuída.
Apnéia – parada dos movimentos respiratórios.
Hemoptise – expectoração com sangue.
Tosse produtiva – tosse com secreção.
Sistema tegumentar
Temperatura
Normotermia – temperatura normal.
Hipertermia – aumento da temperatura corpórea.
Hipotermia – diminuição da temperatura corpórea.
Febrícula – febre de curta duração e de pequena intensidade.
- coloração
Guia Prático de Enfermagem - 74
Eritema – vermelhidão na pele provocada por congestão de capilares.
Cianose – coloração azulada de pele e mucosas.
Rubor – eritema rubro característico de processo inflamatório.
Icterícia – coloração amarelada da pele caracterizada pela deposição de bilirrubina.
Enantema – eritema em mucosa.
Exantema – eritema generalizado agudo.
Equimose – infiltração de sangue no tecido subcutâneo, acarretando manchas
avermelhadas que transformam-se gradativamente em verdes e amarelas.
Hematoma – aumento de uma área vascular devido ao acúmulo de sangue resultante
de trauma.
- Estrutura
Petéquias – manchas de pequeno tamanho resultantes de hemorragia capilar.
Vesícula – bolha com conteúdo seroso e aspecto brilhante.
Pústula – pequena elevação circular contendo pus.
Mácula – mancha avermelhada na pele, sem elevação ou espessamento.
Pápula – pequena mancha, com elevação e sem líquido no seu interior.
Quelóide – excesso de tecido conjuntivo na cicatriz.
- perdas teciduais
Fissura – rachadura, fenda, úlcera.
Fístula – canal anormal que se forma em local que antes não existia.
Crosta – camada endurecida devido a acúmulo de secreção.
Úlcera de pressão – lesão do tecido devido a pressão constante sobre o osso e
diminuição do fluxo sanguíneo local.
Necrose – morte do tecido devido a oxigenação inadequada.
Estado hídrico
Edema – retenção de líquido nos tecidos.
Anasarca – edema generalizado.
Sudorese – aumento da transpiração.
Ascite – acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
Estado nutricional
Obesidade – aumento excessivo de peso.
Eutrofia – bom estado nutricional.
Desnutrição – organismo debilitado devido a ingestão insuficiente de calorias e
proteínas.
Dor
Algia – dor
Cefaleia – dor de cabeça.
Gastralgia – dor de estômago.
Otalgia – dor de ouvido.
Artralgia – dor nas articulações.